O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E O PENSAMENTO
SOCIOLÓGICO CLÁSSICO.
CONCEITOS E PROCESSOS BÁSICOS.
EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL, CONTROLE
SOCIAL E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.
A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM DURKHEIM E MARX.
SOCIOLOGIA
Ciência que tenta explicar a
vida social, nasceu de uma
mudança
radical
da
sociedade, resultando no
surgimento do capitalismo.
• O século XVIII foi
marcado por transformações.
• HOMEM - análise da sociedade - um novo
"objeto" de estudo.
Situação gerada pelas revoluções industrial e
francesa, que mudaram completamente o
curso que a sociedade estava tomando na
época.
SOCIOLOGIA
Revolução Industrial
• representou a consolidação
do capitalismo.
• trouxe uma nova forma de
viver, a destruição de
costumes e instituições, a
automação, o aumento de
suicídios, prostituição e
violência, a formação do
proletariado, etc.
• Modificação do pensamento
moderno,
que
vai
se
tornando
racional
e
científico, substituindo as
explicações
teológicas,
filosóficas e de senso
comum.
Revolução Francesa
•Filósofos/iluministas a fim
de transformar a sociedade:
demonstrando
a
irracionalidade
e
as
injustiças
de
algumas
instituições,
 pregando a liberdade e a
igualdade dos indivíduos.
Esse cenário leva à constituição de um estudo
científico da sociedade.
Contra a revolução, pensadores tentam reorganizar
a sociedade, estabelecendo ordem, conhecendo as
leis que regem os fatos sociais.
Era o positivismo surgindo e, com ele, a instituição
da ciência da sociedade.
Tal movimento revalorizou certas instituições que a
revolução francesa tentou destruir e criou uma "física
social", criada por Comte, "pai da sociologia".
Outro pensador positivista, Durkheim, tornou-se um
grande teórico desta nova ciência, se esforçando
para emancipá-la como disciplina científica.
SOCIOLOGIA
Foi dentro desse contexto que surgiu a
sociologia, ciência que, mesmo antes de ser
considerada como tal, estimulou a reflexão
da sociedade moderna colocando como
"objeto de estudo" a própria sociedade, tendo
como principais articuladores Auguste Conte
e Émile Durkheim.
http://www.youtube.com/watch?v=4tLRDjza0qQ
O que há de comum entre essas três situações vividas em qualquer sociedade
atual?
Uma eleição
Uma universidade
Uma greve
Não dizem respeito apenas à ação individual e
somente podemos entendê-las como situações
coletivas, situações que só podem ser explicadas
pelas relações que indivíduos ou grupos de
indivíduos estabelecem entre si, mas que não
podem ser compreendidas se os tomamos
isoladamente.
Na eleição
• A definição do representante escolhido somente
se dá porque o indivíduo se baseia na ação e na
opinião de outros para definir seu voto.
• Podemos entender melhor a escolha feita pelo
eleitor relacionando-a às escolhas de outros
eleitores, procurando saber quem influenciou sua
decisão e de que maneira isso ocorreu.
Na universidade
• É a participação num grupo maior que definirá
os novos atributos do indivíduo, as novas
qualidades que ele
só obtém ao ser
reconhecido pelo grupo.
• O aluno, ao passar vários anos em uma
universidade, incorpora os valores e
conhecimentos
relativos à determinada
profissão e, só após mostrar que adquiriu
esses conhecimentos, irá tornar-se um
profissional reconhecido pela sociedade.
Na greve
• As relações não se definem no relacionamento
indivíduo-indivíduo, mas sim na participação dos
indivíduos em grupos mais amplos, o que pode
colocar em oposição pessoas que,tomadas
isoladamente, estão próximas.
• Trabalhadores e capitalistas ocupam posições
distintas na produção social e, por isso, em
momentos de conflitos, estarão em campos
opostos, independentemente do relacionamento
pessoal existente.
As causas dessas situações não são
encontradas na natureza ou na vontade
individual
mas
•na sociedade,
•nos grupos sociais ou
•nas ações sociais que as condicionam.
• Praticamente todas as teorias sociológicas
preocupam-se em explicar:
• Como ações individuais podem ser pensadas no seu
relacionamento com outras ações – ELEIÇÃO
• Como regras de ação coletiva são incorporadas pelo
indivíduo – ESCOLA
• Como práticas coletivas definem diferentes grupos
sociais - GREVE
Em todas as situações estará em jogo o relacionamento
indivíduo – sociedade.
A relação indivíduo - sociedade
• Como os homens agem em sociedade?
• Como as ações de indivíduos diferentes se influenciam
reciprocamente?
• Como as pessoas obedecem regras que são definidas
pela sociedade e são exteriores a elas?
• Como práticas sociais definem individualidades e, ao
mesmo tempo, grupos homogêneos?
A relação
indivíduo - sociedade
• Os sociólogos tentam responder a essas
perguntas.
• O que varia de autor para autor é a ênfase
dada ora à ação individual, ora à ação
coletiva.
A relação indivíduo - sociedade
• Alguns privilegiam
o papel ativo do
indivíduo na escolha das ações sociais.
– o eleitor –
• como se escolhe o candidato com base
nas escolhas de outros eleitores.
A relação indivíduo - sociedade
• Alguns privilegiam a sociedade e suas
instituições , que obrigam os indivíduos
a incorporar regras
que são
exteriormente definidas
e que as
pessoas devem seguir.
– a universidade-
A relação indivíduo - sociedade
• Alguns privilegiam o conjunto das práticas
que definam as próprias relações
entre
indivíduo e sociedade
– greve na fábrica –
• relação capital – trabalho que define, de um
lado, trabalhadores e, do outro, capitalistas.
Pensadores do século passado e
suas teorias que fundamentam a
análise da sociedade
contemporânea
• Augusto Comte
• Émile Durkheim
• Max Weber
• Karl Mannheim
• Karl Marx
• Fernando de Azevedo
• Florestan Fernandes
O Pensamento Sociológico
Auguste Comte (1798-1857)
•Sistematizador da sociologia que a princípio
denominou Física Social.
• A análise científica aplicada à sociedade é o
ponto central da sociologia, cujo objetivo seria o
planejamento da organização social e política.
O Pensamento Sociológico
Auguste Comte (1798-1857)
•Dividiu a sociologia em duas áreas:
Estática social - estuda as forças que mantêm a
sociedade unida:
Dinâmica social - volta-se para as mudanças sociais e
suas causas.
A estática social se fundamenta na ordem e a
dinâmica no progresso
O Pensamento Sociológico
Émile Durkheim (1858-1917)
•A sociedade prevalece sobre o indivíduo, pois quando este
nasce tem de se adaptar às normas já criadas, como leis,
costumes, línguas, etc.
•O objeto de estudo da Sociologia são os fatos sociais. São as
regras impostas pela sociedade (as leis, costumes, etc. que
são passados de geração à geração) e são exteriores e
coercitivos.
O Pensamento Sociológico
Émile Durkheim (1858-1917)
•Durkheim propôs um método para a Sociologia que consiste
no conjunto de regras que o pesquisador deve seguir para
realizar, de maneira correta, suas pesquisas.
Este método enfatiza a posição de neutralidade e
objetividade que o pesquisador deve ter em relação à
sociedade: ele deve descrever a realidade social, sem deixar
que suas idéias e opiniões interfiram na observação dos fatos
sociais.
•É
a
sociedade
que,
como
coletividade,
que
organiza,
condiciona e controla as ações
individuais.
•As
instituições
socializam
o
indivíduo, fazem com que eles
assimilem
regras
e
normas
necessárias à vida comum.
•A escola, assim como, a igreja, o
exército, a família são grandes
exemplos.
O Pensamento Sociológico
Max Weber (1864-1920)
•O objetivo da Sociologia é o sentido da ação humana
individual que deve ser buscado pelo método da
compreensão.
•A sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto
das ações individuais. Estas são do tipo de ação que o
indivíduo faz, orientando-se pela ação de outros.
•Ação social - Qualquer ação social que o indivíduo
pratica orientando-se pela ação dos outros.
O Pensamento Sociológico
Max Weber (1864-1920)
•Weber estabeleceu quatro tipos de ação social.
1 – ação tradicional: aquela determinada por um costume ou um
hábito arraigado;
2 – ação afetiva: aquela determinada por afetos ou estados
sentimentais;
3 – ação racional com relação a valores: determinada pela crença
consciente num valor considerado importante, independentemente
do êxito desse valor na realidade;
4 – ação racional com relação a fins: determinada pelo cálculo
racional que coloca fins e organiza os meios necessários.
O Pensamento Sociológico
Karl Mannheim (1893-1947)
•Todo ato de conhecimento não resulta apenas da consciência
puramente teórica mas também de inúmeros elementos de
natureza não teórica, provenientes da vida social e das
influências e vontades a que o indivíduo está sujeito.
SOCIOLOGIA DO CONHECIMENTO
Esses fatores são da maior importância e sua investigação
deveria ser o objeto de uma nova disciplina: a sociologia
do conhecimento que trata das condições sociais de
produção de conhecimento, e é necessariamente reflexiva,
uma vez que visa produzir conhecimento sobre o
conhecimento.
O Pensamento Sociológico
Karl Mannheim (1893-1947)
•Todas as idéias políticas e sociais são inspiradas pela situação
social dos pensadores na sociedade.
Cada fase da humanidade é dominada por um estilo do pensamento.
Em cada fase surgem tendências para a conservação ou para a
mudança.
A conservação produz ideologias (que se destinam a justificar a
situação social existente).
A mudança leva a utopias (que pretendem, ao contrário, justificar uma
desejada modificação da estrutura social).
O Pensamento Sociológico
Karl Marx (1818-1883)
•Direta ou indiretamente, a obra do filósofo alemão originou
várias vertentes pedagógicas comprometidas com a mudança
da sociedade.
• "A educação, a partir da visão marxista, participa do
processo de transformação das condições sociais, mas, ao
mesmo tempo, é condicionada pelo processo“.
•Na base do pensamento de Marx está a idéia de que tudo se
encontra em constante processo de mudança. O motor da
mudança são os conflitos resultantes das contradições de
uma mesma realidade.
O Pensamento Sociológico
Karl Marx (1818-1883)
•Para Marx, o conflito que explica a história é a luta de
classes.
•As sociedades se estruturam de modo a promover os
interesses da classe economicamente dominante. No
capitalismo, a classe dominante é a burguesia; e aquela que
vende sua força de trabalho e recebe apenas parte do valor
que produz é o proletariado.
•Marx criticava o capitalismo e seu sistema de livre empresa
que, segundo ele, pelas contradições econômicas internas,
levaria a classe operária à miséria. Propunha uma sociedade
na qual os meios de produção fossem de toda a coletividade.
O Pensamento Sociológico
Fernando de Azevedo (1894-1974)
•Acreditava na força predominante das idéias como fator de
mudança social. Ajudou a colocar a educação como prioridade
na agenda nacional.
•Fundou a Associação Brasileira de Educação, em 1924, e
deu corpo ao movimento pela reforma do ensino por
intermédio das "Conferências de Educação", em 1922.
• A frente da Instrução Pública do Rio de Janeiro, implementa
uma autêntica revolução pedagógica no ensino primário e
secundário e, sobretudo, no ensino normal.
Foi o principal introdutor das concepções do sociólogo
francês Émile Durkheim no Brasil.
O Pensamento Sociológico
Florestan Fernandes (1920 - 1995)
•Fundador e principal representante da Sociologia crítica no
Brasil.
•Em todo o seu trabalho ele procura refletir as desigualdades
sociais - desvendando as contradições da sociedade de
classes - e também o papel da sociologia diante dessa
realidade.
•Defensor da escola democrática. O sociólogo não só refletiu
sobre a escola brasileira, apontando seu caráter elitista, como
atuou pessoalmente em defesa do ensino para todos.
O Pensamento Sociológico
Florestan Fernandes (1920 - 1995)
•Preocupou-se com a prática em sala de aula, com ênfase em três
pontos:
-A concepção do professor como mero transmissor do saber, que,
para ele, fragilizava o profissional da educação;
-A idéia de que o aluno é apenas receptor do conhecimento, quando
o aprendizado deveria ser construído conjuntamente na escola; e
-O ensino discriminatório, que trata o aluno pobre como cidadão de
segunda classe.
“A educação transformadora se faz com uma escola capaz de
se desfazer, por si mesma, do autoritarismo, da hierarquização
e das práticas de servidão"
TERMOS BÁSICOS EM SOCIOLOGIA
• Alienação - O ser humano pode ser a conseqüência
pessoal, sem identidade e personalidade, que é esmagada
pela consciência social na consciência do grupo. Ele se
massifica, passa a pertencer à massa e não a si mesmo.
• Burguesia - Camada social que surgiu na Europa com o
advento do capitalismo comercial, numa posição
intermediária entre a nobreza e os trabalhadores. Hoje, é a
classe social capitalista proprietária dos meios de produção
e que possui empregados assalariados.
• Capital - É todo bem utilizado pelos seres humanos na
produção de outros bens ou serviços. O dinheiro é o capital
sob a forma financeira.
TERMOS BÁSICOS EM SOCIOLOGIA
• Capitalismo - Sistema econômico que comporta a
propriedade privada (individual ou coletiva) do
capital.
• Divisão do trabalho - É a distribuição e
diferenciação de atividades e funções entre
indivíduos ou grupos da mesma sociedade. É a
divisão de tarefas e funções nas sociedades
contemporâneas.
• Fato social - São as maneiras coletivas de fazer,
pensar e sentir impostas coercitivamente ao
indivíduo.
TERMOS BÁSICOS EM SOCIOLOGIA
• Ideologia - Conjunto de idéias que explicam e caracterizam
um sistema, uma corrente filosófica. É a forma de ver o
mundo.
• Produção - É a transformação da natureza, da qual
resultam bens que vão satisfazer as necessidades
humanas.
• Proletariado – Trabalhadores
• Setores produtivos de uma economia:
 Primário = conjunto de atividades agropecuárias e
extrativas.
 Secundário = conjunto das indústrias.
 Terciário = conjunto das empresas prestadoras de serviço.
TERMOS BÁSICOS EM SOCIOLOGIA
• Status quo - Expressão latina que significa o estado
atual em que se encontram as coisas; ordem social.
• Taylorismo - Sistema de organização racional do
trabalho elaborado por Frederick Taylor. Organização e
divisão de tarefas dentro de uma empresa com o objetivo
de obter o máximo de rendimento e eficiência com o
mínimo
de
tempo
e
atividade.
• Utopia - Significa o sistema econômico, social e político
que, por perfeito e ideal, não se encontra em nenhum
lugar.
CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
• FATO SOCIAL = Externo ao indivíduo e coercitivo
• INTERAÇÃO SOCIAL = Ação comum entre indivíduos
• GRUPO SOCIAL = Interação de um conjunto de
indivíduos por certo tempo
CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
• ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL = Organização
sociedade em camadas superpostas
da
• CLASSE SOCIAL = Cada um dos extratos da
sociedade
• STATUS SOCIAL = Posição que um indivíduo ocupa
num grupo social ou na sociedade
• PAPEL SOCIAL = Conjunto de funções que o
indivíduo desempenha em consequência do status
que ocupa
CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
• COMUNIDADE E SOCIEDADE
COMUNIDADE - Grupo local bastante integrado com
contatos primários.
( Pessoais,afetivos,informais )
SOCIEDADE - Conjunto de indivíduos, grupos e
instituições cujos relacionamentos são impessoais,
formais, utilitários e geralmente baseados em contratos
escritos.
SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO
SOCIABILIDADE é a capacidade natural da espécie
humana para viver em sociedade e desenvolve-se
pelo processo de SOCIALIZAÇÃO.
PELA SOCIALIZAÇÃO O INDIVÍDUO SE INTEGRA
AO GRUPO EM QUE NASCEU COM SEUS
HÁBITOS E COSTUMES CARACTERÍSTICOS.
BASE DA VIDA SOCIAL
É O PRIMEIRO PASSO PARA QUE
OCORRA QUALQUER ASSOCIAÇÃO
HUMANA.
SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO
TIPOS DE CONTATOS SOCIAIS
• PRIMÁRIOS
Pessoais, diretos e
com forte base
emocional.
As pessoas envolvidas
compartilham suas
experiências
individuais.
SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO
TIPOS DE CONTATOS SOCIAIS
• SECUNDÁRIOS
Impessoais,
calculados, formais.
Um meio para atingir
um fim.
SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO
• A AUSÊNCIA DE CONTATOS
SOCIAIS
CARACTERIZA
O
ISOLAMENTO SOCIAL.
SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO
MECANISMOS QUE REFORÇAM O
ISOLAMENTO SOCIAL:
ATITUDES DE ORDEM SOCIAL:
PRECONCEITOS = COR, RELIGIÃO,
SEXO ...
ATITUDES DE ORDEM INDIVIDUAL:
TIMIDEZ, DESCONFIANÇA,
PRECONCEITO ...
SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO
• FORMAS ESPECIAIS DE ISOLAMENTO:
SOCIAL = EXCLUSÃO DA CONVIVÊNCIA
SOCIAL.
CULTURAL = HÁBITOS, COSTUMES E
VALORES DIFERENTES.
PSÍQUICO = SOLIDÃO.
PROCESSOS SOCIAIS BÁSICOS
Os processos sociais básicos mais comumente
considerados no estudo da Sociologia
Contemporânea são:
• Associativos :
Cooperação, acomodação e assimilação.
• Dissociativos:
Competição e conflito.
COOPERAÇÃO
Trabalho conjunto, deliberado ou não.
A cooperação pode ser:
direta (atividades que as pessoas realizam juntas).
indireta (atividades que as pessoas, mesmo realizando
trabalhos diferentes, necessitam indiretamente umas
das outras, por não serem auto-suficientes).
COMPETIÇÃO
Busca da superação pelos competidores.
É a ação de indivíduos, uns contra os outros, em
busca de uma melhor situação.
Ela nasce dos mais variados desejos humanos, como
ocupar uma posição social mais elevada, ter maior
importância no grupo social, alcançar riqueza e
poder.
CONFLITO
Procura a eliminação ou o enfraquecimento dos rivais.
Quando a competição assume características de elevada
tensão social, surge o conflito. Tende a se resolver
pela vitória de uma das partes, pela destruição de
ambas ou pela acomodação, que é outro processo
social básico.
Através do conflito o homem provoca mudanças sociais.
ACOMODAÇÃO
Um acordo temporário visando à superação do conflito.
 Processo social, consciente ou inconsciente, em que o
indivíduo ou o grupo se ajusta a uma situação de
conflito, sem que ocorram transformações internas.
 É uma solução superficial do conflito, pois este continua
latente, podendo vir a se manifestar.
Nenhum ser humano sobreviveria em sociedade, se não fosse
capaz de responder aos desafios sociais, com algum tipo de
acomodação.
Os mecanismos formais e informais de controle social funcionam no
sentido de levar os indivíduos à acomodação ao grupo.
ASSIMILAÇÃO
Difusão cultural mútua. Processo de ajustamento ao
meio, pelo qual os indivíduos ou grupos diferentes
tornam-se mais semelhantes.
• É a solução definitiva e tranqüila do conflito social. Pela
assimilação, os conflitos são superados
A assimilação se dá por mecanismos de imitação, exigindo um
certo tempo para se concretizar. É um processo longo e
complexo. Há substituição de um traço cultural por outro, ou
mesmo de uma cultura por outra.
As modificações são definitivas.
COMPARAÇÃO ENTRE COMPETIÇÃO E CONFLITO
• COMPETIÇÃO
• LUTA
EXISTÊNCIA
• INCONSCIENTE
• IMPESSOAL
• CONTÍNUA
PELA
CONFLITO
RIVALIDADE,
DISCUSSÃO,
DISPUTA, LITÍGIO E GUERRA.
CONSCIENTE
PESSOAL ( EMOCIONAL )
NÃO PERMANECE COM O
MESMO NÍVEL DE TENSÃO
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
ASPECTOS IMPORTANTES CONSIDERADOS
NA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
• OS PROCESSOS E INFLUÊNCIAS SOCIAIS
ENVOLVIDOS NA EDUCAÇÃO.
• APLICAÇÕES
DOS
CONHECIMENTOS
SOCIOLÓGICOS À EDUCAÇÃO.
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
A natureza social do processo educativo e as relações
que existem entre a escola e a sociedade mostram a
importância da Sociologia da Educação na formação do
educador.
Do ponto de vista sociológico, a educação é o
processo pelo qual a sociedade procura transmitir
suas tradições, costumes e habilidades, isto é, sua
cultura aos mais jovens.
Assim, a educação é a ação pela qual as gerações
adultas transmitem sua cultura às gerações mais
jovens.
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
O processo educativo que procura tornar o
indivíduo um membro da sociedade é chamado de
SOCIALIZAÇÃO.
A socialização e a interação social, elementos do
processo educativo, são também, as condições e o
resultado da vida social.
Os indivíduos organizam sua vida em sociedade
formando instituições sociais.
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
As instituições sociais são formas de ação ou de
vivência a que os homens recorrem,
sistematicamente, visando a satisfazer determinadas
necessidades.
A família, a escola, a igreja, o Estado, o partido
político etc. são exemplos de instituições sociais.
AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS TÊM PAPEL
FUNDAMENTAL NO PROCESSO DE
SOCIALIZAÇÃO.
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
A escola é uma instituição, está organizada dentro
de determinadas normas que acabam dando uma
forma específica às ações que ali acontecem.
A educação escolar distingue-se, portanto, da
educação informal (sem forma, sem normas) que
acontece fora da escola.
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
A escola organizada tem horário, estabelece
critérios para a organização do conhecimento
transmitido e o agrupamento de alunos, tem
profissionais executando papéis diferenciados (o
professor, o diretor, o servente etc.), possui um
sistema de avaliação e deve cumprir e deve
cumprir uma função: transmitir e criar
conhecimentos.
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
A preparação para o trabalho e para o
exercício da cidadania constituem dois
objetivos da educação, não podendo estar
ausentes da sala de aula.
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
• preparação para o trabalho na escola
assume duas formas:
trabalho como método educativo, presente
em todas as áreas do currículo.
preparação para o exercício profissional por
treinamento em técnicas básicas.
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
• preparação para a cidadania consciente
através da prática política:
participação ativa nas atividades curriculares.
organização
livre
para
escolha
de
representantes.
manifestação livre de opiniões.
contatos com pessoas que exercem atividade
política.
contatos com associações populares.
A SALA DE AULA
• GRUPO DINÂMICO = SUB-GRUPOS E LIDERANÇAS
• PROCESSOS DE INTERAÇÃO
• COMPETIÇÃO,CONFLITO,COOPERAÇÃO.
COMPETIÇÃO E CONFLITO = SEPARAM
COOPERAÇÃO
=
UNE
São complementares = a superação da competição e
conflito desenvolve a cooperação.
A SALA DE AULA
ISOLAMENTO = PREJUDICIAL
• FATORES :
 EXTRA-ESCOLARES = FAMÍLIA , EXPERIÊNCIAS
SOCIAIS E ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS
 ESCOLARES = COLEGAS , PROFESSORES ,
ADMINISTRADORES
Sala de aula
padrão de relações
O professor, em primeiro lugar, é um
líder institucional (cargo / função
ocupada)
A liderança pessoal (qualidades
pessoais) se tornará cada vez maior à
medida que passar o tempo, pois
envolve a apresentação de uma
personalidade que transcenda a sala
de aula.
A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL
• A
EDUCAÇÃO
CONSISTE
NA
SOCIALIZAÇÃO DAS NOVAS GERAÇÕES.
• A SOCIALIZAÇÃO VISA CONSTITUIR EM
CADA UM DE NÓS UM SER SOCIAL.
• A SOCIALIZAÇÃO COMO PROCESSO
SOCIAL PERMANENTE NA SOCIEDADE
HUMANA É RESPONSÁVEL PELO NOSSO
AJUSTAMENTO
AOS
PADRÕES
CULTURAIS VIGENTES.
A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL
A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL
DURKHEIM = A educação é a ação exercida
pelas gerações adultas sobre as novas, que
ainda não se encontram preparadas para a
vida social.
É AO MESMO TEMPO
MÚLTIPLA E UNA
A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL
MÚLTIPLA
VARIA SEGUNDO O GRUPO SOCIAL,
NO TEMPO E NO ESPAÇO.
NÃO HÁ UMA ÚNICA FORMA NEM
UM ÚNICO MODELO DE EDUCAÇÃO,
E A ESCOLA NÃO É O ÚNICO
LUGAR ONDE ELA ACONTECE.
FUNÇÃO DIFERENCIADORA.
A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL
 UNA
PROCURA PRESERVAR A IDENTIDADE
NACIONAL
E
OS
AVANÇOS
DA
HUMANIDADE.
EXISTE UMA BASE COMUM. NÃO HÁ
POVO EM QUE NÃO EXISTA UM CERTO
NÚMERO DE IDÉIAS, SENTIMENTOS E DE
PRÁTICAS QUE A EDUCAÇÃO DEVE
INCULCAR A TODOS OS EDUCANDOS,
INDISTINTAMNETE , SEJA QUAL FOR A
CATEGORIA SOCIAL A QUE PERTENÇAM.
FUNÇÃO HOMOGENEIZADORA.
A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL
EMBORA CADA INDIVÍDUO EDUQUE A SI
MESMO, É A SOCIEDADE QUE ESTABELECE
O CLIMA, OS MEIOS E OS OBJETIVOS DO
PROCESSO EDUCATIVO.
A EDUCAÇAO PODE SER:
INTENCIONAL = EM CONDIÇÕES
PREVIAMENTE ESTABELECIDAS E
PROGRAMADAS; E
NÃO INTENCIONAL = SEM
PROGRAMAÇÃO, ATRAVÉS DA
CONVIVÊNCIA SOCIAL.
A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL
• PRIMEIROS AGENTES EDUCADORES =
PRIMEIROS ADULTOS – PAIS
Métodos impositivos = horário de
refeições , hábitos higiênicos , ...
 métodos não impositivos = o
exemplo dos pais.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
• A CULTURA DA SOCIEDADE FORNECE AOS SEUS
MEMBROS MODELOS DE COMPORTAMENTO SOCIAL, DE
CONDUTA.
• ESSES MODELOS DE COMPORTAMENTO SÃO CHAMADOS
DE PADRÕES CULTURAIS / SOCIAIS.
A NOSSA CONDUTA NA VIDA EM SOCIEDADE É REGULADA
POR ESSES PADRÕES.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
EDUCAR É AJUSTAR OS EDUCANDOS AOS
PADRÕES VIGENTES.
Ajustar aos padrões vigentes significa
torná-los capazes de se integrar na
sociedade de um modo adequado ao
desenvolvimento da cultura.
O educador deve conhecer os padrões
vigentes no grupo social em que pretende
trabalhar, pois a partir deles que se pode
educar para o meio onde se vive.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
A Educação é comandada por adultos
acomodados à sociedade, sem grandes
interesses na mudança social ou alteração
da ordem estabelecida.
Assim a influência exercida sobre os mais
jovens se faz com a intenção de levá-los a
aceitar a situação presente.
EDUCAÇÃO CONSERVADORA – VISA INTEGRAR OS
ELEMENTOS IMATUROS AOS ESTILOS DE VIDA
DOS AMADURECIDOS, MANTENDO A ORDEM
SOCIAL ( STATUS QUO ).
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
• A reação das gerações mais jovens às
imposições socioculturais
anula o
conservantismo dos adultos.
• O indivíduo nem sempre recebe
passivamente a herança social / cultural
que lhe é transmitida.
• Ele a interpreta conforme suas
características
pessoais
e
dessa
maneira
concorre
para
introduzir
pequenas variações , criando as
inovações.
EDUCAÇÃO INOVADORA – VISA A GERAÇÃO DE
NOVAS SITUAÇÕES, COM NOVAS FORMA DE
RELACIONAMENTOS, QUE PROVOCAM
MUDANÇAS NA VIDA SOCIAL.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
PARA O SOCIÓLOGO ALEMÃO KARL MANNHEIM A
EDUCAÇÃO PODE SER UTILIZADA COMO:
• FATOR CONSERVADOR :
MANTENDO A ORDEM SOCIAL
• FATOR INOVADOR:
TRANSFORMAÇÃO CONSCIENTE E INTENCIONAL DA
ORDEM SOCIAL VIGENTE, ISTO É, COMO FATOR
DE MUDANÇA SOCIAL.
A EDUCAÇÃO É INOVADORA OU
CONSERVADORA DE ACORDO COM O
CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL NO
QUAL SE MANIFESTA.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
• CONTROLE SOCIAL É O PROCESSO QUE
GARANTE A OBEDIÊNCIA AOS PADRÕES SOCIAIS
VIGENTES. É EXERCIDO DE DIVERSAS FORMAS:
 SOCIALIZAÇÃO = Desde o nascimento os padrões
sociais são internalizados.
 PRESSÃO SOCIAL = Pressão do grupo sobre o
indivíduo.
 FORÇA = Punição a quem se afasta das normas.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
• A MARGINALIZAÇÃO É UMA FORMA DE CONTROLE
SOCIAL. PODE SER:
CULTURAL = DIFICULTA O ACESSO À CULTURA.
ECONÔMICA = AFASTA PARTE DA POPULAÇÃO DA VIDA
ECONÔMICA.
POLÍTICA = IMPEDE A PARTICIPAÇÃO NAS DECISÕES
NACIONAIS.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL UTILIZASE DE VÁRIOS PROCESSOS:






REPRODUÇÃO
REPETIÇÃO
SEGREGAÇÃO
CONDICIONAMENTO
REPRESSÃO
EXCLUSÃO
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
REPRODUÇÃO
Reproduz as condições da sociedade a
que serve
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
• REPRODUÇÃO
•Professores treinados para transmitir os que
sem nada acrescentar.
•Prédios escolares construídos para garantir a
disciplina.
•Divisão de classes na escola: os que
administração, professores, funcionários e os
obedecer sem discutir – os alunos.
•Professor depositário dos conhecimentos.
receberam,
ordem e a
mandam que devem
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
REPETIÇÃO
Ritual da escola repete os mesmos
comportamentos formando indivíduos
repletos de hábitos e carentes de
iniciativa e criatividade.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
 REPETIÇÃO
•Conteúdos escolares
repetitivos.
•Comportamentos que
obedecem
rituais
imutáveis.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
• SEGREGAÇÃO
Isolamento da vida e do
mundo, separação entre
as várias
matérias e
inúmeras classificações
escolares.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
• SEGREGAÇÃO
•Escola e comunidade formam
mundos separados e independentes.
•Mais educado e mais alienado dos problemas reais.
•Em vez de preparar para a intervenção na comunidade
e superação dos problemas, afasta dos problemas.
•Currículo formado por matérias sem a preocupação do
aluno formar a estrutura de conjunto.
•Cada matéria sucede a outra, sem que o aluno perceba
a ligação entre elas, num todo integrado. Conteúdo
compartimentado.
•Classificação de alunos: escala 1 a 10, A,B,C,D,E,
ótimo, bom, regular...
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
CONDICIONAMENTO
Sistema
de
recompensas.
punições
e
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
 CONDICIONAMENTO
Reprodução do modelo social: quando a pessoa
foge às regras é punido.
O que não significa que quem se comporta
conforme as regras seja recompensado.
Punições numerosas e criativas.
Elogios e promoções através de boas notas que
permitem a aprovação.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
REPRESSÃO
Atividades enquadradas dentro de
normas e horários rígidos.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
 REPRESSÃO
•Todas as atividades que
fazem o dia-a-dia – fantasia,
imaginação,jogo etc – passam
a ser reprimidas, proibidas ou
são enquadradas dentro de
horários e normas.
•Repressão do erro.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
EXCLUSÃO
Os
processos
anteriores preparam
para o processo mais
definitivo.
EXCLUSÃO.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
 EXCLUSÃO
O INDIVÍDUO SAI DA ESCOLA COMO
FRACASSADO , SEM REAÇÃO E
PERMANECENDO ASSIM PELO RESTO DA
VIDA. A EXCLUSÃO ESCOLAR LEVA À
EXCLUSÃO SOCIAL.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
• NENHUMA
ESTRUTURA
SOCIAL
PERMANECE
SEMPRE IGUAL.
• PASSA COM FREQUÊNCIA, POR UM PROCESSO DE
MUDANÇA SOCIAL.
MUDANÇA SOCIAL É QUALQUER ALTERAÇÃO NAS
FORMAS DE VIDA DE UMA SOCIEDADE.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
• NENHUMA SOCIEDADE É PERFEITAMENTE
IGUAL A SI MESMA EM DOIS MOMENTOS
SUCESSIVOS DE SUA HISTÓRIA.
• O RITMO DAS MUDANÇAS DEPENDE DOS
CONTATOS SOCIAIS COM OUTTROS POVOS,
DO DESENVOLVIMENTO DOS MEIOS DE
COMUNICAÇÃO E DE ATITUDES INDIVIDUAIS E
SOCIAIS, QUE O ACELERAM OU DIFICULTAM.
• A MULTIPLICIDADE DE CONTATOS COM POVOS
DE COSTUMES , PADRÕES DE VIDA E
TÉCNICAS DIVERSAS FAZ ACELERAR AS
MUDANÇAS SOCIAIS.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
AS ATITUDES INDIVIDUAIS E SOCIAIS PODEM
FAVORECER OU NÃO A MUDANÇA SOCIAL.
DIANTE DOS FATOS SOCIAIS PODEMOS ASSUMIR
TRÊS PRINCIPAIS ATITUDES DIFERENTES:
ATITUDE CONSERVADORA
ATITUDE
REVOLUCIONÁRIA OU
EXTREMA-ESQUERDA
ATITUDE REFORMISTA OU
PROGRESSISTA
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
ATITUDE CONSERVADORA : Contrária ou temerosa
em relação às mudanças. Nela se enquadram o
tradicionalismo e o reacionarismo:
• TRADICIONALISMO OU CENTRO-DIREITA:
Manutenção da situação vigente.A tradição, pelo seu
prestígio, pelo respeito entre as gerações mais
jovens, impõe-se como obstáculo a qualquer
inovação.
• REACIONÁRIA OU EXTREMA- DIREITA:
Conservadorismo exagerado, volta a estruturas
passadas.Opõe-se pela violência a qualquer tipo de
mudança. Atitude típica do radical de direita, que
deseja que tudo permaneça como está, quer manter
o status quo, a situação como está.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
ATITUDE REFORMISTA OU PROGRESSISTA:
Vê com agrado a mudança moderada. Deseja mudança gradativa
dos modos de vida existentes e das instituições. Deseja
mudanças superficiais e lentas .
ATITUDE REVOLUCIONÁRIA
ESQUERDA:
OU
EXTREMA-
Defende transformações profundas, até com o emprego de
métodos violentos, no sentido de mudar o status quo. Deseja
mudanças radicais e rápidas.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
• A MUDANÇA SOCIAL SE ESTABELECE ATRAVÉS DE
DUAS FORMAS:
• FORÇAS ENDÓGENAS ( INTERNAS ):
• Mudanças originadas dentro da própria sociedade.
( invenções / descobertas )
• FORÇAS EXÓGENAS ( EXTERNAS ):
• Provenientes de outras sociedades.
( difusão cultural )
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
• PELA PRÓPRIA NATUREZA, A EDUCAÇÃO
TENDE A SER CONSIDERADA COMO
ELEMENTO CONSERVADOR DA SOCIEDADE.
• O CONTROLE DA EDUCAÇÃO É EXERCIDO
PARA IMPEDIR MUDANÇAS.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
EDUCAÇÃO = MAIS FATOR DE CONSOLIDAÇÃO DO
QUE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL ?
A PRÓPRIA DINÂMICA DA SOCIEDADE
CAPITALISTA INTITUCIONALIZOU A MUDANÇA.
MUDANÇA SOCIAL ENTENDIDA COMO PROGRESSO.
O PROCESSO DE CRESCIMENTO ECONÔMICO DA
ESTRUTURA SOCIAL EXIGE UMA EXPANSÃO CADA
VEZ MAIOR O SISTEMA EDUCATIVO.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
• A
ESCOLA
PODE
CONTRIBUIR
PARA
A
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL NA MEDIDA EM QUE
PROMOVE A :
 DESCOBERTA = O conhecimento de algo que já existe.
O aluno entra em contato com
conhecimentos já existentes,
que constituem o patrimônio
cultural da humanidade
O aluno descobre observando,
vendo, tocando e, não apenas
lendo sobre o que está
estudando.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
 INVENÇÃO = Estímulo à inventividade, em oposição à
simples repetição.
É a combinação de
conhecimentos existentes com
o objetivo de obter um novo
produto.
Atividades mais criativas,
menos repetitivas.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
 VISÃO DE CONJUNTO = Maior domínio e uso dos
conhecimentos ensinados.
Escola e comunidade interagindo e
atuando em conjunto.
Matérias
desenvolvidas
e
integrada – interdisciplinaridade.
forma
Respeito às diferenças.
Compreender que o mesmo fato pode ter
vários pontos de vista.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
 ESPONTANEIDADE = Maior independência e autonomia.
Criação de oportunidades para a
livre manifestação do aluno.
Respeito às individualidades.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
 LIBERDADE = Análise crítica do seu comportamento e da
situação para a tomada de decisões.
Ser livre permite as análise crítica de uma
situação para uma tomada de decisão
Na liberdade se aprende praticando.
Capacidade de discordar, com respeito
mútuo e valorização do outro.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
 PARTICIPAÇÃO = Para a superação da marginalização
social e da exclusão escolar.
A. exclusão social opõe-se a participação.
Estímulo à se interessar pelo que acontece
na escola, sala de aula e fora dela.
Contribuição para a formação do cidadão
consciente.
Diminuição da reprovação e evasão
escolar.
A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL
DEVE SER ABERTA E DEMOCRÁTICA PARA
PREPARAR OU EQUIPAR AS PESSOAS OU
GRUPOS PARA A MUDANÇA SOCIAL = PARA O
APERFEIÇOAMENTO
PROGRESSIVO
DO
HOMEM E A CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO
MELHOR.
A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL
PROCURA AJUSTAR OS EDUCANDOS AOS
PADRÕES CULTURAIS VIGENTES, TORNANDOOS CAPAZES DE SE INTEGRAR NA SOCIEDADE
DE
UM
MODO
ADEQUADO
AO
DESENVOLVIMENTO DE UM MUNDO MELHOR.
A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
PARA PROMOVER EDUCAÇÃO PARA UMA
SOCIEDADE EM MUDANÇA, COMO INSTRUMENTO
DE MODERNIZAÇÃO, É NECESSÁRIO ATENTAR
QUE :
EDUCA-SE PARA A MUDANÇA, COMO PARTE E
FATOR DELA.
EDUCA-SE
PARA
QUE
OS
INDIVÍDUOS
DESEMPENHEM MELHOR OS MESMOS E ANTIGOS
PAPÉIS, MAS, SOBRETUDO, PARA OS NOVOS
PAPÉIS EM UMA SOCIEDADE QUE SE RENOVA.
A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM DURKHEIM
Análise funcionalista da sociedade
Visão da sociedade como um organismo vivo, um todo
integrado, onde cada parte desempenha uma função
necessária ao equilíbrio do todo.
Função fundamental da educação
Conservação da sociedade.
Determinismo social sobre os indivíduos
A sociedade determina totalmente o que será o indivíduo.
A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM DURKHEIM
Divisão Social do trabalho
A divisão social do trabalho é um processo natural:
“nem todos somos feitos para refletir; e será preciso
que haja sempre homens de sensibilidade e de ação.
A diferença de aptidão, de caracteres hereditários e
a própria diversidade das profissões acabam
naturalmente produzindo educações diferentes”.
É necessária ao equilíbrio da sociedade mantido pela
solidariedade orgânica (à semelhança da harmonia
entre os órgãos para o perfeito funcionamento dos
organismos vivos).
A educação, na visão de Durkheim:
•O meio pelo qual a sociedade prepara no íntimo das
crianças as condições sociais da própria existência.
•É exercida pelas gerações adultas sobre as gerações
que não se encontram, ainda, preparadas para a vida
social.
•Tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança
certo números de estados físicos, intelectuais e
morais, reclamados pela sociedade política em seu
conjunto, e pelo meio especial a que a criança,
particularmente, se destine.
A educação, na visão de Durkheim:
Não existe sociedade na qual o sistema de educação
não apresente duplo aspecto: o de ser ao mesmo
tempo, uno e múltiplo.
Múltiplo, quando varia segundo o grupo social, no
tempo e no espaço, não há uma única forma nem um
único modelo de educação, e a escola não é o único
lugar onde ela acontece; e
Uno, porque repousa sobre uma base comum, seja
qual for a categoria a que pertença.
Assim, como socialização, a educação vai construindo, em
cada ser humano, o ser social.
A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM MARX
Marx estudou o sistema capitalista, analisando seus
aspectos políticos, sociais e econômicos utilizando o
método dialético.
Método dialético
Estudo de uma determinada realidade objetiva,
analisando, metodicamente seus aspectos e elementos
contraditórios / antagônicos e suas ligações.
A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM MARX
Trabalho = ocupa posição central.
Ao trabalhar, o homem produz a cultura.
E, é a cultura (como resultado do trabalho) que
diferencia o trabalho humano daquele realizado pelos
seres vivos, pois o homem projeta, o trabalho antes
de realizá-lo e o altera durante sua realização.
É da capacidade de trabalho que se formam as
relações sociais (familiares, políticas e
econômicas).
A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM MARX
As instituições, dentre elas a escola, e na sua forma mais
abrangente, a educação, estão diretamente ligadas com a
forma pela qual os homens, no trabalho, relacionam-se
para produzir o que necessitam e para se reproduzir
enquanto seres dotados de história e cultura.
A marca da sociedade capitalista é a divisão social
acentuada pelo trabalho e a apropriação dos resultados do
trabalho por outro que não é o trabalhador.
A existência da propriedade privada dos meios de
produção (terras, máquinas etc.) separa em classes
sociais distintas e opostas os proprietários dos nãoproprietários, dos meios de produção.
Proprietários
Possuem a propriedade dos meios de produção.
Não-Proprietários
Possuem apenas a sua força de trabalho.
•A característica principal do homem de conceber trabalho
antes de realizá-lo fica perdida e ao homem fica
a
responsabilidade de apenas uma parte do trabalho,repetindoa de forma mecânica.
•O trabalhador perde a relação que estabelecia entre o
desenvolvimento do conhecimento e o trabalho que se tem,
quando se é o “dono do projeto”.
Para Marx, essa separação entre o pensar e o executar, e a
apropriação dos resultados do trabalho por outro, que não o
trabalhador, produz a alienação.
E, no capitalismo, as instituições sociais acentuam esta
alienação.
A escola, como uma dessas instituições
sociais, pode ser analisada à luz dos conceitos
teóricos de Marx, embora ele não tenha se
detido nesta análise, nem tenha escrito texto
específico sobre a educação.
Um estudo da escola baseado nos conceitos marxistas
passam pela análise:
-da sociedade em que se encontra a escola, entendendo as
condições de trabalho e das relações sociais existentes entre
as classes que a compõem;
-das implicações das contradições presentes na sociedade e
que estão presentes nas instituições, principalmente nas
contradições de classe presentes na escola;
- das condições de produção do conhecimento. A relação
escola versus trabalho e produção do conhecimento versus
tecnologia. A escola tem relação direta com o mercado de
trabalho? A tecnologia decorrente dos avanços do
conhecimento subordina-se exclusivamente ao capital?
Um estudo da escola baseado nos conceitos marxistas
passam pela análise:
-das conseqüências da divisão do trabalho presente em todas
as instituições, com suas implicações nas relações de poder.
A função da burocracia, que se instala como meio de controle
e dominação, deve ser observada. As razões da organização
hierárquica da escola devem ser levadas em conta;e
-da forma de reprodução da sociedade capitalista, que
transforma tempo e espaço, subordinando-os ao capital. Ou
seja, como no dia a dia, são reproduzidos os valores e os
modos de pensar e avaliar as relações sociais, que legitima
essa sociedade, papel desempenhado em grande parte pela
instituição escolar, considerando inclusive os preconceitos
que se formam a partir das relações sociais na escola.
Tal análise não deve ser fragmentada, mas
conduzir a uma análise global que
visualize o movimento de transformação
da própria sociedade.
A noção de totalidade do método dialético
de Marx não significa a mera soma das
partes, mas um “todo” com dinâmica
própria que busca a compreensão da
totalidade.
DURKHEIM
MARX
Pensadores dos processos sociais da sociedade capitalista de forma
antagônica
1 – Análise da divisão do trabalho = 1 – Análise da divisão do trabalho =
harmonia
oposição, luta de classes
2 – Conservação da sociedade
=manutenção da ordem social
2 – Mudança e transformação social
3 – Instituições Sociais = Educação 3 – Instituições Sociais = Ocultação
= Conservação da sociedade
das relações sociais antagônicas
entre capitalistas e proletariado. A
serviço de interesses capitalistas =
Alienação
4 – Análise Funcionalista
4 – Método da Dialética
5 – Determinismo Social
5 – Trabalho X Cultura
6 – Sistema duplo de educação
6 – Reprodução da sociedade
capitalista
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sociologia da educação 2014