O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO CLÁSSICO. CONCEITOS E PROCESSOS BÁSICOS. EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL, CONTROLE SOCIAL E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL. A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM DURKHEIM E MARX. SOCIOLOGIA Ciência que tenta explicar a vida social, nasceu de uma mudança radical da sociedade, resultando no surgimento do capitalismo. • O século XVIII foi marcado por transformações. • HOMEM - análise da sociedade - um novo "objeto" de estudo. Situação gerada pelas revoluções industrial e francesa, que mudaram completamente o curso que a sociedade estava tomando na época. SOCIOLOGIA Revolução Industrial • representou a consolidação do capitalismo. • trouxe uma nova forma de viver, a destruição de costumes e instituições, a automação, o aumento de suicídios, prostituição e violência, a formação do proletariado, etc. • Modificação do pensamento moderno, que vai se tornando racional e científico, substituindo as explicações teológicas, filosóficas e de senso comum. Revolução Francesa •Filósofos/iluministas a fim de transformar a sociedade: demonstrando a irracionalidade e as injustiças de algumas instituições, pregando a liberdade e a igualdade dos indivíduos. Esse cenário leva à constituição de um estudo científico da sociedade. Contra a revolução, pensadores tentam reorganizar a sociedade, estabelecendo ordem, conhecendo as leis que regem os fatos sociais. Era o positivismo surgindo e, com ele, a instituição da ciência da sociedade. Tal movimento revalorizou certas instituições que a revolução francesa tentou destruir e criou uma "física social", criada por Comte, "pai da sociologia". Outro pensador positivista, Durkheim, tornou-se um grande teórico desta nova ciência, se esforçando para emancipá-la como disciplina científica. SOCIOLOGIA Foi dentro desse contexto que surgiu a sociologia, ciência que, mesmo antes de ser considerada como tal, estimulou a reflexão da sociedade moderna colocando como "objeto de estudo" a própria sociedade, tendo como principais articuladores Auguste Conte e Émile Durkheim. http://www.youtube.com/watch?v=4tLRDjza0qQ O que há de comum entre essas três situações vividas em qualquer sociedade atual? Uma eleição Uma universidade Uma greve Não dizem respeito apenas à ação individual e somente podemos entendê-las como situações coletivas, situações que só podem ser explicadas pelas relações que indivíduos ou grupos de indivíduos estabelecem entre si, mas que não podem ser compreendidas se os tomamos isoladamente. Na eleição • A definição do representante escolhido somente se dá porque o indivíduo se baseia na ação e na opinião de outros para definir seu voto. • Podemos entender melhor a escolha feita pelo eleitor relacionando-a às escolhas de outros eleitores, procurando saber quem influenciou sua decisão e de que maneira isso ocorreu. Na universidade • É a participação num grupo maior que definirá os novos atributos do indivíduo, as novas qualidades que ele só obtém ao ser reconhecido pelo grupo. • O aluno, ao passar vários anos em uma universidade, incorpora os valores e conhecimentos relativos à determinada profissão e, só após mostrar que adquiriu esses conhecimentos, irá tornar-se um profissional reconhecido pela sociedade. Na greve • As relações não se definem no relacionamento indivíduo-indivíduo, mas sim na participação dos indivíduos em grupos mais amplos, o que pode colocar em oposição pessoas que,tomadas isoladamente, estão próximas. • Trabalhadores e capitalistas ocupam posições distintas na produção social e, por isso, em momentos de conflitos, estarão em campos opostos, independentemente do relacionamento pessoal existente. As causas dessas situações não são encontradas na natureza ou na vontade individual mas •na sociedade, •nos grupos sociais ou •nas ações sociais que as condicionam. • Praticamente todas as teorias sociológicas preocupam-se em explicar: • Como ações individuais podem ser pensadas no seu relacionamento com outras ações – ELEIÇÃO • Como regras de ação coletiva são incorporadas pelo indivíduo – ESCOLA • Como práticas coletivas definem diferentes grupos sociais - GREVE Em todas as situações estará em jogo o relacionamento indivíduo – sociedade. A relação indivíduo - sociedade • Como os homens agem em sociedade? • Como as ações de indivíduos diferentes se influenciam reciprocamente? • Como as pessoas obedecem regras que são definidas pela sociedade e são exteriores a elas? • Como práticas sociais definem individualidades e, ao mesmo tempo, grupos homogêneos? A relação indivíduo - sociedade • Os sociólogos tentam responder a essas perguntas. • O que varia de autor para autor é a ênfase dada ora à ação individual, ora à ação coletiva. A relação indivíduo - sociedade • Alguns privilegiam o papel ativo do indivíduo na escolha das ações sociais. – o eleitor – • como se escolhe o candidato com base nas escolhas de outros eleitores. A relação indivíduo - sociedade • Alguns privilegiam a sociedade e suas instituições , que obrigam os indivíduos a incorporar regras que são exteriormente definidas e que as pessoas devem seguir. – a universidade- A relação indivíduo - sociedade • Alguns privilegiam o conjunto das práticas que definam as próprias relações entre indivíduo e sociedade – greve na fábrica – • relação capital – trabalho que define, de um lado, trabalhadores e, do outro, capitalistas. Pensadores do século passado e suas teorias que fundamentam a análise da sociedade contemporânea • Augusto Comte • Émile Durkheim • Max Weber • Karl Mannheim • Karl Marx • Fernando de Azevedo • Florestan Fernandes O Pensamento Sociológico Auguste Comte (1798-1857) •Sistematizador da sociologia que a princípio denominou Física Social. • A análise científica aplicada à sociedade é o ponto central da sociologia, cujo objetivo seria o planejamento da organização social e política. O Pensamento Sociológico Auguste Comte (1798-1857) •Dividiu a sociologia em duas áreas: Estática social - estuda as forças que mantêm a sociedade unida: Dinâmica social - volta-se para as mudanças sociais e suas causas. A estática social se fundamenta na ordem e a dinâmica no progresso O Pensamento Sociológico Émile Durkheim (1858-1917) •A sociedade prevalece sobre o indivíduo, pois quando este nasce tem de se adaptar às normas já criadas, como leis, costumes, línguas, etc. •O objeto de estudo da Sociologia são os fatos sociais. São as regras impostas pela sociedade (as leis, costumes, etc. que são passados de geração à geração) e são exteriores e coercitivos. O Pensamento Sociológico Émile Durkheim (1858-1917) •Durkheim propôs um método para a Sociologia que consiste no conjunto de regras que o pesquisador deve seguir para realizar, de maneira correta, suas pesquisas. Este método enfatiza a posição de neutralidade e objetividade que o pesquisador deve ter em relação à sociedade: ele deve descrever a realidade social, sem deixar que suas idéias e opiniões interfiram na observação dos fatos sociais. •É a sociedade que, como coletividade, que organiza, condiciona e controla as ações individuais. •As instituições socializam o indivíduo, fazem com que eles assimilem regras e normas necessárias à vida comum. •A escola, assim como, a igreja, o exército, a família são grandes exemplos. O Pensamento Sociológico Max Weber (1864-1920) •O objetivo da Sociologia é o sentido da ação humana individual que deve ser buscado pelo método da compreensão. •A sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais. Estas são do tipo de ação que o indivíduo faz, orientando-se pela ação de outros. •Ação social - Qualquer ação social que o indivíduo pratica orientando-se pela ação dos outros. O Pensamento Sociológico Max Weber (1864-1920) •Weber estabeleceu quatro tipos de ação social. 1 – ação tradicional: aquela determinada por um costume ou um hábito arraigado; 2 – ação afetiva: aquela determinada por afetos ou estados sentimentais; 3 – ação racional com relação a valores: determinada pela crença consciente num valor considerado importante, independentemente do êxito desse valor na realidade; 4 – ação racional com relação a fins: determinada pelo cálculo racional que coloca fins e organiza os meios necessários. O Pensamento Sociológico Karl Mannheim (1893-1947) •Todo ato de conhecimento não resulta apenas da consciência puramente teórica mas também de inúmeros elementos de natureza não teórica, provenientes da vida social e das influências e vontades a que o indivíduo está sujeito. SOCIOLOGIA DO CONHECIMENTO Esses fatores são da maior importância e sua investigação deveria ser o objeto de uma nova disciplina: a sociologia do conhecimento que trata das condições sociais de produção de conhecimento, e é necessariamente reflexiva, uma vez que visa produzir conhecimento sobre o conhecimento. O Pensamento Sociológico Karl Mannheim (1893-1947) •Todas as idéias políticas e sociais são inspiradas pela situação social dos pensadores na sociedade. Cada fase da humanidade é dominada por um estilo do pensamento. Em cada fase surgem tendências para a conservação ou para a mudança. A conservação produz ideologias (que se destinam a justificar a situação social existente). A mudança leva a utopias (que pretendem, ao contrário, justificar uma desejada modificação da estrutura social). O Pensamento Sociológico Karl Marx (1818-1883) •Direta ou indiretamente, a obra do filósofo alemão originou várias vertentes pedagógicas comprometidas com a mudança da sociedade. • "A educação, a partir da visão marxista, participa do processo de transformação das condições sociais, mas, ao mesmo tempo, é condicionada pelo processo“. •Na base do pensamento de Marx está a idéia de que tudo se encontra em constante processo de mudança. O motor da mudança são os conflitos resultantes das contradições de uma mesma realidade. O Pensamento Sociológico Karl Marx (1818-1883) •Para Marx, o conflito que explica a história é a luta de classes. •As sociedades se estruturam de modo a promover os interesses da classe economicamente dominante. No capitalismo, a classe dominante é a burguesia; e aquela que vende sua força de trabalho e recebe apenas parte do valor que produz é o proletariado. •Marx criticava o capitalismo e seu sistema de livre empresa que, segundo ele, pelas contradições econômicas internas, levaria a classe operária à miséria. Propunha uma sociedade na qual os meios de produção fossem de toda a coletividade. O Pensamento Sociológico Fernando de Azevedo (1894-1974) •Acreditava na força predominante das idéias como fator de mudança social. Ajudou a colocar a educação como prioridade na agenda nacional. •Fundou a Associação Brasileira de Educação, em 1924, e deu corpo ao movimento pela reforma do ensino por intermédio das "Conferências de Educação", em 1922. • A frente da Instrução Pública do Rio de Janeiro, implementa uma autêntica revolução pedagógica no ensino primário e secundário e, sobretudo, no ensino normal. Foi o principal introdutor das concepções do sociólogo francês Émile Durkheim no Brasil. O Pensamento Sociológico Florestan Fernandes (1920 - 1995) •Fundador e principal representante da Sociologia crítica no Brasil. •Em todo o seu trabalho ele procura refletir as desigualdades sociais - desvendando as contradições da sociedade de classes - e também o papel da sociologia diante dessa realidade. •Defensor da escola democrática. O sociólogo não só refletiu sobre a escola brasileira, apontando seu caráter elitista, como atuou pessoalmente em defesa do ensino para todos. O Pensamento Sociológico Florestan Fernandes (1920 - 1995) •Preocupou-se com a prática em sala de aula, com ênfase em três pontos: -A concepção do professor como mero transmissor do saber, que, para ele, fragilizava o profissional da educação; -A idéia de que o aluno é apenas receptor do conhecimento, quando o aprendizado deveria ser construído conjuntamente na escola; e -O ensino discriminatório, que trata o aluno pobre como cidadão de segunda classe. “A educação transformadora se faz com uma escola capaz de se desfazer, por si mesma, do autoritarismo, da hierarquização e das práticas de servidão" TERMOS BÁSICOS EM SOCIOLOGIA • Alienação - O ser humano pode ser a conseqüência pessoal, sem identidade e personalidade, que é esmagada pela consciência social na consciência do grupo. Ele se massifica, passa a pertencer à massa e não a si mesmo. • Burguesia - Camada social que surgiu na Europa com o advento do capitalismo comercial, numa posição intermediária entre a nobreza e os trabalhadores. Hoje, é a classe social capitalista proprietária dos meios de produção e que possui empregados assalariados. • Capital - É todo bem utilizado pelos seres humanos na produção de outros bens ou serviços. O dinheiro é o capital sob a forma financeira. TERMOS BÁSICOS EM SOCIOLOGIA • Capitalismo - Sistema econômico que comporta a propriedade privada (individual ou coletiva) do capital. • Divisão do trabalho - É a distribuição e diferenciação de atividades e funções entre indivíduos ou grupos da mesma sociedade. É a divisão de tarefas e funções nas sociedades contemporâneas. • Fato social - São as maneiras coletivas de fazer, pensar e sentir impostas coercitivamente ao indivíduo. TERMOS BÁSICOS EM SOCIOLOGIA • Ideologia - Conjunto de idéias que explicam e caracterizam um sistema, uma corrente filosófica. É a forma de ver o mundo. • Produção - É a transformação da natureza, da qual resultam bens que vão satisfazer as necessidades humanas. • Proletariado – Trabalhadores • Setores produtivos de uma economia: Primário = conjunto de atividades agropecuárias e extrativas. Secundário = conjunto das indústrias. Terciário = conjunto das empresas prestadoras de serviço. TERMOS BÁSICOS EM SOCIOLOGIA • Status quo - Expressão latina que significa o estado atual em que se encontram as coisas; ordem social. • Taylorismo - Sistema de organização racional do trabalho elaborado por Frederick Taylor. Organização e divisão de tarefas dentro de uma empresa com o objetivo de obter o máximo de rendimento e eficiência com o mínimo de tempo e atividade. • Utopia - Significa o sistema econômico, social e político que, por perfeito e ideal, não se encontra em nenhum lugar. CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA • FATO SOCIAL = Externo ao indivíduo e coercitivo • INTERAÇÃO SOCIAL = Ação comum entre indivíduos • GRUPO SOCIAL = Interação de um conjunto de indivíduos por certo tempo CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA • ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL = Organização sociedade em camadas superpostas da • CLASSE SOCIAL = Cada um dos extratos da sociedade • STATUS SOCIAL = Posição que um indivíduo ocupa num grupo social ou na sociedade • PAPEL SOCIAL = Conjunto de funções que o indivíduo desempenha em consequência do status que ocupa CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA • COMUNIDADE E SOCIEDADE COMUNIDADE - Grupo local bastante integrado com contatos primários. ( Pessoais,afetivos,informais ) SOCIEDADE - Conjunto de indivíduos, grupos e instituições cujos relacionamentos são impessoais, formais, utilitários e geralmente baseados em contratos escritos. SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO SOCIABILIDADE é a capacidade natural da espécie humana para viver em sociedade e desenvolve-se pelo processo de SOCIALIZAÇÃO. PELA SOCIALIZAÇÃO O INDIVÍDUO SE INTEGRA AO GRUPO EM QUE NASCEU COM SEUS HÁBITOS E COSTUMES CARACTERÍSTICOS. BASE DA VIDA SOCIAL É O PRIMEIRO PASSO PARA QUE OCORRA QUALQUER ASSOCIAÇÃO HUMANA. SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO TIPOS DE CONTATOS SOCIAIS • PRIMÁRIOS Pessoais, diretos e com forte base emocional. As pessoas envolvidas compartilham suas experiências individuais. SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO TIPOS DE CONTATOS SOCIAIS • SECUNDÁRIOS Impessoais, calculados, formais. Um meio para atingir um fim. SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO • A AUSÊNCIA DE CONTATOS SOCIAIS CARACTERIZA O ISOLAMENTO SOCIAL. SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO MECANISMOS QUE REFORÇAM O ISOLAMENTO SOCIAL: ATITUDES DE ORDEM SOCIAL: PRECONCEITOS = COR, RELIGIÃO, SEXO ... ATITUDES DE ORDEM INDIVIDUAL: TIMIDEZ, DESCONFIANÇA, PRECONCEITO ... SOCIABILIDADE E SOCIALIZAÇÃO • FORMAS ESPECIAIS DE ISOLAMENTO: SOCIAL = EXCLUSÃO DA CONVIVÊNCIA SOCIAL. CULTURAL = HÁBITOS, COSTUMES E VALORES DIFERENTES. PSÍQUICO = SOLIDÃO. PROCESSOS SOCIAIS BÁSICOS Os processos sociais básicos mais comumente considerados no estudo da Sociologia Contemporânea são: • Associativos : Cooperação, acomodação e assimilação. • Dissociativos: Competição e conflito. COOPERAÇÃO Trabalho conjunto, deliberado ou não. A cooperação pode ser: direta (atividades que as pessoas realizam juntas). indireta (atividades que as pessoas, mesmo realizando trabalhos diferentes, necessitam indiretamente umas das outras, por não serem auto-suficientes). COMPETIÇÃO Busca da superação pelos competidores. É a ação de indivíduos, uns contra os outros, em busca de uma melhor situação. Ela nasce dos mais variados desejos humanos, como ocupar uma posição social mais elevada, ter maior importância no grupo social, alcançar riqueza e poder. CONFLITO Procura a eliminação ou o enfraquecimento dos rivais. Quando a competição assume características de elevada tensão social, surge o conflito. Tende a se resolver pela vitória de uma das partes, pela destruição de ambas ou pela acomodação, que é outro processo social básico. Através do conflito o homem provoca mudanças sociais. ACOMODAÇÃO Um acordo temporário visando à superação do conflito. Processo social, consciente ou inconsciente, em que o indivíduo ou o grupo se ajusta a uma situação de conflito, sem que ocorram transformações internas. É uma solução superficial do conflito, pois este continua latente, podendo vir a se manifestar. Nenhum ser humano sobreviveria em sociedade, se não fosse capaz de responder aos desafios sociais, com algum tipo de acomodação. Os mecanismos formais e informais de controle social funcionam no sentido de levar os indivíduos à acomodação ao grupo. ASSIMILAÇÃO Difusão cultural mútua. Processo de ajustamento ao meio, pelo qual os indivíduos ou grupos diferentes tornam-se mais semelhantes. • É a solução definitiva e tranqüila do conflito social. Pela assimilação, os conflitos são superados A assimilação se dá por mecanismos de imitação, exigindo um certo tempo para se concretizar. É um processo longo e complexo. Há substituição de um traço cultural por outro, ou mesmo de uma cultura por outra. As modificações são definitivas. COMPARAÇÃO ENTRE COMPETIÇÃO E CONFLITO • COMPETIÇÃO • LUTA EXISTÊNCIA • INCONSCIENTE • IMPESSOAL • CONTÍNUA PELA CONFLITO RIVALIDADE, DISCUSSÃO, DISPUTA, LITÍGIO E GUERRA. CONSCIENTE PESSOAL ( EMOCIONAL ) NÃO PERMANECE COM O MESMO NÍVEL DE TENSÃO SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO ASPECTOS IMPORTANTES CONSIDERADOS NA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO • OS PROCESSOS E INFLUÊNCIAS SOCIAIS ENVOLVIDOS NA EDUCAÇÃO. • APLICAÇÕES DOS CONHECIMENTOS SOCIOLÓGICOS À EDUCAÇÃO. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO A natureza social do processo educativo e as relações que existem entre a escola e a sociedade mostram a importância da Sociologia da Educação na formação do educador. Do ponto de vista sociológico, a educação é o processo pelo qual a sociedade procura transmitir suas tradições, costumes e habilidades, isto é, sua cultura aos mais jovens. Assim, a educação é a ação pela qual as gerações adultas transmitem sua cultura às gerações mais jovens. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO O processo educativo que procura tornar o indivíduo um membro da sociedade é chamado de SOCIALIZAÇÃO. A socialização e a interação social, elementos do processo educativo, são também, as condições e o resultado da vida social. Os indivíduos organizam sua vida em sociedade formando instituições sociais. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO As instituições sociais são formas de ação ou de vivência a que os homens recorrem, sistematicamente, visando a satisfazer determinadas necessidades. A família, a escola, a igreja, o Estado, o partido político etc. são exemplos de instituições sociais. AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS TÊM PAPEL FUNDAMENTAL NO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO A escola é uma instituição, está organizada dentro de determinadas normas que acabam dando uma forma específica às ações que ali acontecem. A educação escolar distingue-se, portanto, da educação informal (sem forma, sem normas) que acontece fora da escola. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO A escola organizada tem horário, estabelece critérios para a organização do conhecimento transmitido e o agrupamento de alunos, tem profissionais executando papéis diferenciados (o professor, o diretor, o servente etc.), possui um sistema de avaliação e deve cumprir e deve cumprir uma função: transmitir e criar conhecimentos. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO A preparação para o trabalho e para o exercício da cidadania constituem dois objetivos da educação, não podendo estar ausentes da sala de aula. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO • preparação para o trabalho na escola assume duas formas: trabalho como método educativo, presente em todas as áreas do currículo. preparação para o exercício profissional por treinamento em técnicas básicas. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO • preparação para a cidadania consciente através da prática política: participação ativa nas atividades curriculares. organização livre para escolha de representantes. manifestação livre de opiniões. contatos com pessoas que exercem atividade política. contatos com associações populares. A SALA DE AULA • GRUPO DINÂMICO = SUB-GRUPOS E LIDERANÇAS • PROCESSOS DE INTERAÇÃO • COMPETIÇÃO,CONFLITO,COOPERAÇÃO. COMPETIÇÃO E CONFLITO = SEPARAM COOPERAÇÃO = UNE São complementares = a superação da competição e conflito desenvolve a cooperação. A SALA DE AULA ISOLAMENTO = PREJUDICIAL • FATORES : EXTRA-ESCOLARES = FAMÍLIA , EXPERIÊNCIAS SOCIAIS E ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS ESCOLARES = COLEGAS , PROFESSORES , ADMINISTRADORES Sala de aula padrão de relações O professor, em primeiro lugar, é um líder institucional (cargo / função ocupada) A liderança pessoal (qualidades pessoais) se tornará cada vez maior à medida que passar o tempo, pois envolve a apresentação de uma personalidade que transcenda a sala de aula. A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL • A EDUCAÇÃO CONSISTE NA SOCIALIZAÇÃO DAS NOVAS GERAÇÕES. • A SOCIALIZAÇÃO VISA CONSTITUIR EM CADA UM DE NÓS UM SER SOCIAL. • A SOCIALIZAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL PERMANENTE NA SOCIEDADE HUMANA É RESPONSÁVEL PELO NOSSO AJUSTAMENTO AOS PADRÕES CULTURAIS VIGENTES. A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL DURKHEIM = A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as novas, que ainda não se encontram preparadas para a vida social. É AO MESMO TEMPO MÚLTIPLA E UNA A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL MÚLTIPLA VARIA SEGUNDO O GRUPO SOCIAL, NO TEMPO E NO ESPAÇO. NÃO HÁ UMA ÚNICA FORMA NEM UM ÚNICO MODELO DE EDUCAÇÃO, E A ESCOLA NÃO É O ÚNICO LUGAR ONDE ELA ACONTECE. FUNÇÃO DIFERENCIADORA. A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL UNA PROCURA PRESERVAR A IDENTIDADE NACIONAL E OS AVANÇOS DA HUMANIDADE. EXISTE UMA BASE COMUM. NÃO HÁ POVO EM QUE NÃO EXISTA UM CERTO NÚMERO DE IDÉIAS, SENTIMENTOS E DE PRÁTICAS QUE A EDUCAÇÃO DEVE INCULCAR A TODOS OS EDUCANDOS, INDISTINTAMNETE , SEJA QUAL FOR A CATEGORIA SOCIAL A QUE PERTENÇAM. FUNÇÃO HOMOGENEIZADORA. A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL EMBORA CADA INDIVÍDUO EDUQUE A SI MESMO, É A SOCIEDADE QUE ESTABELECE O CLIMA, OS MEIOS E OS OBJETIVOS DO PROCESSO EDUCATIVO. A EDUCAÇAO PODE SER: INTENCIONAL = EM CONDIÇÕES PREVIAMENTE ESTABELECIDAS E PROGRAMADAS; E NÃO INTENCIONAL = SEM PROGRAMAÇÃO, ATRAVÉS DA CONVIVÊNCIA SOCIAL. A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL • PRIMEIROS AGENTES EDUCADORES = PRIMEIROS ADULTOS – PAIS Métodos impositivos = horário de refeições , hábitos higiênicos , ... métodos não impositivos = o exemplo dos pais. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL • A CULTURA DA SOCIEDADE FORNECE AOS SEUS MEMBROS MODELOS DE COMPORTAMENTO SOCIAL, DE CONDUTA. • ESSES MODELOS DE COMPORTAMENTO SÃO CHAMADOS DE PADRÕES CULTURAIS / SOCIAIS. A NOSSA CONDUTA NA VIDA EM SOCIEDADE É REGULADA POR ESSES PADRÕES. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL EDUCAR É AJUSTAR OS EDUCANDOS AOS PADRÕES VIGENTES. Ajustar aos padrões vigentes significa torná-los capazes de se integrar na sociedade de um modo adequado ao desenvolvimento da cultura. O educador deve conhecer os padrões vigentes no grupo social em que pretende trabalhar, pois a partir deles que se pode educar para o meio onde se vive. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL A Educação é comandada por adultos acomodados à sociedade, sem grandes interesses na mudança social ou alteração da ordem estabelecida. Assim a influência exercida sobre os mais jovens se faz com a intenção de levá-los a aceitar a situação presente. EDUCAÇÃO CONSERVADORA – VISA INTEGRAR OS ELEMENTOS IMATUROS AOS ESTILOS DE VIDA DOS AMADURECIDOS, MANTENDO A ORDEM SOCIAL ( STATUS QUO ). A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL • A reação das gerações mais jovens às imposições socioculturais anula o conservantismo dos adultos. • O indivíduo nem sempre recebe passivamente a herança social / cultural que lhe é transmitida. • Ele a interpreta conforme suas características pessoais e dessa maneira concorre para introduzir pequenas variações , criando as inovações. EDUCAÇÃO INOVADORA – VISA A GERAÇÃO DE NOVAS SITUAÇÕES, COM NOVAS FORMA DE RELACIONAMENTOS, QUE PROVOCAM MUDANÇAS NA VIDA SOCIAL. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL PARA O SOCIÓLOGO ALEMÃO KARL MANNHEIM A EDUCAÇÃO PODE SER UTILIZADA COMO: • FATOR CONSERVADOR : MANTENDO A ORDEM SOCIAL • FATOR INOVADOR: TRANSFORMAÇÃO CONSCIENTE E INTENCIONAL DA ORDEM SOCIAL VIGENTE, ISTO É, COMO FATOR DE MUDANÇA SOCIAL. A EDUCAÇÃO É INOVADORA OU CONSERVADORA DE ACORDO COM O CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL NO QUAL SE MANIFESTA. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL • CONTROLE SOCIAL É O PROCESSO QUE GARANTE A OBEDIÊNCIA AOS PADRÕES SOCIAIS VIGENTES. É EXERCIDO DE DIVERSAS FORMAS: SOCIALIZAÇÃO = Desde o nascimento os padrões sociais são internalizados. PRESSÃO SOCIAL = Pressão do grupo sobre o indivíduo. FORÇA = Punição a quem se afasta das normas. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL • A MARGINALIZAÇÃO É UMA FORMA DE CONTROLE SOCIAL. PODE SER: CULTURAL = DIFICULTA O ACESSO À CULTURA. ECONÔMICA = AFASTA PARTE DA POPULAÇÃO DA VIDA ECONÔMICA. POLÍTICA = IMPEDE A PARTICIPAÇÃO NAS DECISÕES NACIONAIS. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL UTILIZASE DE VÁRIOS PROCESSOS: REPRODUÇÃO REPETIÇÃO SEGREGAÇÃO CONDICIONAMENTO REPRESSÃO EXCLUSÃO A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL REPRODUÇÃO Reproduz as condições da sociedade a que serve A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL • REPRODUÇÃO •Professores treinados para transmitir os que sem nada acrescentar. •Prédios escolares construídos para garantir a disciplina. •Divisão de classes na escola: os que administração, professores, funcionários e os obedecer sem discutir – os alunos. •Professor depositário dos conhecimentos. receberam, ordem e a mandam que devem A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL REPETIÇÃO Ritual da escola repete os mesmos comportamentos formando indivíduos repletos de hábitos e carentes de iniciativa e criatividade. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL REPETIÇÃO •Conteúdos escolares repetitivos. •Comportamentos que obedecem rituais imutáveis. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL • SEGREGAÇÃO Isolamento da vida e do mundo, separação entre as várias matérias e inúmeras classificações escolares. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL • SEGREGAÇÃO •Escola e comunidade formam mundos separados e independentes. •Mais educado e mais alienado dos problemas reais. •Em vez de preparar para a intervenção na comunidade e superação dos problemas, afasta dos problemas. •Currículo formado por matérias sem a preocupação do aluno formar a estrutura de conjunto. •Cada matéria sucede a outra, sem que o aluno perceba a ligação entre elas, num todo integrado. Conteúdo compartimentado. •Classificação de alunos: escala 1 a 10, A,B,C,D,E, ótimo, bom, regular... A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL CONDICIONAMENTO Sistema de recompensas. punições e A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL CONDICIONAMENTO Reprodução do modelo social: quando a pessoa foge às regras é punido. O que não significa que quem se comporta conforme as regras seja recompensado. Punições numerosas e criativas. Elogios e promoções através de boas notas que permitem a aprovação. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL REPRESSÃO Atividades enquadradas dentro de normas e horários rígidos. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL REPRESSÃO •Todas as atividades que fazem o dia-a-dia – fantasia, imaginação,jogo etc – passam a ser reprimidas, proibidas ou são enquadradas dentro de horários e normas. •Repressão do erro. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL EXCLUSÃO Os processos anteriores preparam para o processo mais definitivo. EXCLUSÃO. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL EXCLUSÃO O INDIVÍDUO SAI DA ESCOLA COMO FRACASSADO , SEM REAÇÃO E PERMANECENDO ASSIM PELO RESTO DA VIDA. A EXCLUSÃO ESCOLAR LEVA À EXCLUSÃO SOCIAL. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL • NENHUMA ESTRUTURA SOCIAL PERMANECE SEMPRE IGUAL. • PASSA COM FREQUÊNCIA, POR UM PROCESSO DE MUDANÇA SOCIAL. MUDANÇA SOCIAL É QUALQUER ALTERAÇÃO NAS FORMAS DE VIDA DE UMA SOCIEDADE. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL • NENHUMA SOCIEDADE É PERFEITAMENTE IGUAL A SI MESMA EM DOIS MOMENTOS SUCESSIVOS DE SUA HISTÓRIA. • O RITMO DAS MUDANÇAS DEPENDE DOS CONTATOS SOCIAIS COM OUTTROS POVOS, DO DESENVOLVIMENTO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E DE ATITUDES INDIVIDUAIS E SOCIAIS, QUE O ACELERAM OU DIFICULTAM. • A MULTIPLICIDADE DE CONTATOS COM POVOS DE COSTUMES , PADRÕES DE VIDA E TÉCNICAS DIVERSAS FAZ ACELERAR AS MUDANÇAS SOCIAIS. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL AS ATITUDES INDIVIDUAIS E SOCIAIS PODEM FAVORECER OU NÃO A MUDANÇA SOCIAL. DIANTE DOS FATOS SOCIAIS PODEMOS ASSUMIR TRÊS PRINCIPAIS ATITUDES DIFERENTES: ATITUDE CONSERVADORA ATITUDE REVOLUCIONÁRIA OU EXTREMA-ESQUERDA ATITUDE REFORMISTA OU PROGRESSISTA A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL ATITUDE CONSERVADORA : Contrária ou temerosa em relação às mudanças. Nela se enquadram o tradicionalismo e o reacionarismo: • TRADICIONALISMO OU CENTRO-DIREITA: Manutenção da situação vigente.A tradição, pelo seu prestígio, pelo respeito entre as gerações mais jovens, impõe-se como obstáculo a qualquer inovação. • REACIONÁRIA OU EXTREMA- DIREITA: Conservadorismo exagerado, volta a estruturas passadas.Opõe-se pela violência a qualquer tipo de mudança. Atitude típica do radical de direita, que deseja que tudo permaneça como está, quer manter o status quo, a situação como está. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL ATITUDE REFORMISTA OU PROGRESSISTA: Vê com agrado a mudança moderada. Deseja mudança gradativa dos modos de vida existentes e das instituições. Deseja mudanças superficiais e lentas . ATITUDE REVOLUCIONÁRIA ESQUERDA: OU EXTREMA- Defende transformações profundas, até com o emprego de métodos violentos, no sentido de mudar o status quo. Deseja mudanças radicais e rápidas. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL • A MUDANÇA SOCIAL SE ESTABELECE ATRAVÉS DE DUAS FORMAS: • FORÇAS ENDÓGENAS ( INTERNAS ): • Mudanças originadas dentro da própria sociedade. ( invenções / descobertas ) • FORÇAS EXÓGENAS ( EXTERNAS ): • Provenientes de outras sociedades. ( difusão cultural ) A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL • PELA PRÓPRIA NATUREZA, A EDUCAÇÃO TENDE A SER CONSIDERADA COMO ELEMENTO CONSERVADOR DA SOCIEDADE. • O CONTROLE DA EDUCAÇÃO É EXERCIDO PARA IMPEDIR MUDANÇAS. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL EDUCAÇÃO = MAIS FATOR DE CONSOLIDAÇÃO DO QUE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL ? A PRÓPRIA DINÂMICA DA SOCIEDADE CAPITALISTA INTITUCIONALIZOU A MUDANÇA. MUDANÇA SOCIAL ENTENDIDA COMO PROGRESSO. O PROCESSO DE CRESCIMENTO ECONÔMICO DA ESTRUTURA SOCIAL EXIGE UMA EXPANSÃO CADA VEZ MAIOR O SISTEMA EDUCATIVO. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL • A ESCOLA PODE CONTRIBUIR PARA A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL NA MEDIDA EM QUE PROMOVE A : DESCOBERTA = O conhecimento de algo que já existe. O aluno entra em contato com conhecimentos já existentes, que constituem o patrimônio cultural da humanidade O aluno descobre observando, vendo, tocando e, não apenas lendo sobre o que está estudando. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL INVENÇÃO = Estímulo à inventividade, em oposição à simples repetição. É a combinação de conhecimentos existentes com o objetivo de obter um novo produto. Atividades mais criativas, menos repetitivas. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL VISÃO DE CONJUNTO = Maior domínio e uso dos conhecimentos ensinados. Escola e comunidade interagindo e atuando em conjunto. Matérias desenvolvidas e integrada – interdisciplinaridade. forma Respeito às diferenças. Compreender que o mesmo fato pode ter vários pontos de vista. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL ESPONTANEIDADE = Maior independência e autonomia. Criação de oportunidades para a livre manifestação do aluno. Respeito às individualidades. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL LIBERDADE = Análise crítica do seu comportamento e da situação para a tomada de decisões. Ser livre permite as análise crítica de uma situação para uma tomada de decisão Na liberdade se aprende praticando. Capacidade de discordar, com respeito mútuo e valorização do outro. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL PARTICIPAÇÃO = Para a superação da marginalização social e da exclusão escolar. A. exclusão social opõe-se a participação. Estímulo à se interessar pelo que acontece na escola, sala de aula e fora dela. Contribuição para a formação do cidadão consciente. Diminuição da reprovação e evasão escolar. A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIAL DEVE SER ABERTA E DEMOCRÁTICA PARA PREPARAR OU EQUIPAR AS PESSOAS OU GRUPOS PARA A MUDANÇA SOCIAL = PARA O APERFEIÇOAMENTO PROGRESSIVO DO HOMEM E A CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MELHOR. A EDUCAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL PROCURA AJUSTAR OS EDUCANDOS AOS PADRÕES CULTURAIS VIGENTES, TORNANDOOS CAPAZES DE SE INTEGRAR NA SOCIEDADE DE UM MODO ADEQUADO AO DESENVOLVIMENTO DE UM MUNDO MELHOR. A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO SOCIAL PARA PROMOVER EDUCAÇÃO PARA UMA SOCIEDADE EM MUDANÇA, COMO INSTRUMENTO DE MODERNIZAÇÃO, É NECESSÁRIO ATENTAR QUE : EDUCA-SE PARA A MUDANÇA, COMO PARTE E FATOR DELA. EDUCA-SE PARA QUE OS INDIVÍDUOS DESEMPENHEM MELHOR OS MESMOS E ANTIGOS PAPÉIS, MAS, SOBRETUDO, PARA OS NOVOS PAPÉIS EM UMA SOCIEDADE QUE SE RENOVA. A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM DURKHEIM Análise funcionalista da sociedade Visão da sociedade como um organismo vivo, um todo integrado, onde cada parte desempenha uma função necessária ao equilíbrio do todo. Função fundamental da educação Conservação da sociedade. Determinismo social sobre os indivíduos A sociedade determina totalmente o que será o indivíduo. A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM DURKHEIM Divisão Social do trabalho A divisão social do trabalho é um processo natural: “nem todos somos feitos para refletir; e será preciso que haja sempre homens de sensibilidade e de ação. A diferença de aptidão, de caracteres hereditários e a própria diversidade das profissões acabam naturalmente produzindo educações diferentes”. É necessária ao equilíbrio da sociedade mantido pela solidariedade orgânica (à semelhança da harmonia entre os órgãos para o perfeito funcionamento dos organismos vivos). A educação, na visão de Durkheim: •O meio pelo qual a sociedade prepara no íntimo das crianças as condições sociais da própria existência. •É exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram, ainda, preparadas para a vida social. •Tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança certo números de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política em seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine. A educação, na visão de Durkheim: Não existe sociedade na qual o sistema de educação não apresente duplo aspecto: o de ser ao mesmo tempo, uno e múltiplo. Múltiplo, quando varia segundo o grupo social, no tempo e no espaço, não há uma única forma nem um único modelo de educação, e a escola não é o único lugar onde ela acontece; e Uno, porque repousa sobre uma base comum, seja qual for a categoria a que pertença. Assim, como socialização, a educação vai construindo, em cada ser humano, o ser social. A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM MARX Marx estudou o sistema capitalista, analisando seus aspectos políticos, sociais e econômicos utilizando o método dialético. Método dialético Estudo de uma determinada realidade objetiva, analisando, metodicamente seus aspectos e elementos contraditórios / antagônicos e suas ligações. A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM MARX Trabalho = ocupa posição central. Ao trabalhar, o homem produz a cultura. E, é a cultura (como resultado do trabalho) que diferencia o trabalho humano daquele realizado pelos seres vivos, pois o homem projeta, o trabalho antes de realizá-lo e o altera durante sua realização. É da capacidade de trabalho que se formam as relações sociais (familiares, políticas e econômicas). A VISÃO DE EDUCAÇÃO EM MARX As instituições, dentre elas a escola, e na sua forma mais abrangente, a educação, estão diretamente ligadas com a forma pela qual os homens, no trabalho, relacionam-se para produzir o que necessitam e para se reproduzir enquanto seres dotados de história e cultura. A marca da sociedade capitalista é a divisão social acentuada pelo trabalho e a apropriação dos resultados do trabalho por outro que não é o trabalhador. A existência da propriedade privada dos meios de produção (terras, máquinas etc.) separa em classes sociais distintas e opostas os proprietários dos nãoproprietários, dos meios de produção. Proprietários Possuem a propriedade dos meios de produção. Não-Proprietários Possuem apenas a sua força de trabalho. •A característica principal do homem de conceber trabalho antes de realizá-lo fica perdida e ao homem fica a responsabilidade de apenas uma parte do trabalho,repetindoa de forma mecânica. •O trabalhador perde a relação que estabelecia entre o desenvolvimento do conhecimento e o trabalho que se tem, quando se é o “dono do projeto”. Para Marx, essa separação entre o pensar e o executar, e a apropriação dos resultados do trabalho por outro, que não o trabalhador, produz a alienação. E, no capitalismo, as instituições sociais acentuam esta alienação. A escola, como uma dessas instituições sociais, pode ser analisada à luz dos conceitos teóricos de Marx, embora ele não tenha se detido nesta análise, nem tenha escrito texto específico sobre a educação. Um estudo da escola baseado nos conceitos marxistas passam pela análise: -da sociedade em que se encontra a escola, entendendo as condições de trabalho e das relações sociais existentes entre as classes que a compõem; -das implicações das contradições presentes na sociedade e que estão presentes nas instituições, principalmente nas contradições de classe presentes na escola; - das condições de produção do conhecimento. A relação escola versus trabalho e produção do conhecimento versus tecnologia. A escola tem relação direta com o mercado de trabalho? A tecnologia decorrente dos avanços do conhecimento subordina-se exclusivamente ao capital? Um estudo da escola baseado nos conceitos marxistas passam pela análise: -das conseqüências da divisão do trabalho presente em todas as instituições, com suas implicações nas relações de poder. A função da burocracia, que se instala como meio de controle e dominação, deve ser observada. As razões da organização hierárquica da escola devem ser levadas em conta;e -da forma de reprodução da sociedade capitalista, que transforma tempo e espaço, subordinando-os ao capital. Ou seja, como no dia a dia, são reproduzidos os valores e os modos de pensar e avaliar as relações sociais, que legitima essa sociedade, papel desempenhado em grande parte pela instituição escolar, considerando inclusive os preconceitos que se formam a partir das relações sociais na escola. Tal análise não deve ser fragmentada, mas conduzir a uma análise global que visualize o movimento de transformação da própria sociedade. A noção de totalidade do método dialético de Marx não significa a mera soma das partes, mas um “todo” com dinâmica própria que busca a compreensão da totalidade. DURKHEIM MARX Pensadores dos processos sociais da sociedade capitalista de forma antagônica 1 – Análise da divisão do trabalho = 1 – Análise da divisão do trabalho = harmonia oposição, luta de classes 2 – Conservação da sociedade =manutenção da ordem social 2 – Mudança e transformação social 3 – Instituições Sociais = Educação 3 – Instituições Sociais = Ocultação = Conservação da sociedade das relações sociais antagônicas entre capitalistas e proletariado. A serviço de interesses capitalistas = Alienação 4 – Análise Funcionalista 4 – Método da Dialética 5 – Determinismo Social 5 – Trabalho X Cultura 6 – Sistema duplo de educação 6 – Reprodução da sociedade capitalista