1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ BRUNA FRUTUOSO Trabalho de Conclusão de Estágio DIAGNÓSTICO DOS PROCESSOS E LAYOUT OPERACIONAL DA EMPRESA VCE TRANSPORTES E DISTRUIÇÃO (RTE RODONAVES - UNIDADE 226) SOBRE O TEMPO DO FLUXO DE RECEBIMENTO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGA. ITAJAÍ 2013 2 BRUNA FRUTUOSO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO DIAGNÓSTICO DOS PROCESSOS E LAYOUT OPERACIONAL DA EMPRESA VCE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO (RTE RODONAVES - UNIDADE 226) SOBRE O TEMPO DO FLUXO DE RECEBIMENTO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGA. Trabalho de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí. Orientador: Guido Renato Miranda ITAJAÍ 2013 3 Agradecimentos . Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida. Agradeço aos meus pais, José Luiz e Virlene, por cada incentivo e orientação, pelas orações em meu favor, pela preocupação para que eu estivesse sempre caminhando pelo caminho correto. Aos meus irmãos, Luiz Henrique e Luiz Carlos, mesmo que de forma indireta, pelo incentivo, companhia e carinho. À minha cunhada Rafaella, na nossa convivência diária, sempre ao meu lado, lutando junto comigo para tudo o que fosse preciso. Família: vocês são essenciais para a minha vida. Agradeço ao meu orientador, Guido, por toda compreensão e paciência que me dedicou. Por sempre ter sido atencioso dedicando seu tempo para me orientar neste trabalho, sempre me apoiando nas minhas decisões, além disso, tanto tem me inspirado para que eu me torne um profissional cada vez melhor. Agradeço também a todos os professores e, em especial ao Eduardo, Régis, Rosa e Mércio. Seus ensinamentos têm ultrapassado os limites do profissional: conduta, caráter e exemplo. Não tenho palavras para descrever a minha eterna gratidão. Aos meus colegas de curso; e em especial as minhas amigas Alessandra, Yandra, Caroline e Suirlene. Obrigada por todo o carinho, paciência e pelos momentos em que tantos aprendemos juntos. Vocês são um presente de Deus! Obrigada a todos que mesmo não estando citados aqui, tanto contribuíram para a conclusão desta etapa e para a Bruna Frutuoso que sou hoje. 4 “Ser competente é acertar o um alvo que ninguém acertou, ser administrador é acertar um alvo que ninguém viu.” (Erlandson F. A. Andrade) 5 EQUIPE TÉCNICA a) Nome da estagiária Bruna Frutuoso b) Área de estágio Administração de materiais c) Orientador de conteúdo Prof. Guido Renato Miranda d) Supervisor de campo Cristian Carlos Vicari e) Responsável pelo Estágio Prof. MSc. Eduardo Krieger da Silva 6 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO a) Razão Social VCE Transportes e Distribuição LTDA - ME b) Endereço Rodovia Jorge Lacerda, 961, Espinheiros, Itajaí, SC. c) Setor de Desenvolvimento do Estágio Operações d) Duração do estágio 240 horas e) Nome e cargo do supervisor de campo Cristian Carlos Vicari f) Carimbo e visto da organização 7 RESUMO O atual mercado exige da gestão de materiais a otimização dos processos, a redução dos custos e a maximização dos resultados, devido a sua grande relevância no processo produtivo das organizações. Assim também, a logística empresarial estuda como a administração de materiais pode prover melhor o nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos seus clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem, visando o fluxo eficiente dos produtos dentro das instalações de serviços. Este trabalho teve como objetivo analisar a armazenagem dos recebidos pela empresa, destacando a sua organização e estrutura operacional deste processo e os principais impactos dessa gestão. O trabalho é de natureza qualiquantitativa e consiste em um estudo de caso exploratório. Procurou-se em campo levantar dados capazes de subsidiar uma resposta para a seguinte problemática da pesquisa: como é organizada e quais são os impactos dessa gestão da armazenagem em uma empresa do setor de transportes? Foram realizadas entrevistas com o setor operacional da empresa e com seus gestores, estudo da força da mão de obra operacional da empresa e análise do seu novo layout do armazém em uma nova localização. Por meio da pesquisa observou-se que a empresa estudada, apesar de ser concessão de umas maiores empresas de transporte do Brasil – RTE Rodonaves – necessita de algumas melhorias como promover informatização dos seus processos, a reestruturação do layout e a melhor separação dos pedidos. A partir da otimização desses processos, a empresa em questão poderá obter um controle maior e evitar erros e retrabalhos, conseguindo assim a aperfeiçoar sua gestão de armazenagem e, consequentemente, elevar lucros obter possibilidades de expansão. Palavras-chave: Administração de materiais. Logística. Processos. Layout. Armazenagem . 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10 1.1 Objetivo geral.................................................................................................. 11 1.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 11 1.3 Justificativa da realização do estudo .............................................................. 12 1.4 Aspectos metodológicos ................................................................................. 13 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados ......................................................... 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 16 2.1 Administração de materiais ............................................................................ 16 2.2 Logística ......................................................................................................... 16 2.2.1 Transporte................................................................................................... 18 2.3 Armazenagem ................................................................................................ 20 2.3.1 Recebimento ............................................................................................... 23 2.3.1.1 Docas .......................................................................................................... 24 2.3.2 Expedição ................................................................................................... 25 2.3.3 Estoques ..................................................................................................... 26 2.3.3.1 Métodos de organização do trabalho .......................................................... 27 2.3.4 Manuseio de materiais ................................................................................ 28 2.3.5 Equipamentos de armazenamento e movimentação .................................. 30 2.3.6 Cross-Docking............................................................................................. 31 2.4 Layout ............................................................................................................. 32 2.4.1 Capacidade da instalação ........................................................................... 34 2.5 Localização ..................................................................................................... 36 2.5.1 Tipos de armazéns ...................................................................................... 37 2.6 Medição do trabalho ....................................................................................... 39 2.7 Projeção ......................................................................................................... 39 3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ......................................................... 41 3.1 Histórico.......................................................................................................... 41 3.1.1 RTE Rodonaves .......................................................................................... 41 3.1.2 VCE Transportes e Distribuição .................................................................. 42 3.2 Ramo de atividade .......................................................................................... 42 3.3 Visão............................................................................................................... 43 3.4 Missão ............................................................................................................ 43 3.5 Produtos ......................................................................................................... 43 3.6 Mercados ........................................................................................................ 43 3.6.1 RTE Rodonaves .......................................................................................... 43 3.6.2 VCE Transporte .......................................................................................... 44 4 RESULTADOS DA PESQUISA .......................................................................... 45 4.1 Descrição do atual processo de armazenamento das cargas recebidas ........ 45 4.2 Identificação das deficiências na armazenagem e distribuição ...................... 49 4.3 Cálculo da mão de obra e equipamentos necessários de acordo com o atual processo de recebimento e separação de pedidos ................................................... 55 4.4 Análise do novo layout.................................................................................... 60 5 SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO ........................................................... 82 5.1 Sugestões para movimentação de materiais e separação dos lotes recebidos................ ................................................................................................... 82 5.2 Sugestões para o layout operacional.............................................................. 86 9 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 91 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 93 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ...................................................................... 96 10 1 INTRODUÇÃO O setor de transportes rodoviário é o principal sistema de transportes do Brasil e, dentro do âmbito de transportes de mercadorias é atualmente um dos mais importantes setores da economia brasileira. Segundo dados do Artigonal (2001), este sistema conta com uma rede de 1.355.000 quilômetros de rodovias por onde passam 56% de todas as cargas movimentadas no país. E com a atividade de prestação de serviços é o setor que mais cresce na economia nacional. Para um operador logístico moderno, qualquer melhoria de qualidade ou no tempo de entrega, como na sua roteirização de sua distribuição de uma determinada mercadoria no ponto de venda, ou para seu cliente final tem por objetivo a competitividade, visando à satisfação do cliente e, sem duvida maximizar o lucro sobre o seu capital investido. O poder do consumidor sobre as empresas nunca foi tão intenso como os tempos atuais. A compra não é mais decidida pela tradição, fidelidade ou comodidade do cliente e sim por um conjunto de atributos que incluem, dentre outras coisas, qualidade, preço, agilidade na entrega, acessibilidade e acima de tudo confiabilidade. A satisfação e o atendimento as exigências dos clientes são considerados como uma das grandes premissas para aumentar a competitividade no ambiente de negócios. Entretanto as empresas necessitam cada vez mais de planos de armazenagem e distribuição rápidas e eficazes, pois o prazo de entrega é um fator essencial na decisão de compra do consumidor. O presente trabalho foi realizado na empresa VCE Transportes e Distribuição Ltda., localizada município de Itajaí em Santa Catarina, voltada para a prestação de serviços de entregas e coletas na região. A empresa opera como uma franquia da RTE Rodonaves, que consiste em representar a essa empresa em determinada região. O franqueado é responsável por montar toda a estrutura no padrão da empresa (RTE Rodonaves), e realizar entregas, coletas, cobranças e comercial. A representante também é responsável pelo faturamento e pela transferência de cargas, interligando as unidades de negócio da franqueadora. 11 No segmento de transportes a empresa RTE Rodonaves é considerada uma das maiores empresas de transporte rodoviário de cargas secas e fracionadas do Brasil, baseada em uma administração moderna e eficiente, sendo referência a todas as suas unidades de negócio, tornou-se uma empresa com qualidade diferenciada no transporte terrestre. Em face desse contexto, procurou-se em campo diagnosticar o atual caso da unidade com levantamentos de dados que pudessem responder a seguinte problemática de pesquisa: Como é organizada e quais são os impactos da gestão da armazenagem em uma empresa do setor de transportes? 1.1 Objetivo geral Segundo Roesch (2007, p.96) “o objetivo geral define o propósito do trabalho”. Este trabalho tem como objetivo analisar a armazenagem dos produtos recebidos pela empresa, destacando a organização e estrutura operacional deste processo e os principais impactos dessa gestão para a organização. 1.2 Objetivos específicos Para Roesch (2007, p. 97) “os objetivos específicos operacionalizam – especificam o modo como se pretende atingir um objetivo geral”. A acadêmica apresenta a seguir os objetivos específicos, que são: 1. Descrever o atual processo de armazenamento das cargas recebidas; 2. Identificar deficiências no processo geral de armazenagem; 12 3. Calcular mão de obra e equipamentos necessários de acordo com o atual processo de recebimento e separação de pedidos; 4. Analisar o novo layout de localização do armazém. 1.3 Justificativa da realização do estudo O presente trabalho acrescentou primeiramente para a Universidade do vale do Itajaí (UNIVALI) estudos sobre uma empresa no ramo de atividade de logística, um dos segmentos de mercado que está crescendo fortemente e com grande número de contratação de pessoas em nossa região. Os acadêmicos que assim consultarem o trabalho poderão ter um material de apoio relacionado à gestão logística empresarial, como também da importância da terceirização nesse segmento, como está enquadrada a empresa. Para a VCE transportes o trabalho consiste na sua originalidade, por estar sendo apresentado o primeiro diagnóstico da área operacional da empresa desde sua fundação que teve como propósito investigar essa área de armazenagem dos produtos recebidos. De toda a carga recebida considera-se que 99% dos produtos são entregues em um prazo de 24h, limitam-se aqueles que chegam com pendências ou que exigem agendamento antecipado; e devido a isso pelo horário de funcionamento da empresa, têm-se pouco tempo para a conferência dos produtos para distribuí-los em rotas. Acredita-se que esse pouco tempo de conferência ocasiona a maioria das falhas na sua gestão operacional. Muitos produtos que chegam ao armazém ocorrem o erro de serem despachos sem serem conferidos conforme a documentação do transporte, quantidades e identificação de documento fiscal, e/ou avarias. Como o comprometimento da empresa RTE Rodonaves é a eficácia e agilidade nas entregas em toda a sua cadeia operacional, a unidade de Itajaí sente a necessidade de se reestruturar para atender todas as suas obrigações para a contribuição do crescimento e maximização dos lucros. 13 Para a acadêmica o trabalho proporcionou no seu desenvolvimento educacional e profissional, através da aplicação de técnicas já abordadas de forma teórica na academia, que foram colocadas em prática no trabalho. Trará sua realização pessoal e profissional por fazer parte de um estudo em uma prestadora de serviços de transportes, um mercado altamente competitivo e que cresce progressivamente no ramo de distribuição, em estar auxiliando com seu estudo e trabalho, melhorias relevantes para a organização. Também proporcionou à acadêmica, conhecimento específico da área, em que a mesma pretende seguir carreira profissional devido o seu grande interesse pelo assunto e áreas afins aqui abordadas. O acesso a todos os dados serão disponibilizados diretamente das pessoas do setor da gerência, motoristas e ajudantes de motoristas da empresa. Disponibilizando todos os documentos essenciais para a execução e conclusão do trabalho de estágio. Por fim, o prazo para a realização do trabalho de conclusão de estágio se dará em dois semestres, tempo totalmente satisfatório para o atendimento aos objetivos da empresa e da acadêmica. E todos os custos pertinentes no cumprimento do trabalho em si, serão de responsabilidade da acadêmica. 1.4 Aspectos metodológicos Nessa etapa do trabalho serão expostos os procedimentos metodológicos que nortearam toda a realização da pesquisa. O trabalho de conclusão de estágio foi um tipo de pesquisa-diagnóstico pelo fato analisar a armazenagem dos produtos recebidos e sua organização estrutural. Gil (2007) ressalta que as pesquisas podem ser vistas dentro das seguintes categorias: exploratórias, descritivas e explicativas; e o presente trabalho constituiu de natureza exploratória. Por ser uma pesquisa bastante específica, pode-se afirmar que ela assume a forma de um estudo de caso, sempre em conformidade com as outras fontes que deram base ao tema abordado, como são os casos das pesquisas bibliográficas, das 14 entrevistas e pesquisas documentais. Para a aplicação estudo do caso foi necessário em algumas fases da pesquisa o levantamento de dados para a conclusão dos objetivos O presente trabalho teve fases de abordagem qualitativa e quantitativa, que segundo Richardson (1999) enfatiza que são duas tipologias básicas. A maior diferença entre elas reside no fato de que a pesquisa qualitativa, ao contrário da pesquisa quantitativa, busca enfatizar a perspectiva do elemento que esta sendo pesquisado, ao passo que nas pesquisas quantitativas usam-se instrumentos estatísticos para numerar ou medir unidades. Na fase qualitativa teve como objetivo observar e interpretar os processos internos da empresa e, a influência dos problemas causados na armazenagem e sua expedição, enquanto no método quantitativo destinaram-se a examinar os parâmetros referentes à cronometragem de movimentos em tempos e, principalmente relacionados às dimensões do armazém (layout) e suas operações quanto à movimentação, que é ponto vital no processo de prestação de serviços. 15 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados Objetivos Fontes específicos 1,2 Mão de obra operacional 3 Mão de obra operacional 4 Mão de obra operacional 5 Documentos empresariais Tipos dados de Instrumento de coletas de dados Primários Observação não participante e entrevistas não estruturadas Primários Medição da utilização de equipamentos e pessoal para movimentação de materiais Primários Análise dos objetivos anteriores e documentos bibliográficos Primários/ Entrevistas não Secundários estruturadas/ dados eletrônicos/ documentos bibliográficos Procedimentos de coleta Técnica coletas de Observação do Qualitativo com pesquisador e fases gravação das quantitativas entrevistas Cronometragem Quantitativo do tempo/movimento Observação pesquisador Análise dados do Quantitativos com fases qualitativas dos Qualiquantitativo 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Os fundamentos teóricos para Severino (2007, p.107) descrevem que: esse método utiliza-se de técnicas operacionais que complementam e aprimoram as condições de observação, de experimentação e de mensuração, procedimentos que precisam ser realizados de forma objetiva, sem influências deturpantes decorrentes de nossa subjetividade. Esse capítulo apresenta os principais conceitos teóricos necessários para o desenvolvimento do presente trabalho. 2.1 Administração de materiais Entende-se por Administração, o gerenciamento, planejamento, coordenação, execução e controle. Assim Viana (2006) relata que o objetivo fundamental da administração de materiais é quando o gestor sabe quando e quanto adquirir para abastecer o seu estoque. Segundo Ballou (2007, p.58) “boa administração de materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de operações”. Viana (2006) observa que o administrador de materiais é quem vai gerenciar toda essa cadeia de abastecimento visando aumentar a lucratividade e produtividade. Com isto, é possível contribuir com a maximização do lucro sobre o capital investido. 2.2 Logística A logística dentro das organizações objetiva com o seu desenvolvimento e sucesso das operações a partir dos três importantes chamados, conforme destaca o autor Lavratti; Giovani (2000, p. 02), que são: “entregar o produto certo, na hora certa e no local certo”. E a falha em um desses três objetivos causa para a empresa 17 a carência de confiabilidade por parte dos interessados do canal de distribuição. Em contrapartida Moura (1998) também apresenta em sua definição de sistema logístico a importância desses três chamados, porém, apresenta um quarto objetivo que é a prestação do serviço ao mínimo custo possível. Referindo-se aos objetivos fundamentais da logística, Jacobsen (2011, p. 21) sustenta que: [...] é atender adequadamente o consumidor final, administrando globalmente a empresa e seus agentes logísticos externos, através de um processo de gestão integrado, cooperativo e harmonioso de negócios, que de forma simbiótica envolve toda a cadeia de demanda e suprimento [...]. Portanto, para uma boa operação das atividades logística deve-se ter um rígido controle e coordenação para alcançar não somente a eficiência dessas atividades, como também ótimos resultados nos serviços. Devido ao grande avanço da tecnologia da informação e de sua utilização durante a última década, tem crescido o nível de exigência demandada pelos clientes para a satisfação e desenvolvimento de um serviço, como o atendimento de suas necessidades, Moura et al. (2003, p. 36) afirma que: [...] a logística tornou-se reconhecida como uma atividade de grande oportunidade [...]. É imperativo fornecer serviço ao cliente que não seja superado por ninguém e satisfazer totalmente às necessidades de escolha do produto, entrega em tempo e disponibilidade de estoques a um preço competitivo. De acordo com Ballou (2007), a logística empresarial estuda como a administração de materiais pode prover melhor o nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos seus clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem, visando o fluxo eficiente dos produtos dentro das instalações de serviços. Moura (1998, p.51) compreende que dentro do sistema logístico: A embalagem e a armazenagem, o manuseio, a movimentação e o transporte de um modo geral, a estocagem em trânsito e todo o transporte necessário, a recepção, o acondicionamento e a manipulação final, isto é, até o local de utilização do produto pelo cliente. Não se pode considerar nenhum destes segmentos em separado, mesmo porque pequenas mudanças em qualquer um deles acarretará em uma reação em cadeia nos demais. Aquilo que representa uma melhoria em determinado aspecto pode resultar numa desvantagem ponderável na operação de todo o sistema. 18 Desse modo, pode-se afirmar que a relação da logística nas organizações consiste em um sistema integrado, formado pelo inter-relacionamento dos diversos segmentos ou setores que a compõem. Moura (1998) destaca que o acontecimento da segunda guerra mundial contribuiu para o um forte crescimento das atividades associadas à logística, que são: Transporte; Estocagem; Embalagem; Movimentação de materiais; Atendimento ao pedido; Previsão de estoques; Planejamento da produção; Suprimentos; Serviço ao cliente. 2.2.1 Transporte O papel do transporte na cadeia de suprimentos exerce com grande influência nas responsabilidades e eficiência quanto o cumprimento das necessidades de seus clientes. Chopra; Meindl (2003, p.55) relatam que: um transporte mais rápido, utilizando diferentes meios ou diferentes quantidades a serem transportadas, contribui para que a cadeia de suprimento seja mais responsiva, mais acaba reduzindo sua eficiência. O tipo de transporte adotado por uma empresa também afeta o estoques e a localização das instalações na cadeia de suprimento. Para Jacobsen (2011, p. 203) o conceito de transporte refere-se “a movimentação ou o fluxo físico de produtos ao longo dos canais de distribuição [...], se utilizando de seus modais para ligar as unidades de produção, armazenagem aos pontos de compra ou consumo [...]”. 19 Para os autores Bowersox; Closs; Cooper (2006) consideram que o transporte é um elemento altamente visível dentro da logística, e que dentro das suas funcionalidades apresentam dois principais serviços: a movimentação dos produtos e a sua armazenagem. Ballou (2006) destaca que um operador logístico deve ter muito conhecimento sobre a questão transportes, devido a grande importância que esse setor ocupa dentro das empresas, principalmente em termos de custos. Assim, para os autores Bowersox; Closs; Cooper (2006), no sistema econômico de transporte, existem dois princípios fundamentais que causam forte impacto na eficiência dos serviços dos transportes, que são: as economias de escala e as economias de distância. Os autores explicam que para as economias de escala “em transportes, é o custo por unidade de peso diminuído à medida que aumenta o tamanho do embarque”. (BOWERSOX; CLOSS; COOPER 2006, p. 274). Os autores ainda apontam que é verdade quando se referem que os transportes ferroviários e marítimos tornam-se seus custos mais acessíveis de peso, ao contrário dos ferroviários e aéreos, por conduzirem menos devido a sua capacidade. E para as economias de distâncias os autores denotam que: se refere à diminuição do custo de transporte por unidade de peso conforme aumenta a distância a ser percorrida [...]. Especificamente, distâncias maiores permitem que os custos fixos sejam diluídos em uma maior quilometragem, resultando em menor custo por quilômetro. (BOWERSOX; ClOSS; COOPER 2006, p. 275). Jacobsen (2011) classifica cinco os tipos de movimentações, os modais, usados pelo setor de transportes, que são: a) Transporte rodoviário; b) Transporte ferroviário; c) Transporte hidroviário; d) Transporte dutoviário; e) Transporte aéreo. Sendo assim, para avaliação das alternativas de transporte é importante conhecer esses princípios de escala. 20 2.3 Armazenagem Referindo-se a importância da armazenagem na produtividade do desempenho das operações de serviços, Banzato et al. sustenta que “um armazém é uma ferramenta para a administração logística utilizar a fim de atender às necessidades do cliente” ( 2003, p.14). E Martins; Laugeni (2005) definem que com um bom armazenamento de materiais irá consequentemente reduzir os custos de produção e fretes, outros relacionados e melhora o atendimento ao cliente com informações rápidas e eficazes. Moura (1998, p. 126) identifica que na administração da armazenagem prevalece um objetivo básico, na qual: é estocar mercadorias da maneira mais eficiente possível, usando o espaço nas três dimensões. O uso efetivo do espaço para a armazenagem é chamado de “administração do espaço”, sendo este um recurso básico, cuja manutenção representa um investimento considerável. Como qualquer outro investimento, ele deve ser administrado com o máximo cuidado. Ballou (2007, p.155) salienta quatro tipos de razões básicas para uma organização utilizar no espaço físico de um armazém, que são: “(1) reduzir custos de transportes e produção, (2) coordenar suprimento e demanda, (3) auxiliar o processo de produção, (4) auxiliar o processo de marketing”. Ainda Ballou (2007) para as necessidades da produção, a armazenagem pode incluir-se nesse processo, não servindo apenas para guardar o seu produto durante a etapa da manufatura, mas também para segurá-lo até a sua venda. Algumas características devem ser avaliadas em relação à armazenagem, que segundo Moura et al. (2003, p. 277) existem sete segredos relacionados a essa atividade, que são: (1) O antigo processo não funciona; (2) Distância é o inimigo da produtividade; (3) Controle do inventário realmente significa assumir o controle; (4) apenas toque no material quando puder agregar valor; (5) os funcionários produzem mais quando controlam seu próprio trabalho; (6) mais rápido sempre é melhor; (7) clientes e fornecedores são parte do processo. Jacobsen (2011, p. 189) completa a finalidade da armazenagem com finalidade da estocagem dos produtos que, “[...] possui a importante função de atender com efetividade a cadeia de abastecimento, mantendo as unidades de itens de estoque em instalações adequadas [...]”. 21 Em muitas situações a armazenagem ou estocagem são palavras confundidas e trocadas na prática; tornando-se por base dessa comparação o autor Moura (1997, p. 3) nota que: os termos de “estocagem” e “armazenagem” são frequentemente usados para identificar coisas semelhantes. Mas, alguns preferem distinguir os dois, referindo-se aos produtos acabados como “armazenagem” e aos suprimentos, matérias-primas e materiais em processo como “estocagem”. Devido a estas discussões, algumas vezes, os termos usados são intercambiáveis. Bertaglia (2003, p. 170) sintetiza de um modo bem específico o que é a armazenagem; que para o autor, “após o recebimento, os itens são armazenados em locais específicos no armazém ou no centro de distribuição, em prateleiras, estantes, tanques, estrados ou até mesmo acondicionados no solo, muitas vezes sobre protetores de umidade”. As operações de armazenagem, segundo Moura (1998, p.126) consiste “no recebimento, estocagem, separação e expedição de materiais para apoiar o sistema de manufatura ou distribuição”. Conforme denota o autor Moura (1998), identificando a estocagem como uma parte da armazenagem, Martins; Laugeni (2005, p. 265) “a estocagem deve ser planejada, para não alterar as características dos materiais e, também para manter uma visualização e identificação clara dos itens estocados”. Esse aspecto é muito importante para uma rápida identificação dos materiais com pouca e/ou sem movimentação dentro do armazém como os que são idênticos mais com diferentes denominações. Ao relacionar os armazéns, que são localidades fixas, para as operações de armazenagem com os meios de transportes, que ocorre em locais diferentes, Ballou (2007, p. 152) afirma que “armazenagem e manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Os seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas da firma”. Existem vários elementos para se decidir onde estocar os itens recémrecebidos e, quando na falta de um planejamento do operador logístico, a decisão é sempre estocar o material em lugar vazio disponível. Em face desse contexto para a organização e manutenção do armazém Banzato et al. (2003, p. 130) destaca que: é por meio de um bom processo de estocagem que podemos contar com uma boa ocupação do espaço, boa utilização dos recursos operacionais, 22 otimização do tempo do pessoal operacional e facilidade no processo de separação dos pedidos entre inúmeros outros benefícios. Segundo Ballou (2006) o manuseio dos materiais é representado por três atividades, a carga e descarga, movimento para a e da estocagem e atendimento ao cliente. Ballou (2006) aponta que dentre essas a primeira e última atividade a ser utilizada no processo de estocagem é a carga e a descarga. Ressaltando que: a carga é similar à descarga; no entanto, o ponto de carga comporta várias atividades diversas das de descarga. Uma verificação final das condições do conteúdo do pedido e do sequenciamento dos pedidos é normalmente realizada antes do embarque da carga no equipamento de transportes. (BALLOU, 2006, p. 380) Bertaglia (2003) complementa que na amazenagem dos produtos existem várias técnicas a serem utilizadas nesse processo. Os produtos podem ser recebidos e diretamente disponibilizados para o transporte sem haver a necessidade de armazenagem. Outra técnica é a armazenagem em local temporário, onde os produtos são utilizados para atender às demandas de vários pedidos. (BERTAGLIA, 2003, p. 174) Jacobsen (2011) cita normas de estocagens para a movimentação dos materiais, a fim de contribuir com a preservação dos produtos e das avarias decorrentes das operações. Que para o autor citado acima essas normas de estocagem, influem: Na redução das perdas por quebra, deterioração e desvios de mercadorias; b) na simplificação do controle das transações; c) no funcionamento mais eficiente e eficaz das tecnologias de informação; d) na ampliação, com aproveitamento máximo do espaço e cúbico [...] e melhoria na circulação interna; e) na diminuição de acidentes de trabalho por melhorar as condições de trabalho na movimentação de cargas pesadas; f) no menor tempo gasto na acessibilidade, nas movimentações e na expedição, contribuindo para a fluidez dos serviços e para a maximização da produtividade da operação [...]. (JACOBSEN, 2011, p. 190). Portanto, toda atividade que diz respeito à estocagem de materiais de forma coordenada e armazenagem. distribuída dentro das instalações, pode se definir como 23 2.3.1 Recebimento A função básica do recebimento é assegurar que o produto entregue esteja em conformidade com as especificações constantes no pedido de compra. Nesse sentido, Viana (2006, p. 43) afirma que: a atividade recebimento visa garantir o rápido desembaraço dos materiais adquiridos pela empresa, zelando que as entradas reflitam a quantidade estabelecida, na época certa, ao preço contratado e na qualidade especificada nas encomendas. Na concepção de Dias (2006, p. 299) “o setor de recebimento de materiais desempenha as funções de desembalagem dos bens recebidos e verificação das quantidades e condições quantitativas”. Em uma instalação de armazenagem e/ou distribuição à operação do recebimento é absolutamente essencial para que todas as operações de movimentação dos materiais após o seu recebimento haja sucesso (BANZATO et al. 2003). Martins; Laugeni (2005) contribuem com a ideia de técnicas para a conferência no recebimento, de aprovação e reprovação dos materiais, por meio de tarjas em cores verde (aprovados), amarela (em processos de verificação) e vermelha (reprovados), facilitando as atividades da estocagem durante o processo de recebimento. Banzato et. al. (2003) argumentam que ficar dependendo somente do recebimento manual trará complicações no fluxo de informações dos produtos recebidos. E, complementando a ideia do primeiro autor Ballou (2006, p.123) realça que “os avanços tecnológicos representam enormes benefícios para a entrada de pedidos. Códigos de barras, leitores ópticos e computadores [...]”. Para o autor Bertaglia (2003) o processo de recebimento é uma atividade de grande importância, pois seu papel é fundamental para atualização do estoque físico; este cita que no ato do recebimento dos produtos pode haver, dependendo do local de origem, a análise de qualidade e checagem de quantidades. Naturalmente, se proveniente de uma planta própria, essa análise não se faz necessária, embora em alguns casos venha a ocorrer [...]. Quando proveniente de terceiros, o produto é analisado considerando-se especificações estabelecidas conjuntamente entre o fornecedor e 24 recebedor. A checagem das quantidades ocorre em todas as circunstâncias, comparando-se números existentes no documento de transferência com a quantidade física. (BERTAGLIA, 2003, p.173) Em suma, os objetivos do componente recebimento são retirar a carga do veículo, conferir a mercadoria, efetuar a triagem da mercadoria, e distribuir para sua zona e região de destino. 2.3.1.1 Docas Moura (1997) expõe que para as operações de recebimento e também de expedição, é necessário o uso de docas para a colocação de veículos no armazém para a realização da carga e descarga. Ainda o autor, alude que “a quantidade de docas necessárias é uma função do número de veículos que aguardam o carregamento durante um certo período de tempo, do ritmo de entrada dos mesmos e do tempo necessário para carregá-los na doca”. ( MOURA, 1997, p. 133) Ainda o autor, considera outra questão da configuração das docas que é a largura para a realização de manobras no pátio, que podem ser configuradas por 45º graus e por 90º graus. A diferença entre as docas de 90º e as de 45º está nas necessidades de espaços dentro e fora do armazém. [...] a doca de 90º precisa de largura menor e profundidade maior do que a doca de 45º. Consequentemente, a doca de 90 precisa de menos espaço dentro do armazém e de mais espaço fora do mesmo, para manobras. (MOURA, 1997, p.134). Moura (1997) apresenta uma série de informações quanto a fatores de configuração para as docas de 90º e 45º, especificando o comprimento do caminhão, a profundidade do pátio, largura do espaço da doca, entre outros. A seguir são apresentados dois quadros, identificando na visão do autor como deve ser o espaçamento na área das docas comparando com as configurações de cada veículo. 25 Comprimento do caminhão (m) 12,2 13,7 15,2 16,8 18,3 19,8 21,0 22,8 24,3 Largura do espaço para Profundidade do pátio manobras na doca (m) de manobra (m) 3,0 14,0 3,7 13,1 4,3 11,9 3,0 15,8 3,7 14,9 4,3 14,0 3,0 18,3 3,7 17,4 4,3 16,5 Quadro 1 – Fatores de configuração para as docas de 90º Fonte: adaptado pela acadêmica. . Largura do espaço para manobras na doca (m) 3,0 3,7 4,3 Ângulo de inclinação 45º 45º 45º Profundidade do pátio de manobras (m) 29 28,8 26,5 Largura da doca (m) 16,2 16,5 17,1 Quadro 2. – Fatores de configuração para as docas de 45º Fonte: adaptado pela acadêmica. Por meio dessas configurações as necessidades de espaçamento entre as docas se adequarão com mais eficiência quanto à entrada e saída de veículos. 2.3.2 Expedição A expedição dentro dos armazéns consiste em toda a movimentação de materiais dentro da área operacional, verificando todos os pedidos recebidos até o seu carregamento nos veículos de transportes, sendo assim Bowersox; Closs; Cooper (2006, p.322) argumentam que: “tendo como base o recebimento, a expedição dos armazéns deve acomodar movimentações de uma variedade de produtos de volume relativo baixo, reduzindo assim o potencial de economia de escala”. Bertaglia (2003, p. 171) argumenta que: 26 a expedição ou despacho corresponde ao processo de separar os itens armazenados em um determinado local, movimentando-os para um outro lugar com o objetivo de atender a uma demanda específica, que pode ser o envio do produto a um cliente ou terceiro com objetivos de agregar valor ao item. Na concepção de Bertaglia (2003) dentro dessa operação chamada expedição e/ou despacho além de toda a checagem dos produtos, outras atividades são importantes de serem executadas: como pesar o veículo, carregá-lo, emitir os documentos oriundos da carga e liberá-lo. Moura (1997) argumenta que na área de expedição geralmente ocorrem funções opostas a de recebimento, que inclusive, no momento da expedição podem ser descobertos erros cometidos pela separação dos pedidos. 2.3.3 Estoques Para Ballou (2006) existem quatro funções primárias a serem usadas nas instalações de estocagem. A primeira o autor Ballou (2006) identifica como manutenção, uma das finalidades mais evidentes das instalações de estocagem que variam um estoque de longo à curto prazo, o que determinaria nessa função o layout certo para as operações nessa instalação. A segunda função seria a consolidação das instalações de armazenagem, que para o autor serviria em casos de embarques de entrada menores com embarques de saídas maiores, reduzindo o custo de distribuição dos produtos já incluindo nos totais os custos de armazenagem. Em sua explicação Ballou (2006) usa o termo “armazém de distribuição” podendo trabalhar na operação de recebimento e embarques imediatos, como os Cross Docking, ou como pontos de concentração, os Pool Points o que demandaria a estoquagem do produto à longo prazo. Ballou (2006, p.377) complementa que “em contraste, o armazém de distribuição tem maior parte de seu espaço alocado à estocagem temporária, dando também atenção principalmente à rapidez e agilidade do fluxo dos produtos”. Ao 27 contrário na consolidação de cargas onde a estocagem em longo prazo e/ou os embarques maiores são mais visíveis. Na terceira função Ballou (2006) cita que nas instalações de armazenagem pode ocorrer o fracionamento dos volumes onde a intenção é removê-los para um armazém único e redespacha-lo a partir desses em pequenas quantidades para cada cliente. O fracionamento de volumes é comum em armazéns de distribuição ou terminais, especialmente quanto às tarifas de transportes de entrada por unidade são menores que as tarifas de transportes de saída por unidade, os clientes fazem seus pedidos em quantidades menores do que carga completa e são grandes as distâncias entre o fabricante e os clientes. (BALLOU, 2006, p. 377, 378). E na quarta função Ballou (2006) argumenta que para as empresas que compram de diversos fabricantes tendem a sentir a necessidade de um armazém como um ponto de combinação dos produtos. Sendo um ponto de combinação, os pedidos dos clientes teriam de ser redespachado diretamente a partir de pontos de produção com altos custos de transportes para volumes pequenos. Um ponto de combinação permite que remessas de maior volume dos componentes da linha dos produtos sejam coletadas em um único ponto e então montadas de acordo com os pedidos redespachadas para os clientes. (BALLOU, 2006, p. 379). Deste modo, considerando os aspectos internos e as peculariedades de cada operação, além da natureza e dos tipos de produtos cujas características de tamanho, peso, forma, dimensão, acondicionamento, uso e outras soluções individuais de estocagem a serem realizadas na empresa. 2.3.3.1 Métodos de organização do trabalho Nas áreas de estoques tem-se a necessidade de separação dos pedidos de cada cliente para a sua distribuição. Sendo assim, os autores Figueiredo; Fleury; Wanke (2006) denotam que foram desenvolvidos alguns métodos de organização do trabalho para melhorar a produtividade e minimiza o deslocamento dos operadores, que são considerados como os três métodos básicos de separação. 28 Picking discreto – é aquele no qual cada operador coleta um pedido por vez, coletando linha por linha do pedido. [...] A propensão a erros é relativamente pequena, por se manusear um volume por vez. Picking por zona – nesse método o armazém é segmentado em seções ou zonas e cada operador é associado a uma zona. Assim, cada operador coleta os itens do pedido que fazem parte de sua seção, deixando-o em uma área de consolidação, onde os itens coletados em diferentes zonas são agrupados, compondo o pedido original. Picking por lote – nesse método cada operador coleta um grupo de pedidos de maneira conjunta, ao invés de coletar apenas um pedido por vez. [...] Sua grande vantagem é minimizar o tempo de deslocamento do operador, pois em uma única viagem ele coleta um conjunto de pedidos, diminuindo o deslocamento médio por pedido. (FIGUEIREDO; FLEURY; WANKE, 2006, p.466). Esses métodos, ainda segundo os autores Figueiredo; Fleury; Wanke (2006) possibilitam na organização, considerar o número de operadores por executar determinada tarefa e o número de pedidos coletados por um mesmo operador. 2.3.4 Manuseio de materiais As considerações a respeito da operação em volta do manuseio de materiais nas instalações de armazéns transmitem decisoriamente as tomadas de decisões em relação ao espaço a ser definido para a estocagem, que segundo Ballou (2006, p. 386) ressalta que “o manuseio de materiais é, em grande parte, uma atividade que absorve custos, embora tenha algum impacto sobre o tempo do ciclo do pedido do cliente e, portanto, sobre o serviço ao cliente”. Sendo assim, considerando que as continuidades das movimentações justificam uma grande economia de escala em todo o armazém, no entendimento de Bowersox; Closs; Cooper (2006, p.321): a continuidade de movimentação significa que é melhor para o operador de um equipamento de manuseio de material realizar movimentações de maior duração do que realizar várias movimentações pequenas, para alcançar o mesmo resultado final. [...] Uma vez iniciada a movimentação, os produtos devem ser deslocados de forma contínua até a chegada ao seu destino final. De acordo com as citações de Bertaglia (2003, p. 175) todo o produto 29 recebido e manuseado até o seu local de acomodação, corresponde à movimentação dos produtos. Sendo assim, conforme o autor referido acima destaca que: “essa movimentação pode estar relacionada a itens que estejam no estado líquido, sólido ou gasoso. O deslocamento de um material para o seu destino final pode ser feito por meio de equipamentos”. Para o autor Ballou (2006, p. 386), para que o processo do manuseio de materiais seja de forma eficiente é preciso desenvolver ao longo de quatro linhas: “a unitização da carga, o leiaute do espaço, a escolha do equipamento de estocagem e a escolha do equipamento de movimentação”. Ainda o autor Ballou (2006), comenta que a unitização da carga é respondida de forma eficiente de acordo com a consolidação dos embarques mediante ao número de volumes menores em uma única carga, podendo-se ser realizado por meio da paletização e da conteinerização. No entanto para Bertaglia (2003, p. 175), correspondente a unitização da carga sobre o manuseio, o autor argumenta que: “dependendo da distância a ser percorrida e a da disponibilidade de veículo, é mais vantajoso acondicionar os volumes sem a utilização de paletes, ao longo do veículo, aproveitando melhor seu espaço interior”. Já na visão de Dias (2006, p. 199) “um sistema de paletização bem organizado permite a formação de pilhas altas e seguras; oferece melhor proteção às embalagens, que são manipuladas em conjunto, além de economizar tempo nas operações de carga e descarga de caminhões”. Outro equipamento que também revolucionou a área de armazenagem conforme o autor Dias (2006) é o denominado contêiner, podendo-se considerar o mais ideal para a unitização das cargas dos sistemas de manuseio de materiais, especialmente quando utilizado por meio dos transportes. Deste modo, o manuseio de materiais compreende o seu deslocamento e sua distribuição, envolvendo diversas operações de movimentação para qualquer tipo de material por qualquer meio. 30 2.3.5 Equipamentos de armazenamento e movimentação Bowersox, Closs, Cooper (2006); Ballou (2007) expõem a ideia de que todas as movimentações realizadas dentro do armazém, como o manuseio dos produtos, são atividades repetidas inúmeras vezes, sendo assim os métodos e equipamentos utilizados nas operações de movimentações internas revelaram-se de grande avanço nas atividades logísticas, principalmente auxiliando na boa organização, produtividade e aproveitamento do espaço físico. Para Gonçalves (2004, p. 251) “os equipamentos de movimentação devem ser escolhidos dentro de um planejamento global que envolve as características dos materiais, suas formas de acondicionamento e embalagens e o fluxo geral dos materiais no armazém”. Assim como a área de movimentação afeta diretamente o layout das instalações de armazenagem e movimentação, Dias (2006) apresenta uma série de dados que devem ser analisadas entre o layout e movimentação. Produto (dimensões, peso, características mecânicas, quantidades a ser transportada), edificação (espaço entre as colunas, resistência do piso, dimensão de passagens, corredores, portas etc.), método (sequência das operações, método de armazenagem, equipamento de movimentação etc.), custo de movimentação, área necessária para o funcionamento do equipamento, fonte de energia necessária, deslocamento, direção do movimento, operador. (DIAS, 2006, p.220, 221). Sendo assim é possível por meio dessas séries de dados fazer a escolha dos equipamentos de movimentação conforme as suas características. Franscischini (2004) argumenta que o aumento da produtividade em movimentar materiais permitiu o desenvolvimento de diversos equipamentos para auxiliar o manuseio, sendo que, os tipos mais utilizados pelas empresas, conforme cita o autor são: Paleteiro, empilhadeira, camboios, pórticos e os guindastes. 31 2.3.6 Cross-Docking Todo o produto que chega a um armazém e é expedido sem ir para o estoque, podemos considerar que nessa operação existe a atividade cross-docking. Para Moura et al. (2003, p.279, grifo nosso) consideram que, “é o fluxo acelerado de produtos do recebimento à expedição. [...] No cross-docking as cargas são levadas diretamente à expedição como parte do fluxo de saída”. Logo o autor Banzato et al. (2003) define a implementação do cross-docking como uma operação que é: mais frequentemente definido como a redução da movimentação de material por meio do envio de materiais recebidos diretamente para os clientes pulando a estocagem. Como consequência, os giros de estoques são aumentados enquanto os custos são reduzidos e os produtos entregues ao cliente mais rapidamente. (BANZATO et al., 2003 p. 249). Moura et al. (2003, p. 280) salienta que antes de discutir sobre o crossdocking é necessário e preciso conhecer dois pré-requisitos para a operação crossdocking, que são: “local de destino do produto precisa ser conhecido, já quando o mesmo é recebido. Cliente precisa estar pronto para receber o material expedido imediatamente”. Com relação ao espaço para esse tipo de operação, ele será moderado por não manter estoques, mas é preciso de um bom espaço suficiente para dispor as cargas, explica o autor Moura et al. (2003). Como a visão do cross-docking é a redução de estoques e separação dos pedidos, Banzato et al. (2003) fala que, em contrapartida, o aumento se dará nas necessidades de recebimento e expedição, por exemplo: o cross-docking reduz a flexibilidade das técnicas de balanceamento da carga de trabalho; entretanto, embora a carga total de trabalho possa permanecer constante, cargas de trabalho de pico podem aumentar. É necessário analisar o volume, duração e momento dessa carga de trabalho de pico para determinar como melhor usar o equipamento de doca e maximizar a produtividade da mão de obra. (BANZATO et al. 2003, p.251). Considerando o ponto do uso das docas, Moura et al. (2003) falam que, “sem as docas bem equipadas não existirá cross-docking eficiente. O início e o fim são 32 vitais para as cargas em cross-docking, que ocorrem quando os caminhões chegam com os produtos que entram ou recebem expedições que saem”. Ainda para Moura et al. (2003) existem diversas necessidades nas operações de cross-docking para diversos participantes que a praticam, que podem ocorrer em nível de fabricantes, distribuidor, varejista e transportador. 2.4 Layout Para Gaither; Frazier (2002, p. 197, grifo nosso) “entre muitos objetivos dos layouts de instalações, o foco central da maioria dos layouts de manufatura é minimizar o custo de processamento, transportes e armazenamento de materiais ao longo do sistema de produção”. Slack; Chambers; Johnston (2007, p. 200) argumenta que: “o arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento físico dos recursos de transformação”. Simplificando as palavras dos autores citados acima neste parágrafo, é à disposição de máquinas, equipamentos e serviços de uma determinada área definindo sua forma e aparência. Existem diversos tipos de layout, e a empresa deve escolher aquele que é mais coerente com a sua estratégia de manufatura. E segundo Martins; Laugeni (2005, p.138), “os tipos principais de layout são por processo ou funcional, em linhas, celular, por posição fixa e combinada”. No layout por processo Moreira (1998, p.261) argumenta que é “característico de muitas indústrias e provavelmente da maioria das atividades de prestação de serviços, os centros de trabalho são agrupados de acordo com a função que desempenham”. Já na concepção de Slack; Chambers; Johnston (2002, p.203, 204): “No arranjo por processo, processos similares [...] são localizados juntos um ao outro. [...] Isso significa que, quando produtos, informações ou clientes fluírem pela operação, eles percorrerão um roteiro de processo a processo, de acordo com as suas necessidades”. 33 No layout por linha, Martins; Laugeni (2005, p. 138) afirma que “as máquinas ou as estações de trabalho são colocadas de acordo com a sequência das operações e são executadas de acordo com a sequência estabelecida sem caminhos alternativos”. Conhecido também como arranjo físico por produto por meio das citações de Moreira (1998) expõe que “cada centro de trabalho torna-se responsável por uma parte especializada do produto ou serviço [...]”. No layout celular ou arranjo físico celular para Slack; Chambers; Johnston (2002, p. 205): é aquele em que os recursos transformados, entrando na operação, são pré-selecionados [...], para movimentar-se para uma parte específica da operação (ou célula) na qual todos os recursos transformadores necessários a atender a suas necessidades imediatas de processamento se encontram . No layout por posição fixa segundo Martins; Laugeni (2005, p. 140), “o material permanece fixo em uma determinada posição e as máquinas se deslocam até o local executando as operações necessárias”. Moreira (1998) comenta que uma das características desse arranjo é que frequentemente ele é utilizado para a produção de produtos únicos, sem muita diversificação quanto à unidade do produto. Logo os arranjos ou layouts combinados: ocorrem para que sejam aproveitadas em um determinado processo as vantagens do layout funcional e da linha de montagem. [...] linha constituída de áreas em sequência com máquinas de mesmo tipo como no layout funcional, continuando posteriormente com uma linha clássica. (MARTINS; LAUGENI, 2005, p. 140) No âmbito de instalações de serviços Gaither; Frazier (2002, p. 221) afirmam que: os layouts de instalações de serviços geralmente oferecem fácil acesso a essas propriedades e estacionamentos grandes, bem organizados e amplamente iluminados. Adicionalmente, essas instalações em geral têm passarelas amplas e bem projetadas para que as pessoas entrem e saiam dos estacionamentos. Para que se chegue a uma decisão de qual alternativa adequada a ser adotada, segundo Martins; Laugeni (2005, p.143) “as alternativas devem ser claramente visualizadas, sejam por meio de desenhos computadorizados, gabaritos, modelos em cartolina, madeira, plásticos ou, ainda maquetes”. 34 Para Banzato et al. (2003) os estoques podem ser alterados tão rapidamente ou não ter capacidade suficiente que em certas ocasiões não se julga necessário ter um layout organizado. Davis (2001) diferencia empresas de manufatura com empresas de serviços. Identificando na manufatura, a meta do leiaute é sempre minimizar os custos no transporte de materiais e o de serviços tornarem mínimo o tempo de pessoal, até mesmo os seus clientes. Viana (2006, p. 310) destaca objetivos do layout de um armazém que devem ser: a) Assegurar a utilização máxima do espaço; b) propiciar a mais eficiente movimentação de materiais; c) propiciar a estocagem mais econômica, em relação às despesas de equipamento, espaço, danos de material e Mão- de -obra do armazém; d) fazer do armazém um modelo de boa organização. Ainda Viana (2006, p. 309) “a realização de uma operação eficiente e efetiva de armazenagem depende muito da existência de um bom layout, que determina, tipicamente, o grau de acesso do material [...]”. Para uma boa elaboração de um layout para Martins; Laugeni (2005) muitas considerações devem ser avaliadas para essa elaboração, tais como o quanto o será produzido, quais os equipamentos que serão manuseados nas operações dentro da empresa, com também a área de estoque. No âmbito de layout para armazéns, Moura (1997) denota que para cada alternativa de layout devem-se avaliar quatro filosofias básicas: a intensidade do uso, as semelhanças entre os produtos; tamanho desses produtos e suas características. Deste modo é fácil compreensão que para uma eficiente armazenagem depende muito da existência de um bom layout. 2.4.1 Capacidade da instalação Considera-se capacidade toda a quantidade máxima de produtos e serviços que podem ser produzidos em uma determinada instalação, em um determinado período de tempo. Assim Moreira (1998) evidencia que uma unidade produtiva pode 35 ser identificada por vários meios como: um armazém, uma loja entre outros. O autor explica que “o tamanho da unidade produtiva é obviamente importante. Sempre que possível, ao projetar a unidade, tenta-se deixar um espaço vago para expansão futuras, de forma a adiar a mudança de local para novas instalações.” (MOREIRA, 1998, p. 150). Para Brown et al. (2006, p. 231) a capacidade de uma instalação pode ser considerada como “o resultado potencial de um sistema que pode ser produzido em um período específico, determinado pelo tamanho, escala e configuração dos insumos de transformação do sistema”. Segundo Moreira (1998) depois de todas as informações obtidas sobre a instalação do armazém o arranjo físico do local pode reduzir ou favorecer a capacidade. E desde que se tenha um bom arranjo pode-se resolver muitos problemas relacionados à capacidade. A grande maioria das empresas precisam decidir sobre o tamanho que deve ser as suas instalações em relação de capacidade, com isso as atividades que envolvem custos influenciaram a decisão sobre o tamanho. Sendo assim, o autor Moreira (1998, p. 150, grifo do autor) relata que: [...] as unidades maiores em geral custam proporcionalmente menos do que as unidades menores. Será provavelmente mais barato construir uma unidade grande do que duas ou três unidades menores, com a mesma capacidade total. Em segundo lugar, unidades maiores apresentam, até certo ponto, o que se chama de economias e escala. [...] De outro lado, as unidades maiores também apresentam desvantagens. [...] unidades maiores tendem a tornar-se “não focalizadas” [...], envolvendo-se com muitas operações, tarefas, produtos e /ou serviços diferentes, perdendo assim a eficiência relativa; unidades maiores podem levar a maiores custos de controle e administrativos [...], entrando numa faixa de operações onde os custos unitários totais, ao invés e diminuir, aumentam com a quantidade. Dizemos que nesse caso a unidade está proporcionando deseconomias de escala. O layout pode ser considerado como um molde do armazém, portanto, necessita de um bom planejamento do espaço físico para garantir para obter facilitação do fluxo de materiais, bem como, sua localização e mantenimento da qualidade dos produtos. Considerando esses fatores no arranjo físico e instalações, as normas e regulamentos da segurança e medicina do trabalho, indicam que as “vias de circulação em ambientes de trabalho, devem ter no mínimo 1,20 metros de largura” (CURIA; CÉSPEDES; NICOLETTI, 2013, p. 165). 36 Deste modo, o projeto do layout passa a assegurar a utilização máxima do espaço, diminuindo essas áreas obstruídas, para a segurança do pessoal dentro do armazém. 2.5 Localização Definindo a importância das decisões sobre a localização para qualquer tipo de negócio que a empresa esteja envolvida, para Moreira (1998) essas decisões devem ser estratégicas e parte essencial de todo o planejamento. Sendo assim, em sua concepção Moreira (1998), “localizar significa determinar o local onde será à base de operações, onde serão fabricados os produtos ou prestados os serviços, e /ou onde se fará a administração do empreendimento”. Para Ballou (2007) uma vez estabelecido a necessidade de sua área de armazenamento, a próxima etapa a ser estabelecida é onde esse espaço será centrado. Ainda o autor, destaca que a decisão sobre a localização certa pode ser definida por meio de dois níveis. Quando em uma empresa existem várias localidades de armazéns, podem-se usar estes como uma referência para o próximo depósito. E no segundo nível, após a definição da área geográfica se define a região onde quer se situar; nesse critério Ballou (2007) argumenta que a diferenciação dos custos em relação aos terrenos e/ou serviços disponíveis se tem pouca consideração nas tomadas de decisões. Já Banzato et al. (2003) classifica a análise de localização repartindo em duas partes: A macrolocalização, que considera parâmetros para definição da melhor região geográfica (estado e cidade), e a microlocalização, que avalia parâmetros mais específicos daquela região e possibilita uma melhor escolha do local (bairro, distrito industrial e terreno), ou seja, o sítio específico onde se deve localizar o armazém. Para Chopra; Meindl (2003, p. 57) “a escolha básica, nesse caso, está entre centralizar para ganhar economias de escala ou descentralizar para se tornar mais responsiva, mantendo-se mais próxima do cliente”. A decisão sobre o local das instalações da empresa constitui grande parte do 37 projeto da cadeia de suprimentos, que segundo Jacobsen (2011) a importância desse projeto deve considerar várias exigências, como: a) facilitar o acesso dos fornecedores par a entrega dos produtos; b) estar o mais próximo possível dos pontos de utilização das mercadorias; c) manter o afastamento dos locais que possam comprometer a adequada climatização e higiene do ambiente [...]; d) manter distâncias adequada da recepção de hóspedes e clientes de outros serviços oferecidos; e) zelar para que os locais de circulação de funcionários de outros setores e de clientes fiquem fora do almoxarifado. (JACOBSEN, 2011, p. 189, 190). As empresas também devem relacionar nas escolhas sobre a instalação de serviço a sua capacidade mais adequada para o desempenho das suas funções 2.5.1 Tipos de armazéns Segundo Ballou (2007, p.162) “uma organização que necessite de espaço físico para os estoques tem uma série de opções”. Que são caracterizados como: “Espaço próprio, Aluguel de espaço de terceiros, alugar o depósito e estocar em trânsito”. Cada qual com as suas especificações de custos, vantagens e desvantagens. No espaço próprio, Ballou (2007) argumenta que muitas das empresas se motivam a ter um espaço próprio para o retorno de o capital investido ser mais favorável. A empresa espera obter desse investimento inúmeras vantagens, como: Armazenagem mais barata do que seria possível pelo aluguel de espaço de terceiros, especialmente quando há elevada utilização da facilidade a maior parte do tempo. Maior grau de controle sobre as operações de armazenagem, que ajuda manter operações eficientes e alto nível de serviço. Os benefícios provenientes da possessão do terreno. O espaço pode ser convertido para os outros usos, como manufatura. O espaço pode servir como base para um escritório de vendas, garagem da frota própria, departamento de transportes ou de compras. Se o produto requer pessoal ou equipamento especializado, tais como certos 38 produtos químicos e farmacêuticos, o espaço próprio pode ser a única alternativa viável. Para o aluguel de espaço Ballou (2006) apresenta os armazéns públicos como os que apresentam em configuração e padronização de espaço, a fim de atender uma gama bem maior de necessidades especializadas das empresas. O autor classifica seis tipos de armazéns: 1. Armazéns de commodities. São caracterizados pela armazenagem de produtos como: Algodão, madeira, cereal; etc.; 2. Armazéns de granéis. Proporcionam a estocagem e manuseio de produtos líquidos, químicos, secos como carvão, areia, etc.; 3. Armazéns refrigerados. Proporcionam ambientes com temperaturas controladas, utilizados para a preservação de bens perecíveis, congelados, produtos farmacêuticos, entre outros; 4. Armazéns de produtos residenciais. Utilizados para a estocagem de produtos de bens pessoais. Sua utilização é comum para as empresas que fabricam esses tipos de produtos e/ou empresas de mudanças residenciais; 5. Armazéns gerais de mercadorias. Provavelmente o tipo mais comum de armazenagem, é caracterizado pela armazenagem de bens manufaturados. Normalmente não demandam instalações diferenciadas ou de um manuseio especial; 6. Miniarmazéns. Sua área de estocagem é pequena, variando de 60 a 600 metros quadrados. Oferecendo poucos serviços, serve como um espaço extra. No aluguel de depósito algumas facilidades podem ser encontradas em intermédio entre o aluguel de espaço num depósito público, que segundo Ballou (2007, p. 167) “sua vantagem está na possibilidade de obter menores taxas do proprietário do espaço físico”. Ainda o autor Ballou (2006) fala que o usuário pode controlar todo o espaço físico contratado, com as suas operações conforme o acerto do aluguel. No Aluguel em trânsito Ballou (2007, p.167) refere-se que: é um tipo especial de armazenagem que requer coordenação precisa com a escolha do modal de transporte. Como diferentes alternativas de transportes representam diferentes tempos de trânsito, o especialista pode selecionar um modal que pode reduzir substancialmente ou até mesmo eliminar a necessidade por armazenagem convencional. [...] particularmente atraente 39 para companhias que tratam com estoques sazonais e transportes por longas distâncias. 2.6 Medição do trabalho Segundo o autor Fitzsimmons (2005) as medições do trabalho, também conhecidas como estudo de tempos, possibilitam a gerência inúmeros propósitos, e um deles são determinar a necessidade de pessoal. O autor acima identifica que, “o estudo de tempos envolve a identificação e a medição dos elementos individuais de trabalho, em trabalhos repetitivos, também chamados de ciclos de trabalho. [...] As medições são feitas com um cronômetro [...]”. Por sua vez, o autor Moreira (1998) classifica os estudos de tempos em dois termos para se chegar ao tempo padrão: o tempo real e o tempo normal. Para o autor o que difere os dois tipos são as seguintes características: O tempo real é aquele que decorre realmente quando é feita uma operação. Ele é obtido por cronometragem direta do operador em seu posto de trabalho e varia de operador para operador e também para o mesmo operador em ocasiões distintas. O tempo normal é o tempo requerido para um operador completar a sua operação operando com velocidade normal. [...] Uma vez obtido o tempo normal, o tempo padrão é aquele requerido por uma operação, quando as interrupções e condições especiais da operação forem levadas em conta. (MOREIRA, 1998, p. 295, 296, grifo do autor). Em suma, os dois autores apresentam que a medida do tempo deve ser realizada com cronômetro, que visa avaliar redução ou não de trabalho, seu método, custos entre outros. 2.7 Projeção Segundo o autor Woiler (1996) existem dois métodos para análises de 40 projeções, que podem ser feitas por critérios quantitativos como qualitativos. O autor acima apresenta como critério quantitativo, o mais empregado para análise de série de tempo o uso da projeção por meio de taxas. As mais comuns de serem usadas, ainda segundo o autor, são as taxas aritmética e geométrica. A taxa aritmética média [...] pode ser observada com base na formula para o cálculo do montante em juros simples: Vn = Vo (1 + in). De modo análogo, a taxa geométrica média [...] pode ser calculada com base na fórmula para o cálculo do montante em juros compostos: Vn = Vo (1 + i) ⁿ. (WOILER, 1996, p. 69, 70). Woiler (1996) classifica que os prazos a ser determinado para o uso das projeções podem ser de curto, médio e longo prazo. Sendo que, a partir de três anos em diante pode-se considerar projeções em longo prazo, utilizadas geralmente em termos de decisão de investimento. 41 3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO A RTE Rodonaves (franqueadora) é especializada no transporte de cargas e encomendas secas e fracionadas com segurança e eficiência para atender aproximadamente 2.000 cidades em 07 estados brasileiros. Com a matriz da empresa situada em Ribeirão preto – SP, com um quadro de gestão em 10 filiais e mais 140 unidade de negócios (franquias). A VCE transportes (franquia) trabalha como uma prestadora de serviços exclusiva da RTE Rodonaves, caracterizada como a unidade 226 na cidade de Itajaí. A franqueada opera com a logomarca da RTE em veículos, uniforme de funcionários, entre outros que levam a imagem da organização. Sempre destacando que está a serviço da RTE por não conter vínculo empregatício entre a franqueadora e a franquia. Sendo assim todos os dados abaixo referentes à caracterização da empresa, exceto histórico, a VCE transporte e distribuição (unidade 226), segue conforme a estrutura organizacional estipulada pela RTE Rodonaves. 3.1 Histórico Para melhor compreensão foi estudado o histórico tanto da franqueadora como da empresa alvo da pesquisa: VCE Transportes e Distribuição (unidade 226). 3.1.1 RTE Rodonaves Foi a partir de um pequeno Box na rodoviária de Ribeirão Preto, de onde fazia entregas com uma bicicleta de carga, que o Sr. João Naves iniciou a história daquela 42 que viria a ser uma das maiores transportadoras do país, presente em sete estados, além do Distrito Federal, atendendo mais de 2.000 cidades. O empreendedorismo de seu fundador, acompanhado de investimentos constantes em sua frota, serviços e na capacitação e desenvolvimento de sua equipe, tornaram a RTE Rodonaves uma empresa com qualidade diferenciada no transporte terrestre de cargas dedicadas e de encomendas fracionadas. Baseada em uma administração moderna e eficiente, a Matriz da RTE Rodonaves é certificada ISO 9001: 2008 desde 2002, sendo referência de gestão para as 10 filiais e as mais de 140 unidades de negócio. Tudo isso demonstra o crescimento de uma empresa que se orgulha em ser brasileira e familiar comprometida em atender clientes de diferentes perfis com segurança e pontualidade em suas entregas. E hoje, a empresa é sinônimo de eficiência, avançando sem fronteiras e acumulando conquistas em mais de três décadas de história. 3.1.2 VCE Transportes e Distribuição Fundada em 2007 na cidade de Francisco Beltrão no estado do Paraná como uma franquia da RTE Rodonaves, por onde atuou por nove meses na região. Em dezembro de 2007 a VCE transporte passa a atuar na cidade de BrusqueSC, e posteriormente em setembro de 2008 abrindo mais uma unidade na cidade de Itajaí – SC. Desde sua fundação, a VCE foca na estratégia comercial por atender e vender especificamente para a empresa RTE Rodonaves. 3.2 Ramo de atividade Transporte Rodoviário de carga seca fracionada. 43 3.3 Visão Ser a melhor provedora de soluções em transportes de cargas para assegurar resultados significativos para os clientes. 3.4 Missão Gerar crescimento sustentável, por meio de equipes multidisciplinares capazes de responder as exigências do mercado, com foco, inovação e visão de futuro para assegurar o crescente valor da organização. 3.5 Produtos Prestação de serviços – entregas e coleta 3.6 Mercados 3.6.1 RTE Rodonaves Com atendimento nas praças dos estados de Distrito industrial, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. 44 3.6.2 VCE Transporte Com atendimento nas cidades de Barra Velha, Penha, Navegantes, São João do Itaperiú, Ilhota Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú, Itapema, Bombinhas, Porto Belo, Tijucas e Canelinha. 45 4 RESULTADOS DA PESQUISA Nesta seção, a acadêmica disponibiliza relatórios descritivos preliminares com os resultados da pesquisa realizada. Os dados referem-se unicamente as informações prestadas pelo acompanhamento dos processos e pelos respondentes da pesquisa. 4.1 Descrição do atual processo de armazenamento das cargas recebidas Na unidade 226 todos os colaboradores que estão envolvidos com o setor de expedição iniciam o funcionamento das operações a partir das 7 horas da manhã, que são: motoristas, ajudantes de expedição, encarregado operacional e setor pesquisa. No processo de armazenagem é fator crucial o conhecimento do local onde serão acomodados os materiais. Na empresa pesquisada trabalha-se com corredores móveis em seu layout. Para tanto, é preciso que seja feita essa administração do espaço para uma organização eficiente e produtiva nas operações, de modo que, há vários veículos e operários responsáveis por determinada cidade de entrega. Na unidade essa divisão de praças é denominada por setor, conforme representa o quadro abaixo: Setor 01 Itajaí sul Setor 02 Itajaí norte Setor 03 Itapema/ Bombinhas/ Porto Belo/ Tijucas/ Canelinha Setor 04 Balneário Piçarras/ Ilhota/ Navegantes/ Barra Velha/ São João Itaperiú Setor 05 Balneário Camboriú/ Camboriú Quadro 3 - Representação da divisão das praças no armazém da unidade Fonte: elaborado pela acadêmica. 46 Posteriormente o conhecimento sobre a estrutura operacional dos corredores no layout do armazém, fica mais simplificado o desenvolvimento dos serviços. Uma das primeiras atividades a serem desempenhadas é o descarregamento do veículo que vem de outra unidade com a consolidação de cargas das variadas praças atendidas pela RTE Rodonaves. É considerada uma das “primeiras atividades” porque em outra situação ao mesmo tempo é conferida toda a documentação de transporte, que incluem os conhecimentos de transportes (CTRCconhecimento de transportes de carga rodoviária e/ou, utilizado atualmente o CT-e – conhecimento de transporte eletrônico. Ambas as denominações referem-se ao mesmo objetivo, porém, devido à legislação brasileira esse termo foi substituído para CT-e). Para conferir se a documentação está de acordo com a carga recebida, os dados são analisados através do registro do numero do CT-e descrito no romaneio, que é um documento de embarque que discrimina todas as mercadorias embarcadas. Não existe um modelo padrão para este documento, pelo fato de ser um documento opcional pelas empresas. Com o objetivo de especificar detalhadamente como a mercadoria está apresentada. O romaneio contém comumente os seguintes elementos: Quantidade total de volumes (embalagem); Identificação dos números de CT-e e documento fiscal do produto (NF-e); Identificação do remetente e destino; Contém peso líquido, peso bruto, dimensões unitárias e o volume total da carga. Referente à RTE Rodonaves além desses dados, ele dispõem: Identificação geral do motorista; Identificação geral do veículo; Identificação da unidade de embarque e destino. Todos esses dados são de extrema importância para aceitação da carga na unidade, como a separação dos pedidos para a distribuição interna entre os setores, e externa para o cliente final. Na medida em que essas duas atividades são executadas, no descarregamento do veículo, conforme os volumes são colocados na área interna do armazém, os demais operários da empresa que não estão a cargo da descarga, vão retirando esses volumes e os distribuindo no seu setor de entrega. Como eles não 47 tem o documento dos volumes em mãos, essa triagem é feita por meio das informações que saem nas etiquetas desses volumes. Tais etiquetas são emitidas e fixadas nos volumes pela unidade coletora do material, na qual para a operação os dados mais importantes são: Cidade destino; Remetente/destinatário; Quantidades de volumes por nota. Em algumas situações o único dado observado é a cidade destino. Diante das observações da pesquisadora, alguns operários já separam os pedidos respectivos de cada cliente conforme vão dispondo os volumes nos setores, outros apenas acomodam esses volumes e retornam a fazer a movimentação rotineira, que é pegar o volume que já está dentro do armazém e levar até o setor responsável. Devido a essas exceções do não cumprimento da separação dos pedidos nos setores, um grupo de operários fica cada um na sua zona de separação para a conferência do produto em geral, examinando quantidades e qualidade (a qualidade especificamente está na estética da embalagem). Notavelmente as pessoas que ficam a esse cargo nos setores são os motoristas de cada região. Ao longo dessas atividades, quando há pendências como, caixas abertas, embalagens rasgadas e/ou molhadas, entre outros, o responsável pelo setor da pesquisa é acionado pelo operário, registra com uma foto do produto, e confecciona via sistema da RTE Rodonaves o relatório de ocorrência. Também é cercada pela embalagem do produto uma fita padrão da Rodonaves com a identificação da unidade que está registrando a ocorrência. Essa identificação se dá por uma numeração de registro das unidades de negócio da RTE, que para a unidade de Itajaí o número identificador é “226”. Dependendo do nível da ocorrência a entrega é realizada no mesmo dia do recebimento. Caso precise da interferência do cliente final ou do próprio remetente, quando se trata de pessoa jurídica, na qual não é possível em tempo real, o produto fica estocado no setor das pendências para a resolução da tratativa. O relatório de ocorrência também ocorre para os volumes faltantes, tanto no físico como no documento. Feita toda a conferência da documentação e dos itens recebidos os volumes são carregados para os seus veículos de entrega, e consequentemente é feita a roteirização das notas pelo motorista responsável do setor. 48 Uma característica da unidade é que uma vez determinado o motorista e veículo de cada setor de entrega essa escolha não é alterada. Atualmente dentro do setor operacional são as únicas funções e equipamentos fixos da empresa. Exceto o encarregado operacional que é desempenhado por uma pessoa. Todo esse manuseio dos produtos da descarga para os setores e carregamento do veículo deve ser no prazo de duas horas, considerando o seu tempo máximo, para os carros estarem todos completos com as entregas. Esse tempo máximo de operação na expedição se dá pelo fato de que a preferência é que todos os materiais devem ser entregues no mesmo dia em que a unidade está recebendo, e grande parte das entregas devem ser realizadas em horário comercial. Com esse prazo de duas horas, respeitando o inicio das 07h00min, eles iniciam as entregas a partir das 09h00min para poder realizar os despachos no período determinado e enfatizar a qualidade nos serviços, que a RTE Rodonaves preza como um diferencial da organização. Nessa mesma roteirização que são executadas as entregas são feitas as coletas, as cargas expedidas pela unidade. Para as coletas que são agendadas ou solicitadas anteriores a data do serviço são retirados do sistema o relatório de coletas por setor e entregues aos motoristas. Já as coletas que são solicitadas em tempo real são passadas por telefone para os motoristas os dados pertinentes do remetente. Os motoristas têm como horário de retorno para a unidade entre as 17h30min e 18h00min. Após sua chegada são retirados os volumes dos veículos, e são distribuídos conforme as cidades destino. Como não existem praças definidas para a separação das coletas, os operários que estão à disposição dessa atividade fazem o acompanhamento e separação para não serem misturadas as cidades destinos, sinalizando os motoristas e ajudantes em qual lugar devem acomodar as coletas. As separações dessas cidades são feitas de acordo com o padrão de carregamento para o veículo, onde: Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo são estocados juntos e carregados primeiro no veículo de viagem/destino. Santa Catarina e Rio Grande do Sul são encaminhados para o CTC (centro de transferência de carga, setor da RTE Rodonaves que está no mesmo armazém da unidade de negócio 226), que são carregados e enviados pelos veículos linhas da franqueadora. E as coletas do estado Paraná são acomodadas e 49 carregadas por último, devido ser o primeiro transbordo após a saída da unidade 226. Com esse controle, os operários responsáveis por essas atividades munidos dos documentos fiscais dos produtos, verificam a cubagem dos produtos, o peso, e repassa para o emitente dos documentos de expedição, que são os CT-e e os romaneios de embarque, os dados para a emissão de todos esses documentos e a emissão das etiquetas que são fixadas nos volumes. O último processo é o fechamento da carreta com o lacre da Rodonaves e a emissão do romaneio. Devido às coletas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul serem encaminhadas para o CTC, são feitos dois romaneios, um para a carga que vai com o destino para o Paraná, e outro com a carga desses dois estados. 4.2 Identificação das deficiências na armazenagem e distribuição Há um período de tempo existia na unidade 226 o departamento de CTC, próprio da RTE Rodonaves. Esse CTC era responsável por receber todas as cargas que vinham para a unidade 226 e transferir as demais cargas para as outras unidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Como o CTC era o responsável pelos processos do recebimento e separação dos pedidos por praça, eram feitos pelos próprios funcionários da RTE Rodonaves. Os funcionários da unidade 226 quando iniciavam as suas operações, o trabalho era apenas fazer o carregamento e seguir para a distribuição das entregas e realização das coletas. Atualmente esse CTC ainda existe, porém, apenas recebe e expede cargas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que é uma pequena parcela de toda a movimentação de carga da unidade 226. Essa mudança se deu pelo fato da RTE Rodonaves ter investido no seu terminal da cidade de Curitiba – PR, em critérios de expansão, acoplando as funções do CTC de Itajaí para o CTC de Curitiba. Com isso a unidade 226 precisou mudar toda sua operação de recebimento e expedição. Passou a ter controle e participação efetiva em toda a movimentação de chegada e saída de carga, o que pode ser considerado um ponto positivo. Precisou 50 alterar o seu horário de recebimento, aumentar mão de obra e racionalizar o tempo de movimentação interna para a distribuição externa das mercadorias. A organização operacional utilizada atualmente é considerada satisfatória pelos gestores da empresa, principalmente em consideração ao tempo do manuseio interno das mercadorias no armazém e como no seu carregamento para as entregas. Mas, é importante ressaltar que apesar da forma atual de armazenagem funcionar, ela pode ser ainda melhorada, pois não existem métodos de separação de pedidos definidos e pessoas escalonadas para as operações. Portanto é notável, a partir das deficiências encontradas na armazenagem, que ainda há muito que melhorar principalmente em relação ao tempo disponível para recebimento da carga. De acordo com o acompanhamento do estágio feito pela acadêmica, as deficiências encontradas foram nos processos de recebimento das mercadorias no período da manhã. Visto que é o ponto mais crucial das operações, uma vez que se tem maior movimentação de carga e pessoas em um mesmo horário, sendo que o tempo hábil para essa operação é de um fluxo muito acelerado e, qualquer falha e/ ou atraso que ocorra nessa primeira fase, bloqueiam significativamente a produtividade em todos os processos durante o dia tais como: entregas e coletas. Foram observados que em algumas estocagens produtos mais pesados são colocados em cima de produtos frágeis e/ou com peso inferior do que está em cima. Essa observação é de extrema acuidade, pois a pesquisadora ao conhecer a política de gestão operacional da empresa RTE Rodonaves que deve ser seguida na unidade 226 assim como no geral das unidades de negócio e filias da RTE Rodonaves, verificou-se que as regras de empilhamento devem ser conforme o permitido pelo produto. No momento do recebimento algumas mercadorias não estão sendo passadas por todos os processos internos do armazém, saindo do veículo com a consolidação da carga passando direto para o veículo de rota ou, disposto sobre a doca mais próxima do posicionamento do veículo na plataforma. Segundo o encarregado operacional, assegurou que isso acontece com volumes que são extremamente pesados e grandes, eles eliminam alguns processos para minimizar esforço e ganhar tempo; porém pelas observações, são colocados dentro do veículo antes que a pessoa responsável pela conferência da documentação tenha afirmado que estava correta. Logo que, de acordo com processo de recebimento da empresa 51 enquanto ajudantes e motoristas descarregam os volumes para o armazém, outra pessoa está verificando a documentação pelo romaneio. Na área de armazenagem foi observado que são transportados volumes de um setor para o outro sem que haja necessidade desse manuseio. A pesquisadora observou que conforme os motoristas e ajudantes retiram os volumes do veículo, manuseiam para setores que não são o destino correto. E isso se dá pelo fato, de outra deficiência encontrada próximo as docas, considerada a via de circulação principal de pessoas e equipamentos para as vias intermediárias dos corredores, não estão sendo usadas de maneira correta para o auxílio do recebimento das mercadorias, ocasionando assim movimentos inadequados dos volumes. Os produtos em algumas vezes não são postos próximo ao seu corredor principal. E quando usados essa via principal, os produtos são arremessados para o chão de forma brusca podendo prejudicar volumes que estejam avariados e/ou avariar os que estão em perfeito estado. A pesquisadora julga que essa forma de movimentação seja pela correria em descarregar o veículo o mais rápido possível para o aproveitamento do tempo nas entregas. Por meio dessa observação, a pesquisadora encontrou uma terceira deficiência em que acontece ao mesmo momento em que são postos esses volumes ao chão. Há muita concentração de pessoas em uma mesma doca para o mesmo serviço. Para todo o espaço da plataforma a disposição de três docas, sendo que, a doca do meio que fica entre as duas restantes é a ocupada pelo veículo da carga consolidada. Considerando o uso de apenas uma doca, a quantidade de pessoas e equipamentos circulando, é feito em tempo muito acelerado ocorrendo uma rápida amontoação dos produtos, podendo ocorrer possíveis avarias. Como a empresa franqueadora transporta uma variação ampla de produtos acabados quanto a sua forma e peso, podendo ocorrer o despacho de produtos extremamente frágeis como muito resistentes, foi adotado o uso de pallets para alocar os materiais nos corredores dos setores de entregas, porém, a quantidade de pallets posicionados sobre o piso do armazém são postos conforme a quantidade a ser recebida no dia, em algumas ocasiões é necessário pegar mais pallets devido o fluxo de carga. Durante o período da pesquisa foram observados que os pallets são alocados no piso sem cuidados. São arremessados com uma intensa força contra o piso do armazém, ocorrendo o risco dos pallets não suportarem por muito tempo e virem a afrouxar e/ou quebrá-los. Como são considerados ferramentas de trabalho 52 importantes no processo de armazenagem, irá ocorrer para a unidade 226, devido o seu mau uso, uma despesa desnecessária. Outra observação identificada na área onde ficam as pendências (produtos avariados), ficam muito próximos a lixeiras de uso pessoal da empresa, podendo exalar mau odor. Assim como identificado que nos registros de clientes da RTE Rodonaves têm-se fornecedores do ramo alimentício, podendo causa danos nos produtos. Para as deficiências no processo de distribuição dos produtos (entregas), foi realizada por meio de entrevistas não estruturadas, que dá a oportunidade para o entrevistador de gerar outras perguntas espontaneamente de acordo às respostas obtidas dos participantes. Portanto, foi percebido durante as entrevistas respostas muito semelhante entre os motoristas, mesmo eles trabalhando em setores (cidades) diferentes. Como a pesquisa realizada pela acadêmica teve maior ênfase no processo interno de armazenagem, o propósito em entrevistar os motoristas era investigar se algum processo interno nas tarefas diárias da empresa está prejudicando os processos externos. Como cada setor tem suas peculiaridades, foi necessária a entrevista com todos os motoristas registrados na empresa. Outra característica determinante na escolha pelos motoristas, é que devido a sua participação em tomadas de decisão operacionais junto ao encarregado para estabelecer e controlar a roteirização das entregas são significativamente consideráveis para a elaboração desta pesquisa. Ao contrário dos ajudantes, em que a rotatividade é muito intensa e nenhuma participação para a organização da rota. O esboço geral para a coleta dos dados foi de acordo com a opinião deles, o que se encontrava como deficiência no processo de distribuição (entregas) dos produtos, que precisasse de melhoria(s) ou mudança(s). Para um melhor entendimento, segue abaixo a relação de quatro pontos destacados em todas as respostas obtidas pelos participantes. Os pontos foram distribuídos em sequência organizados pela pesquisadora. 1º Descarga: Todos destacam que no processo da descarga, onde são retirados os produtos do veículo e alocados na área de armazenagem, não se tem a prudência em colocar o produto mais próximo do corredor do setor, para que quem estiver organizando os materiais nos corredores das praças atendidas esteja mais perto do produto para uma menor movimentação, a fim de otimizar o tempo total de 53 todos os processos da expedição. Visto que, ao descrever os processos atuais das operações internas, foi ressaltado que se produzem em um tempo limite de 2 horas. Também relataram que em muitos os casos são colocados materiais em setores que não pertencem a esse destino, ocasionando uma segunda movimentação desnecessária. E esses aspectos são tão rotineiros e notáveis que já foram identificados como uma deficiência na área de armazenagem pela pesquisadora, porém na visão dos motoristas são fatos que determinam significativamente o tempo que eles têm para a distribuição externa, que são as entregas dos produtos no destino final. Curiosamente estes dois pontos identificados nortearam a assuntos como treinamento de pessoal e clima organizacional. As respostas obtidas resultaram que todos os participantes estão 100% satisfeitos com a empresa. E em relação aos treinamentos que são desenvolvidos pela RTE Rodonaves, a empresa já dispõe deste recurso a cada três meses. Diante dos relatos da maioria dos participantes, o que desvia esses cuidados em relação à descarga, é a falta de comprometimento da mão de obra da empresa, destacada nas respostas como uma particularidade em geral desse ramo de atividade no município. 2º Romaneio: De acordo com a gestão de processos e documentais da empresa RTE Rodonaves, para todas as entregas do dia, devem ser feitos romaneios de cada setor com as especificações da carga, do veículo e do motorista. Esteticamente é o mesmo romaneio que vem no veículo com a carga de outros estados para a unidade 226, conforme descrito no processo de armazenagem. A confecção desses romaneios é feita somente após toda a conferência dos produtos recebidos que aprovados para as entregas, são feitas as relações dos CTE e Nfe dos produtos pelos motoristas e entregues ao emissor para serem romaneados. Como todos os motoristas e ajudantes auxiliam entre si no processo de descarga e separação dos produtos, o fim das tarefas na expedição são concluídas todas juntas. Devido a isso, na percepção dos motoristas, pela unidade 226 dispor apenas de um emissor para romanear a carga, perde-se muito tempo pela espera do romaneio, e esse tempo “perdido” atrapalha o andamento das entregas, principalmente para os destinos que contém agendamento por tempo de espera e cidades com limitação no horário de circulação do veículo. Mesmo os motoristas relatando não estarem insatisfeitos com tempo que eles têm para estarem em rota, 54 algumas vezes as saídas da empresa “às pressas”, podem prejudicar no atendimento ao cliente, no serviço com qualidade e riscos em acidentes na estrada. 3º Dados errados e/ ou não atualizados: Os participantes das entrevistas expõem que acontecem muitos casos de endereços errados, com um percurso totalmente invertido do que se foi feito. Os motoristas creem que essa informação errada seja por parte do remetente e não da franqueadora, porém, muitos destinos voltam a serviços novamente para a unidade 226 e essa atualização no cadastro do cliente não é feita. Outro fato que os motoristas julgam importante é sempre ter um ponto de referência no endereço, e em muitos documentos não se tem essa referência. Uma observação em especial extraída da pesquisa pela acadêmica foi sobre a roteirização das entregas, que são feitas manualmente pelo motorista de cada setor. Então, foi questionado se eles não sentiam a ausência de um sistema que permitisse um processamento dos dados do romaneio do veículo da carga consolidada, que é único, com o romaneio das entregas da unidade 226. Entretanto, eles não consideram como uma deficiência, e sim como uma vantagem. Conforme relataram os participantes da entrevista, um motorista que está todos os dias em rota fixa conhece todas as características dos clientes que abrangem detalhes mínimos que os ajudam no tempo de entrega. Eles apontaram pelas suas experiências que seria o contrário; seria uma deficiência se houvesse um sistema. Acreditam que o sistema não ia permitir essas especificações especiais, que eles na rotina diária conseguem satisfazer melhor. 4ª Mudança de turno para recebimento de mercadorias: Esse ponto foi ressaltado apenas por um participante, que relatou que há algum tempo existia um turno na empresa onde ficava um funcionário responsável pela conferência entre o horário da 00h00min ás 08h00min, esse funcionário juntamente com o pessoal do CTC da RTE Rodonaves descarregava o veículo e posicionavam as mercadorias nos setores para quando os funcionários da unidade 226 iniciavam seu turno as 07h00min, apenas carregavam os volumes para seus veículos de rota e saiam para a entrega, conforme já enfatizado no presente trabalho. Para esse participante, esse era um ponto muito favorável tanto para a unidade 226 quanto para os próprios colaboradores. Pois, eles não saiam tão tarde para as entregas, chegavam mais cedo ao final do dia com as coletas, não tendo a necessidade de fazer muitas horas extras e quando a quantidade de volumes era superior à quantidade de veículos que 55 a empresa tinha disponível, permitia voltar ao depósito e sair com novas entregas. O que hoje dificilmente isso acontece, quando fica produtos por falta de espaço dos veículos se contrata um terceiro ou fica para a entrega no outro dia. 4.3 Cálculo da mão de obra e equipamentos necessários de acordo com o atual processo de recebimento e separação de pedidos Nas atividades de movimentação de materiais interna puderam-se verificar diversos processos quanto às funções de recebimento e expedição, que para a maioria dessas funções não há uma(s) pessoa(s) privativa para executar determinada atividade. As etapas específicas da empresa no recebimento são: 1º etapa - Posicionar os volumes que estão dentro do veículo nos equipamentos de movimentação (carrinhos transportadores e paleteiras manuais são os equipamentos usados pela unidade 226); 2º etapa - Descarregar o veículo, retirando as mercadorias e levando até a via principal de circulação, uma área interna do armazém (essa área se localiza entre a plataforma e os corredores dos setores de entrega); 3º etapa - Retirar os volumes dessa área interna e dispor nos corredores dos setores dos seus respectivos destinos de entrega; 4º etapa - Separar os pedidos por cliente e conferir quantidades; 5º etapa - Carregar para os veículos de distribuição. Deste modo para execução desse objetivo foi necessário à cronometragem por hora/movimentos de um funcionário em apenas no 2º e 3º processo, conforme referidos acima. O não cumprimento no estudo da pesquisa para os demais processos foi em virtude de que, para o 1º processo não permanece mais que duas pessoas dentro do veículo, para o 4º e 5º processo em sua maioria são executados pelos motoristas e ajudantes de cada setor responsável. A cronometragem no estudo de tempos em movimentos teve o intuito de identificar a quantidade necessária do quadro de funcionários para esse setor da unidade 226 referente à força da mão de obra sobre o serviço. Sendo que, com esse coeficiente a unidade 226 poderá administrar que para mais ou menos em quantidade de carga recebida, o necessário que a unidade precisa para operar. 56 A medida de tempo normal para o uso da cronometragem citada pelo autor Moreira (1998) foi à utilizada para o uso dos cálculos quanto à necessidade de mão de obra sobre as operações. Nesse caso para cada processo foi utilizado apenas um (01) funcionário, denominado pelo encarregado com produtividade média em seu posto de trabalho. Sobre o que estava sendo movimentado por pessoa, foi considerado para o 2º processo o cálculo em peso real total da carga e o peso suportado pelos equipamentos de movimentação. Pois, para manusear os volumes do veículo para o armazém, os operários têm a sua disposição carrinhos transportadores que suportam até 200 kg, e que permitem um empilhamento de varias caixas por vez devido a sua estrutura ter o destaque no comprimento e na largura para apoio. Em contrapartida, para o 3º processo como grande parte de toda a movimentação é feita manualmente sem o auxílio dos equipamentos, foi necessário trabalhar em quantidade de volumes. Nesse estudo foi observado que há exceções em que uma pessoa consegue movimentar até cinco (05) volumes por vez, devido o seu tamanho e peso ser sustentados, porém, a média de volumes manuseados por vez é de apenas um volume. Portanto, a diferença da escolha pelas duas medidas (volumes / peso real) não está na diferença do processo e sim pelos recursos que são executados nesses processos. Considerando que a empresa transporta variadas dimensões de peso e tamanho é importante ressaltar que uma colocação de um volume com dimensões pequenas, mas, com um peso de 200 kg, estará trabalhando com a capacidade máxima do equipamento, porém, a sua estrutura no comprimento permite ao determinado operário acondicionar mais volumes, excedendo a sua capacidade máxima. A operação dessa forma estaria atendendo acima da sua produtividade normal, em contrapartida, o ciclo de vida desse equipamento irá reduzir implicando em uma inspeção mais intensa do que o normal, gerando custos desnecessários para a unidade 226 e podendo até deixar os operários na “mão” em dias de grande fluxo de movimentação. Como também, altos empilhamentos de caixas sem exceder o peso da capacidade do equipamento podem arremessar os volumes contra o piso podendo danificar os produtos e/ou suas embalagens, aumentando os custos com indenizações, baixando a eficiência da operação e a satisfação do cliente. No entanto, apesar desse critério, uma pessoa não conseguiria movimentar vários carrinhos por dia trabalhando com a sua capacidade total, pois ao invés deste estar 57 ocupando ao máximo o que o equipamento permite resultando positivamente, o aumento da fadiga irá atrapalhar por outro lado; ou seja, a rigor, nunca ocorrem empilhamentos ao máximo de sua capacidade e iguais nos carrinhos, como também, não são trabalhados 100% de toda a movimentação com esses carrinhos transportadores. Alguns volumes são carregados manualmente e outros pela paleteira (um segundo equipamento utilizado na unidade 226). Geralmente essas exceções ocorrem com produtos extremamente pesados e/ou grandes, no entanto, são em pouquíssimas quantidades e deixadas na plataforma para otimizar o espaço e reduzir a força da mão de obra, tanto para os processos da expedição quanto para o carregamento dos veículos de entregas. Deste modo na cronometragem dos movimentos não foi possível avaliar o peso que cada equipamento estava transportando, mas, para efeito de cálculo foi considerado um fator de 100 kg por vez, considerando que esse será o máximo transportado por uma pessoa. Com base nas explanações acima segue abaixo no quadro nº 04 o resultado dos movimentos executado: Elemento Tempo Medido Peso/ Volume Nºde movimentações 2º processo 60 min. 12.333 tonelada 32 movimentações 3º processo 60 min. 832 volumes 149 movimentações Quadro 04 – Resultados do estudo de tempo/movimentos Fonte: elaborado pela acadêmica. O dia da pesquisa para os dois processos foram alternados, ou seja, não estudado no mesmo dia, sendo assim o peso do segundo processo não é correspondente à quantidade de volumes para o terceiro processo. Para a formulação do cálculo, com base nos dados da capacidade por carrinho transportador, chegou-se a uma média de carrinhos necessários para trabalhar na totalidade do peso transportando 100 kg por vez. Onde: 12.333 = 123* 100 58 * Total de carrinhos necessários para a operação completa por pessoa, para deslocar o(s) produto(s) de um ponto A para um ponto B. Como essa seção é calcular a mão de obra e equipamentos necessários, para chegar ao resultado da mão de obra foi feito os seguintes cálculos: 123 = 4 32 O fator 123 corresponde ao resultado do primeiro cálculo, que são as quantidades de carrinhos movimentados, e o fator 32 corresponde à quantidade de movimentos feito por um homem/hora, resultando a equivalência da necessidade de 04 pessoas para o 2º processo. Como a pesquisa trabalhou com critérios inteiros, ou seja, pessoas e volumes usou-se a regra de arredondamento desses valores. Na segunda pesquisa é imensurável verificar a média de volumes movimentados por pessoa, porém, a pesquisadora pôde observar no tempo de cronometragem um volume por vez, exceto algumas movimentações com mais de um volume conforme já elucidado no decorrer do trabalho. Essa demanda varia muito da forma e medida dos volumes, todavia, para o uso do cálculo foi considerado um (01) volume por vez, que seria o mínimo da capacidade de uma pessoa. Seguem abaixo os cálculos: 832 = 6 (o resultado equivale a 6 pessoas necessárias para essa operação) 149 Supostamente, se foi considerado um volume por vez, isso significa que uma pessoa movimentou 149 volumes, onde: 6 x 149 = 894* *O resultado equivale que para um quadro de 6 operários a equipe consegue movimentar 894 volumes, ou seja, 7,45% a mais da quantidade levantada no estudo. Porém, ressalva-se que os valores foram arredondados induzindo ao 59 acréscimo. Todavia esse dado pode ser considerado em caso de oscilações de carga em meses de baixa para meses de alta. Pois, se for considerado a retirada de um operário, no caso reduzindo para cinco operários desse quadro, estará perdendo 10% da capacidade necessária. Visto que: 5 x 149 = 745* *O quadro irá conseguir movimentar no tempo de uma hora apenas 745 volumes, no qual iria necessitar de mais tempo para a execução da atividade em uma carga composta por 832 volumes que a unidade estava recebendo no dia. Algumas considerações importantes que foram observados no tempo cronometrado carecem de serem ressaltadas como: A distância percorrida pelos funcionários é considerada curta, não excedendo de 18 metros na horizontal. O funcionário escolhido para a contagem dos movimentos para o 3º processo não só posicionou os volumes nos corredores dos setores, como no seu setor responsável, este já posicionava os volumes separados por cliente. Portanto em uma medida de tempo uma (01) pessoa executou duas atividades ao mesmo momento. Para o cálculo de equipamentos, considerando que a unidade irá permanecer com a mesma linha de equipamentos, pode-se considerar para uso de cálculo o mesmo resultado da mão de obra que foram obtidos nas estimativas acima. O resultado nos apresentou que para as atividades de recebimento onde é feito a transferência dos produtos para o armazém, a empresa irá necessitar de 04 pessoas para o cumprimento das tarefas, sendo assim, pode-se considerar que a unidade 226 precisa ter a disposição dos seus funcionários 04 carrinhos transportadores. Observando que o uso do equipamento é considerado necessário apenas nas funções de recebimento da carga e carregamento para os veículos de distribuição e, como a empresa tem em regra de layout a divisão de cinco setores, deverá ser acatada o uso de mais um carrinho, totalizando assim em cinco equipamentos 60 necessários. Mesmo que o cálculo para o processo de carregamento não foi feito o estudo em tempo/movimentos, eles acontecem em tempos diferentes, podendo reaproveitar o equipamento para a transferência dos produtos do armazém para o veículo de entrega. 4.4 Análise do novo layout A utilização eficaz do espaço de um armazém, em seu espaço vertical e horizontal é decisiva na definição da capacidade de uma área de armazenagem ou outras operações de serviços. Para uma boa gestão da armazenagem, é preciso saber onde o produto será acomodado, como será e analisar a capacidade estática do espaço para receber determinado lote de mercadoria. Pode parecer uma maneira complicada de realizar esses cálculos, mas, na rotina diária da gestão, o que realmente se precisa saber é o espaço necessário para receber determinado lote de mercadoria decidindo se o lote caberá ou não num espaço existente e avaliar onde esse lote ficará mais bem empilhado. Outro fator que deve ser considerado é o tempo exato e/ou o tempo médio de permanência das mercadorias no armazém. E como o tempo de permanência está intrinsecamente relacionado ao giro da área, na unidade 226, a área de armazenagem/separação de pedidos é um processo de transferência dinâmico e contínuo, em que determinado momento é recebido lotes de mercadorias com a obrigação de no mesmo dia de chegada já seja a saída para a entrega nos clientes. Fica evidente, assim como é o objetivo da empresa, fazer um gerenciamento da armazenagem para reduzir ao máximo o tempo de permanência dos lotes recebidos, obtendo maior rotatividade da área e, consequentemente satisfazer o cliente em prazos de entrega, conseguir maior lucratividade gerada pelo nível de serviço competitivo e gestão interna da empresa. Portanto, um bom planejamento com obtenção permanente de informações sobre a demanda a ser atendida, remete a empresa um atendimento eficientemente aos seus clientes, oferecendo vantagens competitivas quanto à garantia da satisfação do cliente em qualquer situação, em atender com presteza as exigências de prazo decorrentes dos processos e um 61 rendimento operacional produtivo, por meio dos recursos disponíveis na área de armazenagem. Para a execução desse objetivo, uma das primeiras etapas para a análise foi conhecer a nova planta do projeto em andamento da construção do novo armazém da unidade 226 (próprio). Pôde-se verificar que a empresa está passando por um projeto de expansão do armazém, mesmo que essa diferenciação seja mínima diante do atual que a empresa opera. Tem-se como dado do projeto uma área útil de 547,81m². Abaixo segue a figura nº 01, ilustrando o layout do novo armazém cedido pela empresa. 62 Figura 01 – Planta do layout da empresa VCE Transportes e Distribuição Fonte: Arquivo da empresa. 63 Porém, apenas com a informação da capacidade da área útil da empresa em m², na rotina diária da gestão, não responde com exatidão a capacidade estática do armazém para receber determinada quantidade de lotes por dia. Deste modo, para análise desses critérios, foi necessário avaliar não somente o atual momento de cargas da empresa, como também, se no futuro a unidade 226 irá trabalhar com a utilização máxima do espaço, ou se o volume demandado aumentará de forma a exceder a sua capacidade, na qual irá prejudicar toda a movimentação interna, seja de equipamentos como mão de obra. Como experiência da pesquisadora uma das formas de fazer essa análise é a hipótese de que continuará a ocorrer no futuro o que ocorreu no passado em termos de crescimento. Portanto, a pesquisadora diagnosticou diante da coleta de dados históricos de demanda de carga recebida e expedida extraídos via sistema eletrônico da empresa, uma projeção futura dessa demanda. Visando responder para a empresa se futuramente o projeto do armazém próprio será viável ou não. Conforme o autor Woiler (1996) um modo simples e mais comum para projetar uma série de consumo é dado pelos cálculos por meio dos critérios de taxa aritmética e geométrica. E quanto ao prazo das séries podem ser de curto, médio e longo prazo. As projeções de curto prazo podem ser obtidas por meio de dados entre um ano, de médio prazo até dois anos, e acima disso as projeções de longo prazo, que geralmente são decisões tomadas para investimento, que é o caso da empresa em pesquisa. Os dados de movimentação da carga da unidade 226, tanto de carga recebida como de expedida, o sistema calcula apenas dados em peso real, ou seja, peso em tonelada, diante do conhecimento da unidade 226. Pois, para a RTE Rodonaves o principal dado em termos de transportar carga é por essa medida, devido à legislação em rodovias fiscalizar apenas o peso da carga do veículo. Porém, para calcular a projeção que um determinado lote de mercadoria ocupará no armazém, precisa-se necessariamente conhecer a cubagem da carga, pois se considera o seu volume ocupado no espaço. Contudo para a RTE Rodonaves a cubagem tona-se essencial mais para o faturamento da empresa, impossibilitando para a pesquisadora a informação desses dados um histórico em longo prazo. Entretanto, uma das políticas comerciais da RTE Rodonaves é que as formas de mercadorias transportadas pela empresa são padrão em todas as suas unidades 64 de negócios, conforme as diretrizes para o tipo de mercadoria de acordo com a operação que segue abaixo: Mercadorias incompatíveis com nossa atual operação são produtos que: Não possuem embalagem (recipiente ou caixa onde o produto fique acondicionado e devidamente protegido); Não aceitam empilhamento; Possuem alto risco de avaria; Ofereçam alto risco de avariar outras mercadorias; Possuem mais de 6 metros; Sejam de difícil manuseio para o carregamento ou descarregamento. Mercadorias frágeis e especiais como: Esquadrias metálicas, portas, venezianas, tubos e canos de PVC, motores automotivos, máquinas em geral, capotas, capô, portas de veículos, chapa de inox, peças usinadas, vidros e móveis. Que apresentem embalagem deficitária somente poderão ser transportadas após análise pessoal de nossos assistentes comerciais. Se aprovado o transporte, o risco corre por conta do cliente tomador do frete, mediante assinatura de termo de responsabilidade por eventuais danos. Mercadorias que não transportamos: Alimentos que necessitem de refrigeração durante o transporte; Animais; Armamentos e munições; Cola e tinta; Dinheiro (em moeda ou papel) e cheques; Metais preciosos e suas ligas (jóias, pedras preciosas ou semi-preciosas); Motores com combustível ou sujos de óleo; Mudanças de móveis e utensílios domésticos; Objetos de arte, antiguidade de e coleções; Produtos Químicos e perigosos (que acompanham ficha de emergência ou possuem classificação de risco); 65 Produtos com odor muito forte; Qualquer mercadoria que possa causar lesão pessoal. De acordo com essas informações a maneira mais confiável foi trabalhar estatísticamente a alteração percentual do peso cubado em comparação com o peso em tonelada em um período trimestral de junho de 2013 a agosto de 2013, período em que foi realizada a pesquisa na empresa, por estar aproximadamente na realidade da unidade 226. A Média dessa variação foi aplicada em cima do peso real projetado pelas duas taxas chegando ao valor aproximado de metro cúbico ocupado pela carga. Tanto para a taxa aritmética quanto para a geométrica foram utilizados os períodos de outubro de 2010 a outubro de 2013 para se ter um período civil de três (3) anos, conforme o método utilizado do autor Woiler (1996), em termos de longo prazo. Não foi utilizado mais períodos no cálculo da projeção devido à limitação de dados do sistema da empresa RTE Rodonaves. O atual sistema comporta apenas certo período de tempo no software, que após a retirada desses dados fica arquivado em um dispositivo móvel da RTE Rodonaves dificultando a disponibilidade aos dados por parte da unidade. A segunda opção seria a busca pelos romaneios no físico, porém, o arquivo da empresa não estava disponível no momento da pesquisa, e existia a possibilidade de não encontrar esse período de tempo por não ser um documento obrigatoriamente fiscal. Mesmo com todas essas impossibilidades o método estatístico da variação percentual constitui em um poderoso instrumento para análise gerencial das empresas e, considerado válido pela unidade 226. Em prática a taxa aritmética média é calculada com base na fórmula para o cálculo do montante em juros simples: Vn = Vo (1 + in) Onde: Vo = valor observado Vn = último valor observado n= número de períodos da série i = taxa média a ser calculada 66 Tem-se então: i = Vn /vo – 1/ n = 2.196.428/ 1.979.924 – 1/ 2 = 0.0547 a.a ou, i = 0.0547 *100 = 5,4675% a.a Utilizando essa taxa é possível calcular a projeção da série de consumo, por meio da fórmula se tem, por exemplo, para o ano de 2014 o seguinte valor aproximado: V = 1.979.924 (1 + 0,0547 x 3) V ≈ 2.304.830 A série de valores calculados por meio da taxa média aritmética segue abaixo no quadro nº 05. Ano 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2014 2015 2016 Carga recebida Valores Valores observados calculados Taxa PA 5,47% 1.979.924 t 1.998.435 t 2.196.428 t 2.304.830 t 2.413.131t 2.521.433 t Quadro 05 - Série de valores observados e calculados pela média aritmética Fonte: pesquisa de campo. De modo que, a taxa geométrica média é calculada com base na fórmula do montante em juros composto: Vn = Vo (1 + i)ⁿ 67 Tem-se então: 2.196.428 = 1.979.924 (1 + i)² i = 0,0533 a.a ou, i = 0,0533 * 100 = 5,33% a.a Com base nessa taxa é possível calcular a projeção da série de consumo, por meio da fórmula que se tem, por exemplo, para o ano de 2014 o seguinte valor aproximado: V = 1.979.924 (1 + 0,0533)³ V ≈ 2.316.688 A série de valores calculados por meio da taxa média geométrica segue abaixo no quadro 06. Carga recebida Valores Valores Ano observados calculados Taxa PG 5,33% 2010/2011 1.979.924 2011/2012 1.998.435 2012/2013 2.196.428 2014 2.316.688 2015 2.437.007 2016 2.566.900 Quadro 06 - Série de valores observados e calculados pela média geométrica Fonte: pesquisa de campo. Feito os cálculos para a projeção da demanda de consumo segue a comparação no gráfico nº 01, entre os valores calculados e projetados por meio dos dois critérios. Como pode ser observada a projeção pela média geométrica dá 68 valores projetados maiores que do que obtidos pela média aritmética. Como esses dados são valores médios aproximados diante do histórico de consumo da empresa, pode-se considerar que os valores da taxa aritmética serão os valores mínimos que o mercado irá responder no futuro, enquanto os valores da taxa geométrica será o valor máximo aproximado demandado. Os valores projetados na pesquisa teve apenas o intuito de apresentar a empresa à evolução entre dois valores, podendo ser positiva ou negativa. Gráfico 01- Representação gráfica entre os valores observados e projetados por meio dos critérios PA e PG Fonte: pesquisa de campo. Desse modo, como foram projetados para a carga recebida, os mesmos critérios foram aplicados para a carga expedida. Em virtude disso, segue abaixo os valores observados e projetados. Taxa aritmética: Vn = Vo (1 + in) Tem-se então: i = Vn /vo – 1/ n = 3.126.118/ 2.058.166 – 1/ 2 = 0. 2594 a.a 69 ou, i = 0.2594 *100 = 25,9443% a.a Utilizando essa taxa é possível calcular a projeção da série de consumo, por meio da fórmula que teremos, por exemplo, para o ano de 2014 o seguinte valor aproximado: V = 2.058.166 (1 + 0,2594 x 3) V ≈ 3.660.096 A série de valores calculados por meio da taxa média aritmética segue abaixo no quadro nº 07. Ano 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2014 2015 2016 Carga expedida Valores Valores observados calculados Taxa PA 25,94% 2.058.166 3.056.626 3.126.118 3.660.096 4.193.719 4.727.607 Quadro 07 - Série de valores observados e calculados pela média aritmética Fonte: pesquisa de campo. Taxa geométrica: Vn = Vo (1 + i)ⁿ Tem-se então: 3.126.118 = 2.058.166 (1 + i)² i = 0,2324 a.a 70 ou, i = 0,0533 * 100 = 23,24% a.a A projeção da série de consumo, por meio da fórmula tem-se, por exemplo, para o ano de 2014 o seguinte valor aproximado: V = 2.058.166 (1 + 0,2324)³ V ≈ 3.852.436 A série de valores calculados por meio da taxa média geométrica segue abaixo no quadro nº 08. Ano 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2014 2015 2016 Carga expedida Valores Valores observados calculados Taxa PG 23,24% 2.058.166 3.056.626 3.126.118 3.852.436 4.747.743 5.851.118 Quadro 08 - Série de valores observados e calculados pela média geométrica Fonte: pesquisa de campo. Como pode ser observado, assim como os valores calculados da carga recebida os da expedida, também, apresentaram pela média geométrica, valores projetados maiores. Segue, para essa relação à comparação entre os valores, conforme ilustra no gráfico 02. 71 Gráfico 02 - Representação gráfica entre os valores observados e projetados por meio dos critérios PA e PG Fonte: elaborado pela acadêmica. Concluídos os cálculos que foram feitos com base nos dados em peso real, foi-se aplicado em cada valor projetado à média de variação percentual da cubagem em relação ao peso transportado pela RTE Rodonaves. Como já ressaltado no trabalho o uso dessa variação foi alcançado pelo trimestre no ano da realização da pesquisa conforme representado nos quadros 09 e 10 abaixo: .Tri. Peso jun/13 jul/13 ago/13 ∑ 139.694 151.002 137.897 428.593 Peso cubado 197.025 188.328 193.889 579.242 41,04% 24,72% 40,60% 106,36% Quadro 09 - Representação percentual trimestral de peso real e peso cubado da carga recebida Fonte: pesquisa de campo. Tri. Peso jun/13 jul/13 ago/13 ∑ 121.468 144.078 110.241 375.787 Peso Cubado 165.064 35,89% 210.068 45,80% 158.981 44,21% 534.113 125,90% Quadro 10 - Representação percentual trimestral de peso real e peso cubado da carga expedida Fonte: pesquisa de campo. 72 A média encontra foi resultante do seguinte cálculo: M: 106,36/3 = 35,45% M: 125,90/3 = 41,97% Tem-se então a seguinte projeção em peso cubado conforme quadros nº 11 e12 abaixo: Ano 2014 2015 2016 Taxa PA 5,47% 2.304.830 2.413.131 2.521.433 Carga recebida Valores calculados Taxa M³ Taxa PG Taxa M³ 35,45% m³ 5,33% 35,45% m³ 3.121.892 2.316.688 3.137.954 3.268.586 2.437.007 3.300.926 3.415.281 2.566.900 3.476.866 Quadro 11 - Representação da projeção em metros cúbicos para a carga recebida Fonte: pesquisa de campo. Ano 2014 2015 2016 Carga expedida Valores calculados Taxa PA Taxa m³ Taxa PG 25,94% 41,97m³ 25,24% 3.660.096 5.196.238 3.852.436 4.193.719 5.953.823 4.747.743 4.727.607 6.711.784 5.851.118 Taxa M³ 41,97m³ 5.469.303 6.740.371 8.306.832 Quadro 12 - Representação da projeção em metros cúbicos para a carga expedida Fonte: pesquisa de campo. Entretanto, vê-se que o ato de armazenar requer alguns cuidados avaliativos prévios sobre o tipo de carga a ser recebida, o modelo adequado de movimentação e armazenamento além de mão de obra e equipamentos necessários. E um desses cuidados é verificação da altura do empilhamento para uma utilização eficaz do espaço vertical sobre a decisão da capacidade. Como não há regra de empilhamento na empresa devido à diversificação dos produtos recebidos e expedidos, a única regra sobre o empilhamento é que deve ser respeitado o peso suportado pela embalagem, que na maioria das caixas vem discriminado ou pela sua fragilidade. Sendo assim, foi adotado no trabalho um empilhamento médio de 1,20 de altura para uso de cálculo. Portanto, a partir da área útil do armazém em 547,81m² com a altura de empilhamento de 1,20 metros tem-se uma área cúbica de 657,37m³. Essa estimativa de empilhamento não somente foi estipulada pela 73 pesquisadora, como também, observado durante os processos de separação dos pedidos ao longo do período do estágio. Na estrutura do layout não existe uma organização sobre uma separação dos produtos quanto ao seu tipo. A separação acontece pela cidade destino do produto, ou seja, como anteriormente descrito neste trabalho, os corredores são organizados por setores, onde cada setor tem a sua cidade responsável. Devido o desconhecimento da carga a ser recebida, os corredores são móveis, podendo modificar-se ao longo do fluxo de mercadoria. Esse tipo de configuração possibilita aproveitar de forma mais eficiente o espaço disponível para a armazenagem, já que não é utilizado totalmente o espaço vertical do armazém por meio do empilhamento. Porém deve-se ter um espaço entre um corredor e outro para a movimentação de pessoas e equipamentos. De antemão sabe-se que, embora possam pesar mais, algumas mercadorias ocupam muito menos espaço de armazenagem que outras. Ou, inversamente, embora pesem menos, ocupam muito mais espaço que outras. Isso é consequência direta das diferentes densidades das mercadorias que a empresa RTE Rodonaves transporta. Portanto, é imprescindível saber a densidade das mercadorias a armazenar, ou seja, a relação existente entre peso e volume. Pôde ser observado que a unidade 226 adota como “embalagem secundária” o uso do pallet para acondicionar e protejer melhor os produtos da umidade do piso. Os pallets utilizados são de característica PBR (padrão) com dimensão de 1 metro de largura pra 1,20 metros de comprimento. Cujas medidas, no sentido da largura do corredor é de apenas um pallet e, no comprimento podem ser utilizados vários pallets, conforme a entrada de mercadoria. Como o novo armazém tem para uso operacional a metragem de 17 metros ao comprido para o uso dos corredores e, com base na definição acima, poderá ser postos ao piso, respeitando a área operacional, o acondicionamento de 14 pallets. Sobre o espaçamento de um corredor para outro, como a unidade 226 não opera com equipamentos que demandam de espaços expressivos para o manuseio de materiais, considera-se que essas vias de circulação intermediárias que conduzem aos corredores devem ter no mínimo 1,20 metros (1 metro e 20 centímetros) de largura, conforme descrito na NR12. 6.1, da secretaria de inspeção do trabalho. Após serem analisados esses fatores que afetam a capacidade estática de 74 um armazém: a praça útil, a altura do empilhamento, e espaçamento de circulação das principais vias; já dispondo de todas as informações necessárias, pôde-se realmente calcular a sua capacidade estática. Sabendo que a praça útil tem 547,81m² e, partindo do princípio que a carga poderá ser arrumada com segurança a uma altura média de 1,20 metros, temos um espaço cúbico, como visto anteriormente no presente trabalho, uma área de 657,37m³ e, para as mesclas de carga de um corredor para outro, 1,20 metros de cavidade. Conhecendo que as atuais organizações dos corredores são divididas em cinco setores de cidades, temos uma diminuição da área operacional de 171,36 metros cúbicos. Onde: 1,20 x 7 = 8,40 (largura) 17 metros = comprimento do corredor 1,20 metros = empilhamento médio 8,40 x 17 x 1,20 = 171,36 metros cúbicos Foram considerados 7 corredores no cálculo, pois, também há necessidade de área de circulação nas laterais para o uso de entrada e saída de materiais. Portanto a unidade terá um o espaço útil operacional disponível para receber determinado lote de mercadoria, de apenas 486,01 metros cúbicos. Como caráter de análise sobre a situação de otimização da área de armazenagem do novo armazém da unidade, identificamos diferentes fatores que afetam a capacidade deste armazém, no entanto, a principal ferramenta para a conclusão dessa análise é diante da demanda percebida pelos cálculos de projeção. Porém, os dados disponíveis da empresa, não respondem com exatidão um fiel resultado. Percebe-se nos quadros nº 13 e 14 abaixo, com os valores projetados pela taxa aritmética e a geométrica sobre os materiais recebidos e expedidos, com dados de peso cubado da carga, apresentam elementos anuais divididos por meses e por dias trabalhados, resultando em metros cúbicos pouco sustentáveis para análise da capacidade do armazém. 75 Ano 2014 2015 2016 Carga recebida Valores calculados PA PG Peso Metros Peso Metros cubado cúbicos cubado cúbicos 3.121.892 41,29 3.137.954 41,51 3.268.586 43,24 3.300.926 43,66 3.415.281 45,18 3.476.866 45,99 Quadro 13 - Representação da metragem cúbica em dias úteis Fonte: pesquisa de campo. Ano 2014 2015 2016 Carga expedida Valores calculados PA PG Peso Metros Peso Metros cubado cúbicos cubado cúbicos 5.196.238 68,73 5.469.303 72,35 5.953.823 78,75 6.740.371 89,16 6.711.784 88,78 8.306.832 109,88 Quadro 14 - Representação da metragem cúbica em dias úteis Fonte: pesquisa de campo. No cotidiano da unidade 226 e, percebido durante o período de estágio pela acadêmica, as cargas recebidas não ocupam apenas esses metros cúbicos de espaço. Entretanto, conforme informado pela unidade 226, a RTE Rodonaves trabalha com uma política comercial onde até 1 metro cúbico da mercadoria a franqueadora isenta o cliente na cobrança do frete, não computando esses dados. Outro fator é que dependendo do acordo comercial com o cliente o cálculo da cubagem não é feito por 300, conforme regra universal, podendo ser inferior a esse fator. Na qual, o fator cubagem acaba sendo prejudicado, como representa o quadro acima, entretanto, pôde-se analisar a capacidade por meio de um segundo modo. De acordo com o atual processo de recebimento de mercadorias da unidade 226, essas são recebidas através de duas cargas consolidadas. A maior delas vem do CTC de Curitiba-PR, com mercadorias dos 6 estados brasileiros dos 08 estados atendidos pela RTE Rodonaves. Quanto à outra carga é enviada pelo CTC de Porto Alegre com cargas das unidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que são recebidas pelo CTC de Itajaí pelos funcionários da RTE Rodonaves no período da noite. O veículo que vem da região Norte/Sul tem capacidade para transportar 76 111,15 metros cúbicos e 24 toneladas por viagem. Já o veículo da região Sul, tem capacidade para transportar 65,55 metros cúbicos e 14 toneladas vez. Ou seja, caso a empresa RTE Rodonaves mantenha o padrão de demanda de serviço para a unidade 226 com apenas um veículo por dia de cada CTC, a carga a ser recebida não irá ultrapassar esses espaços cúbicos. Contudo, as informações em peso real também, nos possibilitam analisar a capacidade do armazém, por meio da capacidade do peso do veículo. Os veículos que atualmente transportam as cargas para a unidade 226 tem capacidade em movimentar, dentro da legislação, ao conjunto um total de 38 toneladas, sendo que, um suporta 24 toneladas e o outro 14 toneladas. Considerando os dados projetados que aproximadamente irão ocorrer no futuro diante do histórico de demanda da unidade 226, a empresa terá a seguinte quantidade em tonelada recebida por dia conforme os quadros nº 15 e 16 abaixo: Ano 2014 2015 2016 Carga recebida Valores calculados PA PG Peso Peso por Peso Peso por projetado dia projetado dia 2.304.830 9.146,15 2.316.688 9.193,21 2.413.131 9.575,92 2.437.007 9.670,66 2.521.433 10.005,69 2.566.900 10.186,11 Quadro 15 - Representação de peso por dia útil Fonte: pesquisa de campo. Ano 2014 2015 2016 Carga expedida Valores calculados PA PG Peso Peso por Peso Peso por projetado dia projetado dia 3.660.096 14.524,19 3.852.436 15.287,44 4.193.719 16.641,74 4.747.743 18.840,25 4.727.607 18.760,35 5.851.118 23.218,72 Quadro 16 - Representação de peso por dia útil Fonte: pesquisa de campo. Deste modo, percebe-se que os valores projetados por dia ainda permite a empresa RTE Rodonaves a permanecer com um veículo em cada linha para a unidade 226. 77 Para se chegar aos dados de peso em tonelada por dia foram considerados sobre os valores projetados a divisão dos dados anuais por meses e em seguida pela média de dias úteis trabalhados pela unidade 226. A média de dias úteis trabalhados foram considerados 21 dias. Esses dias úteis correspondem aos dias de semana de segunda a sexta feira, excluindo todos os feriados e finais de semana, em virtude que a unidade 226 não trabalhar nesses dias. Contudo, até o momento está sendo analisadas cargas em que comportam a sua capacidade em apenas um veículo por linha, porém, pode ocorrer da demanda duplicar o consumo necessitando o uso de dois veículos por linha, o que de acordo com a atualidade da empresa não é comum de acontecer, mas, devido a mudança econômicas no setor e/ou períodos de grande movimentação de carga de acordo com o turismo da região atendida pela unidade 226, sobre os materiais à entregar, essa alteração pode acontecer. Então, considerando a duplicidade, e que os veículos irão transportar em sua capacidade total volumétrica, o novo armazém ainda irá suportar a demanda. Tem-se então: Veículo extra-pesados: 111,15 metros cúbicos – com 15,60 de comprimento / 2,50 de largura / 2,85 de altura. 24 toneladas. 111,15 x 2 = 222,30 metros cúbicos Ou, 111,15 x 3 = 333,45 metros cúbicos Veículos pesados: 65,55 metros cúbicos – com 9,20 de comprimento / 2,50 de largura / 2,85 de altura. 14 toneladas 65,55 x 2 = 131,10 metros cúbicos Ou, 65,55 x 3 = 196,65 1º resultado de análise: 222,30 + 131,10 = 353,40 metros cúbicos Como a unidade 226 tem disponível uma área útil operacional para uso, com as quebras de espaços de 486,01m³, a unidade estará ocupando 72,71% da capacidade do seu armazém. 78 2º resultado de análise: 333,45 + 196,65 = 530,10 metros cúbicos Na segunda análise, mostra que a unidade 226 estará operando 9,07% a mais da sua capacidade normal. Porém, sabe-se que dificilmente o veículo irá trabalhar com a sua capacidade total volumétrica. A probabilidade diante dos levantamentos de dados históricos é mais provável o veículo transportar sua capacidade total em toneladas do que espaço cúbico. Mas, considerando o uso dos veículos em termos de otimização das áreas disponíveis, seriam todas as mercadorias lotarem a sua capacidade em toneladas e volumétricas, na qual, a unidade 226 juntamente com a sua franqueadora, estão expostos a essa possibilidade. A unidade 226 terá que administrar da forma mais rentável e racional possível para o uso adequado do seu espaço caso a demanda para mais de três veículos por dia venha ocorrer, sem prejudicar os seus processos de movimentação. Como parte integrante da área operacional do armazém uma plataforma operacional bem projetada permite uma eficiência no desempenho produtivo em relação à mão de obra e de equipamentos. Segundo o autor Moura (1997) as plataformas devem ser projetadas com no mínimo 1,20m de desnível. Sendo assim para a análise dessa etapa da pesquisa foi preciso saber a metragem da plataforma do novo layout, comparando com os fatores de configuração dos veículos da unidade 226 para comparar se a capacidade da plataforma está adequada para atender a atual frota de veículos da empresa. Conforme o desenho do projeto segue a dimensão do comprimento da plataforma que é de 35,99 metros de comprimento. A atual frota da empresa compõe com nove (9) veículos nas seguintes configurações: Veículo Comprimento Largura Altura 1 6,90 2,50 2,34 2 6,10 2,22 2,40 3 6,10 2,22 2,40 4 6,10 2,22 2,40 5** 6,20 2,00 2,22 6 5,33 2,36 2,15 7 3,80 2,19 1,88 8* 15,60 2,50 2,85 9* 9,20 2,50 2,85 ∑= 65,33 20,71 21,49 79 Quadro 17 - Configuração dos veículos da unidade 226 Fonte: pesquisa de campo. ** veículo agregado * veículo da empresa RTE Rodonaves com a consolidação da carga. Por meio dos dados representativos pela largura pode-se observar que a capacidade da plataforma suporta todos os veículos em operação pelo ângulo horizontal do espaço, remanescendo um espaço ocioso de 15,28 metros de comprimento. Mas vê-se ainda que é necessário um espaço entre um veículo e outro para a realização de manobras no pátio. Se dividir essa sobra de espaço pela quantidade dos veículos que realizam manobras de embarques e desembarques, tem-se a seguinte resposta: Espaço ocioso da plataforma: 15,28 metros de comprimento Quantidade de veículos que realizam manobras: 9 Resposta: 1,70 de distância entre um veículo para o outro. Esse espaço pode ser considerado suficiente para as manobras dos veículos, uma vez, que esse espaço é apenas ocupado em três períodos do dia: 1º período - de manhã- Recebimento das mercadorias de entregas e carregamentos dessas; 2º período- à tarde- descarregamento das mercadorias de coletas; 3º período- à noite- Recebimento das mercadorias de entregas e carregamentos das de coletas. O ritmo de ocupação das docas e da plataforma consiste em maior parte do tempo do dia que o espaço fique sem o uso de veículos, pessoas e equipamentos; porém, a maior concentração julga-se ser no período da noite, onde, estão todos os veículos de rota da unidade 226, e os veículos de linha da RTE Rodonaves. Conforme apresentado pelo autor Moura (1997), os fatores de configuração para docas de 90º graus, para o comprimento de um caminhão de 12,20 metros o espaço suficiente é de 3,0 metros por espaço para manobras e, como a média de veículos utilizada pela unidade 226, inclusive o veículo de linha da RTE Rodonaves do Rio Grande do Sul, mas, exceto o veículo linha de Curitiba que ultrapassa a metragem de 12,20 metros de comprimento, os demais estão em 6,20 de 80 comprimento; necessitando metade do espaço para realização de manobras conforme o autor citado acima apresenta, que a área da plataforma dispõe no atual layout. Sendo assim, identifica-se que o espaço necessário para manobras equivale a 9 metros para os veículos de 6,20 metros, mais 6 metros necessários para a carreta de 15,60 metros, totalizando em 15 metros de espaçamento necessário para manobras diante do posicionamento na plataforma. Deste modo, analisando que a plataforma tem um espaço ocioso de 15,28 metros de comprimento e que o espaço necessário diante das configurações da atual frota de veículos da empresa é de 15,00 metros ao comprido está adequada a atual realidade da empresa. Entretanto, se por ventura a unidade vir a receber mais veículos por dia, será necessário uma adequação de fila de espera para receber e/ou expedir mercadorias do seu armazém. Como informações extras para a conclusão desse objetivo, a acadêmica questionou ao gestor executivo da unidade 226 pontos positivos e negativos sobra à escolha da mudança em sair de um armazém contratado para um armazém próprio. E de acordo com as respostas obtidas, segue abaixo os pontos mais ressaltados durante a entrevista. Pontos positivos (vantagens) sobre a nova localização: O layout foi criado próprio para a empresa, pois como estava em um armazém alugado não poderia realizar mudanças estruturais no ambiente. Terá fortes reduções de custos apreciáveis, tais como: a conversão do custo com aluguel em investimento para a empresa; os custos com vigilância e segurança serão reduzidos, por não precisar de portaria. Atualmente a empresa esta habitada em um condomínio de galpões, o que fixam em certos desembolsos por parte do contratante para o contratado em administrar e vigiar o ambiente de trabalho. Como abordado pelo gestor, o fato do layout ser moldado especificamente para a empresa, pretende-se para o novo galpão, a iluminação ser aproveitada pela luz solar durante o dia e iluminação de led a noite, o que automaticamente irá reduzir custos com energia elétrica. Outro custo que também será reduzido estará na lavação dos veículos que atualmente é feita em postos de combustível, e com a nova instalação pretende-se dispor do espaço do pátio para a própria lavação e manutenção dos veículos. Os departamentos administrativos também terão escritórios com um novo layout planejado, para uma nova rede de dados, mas moderna, podendo permitir 81 mais rapidez no uso dos sistemas online e, respostas rápidas tanto internamente quanto para o serviço aos clientes. Pensando em satisfazer os colaboradores para um ambiente de trabalho saudável e aconchegante, o refeitório que é muito utilizado por todos os funcionários será melhor do que o atual. Assim como os banheiros e dormitórios para os motoristas em trânsito. Pontos negativos (desvantagens): para o gestor a única desvantagem que irá impactar na mudança será por estarem localizados em uma rodovia de acesso principal, com congestionamentos já previstos em horários de “pico”. Sobre o investimento que será realizado para a mudança, está uma estimativa em até dois milhões para a conclusão de todo o projeto. Uma vez que esse investimento está apenas para a compra do terreno e a construção do armazém. 82 5 SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO Esta seção resume a análise do caso pesquisado, com o objetivo de destacar pontos relevantes da gestão de armazenagem utilizada na empresa e propor sugestões de melhorias. 5.1 Sugestões para movimentação de materiais e separação dos lotes recebidos Inicialmente, cabe ressaltar que apesar de a empresa conseguir realizar a gestão da armazenagem, principalmente devido à experiência dos responsáveis por esse setor, é possível detectar alguns pontos que podem melhorar esses processos e torná-los menos custoso para a empresa. O tempo de recebimento das mercadorias, como descrito no processo atual da empresa, é um dos fatores mais importantes no funcionamento de todos os processos operacionais da unidade; uma vez que, qualquer falha e ou atraso tanto da carga a ser recebida como dos funcionários, atrapalha significativamente o andamento produtivo durante o dia de trabalho. Sugere-se então para a empresa dois métodos de trabalho: o primeiro e, mais disponível de realizar, é a utilização do recebimento dos produtos por código de barras. Como a RTE Rodonaves já trabalha com a emissão de etiquetas com leitura por código de barras, o aproveitamento dessa oportunidade será de grande valia para a unidade. O sistema por código de barras propicia para unidade a criação de valor economizando em tempo e evitando erros. Na qual é a atual situação problemática da unidade 226. Porém, o uso do leitor de código de barras só será proveitoso se, conforme forem recebidos os produtos, o sistema automaticamente já vai selecionando as entregas por cidade e criando os romaneios de entregas, devido, o tempo empregado na separação dos pedidos irá reduzir pouco com a nova ferramenta, devido o atual processo já ser um fluxo acelerado, quanto que, o tempo empregado na emissão dos romaneios irá reduzir positivamente enquanto outros processos internos são executados. 83 O outro método, porém antigo, é o retorno do recebimento das cargas serem no horário noturno; por mais que a equipe trabalhe em conjunto, utilizando dos equipamentos, pessoal e a utilização do espaço em comum, entretanto, a frequência do congestionamento do espaço, provocando a perda ou avarias dos materiais e, erros na direção do fluxo do material, como visto nas deficiências observadas in loco, ocorrem com mais facilidade. Como o CTC trabalha durante o período noturno, sugere-se para esse método, realizar um turno diferenciado com os funcionários da unidade que ficam na empresa no turno das 01h00min às 22h00min horas. Em virtude de que de acordo com as sugestões da pesquisadora, não há necessidade de essas pessoas estarem em horário de serviço durante a tarde, pois, todos os veículos estão em rota e a estimativa de chegada é a partir 17h00min horas. Mesmo esses funcionários são utilizados como “apoio” para possíveis imprevistos durante o período de trabalho, no qual, a probabilidade de não acontecer em estarem no trabalho externo (fora da empresa) é mais provável do que interno; e uma vez que o horário do recebimento e separação aconteçam mais cedo, a tendência é que os veículos saem mais cedo para as entregas, e caso necessário, podendo retornar a empresa para recolher outros produtos que não puderam sair no primeiro lote por necessitados motivos; essa, inclusive foi um atributo destacado por um dos motoristas durante a entrevista para o objetivo 2. Todavia a sugestão de mais impacto no âmbito geral das operações é a opção pelo leitor de código de barras, que inclusive nas operações de expedição das coletas também irá representar mais confiabilidade no carregamento e tempo de serviço. Outro ponto a ser melhorado é a separação de pedidos. A unidade não utiliza nenhuma organização padrão de picking para a realização da separação. A utilização de uma organização padrão diminui o retrabalho, o tempo de separação e o tempo de entrega dos produtos. Sugere-se que independente da ferramenta de trabalho para o recebimento das mercadorias, a unidade padronize dois tipos de picking em suas operações de serviços. A transferência dos produtos dos veículos para dentro do armazém deve ser feitos pelo picking por lote, e isso já é decorrência de como vem ocorrendo o processo nessa etapa. Como a carga é do tipo fracionado e vem solta dentro do baú do veículo, é retirado por pessoa certa quantidade de volumes que são sobrepostos no armazém e organizados conforme a cidade destino de cada pedido, porém, esse 84 processo recomenda-se que seja feito apenas por ajudantes, independentes da região em que atuam nas entregas. Muitos dos ajudantes por esperarem, em que sua responsabilidade é apenas o serviço em seu setor, ficam aguardando o acúmulo de caixas sobre o corredor de destino, enquanto outros em algumas situações ficam sobrecarregados com o serviço, ou, retarda o tempo no recebimento em geral. Em contrapartida a separação dos pedidos nos corredores dos setores, que seria a junção dos volumes por numeração da nota fiscal do produto, recomenda-se a padronização do picking por zona, em que cada operador é associado ao setor responsável para a organização dos pedidos. Recomenda-se para esse método de organização no trabalho a tarefa dedica aos motoristas de cada setor, colaborando já na formação da rota, que é estratégia operacional exclusiva dos motoristas. Contudo, caso a unidade opte pelo turno noturno para o recebimento e separação dos pedidos, deverá considerar que para essa padronização de picking sugerida, a unidade irá necessitar de uma força de mão de obra correspondente ao a quantidade de setores já arranjados pela unidade. Outra sugestão, enquanto na movimentação dos produtos internamente, é o uso de etiquetas adesivas em cores diferenciadas para o controle dos volumes que necessitam de registro de ocorrências ou liberação para a entrega. Conforme fundamentado no presente trabalho pelos autores Martins; Laugeni (2005), o uso de adereços diferenciados em cores contribuem para a conferência, aprovação e reprovação dos materiais. Essa técnica é muito formidável, principalmente para o registro das ocorrências sobre os volumes avariados. Diante das deficiências observadas pela pesquisadora, uma delas, é a colocação dos produtos e/ou embalagens avariadas, pela via principal de circulação de pessoas para o manuseio de produtos do veículo para o armazém e, dessa via para os corredores dos setores, ocasionando ao produto e/ou embalagem, devido o seu mau posicionamento e manuseio, a perda total desse material. Sendo assim, a pesquisadora recomenda os seguintes modelos de etiquetas: SER REVISADO CONTROLE UNIDADE 226 85 CONFERIDO CONTROLE UNIDADE 226 REPROVADO CONTROLE UNIDADE 226 Quanto ao uso dessas etiquetas à pesquisadora recomenda que para os critérios CONFERIDO E REPROVADO, nas cores verde e vermelha, devem ser usadas pelo setor de pesquisa, pelo fato de estes terem o controle e autoridade efetiva das ocorrências e, a etiqueta com o critério SER REVISADO na cor amarela, para os ajudantes e motoristas, a fim de sinalizar ao setor da pesquisa uma advertência, sem que haja necessidade de estar interrompendo o serviço para chamar o responsável e, automaticamente facilitar a visualização do material no corredor do seu respectivo setor. Aconselha-se a rotular essas etiquetas, preferencialmente, sobre os lacres nas abas de abertura e/ou fechamento das embalagens dos produtos, para não danificar caso o material seja de papelão e seu uso para comercialização. Por último, desta seção, sugere-se para a empresa quanto aos critérios de mão de obra, treinamento intensivo sobre os assuntos operacionais da unidade. O uso do treinamento modulado da RTE Rodonaves para os entrantes na organização, após esse treinamento atual, recomenda-se a tratar especificamente ocorrências aderentes da unidade. Cujo método de diagnóstico deverá ser averiguado comumente pelo encarregado operacional para o tratamento e cuidados deste, em razão de que a competência da empresa está direcionada a movimentação de matérias, seja em ambiente interno ou externo. Ainda em aspectos de mão de obra, recomenda-se para a unidade trabalhar com escalas de motoristas e ajudantes por setor (cidade de entrega), devido a notável rotatividade de mão de obra operacional na empresa. Por mais que se crie experiência em determinada região devido à definição de motoristas e ajudantes por setor, na falta deste, outro não está habilitado para cumprir o serviço no mesmo nível de produtividade. Recomenda-se usar essa escala especialmente para setores quem tem um maior fluxo de materiais, ou seja, de entregas, e contrata-se agregados para as regiões com menor fluxo. Além de a unidade ter mais ganhos no lucro, a unidade terá mais controle e domínio 86 sobre seus clientes. Para esta sugestão (sobre as escalas de motoristas nos setores) para facilitar o desenvolvimento do serviço, sugere-se a utilização de ferramentas tecnológicas para auxiliar no processo de distribuição, como o GPS, em todos os veículos da unidade. O uso do GPS oferece uma gama de benefícios para a empresa e para o motorista do veículo, pois garante maior fiscalização no serviço de transporte, dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas, garantindo maior eficiência no transporte de cargas, além de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota. 5.2 Sugestões para o layout operacional Como foi relatado no presente trabalho, a única forma de organização dos materiais é quanto ao tipo de produto e/ou embalagem em seu empilhamento sobre os corredores dos setores e, como atualmente a empresa trabalha com a configuração em que são empilhados volumes conforme a capacidade da embalagem fim de não serem esmagados, e como o processo de separação dos produtos conforme seu destino e permanências destes no armazém são de um fluxo muito acelerado, os volumes precisam estar mais livres de equipamentos possível. Sendo assim recomenda-se para a unidade que os corredores sejam utilizados totalmente o espaço horizontal do armazém, na qual se sugere algumas mudanças na sua configuração conforme vem acontecendo na atual instalação de serviço da unidade. Primeiramente, como o novo armazém está localizado em um terreno de estrutura triangular, e uma das partes da estrutura deste tem-se uma redução de espaço que se inclui uma parte da área operacional, anconcelha-se que os setores de mais fluxo de materiais estejam nos corredores em que a sua arrumação não seja afetada por essa quebra de espaço. Considera-se, por meio, de observações durante o desenvolvimento da pesquisa, que os corredores mais ocupados são: Itajaí Norte Itajaí Sul Balneário Camboriú e Camboriú 87 Balneário Piçarras/ Ilhota/ Navegantes/ Barra Velha/ São João Itaperiú Itapema/ Bombinhas/ Porto Belo/ Tijucas/ Canelinha Para avaliação desta análise também é válido considerar que para região de Itajaí é preciso ser atendida por dois veículos devido a sua expansão territorial e volume de demanda; assim como nas cidades de Balneário Camboriú e Camboriú há intensa concentração de consumo pros serviços da empresa. Portanto recomenda-se que as estruturas dos corredores sigam essa linha horizontal na configuração do layout operacional da unidade. Outra recomendação envolvendo os corredores seria a marcação destes para que a largura e comprimento permitam uma operação eficaz sem desperdício de espaço. Cuja recomendação para delimitação de espaço seja feita apenas pelo uso de pallets. Como a forma dos corredores é de uma característica móvel, o intuito dessa configuração é a permissão da sua modulagem conforme o fluxo de materiais para cada setor, sendo assim, sugere-se que não sejam feitas marcações em faixas de cores sobre o piso, sabendo-se que é uma das ideias do gestor da unidade para a nova estrutura do layout operacional. A recomendação do não uso da linha marcada em cor diferenciada pode confundir os operários de um setor para outro quando os corredores carecerem de serem estendidos devido à dimensão superior dos produtos em relação ao seu espaço previamente fixados, ocorrendo de serem misturados os produtos. Pois, a tendência é que as quebras dos corredores entre um e outro, seja diminuída conforme a necessidade do aumento da largura do corredor, uma vez que o seu comprimento está totalmente limitado. O uso dos pallets, supostamente, irá expor aos responsáveis pela tarefa em acondicionar os materiais sobre os corredores o posicionamento apenas em cima dos pallets, na qual automaticamente irá manifestar aos operários a necessidade de espaço de um corredor para outro para a sua circulação e manuseio dos materiais. Entretanto em sua configuração normal recomenda-se a posição de 01 pallet em sua largura e o uso de pallets possíveis no comprimento do corredor, acatando a capacidade total. Ainda sobre a configuração dos corredores recomenda-se a identificação dos setores por colocação de placas em suportes que possam ser movimentados facilmente e ficam em pé sobre o piso do armazém. Recomenda-se a identificação do uso de placas móveis que possam ser retiradas como recolocadas, ao invés de serem colados papéis informativos sobre o suporte, inclusive, a unidade pode utilizar um dos lados para a identificação das cargas que serão expedidas, que seria da 88 maneira mais viável por carro linha e, ainda possível, identificando uma numeração em cada região por carregamento no veículo, exemplo: 1º norte, 2º nordeste, etc. Aconcelha-se também sobre as identificações que sejam colocadas ao início do corredor partindo das docas para dentro. Possivelmente alguns pedidos a serem entregues necessitam de agendamento prévio que podem permanecer no armazém por mais de um dia, ao contrário dos 99% entregues no mesmo dia em que foi recebido. Devido a isso a atual estrutura do layout operacional tem cedido aos fundos do armazém um espaço para os pedidos que necessitam de agendamento prévio podendo permanecer mais de um dia no armazém. Porém, como são tipos de entregas em exceções é pouco utilizado esse espaço, consentindo assim, um espaço maior para os produtos que entram e saem em passo acelerado que precisam de uma área maior para a separação dos pedidos por cliente. Deste modo recomenda-se criar um corredor específico para essas entregas e identificado conforme os outros setores, sendo o último corredor, considerando da área mais larga para a mais estreita. Atualmente unidade também opera com um corredor para os produtos avariados, que cuja pendência não é possível solucionar antes do veículo sair para as entregas, permanecendo até a sua resolução. Não se recomenda criar para o novo armazém um corredor específico, caso a unidade implante o uso das etiquetas adesivas com a reprovação e aprovação das entregas, pois, com o uso das etiquetas os produtos não ficarão jogados sobre a via principal de circulação e, sim postos sobre os seu setor destino. De modo inclusivo pode ser visto na ilustração 01, aludida na página número 62, o novo armazém comporta com uma área térrea onde a intenção do gestor é pôr os pedidos com agendamentos, permitindo o uso total da área operacional para a atividade competência da unidade que é o serviço de entregas e coletas rápidas. Outra característica de mudança do atual para o novo armazém é a configuração das docas, com apenas colunas estreitas para sustentar as vigas do armazém, ao contrário do atual que comporta com colunas mais largas reduzindo as portas de acesso. Nas quebras dessas colunas é onde ficam atualmente os equipamentos de movimentação de uso interno, por serem equipamentos que utilizam poucos espaços em sua guarda não afetando o espaço de armazenagem. Sendo que, esses equipamentos nos processos de recebimento e carregamento são utilizados para o auxílio do manuseio dos materiais em quase todo o tempo dos 89 processos internos. Contudo, como no novo armazém essas colunas entre uma doca e outra não serão admissíveis para o posicionamento dos equipamentos, a unidade terá que rever a localização dos equipamentos para que os mesmo fiquem o mais próximo das atividades operacionais da empresa; de preferência que fiquem na própria área de armazenagem. Portanto, recomenda-se para a unidade utilizar um espaço em linha reta ao comprimento do armazém em uma de suas laterais, onde inicia o primeiro corredor conforme sugerido pela pesquisadora nesta seção. De modo que essa é a única lateral fechada com concreto por completo, devido, na outra lateral será a visão do departamento administrativo para dentro do armazém. Recomenda-se também uma identificação visível desta parte onde serão posicionados os equipamentos, com uma placa luminosa fixada na parede sobre os equipamentos que, por medidas de segurança informar clara identificação da área na ausência de luz, tendo em vista que a unidade também trabalha em períodos noturnos. Tratando-se de assuntos de luminosidade, em uma das visitas na construção do novo armazém da unidade, foram colocadas no telhado do armazém poucas telhas que proporcionam claridade natural ao ambiente, portanto, recomenda-se o uso dessas telhas translúcidas de forma intercaladas em linhas ou fileiras para que possa deixar passar a luz natural economizando no consumo de energia elétrica, com a introdução da luz natural para o espaço interno do armazém. Por fim, sabe-se que a área térrea também irá proporcionar espaço de armazenagem conforme já ressaltado no presente trabalho e, a pesquisadora observou no novo layout do armazém que para o envio dos produtos para essa área podem ser transportados por dois caminhos: 1º- No pavimento térreo pela lateral externa do armazém terá uma doca que possibilitará a entrada de veículos para dentro desse espaço, na qual, esses veículos poderão levar mercadorias para serem armazenadas lá, ou para servir como garagem para alguns dos veículos da unidade, devido o espaço não comportar todos juntos. 2º - Internamente os funcionários tem a opção de se locomover do mezanino para o térreo por meio de escadas. E justamente essa segunda opção de deslocamento é que precisa ser melhorada. A pesquisadora recomenda a inversão de escadas para rampas; pois se a transferência dos produtos ocorrerem pelo caminho interno à rampa facilitará a movimentação desses materiais tanto pelo manuseio manual quanto por auxílio de 90 equipamentos. 91 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho foi realizado na empresa VCE Transportes e Distribuição situada na cidade de Itajaí (SC), onde opera como franquia da empresa RTE Rodonaves. Este Trabalho teve como objetivo diagnosticar uma análise da gestão de armazenagem, destacando a organização dos seus processos, bem como a análise do novo layout operacional da empresa. Baseado na revisão bibliográfica e documental realizada para o trabalho e nas visitas de campo pode-se responder a questão de pesquisa proposta neste trabalho, que buscou investigar os principais impactos dessa gestão nas operações de serviços internos da empresa. Analisando a gestão de armazenagem da unidade 226, pode-se verificar que apesar da empresa já estar estabelecida há 07 anos, a serviço de uma das mais conceituadas empresas do ramo de transportes de cargas e encomendas secas e fracionadas, RTE Rodonaves, sua gestão necessita de algumas melhorias. Dentre as deficiências observadas nos processos internos da unidade, destaca-se o tempo para recebimento da carga, que pode ser considerado um grande problema, devido à falta de organização das equipes em manusear e separar os pedidos. Muito dos retrabalhos encontrados na movimentação interna relacionase ao tempo acelerado em que devem ser executadas as tarefas afins de não atrasar os veículos de rota. É importante ressaltar que uma das soluções para os impactos negativos gerados pela atual movimentação de materiais está diretamente ligada a dependência da mão de obra operacional não qualificada e a falta de utilização da informação da tecnologia da informação. A falta de ferramentas tecnológicas impede a informatização geral das operações, para minimizar o número de erros e aumentar a eficiência das operações. Aliado a novas e/ou melhorias a utilização a tecnologia da informação, a unidade deve-se preocupar em adotar as regras de layout, principalmente quanto à configuração dos seus corredores no armazém, sugeridas pela pesquisadora no presente trabalho, e uma forma padronizada de picking, como sugerido anteriormente. As operações internas são uma das competências mais essenciais da 92 unidade 226, portanto, é necessário um constante acompanhamento e melhoria dessa competência para alcançar um nível de excelência satisfatório por parte dos seus colaboradores internos e externos. Pôde-se concluir que a unidade 226 tem muito que melhorar nos processos de gestão de armazenagem, precisando atualmente focar na informatização dos seus processos, na estrutura do layout e separação dos pedidos, para obter um controle maior, evitar erros e retrabalhos. Contudo, espera-se que as sugestões realizadas nesta pesquisa possam auxiliar na melhoria da gestão operacional interna da empresa investigada. 93 REFERÊNCIAS BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. ____ Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2007. BANZATO, Eduardo. et al. Atualidades na armazenagem. São Paulo: IMAM, 2003. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. Gestão logística de cadeia de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006. BROWN, Steve et al. 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São Paulo: Atlas, 1996. 96 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS Nome da estagiária Bruna Frutuoso Orientador de conteúdo Prof. Guido Renato Miranda Supervisor de campo Cristian Carlos Vicari Responsável pelo Estágio Prof. MSc. Eduardo Krieger da Silva