Análise de
Resultados
SUZANO (SUZB5)
Hoje (28/10/2013), antes da abertura do mercado, a companhia divulgou o resultado do terceiro trimestre deste exercício.
Beneficiada, principalmente, pelas (i) cotações médias valorizadas [em R$] para papel (+5,0%) e celulose (+14,7%); pela
(ii) depreciação cambial (-12,8%, câmbio médio); e pelo (iii) maior volume de vendas de celulose (+7,8%) – puxado pela
demanda asiática -, comparativamente ao mesmo período de 2012, a Suzano alcançou receita líquida de R$ 1.520 milhões
no trimestre, crescimento de 11,7% em relação ao 3T12. Em volume, foram vendidas 481,4 mil toneladas de celulose de
mercado (+7,8%) e 344,7 mil toneladas de papel (-1,5%), tendo a produção desta última sido afetada por parada
administrativa no decorrer do trimestre. Caso desconsiderados os efeitos de paradas programadas e a exaustão de ativos
biológicos, o custo caixa para produção de celulose foi de R$ 581 no 3T13, queda de 0,4% em relação ao 3T12 e alta de
2,2% sobre o 2T13. Apesar de maiores custos com a compra de madeira de terceiros e o maior raio médio de recebimento
da matéria-prima, ganhos de produtividade, com consequente diluição de custos fixos, e a redução no consumo de
insumos, proporcionaram à Suzano a redução observada, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. A
geração de caixa refletida pelo indicador Ebitda foi de R$ 502,6 milhões no trimestre, 51,7% acima do 3T12, auxiliada pelos
fatores antes mencionados, assim como pelo ganho de 5,2 p.p. na margem bruta e pela redução das despesas gerais e
administrativas (-2,1%) – possibilitada por menores dispêndios com projetos de expansão, em contraparte às maiores
despesas com vendas (+8,9%, por PDD e logística no mercado externo). O resultado líquido trimestral foi ainda afetado
pelo resultado financeiro negativo em R$ 173,5 milhões (+4,6%, 3T12) e pela depreciação, amortização e exaustão (R$ -54
milhões), de modo a restar em lucro R$ 43,2 milhões – contra prejuízo líquido de R$ 23,7 milhões no mesmo trimestre de
2012. Ao final de setembro a companhia registrava dívida líquida de R$ 8,3 bilhões, com relação dívida líquida/Ebitda
(12m) de 5,1x.
OPINIÃO
Mais uma vez a Suzano performou de acordo com as expectativas do mercado. Dentro da realidade da companhia, que
foca esforços na conclusão de sua planta de celulose no Maranhão – com início de operação previsto para dez13 –, a
direção executiva segue entregando resultados consistentes, mérito de iniciativas e estratégias que visam ganhos de
produtividade e rentabilidade em detrimento de volume. Novamente ressaltamos a expectativa por pressões de custos
decorrente da maior utilização de madeira de terceiros em suas plantas, que, à medida que têm seu raio médio de
fornecimento ampliado, deve adicionar custos com frete ao seu resultado consolidado neste último quarto e no próximo
ano. Pontuamos que mesmo em sua nova unidade (Maranhão) a empresa deve recorrer à utilização de madeira de
terceiros, fato que deve mitigar parte [ainda que marginal] dos ganhos de produtividade esperados para a nova planta.
Reiteramos a importância deste projeto para a Suzano, significando por um lado o fim de um ciclo de investimentos
relevantes e o início da geração de caixa do mesmo – que deve auxiliá-la na redução de sua alavancagem no decorrer do
próximo exercício, notadamente a partir do segundo semestre. As cotações de celulose e papel seguem em patamares
elevados, comparativamente às expectativas para este exercício, e devem assim permanecer no horizonte de três a seis
meses porvir. De tal forma, mantemos nosso viés positivo para o futuro da companhia, enxergando perspectivas razoáveis
para a Suzano se beneficiar do crescimento do [cada vez mais] disputado mercado de celulose global.
Principais Indicadores:
EQUIPE DE ANÁLISE
 KARINA FREITAS – Analista Responsável (CNPI)
 DANIELA MARTINS (CNPI)
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Suzano - Acionista