Anais do 5º Encontro do Celsul, Curitiba-PR, 2003 (549-553)
A GRAVIDADE DA LINGÜÍSTICA:
RELAÇÕES POSSÍVEIS ENTRE NEWTON, CHOMSKY E SAUSSURE
Fábio Luiz LOPES DA SILVA (Universidade Federal de Santa Catarina)
ABSTRACT: According to Chomsky, his own work is in debt with Newtonian revolution in Physics.
Lacan, on the other hand, intended to articulate this scientific revolution to Saussurean Linguistics. In
this essay, I will approach these two modes of interpreting the relationship between history of Physics
and history of Linguistics. In addition, I will argue that this procedure is able to reveal some fundamental
similarities between Generative Linguistics and Saussure’s theory of value.
KEYWORDS: Newtonian Revolution; Saussurean Linguistics; Generative Theory
Mesmo a tentativa de avaliar as contribuições passadas deve
ser considerada altamente conjectural.
Chomsky, Linguagem e Pensamento
0. Introdução
Por certo, são bem raras as ocasiões em que Chomsky refere-se diretamente ao nome de Saussure.
Na verdade, sou pessoalmente capaz de me lembrar de uma única menção — aquela que consta do
primeiro capítulo do Language and Mind, de 1968.
Trata-se lá, em princípio, de uma homenagem ao velho mestre, a quem, aliás, Chomsky prefere
chamar de “grande lingüista suiço”. Contudo, o tom supostamente laudatório da passagem é desde logo
rasgado ao meio por um estranho lapso que lhe atravessa como um raio: sabe-se lá por que, Chomsky
(1978: 34) data de “fins do século XIX” a fundação, por Saussure, da “moderna lingüística estrutural”.
Mas o pior ainda está por vir. É que, como Chomsky esclarecerá em seguida, o que ele entende por
moderna lingüística estrutural consiste fundamentalmente em um método de segmentação e classificação
de unidades lingüísticas.
Pobre Saussure... De um lado, reduzido à condição de homem do século XIX; de outro — naquilo
que ele teria de moderno —, inteiramente assimilado à lingüística bloomfieldiana e seus famosos
procedimentos de descoberta.
Ora, quando se considera a ousadia com que Chomsky interpretou, por exemplo, a Gramática
Filosófica do seculo XVII, torna-se ainda mais patente a indesculpável pobreza de sua leitura do Curso de
Lingüística Geral.
De minha parte, penso que Chomsky só teria a ganhar com uma abordagem mais consistente da
obra de Saussure. Afinal, como tentarei mostrar neste ensaio, os dois autores, invocando elementos em
certa medida coincidentes, parecem tentar estabelecer o projeto do que eu classificaria como uma
lingüística newtoniana.
1. O retorno chomskiano ao século XVII
Chomsky não quis apenas mudar o futuro da Lingüística — quis, além disso, mudar-lhe o passado.
Para tanto, contra todas as expectativas, pretendeu valorizar a até então negligenciada tradição cartesiana
de estudos sobre a linguagem. Em particular, retornou ao século XVII para despertar do sono empoeirado
das bibliotecas os textos da Gramática Filosófica, capazes, segundo ele, de prefigurar pelo menos três
elementos constitutivos da teoria gerativa: os seus objetivos explanatórios, o seu interesse pela sentença
como objeto de estudo e, por fim, a sua crítica, no plano da descrição lingüística, à análise em
constituintes imediatos.
De resto, ao ressaltar o aspecto criativo da linguagem como dado irredutível à res extensa, o
cartesianismo lingüístico manifestaria, com trezentos anos de antecedência, uma censura às pretensões do
behaviorismo vigente no cenário acadêmico americano durante a primeira metade do século passado.
Mas essa referência à série cartesiana não pode, por outro lado, ser compreendida sem que, entre
ela e o trabalho de Chomsky, intervenha a revolução newtoniana a título de instância mediadora.
Chomsky foi cada vez mais claro a esse respeito. Em todo caso, mesmo os seus trabalhos mais
antigos expressam já a convicção de que nem todos os temas centrais do cartesianismo podem interessarlhe:
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A GRAVIDADE DA LINGÜÍSTICA: RELAÇÕES POSSÍVEIS ENTRE NEWTON, CHOMSKY E SAUSSURE
Não estamos obrigados, como estava Descartes, a postular uma segunda substância [a res
cogitans], quando tratamos de fenômenos que não são exprimíveis em termos de matéria e
movimento, no sentido que lhe atribuía. (Chomsky 1978: 126)
O cartesianismo de Chomsky prescinde, portanto, do que ele chamará em outro lugar de
“metafísica cartesiana”, isto é, a distinção ontológica entre corpo e mente que emerge do cogito. Ora,
procurarei sustentar a seguir que o critério dessa exclusão é, em grande medida, dado precisamente pela
epistemologia newtoniana tal como Chomsky a concebe.
2. A Lingüística cartesiana no quadro de uma epistemologia newtoniana
Para os materialistas do século XVI, o mundo devia ser entendido como uma máquina, quer dizer,
um conjunto de elementos cujo comportamento é determinado por seus contatos diretos e recíprocos.
Alguém como Galileu, por exemplo, participava desse compreensão das coisas — e é sabido que ele ficou
bastante contrariado quando se deu conta de que havia dados inassimiláveis aos princípios de explicação
em que apostava as suas fichas.
Um pouco mais tarde, Descartes pôde reencontrar as esperanças perdidas por Galileu. No curso
das suas meditações, julgou ter demonstrado que os tais dados irredutíveis à mecânica dos contatos
poderiam ser explicados pela intervenção de uma segunda substância, a res cogitans, ontologicamente
distinta do corpo.
Assim, há, como é bem conhecido, um estudo cartesiano da mente — mas, correlativa a essa
psicologia, há também uma física cartesiana, cujos fundamentos, de todo modo, coincidem com os que
foram estabelecidos pelos materialistas do século XVI. Aquilo que, para Galileu, deveria recobrir o
universo inteiro passa a ser visto, sob a direção intelectual de Descartes, como a jurisprudência do mundo
material, que existiria ao lado da mente e em articulação com ela.
Ora, como Newton desloca o quadro desse dualismo ontológico estabelecido por Descartes?
Para os behavioristas do século XX, assim como para um grande número de intérpretes da história
da ciência, a revolução newtoniana teria restabelecido a possibilidade de um materialismo intransigente,
pronto a dispensar o ‘fantasma na máquina’ introduzido por Descartes.
Na esteira de Koyré, Chomsky, no entanto, confere ao gesto de Newton uma consistência
totalmente outra, o que ele sintetiza em um chiste admiravelmente espirituoso: “Newton exorcizou a
máquina, não o fantasma.” (Chomsky 1999b: 37 )
Com isso, Chomsky quer dizer que, ao dar lugar à atração gravitacional — essa força que atua à
distância —, o físico inglês punha em xeque as próprias bases da física cartesiana, fundada, como tentei
deixar claro, no modelo da máquina como campo de contatos imediatos entre os elementos materiais:
adeus à noção cartesiana de corpo.
O que é o corpo depois do gesto newtoniano? Ora, essa resposta, segundo Chomsky, é uma obra
aberta. E de fato, na Física, os séculos seguintes assistiram e ainda assistem à proliferação de coisas como
partículas sem massa, que o materialismo clássico não hesitaria em chamar de fantasmáticas.1 Em suma,
Newton inaugura um tempo — que ainda é o nosso — no qual,
If the best theory of material world that we can construct includes a variety of forces, particles that
have no mass, and other entities that would have been offensive to the ‘scientific common sense’
of the Cartesians, then so be it: We conclude that these are properties of the physical world, the
world of body. The conclusions are tentative, as befits empirical hypotheses, but are not subject to
criticism because they transcend some a priori concept of body. There is no longer any definite
conception of body. Rather, the material world is whatever we discover it to be, with whatever
properties it must be assumed to have for the purposes of explanatory theory. (Chomsky 1988:
144)
De todo modo, se já não há como fixar os limites definitivos da noção do corpo, perde todo o
sentido a tentativa diferenciá-lo da mente, tomada, nos termos de Descartes, como uma segunda
substância.
É certo, por outro lado, que Chomsky continua falando em mente, mas é preciso especificar o
sentido em que ele utliza o termo:
1
Sobre esse caráter fantasmático da Física pós-newtoniana, é preciso lembrar que o próprio Newton por
vezes caracterizou a gravidade como uma força ‘absurda’, ‘oculta’ e ‘mística’ (cf. Chomsky 1978: 20)
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I would like to discuss an approach to the mind that considers language and similar phenomena to
be elements of the natural world, to be studied by ordinary methods of empirical inquiry. I will be
using the terms ‘mind’and ‘mental’ here with no metaphysical import. Thus I understand
‘mental’to be on a par with ‘chemical’, ‘optical’ or ‘electrical’. Certain phenomena, events,
process, and states are informally called chemical (etc.), but no metaphysical divide is suggested
thereby. The terms are used to select certain aspects of the world as a focus of inquiry. We do not
seek to determine the true criterion of the chemical, or the mark of the electrical, or the boundaries
of the optical. I will use ‘mental’, with something like ordinary coverage, but with no deeper
implications. (Chomsky 1999a: 106)
Quanto à questão de saber se é possível assimilar a mente ao cérebro, vale ainda o que Chomsky
disse no final da década de sessenta:
Podemos [...] estar razoavelmente seguros de que haverá uma explicação física para os fenômenos
[mentais] em questão [i.e., abordados pela lingüística], se é que podem ser de todo explicados, por
uma razão terminológica sem interesse, a saber, que o conceito de ‘explicação física’ será sem
dúvida estendido para incorporar tudo que for descoberto nesse domínio, exatamente como foi
estendido para acomodar a força gravitacional e a eletromagnética, as partículas sem massa e
numerosas outras entidades, que teriam ofendido o bom-senso de gerações antigas. (Chomsky
1978: 126)
Para Chomsky, não é, pois, necessário reduzir a mente ao cérebro para que se possa filiar a sua
lingüística ao quadro das ciências materiais. Na verdade, praticar a lingüística chomskiana é, segundo ele,
prolongar real e diretamente o gesto newtoniano, que teria consistido justamente em alargar, talvez para
sempre, a compreensão do que seja a matéria, com o risco de, nesse percurso, contrariar e, assim,
reorientar os princípios diretores da física, da química ou das ciências do cérebro.
Mas em que isso o aproxima da obra saussuriana?
3. A ciência aferrada ao significante
Ao contrário do que acontece com Chomsky, Saussure jamais relaciona explicitamente o seu
próprio trabalho à revolução newtoniana. Outros, no entanto, o fizeram em seu nome, como é, por
exemplo, o caso de Lacan.
Para tanto, o psicanalista francês começa por mencionar uma célebre passagem em que Pascal
anuncia o seu terror face ao “silêncio dos espaços eternos”. Ora, esse silêncio é, aos olhos de Lacan, uma
condição seguramente moderna, “pois os Céus, a Criação, não eram de modo algum mudos antes do
advento da ciência.” (Miller 1987: 46) Dito de outra maneira: o sentimento de Pascal testemunha um
corte — um corte epistemológico — que põe fim ao tempo em que “o universo inteiro cantava a glória do
Senhor e a grandeza de seu plano”. (Id. Ibid.: 45)
À loqüacidade da Criação o espírito moderno oporia a física matemática, essa pletora de pequenos
símbolos cuja característica fundamental é se relacionarem uns com os outros, de tal modo que o que são
se deixe definir nessas relações recíprocas e não na suposta significação que carregariam em nome de
Deus. De seu lado, em um arremate surpreendente, Lacan invoca precisamente o vocabulário saussuriano
para qualificar a novidade introduzida por Newton: “A teoria científica exigiu aferrar-se ao significante.”
(Id. Ibid.: 46)
Contudo, em que exatamente se assenta essa redução da física matemática ao significante
saussuriano?
4. A langue como álgebra
“A língua é, por assim dizer, uma álgebra”, conclui a certa altura o Saussure do Curso de
Lingüística Geral (p. 143). Ora, em um ensaio publicado recentemente (Lopes da Silva 2002), procurei
mostrar que essa metáfora da álgebra, oferecida ao lado de uma série de outras figurações da teoria, é, em
todo caso, a mais coerente representação da langue como sistema de valores.
Não pretendo repetir aqui todos os detalhes da demonstração dessa tese. Antes, vou reportar-me
apenas ao fato de que todas as outras metáforas — a das massas amorfas, a da capa d’água ou a da folha
de papel — rompem desde logo com o caráter radicalmente sincrônico e imanente do objeto saussuriano,
uma vez que, virtual ou diretamente, supõem uma força transcendente que determina, por pouco que seja,
os elementos da langue. Já na metáfora da álgebra a língua simplesmente é: imanência correlativa ao grau
zero da transcendência.
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Quanto à inspiração newtoniana da metáfora da álgebra, esta me parece suficientemente óbvia para
não exigir maiores explicações: à física matemática de Newton corresponderia a lingüística matemática
de Saussure. O problema, no entanto, é que, como Lacan deixa muito claro na passagem que destaquei,
ele faz bem mais do que submeter a lingüística saussuriana ao projeto newtoniano. Na verdade, o jogo
proposto por Lacan é tal que, em seus termos, a obra saussuriana é vista como capaz de elucidar
retroativamente a revolução na física do século XVII. Resta saber por quê.
Pois bem: suponho que a resposta a essa dúvida diga respeito ao fato de que, para Lacan, o projeto
de Saussure constitui a totalização de um certo aspecto do trabalho de Newton. Afinal, se o psicanalista
francês tem razão quando afirma que, na ciência moderna, trata-se sempre de cancelar as significações
imaginárias, então a problematização da linguagem esteve sempre presente em segredo desde o
nascimento da física matemática, simplesmente à espera de alguém capaz de revelá-la. Hipótese
lacaniana: o físico inglês não substituiu propriamente a linguagem (celeste) por uma outra coisa, a
matemática; na veradade, ele trouxe à tona a hipótese de que a linguagem, esta sim, talvez pudesse ser
outra coisa: não um meio de expressão de significações mas um “saber que funciona no real” como uma
rede de elementos articulados “que respondem a leis [....] mas não estão relacionados a nenhum sujeito
que se expressaria por seu intermédio”. (Miller 1987: 48)
5. Por uma lingüística da não-contigüidade
Lacan e Chomsky: dois autores, cada qual capaz de produzir uma dada interpretação da revolução
newtoniana. E cada qual com objetivos específicos: o primeiro interessado em valorizar e esclarecer a
obra saussuriana; o segundo voltado para o refinamento epistemológico do próprio trabalho.
Seja como for, malgrado as diferenças que as separam, essas duas leituras podem ser pelo menos
parcialmente articuladas de modo a dar a ver um certo número de identidades entre Saussure e Chomsky.
É o que tentarei indicar a seguir.
Primeiro movimento nessa busca de identidades: retomar a hipótese chomskiana de que o
materialismo de Newton representa a superação do conceito cartesiano de corpo, isto é, aquele que
assimila o mundo material ao modelo da máquina. Fim da mecânica dos contatos: fim, portanto, das
relações de contigüidade como campo exclusivo ou privilegiado de inteligibilidade dos fatos do mundo.
Ora, já vimos como Chomsky se vale desse elemento para sustentar uma forma muito elegante de
mentalismo. Mas talvez seja possível tirar um outro rendimento dessas notas do lingüista americano sobre
Newton: Chomsky nada diz a esse respeito, mas se se considera a análise lingüística inaugurada por ele,
percebe-se que também nesse terreno o gerativista seguiu à risca o preceito newtoniano. Sim, pois, ao
propor o conceito (depois modificado e renomeado) de transformação, Chomsky vislumbrou justamente
uma sintaxe cujo funcionamento ultrapassa as relações de contigüidade da sentença. Com isso, deixava
para trás a, por assim dizer, “mecânica dos contatos” que regia a análise em constituintes imediatos
praticada pelo estruturalismo americano.
Por outro lado, mencionei, no início deste ensaio, a leitura chomskiana de Saussure, em que o
mestre genebrino surge precisamente como o pai dos métodos de segmentação e classificação dos
constituintes imediatos. Ora, esse retrato de Saussure é consistente com as metáforas das massas amorfas,
da capa d’água e da folha de papel, uma vez que as três tomam a langue como uma extensão atravessada
por “subdivisões contíguas” (Saussure s/d: 131). No entanto, tudo muda de figura quando se leva em
conta a metáfora da álgebra, aquela mesma que Lacan pretende destacar em seu elogio newtoniano de
Saussure. É preciso admitir: seja lá que forma venha a assumir no fim das contas, essa lingüística
algébrica é certamente um procedimento capaz de recobrir um campo de relações muito mais extenso e
abstrato do que aquele definido pelas contigüidades sintáticas, morfológicas, fonológicas e semânticas
percorridas pelos procedimentos de descoberta. Estamos no ponto — newtoniano — em que Saussure e
Chomsky interpenetram-se e podem, por isso, reinventar-se.
RESUMO: Chomsky vinculou diretamente a sua própria obra à revolução na física do século XVII.
Lacan, destacando outros aspectos do gesto newtoniano, tratou de articulá-lo à obra saussuriana. Por
um lado, procurarei apresentar esses dois modos de relacionar a história da lingüística à modernidade
científica inaugura por Newton; por outro, tentarei mostrar que eles permitem dar visibilidade a certas
relações insuspeitadas entre Chomsky e Saussure.
PALAVRAS-CHAVE: Revolução Newtoniana; Lingüística Saussuriana; Teoria Gerativa
Fábio Luiz LOPES DA SILVA
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHOMSKY, N. ‘Language as a natural object’ in New Horizons in the Study of Language and Mind.
Cambridge, Mass.: Cambridge University Press, 1999a.
______. ‘Language and the Brain Sciences’ in Working Papers. Maryland: University of Maryland Press.
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University Press, 1988.
______. Estruturas Sintácticas. Lisboa: Edições 70, 1980.
______. Linguagem e Pensamento. Petrópolis: Vozes, 1978.
LOPES DA SILVA, F. ‘A arbitrariedade que não se encontra’ in Letras. Curitiba: UFPR, 2002.
______. ‘Por quem os sinos dobram’ in Epistemologia e Lingüística: Problemas e Métodos. Série Lógica
e Teoria da Ciência, n. 38. São Paulo: Instituto de Estudos Avançados/USP, junho de 2001., pp.
45-55.
MILLER, J. A. Percurso de Lacan. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987.
SAUSSURE, F. Curso de Lingüística Geral. São Paulo: Cultrix, s/d.
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