ISIN BRRENTACNOR4 Prospecto Definitivo de Oferta Pública de Distribuição Primária e Secundária de Ações Ordinárias 8.357.143 Ações Ordinárias Preço da Oferta: R$ 41,00 por Ação Ordinária A LOCALIZA RENT A CAR S.A. Companhia Aberta - CVM nº 01973-9, CNPJ nº 16.670.085/0001-55 - NIRE nº 3130001144-5, Avenida Bernardo Monteiro, nº 1563, Belo Horizonte, MG (“Companhia”), José Salim Mattar Júnior, Antônio Cláudio Brandão Resende, Eugênio Pacelli Mattar e Flávio Brandão Resende (“Acionistas Vendedores”) estão ofertando em conjunto 8.357.143 ações ordinárias nominativas escriturais e sem valor nominal e de emissão da Companhia, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames (“Ações”), sendo 2.571.429 Ações, a serem emitidas pela Companhia e 5.785.714 Ações de titularidade dos Acionistas Vendedores, por meio de uma oferta pública de distribuição primária e secundária, a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não-organizado, nos termos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 400, de 29 de dezembro de 2003 (“Instrução CVM 400” e “Oferta Pública”, respectivamente). Serão também realizados esforços de colocação das Ações no exterior, sendo nos Estados Unidos da América para investidores institucionais qualificados residentes e domiciliados no exterior, conforme definidos na Rule 144A, em operações isentas de registro segundo o Securities Act, e, nos demais países, exceto nos Estados Unidos da América e no Brasil, com base no Regulation S do Securities Act. A Oferta Pública será coordenada pelo Banco Pactual S.A., que será o coordenador líder (“Coordenador Líder”) para os fins da Instrução CVM 400, e pelo Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. (“Credit Suisse” e em conjunto com o Coordenador Líder, os “Coordenadores”), e terá o HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo, o Banco Santander Brasil S.A. e o Unibanco - União de Bancos Brasileiros S.A. como instituições subcontratadas (“Instituições Subcontratadas”). A quantidade total das Ações inicialmente ofertadas poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 1.253.571 Ações, representando 15% das Ações inicialmente ofertadas (“Ações do Lote Suplementar”), compreendendo novas Ações a serem emitidas pela Companhia, conforme opção outorgada pela Companhia ao Credit Suisse, a ser exercida no prazo de até 30 dias contados da data de publicação do Anúncio de Início, para atender a um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado, conjuntamente pelos Coordenadores, no decorrer da Oferta Pública nas mesmas condições e preço das Ações inicialmente ofertadas (“Opção de Lote Suplementar”). O Preço de Distribuição por Ação foi fixado após a conclusão do Procedimento de Coleta de Intenções de Investimento realizado pelos Coordenadores. Preço (R$) 41,00 105.428.589,00 237.214.274,00 342.642.863,00 Por Ação Ordinária Oferta Primária(2) Oferta Secundária(2) Total (1) (2) Comissões (R$) 1,54 3.953.572,09 8.895.535,28 12.849.107,36 Recursos Líquidos (R$) (1) 39,46 101.475.016,91 228.318.738,73 329.793.755,64 Sem dedução das despesas da Oferta Pública. Os valores acima indicados não incluem as Ações do Lote Suplementar. AOferta Primária foi aprovada com base em deliberação do Conselho de Administração da Companhia realizada em 27 de março, e publicada nos jornais “Gazeta Mercantil”, edição nacional, “Hoje em Dia” de Belo Horizonte e no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais em 6 de abril de 2006. Registro da Oferta Pública na CVM: Oferta Primária: CVM/SRE/REM/2006/013, em 20 de abril de 2006 e Oferta Secundária: CVM/SRE/SEC/2006/014, em 20 de abril de 2006. O Preço de Distribuição foi aprovado em Reunião do Conselho de Administração da Companhia realizada em 19 de abril de 2006. As ações da Companhia são listadas no Novo Mercado da Bovespa e negociadas sob o código “RENT3”. Este Prospecto não deve ser considerado uma recomendação de compra das Ações. Ao adquirir as Ações, potenciais investidores deverão realizar sua própria análise e avaliação sobre a Companhia, seus negócios e atividades. Os investidores devem ler a seção “VI. Fatores de Risco” nas páginas 44 a 49 deste Prospecto para discussão de certos fatores de risco que devem ser considerados com relação à aquisição das Ações. “O registro da presente Oferta Pública não implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da Companhia emissora, bem como sobre as ações a serem distribuídas.” “A presente oferta pública foi elaborada de acordo com as disposições do Código de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, aprovado em Assembléia Geral da ANBID, e parte integrante da ata registrada no 4º Ofício de Registro de Pessoas Jurídicas da Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, sob o nº 510718, atendendo, assim, a presente oferta pública, aos padrões mínimos de informação contidos no código, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das instituições participantes e dos valores mobiliários objeto da oferta pública.” Coordenadores da Oferta Pública O Banco Pactual S.A. é o Coordenador Líder da Oferta Pública Instituições Subcontratadas A data deste Prospecto Definitivo é 19 de abril de 2006 ÍNDICE I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. XI. XII. XIII-A. XV. XVI. XVII. XVIII. XIX. XX. XXI. XXII. XXIII. Glossário, Abreviaturas e Termos Definidos.......................................................................... 3 Sumário .................................................................................................................................. 11 Informações Sobre a Oferta Pública ....................................................................................... 26 Identificação dos Administradores, Consultores e Auditores................................................. 40 Informações Cadastrais da Companhia .................................................................................. 41 Fatores de Risco ..................................................................................................................... 43 Declarações e Informações Prospectivas................................................................................ 50 Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações......................................... 51 Destinação dos Recursos ........................................................................................................ 52 Capitalização .......................................................................................................................... 53 Diluição .................................................................................................................................. 54 Informações Sobre o Mercado................................................................................................ 55 Informações Financeiras (de Acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) e Outras Informações Operacionais e Financeiras, Selecionadas ........................................... 59 Informações Financeiras (de Acordo com os U.S. GAAP) e Outras Informações Operacionais e Financeiras, Selecionadas ........................................... 62 Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais, de Acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil..... 65 Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais, de Acordo com os U.S. GAAP .............................................. 84 A Indústria de Aluguel de Carros e Gerenciamento de Frotas ............................................... 102 Atividades da Companhia....................................................................................................... 111 Administração......................................................................................................................... 134 Principais Acionistas e Acionistas Vendedores...................................................................... 138 Operações com Partes Relacionadas ...................................................................................... 139 Descrição do Capital Social.................................................................................................... 140 Dividendos.............................................................................................................................. 156 Práticas de Governança Corporativa ...................................................................................... 158 Responsabilidade Social, Patrocínio e Incentivo Cultural ...................................................... 166 ANEXOS A Estatuto Social ........................................................................................................................ 169 XIII-B. XIV-A. XIV-B. B Atas das Reuniões do Conselho de Administração realizadas em 27 de março de 2006 e 19 de abril de 2006, que aprovam a Oferta Primária e o Preço de Distribuição por Ação, respectivamente ..................................................................................................... 195 C Declarações da Companhia, dos Acionistas Vendedores e do Coordenador Líder, de que trata o artigo 56 da Instrução CVM 400...................................................................... 203 D Demonstrações Financeiras Individuais (Controladora) e Consolidadas (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e Parecer dos Auditores Independentes................................................................. 215 E Demonstrações Financeiras Especiais Individuais (Controladora) e Consolidadas (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) em 31 de dezembro de 2004 e de 2003 e Parecer dos Auditores Independentes.................................................................. 257 F Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (de acordo com os U.S. GAAP), e Parecer dos Auditores Independentes.............................. 303 G Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2004 e de 2003 (de acordo com os U.S. GAAP), e Parecer dos Auditores Independentes.............................. 349 H Informações Anuais - IAN (apenas informações não destacadas neste Prospecto) ................ 407 1 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 2 I. GLOSSÁRIO, ABREVIATURAS E TERMOS DEFINIDOS Para fins deste Prospecto, os termos indicados abaixo terão o significado a eles atribuído, salvo no caso de referência diversa neste Prospecto. Termo ou expressão Significado ABLA Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis. Acionistas Vendedores ou Fundadores José Salim Mattar Júnior, Antônio Cláudio Brandão Resende, Eugênio Pacelli Mattar e Flávio Brandão Resende. Ações As ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal de emissão da Companhia, objeto da Oferta Pública, incluindo, salvo se disposto de maneira diversa, as Ações do Lote Suplementar. Ações do Lote Suplementar Até 1.253.571 Ações, equivalentes a 15% das Ações inicialmente ofertadas, compreendendo novas Ações a serem emitidas pela Companhia, no âmbito da Oferta Pública, destinadas a atender um eventual excesso de demanda na Oferta Pública, conforme opção outorgada pela Companhia ao Credit Suisse, sendo que, salvo se disposto de maneira diversa, as referências às Ações serão também referência às Ações do Lote Suplementar. Acordo de Não Disposição de Ações Acordo celebrado pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores, por meio do qual estes se obrigaram a não alienar as ações de emissão da Companhia de sua titularidade e derivativos lastreados em tais ações por período de 180 dias contados da publicação do Anúncio de Início da Oferta Pública. Administração A administração da Companhia. Administradores Membros do Conselho de Administração e Diretoria da Companhia. Agentes de Colocação Internacional Art. Credit Suisse LLC e Pactual Corporation. Artigo (de leis, instruções, etc.). Arts. Artigos (de leis, instruções, etc.). Aviso ao Mercado Aviso ao Mercado a ser publicado na forma da Instrução CVM 400. Bacen ou Banco Central Banco Central do Brasil. Banco Credit Suisse ou Credit Suisse Bovespa Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. Brasil República Federativa do Brasil. CAGR Compounded Annual Growth Rate ou Crescimento Anual Composto Bolsa de Valores de São Paulo. 3 Termo ou expressão Significado Car Rental Localiza Car Rental S.A., controlada da Companhia. CBLC Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. CDI Certificado de Depósito Interfinanceiro. CETIP Câmara de Custódia e Liquidação. Cláusula Compromissória Cláusula de arbitragem mediante a qual a Companhia, seus acionistas, administradores e membros do Conselho Fiscal obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei 6.404/76, no Estatuto Social da Companhia, nas normas editadas pelo CMN, pelo Bacen e pela CVM, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, do Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado e do Contrato de Participação no Novo Mercado. CMN Conselho Monetário Nacional. COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Companhia Localiza Rent a Car S.A. Conselheiro(s) Independente(s) Conforme o Regulamento de Listagem do Novo Mercado, Conselheiro(s) Independente(s) caracteriza(m)-se por: (i) não ter qualquer vínculo com a Companhia, exceto participação de capital; (ii) não ser Acionista Controlador, cônjuge ou parente até segundo grau daquele, ou não ser ou não ter sido, nos últimos 3 anos, vinculado a sociedade ou entidade relacionada ao Acionista Controlador; (iii) não ter sido, nos últimos 3 anos, empregado ou diretor da Companhia, do Acionista Controlador ou de sociedade controlada pela Companhia; (iv) não ser fornecedor ou comprador de serviços e/ou produtos da Companhia em magnitude que implique perda de independência; (v) não ser cônjuge ou parente até segundo grau de algum administrador da Companhia; e (vi) não receber outra remuneração da Companhia além da de conselheiro (proventos em dinheiro oriundos de participação de capital estão excluídos desta restrição). Serão ainda considerados Conselheiros Independentes aqueles eleitos mediante as faculdades previstas no art. 141, parágrafos 4º e 5º da Lei 6.404/76. Conselho de Administração O conselho de administração da Companhia. Contrato de Distribuição “Instrumento Particular de Contrato de Colocação de Ações de Emissão da Localiza Rent a Car S.A.”, celebrado entre a Companhia, os Acionistas Vendedores, os Coordenadores e a CBLC. 4 Termo ou expressão Significado Contrato de Estabilização “Instrumento Particular de Contrato de Prestação de Serviços de Estabilização de Preços das Ações Ordinárias de Emissão da Localiza Rent a Car S.A.”, celebrado entre a Companhia, os Acionistas Vendedores, o Credit Suisse e a Corretora. Controladas Total Fleet, Franchising, Franchising Brasil, Prime, LFI, Car Rental e Rental International, sociedades controladas da Companhia. Controladores Os acionistas controladores da Companhia, conforme a definição de acionista controlador prevista na Lei 6.404/76. Coordenador Líder Pactual Coordenadores Pactual e Credit Suisse. COPOM Comitê de Política Monetária. Corretora Credit Suisse (Brasil) Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. Corretora Consorciada Denominação atribuída às sociedades corretoras membros da Bovespa, subcontratadas pelos Coordenadores, para fazer parte exclusivamente do esforço de colocação de Ações da Oferta perante investidores nãoinstitucionais. CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira. Credit Suisse Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A., anteriormente denominado Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston S.A. Credit Suisse (Bahamas) Credit Suisse (Bahamas) Limited, anteriormente denominado Credit Suisse First Boston (Bahamas) Limited. Credit Suisse LLC Credit Suisse Securities (USA) LLC, anteriormente denominado Credit Suisse First Boston LLC. CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. CVM Comissão de Valores Mobiliários. Data da Liquidação O terceiro dia útil contado da publicação do Anúncio de Início. Data de Liquidação das Ações do Lote Suplementar O terceiro dia útil após o exercício da Opção do Lote Suplementar. Debêntures Debêntures simples (não conversíveis em ações) da 1ª Emissão Pública da Companhia, todas nominativas e escriturais, em série única, da espécie com garantia flutuante, com valor nominal de R$ 10.000,00 cada uma. 5 Termo ou expressão Significado Diretoria A diretoria da Companhia. Dólar, Dólares ou US$ A moeda corrente nos Estados Unidos da América. EBITDA O EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, antes das despesas financeiras líquidas, despesas de depreciação e amortização, de outras receitas (despesas) não operacionais, líquidas e da participação minoritária. Tendo como base as demonstrações financeiras em U.S. GAAP, o EBITDA é o lucro líquido antes das despesas do programa de opções de compra de ações, adicionalmente aos demais itens já citados. O EBITDA não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa um fluxo de caixa para o período apresentado, não deve ser considerado como um lucro líquido alternativo, bem como não é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a definição da Companhia de EBITDA não pode ser comparada com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir a própria performance. Adicionalmente, a Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA com um indicador da performance operacional e do fluxo de caixa da empresa. Emissão de Debêntures Oferta Pública de 35.000 debêntures simples (não conversíveis em ações) da 1ª emissão pública de debêntures da Companhia, todas nominativas e escriturais, em série única, da espécie com garantia flutuante, com valor nominal de R$10.000,00 cada uma, no valor total de R$350.000.000,00, de 20 de maio de 2005. Estatuto Social O estatuto social da Companhia. EUA ou Estados Unidos Estados Unidos da América Franchising Localiza Franchising S.A., controlada da Companhia. Franchising Brasil Localiza Franchising Brasil S.A., controlada da Companhia. Franqueado máster Franqueador que poderá atuar como sub-franqueador no território estabelecido pela Companhia. Free Float Ações em circulação no mercado. Fundadores ou Acionistas Vendedores José Salim Mattar Júnior, Antônio Cláudio Brandão Resende, Eugênio Pacelli Mattar e Flávio Brandão Resende. IBGC IBGE Instituto Brasileiro de Governança Corporativa Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. IDEC Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. 6 Termo ou expressão Significado IFRS International Financial Reporting Standards, ou padrões internacionais de contabilidade. IGPM Índice Geral de Preços - Mercado, calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas. INFRAERO INFRAERO - Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária, autoridade aeroportuária federal. INPI Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Instituições Participantes da Oferta Coordenadores Consorciadas. Instituições Subcontratadas HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo, Banco Santander Brasil S.A. e Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. Instrução CVM 325 Instrução nº 325 da CVM, de 27 de janeiro de 2000. Instrução CVM 400 Instrução nº 400 da CVM, de 29 de dezembro de 2003. Investidores Institucionais Pessoas físicas e jurídicas, cujas ordens específicas de investimento representem valores que excedam o limite máximo estabelecido para Investidores Não-Institucionais, fundos de investimento, clubes de investimento registrados na Bovespa, carteiras administradas, fundos de pensão, entidades administradoras de recursos de terceiros registradas na CVM, entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central, condomínios destinados à aplicação em carteira de títulos e valores mobiliários registrados na CVM e/ou na Bovespa, seguradoras, entidades de previdência complementar e de capitalização, pessoas jurídicas não financeiras com patrimônio líquido superior a R$5.000.000,00 (cinco milhões de reais) e os investidores residentes no exterior que participem da Oferta Pública segundo as normas da Resolução CMN 2.689/00 e da Instrução CVM 325. da Oferta, Instituições Subcontratadas e Corretoras Investidores Não-Institucionais Pessoas físicas e jurídicas, residentes e domiciliadas no Brasil, que não sejam consideradas investidores institucionais, e clubes de investimento registrados na Bovespa que decidirem participar da Oferta de Varejo. Investimento Líquido em Carros Dispêndios de capital na aquisição de carros e acessórios, líquidos da receita de vendas de carros usados. IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo IBGE. IRPJ Imposto de renda pessoa jurídica. ISS Imposto sobre serviços. Lei 10.101/00 Lei nº 10.101, de 10 de dezembro de 2000. 7 Termo ou expressão Significado Lei 4.131/62 Lei nº 4.131, de 3 de setembro de 1962. Lei 6.385/76 Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e suas alterações. Lei 6.404/76 Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e suas alterações. LFI Localiza Master Franchisee Argentina S.A. controlada da Companhia com sede na Argentina, atualmente denominada Localiza Franchising International SRL. Localiza Localiza Rent a Car S.A. Mini-lease Termo utilizado para designar aluguel de carros, em bases mensais, a pessoas jurídicas, por meio de contratos por tempo determinado, geralmente por prazos entre um e 12 meses. n.a. Não se aplica. Novo Mercado Segmento especial de negociação de valores mobiliários da Bovespa (todas as referências ao Novo Mercado já consideram as alterações ao Regulamento do Novo Mercado que entraram em vigor em 06 de fevereiro de 2006). Oferta de Varejo Oferta realizada aos Investidores Não-Institucionais. Oferta Institucional Oferta realizada aos Investidores Institucionais. Oferta Pública ou Oferta A oferta pública de distribuição das Ações. Oferta Secundária Oferta Pública de Ações de emissão da Companhia detidas pelos Acionistas Vendedores. Opção de Lote Suplementar Opção outorgada pela Companhia ao Credit Suisse para a distribuição de um lote suplementar de até 1.253.571 Ações, equivalente a até 15% das Ações inicialmente ofertadas, compreendendo novas Ações a serem emitidas pela Companhia no âmbito da Oferta Pública, as quais serão destinadas exclusivamente a atender a um eventual excesso de demanda que vier a ser constatado conjuntamente pelos Coordenadores no decorrer da Oferta Pública, a ser exercida pelo Credit Suisse, no prazo de até 30 dias, a contar da data de publicação do Anúncio de Início. Pactual Banco Pactual S.A. Pactual Corporation Pactual Capital Corporation. Pedido de Reserva Os pedidos de reserva das Ações, excluídas as Ações do Lote Suplementar, realizados pelos Investidores Não-Institucionais nos termos do Contrato de Distribuição e que deverão ser preenchidos durante o Período de Reserva. 8 Termo ou expressão Significado Período de Colocação Período que se inicia na data de publicação do Anúncio de Início e se encerra na Data de Liquidação. Período de Reserva O período de 6 de abril de 2006 a 18 de abril de 2006, inclusive, para os Investidores Não-Institucionais efetuarem seus Pedidos de Reserva. PIB Produto Interno Bruto. PIS Programa de Integração Social. Placement Facilitation Agreement Contrato celebrado entre a Companhia, os Acionistas Vendedores e os Agentes de Colocação Internacional referente aos esforços de colocação das Ações no exterior. Práticas Contábeis Adotadas no Brasil ou BR GAAP As práticas adotadas no Brasil, emanadas da Lei 6.404/76, e das normas e regulamentos da CVM e das normas de contabilidade adotadas pelo Instituto de Auditores Independentes do Brasil. Prazo da Oferta Pública Prazo entre a data da publicação do anúncio de início da Oferta Pública, e a publicação do anúncio de encerramento da Oferta Pública. Prazo de Exercício da Opção de Lote Suplementar Prazo de até 30 dias contado da data de publicação do anúncio de início da Oferta Pública para o Credit Suisse exercer a Opção do Lote Suplementar. Preço de Distribuição O preço de cada Ação ou Ação do Lote Suplementar de R$41,00. Prime Prime Prestadora de Serviços S.A., controlada da Companhia. Procedimento de Coleta de Intenções de Investimento Procedimento de precificação das Ações por meio de coleta de intenções de investimento. Prospecto ou Prospecto Definitivo Este Prospecto Definitivo de Oferta Primária e Oferta Secundária de Ações de emissão da Companhia. Regra 144A Rule 144A do Securities Act of 1933, conforme alterado, dos Estados Unidos da América. Regulamento do Novo Mercado Regulamento que disciplina os requisitos para negociação de valores mobiliários de companhias abertas no Novo Mercado, estabelecendo regras de listagem diferenciadas para essas companhias, seus administradores e seu acionista controlador (todas as referências ao Regulamento do Novo Mercado já consideram as alterações ao regulamento que entraram em vigor em 6 de fevereiro de 2006). Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado, incluindo suas posteriores modificações, que disciplina o procedimento de arbitragem ao qual serão submetidos todos os conflitos estabelecidos na Cláusula Compromissória inserida no Estatuto Social da Companhia e que consta dos termos de anuência dos administradores e dos controladores. 9 Termo ou expressão Significado Regulamento S Regulation S do Securities Act of 1933, conforme alterado, dos Estados Unidos da América. Rental International Rental International LLC, uma subsidiária integral da Companhia constituída sob a forma de uma limited liability company em Delaware, Estados Unidos da América. Replacement Termo utilizado no negócio de aluguel de carros para designar o segmento de carro reserva. Resolução CMN 2.689/00 Resolução nº 2.689, de 26 de janeiro de 2000 do Conselho Monetário Nacional, conforme alterada. SEC Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado de valores mobiliários dos Estados Unidos da América. Securities Act U.S. Securities Act of 1933 dos Estados Unidos da América, conforme alterado. SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia. seminovos Termo utilizado pela Companhia para designar carros com 3 anos de uso. Senior Notes Senior Notes Series B, com principal agregado de US$100.0 milhões e juros de 10,25% a.a., tendo vencido em 1 de outubro de 2005. STF Supremo Tribunal Federal. System Localiza System Ltda., controlada da Companhia, sucedida pela Franchising. Taxa DI Taxa média diária de depósitos interfinanceiros over extragrupo, base 252 dias, expressa na forma percentual ao ano, calculada e divulgada pela CETIP e expressa em taxa efetiva anual, base 252 dias úteis. Total Fleet Total Fleet S.A., controlada da Companhia. U.S. GAAP United States Generally Accepted Accounting Principles, ou princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América. yield management Sistema de precificação de aluguel de veículos que possibilita a maximização da rentabilidade. 10 II. SUMÁRIO Este sumário apresenta uma visão geral da Companhia e das Ações da Oferta Pública, e não pretende ser completo e não substitui o restante deste Prospecto. Este sumário não contém todas as informações que o investidor deve levar em conta antes de investir nas Ações e deve ser lido juntamente com as informações contidas nas Seções “Fatores de Risco”, “Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais, de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil” e “Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais, de acordo com os U.S. GAAP”, e nas demonstrações financeiras consolidadas e respectivas notas explicativas incluídas neste Prospecto. Visão Geral da Companhia A Companhia é a maior rede de aluguel de carros do Brasil em número de agências. Em 31 de dezembro de 2005, a rede de atendimento da Companhia incluía 310 agências de aluguel de carros, sendo 117 próprias, e 137 de franqueados no Brasil, em 181 cidades no País, e 56 de franqueados no exterior em 36 cidades de outros 8 países da América Latina. A Companhia opera nos negócios de aluguel de carros, aluguel e gerenciamento de frotas e concessão de franquias, que são complementares e sinérgicos: • Aluguel de carros. A Companhia aluga carros para executivos e indivíduos em viagens de negócios ou lazer por meio de contratos individuais com pessoas físicas e jurídicas. Aluga também carros para pessoas jurídicas através de contratos de mini-lease. Como parte de seu negócio de aluguel de carros, a Companhia também atua no segmento de replacement, que consiste no aluguel de carros para companhias seguradoras ou montadoras de automóveis, que oferecem carros reserva a seus clientes em caso de sinistros ou avarias mecânicas durante o período da apólice ou de garantia, conforme o caso. Adicionalmente, a venda de carros usados complementa o negócio de aluguel de carros, na medida em que os veículos após seu uso são vendidos com intermediação da sua controlada Prime. • Aluguel e gerenciamento de frotas. A controlada da Companhia denominada Total Fleet oferece aluguel de longo prazo de frotas e gerenciamento de frotas a clientes corporativos, normalmente sociedades de médio e grande portes. Tal como no negócio de aluguel de carros, a controlada da Companhia denominada Prime intermedia a venda dos veículos anteriormente alugados pela Total Fleet. • Franchising. As controladas Franchising Brasil e LFI são franqueadoras da marca Localiza no Brasil e em outros 8 países na América Latina (Argentina, Bolívia, Equador, Chile, México, Paraguai, Peru e Uruguai), respectivamente, com 137 agências de franqueados que atendem a mercados menores no Brasil e 56 agências de franqueados no exterior. A LFI concede franquias na Argentina e outros países da América Latina, exceto no Equador, onde há um franqueado máster. A tabela abaixo indica as receitas líquidas por atividades desenvolvidas pela Companhia durante os períodos indicados: BR GAAP Receitas Líquidas Aluguel de carros Aluguel e gerenciamento de frotas Franchising Venda de carros usados Receitas líquidas totais Exercício findo em 31 de dezembro 2005 2004 (em milhares de reais) 258.577 185.923 141.993 122.440 7.804 6.146 446.490 301.889 854.864 616.398 11 2003 145.217 114.930 5.235 250.315 515.697 Como conseqüência dos negócios de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas e, considerando a constante renovação de sua frota, a Companhia vende quantidade substancial de carros usados. A controlada da Companhia denominada Prime intermedia a venda dos carros da Companhia ao término do período de utilização nos negócios de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas da Companhia. A Companhia acredita que suas operações de venda de carros usados permitem a eliminação da atuação dos revendedores na venda. A Companhia aufere receitas de venda de carros usados nos segmentos de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas, sendo que historicamente as receitas de venda de carros são relevantes para a Companhia, tendo em 2005 sido superiores ao somatório das receitas geradas com o aluguel de carros, objeto social da Companhia. A Companhia e sua subsidiária Total Fleet não possuem benefícios fiscais seja na compra, seja na venda de seus carros. Vantagens Competitivas A Companhia acredita que seus diferenciais competitivos possibilitarão a manutenção de sua competitividade e avanço em direção aos seus objetivos estratégicos: • Plataforma de negócios que proporciona sinergias. Uma plataforma de negócios que inclui aluguel de carros, franchising de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas, além de uma rede de pontos de vendas de carros usados para consumidores, o que representa um grande diferencial competitivo para a Companhia uma vez que os negócios são complementares e sinérgicos. Além disso, a Companhia acredita que esse modelo diferenciado de negócios sinérgicos proporciona à Companhia margens competitivas e uma sólida performance financeira. • Liderança, marca forte e reconhecida. A Companhia acredita que a força da sua marca é uma grande propulsora dos seus negócios. Associada à alta qualidade, transparência e segurança, a marca Localiza fortalece a competitividade da empresa e conseqüentemente, seus esforços de marketing. A Companhia é líder no segmento de aluguel de carros no Brasil, em número de agências. O foco no core business e uma estrutura organizacional segmentada e especializada são os principais responsáveis pela manutenção de sua liderança, conquistada em 1981. A Companhia mantém uma equipe qualificada para dar um atendimento ágil, simpático e eficiente. Desde a Central de Reservas, passando pelas agências até a Assistência a Clientes, a Companhia busca a excelência no atendimento, com profissionais preparados para oferecer um atendimento de qualidade e soluções adequadas em aluguel de carros para seus clientes. O call center da Companhia opera 24 horas, 7 dias por semana, 365 dias por ano. A Companhia possui um Programa de Fidelidade que oferece locações gratuitas de carros como recompensa aos seus clientes, diferente de suas principais concorrentes que, em geral, oferecem milhas em companhias aéreas. Este programa, que conta com aproximadamente 850 mil participantes, na data deste Prospecto, é um canal de comunicação constante com os clientes e contribui para a ampliação da base de clientes e para sua fidelização resultando em um aumento de vendas. Em 2005, cerca de 43% das receitas de aluguel de carros vieram de membros do Programa Fidelidade. • Rede de agências com ampla cobertura geográfica e estrategicamente localizadas. Com ampla distribuição no Brasil e mais 8 países da América Latina, a Companhia possui a maior rede de aluguel de carros, com 310 agências. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia estava presente em 181 cidades no Brasil com 254 agências e em 36 cidades nos demais países com 56 agências. A Companhia possui 73 agências localizadas em aeroportos no Brasil. Tais pontos de vendas são maiores que a soma da participação do 2º e 3º competidores. Já em número de agências nos centros das cidades brasileiras em que atua, a Companhia e suas franqueadas possuem um total de 181agências, comparado ao total de 144 agências dos 2º, 3º e 4º competidores somados. Tal presença capilar proporciona ao cliente a conveniência de alugar um carro na maioria dos principais destinos turísticos e de negócios do Brasil. As agências da Companhia são geralmente localizadas em pontos estratégicos de fácil reconhecimento e acesso. A atividade de franchising, criada em 1983, permitiu o crescimento da Companhia na América Latina, sendo a principal responsável pela expansão geográfica da empresa, inclusive no exterior. 12 • Escala de negócios. A Companhia é a maior rede de aluguel de carros do Brasil, em número de agências, e sua escala lhe permite reduzir o impacto dos custos fixos sobre a receita. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia oferecia aos seus clientes uma frota de aproximadamente 43.300 carros, composta principalmente de carros praticamente novos, com idade média aproximada de 6,1 meses para o negócio de aluguel de carros e 13,6 meses para o negócio de aluguel de frotas. A Companhia procura manter um mix variado de carros em sua frota, visando a atender às necessidades dos clientes. Rigorosa com a qualidade da frota, a Companhia tem um cuidado especial com os carros após a devolução. Os veículos passam por um detalhado processo de revisão e manutenção para proporcionar conforto e segurança a seus clientes. A Companhia renova sua frota periodicamente e, por isso, oferece um atendimento com carros considerados em geral, novos. Além disso, a significativa receita oriunda das agências em aeroportos possibilita à Companhia manter contratos de aluguel de boxes em aeroportos com pagamento, de percentual sobre a receita ao contrário de uma quantia fixa (valor mínimo garantido). A Companhia é uma das principais compradoras de automóveis das maiores montadoras de automóveis no Brasil, e acredita que o volume das operações realizadas com as montadoras permite à Companhia adquirir os automóveis em termos e condições mais favoráveis que aqueles oferecidos no mercado. Em 2005, a Companhia e seus franqueados no Brasil compraram 30.879 carros que representam cerca de 2% da venda de veículos novos no mercado interno (1.618.940 carros nacionais e importados), sendo que as compras junto à montadora Fiat representaram 3,3% das vendas internas daquela montadora; no caso da GM tal percentual foi de 3,9%. Ao preço médio de compra de R$26,1 mil em 2005, o volume de carros comprados nos últimos 5 anos superaria US$1 bilhão. • Tecnologia e sistemas. A Companhia faz substanciais investimentos em tecnologia da informação para suportar sua estratégia de crescimento. A rede de telecomunicações da Companhia permite o tráfego de voz e dados com alta tecnologia, proporcionando um gerenciamento de informações de qualidade. Isto representa mais facilidade e agilidade para tomada de decisões. São mais de 1.200 workstations, aproximadamente 60 servidores, call center próprio com moderna tecnologia e sistemas totalmente integrados, que proporcionam acesso on-line em todos os pontos de atendimento. Além disso, a Companhia oferece acesso via web, onde o cliente pode fazer reservas e pode consultar todo o histórico de relacionamento com a Companhia. Os sites da Companhia, atualmente, recebem quase 300 mil visitas por mês e parte substancial de suas reservas são via web reduzindo custos de transação. A Companhia adota há muitos anos, um sistema de gerenciamento de receitas e precificação conhecido como yield management para aumento de competitividade e melhoria de rentabilidade. Esta ferramenta de gestão de preços é utilizada em todos os segmentos de negócios. A prática do yield management requer sistemas integrados, informação on-line em todas as agências, um expertise baseado em experiências passadas e pessoas qualificadas para gerenciar a sua complexidade. Esse sistema permite o gerenciamento das tarifas cobradas pela Companhia em função do dia da semana, mês do ano, cidade, evento, volume por cliente, monitoramento da concorrência, e proporciona à Companhia aumento de competitividade e ao mesmo tempo, melhoria de rentabilidade. • Pessoas e sistemas de remuneração. A Companhia trabalha na gestão de pessoas, focando na valorização da iniciativa do indivíduo e na construção de processos decisórios participativos. Detentora de um quadro de administradores dotado de ampla experiência nos segmentos em que atua, a Companhia acredita ter uma equipe altamente motivada como resultado da adoção de boas práticas na administração de sua política de recursos humanos, tais como: sistema de remuneração fixa e variável, participação nos resultados e plano de opção de compra de ações para os seus principais executivos. • Geração de caixa e solidez financeira. A consistente geração de caixa operacional, aliada a uma política conservadora de administração de caixa e transparência nas demonstrações financeiras, proporciona à Companhia solidez financeira que resulta em uma avaliação de risco “BrA”, com perspectiva positiva, na Escala Nacional, atribuída pela Standard and Poor’s, para receber maior oferta de variadas linhas de crédito a taxas e prazos competitivos, o que lhe permite facilidade de captação de recursos com menores “spreads” do que a média praticada no mercado. 13 Estratégia Expandir organicamente aproveitando o potencial de mercado. A Companhia buscará aumentar sua receita em cada mercado onde atua, aproveitando o esperado crescimento da economia e, por conseqüência, o aumento de renda e da demanda por aluguel de carros, expandindo a sua base de clientes locais. Os esforços de venda da Companhia estarão focados nos setores que estão fazendo maiores investimentos ou estão em maior crescimento. O parcelamento do pagamento do valor das locações pode alavancar as vendas de aluguel de carros. Nesse sentido, a Companhia pretende manter uma variedade de tarifas promocionais para atender às diversas necessidades dos consumidores, bem como parcelamento através de cartões de crédito em até 10 vezes sem juros, o qual acreditamos permite à Companhia atrair novos clientes. A Companhia continuará fazendo publicidade e utilizando jornais e revistas de grande circulação nacional, revistas de bordo e de segmentos específicos para atingir o seu público-alvo. Em mídia local, anuncia em rádio, televisão, outdoors, jornais e revistas, além de patrocinar eventos, peças teatrais e shows. Mantendo esta estratégia de comunicação, a Companhia espera estimular o consumo de aluguel de carros no Brasil. Por meio do Programa de Fidelidade Localiza, a Companhia espera estimular clientes a alugar carros mais vezes e mantê-los fiéis à marca. A Companhia acredita que o Programa de Fidelidade Localiza com recompensa em locações de carros é ferramenta fundamental para a ampliação da base de clientes, fidelização e aumento de vendas, sendo que a Companhia proporciona ao cliente a conveniência de alugar um carro na maioria dos principais destinos turísticos e de negócios do Brasil. Acreditamos que há uma tendência crescente de terceirização de frotas pelas empresas devido à necessidade de maior foco no core business e à redução da base de ativos por parte das empresas, o que representa uma oportunidade para a expansão da divisão de aluguel de frotas e do produto mini-lease. Além disso, considerando um aumento do fluxo de passageiros em viagens a negócios e lazer e o aumento da indústria de feiras e eventos, haverá um aumento do volume de negócios nas agências da Companhia localizadas em aeroportos. Expandir geograficamente ampliando a rede de agências. A Companhia contratou uma pesquisa que comprovou já possuir a maior rede de agências de aluguel de carros no Brasil em número de agências, e pretende expandir a sua rede de agências próprias e franqueadas se beneficiando de seu know-how e da forte imagem da sua marca. Devido ao esperado crescimento do agronegócio, ao estabelecimento de muitas novas indústrias no interior do País e ao aumento do número de cidades incluídas na malha aeroviária, a Companhia pretende operar em novas cidades, fortalecendo a sua presença nacional. No exterior, a Companhia pretende aumentar os pontos de vendas que serão operados através de franchising. A Companhia desenvolveu projetos de agências adaptáveis e flexíveis com construção simplificada, a custo baixo e extrema funcionalidade, o que facilita sua expansão. As agências da Companhia são geralmente localizadas em pontos estratégicos e de fácil reconhecimento, pois seguem sempre um mesmo padrão e acesso. O esperado crescimento econômico do Brasil, bem como a riqueza no interior do País, avalizam a estratégia de expansão geográfica. Cross selling entre as empresas que compõem a plataforma da Companhia. A plataforma da Companhia é composta de negócios sinérgicos. A Companhia pretende aproveitar as oportunidades entre as empresas que compõem a sua plataforma de negócios. Através de cross selling, a Companhia pretende aumentar as vendas utilizando mutuamente as diferentes equipes de vendas. Nossa experiência indica a eficácia no cross selling aproveitando o relacionamento de cada divisão com os clientes. Além disso, a Companhia pretende utilizar a base de informações de cada divisão, principalmente o banco de dados de clientes, para alavancar vendas com baixo custo. Os negócios de aluguel de carros e aluguel e administração de frota e o produto mini-lease têm sido alavancados por meio de cross selling. 14 Manter sólida estrutura de capital e administração de caixa conservadora. A Companhia pretende dar continuidade às suas políticas de manutenção de disponibilidades financeiras adequadas às necessidades operacionais, bem como, de manutenção de linhas de créditos com instituições financeiras para suportar suas necessidades de crescimento. As estratégias de tesouraria da Companhia, seja em termos de aplicação financeira ou de captação de recursos, vão continuar “casadas” com a operação da empresa, seja em termos de prazo, de moeda e de taxa de juros. A Companhia pretende também manter os investimentos em ativos não-monetários, constituídos basicamente de carros para aluguel, que além de serem geradores de caixa são dotados de fácil valoração e realização. Estrutura Societária O organograma abaixo apresenta a estrutura acionária da Companhia e suas controladas1 na data deste Prospecto. Os percentuais representam a participação no capital votante e total das sociedades indicadas nos quadros. José Salim Mattar Júnior Antônio Cláudio Brandão Eugênio Pacelli Mattar 18,68% 12,45% 18,68% Flávio Brandão Free Float 12,45% 37,74% Localiza 92,5% Franchising 92,5% Franchising Brasil 100% Prime 100% Total Fleet 95,0% 100% Car Rental 100% Rental International LFI 1 Exclui a participação do Sr. Aristides Luciano de Azevedo Newton no capital da Franchising (7,5%), da Franchising Brasil (7,5%) e da LFI (5,0%). 15 A OFERTA PÚBLICA Companhia ...................................................... Localiza Rent a Car S.A. Acionistas Vendedores.................................... José Salim Mattar Júnior, Antônio Cláudio Brandão Resende, Eugênio Pacelli Mattar e Flávio Brandão Resende. Coordenadores ................................................ Pactual e Credit Suisse. Coordenador Líder .......................................... Pactual. Instituições Subcontratadas ............................. HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo, Banco Santander Brasil S.A. e Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. Agentes de Colocação Internacional ............... Credit Suisse LLC e Pactual Corporation. Oferta Pública ................................................. 2.571.429 Ações pela Companhia e 5.785.714 Ações de titularidade dos Acionistas Vendedores, a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não-organizado, nos termos da Instrução CVM 400. Adicionalmente, os Agentes de Colocação Internacional realizarão esforços de colocação das Ações no exterior, sendo nos Estados Unidos da América para investidores institucionais qualificados residentes e domiciliados no exterior, conforme definidos na Regra 144A, em operações isentas de registro segundo o Securities Act, e, nos demais países, exceto nos Estados Unidos da América, com base no Regulamento S. Opção de Lote Suplementar ............................ A quantidade total das Ações inicialmente ofertada poderá ser acrescida de até 1.253.571 das Ações do Lote Suplementar, representando até 15% das Ações ofertadas, compreendendo novas Ações a serem emitidas pela Companhia, conforme Opção de Lote Suplementar outorgada pela Companhia ao Credit Suisse. A Opção de Lote Suplementar poderá ser exercida pelo Credit Suisse, no prazo de até 30 dias contados da data de publicação do Anúncio de Início, na hipótese de ser constatada conjuntamente pelos Coordenadores da Oferta Pública a existência de excesso de demanda pelas Ações no âmbito da Oferta Pública. Preço de Distribuição por Ação ...................... O preço por Ação foi fixado após (i) a efetivação dos Pedidos de Reserva (conforme definição abaixo) e (ii) a apuração do resultado do Procedimento de Coleta de Intenções de Investimento, em consonância com o disposto no art. 170, § 1º, III da Lei 6.404/76 e nos termos do art. 44 da Instrução CVM 400. Valor Total da Oferta Pública ......................... R$ 342.642.863,00 Direitos, Vantagens e Restrições das Ações.... As Ações garantirão aos seus titulares os mesmos direitos conferidos às demais ações da Companhia, nos termos de seu Estatuto Social, legislação aplicável e Regulamento do Novo Mercado, tendo direito a voto e fazendo jus ao recebimento integral de dividendos e demais proventos de qualquer natureza que vierem a ser declarados pela Companhia a partir da Data de Liquidação (ver “XX. Descrição do Capital Social”). 16 Direito de Venda Conjunta (Tag-Along) ........ Determinadas Restrições à Venda das Ações pela Companhia e Acionistas Vendedores.................. Em caso de alienação do controle da Companhia, os titulares das Ações têm o direito de serem incluídos em oferta pública de aquisição de ações, que deverá ser realizada pelo adquirente do controle, devendo o preço mínimo da referida oferta, por Ação não representativa do bloco de controle, ser equivalente a 100% do preço pago por ação representativa do bloco de controle. Nos termos dos Acordos de Não Disposição, a Companhia e os Acionistas Vendedores não poderão vender ou ofertar à venda as Ações de emissão da Companhia de sua titularidade, ou derivativos lastreados em tais Ações, por período de seis meses contados da publicação do Anúncio de Início. Adicionalmente, as Ações da Companhia passaram a ser negociadas no Novo Mercado em 23 de maio de 2005. De acordo com as regras do Novo Mercado, subseqüentes à primeira distribuição pública de Ações da Companhia, após a assinatura do Contrato de Participação no Novo Mercado, os Acionistas Vendedores e os Administradores não podem, por seis meses adicionais, vender ou ofertar à venda mais do que 40% de ações, ou derivativos lastreados em tais ações de sua titularidade quando do início da negociação das Ações no Novo Mercado. Público-Alvo ................................................... Inadequação da Oferta Pública a Certos Investidores...................................................... Plano de Distribuição ...................................... A Oferta Pública será direcionada a (i) Investidores NãoInstitucionais no montante de pelo menos 10% das Ações, excluindo as Ações do Lote Suplementar, (ii) Investidores Institucionais e (iii) investidores institucionais qualificados, conforme definição da Rule 144A do Securities Act, e, nos demais países, exceto nos Estados Unidos da América e no Brasil, a non U.S. persons, conforme definição da Regulation S do Securities Act. Não há inadequação específica da Oferta Pública a certo grupo ou categoria de investidor, mas esta Oferta Pública não é adequada a investidores avessos ao risco inerente a investimentos em ações. Como todo e qualquer investimento em ações, a subscrição ou aquisição das Ações apresenta certos riscos e possibilidades de perdas patrimoniais que devem ser cuidadosamente considerados antes da tomada de decisão de investimento. Os investidores devem ler a seção “VI. Fatores de Risco” deste Prospecto. O plano de distribuição das Ações, organizado pelos Coordenadores, com a expressa anuência da Companhia e dos Acionistas Vendedores, leva em consideração as relações com clientes e outras considerações de natureza comercial ou estratégica dos Coordenadores, dos Acionistas Vendedores e da Companhia, observado, entretanto, que os Coordenadores deverão assegurar a adequação do investimento ao perfil de risco de seus clientes, bem como o tratamento justo e eqüitativo aos investidores, nos termos do parágrafo 3º do art. 33 da Instrução CVM 400. 17 Pedidos de Reserva ......................................... Foi concedido aos Investidores Não-Institucionais o prazo de 8 dias úteis, iniciado em 6 de abril de 2006 e encerrado em 18 de abril de 2006, inclusive, o qual poderá ser estendido a critério dos Coordenadores, para a realização dos respectivos Pedidos de Reserva. Pedidos de Reserva para Pessoas Vinculadas . Investidores Não-Institucionais que sejam (a) administradores ou controladores da Companhia, (b) administradores ou controladores das instituições participantes da Oferta Pública, e (c) outras pessoas vinculadas à Oferta Pública, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o segundo grau de cada uma das pessoas referidas nos itens (a), (b) e (c), realizaram seus Pedidos de Reserva entre o dia 6 de abril de 2006 e o dia 7 de abril de abril de 2006, ou seja, pelo menos 7 dias úteis antes da conclusão do Procedimento de Coleta de Intenções de Investimento. Data de Liquidação ......................................... A liquidação física e financeira ocorrerá 3 dias úteis após a data da publicação do Anúncio de Início, com entrega das Ações aos respectivos investidores. Regime de Colocação – Garantia Firme.......... As Ações serão colocadas no Brasil pelos Coordenadores e pelas Instituições Subcontratadas e Corretoras Consorciadas, coordenadas pelos Coordenadores, em regime de garantia firme de liquidação. A garantia firme de liquidação consiste na obrigação dos Coordenadores de adquirir, no último dia do Período de Colocação, pelo Preço de Distribuição por Ação, a totalidade do saldo resultante da diferença entre (a) o número de Ações objeto da garantia firme de liquidação prestada pelos Coordenadores; e (b) o número de Ações efetivamente colocado no mercado, observado o limite e a proporção da garantia firme de liquidação prestada por cada Coordenador. Tal garantia é vinculante a partir do momento em que for concluído o Procedimento de Coleta de Intenções de Investimento e celebrado o Contrato de Distribuição. Mercados de Negociação ................................ Atualmente as Ações são negociadas no segmento do Novo Mercado da Bovespa sob o código “RENT3”. Fatores de Risco .............................................. Para explicação acerca dos fatores de risco que devem ser considerados cuidadosamente, antes da decisão de investimento nas Ações, ver Seção “VI. Fatores de Risco”. Destinação dos Recursos................................. Os recursos líquidos obtidos na Oferta Primária serão utilizados no curso normal das atividades da Companhia e para quitação de dívidas, conforme detalhado na seção “IX. Destinação dos Recursos”. Informações Adicionais .................................. O pedido de registro da Oferta Pública foi apresentado à CVM em 10 de fevereiro de 2006 e concedido em 20 de abril de 2006, sob os nºs CVM/SRE/REM/2006/013 para a Oferta Primária e sob o nº CVM/SRE/SEC/2006/014 para a Oferta Secundária. Maiores informações sobre a Oferta Pública e sobre o procedimento de reserva, incluindo cópias do Contrato de Distribuição, do Contrato de Estabilização e dos demais documentos e contratos relativos à Oferta Pública poderão ser obtidos com os Coordenadores e com as Instituições Subcontratadas. Ver “III. Informações sobre a Oferta Pública - Informações Adicionais”. 18 CRONOGRAMA ESTIMADO DAS ETAPAS DA OFERTA Data de Realização/ Data Prevista (1) Evento Nº 1 Publicação do Aviso ao Mercado Disponibilização do Prospecto Preliminar 2 Início do Road Show Início do Procedimento de Coleta de Intenções de Investimento 3 Início do Período de Reserva, inclusive para Pessoas Vinculadas 4 Encerramento do Período de Reserva para Pessoas Vinculadas 5 Encerramento do Período de Reserva Encerramento do Road Show Encerramento do Procedimento de Coleta de Intenções de 6 Investimento Fixação do Preço de Distribuição por Ação Assinatura do Contrato de Distribuição das Ações e do Contrato de Facilitação de Colocação 7 Publicação do Anúncio de Início da Distribuição Pública Início do Prazo para Exercício da Opção de Lote Suplementar 9 Início da Negociação das Ações na Bovespa 10 Data de Liquidação da Oferta Pública 11 Final do Prazo para Exercício da Opção de Lote Suplementar 12 Publicação do Anúncio de Encerramento __________ (1) As datas previstas para os eventos futuros são meramente indicativas, e atrasos. 30 de março de 2006 30 de março de 2006 31 de março de 2006 06 de abril de 2006 06 de abril de 2006 07 de abril de 2006 18 de abril de 2006 18 de abril de 2006 19 de abril de 2006 19 de abril de 2006 19 de abril de 2006 20 de abril de 2006 20 de abril de 2006 24 de abril de 2006 26 de abril de 2006 19 de maio de 2006 25 de maio de 2006 estão sujeitas a alterações e A Companhia e os Acionistas Vendedores, em conjunto, podem requerer que a CVM autorize a Companhia modificar ou cancelar a Oferta Pública, caso ocorram alterações posteriores, materiais e inesperadas nas circunstâncias inerentes à Oferta Pública, existentes na data do pedido de registro de distribuição, que resultem em um aumento relevante nos riscos assumidos pela Companhia e/ou pelos Acionistas Vendedores. Adicionalmente, a Companhia e os Acionistas Vendedores podem modificar, a qualquer tempo, a Oferta Pública, a fim de melhorar seus termos e condições para os investidores, conforme disposto no parágrafo 3º, do art. 25 da Instrução CVM 400. Caso o requerimento de modificação das condições da Oferta Pública seja aceito pela CVM, o prazo para distribuição da Oferta Pública poderá ser adiado em até 90 dias, contados da aprovação do pedido de registro. Se a Oferta Pública for cancelada, os atos de aceitação anteriores e posteriores ao cancelamento serão considerados ineficazes. Quaisquer comunicados ao mercado serão informados por meio de publicação de Aviso ao Mercado nos jornais “Gazeta Mercantil”, edição nacional, “Valor Econômico”, edição nacional, e por meio de aviso na página da Companhia na Internet, que é http://www.localiza.com. 19 SUMÁRIO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OPERACIONAIS SELECIONADAS Práticas Contábeis Adotadas no Brasil As tabelas constantes desta seção exibem dados financeiros selecionados, obtidos nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia elaboradas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil. Ver “VIII Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações”, juntamente com as demonstrações financeiras consolidadas auditadas, incluindo as respectivas notas explicativas. As tabelas a seguir também apresentam dados financeiros e operacionais da Companhia que não integram as demonstrações financeiras consolidadas da Companhia. BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2005 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 2004 2003(*) 2002(*) 2001(*) (em milhares de reais) Receitas líquidas de aluguéis e vendas: Aluguel de carros 258.577 185.923 145.217 149.254 132.507 Aluguel e gerenciamento de frotas 141.993 122.440 114.930 113.352 114.909 Venda de carros usados 446.490 301.889 250.315 189.845 150.347 7.804 6.146 5.235 4.935 4.885 854.864 616.398 515.697 457.386 402.648 Franchising Receitas líquidas totais Custos diretos operacionais: Custos de aluguéis (287.657) (201.012) (175.812) (171.582) (146.838) Custo depreciado dos carros usados vendidos (280.827) (180.846) (167.683) (134.702) (108.188) Custos totais (568.484) (381.858) (343.495) (306.284) (255.026) Lucro bruto 286.380 234.540 172.202 151.102 147.622 Despesas operacionais: Com publicidade e vendas (62.931) (46.771) (42.213) (41.904) (38.511) Gerais e administrativas (16.507) (11.293) (8.950) (8.216) (9.679) (5.703) (4.980) (5.795) (4.372) (3.970) 2.315 (1.872) (3.066) (2.406) (954) Despesas totais (82.826) (64.916) (60.024) (56.898) (53.114) Lucro operacional antes dos efeitos financeiros, da 203.554 169.624 112.178 94.204 94.508 (70.904) (25.798) (23.224) (31.187) (52.682) (1.143) (1.143) (1.143) (1.141) (1.353) 168 206 97 (125) 904 (34.736) (40.410) (23.742) (15.666) (10.669) Honorários da Administração Outras amortização do ágio, do imposto de renda e contribuição social e da participação minoritária Despesas financeiras, líquidas Amortização do ágio Resultado não-operacional Imposto de renda e contribuição social Participação minoritária Lucro líquido Lucro por ação Número total de ações – em milhares (**) (219) (136) (106) (115) (11) 96.720 102.343 64.060 45.970 30.697 1,53 1,67 1,04 0,75 0,50 63.302 61.440 61.440 61.440 61.440 ______ (*) Parte das despesas de pessoal classificadas nas demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2001, 2002 e 2003, como despesas operacionais, foram reclassificadas para os custos de aluguéis, de modo a tornarem consistentes e comparáveis com as demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2005. (**) Em 1º de março de 2005, as ações foram desdobradas na proporção de 4 para 1, o lucro por ação e o número de ações no ano de 2004, 2003, 2002 e 2001 considera este desdobramento. 20 DADOS DO BALANÇO PATRIMONIAL Total do ativo Caixa, bancos e aplicações financeiras Clientes Veículos operacionais e destinados à venda Outros ativos Total do passivo e do patrimônio líquido Endividamentos de curto e longo prazos Fornecedores Provisão para contingências Outros passivos Participação minoritária Patrimônio liquido: Capital social Outros 2005 1.084.226 70.758 93.334 814.851 105.283 1.084.226 610.146 39.398 53.210 47.137 BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 (em milhares de reais) 883.355 698.440 592.365 533.757 194.542 223.629 155.442 95.551 54.821 46.899 51.074 50.480 566.057 359.797 320.361 323.793 67.935 68.115 65.488 63.933 883.355 698.440 592.365 533.757 488.439 340.770 318.404 265.287 58.753 81.670 18.818 24.318 52.371 45.727 35.847 27.037 34.666 33.403 61.690 27.333 61 78 17 92 85 178.372 155.902 163.000 93.381 146.970 48.620 129.000 56.801 116.200 39.140 A tabela abaixo apresenta a dívida líquida da Companhia, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003, 2002 e 2001: 2005 Dívida Líquida Endividamentos de curto e longo prazos Caixa, bancos e aplicações financeiras 539.388 610.146 70.758 BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 (em milhares de reais) 293.897 117.141 162.962 169.736 488.439 340.770 318.404 265.287 194.542 223.629 155.442 95.551 A Companhia define dívida líquida como endividamento a curto e longo prazos menos caixa, bancos e aplicações financeiras. O termo “dívida líquida” não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não possui um significado padronizado e não pode ser comparado com qualquer termo similar adotado por outras companhias. A tabela abaixo apresenta a reconciliação do lucro líquido para o EBITDA, de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003, 2002 e 2001: BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2005 Lucro líquido Depreciação de veículos (a) Outras depreciações e amortizações (b) Despesas financeiras, líquidas Resultado não-operacional Imposto de renda e contribuição social Participação minoritária EBITDA(c) Participação do EBITDA nas receitas líquidas 96.720 149.770 7.598 70.904 (168) 34.736 219 359.779 42,1% 2004 2003 (em milhares de reais) 102.343 64.060 93.670 75.145 5.939 4.984 25.798 23.224 (206) (97) 40.410 23.742 136 106 268.090 191.164 43,5% 37,1% 2002 2001 45.970 73.915 4.567 31.187 125 15.666 115 171.545 37,5% 30.697 67.811 4.067 52.682 (904) 10.669 11 165.033 41,0% __________ (a) (b) (c) A depreciação de veículos está computada dentro dos custos diretos operacionais. As outras depreciações e amortizações estão computadas dentro dos custos diretos e despesas operacionais. EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização, do resultado não-operacional e da participação minoritária. O EBITDA não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa um fluxo de caixa para o período apresentado, não deve ser considerado como um lucro líquido alternativo, bem como não é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a definição da Companhia de EBITDA não pode ser comparado com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir a própria performance. Adicionalmente, a Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA com um indicador da performance operacional e do fluxo de caixa da empresa. 21 A tabela abaixo apresenta os investimentos de capital da Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2005 2004 2003 2002 2001 (em milhares de reais) Investimentos de Capital Renovação da frota Aquisição de carros Aquisição de acessórios Receita líquida de venda de carros 489.336 6.631 439.083 9.118 344.737 4.609 295.233 7.777 282.303 6.058 244.025 6.953 208.313 7.291 184.732 5.744 163.560 4.476 150.907 - 47.766 46.336 37.383 25.128 17.129 Aquisição de acessórios 191.478 2.595 141.866 1.897 - - 77.374 2.117 Total crescimento da frota 194.073 143.763 37.383 25.128 79.491 Total 241.839 190.099 37.383 25.128 96.620 Receitas adicionais na venda de carros Líquido para renovação Crescimento da frota Aquisição de carros As tabelas abaixo apresentam alguns dados operacionais da Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2005 2004 2003 2002 2001 15.998 6,1 24.103 3.411.371 58,77% 20.374 24,35 15.691 22,96 11,0 10.979 5,3 19.531 2.413.056 60,61% 17.894 19,96 10.644 19,42 11,6 8.118 6,1 12.590 1.839.388 62,93% 11.432 16,14 11.205 16,68 12,8 9.123 7,0 12.418 2.213.458 67,39% 9.276 15,60 8.737 14,03 13,5 7.988 6,1 12.279 2.134.068 73,99% 10.094 14,59 6.706 14,53 14,1 Dados Operacionais – Aluguel de Carros Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Número de Diárias Taxa de Utilização Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Idade Média dos Carros vendidos BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro Dados Operacionais – Aluguel e gerenciamento de frotas Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Aluguel de Frotas Gerenciamento de frotas Número de Diárias Taxa de Utilização Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Idade Média dos Carros vendidos 2005 2004 2003 2002 2001 9.606 13,6 8.134 16,4 9.148 21,4 10.410 18,9 11.086 15,4 11.762 929 3.350.790 96.90% 5.731 32,25 3.072 25,12 27,7 9.168 625 2.806.440 95,84% 4.288 30,20 5.071 17,24 33,2 9.765 1.584 3.119.460 94,72% 3.630 26,80 4.263 13,25 33,5 22 10.427 12.300 452 148 3.728.610 3.903.540 99,49% 97,81% 2.482 5.270 25,49 17,78 4.594 3.724 13,40 14,36 28,3 25,6 BR GAAP 2005 Dados Operacionais – Consolidado Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Número de Diárias Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Idade Média dos Carros vendidos 25.604 8,7 35.865 6.762.161 26.105 26,08 18.763 23,31 13,6 Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 19.113 10,0 28.699 5.219.496 22.182 21,94 15.715 18,72 18,3 17.266 14,1 22.355 4.958.848 15.062 18,71 15.468 15,73 17,5 2002 2001 19.533 19.074 13,4 10,8 22.845 24.579 5.942.068 6.037.608 11.758 15.364 17,69 15,68 13.331 10.430 13,81 14,47 18,0 18,0 U.S. GAAP As tabelas constantes desta seção exibem dados financeiros selecionados, obtidos nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia elaboradas de acordo com os U.S. GAAP. Ver “VIII. Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações”, juntamente com as demonstrações financeiras consolidadas auditadas, incluindo as respectivas notas explicativas. As tabelas a seguir também apresentam dados financeiros e operacionais da Companhia que não integram as demonstrações financeiras consolidadas da Companhia. 2005 Receitas líquidas de aluguéis e vendas: Aluguel de carros Aluguel e gerenciamento de frotas Venda de carros usados Franchising Receitas líquidas totais Custos e despesas operacionais: Custos de aluguéis Custo depreciado dos carros usados vendidos Tributos incidentes sobre faturamento Vendas Gerais, administrativas e outras Depreciação dos veículos Outras depreciações e amortizações Custos e despesas operacionais totais Lucro operacional antes dos efeitos financeiros, da amortização do ágio, do imposto de renda e contribuição social e da participação minoritária Receitas (despesas) financeiras, líquidas Outras receitas (despesas) não-operacionais, líquidas Imposto de renda e contribuição social Participação minoritária Efeito cumulativo de mudança de principio contábil Lucro líquido Outros resultados compreensivos Lucro compreensivo Lucro por ação básico Número total de ações – em milhares (**) Lucro por ação diluído Número total de ações – em milhares (**) US GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003(*) 2002(*) 2001(*) (em milhares de reais) 271.282 149.221 448.201 8.200 876.904 197.098 127.822 303.010 6.526 634.456 155.291 120.309 250.978 5.456 532.034 (134.710) (354.505) (22.040) (66.629) (21.033) (36.513) (6.456) (641.886) (107.156) (238.807) (18.058) (52.660) (20.173) (18.557) (4.796) (460.207) (97.924) (206.579) (16.337) (42.194) (16.769) (37.222) (3.841) (420.866) 235.018 (84.415) 165 (44.030) (219) 106.519 __ 106.519 1,71 62.151 1,69 62.936 174.249 (43.016) 207 (40.736) (136) 90.568 __ 90.568 1,47 61.440 1,47 61.440 111.168 40.677 97 (46.196) (106) 105.640 475 106.115 1,72 61.440 1,72 61.440 162.595 118.782 190.476 5.111 476.964 144.253 120.229 150.907 5.056 420.445 (94.265) (76.652) (156.270) (118.655) (19.578) (17.795) (42.369) (40.309) (14.706) (12.536) (31.062) (43.995) (3.426) (4.133) (361.676) (314.075) 115.288 (82.814) (125) (5.585) (115) 26.649 (861) 25.788 0,43 61.440 0,43 61.440 106.370 (50.464) 4.475 (16.493) (907) 42.981 11 42.992 0, 69 61.440 0,69 61.440 ______ (*) Parte das despesas de pessoal classificadas nas demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2001, 2002 e 2003, como despesas operacionais, foram reclassificadas para os custos de aluguéis, de modo a tornarem consistentes e comparáveis com a demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2005. (**) Em 1º de março de 2005, as ações foram desdobradas na proporção de 4 para 1, o lucro por ação e o número de ações no ano de 2004, 2003, 2002 e 2001 considera este desdobramento. 23 US GAAP 2005 Total do ativo Caixa, bancos e aplicações financeiras Títulos e valores mobiliários Clientes Veículos operacionais Outros ativos Total do passivo e do patrimônio líquido Endividamentos de curto e longo prazos Fornecedores Provisão para contingências Outros passivos Participação minoritária Patrimônio líquido: Capital social Outros 1.169.532 70.758 93.334 900.237 105.203 1.169.532 610.146 39.398 53.210 72.034 269 194.781 199.694 Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 (em milhares de reais) 863.574 662.403 566.575 129.345 159.264 71.391 11.078 54.821 46.899 51.074 612.150 388.861 350.438 67.258 67.379 82.594 863.574 662.403 566.575 410.550 246.303 279.758 58.753 81.670 18.818 52.371 45.727 35.847 48.388 45.470 37.438 153 17 92 169.723 123.636 153.693 89.523 135.723 58.899 2001 495.891 36.019 16.082 50.480 332.783 60.527 495.891 229.164 24.318 27.037 24.194 85 122.923 68.170 A tabela abaixo apresenta a dívida líquida da Companhia, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: 2005 Dívida Líquida Endividamentos de curto e longo prazos Caixa, bancos, aplicações financeiras e valores mobiliários 539.388 610.146 70.758 Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 (em milhares de reais) 281.205 87.039 197.289 410.550 246.303 279.758 129.345 159.264 82.469 US GAAP 2001 177.063 229.164 52.101 A Companhia define dívida líquida como endividamento a curto e longo prazos menos caixa, bancos e aplicações financeiras. O termo “dívida líquida” não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não possui um significado padronizado e não pode ser comparado com qualquer termo similar adotado por outras companhias. A tabela abaixo apresenta a reconciliação do lucro líquido para o EBITDA, de acordo com os U.S. GAAP, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: US GAAP 2005 Lucro Líquido Depreciação de veículos Outras depreciações e amortizações Despesa de remuneração referente ao Programa de Opções de Compra de Ações Receitas (despesas) financeiras, líquidas Outras receitas (despesas) não-operacionais, líquidas Imposto de renda e contribuição social Efeito acumulado de mudança de práticas contábeis Participação minoritária EBITDA (a) Participação do EBITDA nas receitas líquidas 106.519 36.513 6.456 7.828 84.415 (165) 44.030 219 285.815 32,60% Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 (em milhares de reais) 90.568 105.640 26.649 18.557 37.222 31.062 4.796 3.841 3.426 12.404 43.016 (207) 40.736 136 210.006 33,10% (40.677) (97) 46.196 106 152.231 28,60% 82.814 125 5.585 115 149.776 31,40% 2001 42.981 43.995 4.133 50.464 (4.475) 16.493 907 154.498 36,75% (a) EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização, das despesas com o programa de opções de compra de ações, de outras receitas (despesas) não operacionais, liquidas e da participação minoritária. O EBITDA não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa um fluxo de caixa para o período apresentado não deve ser considerado como um lucro líquido alternativo bem como não é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a definição da Companhia de EBITDA não pode ser comparado com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir a própria performance. Adicionalmente, a Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA com um indicador da performance operacional e do fluxo de caixa da empresa. 24 A tabela abaixo apresenta os investimentos de capital da Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: Investimento de Capital - Aquisição de carros e acessórios .......................... - Receita líquida de venda de carros ....................... Total........................................................................ 2005 690,040 448,201 241,839 US GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 (em milhares de reais) 493,109 288,361 215,604 247,527 303,010 250,978 190,476 150,907 190,099 37,383 25,128 96,620 Investimento de Capital não possui um significado padrão e a definição da Companhia de Investimento de Capital não pode ser comparado com o Investimento de Capital apresentado por outras companhias. As tabelas abaixo apresentam alguns dados operacionais da Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: 2005 Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 US GAAP 2002 2001 Dados Operacionais – Aluguel de Carros Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Número de Diárias Taxa de Utilização Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Receita Média Diária por Carro (R$) Depreciação Média por Carro (R$) Idade Média dos Carros Vendidos 15.998 6,1 24.103 3.411.371 58,77% 20.374 24,35 15.691 22,05 79,52 492,3 11,0 2005 Dados Operacionais – Aluguel e gerenciamento de frotas Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Aluguel de Frotas Gerenciamento de frotas Número de Diárias Taxa de Utilização Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Receita Média Diária por Carro (R$) Depreciação média por carro (R$) Idade média dos carros vendidos 8.118 6,1 12.590 1.839.388 62,93% 11.432 16,14 11.205 16,68 84,43 1.752,3 12,8 9.123 7.988 7,0 6,1 12.418 12.279 2.213.458 2.134.068 67,39% 73,99% 9.276 10.094 15,60 14,59 8.737 6.706 14,04 14,53 73,46 67,60 1.656,2 2.142,5 13,5 14,1 US GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 9.606 13,6 8.134 16,4 9.148 21,4 10.410 18,9 11.086 15,4 11.762 929 3.350.790 96,90% 5.731 32,25 3.072 25,12 44,28 2.981,3 27,7 9.168 625 2.806.440 95,84% 4.288 30,20 5.071 17,24 45,25 1.845,5 33,2 9.765 1.584 3.119.460 94,72% 3.630 26,80 4.263 13,40 38,35 2.513,9 33,5 10.427 452 3.728.610 99,50% 2.482 25,49 4.594 13,50 31,30 1.532,4 28,3 12.300 148 3.903.540 97,81% 5.270 17,78 3.724 14,36 30,80 2.424,8 25,6 2005 Dados Operacionais – Consolidado Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Número de Diárias Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Depreciação Média por Carro (R$) Idade Média dos carros vendidos 10.979 5,3 19.531 2.413.056 60,61% 17.894 19,96 10.644 19,42 81,68 322,9 11,6 25.604 8,7 35.865 6.762.161 26.105 26,08 18.763 23,31 1.426,1 13,6 25 US GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 19.113 10,0 28.699 5.219.496 22.182 21,94 15.715 18,72 970,9 18,3 17.266 14,1 22.355 4.958.848 15.062 18,71 15.468 15,78 2.155,9 17,5 19.533 13,4 22.845 5.942.068 11.758 17,69 13.331 13,86 1.590,3 18,0 2001 19.074 10,8 24.579 6.037.608 15.364 15,68 10.430 14,47 2.306,7 18,0 III. INFORMAÇÕES SOBRE A OFERTA PÚBLICA O capital subscrito e integralizado da Companhia na data deste Prospecto é de R$178.372.545,00, representado por 63.302.500 ações ordinárias nominativas escriturais, sem valor nominal. A Companhia está autorizada a aumentar o capital social, independentemente de deliberação da Assembléia Geral e de reforma estatutária, com emissão de ações até o limite de 18.587.500 novas ações ordinárias, competindo ao Conselho de Administração estabelecer o número de ações ordinárias a serem emitidas, para distribuição no País ou no exterior, sob a forma pública ou privada, o preço e as demais condições da subscrição e integralização. A Companhia possui um plano de opção de compra de ações, destinado aos seus executivos. Os 24 beneficiários do plano possuem 108.500 opções. Na data deste Prospecto, assumindo a colocação da totalidade das Ações, o exercício integral da Opção do Lote Suplementar, o exercício integral das 108.500 opções do Plano de Opções de Compra de Ações, as ações em circulação sofrerão um aumento de 37,74% para 49,99%. Ver “XI – Diluição”. Composição Atual do Capital Social da Companhia Na data deste Prospecto, a composição do capital social é a seguinte: Subscrito/Integralizado (1) Quantidade 63.302.500 63.302.500 Espécie e classe Ordinárias Total:(1) _______________ Valor (R$) (2) 178.372.545 178.372.545 (1) Todas as Ações emitidas foram integralizadas. (2) As ações não têm valor nominal. Após a conclusão da Oferta Pública, a composição do capital social da Companhia será a seguinte, sem considerar as Ações do Lote Suplementar: Subscrito/Integralizado Quantidade 65.873.929 65.873.929 Espécie e classe Ordinárias Total Valor (R$) 191.951.216,13 191.951.216,13 Após a conclusão da Oferta Pública, considerando as Ações do Lote Suplementar, a composição do capital social da Companhia será a seguinte: Subscrito/Integralizado Quantidade 67.127.500 67.127.500 Espécie e classe Ordinárias Total Valor (R$) 198.570.814,94 198.570.814,94 O quadro abaixo indica a quantidade de Ações detidas diretamente pelos acionistas, nesta data, e após a conclusão da Oferta Pública, sem considerar o exercício da Opção do Lote Suplementar: Acionistas José Salim Mattar Júnior Antônio Cláudio Brandão Resende Eugênio Pacelli Mattar Flávio Brandão Resende Na data deste Prospecto Ações 11.823.351 11.823.350 7.882.234 7.882.235 (%) 18,68% 18,68% 12,45% 12,45% Após a Oferta Pública Ações (%) 10.087.637 15,31 10.087.636 15,31 6.725.091 10,21 6.725.092 10,21 Outros Acionistas 23.891.330 37,74% 32.248.473 48,96 Total ............................................................................................... 63.302.500 100% 65.873.929 100,00% 26 O quadro abaixo indica a quantidade de Ações detidas diretamente pelos acionistas, na data deste Prospecto, e após a conclusão da Oferta Pública, assumindo a colocação da totalidade das Ações e o exercício integral da Opção do Lote Suplementar: Na data deste Prospecto Acionistas Após a Oferta Pública Ações (%) Ações (%) José Salim Mattar Júnior 11.823.351 18,68% 10.087.637 15,03 Antônio Cláudio Brandão Resende 11.823.350 18,68% 10.087.636 15,03 7.882.234 12,45% 6.725.091 10,02 Eugênio Pacelli Mattar Flávio Brandão Resende 7.882.235 12,45% 6.725.092 10,02 Outros Acionistas 23.891.330 37,74% 33.502.044 49,90 Total ............................................................................................... 63.302.500 100% 67.127.500 100% Características Descrição da Oferta Pública A Oferta Pública compreende a distribuição pública primária de, inicialmente, 2.571.429 Ações, e secundária de 5.785.714 Ações de titularidade dos Acionistas Vendedores, de emissão da Companhia. A Oferta Pública será realizada no Brasil, em mercado de balcão não-organizado, nos termos da Instrução CVM 400. Simultaneamente à distribuição pública das Ações no Brasil, serão realizados pelos Agentes de Colocação Internacional, na qualidade de agentes dos Coordenadores, esforços de colocação das Ações a investidores institucionais qualificados, com base na isenção de registro prevista pela Regra 144A, e a non U.S. persons, nos demais países (exceto nos Estados Unidos da América e no Brasil), com base no Regulamento S, ambos do Securities Act. Os investidores institucionais qualificados e non U.S. persons, aos quais serão conduzidos esforços de colocação no exterior, deverão ser registrados na CVM, nos termos previstos na Instrução CVM 325 e na Resolução CMN 2.689. As Ações objeto de esforços de colocação no exterior pelos Agentes de Colocação Internacionais serão obrigatoriamente subscritas/adquiridas, liquidadas e pagas em moeda corrente nacional. A quantidade total de Ações poderá ainda ser acrescida de um lote suplementar de até 1.253.571 Ações do Lote Suplementar, representando até 15% das Ações ofertadas, compreendendo novas Ações a serem emitidas pela Companhia, mediante o exercício da Opção do Lote Suplementar, que poderá ser exercida no prazo de até 30 (trinta) dias a contar da data de publicação do Anúncio de Início. Quantidade, Valor, Classe e Espécie dos Valores Mobiliários Na hipótese de as Ações do Lote Suplementar não serem distribuídas: Ofertante Distribuição Primária Companhia Distribuição Secundária José Salim Mattar Júnior Antônio Cláudio Brandão Resende Eugênio Pacelli Mattar Flávio Brandão Resende Total Quantidade 2.571.429 Preço de distribuição por ação (R$) 41,00 Montante (R$) 105.428.589,00 Recursos líquidos (R$) 101.475.016,91 5.785.714 1.735.714 1.735.714 1.157.143 1.157.143 8.357.143 41,00 41,00 41,00 41,00 41,00 41,00 237.214.274,00 71.164.274,00 71.164.274,00 47.442.863,00 47.442.863,00 342.642.863,00 228.318.738,73 68.495.613,73 68.495.613,73 45.663.755,64 45.663.755,64 329.793.755,64 27 Na hipótese de as Ações do Lote Suplementar serem distribuídas: Ofertante Distribuição Primária Companhia Distribuição Secundária José Salim Mattar Júnior Antônio Cláudio Brandão Resende Eugênio Pacelli Mattar Flávio Brandão Resende Total Preço de distribuição por Montante (R$) ação (R$) 41,00 156.825.000,00 Quantidade 3.825.000 5.785.714 1.735.714 1.735.714 1.157.143 1.157.143 9.610.714 41,00 237.214.274,00 41,00 71.164.274,00 41,00 71.164.274,00 41,00 47.442.863,00 41,00 47.442.863,00 41,00 394.039.274,00 Recursos líquidos (R$) 150.944.062,50 228.318.738,73 68.495.613,73 68.495.613,73 45.663.755,64 45.663.755,64 379.262.801,23 Preço de Distribuição O Preço de Distribuição será fixado após (i) a efetivação dos Pedidos de Reserva (conforme definição abaixo) e (ii) a conclusão do Procedimento de Coleta de Intenções de Investimento com os Investidores Institucionais, realizado no Brasil pelos Coordenadores da Oferta, em ambos os casos em consonância com o disposto no artigo 170, § 1º, III da Lei 6.404/76 e com o disposto no art. 44 da Instrução CVM 400. Os Investidores NãoInstitucionais que aderirem à Oferta Pública não participarão do Procedimento de Coleta de Intenções de Investimento e, portanto, do processo de fixação do Preço de Distribuição das Ações. Preço (R$) 41,00 342.642.863,00 Comissões (R$) 1,54 12.849.107,36 Por Ação Ordinária Total ________________ (1) Sem levar em conta as Ações do Lote Suplementar. Recursos líquidos para a Companhia (1) (R$) 39,46 329.793.755,64 Custos de Distribuição Os custos de distribuição da Oferta Pública serão divididos entre a Companhia e os Acionistas Vendedores na proporção das Ações distribuídas. Abaixo segue descrição dos custos relativos à Oferta Pública: Comissões e Taxa Custo % em relação Unitário de ao Custo ao Valor Valor Distribuição Unitário de Total da Oferta (R$) (R$) Distribuição Pública (1) % em Relação Comissão de Coordenação 2.055.857,18 0,25 16% 0,60% Comissão de Colocação 6.167.571,53 0,74 48% 1,80% Comissão de Garantia Firme de Liquidação 2.055.857,18 0,25 16% 0,60% Comissão de Incentivo 2.569.821,47 0,31 20% 0,75% 12.849.107,36 1,54 100% 3,75% Total de Comissões Despesas de Registro e Listagem da Oferta Pública Despesas com consultores legais (2) 165.740,00 0,02 6,10% 0,05% 1.150.000,00 0,14 42,35% 0,34% Despesas com auditores (3) 200.000,00 0,02 7,36% 0,06% Despesas com publicidade e outras despesas da Oferta (3) 1.200.000,00 0,14 44,19% 0,35% Total 2.715.740,00 0,33 100,0% 0,79% ________ (1) Sem levar em consideração o exercício integral da Opção de Ações Suplementares e levando em consideração a distribuição total das Ações inicialmente ofertadas. (2) Despesas estimadas dos consultores legais da Companhia, dos Acionistas Vendedores, dos Coordenadores e da Oferta, para o direito brasileiro e para o direito dos Estados Unidos da América (ver “Identificação da Companhia, Acionistas Vendedores, Coordenadores, Consultores e Auditores – Consultores Legais”). (3) Custos estimados. 28 Aprovações Societárias O Conselho de Administração da Companhia, em reunião realizada em 27 de março de 2006, aprovou o aumento do capital da Companhia mediante a emissão das Ações da Oferta Primária, com a possibilidade de emissão das Ações do Lote Suplementar, com exclusão do direito de preferência dos atuais acionistas, nos termos do artigo 172 da Lei nº 6.404, para colocação por meio da Oferta Primária, cuja ata foi publicada nos jornais “Gazeta Mercantil”, edição nacional, “Hoje em Dia” de Belo Horizonte e no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, em 6 de abril de 2006. O preço por Ação foi fixado pelo Conselho de Administração da Companhia, em reunião realizada em 19 de abril de 2006, imediatamente após a conclusão do Procedimento de Coleta de Intenções de Investimento, cuja ata será publicada nos jornais “Gazeta Mercantil”, edição nacional, em 20 de abril de 2006, data de publicação do Anúncio de Início, “Hoje em Dia” de Belo Horizonte e no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, no dia seguinte à na data de publicação do Anúncio de Início. Reserva de Capital Do preço de emissão de cada ação da Oferta Primária, o Conselho discutiu e aprovou a destinação de R$ 5,280593 à conta de capital social e R$ 35,719407 à reserva de capital, em conta de ágio na subscrição de ações, na forma do parágrafo único do artigo 14 da Lei 6.404/76, de forma que, do total da Oferta Primária, R$ 13.578.671,13 (treze milhões, quinhentos e setenta e oito mil, seiscentos e setenta e um reais e treze centavos) serão destinados à conta de capital social e R$ 91.849.917,87 (noventa e um milhões, oitocentos e quarenta e nove mil, novecentos e dezessete reais e oitenta e sete centavos) serão destinados à reserva de capital, em conta de ágio na subscrição de ações. Público-Alvo da Oferta Pública As Ações serão ofertadas a Investidores Não-Institucionais e a Investidores Institucionais. Os Coordenadores, em conjunto com as Instituições Participantes da Oferta, realizarão a distribuição das Ações, em regime de garantia firme de liquidação não solidária, nos termos da Instrução CVM 400, e conforme previsto no Contrato de Distribuição, por meio da Oferta de Varejo e da Oferta Institucional (ver “– Contrato de Distribuição”). A Oferta Institucional será realizada aos Investidores Institucionais. Observados os limites previstos em “- Procedimentos da Oferta Pública”, a Oferta de Varejo será realizada aos Investidores Não-Institucionais. Cronograma da Oferta Pública Ver “II. Sumário”. Procedimentos da Oferta Pública Após o encerramento do Período de Reserva, a conclusão do Procedimento de Coleta de Intenções de Investimentos, a concessão do registro da Oferta Pública pela CVM, a publicação do Anúncio de Início e a disponibilização do Prospecto Definitivo, as Instituições Participantes da Oferta efetuarão a colocação pública das Ações, por meio da Oferta de Varejo e da Oferta Institucional, sendo que a Oferta Institucional será realizada exclusivamente pelos Coordenadores, observado o disposto na Instrução CVM 400 e o esforço de dispersão acionária previsto no Regulamento do Novo Mercado. 29 O montante de, pelo menos, 10% das Ações, excluindo as Ações do Lote Suplementar, será destinado prioritariamente a Investidores Não-Institucionais que fizerem reservas, irrevogáveis e irretratáveis, por meio de instrumento de reserva de Ações (“Pedido de Reserva”), observada a condição de eficácia disposta no subitem (iii) abaixo e exceto pelo disposto no sub-item (xi) deste item: (i) foi concedido aos Investidores Não-Institucionais o prazo de 8 dias úteis, iniciado em 6 de abril de 2006 e encerrado em 18 de abril de 2006, inclusive (“Período de Reserva”), para a realização dos respectivos Pedidos de Reserva, nas condições descritas abaixo; (ii) os Investidores Não-Institucionais que sejam (a) administradores ou controladores da Companhia, (b) administradores ou controladores das Instituições Participantes da Oferta, e (c) outras pessoas vinculadas à Oferta Pública, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o segundo grau de cada uma das pessoas referidas nos itens (a), (b) e (c) (“Pessoas Vinculadas”) tiveram que realizar seus Pedidos de Reserva entre o dia 6 e 7 de abril de 2006, ou seja, pelo menos 7 dias úteis antes da conclusão do Procedimento de Coleta de Intenções de Investimento. Deste modo, qualquer Pedido de Reserva efetuado por esses investidores após o encerramento do Período de Reserva para Pessoas Vinculadas foi cancelado pela Instituição Participante da Oferta que recebeu o respectivo Pedido de Reserva; (iii) cada Investidor Não-Institucional somente pôde efetuar Pedido de Reserva em uma única Corretora Consorciada, observado o valor mínimo de investimento de R$3.000,00 e o valor máximo de investimento de R$300.000,00 por Investidor Não-Institucional (“Valor Mínimo” e “Valor Máximo”, respectivamente), sem a necessidade de depósito prévio do valor do investimento pretendido. Tais Investidores Não-Institucionais puderam estipular no Pedido de Reserva como condição de sua eficácia um preço máximo por Ação, conforme previsto no parágrafo 3º do art. 45 da Instrução CVM 400. Os Pedidos de Reserva realizados pelos Investidores Não-Institucionais que estipularam, como condição de sua eficácia um preço máximo por Ação inferior ao Preço de Distribuição, foram automaticamente cancelados pela corretora consorciada com a qual o Pedido de Reserva tenha sido realizado; (iv) recomendou-se aos Investidores Não-Institucionais verificarem com a Corretora Consorciada de sua preferência, antes de realizarem seus Pedidos de Reserva, se esta, a seu exclusivo critério, exigiu manutenção de recursos em conta de investimento aberta e/ou mantida em tal Corretora Consorciada, para fins de garantia do Pedido de Reserva; (v) recomendou-se aos Investidores Não-Institucionais interessados na efetivação do Pedido de Reserva a leitura cuidadosa dos termos e condições estipulados nos Pedidos de Reserva, especialmente no que diz respeito aos procedimentos relativos à liquidação da Oferta Pública, assim como as informações constantes deste Prospecto; (vi) cada Corretora Consorciada deverá informar a quantidade de Ações a serem subscritas/adquiridas e o correspondente valor do investimento ao Investidor Não-Institucional que com ela tenha realizado Pedido de Reserva, até às 16:00 horas do dia seguinte à data de publicação do Anúncio de Início, por meio de seu endereço eletrônico ou, na sua ausência, por telefone ou correspondência, sendo o pagamento limitado ao valor do Pedido de Reserva, ressalvada a possibilidade de rateio, conforme previsto no item (x) abaixo; (vii) o Investidor Não-Institucional deverá efetuar o pagamento do valor indicado conforme item (vi) acima à Corretora Consorciada com a qual tenha realizado seu Pedido de Reserva, em recursos imediatamente disponíveis, até às 10:30 horas da Data de Liquidação (conforme definido abaixo). Ressalvado o disposto no sub-item (xi) abaixo, não havendo pagamento pontual, o Pedido de Reserva será automaticamente cancelado pela Corretora Consorciada junto à qual o Pedido de Reserva tenha sido realizado; 30 (viii) na Data de Liquidação, cada corretora consorciada com a qual o Pedido de Reserva for realizado entregará a cada Investidor Não-Institucional, que com ela tiver feito seu Pedido de Reserva, o número de Ações correspondente à relação entre o valor constante do Pedido de Reserva e o Preço de Distribuição, desconsiderando-se, para tanto, as frações de ações; (ix) caso a totalidade dos Pedidos de Reserva realizados por Investidores Não-Institucionais seja igual ou inferior ao montante de 10% das Ações, sem considerar as Ações do Lote Suplementar, não haverá rateio, sendo todos os Investidores Não-Institucionais integralmente atendidos em todas as suas reservas e as eventuais sobras no lote ofertado aos Investidores Não-Institucionais serão destinadas aos Investidores Institucionais; (x) caso a totalidade dos Pedidos de Reserva seja superior ao montante de 10% das Ações, sem considerar as Ações do Lote Suplementar, será realizado o rateio de tais Ações entre todos os Investidores NãoInstitucionais que aderirem à Oferta de Varejo, sendo que (a) até o limite de R$5.000,00, inclusive, o critério de rateio será a divisão igualitária e sucessiva das Ações destinadas à Oferta de Varejo entre todos os Investidores Não-Institucionais, limitada ao valor individual de cada Pedido de Reserva e ao valor total de Ações destinadas à Oferta de Varejo; e (b) uma vez atendido o critério descrito na alínea (a) acima, as Ações destinadas à Oferta de Varejo remanescentes serão rateadas proporcionalmente ao valor do Pedido de Reserva entre todos os Investidores Não-Institucionais, desconsiderando-se, entretanto, em ambos os casos, as frações de Ações. Opcionalmente, os Coordenadores, de comum acordo com a Companhia e os Acionistas Vendedores, poderão determinar que a quantidade de Ações destinadas à Oferta de Varejo poderá ser aumentada para que os pedidos excedentes possam ser total ou parcialmente atendidos, sendo que, no caso de atendimento parcial, serão observados os critérios de rateio descritos anteriormente; (xi) conforme disposto no art. 27 da Instrução CVM 400, em qualquer caso, exclusivamente na hipótese de modificação da Oferta Pública resultante de verificação de divergência relevante entre as informações constantes do Prospecto Preliminar e as informações constantes do Prospecto Definitivo que altere substancialmente o risco assumido pelo Investidor Não-Institucional, ou a sua decisão de investimento, os Investidores Não-Institucionais que já tiverem aderido à Oferta Pública deverão ser comunicados diretamente a respeito de tal modificação, o que poderá ocorrer por meio de publicação de aviso ao mercado nos jornais Valor Econômico e Gazeta Mercantil, para que confirmem o interesse em manter a declaração de aceitação dos termos da Oferta Pública, presumida a manutenção em caso de silêncio; e (xii) na hipótese de não se dar início à Oferta Pública, ou de não haver a conclusão da Oferta Pública, ou no caso de resilição do Contrato de Distribuição, abaixo definido, ou, ainda, em qualquer outra hipótese de devolução do Pedido de Reserva em função de expressa disposição legal, os Pedidos de Reserva serão automaticamente cancelados e o Coordenador Líder comunicará o cancelamento da Oferta Pública por meio de publicação de aviso ao mercado aos Investidores Não-Institucionais que houverem efetuado Pedidos de Reserva. Nesse caso, deverão ser restituídos integralmente aos Investidores NãoInstitucionais os valores eventualmente dados em contrapartida às Ações, sem juros ou correção monetária, em até 5 dias úteis da data de sua divulgação ao mercado, conforme disposto no art. 26 da Instrução CVM 400. Em virtude das disposições da Medida Provisória 281, de 15 de fevereiro de 2006, que reduziu para zero a alíquota da Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Crédito e Direitos de Natureza Financeira ("CPMF") incidente nos lançamentos a débito em conta corrente de depósito para liquidação financeira em Oferta Pública, na hipótese de a Medida Provisória em referência vir a ser rejeitada, deixar de ser convertida em lei, ou por qualquer outra razão a alíquota da CPMF vir a ser elevada antes da data liquidação financeira da Oferta, e cumulativamente ocorrer a não conclusão da Oferta, a resilição do Contrato de Distribuição, ou a desistência dos Pedidos de Reserva, os valores depositados ou pagos serão devolvidos sem reembolso da quantia relativa à CPMF. 31 Os Coordenadores, com a expressa anuência da Companhia e dos Acionistas Vendedores, elaboraram plano de distribuição das Ações, nos termos do parágrafo 3º, do art. 33 da Instrução CVM 400, o qual leva em conta suas relações com clientes e outras considerações de natureza comercial ou estratégica dos Coordenadores da Companhia e dos Acionistas Vendedores, observado que os Coordenadores deverão assegurar a adequação do investimento ao perfil de risco de seus clientes, bem como o tratamento justo e eqüitativo aos investidores e ainda realizar os melhores esforços de dispersão acionária, conforme disposto no Regulamento do Novo Mercado, que prevê as práticas diferenciadas de governança corporativa que devem ser adotadas por companhias com ações listadas neste segmento diferenciado da Bovespa. As Ações, após o atendimento dos Pedidos de Reserva dos Investidores Não-Institucionais, serão destinadas à colocação pública aos Investidores Institucionais, não tendo sido admitidas para tais Investidores Institucionais reservas antecipadas e inexistindo valores mínimos ou máximos de investimento. Caso o número de Ações objeto de ordens recebidas de Investidores Institucionais durante o Procedimento de Coleta de Intenções de Investimentos, na forma do art. 44 da Instrução CVM 400, exceda o total de Ações remanescentes após o atendimento nos termos e condições acima descritos dos Pedidos de Reserva dos Investidores Não-Institucionais, terão prioridade no atendimento de suas respectivas ordens os Investidores Institucionais que, a critério dos Coordenadores, com a anuência da Companhia e dos Acionistas Vendedores, melhor atendam ao objetivo da Oferta Pública de criar uma base diversificada de acionistas formada por Investidores Institucionais com diferentes critérios de avaliação sobre as perspectivas, ao longo do tempo, da Companhia, seu setor de atuação e a conjuntura macroeconômica brasileira e internacional. Os Investidores Institucionais deverão realizar a subscrição/aquisição das Ações mediante o pagamento à vista, em moeda corrente nacional, no ato da subscrição/aquisição. Prazo A data de início da Oferta Pública será divulgada mediante a publicação do Anúncio de Início, em conformidade com o previsto no parágrafo único do art. 52 da Instrução CVM 400. A liquidação física e financeira da Oferta Pública, observado o disposto no item abaixo, deverá ser realizada dentro do prazo de até 3 dias úteis, contado da data de publicação do Anúncio de Início (“Data de Liquidação”). Caso as Ações que tenham sido alocadas não sejam totalmente liquidadas no prazo de até 3 dias úteis, contado a partir da data da publicação do Anúncio de Início, os Coordenadores subscreverão/adquirirão, pelo preço indicado no Anúncio de Início, ao final de tal prazo, a totalidade do saldo resultante da diferença entre o número de Ações objeto da garantia firme de liquidação por eles prestada e o número de Ações efetivamente colocadas no mercado e liquidadas pelos investidores que as subscreveram/adquiriram, observado o limite da garantia firme de liquidação prestada de forma individual e não solidária por cada um dos Coordenadores. Em caso de exercício da garantia firme de liquidação e posterior revenda das Ações ao público pelos Coordenadores durante o Prazo da Distribuição (conforme definido abaixo), o preço de revenda será o preço de mercado das Ações, até o limite máximo do Preço de Distribuição por Ação, ressalvada a atividade de estabilização realizada nos termos do Contrato de Estabilização. O prazo de distribuição das Ações é de até seis meses, contados a partir da data de publicação do Anúncio de Início ou até a data da publicação do Anúncio de Encerramento da Distribuição Pública Primária e Secundária de Ações Ordinárias de emissão da Companhia, se este ocorrer primeiro (“Prazo de Distribuição”), conforme previsto no art. 18 da Instrução CVM 400. Não serão negociados recibos de subscrição durante o Prazo de Distribuição. O investimento em ações representa um investimento de risco, visto que é um investimento em renda variável e, assim, investidores que pretendam investir nas Ações estão sujeitos à volatilidade do mercado de capitais. Ainda assim, não há nenhuma classe ou categoria de investidor que esteja proibida por lei de subscrever/adquirir as Ações. Para maiores informações, veja a Seção “VI. Fatores de Risco”. 32 Contrato de Distribuição A Companhia celebrou com os Acionistas Vendedores, os Coordenadores e a CBLC (como intervenienteanuente), o Contrato de Distribuição. De acordo com os termos do Contrato de Distribuição, os Coordenadores concordarão em distribuir, inicialmente, em regime de garantia firme de liquidação não solidária, a totalidade das Ações, de acordo com as quantidades de ações indicadas na tabela abaixo: Número de Ações Coordenador Líder 4.178.572 Credit Suisse 4.178.571 Total: 8.357.143 Nos termos do Placement Facilitation Agreement, celebrado na mesma data de celebração do Contrato de Distribuição, os Agentes de Colocação Internacionais realizarão, exclusivamente no exterior, esforços de colocação das Ações a investidores institucionais qualificados, conforme definição da Rule 144A do Securities Act, e, nos demais países, exceto nos Estados Unidos da América e no Brasil, a non U.S. persons conforme definição da Regulation S do Securities Act. As Ações que forem objeto de esforços de colocação no exterior pelos Agentes de Colocação Internacional serão obrigatoriamente subscritas/adquiridas, liquidadas e pagas aos Coordenadores, em moeda corrente nacional no Brasil. O Contrato de Distribuição e o Placement Facilitation Agreement estabelecem que a obrigação dos Coordenadores e dos Agentes de Colocação Internacionais efetuarem o pagamento pelas Ações está sujeita a determinadas condições, como (i) a entrega de opiniões legais por seus assessores jurídicos; (ii) a assinatura de compromissos de restrição à negociação de ações ordinárias pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores; e (iii) a emissão de carta de conforto pelos auditores independentes da Companhia relativa às demonstrações financeiras consolidadas e demais informações financeiras da Companhia contidas neste Prospecto. De acordo com o Contrato de Distribuição e o Placement Facilitation Agreement, a Companhia e os Acionistas Vendedores se obrigam a indenizar os Coordenadores e os Agentes de Colocação Internacional em certas circunstâncias e contra determinadas contingências. As Ações estão sendo ofertadas pelas Instituições Participantes da Oferta e pelos Agentes de Colocação Internacionais pelo Preço de Distribuição. Informações sobre a Garantia Firme de Liquidação A garantia firme de liquidação consiste na obrigação individual e não solidária de cada um dos Coordenadores de subscrever/adquirir, na Data de Liquidação, pelo Preço de Distribuição, a quantidade de Ações objeto da Oferta Pública (que inclui a Oferta de Varejo e a Oferta Institucional) até o limite referido no Contrato de Distribuição indicado acima. Esta garantia será vinculante a partir do momento em que for concluído o Procedimento de Coleta de Intenções de Investimentos e assinado o Contrato de Distribuição. Caso a totalidade das Ações não tenha sido totalmente subscrita/adquirida no prazo de até 3 dias úteis, contados da data de publicação do Anúncio de Início, os Coordenadores subscreverão/adquirirão, pelo Preço de Distribuição, a totalidade do saldo resultante da diferença (a) entre o número de Ações objeto da garantia firme de liquidação prestada pelos Coordenadores; e (b) o número de Ações efetivamente colocado no mercado, observado o limite e a proporção da garantia firme de liquidação prestada por cada um dos Coordenadores. Restrições à Negociação de Ações A Companhia e os Acionistas Vendedores celebraram Acordos de Não Disposição, através dos quais concordam que não irão vender, transferir ou onerar quaisquer ações ordinárias no prazo de 180 dias a contar da data da publicação do Anúncio de Início de Oferta Pública sem o consentimento prévio por escrito dos Coordenadores. Adicionalmente, de acordo com as regras do Novo Mercado, os administradores da Companhia e os Acionistas Vendedores, até maio de 2006, não podem vender ou ofertar à venda mais do que 40% de ações de emissão da Companhia de sua titularidade, ou derivativos lastreados nestas ações. 33 Especificamente, a Companhia e os controladores concordam, sujeita a determinadas exceções, que não irão, direta ou indiretamente: • oferecer, vender, comprometer-se a vender ou onerar quaisquer ações ordinárias emitidas pela Companhia; • conceder no exercício de opção de compra ou de qualquer outra forma dispor ou comprometer-se a dispor, direta ou indiretamente, de ações ordinárias emitidas pela Companhia, ou de qualquer outro título que constitua direito de receber indiretamente ações ordinárias, ou de qualquer outro título conversível em, permutável por, ou que outorgue direito de subscrição de ações no prazo de até 180 dias; • solicitar ou requerer que a Companhia arquive um pedido de registro junto à CVM de oferta ou venda de ações ordinárias emitidas pela Companhia; ou • celebrar qualquer instrumento ou outros acordos que transfiram a outra pessoa, no todo ou em parte, de qualquer forma, qualquer dos direitos patrimoniais relativos a ações ordinárias da Companhia, independentemente de qualquer destas operações serem efetivamente liquidadas mediante a entrega de ações ordinárias, ou quaisquer outros valores mobiliários, em dinheiro, ou de outra forma, exceto no que diz respeito ao empréstimo de 200.000 ações concedidas ao Pactual por Eugênio Pacelli Mattar. Estas disposições de restrição de venda de ações aplicam-se a ações ordinárias e a valores mobiliários conversíveis em, permutáveis por, ou que admitam pagamento mediante entrega de ações. Estabilização do Preço das Ações O Credit Suisse, por intermédio de sua Corretora, poderá realizar atividades de estabilização do preço das ações ordinárias, no prazo de até 30 dias, a contar da data de publicação do Anúncio de Início, por meio de operações de compra e venda de ações ordinárias de emissão da Companhia, observadas as disposições legais aplicáveis e o disposto no “Instrumento Particular de Contrato de Prestação de Serviços de Estabilização de Preço das Ações Ordinárias de Emissão da Companhia” (“Contrato de Estabilização”), o qual está sujeito á aprovação pela Bovespa e pela CVM antes da publicação do Anúncio de Início. Não existe obrigação por parte da corretora de realizar as operações de estabilização previstas no Contrato de Estabilização e, uma vez iniciadas, tais operações poderão ser descontinuadas a qualquer momento. As atividades de estabilização poderão vir a não ser realizadas, devendo tal fato ser informado à BOVESPA, no caso da ocorrência de qualquer das seguintes condições: (i) se não for constatado excesso de demanda na Oferta Pública, ou (ii) a Credit Suisse (Brasil) Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. não dispuser de recursos por conta da colocação de Ações do Lote Suplementar suficientes para a realização das atividades de estabilização. As atividades de estabilização poderão, nos termos do Contrato de Estabilização, não ser realizadas todos os dias durante o prazo estabelecido de 30 dias. Direitos, Vantagens e Restrições das Ações As Ações garantem aos seus titulares os seguintes direitos: • direito de voto nas Assembléias Gerais da Companhia; • direito ao dividendo mínimo obrigatório, em cada exercício social, equivalente a 25% do lucro líquido ajustado nos termos do art. 202 da Lei 6.404/76 (ver “XXI. Dividendos”); 34 • em caso de alienação a título oneroso do controle da Companhia, tanto por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas, direito de alienação de suas ações nas mesmas condições asseguradas ao acionista controlador alienante; • todos os demais direitos assegurados às Ações, nos termos previstos no Regulamento do Novo Mercado, no Estatuto Social da Companhia e na Lei 6.404/76; e • ao recebimento integral de dividendos e demais proventos de qualquer natureza que vierem a ser declarados pela Companhia a partir da Data de Liquidação. Admissão à Negociação de Ações As ações da Companhia são admitidas à negociação na Bovespa sob o símbolo “RENT3”. Para maiores informações sobre a negociação das Ações na Bovespa, consulte uma sociedade corretora de valores mobiliários autorizada a operar na Bovespa. A Companhia aderiu ao Novo Mercado em 23 de maio de 2005. Não será realizado nenhum registro da Oferta Pública ou das Ações na SEC ou em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer outro país, exceto o Brasil. Alteração das Circunstâncias, Revogação ou Modificação A Companhia e os Acionistas Vendedores, em conjunto, poderão requerer que a CVM autorize a modificar ou cancelar a Oferta Pública, caso ocorram alterações posteriores, materiais e inesperadas nas circunstâncias inerentes à Oferta Pública, existentes na data do pedido de registro de distribuição, que resultem em um aumento relevante nos riscos assumidos pela Companhia e/ou pelos Acionistas Vendedores. Adicionalmente, a Companhia e os Acionistas Vendedores podem modificar, a qualquer tempo, a Oferta Pública, a fim de melhorar seus termos e condições para os investidores, conforme disposto no parágrafo 3º, do art. 25 da Instrução CVM 400. Caso o requerimento de modificação das condições da Oferta Pública seja aceito pela CVM, o prazo para distribuição da Oferta Pública poderá ser adiado em até 90 dias, contados da aprovação do pedido de registro. Se a Oferta Pública for cancelada, os atos de aceitação anteriores e posteriores ao cancelamento serão considerados ineficazes. A revogação ou qualquer modificação da Oferta Pública será imediatamente divulgada por meio dos jornais “Gazeta Mercantil”, edição nacional, e “Valor Econômico”, edição nacional, veículos também usados para divulgação do Aviso ao Mercado e do Anúncio de Início, conforme disposto no art. 27 da Instrução CVM 400 (“Anúncio de Retificação”). Após a publicação do Anúncio de Retificação, os Coordenadores só aceitarão ordens no Procedimento de Coleta de Intenções de Investimentos e Pedidos de Reserva daqueles investidores que se declararem cientes dos termos do Anúncio de Retificação. Os investidores que já tiverem aderido à Oferta Pública serão considerados cientes dos termos do Anúncio de Retificação quando, passados 5 dias úteis de sua publicação, não revogarem expressamente suas ordens no Procedimento de Coleta de Intenções de Investimentos ou seus Pedidos de Reserva. Nesta hipótese, as Instituições Participantes da Oferta presumirão que os investidores pretendem manter a declaração de aceitação. Em qualquer hipótese, a revogação torna ineficazes a Oferta Pública e os atos de aceitação anteriores ou posteriores, devendo ser restituídos integralmente aos investidores aceitantes os valores dados em contrapartida às Ações, sem qualquer acréscimo, conforme disposto no art. 26 da Instrução CVM 400. Suspensão e Cancelamento da Oferta Pública Nos termos do art. 19 da Instrução CVM 400, a CVM (a) poderá suspender ou cancelar, a qualquer tempo, uma oferta que: (i) esteja se processando em condições diversas das constantes da Instrução CVM 400 ou do registro; ou (ii) tenha sido havida por ilegal, contrária à regulamentação da CVM ou fraudulenta, ainda que após obtido o respectivo registro; e (b) deverá suspender qualquer oferta quando verificar ilegalidade ou violação de regulamento sanáveis. O prazo de suspensão de uma oferta não poderá ser superior a 30 (trinta) dias, durante o qual a irregularidade apontada deverá ser sanada. Findo tal prazo sem que tenham sido sanados os vícios que determinaram a suspensão, a CVM deverá ordenar a retirada da referida oferta e cancelar o respectivo registro. 35 A suspensão ou o cancelamento da Oferta Pública será informado aos investidores que já tenham aceitado a Oferta Pública, sendo-lhes facultado, na hipótese de suspensão, a possibilidade de revogar a aceitação até o 5º (quinto) dia útil posterior ao recebimento da respectiva comunicação. Todos os investidores que já tenham aceitado a Oferta Pública, na hipótese de seu cancelamento e os investidores que tenham revogado a sua aceitação, na hipótese de suspensão, conforme previsto acima, terão direito à restituição integral dos valores dados em contrapartida às Ações, conforme o disposto no parágrafo único do art. 20 da Instrução CVM 400, no prazo de 3 dias úteis, sem qualquer remuneração ou correção monetária. Relacionamento entre a Companhia, os Acionistas Vendedores e os Coordenadores Contratados Relacionamento entre a Companhia e o Coordenador Líder Adicionalmente à Oferta Pública, o Coordenador Líder e/ou sociedades de seu conglomerado econômico não mantêm relacionamento comercial com a Companhia. No futuro, o Coordenador Líder e/ou sociedades de seu conglomerado econômico poderão prestar serviços de banco de investimento à Companhia, consultoria financeira e outros serviços similares, pelos quais receberão comissão. Relacionamento entre os Acionistas Vendedores e o Coordenador Líder Além da Oferta Pública, o Coordenador Líder e/ou sociedades de seu conglomerado econômico mantêm relacionamento comercial com os Acionistas Vendedores prestando serviços de banco de investimento, gestão e administração de fundos de investimentos, consultoria financeira e outros serviços similares, pelos quais recebe comissão. O Coordenador Líder e/ou sociedades de seu conglomerado atuam ainda como formadores de mercado das ações ordinárias da Companhia, recebendo remuneração pelos serviços prestados. Relacionamento entre a Companhia e o Credit Suisse Além das operações relacionadas com a Oferta Pública, o Credit Suisse mantém relacionamento comercial com a Companhia de acordo com as práticas usuais de mercado. No futuro, o Credit Suisse e/ou sociedades de seu conglomerado econômico poderão prestar serviços de banco de investimento à Companhia, consultoria financeira e outros serviços similares, pelos quais pretendem receber comissão. Relacionamento entre os Acionistas Vendedores e o Credit Suisse Exceção feita à Oferta Pública, o Credit Suisse e/ou sociedades de seu conglomerado econômico não mantêm relacionamento comercial com os Acionistas Vendedores prestando serviços de banco de investimento, consultoria financeira e outros serviços similares, pelos quais pretendem receber comissão. Relacionamento entre a Companhia e o HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo Exceção feita à Oferta Pública, o HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo e/ou sociedades de seu conglomerado econômico mantêm relacionamento comercial com a Companhia. O HSBC Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo e/ou sociedades de seu conglomerado econômico prestam à Companhia serviços de banco de investimento, custódia e mercado de capitais, pelos quais recebem comissão. O HSBC Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo e/ou sociedades de seu conglomerado econômico também mantêm linhas de crédito de capital de giro e financiamento à Companhia. Relacionamento entre os Acionistas Vendedores e o HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo Exceção feita à Oferta Pública, o HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo e/ou sociedades de seu conglomerado econômico mantêm relacionamento comercial com os Acionistas Vendedores. O HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo e/ou sociedades de seu conglomerado econômico prestam aos Acionistas Vendedores serviços bancários, pelos quais recebem comissão. 36 Relacionamento entre a Companhia e o Banco Santander Brasil S.A. Exceção feita à Oferta Pública, o Banco Santander Brasil S.A. e/ou sociedades de seu conglomerado econômico mantêm relacionamento comercial com a Companhia. O Banco Santander Brasil S.A. e/ou sociedades de seu conglomerado econômico prestam serviços de cobrança, caixa eletrônico, folha de pagamento, de banco de investimento e outros serviços similares, pelos quais recebem comissão. O Banco Santander Brasil S.A. e/ou sociedades de seu conglomerado econômico também mantêm prestação de serviços de linhas de crédito. Relacionamento entre os Acionistas Vendedores e o Banco Santander Brasil S.A. Exceção feita à Oferta Pública, o Banco Santander Brasil S.A. e/ou sociedades de seu conglomerado econômico mantêm relacionamento comercial com os Acionistas Vendedores, que mantêm contas bancárias e investimento com o Banco Santander Brasil S.A. e/ou sociedades de seu conglomerado econômico, pelos quais recebem comissão. Relacionamento entre a Companhia e o Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. Exceção feita à Oferta Pública, O Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. e/ou sociedades de seu conglomerado econômico mantêm relacionamento comercial com a Companhia há mais de 15 anos. Atualmente, o Unibanco trabalha com diversos produtos tanto de passivos quanto de ativos, entre os quais financiamento de curto e longo prazo nas modalidades compror, capital de giro e Resolução 2770, além de operações de Swap/Hedge para CDI e de fianças. Relacionamento entre os Acionistas Vendedores e o Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. Além da presente Oferta, o Unibanco e/ou sociedades de seu conglomerado econômico mantêm relacionamento comercial com os acionistas vendedores José Salim Mattar Júnior e Antônio Cláudio Brandão Resende. Instituição Financeira Escrituradora das Ações A instituição financeira contratada para prestação de serviços de escrituração das Ações é o Banco Bradesco S.A. Informações Complementares Os Coordenadores recomendam aos investidores, antes de tomar qualquer decisão de investimento relativo às Ações, a consulta ao Prospecto Preliminar, que está à disposição dos interessados desde 29 de março de 2006, e a consulta ao Prospecto Definitivo, que estará a disposição dos interessados a partir de 20 de abril de 2006, nos endereços da Companhia, das Instituições Participantes da Oferta, mencionados na Seção “IV. Identificação de Administradores, Consultores e Auditores”, da CVM e Bovespa. A leitura do Prospecto Definitivo possibilita aos investidores uma análise detalhada dos termos e condições da Oferta Pública e, mais especificamente, dos riscos a elas inerentes. 37 Maiores informações sobre a Oferta Pública e sobre o procedimento de reserva, incluindo exemplar deste Prospecto podem ser imediatamente obtidos com as Instituições Participantes da Oferta ou em seus respectivos websites, conforme indicado abaixo. Companhia Localiza Rent a Car S.A. Av. Bernardo Monteiro, 1563 30150-902, Belo Horizonte – MG Tel.: (31) 3247-7040 At.: Roberto Antônio Mendes [email protected] www.localiza.com Coordenadores Coordenador Líder Banco Pactual S.A. Praia de Botafogo, nº 501, 5º e 6º andares, torre Corcovado 22250-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil Tel: (21) 2514 9600 At.: Rodolfo Riechert www.pactual.com.br Coordenador Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3064, 13º andar 01451-000, São Paulo-SP Tel.: (11) 3841-6000 At.: Mario Spinola e Castro http://br.credit-suisse.com/ofertas Instituições Subcontratadas HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo Travessa Oliveira Belo, 34 – sobreloja 80020-030, Curitiba, PR Tel:. (11) 3847-5260 At.: Hernani Barreto www.hsbc.com.br/para-voce/investimentos/acoes.shtml 38 Banco Santander Brasil S.A. Rua Amador Bueno, 474 3º andar Bloco C São Paulo, SP Tel: (11) 5538-6937 At.: Enrico Carbone www.superbroker.com.br Unibanco - União De Bancos Brasileiros S.A. Av. Eusébio Matoso, 891, 20º andar 05423-901, São Paulo, SP Tel: (11)3097-1338 At.: João Paulo Torres www.unibanco.com.br/prospectos Corretoras Consorciadas Dependências das Corretoras Consorciadas indicados no Aviso ao Mercado e no Anúncio de Início. Corretoras de títulos e valores mobiliários credenciadas na CBLC para participar da Distribuição Pública. Informações adicionais sobre as Corretoras Consorciadas poderão ser obtidas na CBLC, Rua XV de Novembro, nº 275, São Paulo, SP e na página na internet www.cblc.com.br. Maiores informações sobre a Oferta Pública poderão ser obtidas (a) na CVM, nos seguintes endereços: (i) Rua Sete de Setembro, nº 111, 5º andar, Rio de Janeiro, RJ; e (ii) Rua Formosa, nº 367, 20º andar, São Paulo, SP, e na página na Internet www.cvm.gov.br; ou (b) na Bovespa, na Rua XV de Novembro, 275, São Paulo, SP, e na página na Internet www.bovespa.com.br. Leia o Prospecto antes de aceitar a Oferta Pública. 39 IV. IDENTIFICAÇÃO DOS ADMINISTRADORES, CONSULTORES E AUDITORES Administrador O Diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Companhia poderá prestar esclarecimentos sobre a Oferta Pública: Roberto Antônio Mendes Diretor de Finanças e de Relação com Investidores Avenida Bernardo Monteiro, nº 1563, Belo Horizonte, MG, 30150-902 Tel: (31) 3247-7040 E-mail: [email protected] Consultores Os seguintes consultores estiveram envolvidos na Oferta Pública: Coordenadores Coordenador Líder Rodolfo Riechert Banco Pactual S.A. Praia de Botafogo, 501, 6º, Torre Corcovado 22250-040, Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2588-4947 Fax: (21) 25148600 E-mail: [email protected] Coordenador Mário Spinola e Castro Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. Av. Brigadeiro Faria Lima, 3064, 13º andar 01451000, São Paulo, SP Tel: (11) 3841-6000 Fax: (11) 3841 6912 E-mail: [email protected] Consultores Legais da Companhia e dos Acionistas Vendedores Em Direito Brasileiro Em Direito Norte-Americano Henrique Silva Gordo Lang Jonathan Zonis Pinheiro Neto Advogados Clifford Chance US LLP Rua Boa Vista, 254, 9º andar, 31 West 52nd Street 01014-907, São Paulo, SP New York, NY, 10019-6131 Tel: (11) 3247 8400 Tel: (00xx) 1-212-878-8000 Fax: (11) 3247 8600 Fax: (00xx) 1-212-878-8375 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Consultores Legais dos Coordenadores Em Direito Brasileiro Fernando Shayer Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Rua da Consolação, 247, 4º andar 01301-903, São Paulo, SP Tel: (11) 3150 7000 Fax: (11) 3150 7071 E-mail: [email protected] Em Direito Norte-Americano André Béla Jánszky Shearman & Sterling LLP Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3400, 17º andar 04538-132, São Paulo, SP Tel: (11) 3702 2200 Fax: (11) 3702-2240 E-mail: [email protected] Auditores Independentes Walmir Bolgheroni Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes Rua Paraíba, 1122, 20º e 21º andares, 30130141, Belo Horizonte, MG Tel: (31) 3269 7400 Fax: (31) 3269 7470 E-mail: [email protected] 40 Declaração da Companhia, dos Acionistas Vendedores e do Coordenador Líder nos Termos do Artigo 56 da Instrução CVM Nº 400/03 A Companhia e os Acionistas Vendedores declaram que: (i) as informações prestadas pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores no Prospecto Preliminar da Oferta Pública e as informações prestadas pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores neste Prospecto, bem como as fornecidas ao mercado durante a distribuição das Ações que constaram do Prospecto Preliminar e que constam neste Prospecto, são verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes; (ii) o Prospecto Preliminar continha e este Prospecto contém as informações relevantes necessárias ao conhecimento pelos investidores da Oferta Pública, das ações a serem ofertadas, da Companhia, suas atividades, situação econômico-financeira, dos riscos inerentes à sua atividade e quaisquer outras informações relevantes; e (iii) o Prospecto Preliminar e este Prospecto foram elaborados de acordo com as normas pertinentes, incluindo, mas não se limitando, à Instrução CVM 400. Adicionalmente, a Companhia e os Acionistas Vendedores declaram que as informações prestadas por ocasião do arquivamento do Prospecto Preliminar e deste Prospecto, são verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes. Considerando que: a. a Companhia, os Acionistas Vendedores e o Coordenador Líder constituíram seus respectivos consultores legais para auxiliá-los na implementação da Oferta Pública; b. foi efetuada due diligence na Companhia, que teve início em 1 de fevereiro de 2006 e prosseguirá até a data da divulgação deste Prospecto; c. foram disponibilizados pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores os documentos que a Companhia e os Acionistas Vendedores consideraram materialmente relevantes para a Oferta Pública; d. além dos documentos acima mencionados, foram solicitados pelo Coordenador Líder documentos e informações adicionais relativos à Companhia e aos Acionistas Vendedores, os quais a Companhia e os Acionistas Vendedores confirmam terem disponibilizado; e e. a Companhia e os Acionistas Vendedores confirmam terem disponibilizado todos os documentos e prestado todas as informações consideradas relevantes sobre os negócios da Companhia para análise do Coordenador Líder e de seus consultores legais, com o fim de permitir aos investidores a tomada de decisão fundamentada sobre a Oferta Pública; o Coordenador Líder declara que tomou todas as cautelas e agiu com elevados padrões de diligência para assegurar que: (i) as informações prestadas pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores no prospecto preliminar da Oferta Pública (“Prospecto Preliminar”) e neste Prospecto, bem como as fornecidas ao mercado durante a distribuição das Ações que constaram do Prospecto Preliminar e constam do Prospecto Definitivo, sejam verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes, permitindo aos investidores uma tomada de decisão fundamentada a respeito da Oferta Pública; (ii) as informações fornecidas ao mercado durante todo o prazo de distribuição, inclusive aquelas eventuais ou periódicas constantes da atualização do registro da Companhia, que integraram o Prospecto Preliminar e integram este Prospecto, são suficientes, permitindo aos investidores a tomada de decisão fundamentada a respeito da Oferta Pública; e (iii) o Prospecto Preliminar e este Prospecto foram elaborados de acordo com as normas pertinentes, incluindo, mas não se limitando, à Instrução CVM 400. 41 V. INFORMAÇÕES CADASTRAIS DA COMPANHIA Identificação ........................................................... Localiza Rent a Car S.A., sociedade por ações inscrita no CNPJ/MF sob o nº 16.670.085/0001-55, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE nº 3130001144-5. Sede ......................................................................... A Companhia tem sede, foro e domicílio na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Avenida Bernardo Monteiro, 1563. Diretoria de Relações com Investidores ............... A Diretoria de Relações com Investidores da Companhia fica na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Avenida Bernardo Monteiro, 1563. O responsável por esta Diretoria é o Sr. Roberto Antônio Mendes. O telefone do departamento de Relação com Investidores da Companhia é (0xx31) 3247-7040, o fax é (31) 3247-7755 e o endereço de correio eletrônico é [email protected]. Auditores Independentes da Companhia............. Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, com endereço na Rua Paraíba, 1122, 20º e 21º andares, Belo Horizonte, Minas Gerais, telefone (31) 3269-7400 e fax (31) 3269-7470. Novo Mercado ........................................................ Em 7 de abril de 2005 a Companhia celebrou “Contrato de Participação no Novo Mercado” com a Bovespa. Esse contrato entrou em vigor em 23 de maio de 2005. As Ações estão listadas no segmento de Novo Mercado da Bovespa, onde são negociadas sob o código “RENT3”. Jornais nos quais divulga informações................. As informações referentes à Companhia são divulgadas nos jornais “Gazeta Mercantil” edição nacional, “Hoje em Dia” de Belo Horizonte e “Diário Oficial do Estado de Minas Gerais”. Atendimento aos Acionistas .................................. O atendimento aos acionistas da Companhia é efetuado na sede da Companhia localizada na Avenida Bernardo Monteiro, 1563, na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. O responsável pelo atendimento aos acionistas é o Sr. Roberto Mendes. Seguem, abaixo, o telefone, o fax e o e-mail para contatar o Sr. Roberto Mendes, do departamento de acionistas: (31) 3247-7040, (31) 3247-7755 e [email protected], respectivamente. 42 Informações Adicionais ......................................... Quaisquer outras informações adicionais complementares sobre a Companhia e a Oferta Pública poderão ser obtidas (i) na Companhia, em sua sede social e no site na Internet www.localiza.com; (ii) no Coordenador Líder, Banco Pactual S.A., na Cidade do Rio de Janeiro, na Praia de Botafogo, nº 501, 6º andar, Torre Corcovado e na página na Internet www.pactual.com.br; (iii) no Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A., na Av. Brigadeiro Faria Lima, 3064, 13º andar, São Paulo, SP, e na página na Internet http://br.credit-suisse.com/ofertas; (iv) na CVM, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, na Rua 7 de Setembro, 111, 5º andar ou, ainda, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, provisoriamente na Rua Líbero Badaró, 471, 7º andar, Centro, São Paulo; e (v) na Bovespa, na Cidade de São Paulo, na Rua XV de Novembro, 275, e na página na Internet www.bovespa.com.br. Domínio na Internet............................................... http://www.localiza.com. Os investidores deverão se basear exclusivamente nas informações contidas neste Prospecto e nos comunicados ao mercado publicados pela Companhia para a tomada de sua decisão de investimento. As informações contidas na página da Companhia na Internet não integram este Prospecto e não são incorporadas por referência. 43 VI. FATORES DE RISCO O investidor deve analisar cuidadosamente os seguintes fatores de risco, além das outras informações fornecidas neste Prospecto, antes de investir nas Ações. Os negócios, a situação financeira, os resultados operacionais e as perspectivas da Companhia poderão ser adversa e relevantemente afetados por qualquer um desses fatores de risco. O preço de mercado das Ações poderá diminuir devido a qualquer um desses fatores de risco e o investidor poderá perder todo seu investimento ou parte dele. Riscos adicionais, atualmente desconhecidos ou irrelevantes, também podem ter um efeito adverso nos negócios da Companhia e no investimento das Ações. RISCOS RELATIVOS AO BRASIL O Governo Federal tem exercido e continua a exercer significativa influência sobre a economia brasileira. As condições políticas e econômicas no Brasil exercem impacto direto sobre os negócios, a situação financeira, os resultados operacionais e as perspectivas da Companhia. A economia brasileira tem como característica a constante intervenção do Governo Federal, que freqüentemente altera as políticas monetária, fiscal e de crédito, entre outras, para influenciar o curso da economia. As medidas do Governo Federal para controlar a inflação e implementar outras políticas envolvem, por vezes, controle de preços e salários, depreciação do real, controles sobre a remessa de recursos ao exterior, intervenção do Bacen para afetar a taxa básica de juros, flutuações nas taxas de câmbio, bem como outras medidas, tais como o congelamento de contas bancárias ocorrido em 1990. A Companhia não tem controle algum sobre medidas ou políticas que o Governo Federal poderá adotar no futuro, nem as pode prever. Os negócios, a situação financeira, os resultados operacionais e as perspectivas da Companhia poderão ser adversamente afetados pelas mudanças nas políticas do Governo Federal, bem como por fatores econômicos em geral, entre os quais se incluem, sem limitação: ● nível do crescimento da economia nacional; ● inflação; ● taxas de juros; ● flutuações nas taxas de câmbio; ● políticas de controle cambial; ● liquidez dos mercados nacionais de capital e de empréstimos; ● instabilidade de preços; ● políticas tributárias; e ● outros eventos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos no Brasil ou que afetem o Brasil. A Companhia não pode prever que políticas fiscais, monetárias e previdenciárias, entre outras, serão adotadas pela atual ou futura administração do Governo Federal, nem se essas políticas resultarão em conseqüências adversas para a economia do País, os negócios, os resultados operacionais, a situação financeira ou perspectivas da Companhia ou preço de mercado das Ações. Em razão da eleição presidencial de 2006, incertezas quanto manutenção ou alteração das políticas de governo atuais poderão contribuir para a maior volatilidade dos mercados de títulos brasileiros e títulos emitidos no exterior suportados pelos emissores brasileiros. Qualquer reação negativa relevante às políticas adotadas pelo Governo Federal ou Estadual ocasionalmente poderá afetar negativamente nossos negócios, situação financeira e resultado das operações e poderão levar a uma diminuição no preço de mercado das Ações. 44 Além disso, nos últimos meses, membros do Poder Executivo e Legislativo, bem como outras pessoas aos mesmos relacionadas, estão sendo investigados em razão de alegações de conduta ilícita ou antiética. É impossível prever os possíveis resultados das investigações e se tais resultados poderão gerar uma desestabilização na economia brasileira. Sendo assim, tais incertezas, alegações de conduta ilícita ou antiética e outros acontecimentos futuros na economia brasileira poderão prejudicar as atividades da Companhia e os respectivos resultados operacionais, podendo inclusive afetar adversamente o preço de mercado das Ações. A inflação e certas medidas tomadas pelo Governo Federal para contê-la poderão provocar efeitos adversos sobre a economia brasileira, o mercado de capitais brasileiro, os negócios, a situação financeira, os resultados operacionais e as perspectivas da Companhia. No passado, o Brasil registrou índices de inflação extremamente altos. A inflação e algumas medidas tomadas pelo Governo Federal no intuito de controlá-la, combinada com a especulação sobre eventuais medidas governamentais a serem adotadas, tiveram efeito negativo significativo sobre a economia brasileira, contribuindo para a incerteza econômica existente no Brasil e para o aumento da volatilidade do mercado de valores mobiliários brasileiro. Mais recentemente, a taxa anual de inflação medida pelo IPCA caiu 7,7% em 2001 para 5,7% em 2005. As medidas do Governo Federal para controle da inflação freqüentemente têm incluído a manutenção de política monetária restritiva com altas taxas de juros, restringindo assim a disponibilidade de crédito e reduzindo o crescimento econômico. Como conseqüência, as taxas de juros têm sofrido flutuações. Por exemplo, as taxas de juros oficiais no Brasil no final de 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005 foram de 19,0%, 25,0%, 16,5%, 17,75%, e 18,75%, respectivamente, conforme estabelecido pelo COPOM. O Brasil poderá experimentar altos níveis de inflação no futuro. A pressão inflacionária poderá levar a maiores intervenções governamentais na economia, incluindo a introdução de políticas públicas que poderão afetar adversamente os negócios, os resultados operacionais e a situação financeira em geral da Companhia. Num cenário de inflação, um aumento nos custos e despesas, se não repassados aos consumidores, poderá acarretar diminuição da margem de lucro e do lucro líquido da Companhia. A ocorrência de certos eventos e a percepção de riscos em outros países, sobretudo em países de mercados emergentes, poderão afetar adversamente a economia brasileira, os negócios, a situação financeira, os resultados operacionais e as perspectivas da Companhia, além do preço de mercado de valores mobiliários brasileiros, incluindo as Ações. O mercado brasileiro de valores mobiliários é influenciado pelas condições econômicas e de mercado no Brasil e, em graus variados, pelas condições de mercado em outros países da América Latina e em países de mercados emergentes. Muito embora as condições econômicas sejam diferentes em cada país, a reação dos investidores em relação aos acontecimentos em um país poderá afetar os mercados de capitais em outros países. Acontecimentos ou condições econômicas em outros países de economias emergentes têm, às vezes, afetado substancialmente a disponibilidade de crédito para a economia brasileira e resultado em consideráveis saídas de recursos e na diminuição do montante de moeda estrangeira investido no Brasil. RISCOS RELATIVOS AO SETOR E AOS NEGÓCIOS DA COMPANHIA O declínio no nível de atividade econômica pode reduzir a demanda por aluguel de veículos da Companhia. Os resultados das operações da Companhia, principalmente aqueles relativos ao mercado de aluguel de carros, são fortemente afetados pelo nível de atividade econômica no Brasil. Uma diminuição da atividade econômica brasileira tipicamente resulta em uma redução nas viagens de lazer e de negócios e, conseqüentemente, no volume de operações de aluguel de carros. Caso ocorra um declínio da demanda por aluguel de carros, a Companhia poderá ter que reduzir suas tarifas de locação ou o tamanho de sua frota para manter sua competitividade. Estes e outros fatores poderão afetar negativamente seus resultados operacionais. Uma diminuição da atividade econômica brasileira poderá ainda afetar negativamente os resultados decorrentes dos negócios de aluguel e gerenciamento de frotas e decorrentes da venda de carros usados da Companhia. 45 Os negócios de aluguel de carros e de aluguel e gerenciamento de frotas são altamente competitivos. A indústria de aluguel de carros e de aluguel e gerenciamento de frotas é altamente competitiva, tanto em termos de preços como em termos de atendimento. Além disso, a atividade de aluguel e gerenciamento de frotas geralmente é vista por clientes como um produto padronizado, sem diferenças substanciais entre as empresas do ramo. A Companhia enfrenta a concorrência de locadoras de veículos nacionais e estrangeiras de diferentes portes. No negócio de aluguel e gerenciamento de frotas, além da Companhia concorrer com as mesmas concorrentes do ramo de aluguel de carros, também concorre com empresas que se dedicam exclusivamente ao negócio de aluguel e gerenciamento de frotas. Em 2004, havia mais de 1.900 empresas de aluguel de carros em operação no Brasil, segundo os dados da ABLA. Alguns desses concorrentes são estrangeiros e contam com significativos recursos financeiros, podendo adotar estratégias de expansão de sua participação de mercado através de políticas de baixo preço. Além disso, a Companhia enfrenta nos mercados locais em que atua a concorrência de inúmeras locadoras de pequeno porte que operam com baixo custo fixo, podendo oferecer preços mais competitivos do que aqueles oferecidos pela Companhia. Tal ambiente competitivo poderá implicar uma queda de demanda pelos segmentos operados pela Companhia ou um aumento nos custos de captação ou retenção de clientes, afetando adversamente o crescimento e a lucratividade da Companhia. Além disso, pelos motivos apontados acima, a Companhia não pode garantir que será capaz de manter ou aumentar sua participação de mercado nos segmentos em que atua em linha com sua atual estratégia. A Companhia está sujeita ao risco de não-renovação da concessão em aeroportos. No Brasil, a Companhia conduz, diretamente, operações de aluguel de carros em 43 aeroportos, enquanto seus franqueados conduzem operações de locações de veículos em 30 outros aeroportos. A Companhia conduz operações em aeroportos no Brasil, segundo seus contratos de concessão outorgados pela INFRAERO, autoridades aeroportuárias estaduais, e autoridades aeroportuárias municipais. A maioria dos contratos de concessão de uso de área está sujeita a procedimentos de licitação quando de seu término. Os prazos dos contratos de concessão federais, estaduais e municipais variam de 12 a 60 meses, podendo ser renovado por mais 60 meses, a critério da INFRAERO, enquanto que parte dos contratos com autoridades aeroportuárias municipais e entidades privadas em cidades menores são por prazo indeterminado. Das mencionadas concessões, 12 expiraram em 2005 e 11 foram renovadas. Em 2006, 10 expirarão e 4 em 2007. Em 2005, as receitas da Companhia resultantes de aluguel de carros originados em aeroportos representaram 46,4% das receitas totais do negócio de aluguel de carros da Companhia (não considerando as receitas de franqueados). A Companhia não pode prever se continuará a ter sucesso nas licitações para concessões. A perda de um número significativo de concessões de uso de área em aeroportos pequenos ou a perda de qualquer concessão em aeroportos grandes poderá gerar uma queda expressiva nas receitas da Companhia, impactando adversamente seus negócios, sua condição financeira e seus resultados operacionais. Os resultados da Companhia podem ser afetados pelo fluxo de passageiros em aeroportos. A parcela do segmento de aluguel de carros da Companhia que é conduzida em aeroportos representa uma parte substancial de suas receitas. Durante o ano de 2005, 46,4% das receitas do negócio de aluguel de carros resultaram das locações contratadas em aeroportos (não considerando as receitas de franqueados). Uma diminuição no fluxo de passageiros em aeroportos por um período de tempo prolongado poderá afetar adversamente os negócios, a condição financeira e os resultados operacionais e as perspectivas do negócio de aluguel de carros da Companhia. Eventos que podem causar tais efeitos incluem um aumento substancial no preço das passagens aéreas, greves, desaceleração na economia, aumento da violência, acidentes aéreos, incidentes terroristas e ocorrências naturais. 46 Os resultados da Companhia podem ser afetados por erros na formação de preços em razão de falhas na estimativa de depreciação efetiva de sua frota. A formação dos preços das atividades de aluguel de carros e de aluguel e gerenciamento de frotas da Companhia leva em consideração a estimativa do valor de venda futura dos carros e, conseqüentemente, de sua depreciação efetiva (custos de aquisição menos preço de venda líquido das despesas). Uma estimativa excessiva das despesas de depreciação efetiva dos carros pode fazer com que a Companhia aumente seus preços de locação além do necessário para garantir sua capacidade de reaver os custos de depreciação efetiva, o que pode levar a uma redução em sua competitividade. Por outro lado, uma estimativa insuficiente das despesas de depreciação efetiva dos carros pode levar a Companhia a reduzir o preço de suas locações, o que pode causar uma redução na sua margem operacional. Em qualquer caso, se a estimativa de depreciação efetiva futura não for adequadamente realizada, os negócios, a condição financeira e os resultados operacionais e as perspectivas da Companhia poderão ser afetados negativamente. Esse risco é ainda mais significativo nos contratos de aluguel de frotas por serem de longo prazo. O negócio da Companhia requer capital intensivo de longo prazo para financiamento da renovação de sua frota e implementação de sua estratégia de crescimento. A competitividade e a implementação da estratégia de crescimento da Companhia dependem de sua capacidade de captar recursos para realizar investimentos e renovar e expandir sua frota. A capacidade da Companhia de financiar a substituição de sua frota depende, por sua vez, de sua performance operacional e de sua capacidade de captar recursos. Não é possível garantir que a Companhia será capaz de obter financiamento suficiente para custear seus investimentos de capital e sua estratégia de expansão ou a custos aceitáveis, seja por condições macroeconômicas adversas, seja pelo desempenho da Companhia ou por outros fatores externos ao ambiente da Companhia, o que poderá afetar adversamente sua capacidade de implementar com sucesso sua estratégia de crescimento. Os investimentos de capital da Companhia relativos à compra de carros, líquidos de receitas de vendas de carros usados, no mesmo período, foram de R$241,8 milhões em 2005 e R$190,1 milhões em 2004. Falhas na renovação da frota podem fazer com que o negócio de aluguel de carros da Companhia se torne menos competitivo. A Companhia está sujeita a variações na taxa de juros. Em 31 de dezembro de 2005, a quase totalidade do endividamento da Companhia, de R$610,1 milhões estava sujeita a variações da taxa de juros, especificamente do CDI, já contemplados os efeitos das operações de swap. Oscilações nas taxas de juros correntes decorrem de diversos fatores fora do controle da Companhia. Caso, as taxas de juros aumentem significativamente, as despesas financeiras da Companhia aumentarão e a capacidade de obter financiamentos poderá diminuir, o que poderá afetar adversamente os resultados da Companhia. A Companhia está sujeita a compromissos restritivos. A Companhia está sujeita a compromissos que limitam sua capacidade de, dentre outros atos, incorrer em endividamento adicional, tal como estabelecido na escritura da Emissão de Debêntures, em função de índice de endividamento e também de cláusulas usuais de vencimento antecipado na ocorrência de certos eventos. Caso a Companhia necessite incorrer em novos endividamentos seja em razão de sua estratégia de expansão, ou de qualquer outra necessidade de capital, poderá ser impedida de fazê-lo em virtude de tais compromissos ou poderá ser obrigada a pré-pagar tais compromissos, o que poderá afetar adversamente a sua estratégia de expansão ou o fluxo de caixa e resultados da Companhia. 47 O desligamento ou a perda dos serviços de pessoas estratégicas para a Companhia poderá afetar adversamente seus negócios. O crescimento futuro da Companhia depende da continuidade da atuação de seus atuais administradores, em especial os Fundadores, que atuam na administração da Companhia desde a sua constituição e têm vasto conhecimento dos negócios de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas, sendo responsáveis pela orientação estratégica de seus negócios. A perda dos serviços dos atuais administradores poderá ter um efeito adverso para a Companhia. A Companhia não mantém seguro contra determinados riscos. A Companhia pode ser obrigada a pagar indenizações significativas por danos pessoais ou materiais que resultem do uso dos carros alugados por ela. Ademais, os veículos podem sofrer avarias ou podem ser furtados ou roubados. A Companhia não mantém apólices de seguro para cobrir os custos de tais sinistros ou para cobrir o conserto ou substituição de carros avariados, furtados ou roubados. A Companhia pode se ver exposta a responsabilidades pelas quais não está segurada, e, caso não seja capaz de recuperar tais valores, poderá sofrer um impacto adverso em suas receitas e lucratividade. A Companhia está sujeita a riscos relacionados com disputas judiciais e administrativas, as quais podem afetar de forma adversa seus resultados. A Companhia e suas controladas são partes em diversos processos judiciais e procedimentos administrativos de natureza cível, fiscal e trabalhista decorrentes do curso normal de seus negócios, para os quais a Companhia mantinha provisões no valor total de R$53,2 milhões e depósitos judiciais no valor total de R$23,2 milhões, em 31 de dezembro de 2005. A grande maioria dos processos judiciais e procedimentos administrativos em que a Companhia e suas controladas são parte é de natureza tributária. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia mantinha provisões totais de R$35,3 milhões para os processos cuja expectativa de perda eram consideradas como prováveis e depósitos judiciais totais de R$15,2 milhões, para fazer face a perdas decorrentes de contingências de natureza fiscal, cujo montante total em discussão era de aproximadamente R$60,8 milhões. As discussões trabalhistas da Companhia em 31 de dezembro de 2005 estavam estimadas no valor total de aproximadamente R$13,7 milhões, dos quais R$3,3 milhões estavam provisionados, considerando os processos cuja expectativa de perda eram consideradas como prováveis. Cerca de R$1,9 milhão estava depositado em juízo. As discussões previdenciárias da Companhia em 31 de dezembro de 2005 estavam estimadas no valor total de aproximadamente R$19,2 milhões, dos quais R$10,1 milhões estavam provisionados, considerando os processos cuja expectativa de perda eram consideradas como prováveis. Cerca de R$6,2 milhões estavam depositados em juízo. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia mantinha provisões totais de R$4,5 milhões e depósitos judiciais totais de R$194 mil, para fazer face a perdas decorrentes de contingências de natureza cível para os processos cuja expectativa de perda eram consideradas como prováveis cujo montante total em discussão era de aproximadamente R$27,0 milhões. Decisões ou acordos desfavoráveis com relação a esses processos ou disputas judiciais em montantes superiores aos depositados em juízo poderão resultar em desembolsos de caixa relevantes para a Companhia, o que poderá afetar a sua condição financeira de forma negativa. Adicionalmente, decisões ou acordos desfavoráveis em montantes superiores aos provisionados pela Companhia poderão ter um efeito adverso nos resultados da Companhia. Informações adicionais acerca dos riscos relacionados com disputas judiciais e administrativas, são apresentadas em “XVI. Atividades da Companhia - Processos Judiciais e Procedimentos Administrativos.” RISCOS RELATIVOS ÀS AÇÕES A venda de número substancial de Ações após esta Oferta Pública poderá afetar negativamente o preço das Ações, e a emissão de novas ações diluirá todas as outras participações. A venda de número substancial das Ações na Bovespa após esta Oferta Pública, ou a percepção de que tal venda poderá ocorrer, poderá afetar de maneira adversa o preço de mercado das Ações. Os Controladores, que deterão em conjunto 50,09% das ações de emissão da Companhia após a conclusão da Oferta Pública (assumindo o exercício da Opção de Lote Suplementar), não estarão sujeitos a restrições contratuais ou de outra natureza nas vendas futuras das Ações, com exceção da cláusula prevista na Escritura de Emissão de Debêntures que proíbe a venda do controle acionário, bem como os períodos de impedimento à negociação ou alienação das Ações, decorrentes do Acordo de Não Disposição das Ações e do Regulamento do Novo Mercado. 48 A Companhia continuará sendo controlada pelos atuais Controladores, cujos interesses poderão diferir daqueles de outros acionistas. Após a conclusão desta Oferta Pública, os atuais Controladores serão titulares de ações representando, no agregado, 50,09% do capital social com direito a voto (assumindo o exercício da opção de Lote Suplementar). Desde que os atuais Controladores continuem a deter ou a controlar bloco significativo de direitos de voto, os Controladores controlarão a Companhia. Isso fará com que, independentemente do consentimento dos outros acionistas, os Controladores possam: ● eleger e destituir a maioria dos membros do Conselho de Administração; ● controlar a Administração e as políticas da Companhia; e ● determinar o resultado da maioria das operações corporativas ou outros assuntos submetidos à aprovação dos acionistas, incluindo incorporações, fusões, a venda de todos ou substancialmente todos os ativos da Companhia ou a retirada de registro das ações da Companhia do Novo Mercado. Os atuais Controladores poderão ter interesses próprios que poderão não coincidir com os interesses dos demais acionistas. O aumento de capital adicional poderá diluir a participação do investidor na Companhia. O Estatuto Social permite que a Companhia emita até 18.587.500 novas ações ordinárias, já computadas as Ações desta Oferta, sem a necessidade de qualquer autorização adicional por parte dos acionistas. Assim, a Companhia poderá emitir montantes substanciais de ações ordinárias no futuro, o que poderá diluir a porcentagem de participação detida por investidores que comprarem Ações na Oferta Pública caso eles não subscrevam novas ações de emissão da Companhia. Além disso, caso a Companhia precise de fundos adicionais e tenha que captá-los mediante a emissão de novas ações, a participação acionária dos investidores na Companhia poderá ser diluída. Disposições do Estatuto Social com proteção contra tentativas de aquisição de lote substancial das ações em circulação no mercado da Companhia podem dificultar ou atrasar operações que podem ser do interesse dos investidores. O Estatuto Social contém disposições que dificultam tentativas de aquisição de lote substancial das ações em circulação no mercado da Companhia, visando dificultar a concentração das ações da Companhia em circulação no mercado em grupo pequeno de investidores, de modo a promover base acionária dispersa. Qualquer acionista que atingir direta ou indiretamente participação em ações em circulação igual ou superior a 10% do capital total da Companhia e desejar realizar nova aquisição de ações em circulação, estará obrigado a (i) realizar cada nova aquisição na Bovespa, vedadas negociações privadas ou em mercado de balcão, e (ii) previamente a cada nova aquisição, comunicar por escrito ao Diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Companhia e ao diretor de pregão da Bovespa a quantidade de ações em circulação que pretende adquirir, com antecedência mínima de 3 dias úteis da data prevista para a nova aquisição de ações. Essas providências devem ser tomadas de tal modo que o diretor de pregão da Bovespa possa previamente convocar leilão de compra a ser realizado em pregão, com participação de terceiros interferentes e, eventualmente, da própria Companhia. Os acionistas da Companhia poderão ter seu direito ao recebimento de dividendos limitado ao dividendo mínimo obrigatório. Os acionistas da Companhia têm o direito de receber, a título de dividendos, pelo menos, 25% do lucro líquido ajustado nos termos do art. 202 da Lei nº 6.404/76. De acordo com o Estatuto Social da Companhia, o lucro líquido que remanescer após essa destinação somente será revertido em dividendos aos acionistas, na medida em que não for alocado à reserva de lucros estatutária denominada “Reserva de Expansão”, que terá por fim assegurar recursos para financiar aplicações adicionais em ativos operacionais e será formada com até 75% (setenta e cinco por cento) do lucro líquido que remanescer após as deduções legais e estatutárias e o dividendo mínimo obrigatório, não podendo essa reserva ultrapassar o valor do capital social. Os resultados da Companhia poderão não ser suficientes para, após as deduções legais e estatutárias, distribuir aos acionistas dividendos adicionais ao dividendo mínimo obrigatório. 49 VII. DECLARAÇÕES E INFORMAÇÕES PROSPECTIVAS Este Prospecto contém declarações prospectivas, as quais estão sujeitas a riscos e incertezas, pois foram baseadas em crenças e premissas da Administração e em informações disponíveis. Declarações prospectivas incluem afirmações a respeito das intenções, crenças ou expectativas atuais da Companhia ou da Administração em relação a uma série de assuntos, entre os quais se destacam: • conjuntura econômica e política do Brasil e da América Latina; • variação das taxas de juros e inflação; • nível de endividamento da Companhia; • planos da Companhia quanto a seus dispêndios de capital; • mudanças nos preços de mercado; • regulamentos atuais e futuros e, em especial, legislação tributária; • a implementação das principais estratégias operacionais e financeiras da Companhia; • tendências que afetam a condição financeira ou resultados operacionais da Companhia; • o mercado de venda de carros usados; • a oferta e a procura pelos produtos da Companhia; e • outros fatores de risco apresentados na seção “VI. - Fatores de Risco”. O investidor deve estar ciente de que os fatores mencionados acima, além de outros discutidos neste Prospecto, poderão afetar os resultados futuros da Companhia e poderão levar a resultados diferentes daqueles expressos nas declarações prospectivas que a Companhia faz neste Prospecto. A Companhia não assume a obrigação de atualizar tais declarações. Declarações prospectivas também incluem informações sobre os resultados futuros possíveis ou presumidos das operações da Companhia. Essas informações são apresentadas em “II. Sumário”, “VI. Fatores de Risco”, “XVI. Atividades da Companhia”, “XIV-A. Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais, de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil” e “XIV-B. Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais, de acordo com os U.S. GAAP”, e em outras seções deste Prospecto, bem como em declarações que incluam as palavras “acredita”, “pode”, “continua”, “espera”, “prevê”, “pretende”, “planeja”, “estima”, “antecipa”, ou similares. Declarações prospectivas não representam garantia de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. A condição futura da situação financeira, resultados operacionais, estratégias, participação de mercado e valores da Companhia poderá apresentar diferença significativa se comparada àquela expressa ou sugerida nas referidas declarações prospectivas. Muitos dos fatores que determinarão esses resultados e valores estão além da capacidade de controle ou previsão da Companhia. O investidor é alertado para não depositar confiança indevida em declarações prospectivas. 50 VIII. APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS INFORMAÇÕES Referências à “Companhia” devem ser entendidas como referências à Localiza e a suas controladas consolidadas. As controladas consolidadas da Companhia são: Total Fleet, Franchising, Franchising Brasil, Prime, Car Rental, LFI e Rental International. A Localiza e suas subsidiárias elaboram e apresentam suas demonstrações financeiras de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil. Adicionalmente, a Companhia elabora e apresenta demonstrações financeiras de acordo com os U.S. GAAP. As seguintes demonstrações financeiras estão incluídas neste Prospecto: (i) as demonstrações financeiras individuais (controladora) e consolidadas da Companhia, relativas aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) e Parecer dos Auditores Independentes; (ii) as demonstrações financeiras especiais individuais (controladora) e consolidadas, relativas aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2004 e 2003 (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) e Parecer dos Auditores Independentes; (iii) as demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (de acordo com os U.S. GAAP) e Parecer dos Auditores Independentes; (iv) as demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2004 e 2003 (de acordo com os U.S. GAAP) e Parecer dos Auditores Independentes; e (iv) Informações Anuais - IAN (apenas informações não destacadas neste Prospecto). As Práticas Contábeis Adotadas no Brasil diferem significativamente das práticas descritas segundo os U.S. GAAP. A Administração apresenta neste Prospecto a discussão e análise sobre a situação financeira e os resultados operacionais em duas seções separadas, uma de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, conforme exigido pela legislação brasileira, e outra de acordo com os U.S. GAAP. “XIV-A. Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais, de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil” e “XIV-B. Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais, de acordo com os U.S. GAAP”. As informações contidas neste Prospecto em relação ao Brasil e à economia brasileira são baseadas em dados publicados pelo Bacen, pelos órgãos públicos e por outras fontes independentes. Os dados e estatísticas sobre a indústria de aluguel de carros no Brasil são escassos e podem conter imprecisões considerando a existência de poucos estudos e estimativas oficiais sobre esse setor da economia. A única fonte de dados da indústria de aluguel de carros no Brasil é a ABLA, que recebe informações das empresas do setor, porém não audita tais dados. A Companhia, os Acionistas Vendedores e os Coordenadores não assumem qualquer responsabilidade pela precisão ou suficiência de tais indicadores do setor de aluguel de carros. Determinados valores e percentuais incluídos neste Prospecto foram submetidos a arredondamento e, assim sendo, os totais apresentados em certas tabelas podem não ser precisos. 51 IX. DESTINAÇÃO DOS RECURSOS A Companhia estima receber recursos de aproximadamente R$156.825.000,00 provenientes da emissão das Ações e das Ações do Lote Suplementar que serão objeto da Oferta Primária, antes da dedução das comissões de distribuição e das despesas estimadas, relativas à Oferta Pública e devidas pela Companhia. Os recursos líquidos provenientes da Oferta Primária serão destinados a reduzir empréstimos bancários captados em 2005, na modalidade das Resoluções 2770 e 3231 (repasse de captações externas), cujo saldo em 31 de dezembro de 2005 era de R$146,0 milhões, bem como quitar obrigações relativas a operações do tipo compror, cujo saldo em 31 de dezembro de 2005 era de R$98,0 milhões, conforme descrito na nota 11 às Demonstrações Financeiras Individuais (Controladora) e Consolidadas (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, que integram este Prospecto como Anexo D. Esses recursos foram utilizados para expansão da frota de carros da Companhia. A destinação dos recursos da Oferta Primária reduzirá o saldo das contas de empréstimos e financiamentos de curto prazo, conforme indicado na Seção "X. - Capitalização". Em decorrência da redução do endividamento, as despesas financeiras serão reduzidas, o resultará em um impacto positivo nos resultados da Companhia. A Companhia não receberá quaisquer recursos provenientes da venda das Ações por parte dos Acionistas Vendedores na Oferta Secundária. 52 X. CAPITALIZAÇÃO A tabela a seguir apresenta o endividamento de curto e longo prazo, o patrimônio líquido e a capitalização total da Companhia em 31 de dezembro de 2005, calculada de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil em bases efetivas e conforme ajustada de forma a refletir o recebimento de recursos líquidos provenientes da Oferta Primária, sem considerar as Ações do Lote Suplementar, bem como a quitação das dívidas indicadas na Seção “IX – Destinação dos Recursos”. Em 31 de dezembro de 2005 (em milhares de reais) Ajustado (pro forma com efeito da Oferta Primária) Endividamento de curto prazo Empréstimos e financiamentos de curto prazo Outros passivos de curto prazo Total do endividamento de curto prazo 116.865 86.535 203.400 16.476 86.535 103.011 Endividamento de longo prazo Empréstimos e financiamentos de longo prazo Outros passivos de longo prazo Total do endividamento de longo prazo 493.281 53.210 546.491 493.281 53.210 546.491 Total do patrimônio líquido 334.274 434.663 Capitalização total 1.084.165 1.084.165 __________________ (1)A Capitalização total é a soma do endividamento total com o patrimônio líquido. A tabela acima deve ser lida em conjunto com “XIII-A. Informações Financeiras (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) e outras Informações Operacionais e Financeiras, Selecionadas”, “XIV-A. Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais, de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil”, bem como com as demonstrações financeiras auditadas e respectivas notas explicativas da Companhia incluídas neste Prospecto. A Companhia detinha em 31 de dezembro de 2005 um total de R$70,7 milhões em caixa e aplicações financeiras reservadas à liquidação de empréstimos. 53 XI. DILUIÇÃO Em 31 de dezembro de 2005, o valor patrimonial líquido por ação da Companhia, computado com base em dados derivados de suas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas de tal data, era de R$5,28 por ação. O valor patrimonial líquido por ação representa o valor contábil do patrimônio líquido dividido por 63.302.500, que era o número total das ações de emissão da Companhia em 31 de dezembro de 2005. Considerando-se a subscrição das 3.825.000 Ações ofertadas pela Companhia na presente Oferta Pública, incluindo o exercício integral da Opção do Lote Suplementar, ao preço de R$37,00 por Ação (preço por ação ordinária com base na cotação de fechamento na Bovespa em 24 de março de 2006), após a dedução das comissões e despesas da Oferta Primária a serem pagas pela Companhia, o valor do patrimônio líquido estimado em 31 de dezembro de 2005 seria de aproximadamente R$475,8 milhões, representando R$7,09 por Ação, resultando, portanto, em um aumento imediato do valor patrimonial contábil por Ação correspondente a R$1,81 por Ação para os acionistas existentes, e uma diluição imediata do valor patrimonial contábil por Ação em 31 de dezembro de 2005 de R$29,91 para os novos investidores adquirentes de Ações no contexto da presente Oferta Pública. Essa diluição representa a diferença entre o preço por Ação pago pelos investidores e o valor patrimonial contábil por Ação de emissão da Companhia imediatamente após a conclusão da Oferta Pública. A tabela a seguir ilustra tal diluição: Preço da oferta pública por ação Oferta Primária e Lote Suplementar Valor da Oferta Patrimônio antes da Oferta Pública Total Valor por ação após a Oferta Pública Nº de ações atual Valor atual por ação Aumento do valor por ação atribuído aos acionistas existentes Diluição da ação para novos investidores % diluição 39,18 3.825.000 149.857.762,50 334.274.766,73 484.132.529,23 7,21 63.302.500,00 5,28 1,93 31,97 81,59% A Companhia possui um plano de opção de compra de ações, que oferece a seus executivos e de suas controladas a opção de adquirir ações da Companhia. O plano é administrado por um comitê designado pelo Conselho de Administração, ao qual competiu criar programas anuais, definir preços de exercício, prazos de carência, a relação de beneficiários e outras condições aplicáveis a cada programa. O Comitê criou 5 programas anuais consecutivos nos anos de 1998 a 2002. De 1998 a 2004, não houve qualquer exercício de opções. Até 31 de dezembro de 2005, houve exercício de parte das opções, conforme quadro abaixo, sendo a data-limite para exercício das opções remanescentes fixada para 30 de abril de 2007. Ano Jan/2005 Mai/2005 Mai/2005 Mai/2005 Mai/2005 Mai/2005 Jun/2005 Nov/2005 Nov/2005 Nov/2005 Nov/2005 Dez/2005 Início do período Opções Elegíveis concedidas 27 2.072.000 26 1.995.000 26 1.651.000 26 1.276.000 26 1.017.500 26 1.009.500 26 997.500 24 973.500 24 969.500 24 826.000 24 422.000 24 108.500 Exercício Opções Preço de Exercidas exercício 344.000 R$5,70 375.000 R$8,91 258.500 R$8,34 8.000 R$9,02 12.000 R$9,32 4.000 R$8,84 143.500 R$8,27 404.000 R$8,94 313.500 R$9,24 - Cancelamentos Opções Canceladas 77.000 24.000 - Final do período Opções Elegíveis Existentes 26 1.995.000 26 1.651.000 26 1.276.000 26 1.017.500 26 1.009.500 26 997.500 24 973.500 24 969.500 24 826.000 24 422.000 24 108.500 24 108.500 O preço de opções é corrigido anualmente pelo IGPM a partir da data de concessão, em abril de cada ano. Os preços de exercício indicados na tabela contemplam a correção monetária até 30 de abril de 2005. As opções expirarão em 30 de abril de 2007. Na data deste Prospecto, assumindo a colocação da totalidade das Ações, o exercício integral da Opção do Lote Suplementar, o exercício integral das 108.500 opções do Plano de Opções de Compra de Ações, as ações em circulação sofrerão um aumento de 37,74% para 49,99%. 54 XII. INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO Preço de Mercado das Ações da Companhia As Ações foram admitidas à negociação na Bovespa em 23 de maio de 2005, no seguimento do Novo Mercado. Em 20 de maio de 2005, a Companhia emitiu as Debêntures. A Companhia não emitiu nenhum outro valor mobiliário que não os descritos acima. A tabela abaixo apresenta, nos períodos indicados, os preços de venda máximos, médios e mínimos, em reais, das Ações da Companhia na Bovespa. As Ações não foram negociadas em todos os dias de pregão da Bovespa. Média de ações ordinárias negociadas por dia (Em R$) Valor por ação ordinária (Em R$) 2005................................... FONTE: Economatica. Máximo 28,50 Médio 17,48 Mínimo 10,81 Média de ações ordinárias negociadas por dia (Em R$) Valor por ação ordinária (Em R$) 2005 Segundo Trimestre ............ Terceiro Trimestre............. Quarto Trimestre ............... FONTE: Economatica. Máximo Médio Mínimo 12,32 18,37 28,50 11,41 15,07 22,94 10,81 12,59 17,78 2.830.434,43 2.936.924,65 6.083.548,98 Média de ações ordinárias negociadas por dia (Em R$) Valor por ação ordinária (Em R$) Outubro de 2005................ Novembro de 2005............ Dezembro de 2005 ............ Janeiro de 2006 ................. Fevereiro de 2006.............. Março de 2006 .................. Até 19 de abril de 2006 FONTE: Economatica. 4.163.952,95 Máximo Médio Mínimo 19,17 25,47 28,50 36,48 38,84 38,88 41,50 18,70 22,68 27,23 32,65 36,51 36,96 38,18 17,78 18,87 25,77 28,39 33,83 34,29 36,50 5.208.506,20 9.481.191,20 3.681.073,33 8.630.160,10 6.784.953,28 5.762.375,70 7.383.434,67 Em 19 de abril de 2006, o preço de venda das Ações da Companhia, no fechamento da Bovespa, era de R$41,50 por ação. Foram realizados 8.110 negócios na Bovespa durante o ano de 2005, com 35.899.000 títulos negociados, e volume de negociação de R$641.248.754,00 nesse período. Negociação na Bovespa Em 2000, a Bovespa foi reorganizada por meio da assinatura de memorandos de entendimentos entre as bolsas de valores brasileiras. De acordo com estes memorandos, todos os valores mobiliários são negociados somente na Bovespa, com exceção dos títulos de dívida pública negociados eletronicamente e de leilões de privatização, que são negociados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. A negociação de valores mobiliários listados na Bovespa, inclusive Novo Mercado e Níveis Diferenciados de Governança Corporativa 1 e 2, poderá ser realizada fora das bolsas, em mercado de balcão não-organizado, salvo em situações específicas. 55 A Bovespa é uma entidade sem fins lucrativos de propriedade de corretoras-membro. A negociação na Bovespa só pode ser realizada pelas corretoras-membro e por um número limitado de não-membros autorizados. As negociações ocorrem das 10:00h às 17:00h, ou entre 11:00h e 18:00h durante o período de horário de verão no Brasil, em um sistema eletrônico de negociação chamado Megabolsa. A Bovespa também permite negociações das 17:45h às 19:00h, ou entre 18:45h e 19:30h durante o período de horário de verão no Brasil, por um sistema on-line denominado “after market”, conectado a corretoras tradicionais e a corretoras que operam pela internet. As negociações no “after market” estão sujeitas a limites regulatórios sobre volatilidade de preços e sobre o volume de ações negociadas pelos investidores que operam pela Internet. A Pactual Corretora foi contratada pela Companhia para atuar como formadora de mercado em relação às Ações. Em 31 de dezembro de 2005, a capitalização total de mercado das 381 sociedades listadas na Bovespa foi equivalente a, aproximadamente, R$1.128,5 bilhões, enquanto as 10 maiores sociedades listadas na Bovespa representaram, aproximadamente, 51,5% da capitalização total de mercado de todas as sociedades listadas. Embora todas as Ações possam ser negociadas na Bovespa, menos da metade das Ações estarão efetivamente disponíveis para negociação pelo público. É possível que não se desenvolva mercado ativo e líquido para as Ações, o que limitaria a capacidade do investidor de revender as Ações. A fim de manter um melhor controle sobre a oscilação do Índice Bovespa, a Bovespa adotou um sistema “circuit breaker” de acordo com o qual a sessão de negociação é suspensa por um período de 30 minutos ou uma hora sempre que o Índice Bovespa cair abaixo dos limites de 10,0% ou 15,0%, respectivamente, com relação ao índice de fechamento da sessão de negociação anterior. A liquidação de operações de venda de Ações conduzidas na Bovespa é efetuada 3 dias úteis após a data da negociação sem quaisquer reajustes inflacionários. A entrega das ações e o pagamento são feitos por intermédio da câmara de compensação da Bovespa, a CBLC. Geralmente, cabe ao vendedor entregar as ações à Bovespa no segundo dia útil após a data da negociação. Regulamentação do Mercado de Capitais Brasileiro O mercado de capitais brasileiro é regulado pela CVM, que possui autoridade geral sobre as bolsas de valores e os mercados de capitais, assim como pelo CMN e pelo Banco Central, que possui, entre outros poderes, a autoridade de licenciamento de corretoras, regulando também investimentos estrangeiros e operações de câmbio. O mercado de capitais brasileiro é regido pela Lei 6.385/76, pela Lei 6.404/76 e atos normativos expedidos pelo Banco Central, pelo CMN e pela CVM. Segundo a Lei 6.404/76, as companhias podem ser abertas, como a Companhia, ou fechadas. A companhia é considerada aberta quando têm valores mobiliários de sua emissão admitidos à negociação em bolsa de valores ou mercado de balcão. Todas as companhias abertas são registradas na CVM e devem apresentar informações e relatórios periódicos. Ver “XX. Descrição do Capital Social - Divulgação de Informações – Divulgação de Informações Eventuais e Periódicas – Divulgação de Informações Trimestrais – Divulgação de Negociação por Acionista Controlador, Membro do Conselho de Administração, Diretor ou Membro do Conselho Fiscal”. Uma companhia aberta pode ter seus valores mobiliários negociados nas bolsas de valores brasileiras ou no mercado de balcão brasileiro. As ações de companhia aberta, como as Ações, também podem ser negociadas privadamente, com determinadas limitações. O mercado de balcão está dividido em duas categorias: (i) mercado de balcão organizado, no qual as atividades de negociação são supervisionadas por entidades auto-reguladoras autorizadas pela CVM; e (ii) mercado de balcão não-organizado, no qual as atividades de negociação não são supervisionadas por entidades auto-reguladoras autorizadas pela CVM. Em qualquer caso, a operação no mercado de balcão consiste em negociações diretas entre as pessoas, fora da bolsa de valores, com a intermediação de instituição financeira autorizada pela CVM. Nenhuma licença especial, além de registro na CVM (e, no caso de mercados de balcão organizados, no mercado de balcão pertinente), é necessária para que os valores mobiliários de companhia aberta possam ser comercializados no mercado de balcão. 56 A negociação de algum valor mobiliário poderá ser suspensa pela Bovespa em determinadas hipóteses, incluindo-se em conseqüência do anúncio de fato relevante. A negociação também poderá ser suspensa por iniciativa da Bovespa ou da CVM, caso, entre outros motivos, se suspeite que alguma companhia forneceu informações inadequadas em relação a evento relevante ou que tenha fornecido respostas inadequadas a alguma solicitação feita pela CVM ou pela Bovespa. A Lei 6385/76, a Lei 6.404/76 e os regulamentos emitidos pela CVM prevêem, entre outras coisas, obrigações de divulgação de informações, restrições sobre negociações baseadas em informações privilegiadas e manipulação de preços, além de proteções para acionistas minoritários. Ver “XX. Descrição do Capital Social - Direito de Retirada e Reembolso; Restrição à Realização de Determinadas Operações pela Companhia, seus Acionistas Controladores, Conselheiros e Diretores; e Divulgação de Informações – Divulgação de Informações Eventuais e Periódicas – Divulgação de Informações Trimestrais – Divulgação de Negociação por Acionista Controlador, Membro do Conselho de Administração, Diretor ou Membro do Conselho Fiscal”. As negociações nas bolsas de valores brasileiras por não-residentes estão sujeitas a determinadas restrições segundo a legislação brasileira de investimentos estrangeiros. Ver “XX. Descrição do Capital Social Restrições a Investimento Estrangeiro”. O Novo Mercado Em 7 de abril de 2005 a Companhia celebrou “Contrato de Participação no Novo Mercado” com a Bovespa. Esse contrato entrou em vigor em 20 de maio de 2005. O Novo Mercado é um segmento especial do mercado de ações da Bovespa, destinado exclusivamente a companhias que atendam a requisitos mínimos e aceitem submeter-se a regras de “governança corporativa” diferenciadas. Os itens abaixo resumem os principais pontos que caracterizam o Novo Mercado e são aplicáveis à Companhia: ● divisão do capital social exclusivamente em ações ordinárias, vedada a emissão ou manutenção de partes beneficiárias; ● ações que representem no mínimo 25% do capital social devem estar em circulação; ● na alienação de controle, ainda que por vendas sucessivas, o negócio deve ficar condicionado a que sejam estendidas aos acionistas minoritários as mesmas condições oferecidas ao acionista controlador, incluindo o mesmo preço (tag-along), por meio de oferta pública de aquisição de ações; ● Conselho de Administração com no mínimo 5 membros, dos quais, no mínimo, 20% (vinte por cento) deverão ser Conselheiros Independentes, eleitos pela assembléia geral, com mandato unificado de, no máximo, 2 anos, sendo permitida a reeleição; ● exigência de que os novos membros do Conselho de Administração e da Diretoria subscrevam Termos de Anuência dos Administradores, condicionando a posse nos respectivos cargos à assinatura desses documentos, através dos quais os novos administradores da Companhia obrigam-se a agir em conformidade com o Contrato de Participação no Novo Mercado, com o Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado e com o Regulamento do Novo Mercado. Quando, em resultado do cálculo do número de Conselheiros Independentes, obter-se um número fracionário, proceder-se-á ao arredondamento para o número inteiro: (i) imediatamente superior, quando a fração for igual ou superior a 0,5; ou (ii) imediatamente inferior, quando a fração for inferior a 0,5; ● demonstração de fluxo de caixa (da Companhia e consolidado) nos ITRs e nas demonstrações financeiras anuais; 57 ● divulgar, no idioma inglês, a íntegra das demonstrações financeiras, relatório da administração e notas explicativas, elaboradas de acordo com a legislação societária brasileira, acompanhadas de nota explicativa adicional que demonstre a conciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido apurados segundo os critérios contábeis brasileiros e segundo os padrões internacionais IFRS ou US GAAP, conforme o caso, evidenciando as principais diferenças entre os critérios contábeis aplicados, e do parecer dos auditores independentes; ● o cronograma de eventos corporativos deve ser divulgado anualmente, até o final do mês de janeiro; ● a saída do Novo Mercado, bem como o cancelamento de registro como companhia aberta, ficam condicionados à realização de oferta pública de aquisição, pelo controlador, das demais ações da Companhia, por valor no mínimo igual ao seu valor econômico, apurado em laudo de avaliação elaborado por instituição ou empresa especializada, com experiência comprovada e independência quanto ao poder de decisão da companhia, seus administradores e/ou do acionista controlador, além de satisfazer os requisitos do § 1° do artigo 8° da Lei 6.404/76, e conter a responsabilidade prevista no § 6° do mesmo artigo; e ● A Companhia, seus acionistas, administradores e os membros do Conselho Fiscal obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei 6.404/76, no Estatuto Social da Companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, do Contrato de Participação do Novo Mercado e do Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado, nos termos do Regulamento do Novo Mercado. Ver “XX. Descrição do Capital Social - Saída do Novo Mercado - Divulgação de Informações – Divulgação de Informações Eventuais e Periódicas – Divulgação de Informações Trimestrais – Divulgação de Negociação por Acionista Controlador, Membro do Conselho de Administração, Diretor ou Membro do Conselho Fiscal”. 58 XIII-A. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS (DE ACORDO COM AS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS NO BRASIL) E OUTRAS INFORMAÇÕES OPERACIONAIS E FINANCEIRAS, SELECIONADAS As tabelas constantes desta seção exibem dados financeiros selecionados, obtidos nas demonstrações financeiras individuais (controladora) consolidadas da Companhia elaboradas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil. Ver “VIII Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações.”, juntamente com as respectivas notas explicativas. As tabelas a seguir também apresentam dados financeiros e operacionais da Companhia que não integram as demonstrações financeiras da Companhia. As tabelas a seguir apresentam os valores relativos à demonstrações dos resultados consolidados para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001, de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, e devem ser lidas em conjunto com a seção “XIV-A. Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais, de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil”. As Demonstrações Financeiras Individuais (Controladora) e Consolidadas em 31 de dezembro de 2005, 2004 e de 2003 (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil), e Parecer dos Auditores Independentes estão incluídas nos Anexos D e E a este Prospecto. 2005 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Receitas líquidas de aluguéis e vendas: Aluguel de carros Aluguel e gerenciamento de frotas Venda de carros usados Franchising Receitas líquidas totais Custos diretos operacionais: Custos de aluguéis Custo depreciado dos carros usados vendidos Custos totais Lucro bruto Despesas operacionais: Com publicidade e vendas Gerais e administrativas Honorários da Administração Outras Despesas totais Lucro operacional antes dos efeitos financeiros, da amortização do ágio, do imposto de renda e contribuição social e da participação minoritária Despesas financeiras, líquidas Amortização do ágio Resultado não-operacional Imposto de renda e contribuição social Participação minoritária Lucro líquido Lucro por ação Número total de ações – em milhares (**) BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003(*) 2002(*) 2001(*) (em milhares de reais) 258.577 141.993 446.490 7.804 854.864 185.923 122.440 301.889 6.146 616.398 145.217 114.930 250.315 5.235 515.697 149.254 113.352 189.845 4.935 457.386 132.507 114.909 150.347 4.885 402.648 (287.657) (280.827) (568.484) 286.380 (201.012) (180.846) (381.858) 234.540 (175.812) (167.683) (343.495) 172.202 (171.582) (134.702) (306.284) 151.102 (146.838) (108.188) (255.026) 147.622 (62.931) (16.507) (5.703) 2.315 (82.826) (46.771) (11.293) (4.980) (1.872) (64.916) (42.213) (8.950) (5.795) (3.066) (60.024) (41.904) (8.216) (4.372) (2.406) (56.898) (38.511) (9.679) (3.970) (954) (53.114) 203.554 (70.904) (1.143) 168 (34.736) (219) 96.720 1,53 63.302 169.624 (25.798) (1.143) 206 (40.410) (136) 102.343 1,67 61.440 112.178 (23.224) (1.143) 97 (23.742) (106) 64.060 1,04 61.440 94.204 (31.187) (1.141) (125) (15.666) (115) 45.970 0,75 61.440 94.508 (52.682) (1.353) 904 (10.669) (11) 30.697 0,50 61.440 ______ (*) Parte das despesas de pessoal classificadas nas demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2001, 2002 e 2003, como despesas operacionais, foram reclassificadas para os custos de aluguéis, de modo a tornarem consistentes e comparáveis com a demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2005. (**) Em 1º de março de 2005, as ações foram desdobradas na proporção de 4 para 1, o lucro por ação e o número de ações no ano de 2004, 2003, 2002 e 2001 considera este desdobramento. 59 2005 DADOS DO BALANÇO PATRIMONIAL Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 (em milhares de reais) 883.355 698.440 592.365 194.542 223.629 155.442 54.821 46.899 51.074 566.057 359.797 320.361 67.935 68.115 65.488 Total do ativo Caixa, bancos e aplicações financeiras Clientes Veículos operacionais e destinados à venda Outros ativos 1.084.226 70.758 93.334 814.851 105.283 Total do passivo e do patrimônio líquido 1.084.226 883.355 698.440 610.146 39.398 53.210 488.439 58.753 52.371 340.770 81.670 45.727 47.137 61 27.333 78 178.372 155.902 163.000 93.381 Endividamentos de curto e longo prazos Fornecedores Provisão para contingências Outros passivos Participação minoritária Patrimônio líquido: Capital social Outros 592.365 318.404 BR GAAP 2001 533.757 95.551 50.480 323.793 63.933 533.757 18.818 35.847 265.287 24.318 27.037 17 33.403 92 61.690 85 146.970 48.620 129.000 56.801 116.200 39.140 34.666 A tabela abaixo apresenta a dívida líquida da Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: 2005 Dívida Líquida Endividamentos de curto e longo prazos Caixa, bancos e aplicações financeiras 539.388 610.146 70.758 BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 (em milhares de reais) 293.897 117.141 162.962 169.736 488.439 340.770 318.404 265.287 194.542 223.629 155.442 95.551 A Companhia define dívida líquida como endividamento a curto e longo prazos menos caixa, bancos e aplicações financeiras. O termo “dívida líquida” não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não possui um significado padronizado e não pode ser comparado com qualquer termo similar adotado por outras companhias. A tabela abaixo apresenta a reconciliação do lucro líquido para o EBITDA, de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: 2005 Lucro líquido Depreciação de veículos (a) Outras depreciações e amortizações (b) Despesas financeiras, líquidas Resultado não-operacional Imposto de renda e contribuição social Participação minoritária EBITDA (c) Participação do EBITDA nas receitas líquidas 96.720 149.770 7.598 70.904 (168) 34.736 219 359.779 42,1% BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 (em milhares de reais) 102.343 64.060 45.970 30.697 93.670 75.145 73.915 67.811 5.939 4.984 4.567 4.067 25.798 23.224 31.187 52.682 (206) (97) 125 (904) 40.410 23.742 15.666 10.669 136 106 115 11 268.090 191.164 171.545 165.033 43,5% 37,1% 37,5% 41,0% ________ (a) A depreciação de veículos está computada dentro dos custos diretos operacionais. (b) As outras depreciações e amortizações estão computadas dentro dos custos diretos e despesas operacionais. (c) EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização, do resultado não-operacional e da participação minoritária. O EBITDA não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa um fluxo de caixa para o período apresentado, não deve ser considerado como um lucro líquido alternativo, bem como não é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a definição da Companhia de EBITDA não pode ser comparado com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir a própria performance. Adicionalmente, a Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA com um indicador da performance operacional e do fluxo de caixa da empresa. 60 A tabela abaixo apresenta os investimentos de capital da Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: BR GAAP 2005 Investimentos de Capital Renovação da frota Aquisição de carros Aquisição de acessórios Receita líquida de venda de carros Receitas adicionais na venda de carros Líquido para renovação Crescimento da frota Aquisição de carros Aquisição de acessórios Total crescimento da frota Total Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 (em milhares de reais) 2002 2001 489.336 6.631 439.083 9.118 47.766 344.737 4.609 295.233 7.777 46.336 282.303 6.058 244.025 6.953 37.383 208.313 7.291 184.732 5.744 25.128 163.560 4.476 150.907 17.129 191.478 2.595 194.073 241.839 141.866 1.897 143.763 190.099 37.383 37.383 25.128 25.128 77.374 2.117 79.491 96.620 A tabela abaixo apresenta alguns dados operacionais da Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: 2005 BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 Dados Operacionais – Aluguel de Carros Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Número de Diárias Taxa de Utilização Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Idade Média dos Carros Vendidos 15.998 6,1 24.103 3.411.371 58,77% 20.374 24,35 15.691 22,96 11,0 2005 Dados Operacionais – Aluguel e gerenciamento de frotas Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Aluguel de Frotas Gerenciamento de frotas Número de Diárias Taxa de Utilização Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Idade Média dos Carros Vendidos Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Idade Média dos Carros Vendidos 8.118 6,1 12.590 1.839.388 62,93% 11.432 16,14 11.205 16,68 12,8 9.123 7,0 12.418 2.213.458 67,39% 9.276 15,60 8.737 14,03 13,5 7.988 6,1 12.279 2.134.068 73,99% 10.094 14,59 6.706 14,53 14,1 BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 9.606 13,6 8.134 16,4 9.148 21,4 10.410 18,9 11.086 15,4 11.762 929 3.350.790 96,90% 5.731 32,25 3.072 25,12 27,7 9.168 625 2.806.440 95,84% 4.288 30,20 5.071 17,24 33,2 9.765 1.584 3.119.460 94,72% 3.630 26,80 4.263 13,25 33,5 10.427 452 3.728.610 99,49% 2.482 25,49 4.594 13,40 28,3 12.300 148 3.903.540 97,81% 5.270 17,78 3.724 14,36 25,6 2005 Dados Operacionais – Consolidado Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Número de Diárias Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) 10.979 5,3 19.531 2.413.056 60,61% 17.894 19,96 10.644 19,42 11,6 25.604 8,7 35.865 6.762.161 26.105 26,08 18.763 23,31 13,6 61 BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 19.113 10,0 28.699 5.219.496 22.182 21,94 15.715 18,72 18,3 17.266 14,1 22.355 4.958.848 15.062 18,71 15.468 15,73 17,5 19.533 13,4 22.845 5.942.068 11.758 17,69 13.331 13,81 18,0 19.074 10,8 24.579 6.037.608 15.364 15,68 10.430 14,47 18,0 XIII-B. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS (DE ACORDO COM OS U.S. GAAP) E OUTRAS INFORMAÇÕES OPERACIONAIS E FINANCEIRAS, SELECIONADAS As tabelas constantes desta seção exibem dados financeiros selecionados, obtidos nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia elaboradas de acordo com os U.S. GAAP. Ver “VIII. Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações”. As tabelas a seguir também apresentam dados financeiros e operacionais da Companhia que não integram as demonstrações financeiras consolidadas da Companhia. A tabela abaixo apresenta os valores relativos às demonstrações dos resultados consolidados para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001, de acordo com os U.S. GAAP, e devem ser lidas em conjunto com a seção “XIV-B. Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais, de acordo com os U.S. GAAP”. As Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2005, 2004 e de 2003 (de acordo com os U.S. GAAP), e Parecer dos Auditores Independentes estão incluídas nos Anexos F e G a este Prospecto. 2005 Receitas líquidas de aluguéis e vendas: Aluguel de carros Aluguel e gerenciamento de frotas Venda de carros usados Franchising Receitas líquidas totais Custos e despesas operacionais: Custos de aluguéis Custo depreciado dos carros usados vendidos Tributos incidentes sobre faturamento Vendas Gerais, administrativas e outras Depreciação dos veículos Outras depreciações e amortizações Custos e despesas operacionais totais Lucro operacional antes dos efeitos financeiros, da amortização do ágio, do imposto de renda e contribuição social e da participação minoritária Receitas (despesas) financeiras, líquidas Outras receitas (despesas) não-operacionais, líquidas Imposto de renda e contribuição social Participação minoritária Efeito cumulativo de mudança de principio contábil Lucro líquido Outros resultados compreensivos Lucro compreensivo Lucro por ação básico Número total de ações – em milhares (**) Lucro por ação diluído Número total de ações – em milhares (**) (*) US GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003(*) 2002(*) 2001(*) (em milhares de reais) 271.282 149.221 448.201 8.200 876.904 197.098 127.822 303.010 6.526 634.456 155.291 120.309 250.978 5.456 532.034 (134.710) (354.505) (22.040) (66.629) (21.033) (36.513) (6.456) (641.886) (107.156) (238.807) (18.058) (52.660) (20.173) (18.557) (4.796) (460.207) (97.924) (206.579) (16.337) (42.194) (16.769) (37.222) (3.841) (420.866) 235.018 (84.415) 165 (44.030) (219) 106.519 __ 106.519 1,71 62.151 1,69 62.936 174.249 (43.016) 207 (40.736) (136) 90.568 __ 90.568 1,47 61.440 1,47 61.440 111.168 40.677 97 (46.196) (106) 105.640 475 106.115 1,72 61.440 1,72 61.440 162.595 118.782 190.476 5.111 476.964 144.253 120.229 150.907 5.056 420.445 (94.265) (76.652) (156.270) (118.655) (19.578) (17.795) (42.369) (40.309) (14.706) (12.536) (31.062) (43.995) (3.426) (4.133) (361.676) (314.075) 115.288 (82.814) (125) (5.585) (115) 26.649 (861) 25.788 0,43 61.440 0,43 61.440 106.370 (50.464) 4.475 (16.493) (907) 42.981 11 42.992 0,70 61.440 0,70 61.440 Parte das despesas de pessoal classificadas nas demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2001, 2002 e 2003, como despesas operacionais, foram reclassificadas para os custos de aluguéis, de modo a tornarem consistentes e comparáveis com a demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2005. (**) Em 1º de março de 2005, as ações foram desdobradas na proporção de 4 para 1, o lucro por ação e o número de ações no ano de 2004, 2003, 2002 e 2001 considera este desdobramento. 62 2005 Total do ativo Caixa, bancos e aplicações financeiras Títulos e valores mobiliários Clientes Veículos operacionais Outros ativos Total do passivo e do patrimônio líquido Endividamentos de curto e longo prazos Fornecedores Provisão para contingências Outros passivos Participação minoritária Patrimônio líquido: Capital social Outros 1.169.532 70.758 93.334 900.237 105.203 1.169.532 610.146 39.398 53.210 72.034 269 US GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 (em milhares de reais) 863.574 662.403 566.575 495.891 129.345 159.264 71.391 36.019 11.078 16.082 54.821 46.899 51.074 50.480 612.150 388.861 350.438 332.783 67.258 67.379 82.594 60.527 863.574 662.403 566.575 495.891 410.550 246.303 279.758 229.164 58.753 81.670 18.818 24.318 52.371 45.727 35.847 27.037 48.388 45.470 37.438 24.194 153 17 92 85 194.781 199.694 169.723 123.636 153.693 89.523 135.723 58.899 122.923 68.170 A tabela abaixo apresenta a dívida líquida da Companhia, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: 2005 Dívida Líquida Endividamentos de curto e longo prazos Caixa, bancos, aplicações financeiras e valores mobiliários 539.388 610.146 70.758 Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 (em milhares de reais) 281.205 87.039 197.289 410.550 246.303 279.758 129.345 159.264 82.469 US GAAP 2001 177.063 229.164 52.101 A Companhia define dívida líquida como endividamento a curto e longo prazos menos caixa, bancos e aplicações financeiras. O termo “dívida líquida” não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não possui um significado padronizado e não pode ser comparado com qualquer termo similar adotado por outras companhias. A tabela abaixo apresenta a reconciliação do lucro líquido para o EBITDA, de acordo com os U.S. GAAP para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: 2005 Lucro Líquido Depreciação de veículos Outras depreciações e amortizações Despesa de remuneração referente ao Programa de Opções de Compra de Ações Receitas (despesas) financeiras, líquidas Outras receitas (despesas) não-operacionais, líquidas Imposto de renda e contribuição social Efeito acumulado de mudança de práticas contábeis Participação minoritária EBITDA (a) Participação do EBITDA nas receitas líquidas 106.519 36.513 6.456 7.828 84.415 (165) 44.030 219 285.815 32,60% Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 (em milhares de reais) 90.568 105.640 26.649 18.557 37.222 31.062 4.796 3.841 3.426 12.404 43.016 (207) 40.736 136 210.006 33,10% (40.677) (97) 46.196 106 152.231 28,60% 82.814 125 5.585 115 149.776 31,40% US GAAP 2001 42.981 43.995 4.133 50.464 (4.475) 16.493 907 154.498 36,75% ____________ (a) EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização, das despesas com o programa de opções de compra de ações, de outras receitas (despesas) não operacionais, liquidas e da participação minoritária. O EBITDA não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa um fluxo de caixa para o período apresentado não deve ser considerado como um lucro líquido alternativo bem como não é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a definição da Companhia de EBITDA não pode ser comparado com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir a própria performance. Adicionalmente, a Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA com um indicador da performance operacional e do fluxo de caixa da empresa. 63 A tabela abaixo apresenta os investimentos de capital da Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: Investimento de Capital - Aquisição de carros e acessórios .......................... - Receita líquida de venda de carros ....................... Total........................................................................ 2005 690,040 448,201 241,839 US GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 (em milhares de reais) 493,109 288,361 215,604 247,527 303,010 250,978 190,476 150,907 190,099 37,383 25,128 96,620 Investimento de Capital não possui um significado padrão e a definição da Companhia de Investimento de Capital não pode ser comparado com o Investimento de Capital apresentado por outras companhias. A tabela abaixo apresenta dados operacionais da Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001: 2005 Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 US GAAP 2001 Dados Operacionais – Aluguel de Carros Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Número de Diárias Taxa de Utilização Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Receita Média Diária por Carro (R$) Depreciação Média por Carro (R$) Idade Média dos Carros Vendidos 15.998 6,1 24.103 3.411.371 58,77% 20.374 24,35 15.691 22,96 79.52 492.3 11.0 2005 Dados Operacionais – Aluguel e gerenciamento de frotas Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Aluguel de Frotas Gerenciamento de frotas Número de Diárias Taxa de Utilização Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Receita Média Diária por Carro (R$) Depreciação Média por Carro (R$) Idade Média dos Carros Vendidos 8.118 6,1 12.590 1.839.388 62,93% 11.432 16,14 11.205 16.68 84,43 1.752.3 12.8 9.123 7,0 12.418 2.213.458 67,39% 9.276 15,60 8.737 14.04 73.46 1.656.2 13.5 7.988 6,1 12.279 2.134.068 73,99% 10.094 14,59 6.706 14.53 67.60 2.142.5 14.1 US GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 2001 9.606 13,6 8.134 16,4 9.148 21,4 10.410 18,9 11.086 15,4 11.762 929 3.350.790 96,90% 5.731 32,25 3.072 25,12 44,28 2.981.3 27,7 9.168 625 2.806.440 95,84% 4.288 30,20 5.071 17,24 45,25 1.845.5 33,2 9.765 1.584 3.119.460 94,72% 3.630 26,80 4.263 13,40 38,35 2.513.9 33,5 10.427 452 3.728.610 99,50% 2.482 25,49 4.594 13,50 31,30 1.532.4 28,3 12.300 148 3.903.540 97,81% 5.270 17,78 3.724 14,36 30,80 2.424.8 25,6 2005 Dados Operacionais – Consolidado Frota Média Operacional Idade Média da Frota em Operação (meses) Frota no final do período Número de Diárias Número de Carros Comprados Preço Médio - Carros comprados (R$ mil) Número de Carros Vendidos Preço Médio - Carros vendidos (R$ mil) Depreciação Média por Carro (R$) Idade média dos carros vendidos 10.979 5,3 19.531 2.413.056 60,61% 17.894 19,96 10.644 19,42 81.68 322.9 11.6 25.604 8,7 35.865 6.762.161 26.105 26,08 18.763 23,31 1.426.1 13,6 64 US GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2004 2003 2002 (em milhares de reais) 19.113 10,0 28.699 5.219.496 22.182 21,94 15.715 18,72 970.9 18,3 17.266 14,1 22.355 4.958.848 15.062 18,71 15.468 15,78 2.155.9 17,5 19.533 13,4 22.845 5.942.068 11.758 17,69 13.331 13,86 1.590.3 18,0 2001 19.074 10,8 24.579 6.037.608 15.364 15,68 10.430 14,47 2.306.7 18,0 XIV-A. ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO E DISCUSSÃO SOBRE A SITUAÇÃO FINANCEIRA E OS RESULTADOS OPERACIONAIS, DE ACORDO COM AS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS NO BRASIL Esta seção é baseada na discussão e análise da Administração e deve ser lida em conjunto com as seguintes demonstrações financeiras incluídas neste Prospecto: Demonstrações Financeiras Individuais (Controladora) e Consolidadas em 31 de dezembro de 2005, 2004 e de 2003 (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil), e Parecer dos Auditores Independentes, incluídas nos Anexos D e E a este Prospecto. Principais Fatores que Podem Afetar as Operações e Condição Financeira da Companhia Cenário Macro-Econômico Brasileiro Desde a posse do atual governo, a economia brasileira vem apresentando um maior grau de estabilidade e de maneira geral, dando continuidade à política macroeconômica do governo anterior, priorizando a responsabilidade fiscal. Em conseqüência disso, a confiança dos investidores foi recuperada em 2003 e o real valorizou-se em 18,2% em relação ao dólar, tendo fechado em R$2,8892 para US$1,00 em 31 de dezembro de 2003. A inflação anual em 2003, medida pelo IPCA, foi de 9,3%. Nesse ano, entretanto, o PIB cresceu apenas 0,5%. O Bacen reduziu a taxa de juros sete vezes ao longo do ano de 2003. Em 2004, a economia brasileira mostrou importantes melhorias em seus principais indicadores. O PIB cresceu em 4,9%, a taxa média de desemprego caiu de 12,3% para 11,5% nas principais regiões metropolitanas do País, de acordo com as estimativas de desemprego publicadas pelo IBGE. O Brasil registrou um superávit primário nas contas públicas (antes do pagamento de suas dívidas) de 4,61%, o que foi acima da meta de 4,25% do PIB estabelecida pelo Fundo Monetário Internacional como parte de seu acordo de empréstimo então em vigor com o Brasil naquele período. Durante 2004, o Brasil teve um superávit comercial de US$34 bilhões. A inflação, conforme medida pelo IPCA, foi de 7,6% em 2004 e 5,7% em 2005. Em 2004, o Real valorizou-se em 8,1% em comparação ao dólar norte-americano. Entretanto, o aumento das atividades econômicas causou alguma preocupação com relação à inflação, o que resultou na manutenção em níveis elevados da taxa de juros pela autoridade monetária. Adicionalmente, a carga tributária aumentou de 35,06% para 35,67% do PIB brasileiro, de acordo com a estimativa da Associação Brasileira dos Secretários de Finanças das Capitais. Para controlar a inflação, o Governo Federal e o Bacen introduziram uma série de políticas destinadas a regular a disponibilidade de crédito e nível de consumo. Uma das principais políticas para controlar a inflação foi promover alterações na taxa básica de juros (SELIC). Em decorrência disso, a SELIC apresentou bastante volatilidade nos últimos anos, tendo aumentado de 19,0% no final de 2001 para 25,0% no final de 2002. No entanto, devido principalmente à uma redução das taxas de inflação a partir de 2003, o Bacen começou a reduzir significativamente as taxas de juros durante o segundo semestre de 2003. No final de 2003, a SELIC havia baixado para 16,5%. Durante o ano de 2004, o Bacen aumentou a SELIC e, no final do ano, a taxa havia atingido o nível de 17,75%. A despeito desse aumento, as taxas de juros médias em 2004 permaneceram mais baixas do que as taxas médias em 2003. O ano de 2005 foi marcado pelas denúncias de corrupção contra integrantes do governo e deputados federais da base de sustentação do atual presidente e pelo esforço do Banco Central em atingir a meta de inflação de 5,1% no ano, o que resultou na manutenção em níveis elevados da taxa de juros. Porém, com o desaquecimento da economia e conseqüente redução das taxas de inflação, a partir de novembro o Bacen iniciou um processo de redução da taxa básica de juros de modo a incentivar a retomada do crescimento econômico. Em 31 de dezembro de 2005, a taxa básica de juros era 18,00%. Na data deste Prospecto, o patamar da taxa de juros é de 16,50%. 65 Em 2005, o Real valorizou-se em 11,5% em comparação ao dólar norte-americano. Apesar dessa valorização, o Brasil teve um superávit comercial de US$44,8 bilhões, seu mais alto superávit comercial de todos os tempos. A taxa média de desemprego caiu de 11,5% para 9,8% nas principais regiões metropolitanas do País, de acordo com as estimativas de desemprego publicadas pelo IBGE. A inflação, conforme medida pelo IPCA, foi de 5,7% em 2005. A tabela a seguir fornece os dados do crescimento real do PIB, inflação, taxas de juros e taxa de câmbio do dólar norte-americano nos períodos indicados. 2001 Crescimento real do PIB ......................................... Inflação (IGP-M)(1) .................................................. Inflação (IPCA)(2) .................................................... INCC ....................................................................... CDI(3) ....................................................................... Libor(4) .................................................................... Valorização do Real face ao Dólar ........................ Taxa de câmbio do fim do período — US$ 1.00 .... Taxa de câmbio média — US$1.00(5) ..................... 1,4% 10,4% 7,7% 7,0% 17,3% 4,1% -18,7% R$2,321 R$2,352 Exercício Social encerrado em 31 de dezembro de 2002 2003 2004 1,9% 0,5% 4,9% 25,3% 8,7% 12,4% 12,5% 9,3% 7,6% 10,9% 14,8% 12,4% 19,1% 16,8% 17,5% 4,0% 4,2% 4,9% -52,3% 18,2% 8,1% R$3,533 R$2,889 R$2,654 R$2,934 R$3,071 R$2,926 2005 2,3% 1,2% 5,7% 6,8% 19% 4,7% 11,5% R$2,348 R$2,433 Fontes: Fundação Getúlio Vargas, BACEN e Bloomberg. (1) A Inflação (IGP-M) é o índice geral de preço do mercado medido pela Fundação Getúlio Vargas. (2) A Inflação (IPCA) é um índice de preços ao consumidor medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (3) A taxa CDI é a média das taxas dos depósitos interfinanceiros praticadas durante o dia no Brasil (acumulada para o mês do fim do período, atualizada). (4) Taxa Libor para depósito de 6 meses. (5) Média das taxas de câmbio do último dia de cada mês durante o período. Efeitos da inflação sobre os resultados operacionais e condição financeira Os custos e despesas da Companhia são denominados em reais. A Companhia procura compensar os aumentos de custos decorrentes de inflação e aumentos reais, principalmente com ações de melhoria interna de produtividade e através de aumento de preço, inclusive por meio de cláusulas contratuais que prevêem reajustes baseados no IGP-M ou outros índices de inflação, incluídas nos contratos de aluguel e gerenciamento de frotas. Nem sempre a Companhia consegue repassar o aumento dos custos para seus clientes, principalmente no negócio de aluguel de carros, tendo em vista o ambiente competitivo da indústria. Sazonalidade O segmento de turismo de lazer do mercado de aluguel de carros tem seu pico na segunda quinzena de dezembro e nos meses de janeiro, fevereiro, março e julho, devido ao verão e aos períodos de férias escolares e feriados prolongados, tais como natal, reveillon, carnaval e semana santa. Outras áreas de negócios da Companhia não passam por grandes flutuações em suas operações. Investimentos em Carros A Companhia investiu R$690,0 milhões em aquisições de carros em 2005, e R$493,1 milhões em 2004. No exercício findo em 31 de dezembro de 2005, as receitas líquidas de vendas de carros usados foram de R$448,2 milhões, resultando em investimentos líquidos de R$241,8 milhões. As receitas líquidas de vendas de carros usados em 2004 foram de R$303,0 milhões, resultando em investimento líquido de R$190,1 milhões em 2004. 66 Outros Dispêndios de Capital No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, a Companhia investiu R$28,0 milhões em bens do ativo imobilizado (exceto carros). Em 2004, a Companhia investiu R$10,2 milhões em bens do ativo imobilizado (exceto carros), em comparação com R$7,3 milhões em 2003. Os dispêndios de capital da Companhia nos últimos três exercícios consistiram principalmente de: • abertura de novas agências de aluguel de carros e pontos de venda de carros usados; • reforma e padronização de novo design das agências de aluguel de carros e pontos de venda de carros usados, bem como reforma da sede, incluindo mobiliário e totens; • melhorias nos sistemas de informática da Companhia; e • compra de móveis, equipamentos de informática, software, dentre outros. A Companhia espera financiar seus futuros dispêndios de capital, excluindo investimentos em carros, com recursos próprios oriundos da geração de caixa de suas operações. Principais Práticas Contábeis As principais práticas contábeis adotadas foram as seguintes: • Aplicações financeiras - Estão registradas pelo montante aplicado, acrescido dos rendimentos auferidos até a data dos balanços; • Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Constituída através da análise individual dos créditos a receber, em montante considerado pela Administração como suficiente para cobrir possíveis perdas na realização desses créditos, considerando a experiência passada, a situação financeira atual dos clientes da Companhia e suas controladas e a posição de títulos vencidos; • Imobilizado - Substancialmente avaliados ao custo, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. As imobilizações são depreciadas pelo método linear às taxas anuais de 20% para veículos e equipamentos de informática, 4% para construções em imóveis próprios e 10% para os demais itens. As construções e benfeitorias em imóveis de terceiros são amortizadas durante o prazo de vigência dos contratos de locação. Os terrenos estão avaliados pelo valor de reavaliação. Os veículos operacionais foram classificados no ativo imobilizado, independentemente do prazo estimado de realização ou de sua reposição, de acordo com entendimento da CVM; • Indenizações e sinistros - A Companhia e sua controlada Total Fleet registram provisão para eventuais indenizações decorrentes de acidentes causados por carros alugados, baseada na opinião de seus assessores legais. A Companhia e sua controlada Total Fleet não contratam seguro contra riscos envolvendo danos causados por colisão e roubo dos veículos. Tais perdas são registradas quando incorridas; • Imposto de renda e contribuição social - Foram registrados pelo regime de competência de exercícios, calculados levando-se em consideração a legislação fiscal em vigor e reconhecidos nos resultados dos exercícios. Tendo em vista expectativa de realização, a Companhia e suas controladas reconhecem créditos tributários sobre prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e efeitos intertemporais, passíveis de serem compensados com lucros futuros; • Ativos e passivos vinculados a moedas estrangeiras ou sujeitos à atualização monetária - Os ativos e passivos vinculados a moedas estrangeiras são convertidos para reais pela taxa de câmbio divulgada pelo Banco Central do Brasil nas datas dos balanços. Os ativos e passivos em reais e sujeitos à indexação contratual ou legal são corrigidos nas datas dos balanços pela aplicação do correspondente índice. Ganhos e perdas decorrentes de variações cambiais e monetárias são reconhecidos no resultado em bases correntes; 67 • Lucro por ação - Calculado com base no número de ações em circulação nas datas dos balanços; • Juros sobre o capital próprio - Os juros creditados a acionistas, calculados nos termos da Lei nº 9.249/95, são registrados nos resultados, nas rubricas de despesas financeiras, conforme determina a legislação fiscal. Para fins de divulgação das demonstrações financeiras, os juros creditados são apresentados a débito de lucros acumulados e os juros recebidos a crédito de investimentos; • Uso de estimativas - A preparação de demonstrações financeiras requer que a Administração efetue estimativas e adote premissas, no seu melhor julgamento, que afetam os montantes apresentados de ativos e passivos, assim como os valores das receitas, custos e despesas. Os valores reais podem diferir daqueles estimados; e • Apuração dos resultados - Os resultados são apurados pelo regime de competência de exercícios. Receitas Líquidas de Aluguéis e Vendas (receita após as deduções correspondentes a cancelamentos, descontos e tributos incidentes sobre o faturamento) As receitas da Companhia consistem principalmente de: y Aluguel de carros. Receitas geradas pelo aluguel de carros a clientes nos segmentos de turismo de lazer e de negócios, inclusive através de agências de viagem, bem como os segmentos de replacement, e minilease. São, ainda, computadas as receitas de venda de coberturas de risco, motoristas e taxas em geral. y Aluguel e gerenciamento de frotas. Receitas geradas pelo aluguel e gerenciamento de frotas de carros a longo prazo para clientes corporativos. y Venda de carros usados. Receitas geradas pela venda de carros utilizados nos negócios de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas. y Franquia. Receitas relativas a taxas iniciais e royalties mensais. Custos de Aluguéis e Vendas Os custos de aluguéis e das vendas da Companhia consistem principalmente de: y Custos diretos operacionais do aluguel de carros. Incluem manutenção, sinistros (acidentes e furtos), transporte, emplacamento, licenciamento, mão-de-obra operacional (incluem salários, encargos e benefícios relacionados) responsável pelo atendimento e manutenção, e custos relativos às agências, dentre eles concessões pagas a autoridades aeroportuárias, aluguéis de imóveis e de rede de dados e voz, depreciação e amortização de imobilizados/benfeitorias, serviços de utilidade pública. Incluem, ainda, despesas de depreciação relacionadas aos carros geradores de receita e acessórios a eles incorporados. Tal depreciação é calculada pela aplicação de taxas percentuais de 20% ao ano, linearmente. y Custos diretos operacionais do aluguel e gerenciamento de frotas. Incluem os mesmos custos do aluguel de carros, exceto pelos custos associados às agências. 68 y Custo depreciado dos carros usados vendidos. Consiste no valor de aquisição dos carros (e seus acessórios) registrado contabilmente pelo custo (sem correção monetária), depreciado linearmente até a data da venda, reduzido do desconto técnico. O desconto técnico é um valor imputado aos custos operacionais diretos de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas, conforme o caso, que equivale ao desconto concedido ao comprador quando o carro vendido necessita de reparos. y Custos diretos operacionais de franquia. Consistem basicamente em gastos com pessoal (salários, encargos e benefícios) responsável por prestar assistência aos franqueados e gastos de viagem. Despesas Operacionais As despesas operacionais da Companhia consistem principalmente de: y Despesas com publicidade e vendas. Incluem gastos com publicidade; gastos com equipe de vendas, custos de call center; comissões a vendedores, agentes de viagem e outros terceiros, provisão para créditos de liquidação duvidosa e outras relacionadas. y Despesas gerais e administrativas, honorários da administração e outras. Incluem basicamente gastos com pessoal administrativo, bem como administradores. y Resultado não-operacional. Incluem os resultados não-operacionais. y Despesas financeiras, líquidas. Incluem receitas e despesas de juros, tributos incidentes sobre receitas financeiras (PIS/COFINS até julho de 2004), tributo incidente sobre movimentação financeira (CPMF), variação monetária e ganhos (perdas) cambiais líquidos, bem como ganhos (perdas) realizados e não realizados em derivativos. y Imposto de renda e contribuição social. Referem-se ao imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos sobre o lucro líquido, que podem atingir, em conjunto, a alíquota máxima de 34% do lucro da Companhia, sendo: (i) imposto de renda, recolhido à alíquota de 15% sobre o lucro do exercício; (ii) adicional do imposto de renda, incidente sobre a parcela do lucro que exceder R$240 mil ao ano, recolhido à alíquota de 10%; e (iii) contribuição social sobre o lucro líquido, recolhida à alíquota de 9%, e (iv) imposto de renda e contribuição social diferidos, registrados pelas alíquotas supracitadas sobre as diferenças intertemporais, além de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social. 69 Resultados Operacionais Consolidados A tabela abaixo apresenta os valores relativos à demonstração dos resultados consolidados para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003 e os percentuais das receitas líquidas para os períodos indicados: 2005 Em R$ (mil) Receitas líquidas de aluguéis e vendas: Aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas Venda de carros usados Franchising Receitas líquidas totais Custos diretos operacionais: 2005 % da receita líquida 2004 Em R$ (mil) 2004 % da receita líquida 2003(*) Em R$ (mil) 2003 % da receita líquida BR GAAP Variação Variação 2005x2004 2004x2003 400.570 446.490 7.804 854.864 46,9 52,2 0,9 100,0 308.363 301.889 6.146 616.398 50,0 49,0 1,0 100,0 260.147 250.315 5.235 515.697 50,5 48,5 1,0 100,0 29,9% 47,9% 27,0% 38,7% 18,5% 20,6% 17,4% 19,5% Custos de aluguéis Custo depreciado dos carros usados vendidos Custos totais Lucro bruto Despesas operacionais: Com publicidade e vendas Gerais e administrativas Honorários da Administração Outras Despesas totais Lucro operacional antes dos efeitos financeiros, da amortização do ágio, do imposto de renda e contribuição social e da participação minoritária Despesas financeiras, líquidas Amortização de ágio (287.657) (33,6) (201.012) (32,6) (175.812) (34,1) 43,1% 14,3% (280.827) (568.484) 286.380 (32,9) (66,5) 33,5 (180.846) (381.858) 234.540 (29,3) (61,9) 38,1 (167.683) (343.495) 172.202 (32,5) (66,6) 33,4 55,3% 48,9% 22,1% 7,8% 11,2% 36,2% (62.931) (16.507) (5.703) 2.315 (82.826) (7,4) (1,9) (0,7) 0,3 (9,7) (46.771) (11.293) (4.980) (1.872) (64.916) (7,6) (1,8) (0,8) (0,3) (10,5) (42.213) (8.950) (5.795) (3.066) (60.024) (8,2) (1,7) (1,1) (0,6) (11,6) 34,6% 46,2% 14,5% 23.7% 27,6% 10,8% 26,2% (14,1)% (38,9)% 8,2% 203.554 23,8 169.624 27,5 112.178 21,8 20,0% 51,2% (70.904) (1.143) (8,3) (0,1) (25.798) (1.143) (4,2) (0,2) (23.224) (1.143) (4,5) (0,2) 174,8% - 11,1% - Resultado não-operacional Imposto de renda e contribuição social Participação minoritária Lucro líquido 168 (0,0) 206 (0,0) 97 (0,0) (18,4)% 112,4% (34.736) (219) 96.720 (4,1) (0,0) 11,3 (40.410) (136) 102.343 (6,6) 0,0 16,6 (23.742) (106) 64.060 (4,6) 0,0 12,4 (14,0)% 61,0% (5,5)% 70,2% 28,3% 59,8% Lucro por ação Número total de ações – em milhares (**) 1,53 1,67 1,04 63.302 61.440 61.440 (*) Parte das despesas de pessoal classificadas nas demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2003, como despesas operacionais, foram reclassificadas para os custos de aluguéis, de modo a tornarem consistentes e comparáveis com a demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2005. (**) Em 1º de março de 2005, as ações foram desdobradas na proporção de 4 para 1, o lucro por ação e o número de ações no ano de 2004 e 2003 considera este desdobramento. 70 A tabela abaixo apresenta a reconciliação do lucro líquido para o EBITDA para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003: Exercício findo em 31 de dezembro 2005 2004 (em milhares de reais) 96.720 102.343 149.770 93.670 7.598 5.939 70.904 25.798 (168) (206) 34.736 40.410 219 136 359.779 268.090 42,1% 43,5% Lucro líquido Depreciação de veículos (a) Outras depreciações e amortizações (b) Despesas financeiras, líquidas Resultado não-operacional Imposto de renda e contribuição social Participação minoritária EBITDA (c) Participação do EBITDA nas receitas líquidas BR GAAP 2003 64.060 75.145 4.984 23.224 (97) 23.742 106 191.164 37,1% __________ (a) (b) (c) A depreciação de veículos está computada dentro dos custos diretos operacionais. As outras depreciações e amortizações estão computadas dentro dos custos diretos de despesas operacionais. EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização, do resultado não-operacional e da participação minoritária. O EBITDA não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa um fluxo de caixa para o período apresentado, não deve ser considerado como um lucro líquido alternativo, bem como não é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a definição da Companhia de EBITDA não pode ser comparado com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir a própria performance. Adicionalmente, a Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA com um indicador da performance operacional e do fluxo de caixa da empresa. Os custos incorridos pela Companhia com as Instituições Participantes da Oferta são estimados em R$ 13,3 milhões e serão contabilizados em nossas demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2006, invariavelmente afetando o resultado de nossas operações. O montante de recursos líquidos das comissões pagas às Instituições Participantes da Oferta será a princípio alocado nas contas Disponibilidades e Aplicações Financeiras. A Companhia incorrerá ainda em despesas relacionadas aos esforços de venda no Brasil e no exterior das Ações, incluindo, mas não se limitando a: (i) realização de road show para apresentação da Companhia e da Oferta Pública a potenciais investidores; (ii) honorários relacionados a serviços profissionais de consultoria legal no âmbito da Oferta Pública; e (iii) publicação e serviços de impressão de documentos e materiais pertinente à Oferta Pública. Tais despesas, estimadas em R$ 2,2 milhões, serão também contabilizadas nas demonstrações financeiras da Companhia relativas ao exercício social de 2006, igualmente afetando o resultado de suas operações. Para outros dados a respeito, vide “III. Informações sobre a Oferta Pública – Custos de Distribuição.” Período encerrado em 2005 comparado ao período encerrado em 2004 Receitas Líquidas de Aluguéis e Vendas As receitas líquidas de aluguéis e vendas da Companhia aumentaram 38,7%, passando de R$616,4 milhões em 2004 para R$854,9 milhões em 2005. Tal aumento é atribuído principalmente a um aumento nos volumes de diárias do aluguel de carros e de frota, bem como aos aumentos de volume e dos preços médios dos carros usados vendidos. As receitas de aluguel de carros aumentaram 39,1%, passando de R$185,9 milhões em 2004 para R$258,6 milhões em 2005. Tal acréscimo deveu-se principalmente a um crescimento de 41,4% no volume de diárias, parcialmente compensado por uma redução de 1,6% nas tarifas médias de locação. A elevação do volume foi observada em todos os segmentos de negócios da Companhia. Esse crescimento deve-se ao: (i) aumento do 71 nível de atividade econômica no Brasil em 2005; (ii) aumento do fluxo de passageiros em aeroportos; (iii) aumento dos usuários de cartão de crédito; e (iv) foco nos negócios de aluguel no próprio domicílio dos clientes corporativos, bem como nos setores da economia de maior crescimento. Em 2005, o crescimento foi principalmente orgânico, concentrado nas 83 agências já existentes em 2004, já que as 34 agências recentemente abertas contribuíram com 3,4% do total de diárias. Não obstante as tarifas em todos os segmentos terem aumentado, o aumento do volume das diárias decorrentes do negócio de mini-lease impactou a tarifa média global, reduzindo-a pelo fato da tarifa média do mini-lease ser menor. As receitas de aluguel e gerenciamento de frotas aumentaram 16,0%, passando de R$122,4 milhões em 2004 para R$142,0 milhões em 2005. Tal acréscimo é atribuído a um crescimento de 19,4% no volume de veículos locados, que foi parcialmente compensado por uma queda de 1,6% nos preços médios de locação. O aumento do volume de negócios decorreu de novos contratos firmados em 2005. A redução nos preços médios foi pelo aumento de competitividade. As receitas com venda de carros usados aumentaram 47,9%, passando de R$301,9 milhões em 2004 para R$446,5 milhões em 2005. Esse crescimento decorreu do aumento de 19,4% no volume de carros vendidos (15.715 carros em 2004 e 18.763 carros em 2005), bem como de um crescimento de 24,6% nos preços médios de venda. A elevação do volume de carros vendidos reflete o próprio crescimento da frota, principalmente do aluguel de carros, nos últimos anos, dentro de um programa regular de renovação. O aumento nos preços médios de venda reflete os reajustes superiores à inflação praticados pelas montadoras a partir de 2004, que se refletiram no mercado de carros usados, bem como mudança do mix de carros vendidos compostos de carros de preços mais elevados e a redução na idade média dos carros vendidos da Total Fleet, passando de 33,2 meses em 2004 para 27,7 meses em 2005. As receitas de franchising aumentaram 27,0%, passando de R$6,1 milhões em 2004 para R$7,8 milhões em 2005 principalmente em função do aumento no nível da atividade econômica no Brasil em 2005. Custos de Aluguéis e Vendas Os custos operacionais diretos aumentaram 48,9%, passando de R$381,9 milhões em 2004 para R$568,5 milhões em 2005. Como um percentual das receitas líquidas, os custos operacionais diretos aumentaram de 61,9% em 2004 para 66,5% em 2005. Tal acréscimo foi causado principalmente por (i) aumento do custo depreciado dos carros vendidos, em decorrência da redução da idade média dos carros vendidos em 2005 (13,6 meses) em relação a 2004 (18,3 meses), tal aumento foi superior à elevação dos preços médios de venda de carros usados, citada acima; e (ii) aumento da despesa de depreciação devido ao aumento de 18,9% no preço médio dos carros comprados, enquanto as tarifas de aluguel apresentaram ligeira redução. Os custos operacionais diretos de aluguel de carros aumentaram 54,6% passando de R$121,8 milhões em 2004 para R$188,4 milhões em 2005. Como um percentual das receitas líquidas de aluguel de carros, os custos aumentaram, passando de 65,5% em 2004 para 72,9% em 2005. Tal crescimento verificou-se principalmente nos custos de depreciação, no valor de R$40,6 milhões, devido ao aumento da frota e do preço dos carros comprados em 22.0%. Outros aumentos de custos, que decorreram principalmente do aumento do número de agências da Companhia foram: (i) gastos com pessoal das áreas de atendimento; (ii) gastos com agências (aluguel de imóvel e de rede de dados e voz, depreciação e amortização de outros imobilizados/benfeitorias); e (iii) reparação de carros sinistrados. Os custos operacionais diretos do aluguel e gerenciamento de frotas aumentaram 25,8%, passando de R$76,7 milhões em 2004 para R$96,5 milhões em 2005. Como um percentual das receitas líquidas de aluguel e gerenciamento de frotas, tais custos aumentaram de 62,6% em 2004 para 67,9% em 2005. Esse crescimento se deve ao aumento de R$15,5 milhões nos custos de depreciação, devido à mudança no mix da frota, composto por carros de maior valor, bem como em função de: (i) um acréscimo nos custos com manutenção e reparos de carros no valor de R$2,5 milhões; (ii) aumento nos gastos com licenciamento de R$1,2 milhão, resultado do crescimento da frota; e (iii) elevação de R$0,5 milhão em gastos com pessoal da administração da manutenção (terceirizados). 72 O custo depreciado dos carros vendidos, aumentou 55,3%, passando de R$180,8 milhões em 2004 para R$280,8 milhões em 2005. Como um percentual da receita de vendas de carros usados, o custo dos carros vendidos aumentou de 59,9% em 2004 para 62,9% em 2005, em decorrência da redução da idade média dos carros vendidos da Total Fleet que passaram de 33,2 meses em 2004 para 27,7 meses em 2005. Os custos operacionais diretos de franquia aumentaram de R$2,5 milhões em 2004 para R$2,7 milhões em 2005. Lucro Bruto O lucro bruto aumentou 22,1%, passando de R$234,5 milhões em 2004 para R$286,4 milhões em 2005. Em relação à receita líquida, o lucro bruto reduziu 4,6 pontos percentuais (passou de 38,1% para 33,5% da receita líquida), em decorrência principalmente do aumento das despesas de depreciação e do aumento do custo depreciado dos veículos vendidos sobre as receitas de vendas de carros usados e das despesas de depreciação. Despesas totais As despesas totais cresceram 27,6%, passando de R$64,9 milhões em 2004 para R$82,8 milhões em 2005. Como um percentual das receitas líquidas, as despesas operacionais permaneceram praticamente estáveis em relação ao ano anterior (10,5% da receita líquida em 2004 e 9,7% em 2005). As despesas com publicidade e vendas cresceram 34,6%, passando de R$46,8 milhões em 2004 para R$62,9 milhões em 2005, em consonância com o aumento na receita do aluguel de carros (39,1%) e de venda de carros usados (47,9%), devido ao: (i) aumento das equipes de vendas; e (ii) crescimento dos gastos com publicidade em 88,9%. Como um percentual das receitas líquidas, as despesas de vendas permaneceram estáveis em relação ao ano anterior, em torno de 7,5%. As despesas gerais, administrativas, honorários da Administração e outras aumentaram 9,9%, passando de R$18,1 milhões em 2004 para R$19,9 milhões em 2005. Esse crescimento atribui-se principalmente às despesas relacionadas à oferta pública de ações, abertura de capital e emissão de debêntures que totalizaram R$3,6 milhões, bem como às despesas de Relações com Investidores no valor de R$1,2 milhão (road show, reuniões e publicações). Estas despesas foram compensadas pela reversão de provisão de contingências fiscais no montante de R$5,4 milhões. Como um percentual das receitas líquidas, as despesas gerais, administrativas reduziram de 2,9% em 2004 para 2,3% em 2005. Despesas Financeiras, Líquidas Receitas financeiras Despesas Financeiras CPMF Variações monetárias e cambiais Despesas financeiras líquidas 2004 2005 Variação 39.832 (40.754) (4,007) (20.869) (25.798) 67.872 (123.570) (9,932) (5.274) (70.904) 28.040 (82.816) (5,925) 15.595 (45.106) As despesas financeiras líquidas aumentaram 174,8%, passando de R$25,8 milhões em 2004 para R$70,9 milhões em 2005, principalmente devido ao aumento na dívida líquida (R$539,4 milhões em 2005 e R$293,9 milhões em 2004), conforme abaixo: (i) aumento das despesas financeiras em 203,2%, passando de R$40,7 milhões em 2004 para R$123,6 milhões em 2005, decorrente do maior volume de recursos captados para fazer frente ao crescimento da frota, que passou de 28.699 veículos em 2004 para 35.865 veículos em 2005, além da elevação de quase 3,0 pontos percentuais verificados na variação média do CDI; e (ii) aumento no imposto sobre operações financeiras (CPMF) em decorrência do aumento de volume de movimentação operacional e financeira principalmente para liquidação das Senior Notes. 73 Tais fatores acima foram parcialmente compensados pelo: (iii) aumento das receitas financeiras em 70,4%, passando de R$39,8 milhões em 2004 para R$67,9 milhões em 2005, decorrente do maior volume aplicado em função da captação em 20 de maio de 2005 de R$350 milhões de debêntures para a liquidação das Senior Notes em outubro de 2005; e (iv) as variações monetárias e cambiais líquidas foram substancialmente reduzidas em 2005 em função da liquidação dos contratos de swap em março de 2005, que foram substituídos por aplicações denominadas em dólar até o vencimento das Senior Notes em outubro de 2005. Imposto de Renda e Contribuição Social O imposto de renda e a contribuição social reduziram 14,0%, passando de R$40,4 milhões em 2004, o que representava uma alíquota efetiva do imposto de renda de 28,3% para R$34,7 milhões em 2005, representando 26,4% em 2005. A redução efetiva deveu-se pelo pagamento de juros sobre o capital próprio. Vide nota 15 das Demonstrações Financeiras Individuais (Controladora) e Consolidadas referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil), incluídas no Anexo D deste Prospecto. Lucro Líquido A redução de R$5,6 milhões no lucro líquido, de R$102,3 milhões em 2004 para R$96,7 milhões em 2005, decorreu principalmente do aumento dos custos financeiros, parcialmente compensado com aumento no volume de negócios nos segmentos de aluguel de carros e venda de carros. Em relação à receita líquida, o lucro líquido reduziu de 16,6% em 2004 para 11,3% em 2005. EBITDA EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização, do resultado não-operacional e da participação minoritária. O EBITDA não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa um fluxo de caixa para o período apresentado, não deve ser considerado como um lucro líquido alternativo, bem como não é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a definição da Companhia de EBITDA não pode ser comparado com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir a própria performance. Adicionalmente, a Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA com um indicador da performance operacional e do fluxo de caixa da empresa. O EBITDA cresceu 34,2% (R$91,7 milhões), passando de R$268,0 milhões em 2004 para R$359,7 milhões em 2005, em linha com o crescimento das receitas de 38,7%. Como percentual das receitas a margem EBITDA permaneceu em torno de 43%. 74 Principais Alterações nas Contas Patrimoniais 2005 Em R$ (mil) ATIVO Ativo Circulante Caixa e bancos Aplicações financeiras Clientes Impostos a recuperar Outros ativos circulantes Total do circulante Realizável a Longo Prazo Aplicações financeiras Depósitos judiciais Imposto de renda e contribuição social diferidos Outros Total do Realizável a Longo Prazo Permanente Imobilizado Diferido Total do Permanente TOTAL DO ATIVO Total do Circulante Em R$ (mil) 2004 % do Ativo total 2003 Em R$ (mil) 2003 % do Ativo total Variação Variação 2005x2004 2004x2003 % % 0,9 5,6 8,6 1,0 0,6 16,8 15.165 179.377 54.821 2.123 3.352 254.838 1,7 20,3 6,2 0,2 0,4 28,8 10.783 148.481 46.899 7.623 4.476 218.262 1,5 21,3 6,7 1,1 0,6 31,2 -33,2 -66,2 70,3 423,3 94,5 -28,7 40,6 20,8 16,9 -72,2 -25,1 16,8 23.267 2,1 18.949 2,1 64.365 19.235 9,2 2,8 22,8 -1,5 10.816 3.891 37.974 1,0 0,4 3,5 13.865 337 33.151 1,6 0,0 3,8 12.486 536 96.622 1,8 0,1 13,9 -22,0 1.054,6 14,5 11,0 -37,1 -65,7 864.397 135 864.532 1.084.226 79,7 0,0 79,7 100,0 594.091 1.275 595.366 883.355 67,3 0,1 67,4 100,0 381.138 2.418 383.556 698.440 54,6 0,3 54,9 100,0 45,5 -89,4 45,2 22,7 55,9 -47,3 55,2 26,5 2004 2004 % do Passivo total 2003 2003 % do Passivo total Variação 2005x2004 Variação 2004x2003 % % Em R$ (mil) Outros 2004 10.129 60.629 93.334 11.109 6.519 181.720 2005 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Passivo Circulante Empréstimos e financiamentos Juros sobre Debêntures Fornecedores Salários e encargos Imposto de renda e contribuição social a pagar Outros impostos a recolher 2005 % do Ativo total 2005 % do Passivo total Em R$ (mil) Em R$ (mil) 100.742 16.123 39.398 14.491 9,3 1,5 3,6 1,3 485.485 58.753 13.315 55,0 6,7 1,5 15.655 81.670 11.562 1.659 4.693 0,2 0,4 1.793 2.380 0,2 0,3 26.294 2,4 7.165 203.400 18,7 143.281 53.210 350.000 546.491 2,2 11,7 1,7 -79,2 -32,9 8,8 3001,1 -28,1 15,2 954 4.576 0,1 0,7 -7,5 97,2 87,9 -48,0 0,8 15.957 2,3 266,9 -55,1 568.891 64,4 130.374 18,7 -64,2 336,4 13,2 4,9 32,3 50,4 2.954 52.371 2.680 58.005 0,3 5,9 0,3 6,6 325.115 45.727 1.617 372.459 46,5 6,5 0,2 53,3 4750,4 1,6 -100,0 842,1 -99,1 14,5 65,7 -84,4 61 0,0 78 0,0 17 0,0 -21,8 358,8 178.372 11.962 4.037 20.304 119.599 334.274 16,5 1,1 0,4 1,9 11,0 30,9 163.000 11.962 4.037 15.468 61.914 256.381 18,5 1,4 0,5 1,8 7,0 29,0 146.970 11.962 2.760 10.351 23.547 195.590 21,0 1,7 0,4 1,5 3,4 28,0 9,4 0,0 0,0 31,3 -100,0 30,4 10,9 0,0 46,3 49,4 162,9 31,1 1.084.226 100,0 883.355 100,0 698.440 100,0 22,7 26,5 Exigível a Longo Prazo Emprestimos e financiamentos Provisão para contingências Debêntures Outros Total do Exigível a Longo Prazo Participação Minoritária Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de capital Reserva de reavaliação Reserva legal Reserva de retenção de lucros Lucros acumulados Total do Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 75 Ativo Aplicações Financeiras. As aplicações financeiras totalizaram $60,6 milhões em 31 de dezembro de 2005, representando 5,6% do total de ativos, uma redução de 66,2% em relação ao montante de R$179,4 milhões em 31 de dezembro de 2004, que representava 20,3% do total de ativos. A redução das aplicações financeiras deveu-se principalmente ao pagamento de dívida de Senior Notes em outubro de 2005 no montante de R$272,2 milhões. Clientes. O saldo de contas a receber de clientes totalizou R$93,3 milhões em 31 de dezembro de 2005, representando 8,6% do total de ativos, um aumento de 70,3% em relação ao saldo de R$54,8 milhões em 31 de dezembro de 2004, que representava 6,2% do total de ativos. O aumento decorre do crescimento do volume de negócios nos segmentos de aluguel e venda de carros usados, refletido no crescimento da receita. Imobilizado. O saldo do imobilizado em 31 de dezembro de 2005 foi de R$864,4 milhões, correspondendo a 79,7% do total de ativos, um aumento de 45,5% em relação ao saldo de R$594,1 milhões em 31 de dezembro de 2004, que representava 67,3% do total de ativos. O aumento no saldo é reflexo do aumento de 25,0% da frota no período, (28.699 carros em 31 de dezembro de 2004 e 35.865 carros em 31 de dezembro de 2005) e da elevação nos preços médios dos carros comprados de 18,9%. Passivo Empréstimos e financiamentos. O volume total de empréstimos e financiamentos de debêntures (curto e longo prazos) totalizaram R$610,1 milhões em 31 de dezembro de 2005, representando 56,3% do total do passivo, demonstrando um aumento de 24,9% em relação ao saldo de R$488,4 milhões em 31 de dezembro de 2004, que representava 55,3% do passivo total. Esse aumento decorre do maior endividamento para fazer face aos investimentos de expansão de frota. Fornecedores. O saldo de fornecedores totalizou R$39,4 milhões em 31 de dezembro de 2005, representando 3,6% do total do passivo, uma redução de 32,9% em relação ao valor de R$58,7 milhões em 31 de dezembro de 2004, que representava 6,7% do passivo total. Esta queda decorre da redução de saldo a pagar às montadoras. Período encerrado em 2004 comparado ao período encerrado em 2003 Receitas Líquidas de Aluguéis e Vendas As receitas líquidas de aluguéis e vendas da Companhia aumentaram 19,5%, passando de R$515,7 milhões em 2003 para R$616,4 milhões em 2004. Tal aumento é atribuído principalmente a um aumento nos volumes de diárias do aluguel de carros, bem como aos aumentos de preços dos carros usados vendidos. As receitas de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas aumentaram 18,5%, passando de R$260,1 milhões em 2003 para R$308,4 milhões em 2004, principalmente devido ao aumento de 31,2% no volume de diárias de aluguel de carros. As receitas de aluguel de carros aumentaram 28,0%, passando de R$145,2 milhões em 2003 para R$185,9 milhões em 2004. Tal crescimento deveu-se a um aumento de 31,2% no volume de diárias, parcialmente compensado por uma redução de 2,4% nas tarifas médias de locação. A elevação de volume foi observada principalmente nos segmentos de turismo de lazer e de negócios e no mini-lease. Este aumento de volume foi primordialmente devido a: (i) aumento no nível de atividade econômica no Brasil em 2004; (ii) campanhas de incentivos de vendas; (iii) redução de preços para alguns clientes; e (iv) adoção de políticas regionais de preço que proporcionaram crescimento das vendas no mercado local. 76 As receitas de aluguel e gerenciamento de frotas aumentaram 6,5%, passando de R$114,9 milhões em 2003 para R$122,4 milhões em 2004. Tal crescimento é atribuído a um aumento médio de 18,3% nos preços médios de aluguel, que foi parcialmente compensado por uma queda de 10,0% no volume de veículos locados. O aumento nos preços foi causado por: (i) reajustes de preços nos contratos; e (ii) captação de novos clientes com preços médios de aluguel mais altos e de um mix de frota diferente. A redução no volume de veículos alugados decorreu da perda de alguns grandes clientes, que optaram por voltar a adquirir frota própria ou contrataram empresas concorrentes que ofereceram preços inferiores. As receitas com a venda de carros usados aumentaram 20,6%, passando de R$250,3 milhões em 2003 para R$301,9 milhões em 2004, devido a um aumento de 21,0% nos preços médios de venda, bem como um crescimento de 1,6% no volume de carros vendidos (15.468 carros em 2003 e 15.715 carros em 2004). A elevação dos preços de vendas do mercado de carros usados refletiu os fortes reajustes de preços de automóveis novos promovidos pelas montadoras em 2004. As receitas de franchising aumentaram 17,3%, passando de R$5,2 milhões em 2003 para R$6,1 milhões em 2004, principalmente em função de: (i) um aumento no nível de atividade econômica no Brasil em 2004; e (ii) campanhas de incentivos de vendas. Custos de Aluguéis e Vendas Os custos operacionais diretos aumentaram 11,2%, passando de R$343,5 milhões em 2003 para R$381,9 milhões em 2004. Como um percentual das receitas líquidas, os custos operacionais diretos reduziram de 66,6% em 2003 para 61,9% em 2004. Tal decréscimo foi causado principalmente pela redução do custo dos carros vendidos, em relação às receitas de vendas de carros usados. Em geral, os custos do aluguel de carros e do aluguel e gerenciamento de frotas também apresentaram queda em relação às respectivas receitas. Os custos operacionais diretos de aluguéis de carros, gerenciamento de frotas e franchising aumentaram 14,3%, passando de R$175,8 milhões em 2003 para R$201,0 milhões em 2004. Como um percentual das receitas líquidas de aluguel de carros e gerenciamento de frotas e franchising, os custos reduziram-se, passando de 66,2% em 2003 para 63,9% em 2004. Os custos operacionais diretos de aluguel de carros aumentaram 25,0% passando de R$97,5 milhões em 2003 para R$121,8 milhões em 2004. Tal crescimento verificou-se principalmente nos custos de depreciação, no valor de R$14,5 milhões, devido ao aumento da frota. Outros aumentos de custos, que decorreram principalmente do aumento do número de agências da Companhia foram: (i) gastos com pessoal das áreas de atendimento; (ii) gastos com agências (aluguel de imóvel e de rede de dados e voz, depreciação e amortização de outros imobilizados/benfeitorias); e (iii) reparação de carros sinistrados. Como um percentual das receitas líquidas de aluguel de carros, os custos reduziram-se, passando de 67,1% em 2003 para 65,5% em 2004. Os custos operacionais diretos do aluguel e gerenciamento de frotas aumentaram 1,4%, passando de R$75,6 milhões em 2003 para R$76,7 milhões em 2004. Esse aumento se deve, basicamente, ao aumento de R$4,0 milhões nos custos de depreciação, devido à mudança no mix da frota, composto por carros de maior valor. Esse aumento foi compensado por: (i) decréscimo nos custos com manutenção e de reparos de carros sinistrados, no valor de R$3,5 milhões, parcialmente compensado por um aumento nas perdas com carros furtados ou roubados no valor de R$1,1 milhão. Como um percentual das receitas líquidas de aluguel e gerenciamento de frotas, tais custos diminuíram de 65,8% em 2003 para 62,6% em 2004. O custo dos carros vendidos aumentou 7,8%, passando de R$167,7 milhões em 2003 para R$180,8 milhões em 2004. Como um percentual da receita de vendas de carros usados, o custo dos carros vendidos declinou de 67,0% em 2003 para 59,9% em 2004, em decorrência da venda de carros com preço superior. O aumento do preço médio de venda dos carros foi de 21,0%, enquanto o custo por carro vendido aumentou 6,2%. Os custos operacionais diretos de franquia diminuíram de R$2,7 milhões em 2003 para R$2,5 milhões em 2004. Como um percentual das receitas líquidas tais custos passaram de 51,6% em 2003 para 40,8% em 2004. 77 Lucro Bruto O lucro bruto aumentou 36,2%, passando de R$172,2 milhões em 2003 para R$234,5 milhões em 2004. Em relação à receita líquida, o aumento foi de 4,7 pontos percentuais (passou de 33,4% para 38,1% da receita líquida), decorrente principalmente da queda de 7,1% dos custos dos carros vendidos em relação às receitas da venda de carros. Despesas com Publicidade e Vendas As despesas com publicidade e vendas cresceram 10,8%, passando de R$42,2 milhões em 2003 para R$46,8 milhões em 2004 como resultado, principalmente, de aumentos nas atividades de aluguel de carros e na venda de carros, devido a: (i) crescimento dos gastos com estrutura dos pontos de vendas de carros; (ii) aumento da equipe da área de vendas; e (iii) aumento dos gastos com comissões pagas a vendedores e a administradoras de cartões de crédito. Tais acréscimos foram parcialmente compensados por uma redução nas perdas com devedores duvidosos, que passaram de 1,1% do total das receitas de locação em 2003 para 0,2% em 2004, em função das melhorias nos processos de aprovação de crédito e de cobrança. Como um percentual das receitas líquidas, as despesas de publicidade e vendas permaneceram relativamente estáveis, em torno de 8,0%. Despesas Gerais, Administrativas, Honorários da Administração e Outras As despesas gerais, administrativas, honorários da Administração e outras permaneceram praticamente estáveis em torno de R$18,0 milhões. Como um percentual das receitas líquidas, as despesas gerais, administrativas, honorários da Administração e outras diminuíram de 3,5% em 2003 para 2,9% em 2004. Despesas Financeiras Líquidas As despesas financeiras líquidas aumentaram 11,1%, passando de R$23,2 milhões em 2003 para R$25,8 milhões em 2004, principalmente devido: (i) ao aumento de 8,8% nas despesas financeiras, de R$41,2 milhões em 2003 para R$44,8 milhões em 2004, decorrente principalmente do maior volume de operações de compror (em função do aumento nas compras de carros), que custaram R$4,6 milhões em 2004 contra R$0,6 milhão em 2003; (ii) à redução de 16,0% nas receitas financeiras, de R$47,4 milhões em 2003 para R$39,8 milhões em 2004, decorrente da redução da taxa de juros do CDI, de 23,3% em 2003 para 16,2% em 2004, apesar do aumento de 4,0% no volume médio aplicado em 2004; (iii) à redução de 29,3% nas variações monetárias e cambiais líquidas (que inclui o efeito da variação cambial das Senior Notes, líquido do resultado dos contratos de swap de dólar para CDI), de R$29,5 milhões em 2003 para R$20,9 milhões em 2004, decorrente da queda da taxa efetiva de juros do CDI, de 23,3% em 2003 para 16,2% em 2004. Imposto de Renda, Contribuição Social e Participação Minoritária O imposto de renda e a contribuição social cresceram 70,2%, passando de R$23,7 milhões em 2003, o que representava uma alíquota efetiva do imposto de 27,0% para R$40,4 milhões em 2004, representando 28,3% em 2004. Vide nota 16 das Demonstrações Financeiras Individuais (Controladora) e Consolidadas referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2003 (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) e parecer dos auditores independentes que faz parte deste Prospecto como Anexo D. 78 Lucro Líquido O aumento de R$38,2 milhões no lucro líquido, de R$64,1 milhões em 2003 para R$102,3 milhões em 2004, decorreu principalmente do aumento de R$15,0 milhões no resultado, líquido do imposto de renda e contribuição social, das atividades de aluguel de carros e de administração e aluguel de frota, bem como pelo aumento de R$25,4 milhões no resultado, líquido do imposto de renda e contribuição social, da diferença entre venda e o valor de custo dos carros vendidos e da sua estrutura de venda de carros. EBITDA EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização, do resultado não-operacional e da participação minoritária. O EBITDA não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa um fluxo de caixa para o período apresentado, não deve ser considerado como um lucro líquido alternativo, bem como não é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a definição da Companhia de EBITDA não pode ser comparado com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir a própria performance. Adicionalmente, a Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA com um indicador da performance operacional e do fluxo de caixa da empresa. O EBITDA cresceu 40,2% (R$76,9 milhões), passando de R$191,2 milhões em 2003 para R$268,1 milhões em 2004, em decorrência do aumento de R$40,7 milhões das receitas de aluguel de carros, sem aumento proporcional de custos e despesas e R$36,1 milhões de aumento na diferença entre o valor da venda e o custo dos carros vendidos e da sua estrutura de vendas. Principais Alterações nas Contas Patrimoniais Ativo Aplicações Financeiras. As aplicações financeiras (curto e longo prazos) totalizaram R$179,4 milhões em 31 de dezembro de 2004, representando 20,3% do total de ativos, uma redução de 15,7% em relação ao montante de R$212,8 milhões em 31 de dezembro de 2003, que representava 30,5% do total de ativos. A redução das aplicações financeiras atribui-se aos investimentos em frota. Clientes. O saldo de contas a receber de clientes totalizou R$54,8 milhões em 31 de dezembro de 2004, representando 6,2% do total de ativos, um aumento de 16,9% em relação ao saldo de R$46,9 milhões em 31 de dezembro de 2003, que representava 6,7% do total de ativos. O aumento decorre do crescimento do volume de negócios nos segmentos de aluguel com conseqüente aumento do faturamento. Imobilizado. O saldo do imobilizado em 31 de dezembro de 2004 foi de R$594,1 milhões, correspondendo a 67,3% do total de ativos, este saldo representa um aumento de 55,9% em relação ao saldo de R$381,1 milhões em 31 de dezembro de 2003, que representava 54,6% do total de ativos. O aumento no saldo é reflexo do aumento de 28,4% na frota no período (22.355 em 31 de dezembro de 2003 e 28.699 em 31 de dezembro de 2004) e do preço médio dos carros comprados de 17,2%. Passivo Empréstimos e financiamentos. O volume total de empréstimos e financiamentos (curto e longo prazos) totalizaram R$488,4 milhões em 31 de dezembro de 2004, representando 55,3% do total do passivo, demonstrando um aumento de 43,3% em relação ao saldo de R$340,8 milhões em 31 de dezembro de 2003, que representava 48,8% do passivo total. Esse aumento é devido, principalmente, a contratação de operações de compror para financiamento da expansão da frota. 79 Fornecedores. O saldo de fornecedores totalizou R$58,7 milhões em 31 de dezembro de 2004, representando 6,7% do total do passivo, uma redução de 28,1% em relação ao valor de R$81,7 milhões em 31 de dezembro de 2003, que representava 11,7% do passivo total. Esta queda decorre da redução do saldo a pagar às montadoras. Liquidez e Recursos de Capital A Companhia utiliza recursos de capital principalmente para os seguintes propósitos: (i) aquisição de novos carros para aumento e renovação da frota de aluguel; (ii) pagamento de serviço de dívida; e (iii) capital de giro. As principais fontes de recursos foram o capital gerado pelas atividades operacionais e de financiamento, como segue: Resumo do Fluxo de Caixa: Fluxo líquido gerado pelas atividades operacionais Fluxo líquido (aplicado nas) atividades de Investimentos Fluxo líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades financiamentos Fluxo de caixa gerado (aplicado) no exercício Aumento nas disponibilidades: No início do exercício No final do exercício de 2005 2004 2003 179.610 (496.674) 259.755 (316.661) 244.014 (121.940) 193.280 92.184 (45.999) (123.784) 35.278 76.075 194.542 70.758 (123.784) 159.264 194.542 35.278 83.189 159.264 76.075 Os recursos líquidos gerados pelas atividades operacionais da Companhia reduziram de R$259,8 milhões em 2004 para R$179,6 milhões em 2005. A variação de R$80,2 milhões decorre principalmente da transferência em 2004 de R$65,2 milhões de aplicações financeiras no exterior do realizável a longo prazo para disponibilidades, bem como um aumento de R$31,5 milhões em Contas a Receber em 2005. Os recursos aplicados em investimentos passaram de R$316,7 milhões em 2004 para R$496,7 milhões em 2005. O acréscimo de R$180,0 milhões decorre principalmente do aumento na aquisição de veículos. Os recursos advindos das atividades de financiamento (R$193,2 milhões em 2005 comparados a R$92,2 milhões em 2004) são resultado da contratação de empréstimos para aplicação em frota, principalmente, como segue: • R$350 milhões em debêntures captados em maio de 2005, não conversíveis em ações e com prazo de 5 anos com pagamento do principal no vencimento e juros semestrais, à taxa de 108,5% do CDI ao ano; • R$139 milhões de repasse de captações externas (Resoluções Bacen 2770 e 3221), com prazo de 2 a 3 anos, com pagamento do principal e juros no vencimento, exceto por um contrato de R$60 milhões cujos juros são pagos semestralmente. O custo efetivo dessas operações, considerando os swaps contratados simultaneamente é de 107% a 108% do CDI; e • para suprir suas necessidades de fluxo de caixa de curto prazo, a Companhia usa linhas de créditos do tipo compror. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia registrava o saldo devedor de R$98,0 milhões (R$145,3 milhões em 31 de dezembro de 2004) nesta modalidade de empréstimos. 80 Endividamento e Obrigações Financeiras e Contratuais Linha de Crédito - Compror. A Companhia usa financiamento de curto prazo conhecida como compror para financiar a aquisição de veículos. Este tipo de financiamento é utilizado para evitar custos decorrentes de resgates de aplicações voltados à necessidade de caixa de curto prazo. Os recursos para pagamento aos bancos resultam, principalmente, da receita da venda de carros substituídos na frota. As operações em aberto de compror apresentavam saldo de R$98,0 milhões, em 31 de dezembro de 2005, e foram tomadas em moeda local e moeda estrangeira, com custo final indexado ao CDI, mais um spread positivo variando entre 1,2066% e 2,4266% ao ano, com exceção a um valor de R$3,5 milhões que se encontra com custo indexado a TJLP + 7,1% aa. As operações em moeda estrangeira foram objetos de operação de swap, que foram contratadas simultaneamente, trocando a taxa contratual para um custo indexado ao CDI. Debêntures. A Companhia concluiu, em maio de 2005, a Emissão das Debêntures, no valor total de R$350 milhões, referente à emissão de 35.000 debêntures não conversíveis, datado de 20 de maio de 2005, sob a modalidade de garantia flutuante. As debêntures têm prazo de 5 anos, com pagamento do principal no vencimento e juros semestrais à taxa equivalente a 108,5% do CDI. Por conta desta emissão, a Companhia está sujeita a certas restrições de endividamento, bem como certas hipóteses de vencimento antecipado, tais como: (a) pedido de falência; (b) declaração de vencimento antecipado ou inadimplemento de qualquer obrigação pecuniária da Companhia cujo valor individual ou agregado seja igual ou superior a R$10.000 (dez milhões de reais); (c) ocorrência de qualquer alteração na composição societária que venha a resultar na perda, transferência ou alienação do controle acionário direto ou indireto da Companhia, pelos Acionistas Fundadores da Companhia; (d) redução de capital da Companhia e/ou recompra de suas próprias ações para cancelamento, exceto se previamente autorizadas pelos Debenturistas; (e) não-manutenção de índices financeiros apurados trimestralmente, com base nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia; (i) o índice obtido da divisão da dívida líquida pelo EBITDA não deverá ser superior a 2,75; (ii) o índice obtido da divisão entre EBITDA pelas despesas financeiras líquidas não deverá ser inferior a 2,50; (f) a atividade principal da Companhia deixa de ser o aluguel de carros e atividades diretamente relacionadas a aluguel de carros; (g) deliberação ou distribuição de dividendos, juros sobre o capital próprio ou qualquer outra participação no lucro prevista no Estatuto Social da Companhia, se estiver em mora com as obrigações previstas na Escritura de debenturistas, ressalvado, entretanto, o pagamento do dividendo mínimo obrigatório; e (h) transferência ou qualquer forma de cessão ou promessa de cessão a terceiros dos direitos e obrigações que respectivamente adquiriu e assumiu na Escritura, sem a prévia anuência do agente fiduciário. A administração da Companhia entende que todas as cláusulas acima estão sendo cumpridas. Os recursos provenientes da Emissão de Debêntures foram utilizados para (i) complemento dos recursos para liquidação das Senior Notes e (ii) expansão da frota de carros. Para complementar os recursos necessários para expansão da frota, a Companhia contratou R$139 milhões de recursos de repasse de captação externa (Resoluções Bacen 2770 e 3221), com prazo de 2 a 3 anos, com pagamento do principal e juros no vencimento, exceto por um contrato de R$60 milhões cujos juros são pagos semestralmente. O custo efetivo dessas operações, considerando os swaps contratados simultaneamente, é de 107% a 108% do CDI. 81 A tabela abaixo demonstra os fluxos de caixa das Debêntures e outras obrigações financeiras e contratuais nos períodos nela indicados, com base no saldo atualizado até 31 de dezembro de 2005: Debentures (principal + juros) ............. Compror (principal + juros) TJLP ou CDI .............................................. Repasses de captação externa .............. Operações de swap............................... Aluguéis ............................................... Total ........................................................ Taxa de juros anual 108,5% CDI CDI + 1,2006% a 2,4266% TJLP + 7,1% VC + %, 61% por ano IGP-M + 9,80% Moeda 2006 2007 2008 2009 2010 2011 e após Total R$ 16,2 350,0 - 366,2 R$ US$ Yen 98,0 - 98,0 2,7 - 51,7 0,6 91,6 (1,6) - - - 146,0 (1,0) 13,9 130,8 10,7 63,0 9,0 99,0 7,4 7,4 5,2 355,2 13,0 13,0 59,2 668,4 R$ US$ Yen R$ R$ US$ A Companhia detinha em 31 de dezembro de 2005 um total de R$60,6 milhões em aplicações financeiras reservadas para liquidação de parte de suas obrigações de curto prazo no total de R$116,9 milhões. O restante das obrigações de curto e longo prazo, bem como as obrigações referentes a aluguéis devem ser liquidadas através de recursos próprios oriundos da geração de caixa de suas operações. Cédulas de Crédito Bancário Em 30 de setembro de 2005, a Companhia emitiu Cédula de Crédito Bancário em favor do Banco Itaú S.A. no valor principal de US$27,0 milhões. Tal crédito é referente ao repasse de recursos oriundos de empréstimo obtido pelo Banco Itaú S.A. no exterior, em dólar, ao amparo da Resolução 2770, de 30 de agosto de 2000, do CMN, cujos valores foram objeto do Contrato de Câmbio registrado no SISBACEN, aplicados pela Companhia exclusivamente em atividades econômicas. Juros de 5,6137% a.a., equivalentes a 0,4678% a.m. incidem sobre o crédito em referência e serão pagos no período de 30 de agosto de 2005 a 30 de janeiro de 2008. Contrato de Empréstimo Mediante Repasse de Recursos em Moeda Nacional Em 30 de setembro de 2005, a Companhia firmou Contrato de Empréstimo Mediante Repasse de Recursos em Moeda Nacional com o Unibanco - União de Bancos Brasileiros S.A. no valor de R$50,0 milhões, com vencimento em 20 de setembro de 2007 e taxa de juros de cerca de 9,6% a.a. Contrato de Repasse de Operação de Crédito em Moeda Estrangeira Em 4 de novembro de 2005, a Companhia firmou Contrato de Repasse de Operação de Crédito em Moeda Estrangeira, Iene, com o Banco do Estado de São Paulo S.A. no valor de R$29,1 milhões. O pagamento do valor principal e dos encargos será efetuado em parcela única no dia 15 de setembro de 2008 e tal crédito está sujeito à taxa de juros variável calculada de forma simples. Sensibilidade a variações nas taxas de juros A Companhia está sujeita a riscos relativos à variação de taxas de juros em razão de seu endividamento estar atrelado a parâmetros de juros flutuantes. Para cada elevação nas taxas de juros em 1 ponto percentual, a despesa financeira será impactada em aproximadamente R$5,0 milhões ao ano. 82 Operações de Swap A Companhia participa de operações envolvendo instrumentos financeiros que se destinam a atender às necessidades próprias para obter recursos, reduzindo sua exposição a riscos de moeda e de taxas de juros. A administração desses riscos é minimizada pelo fato dessas operações serem normalmente contratadas simultaneamente à operação de crédito que lhe deu origem e que tem por objetivo traduzir o custo final indexado à variação do CDI. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia apresentava contratos de proteção cambial (swap) no montante referencial de US$26.974 mil e Iene 1.528.766 mil para minimizar sua exposição sobre seus saldos a pagar a empréstimos e financiamentos decorrentes de oscilações que venham a ocorrer na moeda nacional com relação ao dólar norte-americano e ao Iene. Adicionalmente, a Companhia contratou operações de swap, no montante referencial de R$50,0 milhões, com o objetivo de fazer frente à variação do IGP-M acima da variação esperada em CDI, trocando variação do IGP-M + Juros de 9,8001% a.a. pela variação de 107% do CDI. Os resultados líquidos não realizados nas operações de swap acumulavam um ganho líquido no montante de R$987 mil, registrado em outros ativos realizáveis a longo prazo em 31 de dezembro de 2005 (perda de R$70,9 mil, classificada como empréstimos e perdas não realizadas em instrumentos derivativos em 31 de dezembro de 2004) e estão demonstrados conforme abaixo: 2005 Troca de cupom de 5,61% a.a. + Variação cambial (dólar) por 108% do CDI Troca de juros de 9,8001% a.a. + variação do IGPM por 107% do CDI Troca de Variação cambial (Iene) por juros de 0,11% a.m. + variação do CDI Troca de cupom variando entre 9,30% a.a. a 9,80% a.a. + Variação cambial (dólar) por 100% da Variação do CDI Total R$ mil 2004 Vencimento 1.292 - 31.01.06 a 30.01.08 (639) - 20.09.07 334 - 15.09.08 987 (70.922) (70.922) 29.09.05 ____ Instrumentos não Registrados no Balanço Patrimonial A Companhia não mantém qualquer forma de relacionamento com entidades não-consolidadas ou entidades de propósito específico, que tenham sido instituídas com a finalidade de facilitar a realização de acordos não incluídos no balanço patrimonial ou outras finalidades específicas ou limitadas. Além disso, a Companhia não tem empréstimos não divulgados, e nem celebrou quaisquer contratos de derivativos que não estejam apresentados neste Prospecto. Os únicos instrumentos não-registrados no BRGAAP são as opções outorgadas aos executivos da Companhia nos termos do plano de opção de compra de ações da Companhia descrito neste Prospecto (ver “XI. − Diluição”). Assim, a Companhia não está exposta de maneira relevante a qualquer risco de financiamento, liquidez, mercado ou crédito que poderia existir caso a Companhia estivesse envolvida em tais relacionamentos. 83 XIV-B. ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO E DISCUSSÃO SOBRE A SITUAÇÃO FINANCEIRA E OS RESULTADOS OPERACIONAIS, DE ACORDO COM OS U.S. GAAP Esta seção é baseada na discussão e análise da Administração e deve ser lida em conjunto com as seguintes demonstrações financeiras incluídas neste Prospecto: Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2005, 2004 e de 2003 (de acordo com os U.S. GAAP), e Parecer dos Auditores Independentes, incluídas nos Anexos D e G a este Prospecto. Principais Fatores que Podem Afetar as Operações e Condição Financeira da Companhia Cenário Macro-Econômico Brasileiro Desde a posse do atual governo, a economia brasileira vem apresentando um maior grau de estabilidade e de maneira geral, dando continuidade à política macroeconômica do governo anterior, priorizando a responsabilidade fiscal. Em conseqüência disso, a confiança dos investidores foi recuperada em 2003 e o real valorizou-se em 18,2% em relação ao dólar, tendo fechado em R$2,8892 para US$1,00 em 31 de dezembro de 2003. A inflação anual em 2003, medida pelo IPCA, foi de 9,3%. Nesse ano, entretanto, o PIB cresceu apenas 0,5%. O Bacen reduziu a taxa de juros sete vezes ao longo do ano de 2003. Em 2004, a economia brasileira mostrou importantes melhorias em seus principais indicadores. O PIB cresceu em 4,9%, a taxa média de desemprego caiu de 12,3% para 11,5% nas principais regiões metropolitanas do País, de acordo com as estimativas de desemprego publicadas pelo IBGE. O Brasil registrou um superávit primário nas contas públicas (antes do pagamento de suas dívidas) de 4,61%, o que foi acima da meta de 4,25% do PIB estabelecida pelo Fundo Monetário Internacional como parte de seu acordo de empréstimo então em vigor com o Brasil naquele período. Durante 2004, o Brasil teve um superávit comercial de US$34 bilhões. A inflação, conforme medida pelo IPCA, foi de 7,6% em 2004 e 5,7% em 2005. Em 2004, o Real valorizou-se em 8,1% em comparação ao dólar norte-americano. Entretanto, o aumento das atividades econômicas causou alguma preocupação com relação à inflação, o que resultou na manutenção em níveis elevados da taxa de juros pela autoridade monetária. Adicionalmente, a carga tributária aumentou de 35,06% para 35,67% do PIB brasileiro, de acordo com a estimativa da Associação Brasileira dos Secretários de Finanças das Capitais. Para controlar a inflação, o Governo Federal e o Bacen introduziram uma série de políticas destinadas a regular a disponibilidade de crédito e nível de consumo. Uma das principais políticas para controlar a inflação foi promover alterações na taxa básica de juros (SELIC). Em decorrência disso, a SELIC apresentou bastante volatilidade nos últimos anos, tendo aumentado de 19,0% no final de 2001 para 25,0% no final de 2002. No entanto, devido principalmente à uma redução das taxas de inflação a partir de 2003, o Bacen começou a reduzir significativamente as taxas de juros durante o segundo semestre de 2003. No final de 2003, a SELIC havia baixado para 16,5%. Durante o ano de 2004, o Bacen aumentou a SELIC e, no final do ano, a taxa havia atingido o nível de 17,75%. A despeito desse aumento, as taxas de juros médias em 2004 permaneceram mais baixas do que as taxas médias em 2003. O ano de 2005 foi marcado pelas denúncias de corrupção contra integrantes do governo e deputados federais da base de sustentação do atual presidente e pelo esforço do Banco Central em atingir a meta de inflação de 5,1% no ano, o que resultou na manutenção em níveis elevados da taxa de juros. Porém, com o desaquecimento da economia e conseqüente redução das taxas de inflação, a partir de novembro o Bacen iniciou um processo de redução da taxa básica de juros de modo a incentivar a retomada do crescimento econômico. Em 31 de dezembro de 2005, a taxa básica de juros era 18%. Na data deste Prospecto, o patamar da taxa de juros é de 16,50%. 84 Em 2005, o Real valorizou-se em 11,5% em comparação ao dólar norte-americano. Apesar dessa valorização, o Brasil teve um superávit comercial de US$44,8 bilhões, seu mais alto superávit comercial de todos os tempos. A taxa média de desemprego caiu de 11,5% para 9,8% nas principais regiões metropolitanas do País, de acordo com as estimativas de desemprego publicadas pelo IBGE. A inflação, conforme medida pelo IPCA, foi de 5,7% em 2005. A tabela a seguir fornece os dados do crescimento real do PIB, inflação, taxas de juros e taxa de câmbio do dólar norte-americano nos períodos indicados. 2001 Crescimento real do PIB ......................................... Inflação (IGP-M)(1) .................................................. Inflação (IPCA)(2) .................................................... INCC ....................................................................... CDI(3) ....................................................................... Libor(4) .................................................................... Valorização do Real face ao Dólar ........................ Taxa de câmbio do fim do período — US$1.00 ..... Taxa de câmbio média — US$1.00(5) ..................... 1,4% 10,4% 7,7% 7,0% 17,3% 4,1% -18,7% R$2,321 R$2,352 Exercício Social encerrado em 31 de dezembro de 2002 2003 2004 1,9% 0,5% 4,9% 25,3% 8,7% 12,4% 12,5% 9,3% 7,6% 10,9% 14,8% 12,4% 19,1% 16,8% 17,5% 4,0% 4,2% 4,9% -52,3% 18,2% 8,1% R$3,533 R$2,889 R$2,654 R$2,934 R$3,071 R$2,926 2005 2,3% 1,2% 5,7% 6,8% 19% 4,7% 11,5% R$2,348 R$2,433 Fontes: Fundação Getúlio Vargas, BACEN e Bloomberg. (1) A Inflação (IGP-M) é o índice geral de preço do mercado medido pela Fundação Getúlio Vargas. (2) A Inflação (IPCA) é um índice de preços ao consumidor medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (3) A taxa CDI é a média das taxas dos depósitos interfinanceiros praticadas durante o dia no Brasil (acumulada para o mês do fim do período, atualizada). (4) Taxa Libor para depósito de 6 meses. (5) Média das taxas de câmbio do último dia de cada mês durante o período. Sazonalidade O segmento de turismo de lazer do mercado de aluguel de carros tem seu pico na segunda quinzena de dezembro e nos meses de janeiro, fevereiro, março e julho, devido ao verão e aos períodos de férias escolares e feriados prolongados, tais como natal, reveillon, carnaval e Semana Santa. Outras áreas de negócios da Companhia não passam por grandes flutuações em suas operações. Investimentos em Carros A Companhia investiu R$690,0 milhões em aquisições de carros em 2005 e R$493,1 milhões em 2004. No exercício findo em 31 de dezembro de 2005, as receitas líquidas de vendas de carros usados foram de R$448,2 milhões, resultando em investimentos líquidos de R$241,8 milhões. As receitas líquidas de vendas de carros usados em 2004 foram de R$303,0 milhões, resultando em investimento líquido de R$190,1 milhões em 2004. Outros Dispêndios de Capital No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005, a Companhia investiu R$28,0 milhões em bens do ativo imobilizado (exceto carros). Em 2004, a Companhia investiu R$10,2 milhões em bens do ativo imobilizado (exceto carros), em comparação com R$7,3 milhões em 2003. Os dispêndios de capital da Companhia nos últimos três exercícios consistiram principalmente de: • abertura de novas agências de aluguel de carros e pontos de venda de carros usados; • reforma e padronização de novo design das agências de aluguel de carros e pontos de venda de carros 85 usados, bem como reforma de sede, incluindo mobiliário e totens; • melhorias nos sistemas de informática da Companhia; e • compra de móveis, equipamentos de informática, software, dentre outros. A Companhia espera financiar seus futuros dispêndios de capital, excluindo investimentos em carros, com a recursos próprios oriundos da geração de caixa de suas operações. Principais Práticas Contábeis As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América, baseados nas seguintes práticas contábeis: • Consolidação. As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas da Localiza e de suas controladas Total Fleet, Prime, Franchising, Franchising Brasil, Car Rental, Rental International e LFI. Todos os saldos e transações significativos entre as empresas do grupo foram eliminados na consolidação. • Disponibilidades. Representado por aplicações de alta liquidez, conversíveis em caixa sem penalidade ou perda de principal e taxa de juros de mercado. • Provisão para créditos de liquidação duvidosa. Constituída em montante considerado, pela Administração da Companhia, como suficiente para cobrir eventuais perdas nas contas a receber, considerando a experiência passada, a situação financeira dos clientes da Companhia e dos recebíveis vencidos. • Veículos operacionais. Compreende os veículos do aluguel de carros e do aluguel de frotas, registrados pelo seu custo de aquisição, deduzido da depreciação acumulada. A depreciação é calculada com base em taxas anuais que objetivam mensurar a redução necessária para aproximar o valor contábil líquido dos veículos, na data esperada de venda, ao seu valor de realização, incluindo também os custos de comercialização. As taxas médias anuais de depreciação nos anos de 2003, 2004 e 2005 foram de 8,8%, 3,4% e 4,5%, respectivamente. A Companhia e sua controlada Total Fleet, com o objetivo de refletir maior depreciação dos veículos durante o princípio de sua vida útil, adota o método da soma dos dígitos decrescentes, calculado em bases trimestrais para todos os períodos apresentados. • Imobilizado. Registrado pelo valor atualizado do custo de aquisição para os períodos anteriores a 30 de junho de 1997. A depreciação é calculada utilizando o método linear pela taxa anual de 20% para computadores, 4% para imóveis e 10% para os demais itens, exceto veículos. As benfeitorias em imóveis de terceiros são amortizadas pelo menor período entre a vida útil estimada do ativo ou do contrato de aluguel. • Impairment. A Companhia periodicamente avalia o valor dos seus ativos fixos para impairment. O valor de um ativo fixo é considerado não-realizável pela Companhia quando o fluxo de caixa não descontado deste ativo é identificável separadamente e menor do que seu valor registrado. Neste caso, uma perda será reconhecida baseada no montante pelo qual o valor registrado excede o valor justo de mercado do ativo fixo. O valor justo de mercado é determinado primariamente usando o fluxo de caixa antecipado descontado. Não foram registradas perdas de impairment para os exercícios apresentados. • Obrigações, contingênciais, danos materiais e outros relacionados a veículos: A Companhia e sua controlada Total Fleet contabilizam possíveis contingências, com base na opinião de seus assessores legais, relacionadas a danos pessoais, materiais e indenizações por morte referentes às lides cujo desfecho seja considerado desfavorável à Companhia. A Companhia não contrata seguro contra riscos envolvendo danos causados por colisão e roubo dos veículos. As perdas são registradas quando incorridas. Historicamente, tais perdas não têm sido significativas. A Administração não espera que perdas materiais possam ocorrer no futuro, baseada em sua experiência no ramo de aluguel de veículos no Brasil. 86 • Imposto de renda e contribuição social. A Companhia contabiliza os impostos sobre a renda de acordo com as previsões do SFAS nº 109, “Accounting for Income Taxes”, que requer a aplicação do método do passivo abrangente (“comprehensive liability method”) na contabilização dos impostos sobre o lucro. O SFAS nº 109 requer o reconhecimento de impostos diferidos ativos e passivos calculados sobre os impactos fiscais futuros estimados dos eventos atribuíveis a diferenças intertemporais entre os valores contábeis dos ativos e passivos e suas respectivas bases fiscais, além de créditos de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social. Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados usando a alíquota em vigor no ano em que se espera a realização ou baixas dessas diferenças intertemporais. De acordo com o SFAS nº 109, o efeito nos impostos diferidos ativos e passivos decorrentes de mudanças nas taxas fiscais é reconhecido no resultado do exercício em que a mudança ocorrer. Impostos diferidos ativos são reduzidos através do reconhecimento de uma provisão para perdas, quando necessária, caso seja mais provável do que não que os créditos tributários não serão realizados. • Instrumentos financeiros derivativos. A Companhia aplica o SFAS nº 133, "Accounting for Derivative Instruments and Hedging Activities", o qual foi emitido em junho de 1998 e retificado pelo SFAS nº 137, "Accounting for Derivative Instruments and Hedging Activities-Deferral of the Effective Date of FASB Statement nº 133", pelo SFAS nº 138, "Accounting for Derivative Instruments and Certain Hedging Activities", e pelo SFAS nº 149, "Amendment of Statement nº 133 on Derivative Instruments and Hedging Activities". De acordo com o SFAS nº 133, a Companhia reconhece seus derivativos nos balanços patrimoniais pelo seu valor justo, contabilizados no resultado na rubrica de receitas ou despesas financeiras. • Ativos e passivos vinculados a moedas estrangeiras ou sujeitos à atualização monetária. Os ativos e passivos vinculados a moedas estrangeiras são convertidos para reais pela taxa de câmbio divulgada pelo Banco Central do Brasil nas datas dos balanços. Os ativos e passivos em reais e sujeitos à indexação contratual ou legal são corrigidos nas datas dos balanços pela aplicação do correspondente índice. Ganhos e perdas decorrentes de variações cambiais e monetárias são reconhecidos no resultado em bases correntes. • Receitas e despesas. As receitas de aluguel de carros são reconhecidas em bases diárias de acordo com os contratos de aluguel com clientes. As receitas de aluguel de frota resultam de aluguéis com pagamentos fixos mensais e são reconhecidas em bases mensais pelo período do contrato de aluguel. As despesas de manutenção e reparo dos veículos são registradas no resultado quando incorridas. As receitas de venda de veículos usados são registradas quando da efetiva venda dos veículos. As receitas de franquias são baseadas em percentual sobre a receita de aluguel de carros dos franqueados e são reconhecidas em bases mensais. A taxa de integração de franquia é reconhecida somente na conclusão substancial de todas as condições de venda da franquia, que coincide com a data da venda e princípio das operações pelo franqueado. Despesas são registradas quando incorridas. • Gastos com publicidade. Gastos com publicidade são registrados no resultado quando incorridos. Não foram diferidos quaisquer gastos com publicidade nos exercícios apresentados. Gastos com publicidade montam em R$8.990 mil, R$9.602 mil e R$18.027 mil para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2003, 2004 e 2005, respectivamente. 87 • Uso de estimativas. A preparação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América requer que a Administração efetue estimativas e adote premissas que afetam os montantes apresentados de ativos, passivos e divulgação de ativos e passivos contingentes nas datas das demonstrações financeiras consolidadas, bem como os valores das receitas, custos e despesas durante os períodos apresentados. Estimativas significativas são utilizadas quando da contabilização da provisão para créditos de liquidação duvidosa, valor justo de títulos e valores mobiliários, depreciação de veículos operacionais, ágio, imposto de renda e contribuição social, incluindo o reconhecimento de provisão para perdas, contingências e programa de opções de compra de ações, entre outros. Embora estas estimativas sejam baseadas no melhor entendimento da Administração de eventos atuais e ações que devem acontecer no futuro, os resultados atuais podem diferir das estimativas incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas. • Juros sobre o capital próprio. Juros pagos aos acionistas, calculados de acordo com o art. 9º da Lei nº 9.249/95 e alterações introduzidas pelo art 78 da Lei 9.430/96, são apresentados como redutora de Lucros Acumulados nas demonstrações financeiras consolidadas. Os juros são calculados sobre o patrimônio líquido, limitados à variação da TJLP (taxa de juros de longo prazo), e são dedutíveis para fins de Imposto de Renda e Contribuição Social. • Programa de opções de compra de ações. Para o ano findo em 31 de dezembro de 2004 e de 2005, a Companhia registrou as opções de compra de ações utilizando a contabilização pelo plano variável de acordo com o APB nº 25 “Accounting for Stock Issued to Employees.”. Uma vez que os preços das opções são ajustados pela inflação, a despesa de remuneração foi recalculada em cada final de período, utilizando o valor intrínseco das opções e reconhecido no período de vesting. Adicionalmente, a Companhia demonstrou os efeitos no lucro líquido caso tivesse aplicado a prática de registro com base no valor justo de acordo com o SFAS nº 123. • Lucro por ação: O lucro por ação básico é calculado dividindo o lucro líquido pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação no período. O lucro por ação diluído incorpora o aumento de ações em caso de exercício das opções de compra de ações. Receitas Líquidas de Aluguéis e Vendas As receitas da Companhia consistem principalmente de: • Aluguel de carros. Receitas geradas pelo aluguel de carros a clientes nos segmentos de turismo e de negócios, inclusive através de agências de viagem, bem como os segmentos de replacement, e minilease. São, ainda, computadas as receitas de venda de coberturas de risco, motoristas, e taxas em geral. • Aluguel e gerenciamento de frotas. Receitas geradas pelo aluguel e gerenciamento de frotas de carros a longo prazo para clientes corporativos. • Venda de carros usados. Receitas geradas pela venda de carros usados utilizados nos negócios de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas. • Franchising. Receitas relativas a taxas iniciais e royalties mensais. Custos de Aluguéis e Vendas Os custos de aluguéis e das vendas da Companhia consistem principalmente de: • Custos diretos operacionais do aluguel de carros. Incluem manutenção, sinistros (acidentes e furtos), transporte, emplacamento, licenciamento, mão-de-obra operacional (incluem salários, encargos e benefícios relacionados) responsável pelo atendimento e manutenção, e custos relativos às agências, dentre eles concessões pagas a autoridades aeroportuárias, aluguéis de imóveis e de rede de dados e voz, depreciação e amortização de imobilizados/benfeitorias, serviços de utilidade pública. 88 • Custos diretos operacionais do aluguel e gerenciamento de frotas. Incluem os mesmos custos do aluguel de carros, exceto pelos custos associados às agências. • Tributos sobre as receitas. Referem-se ao PIS/COFINS incidentes sobre o faturamento e ao ISS nos anos de 2002 e 2003 (até julho). • Custo depreciado dos carros usados vendidos. Consiste no valor de aquisição dos carros (e seus acessórios) registrado contabilmente pelo custo (sem correção monetária), depreciado até a data da venda, reduzido do desconto técnico. O desconto técnico é um valor imputado aos custos operacionais diretos de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas, conforme o caso, que equivale ao desconto concedido ao comprador quando o carro vendido necessita de reparos. • Custos operacionais diretos de franquia. Consistem basicamente em gastos com pessoal (salários, encargos e benefícios), responsável por prestar assistência aos franqueados, e gastos de viagem. Despesas Operacionais As despesas operacionais da Companhia consistem principalmente de: y Com publicidade e vendas. Incluem gastos com publicidade; gastos com equipe de vendas, custos de call center; comissões a vendedores, agentes de viagem e outros terceiros, provisão para créditos de liquidação duvidosa e outras relacionadas. • Despesas Gerais, administrativas e outras. Incluem basicamente gastos com pessoal administrativo, bem como administradores. • Depreciação dos veículos. Despesas de depreciação relacionadas aos veículos geradores de receita. Tal depreciação é calculada pela aplicação de taxas percentuais de depreciação obtidas pela comparação do preço estimado de mercado na data prevista de venda com o preço de aquisição. O preço de mercado estimado, que considera fatores como marca, modelo e ano-modelo, é, ainda, deduzido das estimativas de despesas de venda a serem incorridas no processo de alienação. Tendo em vista que as estimativas do preço de venda de mercado alteram-se na linha do tempo, à medida que os carros novos sofrem reajustes, que repercutem nos preços do carros usados, a empresa adota revisões periódicas das taxas de depreciação dos veículos. As taxas de depreciação, calculadas conforme explicitado, são aplicadas ao custo de aquisição dos veículos em bases exponenciais decrescentes, adotando-se o método da soma dos dígitos dos anos, em bases trimestrais, que permite uma contraposição da depreciação mais elevada do carro no período inicial logo após à compra com o aumento crescente dos custos de manutenção durante a utilização do carro. • Outras depreciações e amortizações. Inclui depreciação de outros ativos imobilizados, calculadas linearmente, bem como amortizações de benfeitorias em imóveis de terceiros. • Receitas (despesas) financeiras, líquidas. Incluem receitas e despesas de juros, tributos incidentes sobre receitas financeiras (PIS/COFINS até julho de 2004), tributo incidente sobre movimentação financeira (CPMF), variação monetária e ganhos/(perdas) cambiais líquidos, bem como ganhos/(perdas) realizados e não-realizados em derivativos. • Imposto de renda e contribuição social. Referem-se ao imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos sobre o lucro líquido, que podem atingir, em conjunto, a alíquota máxima de 34% do lucro da Companhia, sendo: (i) imposto de renda, recolhido à alíquota de 15% sobre o lucro do exercício; (ii) adicional do imposto de renda, incidente sobre a parcela do lucro que exceder R$240 mil ao ano, recolhido à alíquota de 10%; e (iii) contribuição social sobre o lucro líquido, recolhida à alíquota de 9%, (iv) imposto de renda e contribuição social diferidos, registrados pelas alíquotas supracitadas sobre as diferenças intertemporais, além de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social, e os efeitos das diferenças de prática entre práticas contábeis adotadas no Brasil e USGAAP. 89 Resultados Operacionais Consolidados A tabela abaixo apresenta os valores relativos à demonstração dos resultados para os para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003 e os percentuais das receitas líquidas para os períodos indicados: 2005 Em R$ (mil) Receitas líquidas: Aluguel de carros Aluguel e administração frotas Venda de carros usados Franchising de Receitas líquidas totais Custos e despesas operacionais: % da Receita Líquida 2004 Em R$ (mil) % da Receita Líquida 2003(*) Em R$ (mil) % da Receita Líquida US GAAP Variação 2005x2004 Variação 2004x2003 271.282 30,9 197.098 31,1 155.291 29,2 37,6% 26,9% 149.221 448.201 8.200 17,0 51,1 1,0 127.822 303.010 6.526 20,1 47,8 1,0 120.309 250.978 5.456 22,6 47,2 1,0 16,7% 47,9% 25,7% 6,2% 20,7% 19,6% 100,0 634.456 100,0 532.034 100,0 38,2% 19,3% (15,4) (107.156) (16,9) (97.924) (18,4) 25,7% 9,4% (40,4) (238.807) (37,6) (206.579) (38,8) 48,4% 15,6% 876.904 Custos de aluguéis (134.710) Custo depreciado dos carros usados vendidos (354.505) Tributos incidentes sobre faturamento (22.040) (2,5) (18.058) (2,9) (16.337) (3,1) 22,1% 10,5% Vendas (66.629) (7,6) (52.660) (8,3) (42.194) (7,9) 26,5% 24,8% Gerais, administrativas e outras (21.033) (2,4) (20.173) (3,2) (16.769) (3,2) 4,3% 20,3% Depreciação dos veículos Outras depreciações e amortizações Custos e despesas operacionais totais Lucro operacional antes dos efeitos financeiros, da amortização do ágio, do imposto de renda e contribuição social e da participação minoritária Receitas (despesas) financeiras, líquidas Resultado não-operacional Imposto de renda e contribuição social Participação minoritária Lucro líquido Outros resultados compreensivos Lucro compreensivo Lucro por ação básico Número total de ações – em milhares (**) Lucro por ação diluído Número total de ações – em milhares (**) (36.513) (4.2) (18.557) (2,9) (37.222) (7,0) 96,8% (50,1)% (6.456) (0,8) (4.796) (0,7) (3.841) (0,7) 34,6% 24,9% (72,5) (420.866) (79,1) 39,5% 9,3% (641.886) 235.018 (73,3) (460.207) 26,8 174.249 27,5 111.168 20,9 34,9% 56,7% (84.415) 165 (9,6) 0,0 (43.016) 207 (6,8) 0,0 40.677 97 7,7 0,0 96,2% (20,3)% (205,8)% 113,4% (44.030) (219) 106.519 __ 106.519 1,71 (5,0) 0,0 12,1 (40.736) (136) 90.568 __ 90.568 1,47 (6,4) 0,0 14,3 (46.196) (106) 105.640 475 106.115 1,72 (8,7) 0,0 19,9 8,1% 61,0% 17,6% (11,8)% 28,3% (14,3)% 14,3% (14,5)% 62.151 1,69 61.440 1,47 61.440 1,72 62.936 61.440 61.440 (*) Parte das despesas de pessoal classificadas nas demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2003, como despesas operacionais, foram reclassificadas para os custos de aluguéis, de modo a tornarem consistentes e comparáveis com a demonstrações dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2005. (**) Em 1º de março de 2005, as ações foram desdobradas na proporção de 4 para 1, o lucro por ação e o número de ações no ano de 2004 e 2003 considera este desdobramento. 90 A tabela abaixo apresenta a reconciliação do lucro líquido para o EBITDA para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003: 2005 Em R$ (mil) Lucro Líquido Depreciação de veículos Despesa de remuneração referente ao Programa de Opções de Compra de Ações Outras depreciações e amortizações Receitas (despesas) financeiras, líquidas Outras receitas (despesas) não-operacionais, líquidas Imposto de renda e contribuição social Participação minoritária EBITDA (a) Participação do EBITDA nas receitas líquidas (a) 2004 Em R$ (mil) 2003 Em R$ (mil) US GAAP Variação 2005x2004 Variação 2004x2003 106.519 36.513 90.568 18.557 105.640 37.222 17,6% 96,8% -14,3% -50,1% 7.828 6.456 84.415 (165) 44.030 219 285.815 12.404 4.796 43.016 (207) 40.736 136 210.006 3.841 (40.677) (97) 46.196 106 152.231 -36,9% 34,6% 96,2% -20,3% 8,1% 61,0% 36,1% 24,9% -205,8% 113,4% -11,8% 28,3% 38,0% 32,6% 33,1% 28,6% -0,5pp 4,5pp EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização, das despesas com o programa de opções de compra de ações, de outras receitas (despesas) não operacionais, liquidas e da participação minoritária. O EBITDA não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa um fluxo de caixa para o período apresentado não deve ser considerado como um lucro líquido alternativo bem como não é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a definição da Companhia de EBITDA não pode ser comparado com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir a própria performance. Adicionalmente, a Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA com um indicador da performance operacional e do fluxo de caixa da empresa. A tabela abaixo apresenta a composição do EBITDA por negócios desenvolvidos pela Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003: 2005 Em R$ (mil) 2004 Em R$ (mil) Segmento Aluguel de carros Aluguel Seminovos e Frota EBITDA Aluguel de carros Margem EBITDA 138.953 39.851 178.804 27,9% 90.564 26.124 116.688 28,4% Segmento Aluguel e gerenciamento de frotas Aluguel Seminovos e Frota EBITDA Aluguel e Gerenciamento de Frotas Margem EBITDA 103.306 (165) 103.141 45,3% Consolidado Aluguel Seminovos e Frota Franchising EBITDA total Margem EBITDA 242.259 39.686 3.870 285.815 32,6% 91 2003 Em R$ (mil) US GAAP Variação 2005x2004 Variação 2004x2003 59.142 12.688 71.830 20,7% 53,4% 52,5% 53,2% -0,5p.p. 53,1% 105,9% 62,5% 7,7p.p. 91.950 (1.284) 90.666 41,6% 83.487 (5.465) 78.022 43,5% 12,3% -87,2% 13,8% 3,7p.p. 10,1% -76,5% 16,2% -1,9p.p. 182.514 24.840 2.652 210.006 33,1% 142.629 7.223 2.379 152.231 28,6% 32,7% 59,8% 45,9% 36,1% -0,5p.p. 28,0% 243,9% 11,5% 38,0% 4,5p.p. Período encerrado em 2005 comparado ao período encerrado em 2004 Receitas Líquidas de Aluguéis de Vendas As receitas líquidas da Companhia aumentaram 38,2%, passando de R$634,5 milhões em 2004 para R$876,9 milhões em 2005. Tal elevação é atribuída principalmente a um crescimento do volume de diárias do aluguel de carros e de frota, bem como aos aumentos do volume e dos preços de venda dos carros usados. As receitas de aluguel de carros aumentaram 37,6%, passando de R$197,1 milhões em 2004 para R$271,3 milhões em 2005. Tal acréscimo deveu-se a um crescimento de 41,4% no volume de diárias, parcialmente compensado por uma redução de 2,6% nas tarifas médias de locação. A elevação do volume foi observada em todos os segmentos de negócios da Companhia. Esse crescimento deveu-se a: (i) aumento do nível de atividade econômica no Brasil em 2005; (ii) aumento do fluxo de passageiros em aeroportos; (iii) aumento dos usuários de cartão de crédito; e (iv) foco nos negócios de aluguel no próprio domicílio dos clientes corporativos, bem como nos setores da economia de maior crescimento. Em 2005, o crescimento foi principalmente orgânico, concentrado nas 83 agências já existentes em 2004, já que as 34 agências recentemente abertas contribuíram com 3,4% do total de diárias. Não obstante as tarifas em todos os segmentos terem aumentado, o aumento do volume das diárias decorrentes do negócio de mini-lease impactou a tarifa média global, reduzindo-a pelo fato da tarifa média do mini-lease ser menor. As receitas de aluguel e gerenciamento de frotas aumentaram 16,7%, passando de R$127,8 milhões em 2004 para R$149,2 milhões em 2005. Tal acréscimo é atribuído a um crescimento de 19,4% no volume de veículos locados, que foi parcialmente compensado por uma queda de 2,1% nos preços médios de locação. O aumento do volume de negócios decorreu de novos contratos firmados em 2005. A redução nos preços médios foi pelo aumento de competitividade. As receitas com a venda de carros usados aumentaram 47,9%, passando de R$303,0 milhões em 2004 para R$448,2 milhões em 2005, devido a um crescimento de 19,4% no volume de carros vendidos (15.715 carros em 2004 e 18.763 carros em 2005), e pelo aumento de 24,6% nos preços médios de venda. A elevação do volume de carros vendidos reflete o crescimento da frota, principalmente do aluguel de carros, dentro do programa regular de renovação da frota. O aumento nos preços médios de venda dos carros usados reflete o aumento dos preços dos carros novos praticados pelas montadoras a partir de 2004, que se refletiram no mercado de carros usados, bem como mudança do mix de carros vendidos compostos de carros de preços mais elevados e a redução na idade média dos carros vendidos da Total Fleet, passando de 33,2 meses em 2004 para 27,7 meses em 2005. As receitas de franchising aumentaram 25,7%, passando de R$6,5 milhões em 2004 para R$8,2 milhões em 2005 principalmente em função do aumento no nível da atividade econômica no Brasil em 2005. Custos de Aluguéis e Vendas Os custos operacionais diretos aumentaram 40,4%, passando de R$364,0 milhões em 2004 para R$511,3 milhões em 2005. Como um percentual das receitas líquidas, os custos operacionais diretos foram em torno de 58%. Tal acréscimo foi causado principalmente por (i) aumento do custo depreciado dos carros vendidos, em decorrência da redução da idade média dos carros vendidos em 2005 (13,6 meses) em relação a 2004 (18,3 meses), tal aumento foi superior à elevação dos preços médios de venda de carros usados, citada acima; e (ii) aumento da despesa de depreciação devido ao aumento de 18,9% no preço médio dos carros comprados, enquanto as tarifas de aluguel apresentaram ligeira redução. Os custos operacionais diretos do aluguel de carros aumentaram 33,7%, passando de R$71,1 milhões em 2004 para R$95,1 milhões em 2005, em decorrência do crescimento do volume de negócios de 41,4%. Como um percentual das receitas líquidas de aluguel de carros, os custos permaneceram estáveis em relação ao ano anterior, próximo a 36%. Os aumentos de custos decorreram principalmente do aumento do número de agências da Companhia e referem-se a: (i) gastos com pessoal das áreas de atendimento; (ii) gastos com agências (aluguel de imóvel e de rede de dados e voz); e (iii) reparação de carros sinistrados. 92 Os custos operacionais diretos do aluguel e gerenciamento de frotas aumentaram 13,5%, passando de R$31,2 milhões em 2004 para R$35,4 milhões em 2005, em decorrência do crescimento de 19,4% no volume de negócios. Como um percentual das receitas líquidas de aluguel e gerenciamento de frotas, os custos permaneceram estáveis em relação ao ano anterior, em torno de 24%. O crescimento observado refere-se a: (i) um acréscimo nos custos com manutenção e reparos de carros no valor de R$2,5 milhões; (ii) aumento nos gastos com licenciamento de R$1,2 milhão, resultado do crescimento da frota; e (iii) elevação de R$0,5 milhão em gastos com pessoal da administração da manutenção (terceirizados). O custo dos carros usados vendidos, líquido da depreciação, aumentou 48,4%, passando de R$238,8 milhões em 2004 para R$354,5 milhões em 2005, em decorrência do aumento de 19,4% na quantidade de carros vendidos bem como do aumento do custo de aquisição dos carros vendidos que desde 2004 estão sendo reajustados acima da inflação. Como um percentual das receitas, o valor contábil dos veículos vendidos permaneceu estável em cerca de 79%. Os custos operacionais diretos de franchising aumentaram de R$4,9 milhões em 2004 para R$4,2 milhões em 2005. Como um percentual das receitas líquidas, tais custos reduziram, passando de 75,4% em 2004 para 51,2% em 2005. Despesas de Vendas As despesas de vendas aumentaram 26,5%, passando de R$52,7 milhões em 2004 para R$66,6 milhões em 2005, em consonância com o aumento na receita do aluguel de carros (37,6%) e de venda de carros usados (47,9%), devido a: (i) aumento das equipes de vendas; (ii) crescimento dos gastos com publicidade em 87,7%. Como um percentual das receitas líquidas, as despesas de vendas passaram de 8,3% em 2004 para 7,6% em 2005, refletindo um ganho de escala. Despesas Gerais, Administrativas e Outras As despesas gerais, administrativas e outras aumentaram 4,3%, passando de R$20,2 milhões em 2004 para R$21,0 milhões em 2005. Como um percentual das receitas líquidas, as despesas gerais, administrativas reduziram de 3,2% em 2004 para 2,4% em 2005. Os gastos com ofertas de ações em 2005 no montante de R$3,6 milhões e da criação da área de Relações com Investidores, foram compensados pela reversão de provisão de contingências fiscais no valor de R$5,4 milhões e redução dos custos relativos ao plano de opção de ações. Depreciação dos Veículos As despesas de depreciação dos carros aumentaram 96,8%, passando de R$18,6 milhões em 2004 para R$36,5 milhões em 2005. Os principais fatores para este aumento foram (i) o aumento de 7.166 carros na frota, passando de 28.699 carros em 31 de dezembro de 2004 para 35.865 carros em 31 de dezembro de 2005; e (ii) elevação de 18,9% em 2005 dos custos de aquisição de veículos novos, em decorrência dos reajustes concedidos pelas montadoras. Em 2005, a depreciação média por carro aumentou 46,9% devido ao aumento das taxas médias de depreciação dos carros, cujos preços praticados no mercado apresentaram sinais de desaceleração no reajuste real do preço dos carros novos e conseqüentemente, dos usados. 93 Despesas Financeiras, Líquidas A tabela abaixo apresenta a composição das despesas financeiras, líquidas: 2004 2005 Diferença Despesas Financeiras Receitas financeiras Impostos sobre receitas financeiras Despesas financeiras líquidas (32.757) 26.700 (1.325) (7.382) (123.570) 61.372 947 (61.251) (90.813) 34.672 2.272 (53.869) Variações monetárias e cambiais Ganhos não realizados sobre os derivativos Ganhos realizados sobre os derivativos Variações monetárias, cambiais e Derivativos 17.428 (49.030) (25) (31.627) (11.022) (504) (1.706) (13.232) (28.450) 48.526 (1.681) 18.395 (4.007) (9.932) (5.925) (43.016) (84.415) (41.399) CPMF e outros As despesas financeiras líquidas aumentaram 96,3%, passando de R$43,0 milhões em 2004 para R$84,4 milhões em 2005, em linha com o aumento da dívida líquida de 91,8% (R$539,4 milhões e R$281,2 milhões em 2004), principalmente devido: (i) ao aumento das despesas financeiras líquidas, passando de R$7,4 milhões em 2004 para R$61,3 milhões em 2005, em função do aumento do endividamento para suportar o crescimento da frota, que passou de 28.699 veículos no final de 2004 (custo de R$653,8 milhões) para 35.865 veículos em 2005 (custo de R$961,7 milhões), além do aumento de 3p.p. na taxa de juros (CDI); e (ii) imposto sobre operações financeiras (CPMF) em decorrência do aumento do volume de movimentação operacional e financeira principalmente para liquidação das Senior Notes; (iii) parcialmente compensados pela redução de R$18,3 milhões nas despesas de variações monetárias, cambiais, swap e derivativos (que inclui o efeito da variação cambial das Senior Notes e dos empréstimos sob Repasses de Captação Externa, líquido do resultado dos contratos de swap), decorrente da substituição, em março de 2005, do “swap” contratado para dar proteção à operação dos Senior Notes por aplicações em títulos denominados em dólar. As Senior Notes foram pagas em 03 de Outubro de 2005. Imposto de Renda e Contribuição Social O imposto de renda e a contribuição social aumentaram 8,1%, passando de R$40,7 milhões em 2004 para R$44,0 milhões em 2005, o que representa uma alíquota efetiva do imposto de renda de 31,0% em 2004 e 29,2% em 2005. A redução da alíquota efetiva deveu-se pelo pagamento de juros sobre capital próprio. Vide nota 17 das Demonstrações Financeiras Consolidadas referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2005 (de acordo com os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos Estados Unidos da América – US GAAP) incluídas neste Prospecto como Anexo E. Lucro Líquido O aumento do lucro líquido, passando de R$90,6 milhões em 2004 para R$106,5 milhões em 2005, decorreu principalmente do aumento no volume de negócios nos segmentos de aluguel de carros e de aluguel e gerenciamento de frotas parcialmente compensado pelo aumento nas despesas financeiras. Em relação à receita líquida, o lucro líquido reduziu de 14,3% em 2004 para 12,1% em 2005. 94 EBITDA EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização, das despesas com o programa de opções de compra de ações, de outras receitas (despesas) não operacionais, liquidas e da participação minoritária. O EBITDA não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa um fluxo de caixa para o período apresentado não deve ser considerado como um lucro líquido alternativo bem como não é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a definição da Companhia de EBITDA não pode ser comparado com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir a própria performance. Adicionalmente, a Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA com um indicador da performance operacional e do fluxo de caixa da empresa. O EBITDA cresceu 36,1% (R$75,8 milhões), passando de R$210,0 milhões em 2004 para R$285,8 milhões em 2005, em linha com o crescimento das receitas de 38,2%. Como percentual das receitas a margem EBITDA permaneceu em torno de 33%. Período encerrado em 2004 comparado ao período encerrado em 2003 Receitas Líquidas As receitas líquidas da Companhia aumentaram em 19,3% passando de R$532,0 milhões em 2003 para R$634,5 milhões em 2004. Tal aumento é atribuído principalmente a um aumento nos volumes de diárias do aluguel de carros, bem como aos aumentos de preços dos carros usados vendidos. As receitas de aluguel de carros aumentaram 26,9%, passando de R$155,3 milhões em 2003 para R$197,1 milhões em 2004. Tal aumento deveu-se a um aumento de 31,2% no volume de diárias, compensado por uma redução de 2,4% nas tarifas médias de locação. A elevação de volume foi observada principalmente nos segmentos de turismo de lazer e de negócios, e no mini-lease. Esse aumento de volume foi primordialmente devido a: (i) um aumento no nível de atividade econômica no Brasil em 2004; (ii) campanhas de incentivos de vendas; (iii) redução de preços para alguns clientes; e (iv) adoção de políticas regionais de preços, que proporcionaram crescimento das vendas no mercado local. As receitas de aluguel e gerenciamento de frotas aumentaram em 6,2%, passando de R$120,3 milhões em 2003 para R$127,8 milhões em 2004. Tal crescimento é atribuído a um aumento médio de 18,3% nos preços médios de aluguel, que foi parcialmente compensado por uma queda de 10,0% no volume de veículos locados. O aumento nos preços foi causado por: (i) reajustes de preços nos contratos; e (ii) captação de novos clientes com preços médios de aluguel mais altos de um mix de frota diferente. A redução no volume de veículos alugados decorreu da perda de alguns grandes clientes, que optaram por voltar a adquirir frota própria ou contrataram empresas concorrentes que ofereceram preços inferiores. As receitas com a venda de carros usados aumentaram em 20,7%, passando de R$251,0 milhões em 2003 para R$303,0 milhões em 2004, devido a um aumento de 21,0% nos preços médios de venda, bem como um crescimento de 1,6 % no volume de carros vendidos (15.468 carros em 2003 e 15.715 carros em 2004). A elevação dos preços de vendas do mercado de carros usados refletiu os fortes reajustes de preços de automóveis novos promovidos pelas montadoras em 2004. As receitas de franchising aumentaram 19,6%, passando de R$5,5 milhões em 2003 para R$6,5 milhões em 2004, principalmente em função de: (i) um aumento no nível de atividade econômica no Brasil em 2004; e (ii) campanhas de incentivos de vendas. 95 Custos de Aluguéis e Vendas Os custos operacionais diretos aumentaram 13,5%, passando de R$320,8 milhões em 2003 para R$364,0 milhões em 2004. Como um percentual das receitas líquidas, os custos operacionais diretos reduziram de 60,3% em 2003 para 57,4% em 2004. Tal decréscimo foi principalmente pela redução do custo dos carros vendidos, em relação às receitas de vendas de carros usados. Em geral, os custos do aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas também apresentaram queda em relação às respectivas receitas. Os custos operacionais diretos do aluguel de carros aumentaram 15,2%, passando de R$61,8 milhões em 2003 para R$71,1 milhões em 2004. O aumento nos custos diretos do aluguel de carros decorreu principalmente do aumento do número de agências da Companhia, impactando: (i) gastos com pessoal das áreas de atendimento e operações; e (ii) gastos com agências (aluguel de imóvel e de rede de dados e voz, serviços de utilidade pública). Ocorreu, também um aumento nos custos variáveis, mais especificamente nos custos com reparação de carros sinistrados no valor de R$1,2 milhão e, em 2004, foi registrada despesa de remuneração decorrente do plano de opções de compras de ações, que totalizou R$1,5 milhão. Como um percentual das receitas líquidas de aluguel de carros, os custos reduziram-se, passando de 39,8% em 2003 para 36,1% em 2004. Os custos operacionais diretos do aluguel e gerenciamento de frotas diminuíram 7,0%, passando de R$33,5 milhões em 2003 para R$31,2 milhões em 2004. A redução ocorreu principalmente em função de uma redução nos custos com manutenção e reparos de carros sinistrados no valor de R$4,0 milhões, parcialmente compensado: (i) por um aumento nas perdas com carros furtados ou roubados no valor de R$1,1 milhão e (ii) ao registro da despesa de remuneração decorrente do plano de opções de compras de ações, que totalizou R$0,7 milhão. Como um percentual das receitas líquidas de aluguel e gerenciamento de frotas, os custos diminuíram de 27,8% em 2003 para 24,3% em 2004. O custo de venda de carros usados aumentou 15,6%, passando de R$206,6 milhões em 2003 para R$238,8 milhões em 2004, em decorrência da venda de carros com preços superiores. O aumento do preço médio de venda dos carros foi de 19,2%, enquanto o aumento do custo por carro vendido foi de 13,8%. Como um percentual das receitas, o valor contábil dos veículos vendidos declinou de 82,3% em 2003 para 78,8% em 2004. Os custos operacionais diretos de franchising aumentaram de R$2,7 milhões em 2003 para R$4,9 milhões em 2004. Esse aumento atribuiu-se principalmente ao registro da despesa de remuneração decorrente do plano de opções de compras de ações, que totalizou R$1,5 milhão. Como um percentual das receitas líquidas, tais custos cresceram, passando de 49,5% em 2003 para 75,1% em 2004. Despesas de Vendas As despesas de vendas aumentaram 24,8%, passando de R$42,2 milhões em 2003 para R$52,7 milhões em 2004, como resultado, principalmente, de elevações no aluguel de carros e na venda de carros, devido a: (i) aumento da equipe da área de venda de carros usados; (ii) aumento dos gastos com comissões pagas a vendedores e administradoras de cartões de crédito; e (iii) ao registro da despesa de remuneração decorrente do plano de opções de compras de ações, que totalizou R$6,0 milhões. Tais aumentos foram parcialmente compensados por uma redução nas perdas com devedores duvidosos do aluguel de carros e administração e aluguel de frotas, que passaram de 1,1% do total das respectivas receitas em 2003 para 0,2% em 2004, em função das melhorias nos processos de aprovação de crédito e de cobrança. Como um percentual das receitas líquidas, as despesas de vendas cresceram de 7,9% em 2003 para 8,3% em 2004. Despesas Gerais, Administrativas e Outras As despesas gerais, administrativas e outras aumentaram 20,3%, passando de R$16,8 milhões em 2003 para R$20,2 milhões em 2004. Esse crescimento atribui-se principalmente ao registro da despesa de remuneração equivalente ao plano de opções de compras de ações, que totalizou R$3,1 milhões. Como um percentual das receitas líquidas, as despesas gerais, administrativas e outras permaneceram estáveis, em torno de 3,2%. 96 Depreciação dos Veículos As despesas de depreciação dos veículos reduziram 50,1%, passando de R$37,2 milhões em 2003 para R$18,6 milhões em 2004. Por carro, as despesas anuais de depreciação dos veículos reduziram 55,0%, passando de R$2.156 em 2003 para R$970 em 2004. Tal redução é conseqüência dos preços praticados no mercado de venda de carros usados, que tiveram um aumento de 19,2% em 2004, frente a preços de aquisição, que não são corrigidos pela inflação, resultando em taxas de depreciação mais baixas (vide nota 6 às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2004 e de 2003 (de acordo com os U.S. GAAP). Receitas (Despesas) Financeiras, Líquidas A tabela abaixo apresenta a decomposição das despesas financeiras depois da alocação pro-forma dos ganhos não realizados nas operações de derivativos, conforme segue: 2003 Receita financeira Despesas Financeiras Impostos sobre receitas financeiras Ganhos decorrentes de variações Monetárias e Cambiais Ganhos realizados na venda de títulos negociáveis Ganhos não realizados sobre os derivativos Ganhos realizados sobre os derivativos Outros 2004 (em milhares de reais) 35.473 26.700 (29.741) (32.757) (1.672) (1.325) 46.896 17.428 (219) (7.016) (49.030) (25) (4.007) (3.044) 40.677 (43.016) Variação (8.773) (3.016) 347 (29.468) 219 (42.014) (25) (963) (83.693) As receitas financeiras líquidas diminuíram, passando de uma receita de R$40,7 milhões em 2003 para uma despesa de R$43,0 milhões em 2004, principalmente devido: (i) à redução de 62,8% nas variações monetárias e cambiais líquidas (que inclui o efeito da variação cambial das Senior Notes), de R$46,9 milhões em 2003 para R$17,4 milhões em 2004, decorrente da queda da taxa efetiva de juros do CDI, de 23,3% em 2003 para 16,2% em 2004. (ii) ao aumento de 10,1% em juros e despesas, de R$29,7 milhões em 2003 para R$32,8 milhões em 2004, devido a maior utilização de operações de compror (em função do aumento no volume de compra de carros), que custaram R$4,3 milhões em 2004 contra R$0,4 milhão em 2003; (iii) à redução de 24,2% nas receitas financeiras, que passaram de R$35,5 milhões em 2003 para R$26,7 milhões em 2004, decorrente da redução da taxa de juros do CDI, de 23,3% em 2003 para 16,2% em 2004, apesar do aumento de 4% no volume médio aplicado em 2004; e (iv) ao aumento da perda não-realizada em derivativos, decorrente dos ajustes da marcação a mercado dos contratos de operação de swap, de dólar para CDI, que foi credor em R$73,1 milhões em 2003 contra um resultado devedor de R$10,3 milhões em 2004, parcialmente compensado por uma apreciação baixa, em 2004, do real perante o dólar norte americano, de acordo com a redução de aproximadamente 44% da taxa de juros CDI, quando comparado a 2003. Imposto de Renda, Contribuição Social e Participação Minoritária O imposto de renda e a contribuição social reduziram 11,8%, passando de R$46,2 milhões em 2003, o que representava uma alíquota efetiva do imposto de 30,4% para R$40,7 milhões, representando 31,0% em 2004. Lucro Líquido A redução do lucro líquido, passando de R$105,6 milhões em 2003 para R$90,6 milhões em 2004, decorreu principalmente do ajuste do plano de opções de compras de ações em 2004, no valor aproximado de R$12,4 milhões. 97 EBITDA EBITDA é o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização, das despesas com o programa de opções de compra de ações, de outras receitas (despesas) não operacionais, liquidas e da participação minoritária. O EBITDA não é reconhecido pelos U.S. GAAP ou pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa um fluxo de caixa para o período apresentado não deve ser considerado como um lucro líquido alternativo bem como não é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a definição da Companhia de EBITDA não pode ser comparado com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA apresentado é utilizado pela Companhia para medir a própria performance. Adicionalmente, a Companhia entende que alguns investidores e analistas financeiros usam o EBITDA com um indicador da performance operacional e do fluxo de caixa da empresa. O EBITDA cresceu 38,0% (R$57,8 milhões), passando de R$152,2 milhões em 2003 para R$210,0 milhões em 2004, em decorrência do aumento de R$41,8 milhões das receitas de aluguel de carros, sem aumento significativo de custos e despesas. Instrumentos não Registrados no Balanço Patrimonial A Companhia não mantém qualquer forma de relacionamento com entidades não-consolidadas ou entidades de propósito específico, que tenham sido instituídas com a finalidade de facilitar a realização de acordos não incluídos no balanço patrimonial ou outras finalidades específicas ou limitadas. Além disso, a Companhia não tem empréstimos não divulgados, e nem celebrou quaisquer contratos de derivativos que não estejam apresentados neste Prospecto. Assim, a Companhia não está exposta de maneira relevante a qualquer risco de financiamento, liquidez, mercado ou crédito que poderia existir caso a Companhia estivesse envolvida em tais relacionamentos. Liquidez e Recursos de Capital A Companhia utiliza recursos de capital principalmente para os seguintes propósitos: (i) aquisição de novos carros para aumento e renovação da frota de aluguel; (ii) pagamento de serviço de dívida; e (iii) capital de giro. As principais fontes de recursos foram o capital gerado pelas atividades operacionais e de financiamento, como segue: Resumo do Fluxo de Caixa: Exercício findo em 31 de dezembro de 2004 31 de dezembro de 2005 (em milhares de reais) (em milhares de reais) Caixa líquido (aplicado nas) atividades operacionais Caixa líquido (aplicado nas) atividades de investimentos Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamentos (Redução) líquido do caixa e disponibilidades Disponibilidades no início do exercício Disponibilidades no final do exercício (246.951) (94.134) (97.860) (14.243) 282.498 (58.587) 129.345 70.758 82.184 (29.919) 159.264 129.345 Os recursos líquidos gerados pelas atividades operacionais da Companhia passaram de uma aplicação de R$97,9 milhões em 2004 para uma aplicação de R$247,0 milhões em 2005. A variação de R$149,1 milhões decorre principalmente do aumento de recursos para expansão da frota. Os recursos aplicados em investimentos passaram de R$14,2 milhões em 2004 para R$94,1 milhões em 2005. O acréscimo de R$79,9 milhões decorre principalmente do cancelamento dos contratos de derivativos. 98 Os recursos advindos das atividades de financiamento (R$282,5 milhões em 2005 comparados a R$82,2 milhões em 2004) se originaram da contratação de empréstimos para aplicação em frota, principalmente, como segue: • R$350 milhões em debêntures captados em maio de 2005, não conversíveis em ações e com prazo de 5 anos com pagamento do principal no vencimento e juros semestrais, à taxa de 108,5% do CDI ao ano; • R$139 milhões de repasse de captações externas (Resoluções Bacen 2770 e 3221), com prazo de 2 a 3 anos, com pagamento do principal e juros no vencimento, exceto por, sendo um contrato de R$60 milhões cujos juros são pagos semestralmente. O custo efetivo dessas operações, considerando os swaps contratados simultaneamente é de 107% a 108% do CDI; e • para suprir suas necessidades de fluxo de caixa de curto prazo, a Companhia usa linhas de créditos do tipo compror. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia registrava o saldo devedor de R$98,0 milhões (R$145,3 milhões em 31 de dezembro de 2004) nesta modalidade de empréstimos. Endividamento e Obrigações Financeiras e Contratuais Linha de Crédito - Compror. A Companhia usa financiamento de curto prazo conhecida como compror para financiar a aquisição de veículos. Este tipo de financiamento é utilizado para evitar custos decorrentes de resgates de aplicações voltados a necessidade de caixa de curto prazo. Os recursos para pagamento aos bancos resultam, principalmente, da receita da venda de carros substituídos na frota. As operações em aberto de compror apresentavam saldo de R$98,0 milhões em 31 de dezembro de 2005 e foram tomadas em moeda local e moeda estrangeira, com custo final indexado ao CDI, mais um spread positivo variando entre 1,2066% e 2,4266% ao ano, com exceção a um valor de R$ 3,5 milhões que se encontra com custo indexado a TJLP + 7,1%aa. As operações em moeda estrangeira foram objetos de operação de swap, que foram contratadas simultaneamente, trocando a taxa contratual para um custo indexado ao CDI. Debêntures. A Companhia concluiu, em maio de 2005, a Emissão das Debêntures, no valor total de R$350 milhões, referente ao programa de emissão de 35.000 debêntures não conversíveis, datado de 20 de maio de 2005, sob a modalidade de garantia flutuante. As debêntures têm prazo de 5 anos, com pagamento do principal no vencimento e juros semestrais à taxa equivalente a 108,5% do CDI. Por conta desta emissão, a Companhia está sujeita a certas restrições de endividamento, bem como certas hipóteses de vencimento antecipado, tais como: (a) pedido de falência; (b) declaração de vencimento antecipado ou inadimplemento de qualquer obrigação pecuniária da Companhia cujo valor individual ou agregado seja igual ou superior a R$10.000 (dez milhões de reais); (c) ocorrência de qualquer alteração na composição societária que venha a resultar na perda, transferência ou alienação do controle acionário direto ou indireto da Companhia, pelos Acionistas Fundadores da Companhia; (d) redução de capital da Companhia e/ou recompra de suas próprias ações para cancelamento, exceto se previamente autorizadas pelos Debenturistas; (e) não-manutenção de índices financeiros apurados trimestralmente, com base nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia; (i) o índice obtido da divisão da dívida líquida pelo EBITDA não deverá ser superior a 2,75; (ii) o índice obtido da divisão entre EBITDA pelas despesas financeiras líquidas não deverá ser inferior a 2,50; (f) a atividade principal da Companhia deixa de ser o aluguel de carros e atividades diretamente relacionadas a aluguel de carros; (g) deliberação ou distribuição de dividendos, juros sobre o capital próprio ou qualquer outra participação no lucro prevista no Estatuto Social da Companhia, se estiver em mora com as obrigações previstas na Escritura de debenturistas, ressalvado, entretanto, o pagamento do dividendo mínimo obrigatório; e (h) transferência ou qualquer forma de cessão ou promessa de cessão a terceiros dos direitos e obrigações que respectivamente adquiriu e assumiu na Escritura, sem a prévia anuência do agente fiduciário. A administração da Companhia entende que todas as cláusulas acima estão sendo cumpridas. Os recursos provenientes da Emissão de Debêntures foram utilizados para (i) complemento dos recursos para liquidação das Senior Notes e (ii) expansão da frota de carros. 99 Para complementar os recursos necessários para expansão da frota, a Companhia contratou R$139 milhões de recursos de repasse de captação externa (Resoluções Bacen 2770 e 3221), com prazo de 2 a 3 anos, com pagamento do principal e juros no vencimento, exceto por um contrato de R$60 milhões cujos juros são pagos semestralmente. O custo efetivo dessas operações, considerando os swaps contratados simultaneamente, é de 107% a 108% do CDI. A tabela abaixo demonstra os fluxos de caixa das Debêntures e outras obrigações financeiras e contratuais nos períodos nela indicados, com base no saldo atualizado até 31 de dezembro de 2005: Debêntures (principal + juros) ............. Compror (principal + juros) TJLP ou CDI .............................................. Repasses de captação externa .............. Operações de swap............................... Aluguéis ............................................... Total ........................................................ Taxa de juros anual 108,5% CDI CDI + 1,2006% a 2,4266% TJLP + 7,1% VC + %, 61% por ano IGP-M + 9,80% Moeda R$ R$ US$ Yen R$ US$ Yen R$ R$ US$ 2006 2007 2008 2009 16,2 2010 350,0 2011 e após Total - 366,2 98,0 - 146,0 0,1 13,0 13,0 59,2 669,5 98,0 2,7 - 51,7 0,5 91,6 (0,4) - - 13,9 130,8 10,7 62,9 9,0 100,2 7,4 7,4 5,2 355,2 A Companhia detinha em 31 de dezembro de 2005 um total de R$60,6 milhões em aplicações financeiras reservadas para liquidação de parte de suas obrigações de curto prazo no total de R$116,9 milhões. O restante das obrigações de curto e longo prazo, bem como as obrigações referentes a aluguéis devem ser liquidadas através de recursos próprios oriundos da geração de caixa de suas operações. Cédulas de Crédito Bancário Em 30 de setembro de 2005, a Companhia emitiu Cédula de Crédito Bancário em favor do Banco Itaú S.A. no valor principal de US$27 milhões. Tal crédito é referente ao repasse de recursos oriundos de empréstimo obtido pelo Banco Itaú S.A. no exterior, em dólar, ao amparo da Resolução 2770, de 30 de agosto de 2000, do CMN, cujos valores foram objeto do Contrato de Câmbio registrado no SISBACEN, aplicados pela Companhia exclusivamente em atividades econômicas. Juros de 5,6137% a.a., equivalentes a 0,4678% a.m. incidem sobre o crédito em referência e serão pagos no período de 30 de agosto de 2005 a 30 de janeiro de 2008. Contrato de Empréstimo Mediante Repasse de Recursos em Moeda Nacional Em 30 de setembro de 2005, a Companhia firmou Contrato de Empréstimo Mediante Repasse de Recursos em Moeda Nacional com o Unibanco - União de Bancos Brasileiros S.A. no valor de R$50 milhões, com vencimento em 20 de setembro de 2007 e taxa de juros de cerca de 9,6% a.a. Contrato de Repasse de Operação de Crédito em Moeda Estrangeira Em 4 de novembro de 2005, a Companhia firmou Contrato de Repasse de Operação de Crédito em Moeda Estrangeira, Iene, com o Banco do Estado de São Paulo S.A. no valor de R$29, 1 milhões. O pagamento do valor principal e dos encargos será efetuado em parcela única no dia 15 de setembro de 2008 e tal crédito está sujeito a taxa de juros variável calculada de forma simples. 100 Sensibilidade a variações nas taxas de juros A Companhia está sujeita a riscos relativos à variação de taxas de juros em razão de seu endividamento estar atrelado a parâmetros de juros flutuantes. Para cada elevação nas taxas de juros em 1 ponto percentual, a despesa financeira será impactada em aproximadamente R$5,0 milhões ao ano. Operações de Swap A Companhia participa de operações envolvendo instrumentos financeiros que se destinam a atender às necessidades próprias para obter recursos, reduzindo sua exposição a riscos de moeda e de taxas de juros. A administração desses riscos é minimizada pelo fato dessas operações serem normalmente contratadas simultaneamente à operação de crédito que lhe deu origem e que tem por objetivo traduzir o custo final indexado à variação do CDI. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia apresentava contratos de proteção cambial (swap) no montante referencial de US$26.974 mil e Iene 1.528.766 mil para minimizar sua exposição sobre seus saldos a pagar a empréstimos e financiamentos decorrentes de oscilações que venham a ocorrer na moeda nacional com relação ao dólar norte-americano e ao Iene. Adicionalmente, a Companhia contratou operações de swap, no montante nocional de R$50,0 milhões, com o objetivo de fazer frente à variação do IGP-M acima da variação esperada em CDI, trocando variação do IGP-M + Juros de 9,8001%a.a. pela variação de 107% do CDI. Os resultados líquidos não realizados nas operações de swap acumulavam uma perda líquida no montante de R$117 mil, registrado em outros passivos exigíveis a longo prazo em 31 de dezembro de 2005 (perda de R$64,1 mil, classificada como empréstimos e perdas não realizadas em instrumentos derivativos em 31 de dezembro de 2004) e estão demonstrados conforme abaixo: 2005 Troca de cupom de 5,61% a.a. + Variação cambial (dólar) por 108% do CDI Troca de juros de 9,8001% a.a. + variação do IGPM por 107% do CDI Troca de Variação cambial (Iene) por juros de 0,11% a.m. + variação do CDI Troca de cupom variando entre 9,30% a.a. a 9,80% a.a. + Variação cambial (dólar) por 100% da Variação do CDI Outros Total 101 R$ mil 2004 Vencimento 1.277 - 31.01.06 a 30.01.08 (486) - 20.09.07 (908) - 15.09.08 - (64.068) 29.09.05 (117) (60) (64.128) ____ ____ XV. A INDÚSTRIA DE ALUGUEL DE CARROS E GERENCIAMENTO DE FROTAS Aluguel de Carros Mercado brasileiro de Aluguel de Carros A atividade de aluguel de carros no Brasil teve início na década de 50. Os primeiros negócios surgiram na região central de São Paulo através da iniciativa de alguns empresários do ramo de revendas de carros usados, que começaram a alugar seus carros como atividade suplementar. Na metade da década de 60, a atividade teve um grande impulso com a entrada de uma empresa multinacional de aluguel de carros, fato que obrigou as demais locadoras existentes a se profissionalizarem. Com o surgimento das empresas de leasing financeiro nos anos 70, as locadoras tiveram facilidade de acesso a créditos para aquisição de carros, o que viabilizou um grande desenvolvimento da indústria de aluguel de carros. Na década de 80, a indústria de aluguel de carros já era uma atividade consolidada no Brasil. Houve um visível crescimento de inúmeras locadoras locais nos mais diversos pontos do País. Nesta década se iniciou a expansão das redes através do sistema de franchising. Resistindo aos pacotes econômicos e aos congelamentos de preços que provocaram o ágio no preço dos veículos, a indústria de aluguel de carros entrou na década de 90 com novos desafios e oportunidades, como a abertura econômica, o Código de Defesa do Consumidor, o Código Nacional de Trânsito, o lançamento dos carros econômicos com motorização 1.0 e a explosão dos cartões de crédito. A abertura facilitou a importação de carros e os consumidores passaram a exigir mais qualidade. A indústria de aluguel de carros cresceu, em termos reais, a uma taxa acumulada superior ao PIB nos últimos anos. Tal expansão foi motivada principalmente pelos seguintes fatores: • tendência de terceirização de frotas por parte das médias e grandes empresas; • aumento do turismo de lazer doméstico e receptivo internacional; • aumento do fluxo de passageiros nos aeroportos; • crescimento da indústria de feiras e eventos; • massificação dos cartões de crédito; e • maciços investimentos dos setores de telecomunicações, infra-estrutura, serviços, energia, agronegócio e exportação. Ano 2001 2002 2003 2004 2005 Total Acumulado Taxa de crescimento real PIB 1,3% 1,9% 0,5% 4,9% 2,3% 11,3% Faturamento(1) 8,4% 6,3% (4,9%) 6,0% 2,0% 18,5% __________________ (1) Deflacionado pelo IPCA Fonte: Site do BACEN, IBGE e ABLA. Em 2005, a indústria de aluguel de carros manteve sua trajetória de crescimento, em linha com o crescimento econômico do País, verificado pelo aumento de 2,3% do PIB nacional. Em 2004, o aumento foi de 4,9%. Em 2005, o setor de aluguel de carros no Brasil cresceu aproximadamente 8,6% em faturamento, abaixo do crescimento histórico de cerca de 12% a.a. (CAGR da indústria nos últimos 6 anos, considerando o período de 2000 a 2005, onde o faturamento do setor passou de R$1,62 bilhões para R$2,91 bilhões). 102 A divisão de aluguel de carros da Localiza tem crescido 8,4 vezes o PIB nos últimos 5 anos, com base na média do crescimento do volume de diárias sobre o crescimento médio do PIB. O mercado brasileiro encontra-se fragmentado, com 31% do mercado em 2004 pertencendo às líderes Localiza (16%), Unidas (7%), Avis e Hertz (4% cada) e o restante diluído entre mais de 1900 pequenas empresas locais. Em 2005 a participação de mercado da Localiza cresceu 2 p.p. atingindo 18% do mercado brasileiro de locação de veículos. Número de Locadoras CAGR: -11% 4000 2511 3000 2340 1985 2000 1000 0 2002 2003 2004 Fonte: ABLA Mercado brasileiro de aluguel de carros Unidas 7% Avis Hertz 4% 4% Localiza 16% Local players 69% Fonte: ABLA, 2004 A frota das empresas de locação de carros, o faturamento e o número de usuários cresceram no último ano 12,0%, 14,0% e 16,0%, respectivamente. A frota saltou de 133 mil carros para 203,7 mil carros entre 2000 e 2004 e o número de usuários, que em 2000 foi de 6,2 milhões, em 2004 chegou a 10,1 milhões. O faturamento do setor atingiu R$2,91 bilhões em 2005, comparado a R$1,62 bilhões em 2000, apresentando um CAGR de 12,4% a.a. 103 Evolução do Faturam ento Total do Setor (R$ bilhões) 3,00 2,68 2,50 2,00 2,26 2,35 2002 2003 1,89 1,62 1,50 1,00 0,50 0,00 2000 2001 2004 Fonte: ABLA. Evolução do Número de Usuários Total do Setor (Milhões) 12,0 10,1 10,0 8,3 8,7 7,3 8,0 6,2 6,0 4,0 2,0 0,0 2000 2001 2002 Fonte: ABLA. 104 2003 2004 A evolução da frota também ratificou a importância das empresas de aluguel de carros no setor automobilístico. Se em 2000 as empresas do setor somaram em suas frotas o equivalente a 5,5% de todos os carros produzidos no ano, em 2004 as empresas de aluguel de carros ultrapassam a marca de 11,3% da produção das montadoras. Evolução da Frota do Setor (Milhares) 220,0 200,0 180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 133,0 2000 178,0 181,9 2002 2003 203,7 155,0 2001 2004 Fonte: ABLA. O perfil da frota do setor está amplamente concentrado em carros populares, como pode ser observado na tabela abaixo, é o resultado do baixo poder aquisitivo da população brasileira. Composição da Frota por Modelo Popular Médio Luxo Utilitários/Vans Total 2000 70,9% 12,7% 8,0% 8,4% 100,0% 2001 69,6% 13,4% 7,9% 9,1% 100,0% 2002 68,8% 13,2% 7,8% 10,2% 100,0% 2003 69,7% 12,5% 7,2% 10,6% 100,0% 2004 70,4% 12,9% 5,9% 10,8% 100,0% Fonte: ABLA Devido ao maior poder aquisitivo e pela maior concentração de riqueza, a maior parte das locadoras se localiza na região sudeste do País. Localização das Locadoras Existentes por Região do Brasil Nordeste Sul Sudeste Norte Centro-Oeste Total 2002 26,6% 17,4% 40,5% 6,3% 9,2% 100,0% 2003 26,1% 17,8% 42,4% 5,4% 8,3% 100,0% 2004 25,0% 17,7% 43,7% 5,9% 7,7% 100,0% Fonte: ABLA Os drivers de crescimento da indústria estão relacionados ao crescimento do PIB, ao tráfego aéreo ampliando o número de passageiros desembarcados, a expansão do crédito no país, ao nascimento de novos mercados como o replacement (mercado de carro reserva de seguradoras e de assistência a veículos pelas montadoras de automóveis), bem como a disseminação do hábito do carro alugado e principalmente pela consolidação do mercado que hoje se apresenta fragmentado. O crescimento da divisão de aluguel de carros da Companhia em aeroportos foi significativo em volume, fortemente alavancado pelo crescimento do trafego aéreo que atingiu aproximadamente 16,2% entre 2004 e 2005. Este crescimento deveu-se particularmente à atuação de empresas de aviação low-cost, low-fare que têm viabilizado as viagens a lazer e a negócios de clientes de classes mais baixas da pirâmide social. Além da correlação com passageiros desembarcados, a Companhia acredita que parte deste crescimento deveu-se à consolidação do mercado com a possível diminuição do número de pequenas locadoras locais e à tendência do mercado em se consolidar em torno das grandes empresas de rede que possuem mais vantagens competitivas no mercado em relação às pequenas locadoras. 105 Número de passageiros em aeroportos CAGR: +16% 120 96 100 83 71 milhões 80 60 40 20 - 2003 2004 2005 Fonte: Infraero O setor de cartões de crédito cresceu 28,3% entre 2004 e 2005, atingindo aproximadamente 68,0 milhões o número de cartões de crédito existentes, ante os 52,7 milhões de 2004, segundo a ABECS publicada no jornal “Folha de São Paulo” em 1 de fevereiro de 2006. O cartão de crédito é um pré-requisito para a locação e atrai novos entrantes em função do parcelamento de até 10 vezes que a Companhia oferece. O total estimado de usuários de cartões de crédito no Brasil é de mais de 32,3 milhões. Número de cartões de crédito C AG R : 75 60 49 +18% 68 53 milhões 45 30 15 2003 2004 2005 Fonte: ABECS O setor de locação de veículos ainda é muito fragmentado, com as redes de aluguel de carros concorrendo com grande número de pequenas locadoras com atuação local oferecendo preços baixos e concorrência muito agressiva, principalmente por parte de pequenas empresas de aluguel de carros. Mercado internacional de Aluguel de Carros A indústria mundial depende do turismo. Em termos mundiais, os aeroportos continuam gerando mais de 50% da receita de aluguel de carros. Para os próximos 5 anos, segundo projeção do Datamonitor e Credit Suisse, a expectativa é de um crescimento global de aluguel de carros de 3,3%, mas este crescimento deverá estar mais concentrado em países com baixa penetração, como o Brasil. Nos países desenvolvidos, o crescimento de volume de aluguel de carros tende a ser parcialmente compensado por tarifas declinantes em termos reais. O crescimento do PIB é a variável chave para que as estimativas sejam atingidas. 106 Estados Unidos Conforme dados da Auto Rental News – ARN, a indústria de aluguel de carros movimentou nos Estados Unidos em 2004 mais de US$17,4 bilhões. Há uma frota superior a 1,7 milhão de automóveis e mais de 17,6 mil pontos de locação. Também por isso as empresas de aluguel de carros norte-americanas constituem um dos mais importantes clientes da indústria automobilística. As vendas das montadoras para as empresas de aluguel de carros foram sempre superiores a 1,0 milhão de veículos por ano durante toda a década de 90 nos EUA. Nos Estados Unidos, os custos de aquisição de novos veículos e os custos operacionais estão estabilizados, o que deverá aumentar a lucratividade do negócio no curto prazo. O faturamento do setor nos Estados Unidos caiu cerca de 1,5% nos últimos 5 anos em função dos atentados de 11 de setembro de 2001 e começa a se recuperar no ano de 2004, de acordo com projeção da Auto Rental News – ARN e estudo do Credit Suisse. A pressão por tarifas tem sido alta em função de mais e mais consumidores usarem a Internet para as reservas e também em razão das empresas estarem buscando redução de seus custos de viagem. Como as locadoras nos Estados Unidos são alavancadas, há uma forte pressão sobre as margens do negócio. Para os próximos 5 anos, a estimativa é de um crescimento de aluguel de carros de cerca de 3,6% ao ano, entre 2004 e 2009, de acordo com projeção do Euromonitor e estudo do Credit Suisse, sendo que as viagens a negócios deverão ser determinantes neste crescimento, bem como o desempenho do tráfego aéreo. Apesar do mercado ser consolidado (hoje 92% do mercado americano está na mão de 5 locadoras), o mercado pode ainda passar por mais aquisições. Mercado americano de aluguel de carros Local players 8% Dollar 10 % 34% Avis 18% 10% National/Alamo 20% Hertz Fonte:Fleet Central, 2004 O faturamento de aluguel de carros em 2004 segmentou-se com 41% locações a lazer, 33% a negócios e 26% replacement ou carro reserva de seguradoras, de acordo com estudo do Credit Suisse. Os principais players da indústria são Enterprise, Hertz, Avis, National/Álamo (Vanguard Group), Dollar Thrifty e as pequenas locadoras locais que detinham 8% do mercado em 2004. Europa O desenvolvimento do mercado europeu de locação de carros teve seu grande impulso a partir dos anos 50, quando a Europa se recuperava da Segunda Grande Guerra e recebia grandes investimentos públicos e privados dos Estados Unidos. Assim, uma série de empresas norte-americanas estabeleceram-se no continente. Durante os anos 60 e 70, as locadoras européias também tiveram grande crescimento, a ponto de hoje atuarem como empresas continentais. 107 Estimativas do mercado europeu indicam que o aluguel de carros movimenta atualmente cerca de US$9 bilhões por ano. Os principais mercados da Europa são Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha e Holanda. Segundo dados da consultoria internacional Snapdata, o negócio de aluguel de carros na Itália deverá crescer no ritmo de 5,5% ao ano, hoje movimentando mais de US$500 milhões. Na França, que hoje movimenta mais de US$1,2 bilhão por ano, o ritmo de crescimento anual projetado para o futuro é de 4%. O mercado francês é fortemente influenciado pelo turismo de lazer. Na Alemanha, o crescimento esperado ao longo dos próximos anos está em 3%. O mercado europeu representa cerca de 28% do mercado mundial e cresceu nos últimos 5 anos a uma taxa de 1,2% CAGR, sofrendo também uma queda com a diminuição do turismo, também afetado pelo evento de 11 de setembro de 2001. Os principais mercados (França, Alemanha e Itália) possuem forte competição do leasing operacional oferecido pelas montadoras e as empresas de maneira geral têm focado muito sua ação em redução de custos o que tem ampliado a concorrência. A Alemanha permanece o principal mercado com cerca de US$2,4 bilhões de receita em 2003. As principais empresas da indústria européia são Avis, Europcar, Hertz, Sixt, Budget, National/Álamo (Vanguard Group). Grupos locais detinham 28% do mercado em 2001 segundo o Datamonitor. As estimativas de crescimento para o mercado europeu são de 2,8% CAGR entre 2004 e 2009 em função da recuperação deste mercado na Alemanha e Bélgica e da manutenção do crescimento na França e Itália. Neste mercado o volume de tráfego aéreo continuará sendo determinante parta o crescimento do negócio e as companhias de leasing operacional devem continuar como uma ameaça. Mercado europeu de aluguel de carros National 11% 6 Hertz 13% Local players 28% Budget 6% 8% Sixt 18% Avis 16% Europcar Fonte:Credit Suisse, Datamonitor, 2001 Ásia Finalmente, na Ásia, o mais importante mercado de empresas de aluguel de carros é o Japão. Embora grandes empresas de aluguel de carros multinacionais também estejam presentes naquele país, a principal característica do mercado japonês é o predomínio de empresas nacionais, ligadas às grandes montadoras japonesas de veículos. Destacam-se entre as locadoras em atividades no Japão a Toyota Rent a Car, a Nippon Rent a Car e a Mazda Rent a Car. A Companhia acredita que as principais diferenças entre seu modelo de negócios e o modelo de negócios adotado nos Estados Unidos e na Europa são as seguintes: • • • • • Operação Localiza Mercado fragmentado Rede de agências com ampla cobertura geográfica nacional Forte presença em todos os segmentos, gerando sinergias e escala Marca líder Proprietária da frota, com poder de negociação junto aos fabricantes e know-how na venda de carros 108 • • • Operação Nos Estados Unidos e Europa Mercado consolidado • Várias redes com escala competindo entre si Empresas são geralmente especializadas em determinados segmentos Empresas competem por share of mind • Contratos de buy back com fabricantes Regulamentação do Mercado Brasileiro As empresas de aluguel de carros no Brasil estão sujeitas a uma vasta gama de regulamentos federais, estaduais e municipais aplicáveis de maneira geral a todas as companhias que desenvolvem operações no Brasil, incluindo as leis relativas a direitos trabalhistas, previdência social, proteção ao consumidor e questões antitruste. A atividade de franchising é regulamentada pela Lei nº 8.955, de 15 de dezembro de 1994, e consiste, em linhas gerais, na licença do direito de uso de marca ou patente, envolvendo a transferência de know-how e a exploração exclusiva ou semi-exclusiva de produtos e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta. Aluguel e Gerenciamento de frotas O aluguel e gerenciamento de frotas apresenta características de um negócio de atacado com a centralização de suas atividades em uma unidade central com a vantagem de conseguir operar com poucas pessoas, até mesmo por causa do alto nível de tecnologia, e ter custos fixos baixos operando junto a uma rede de fornecedores. Em relação ao aluguel de carros, este tipo de operação permite um volume elevado de negócios, que com o uso intensivo de tecnologia, leva a um reduzido custo fixo. O aluguel e gerenciamento de frotas tem uma base de clientes mais concentrada em relação ao aluguel de carros, opera basicamente com empresas, não possui brusca variação sazonal de negócios, não abre muita possibilidade de uso de ferramentas (yield management) que possibilitam variar o preço em função de oferta e demanda já que seus contratos tem preços reajustados de acordo com índices fixados de comum acordo entre terceirizadora de frota e cliente. Sua taxa de utilização é superior a 95% e sua frota é adquirida de acordo com a demanda do cliente, sendo que o uso do ativo carro varia de 12 a 48 meses. O reflexo do crescimento do PIB sobre este setor é menos relevante do que no aluguel de carros. O aluguel de frotas é capital intensivo e demanda a existência de uma unidade de venda de ativos que no caso da Localiza é feita pela área de suporte da venda de carros usados da Localiza. Mercado brasileiro de Aluguel e Gerenciamento de frotas O Brasil apresenta uma característica que o distingue de outros países desenvolvidos: as locadoras de veículos muitas vezes se utilizam de sua estrutura de alto custo (rede de agências) para operar as frotas alugadas. Por isto os números do setor estão incluídos nos números divulgados pela ABLA - Associação Brasileiras das Locadoras de Automóveis que em 2004 apontavam a frota de aproximadamente 204 mil carros, que incluía aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas. As principais empresas do setor de aluguel de frotas são a Total Fleet, a Unidas Rent a Car e a Leaseplan sendo que praticamente todas as mais de 1900 locadoras existentes no país em 2004 operam esta modalidade. Outros concorrentes incluem os grupos Arval, ALD, DaVinci, Locaralpha, Julio Simoes, Ouro Verde, Hertz, Máster Car Rental e Avis dentre outras. Mercado Internacional de Aluguel e Gerenciamento de frotas Em termos gerais, o mercado internacional de aluguel de frotas tem experimentado um crescimento não muito robusto em anos recentes, reflexo de uma maturidade deste negócio nos países desenvolvidos que detêm o maior share de negócios. Nos últimos 6 anos, a indústria de gerenciamento de frotas tem crescido a uma taxa média de 3,2% entre 2000 e 2005 (fonte: Datamonitor Report “Fleet Insight: The Competitive Landscape in the European Fleet Market, 2005). 109 Mercado Mundial A previsão de crescimento para os próximos anos é de cerca de 6,3% entre 2006 e 2010 (fonte: Thomson Business Intelligence, 2005). As tendências na Europa apontam para um menor crescimento das frotas grandes e um crescimento mais acelerado das frotas menores. Fonte: Datamonitor Report “Fleet Insight: The Competitive Landscape in the European Fleet Market, 2005. O mercado internacional de aluguel de frotas apresenta as principais empresas nos Estados Unidos e na Europa, a saber: a) Estados Unidos: GE – Commercial Financial Fleet Service PHH Arval Leaseplan ARI – Automotive Resources International Wheels Inc. Entrerprise Fleet Service 760.000 carros 548.000 carros 400.000 carros 384.900 carros 250.300 carros 191.000 carros Fonte: Auto Rental News e Automotive Fleet, 2004 Estas 6 maiores empresas da indústria de aluguel de frotas respondem por cerca de 48% do mercado total. A previsão (fonte: Thomson Business Intelligence, 2005 e Datamonitor Report “Fleet Insight: The Competitive Landscape in the European Fleet Market, 2005) para o crescimento da demanda no mercado de aluguel e gerenciamento de frotas é de que este crescimento se mantenha em cerca de 7,3% entre 2006 e 2010. b) Europa: Na Europa as 7 maiores empresas de aluguel e gerenciamento de frotas são a Leaseplan, a Arval (BNP Paribas), a ALD Automotive (Societé Generale Group), Renault Parc Enterprises, PSA – Peugeot Citroen, GE e MasterLease Inc. A perspectiva de crescimento médio deste mercado varia entre 1,0% e 1,3% para o período entre 2006-2010 sendo que este crescimento se apresenta diferente para a Europa Ocidental e os países da antiga Europa do Leste (fonte: Thomson Business Intelligence, 2005 e Datamonitor Report “Fleet Insight: The Competitive Landscape in the European Fleet Market, 2005). 110 XVI. ATIVIDADES DA COMPANHIA Visão Geral A Companhia opera nos negócios de aluguel de carros, aluguel e gerenciamento de frotas e concessão de franquias. Atualmente, contratou uma pesquisa que comprovou ser a Companhia a maior rede de aluguel de carros do Brasil em número de agências. Em 31 de dezembro de 2005, a rede de atendimento da Companhia incluía 310 agências de aluguel de carros, sendo 117 próprias e 193 franqueadas, estando presente em 9 países da América Latina e 217 cidades, sendo 181 no País e 36 em outros países da América Latina. Em 2005, a Companhia recebeu o Troféu ANEFAC da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade pela transparência de seu relatório anual referente ao exercício de 2004. Além disso, a Companhia possui uma marca forte e amplamente reconhecida, que propulsiona os seus negócios e sua conseqüente liderança nos mercados em que atua. Em 2004, a Companhia recebeu o prêmio “O Melhor de Viagem” da Revista Viagem e Turismo, tendo sido escolhida a melhor locadora de veículos do Brasil. A sede da Companhia está localizada na Avenida Bernardo Monteiro, 1563, bairro Funcionários, CEP 30150902, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. O número de telefone da Companhia é 55-31-3247-7000 e o endereço de seu website é http://www.localiza.com. As informações contidas na página da Companhia na Internet não integram este Prospecto e não são incorporadas por referência. Histórico e Desenvolvimento A Companhia foi constituída em 1973, em uma pequena agência no centro de Belo Horizonte, Minas Gerais, iniciando suas atividade com 6 fuscas usados e financiados. No final da década de 70, a Companhia iniciou sua expansão, abrindo sua primeira filial em Vitória, Espírito Santo. Pouco tempo depois, a empresa estava presente no Rio de Janeiro, Salvador, São Luiz e Fortaleza. Ao contrário da concorrência, que optava por concentrar suas atividades nas regiões sul e sudeste do País, a Companhia decidiu inicialmente expandir-se pelo nordeste e, em menos de 3 anos, estava presente na maioria das capitais de tal região. Em 1981, a Companhia assumiu a liderança no mercado de aluguel de carros no Brasil, com base no número de agências. Em 1983, a Companhia iniciou suas atividades de franchising no Brasil, com o licenciamento das 6 primeiras franqueadas, através de sua controlada Localiza Franchising, anteriormente denominada Localiza System Ltda. Com o objetivo de expandir sua rede, no início dos anos 90, a Companhia iniciou suas atividades de franquia no exterior, com a abertura de agências de franqueadas na Argentina. Em 1997, buscando acesso aos mercados de capitais, foi admitido como acionista da Companhia, o DLJ Merchant Banking, gestor de fundos de investimentos estrangeiros. Em 1997, a Companhia acessou o mercado de capitais internacional por meio da emissão de Senior Notes. Com o objetivo de operar o negócio de aluguel e gerenciamento de frotas, a Companhia constituiu a sua controlada Total Fleet em 1997. Um ano depois, com o intuito de efetuar diretamente a venda de carros da Companhia e da Total Fleet, foi constituída a controlada Prime. A Companhia conduz as atividades de franquia no Brasil através de sua controlada Franchising Brasil. A controlada Franchising, por meio da LFI, opera como franqueada máster na América Latina. Esta estrutura é resultado de uma reestruturação societária ocorrida em março de 2004 visando a consolidação do sistema de franquias da Companhia. Em 10 de dezembro de 2004, a Companhia constituiu uma nova subsidiária integral, Localiza Car Rental S.A., que se dedica às atividades de aluguel de carros, aluguel e/ou administração de frota de carros, bem como a exploração e licença de marcas e franquias no Brasil. Em 9 de março de 2005, com o objetivo de gerenciar seus investimentos financeiros externos, a Companhia constitui a Rental International LCC, uma nova subsidiária integral sediada no Estado de Delaware, nos Estados Unidos. A Companhia concluiu a Emissão das Debêntures, no valor total de R$350 milhões em 20 de maio de 2005. 111 As debêntures não são conversíveis em ações e têm prazo de 5 anos com pagamento do principal no vencimento, e juros semestrais, à taxa de 108,5% do CDI ao ano. Em 23 de maio de 2005, foi concluída a oferta pública inicial de 21.477.500 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal de emissão da Companhia, representando aproximadamente 34,4% do capital social da Companhia. A Oferta Pública ocorreu no Brasil, em mercado de balcão não-organizado, nos termos da Instrução CVM 400, com esforços de venda nos Estados Unidos e no exterior. Atualmente, o free-float das ações ordinárias da Companhia é de 37,74% do capital social. Estrutura Societária e Objeto Social A Companhia é controlada por seus 4 principais executivos fundadores, Srs. José Salim Mattar Júnior, Eugênio Pacelli Mattar, Antônio Cláudio Brandão Resende e Flávio Brandão Resende. O organograma abaixo apresenta a estrutura acionária da Companhia e suas controladas2 na data deste Prospecto. Os percentuais representam a participação no capital das sociedades indicadas nos quadros. José Salim Mattar Junior 18,68% Antônio Cláudio Brandão Resende Eugênio Pacelli Mattar 18,68% 12,45% Flávio Brandão Resende Free Float 12,45% 37,74% Localiza 92,5% Franchising 92,5% Franchising Brasil 100% 100% Prime Total Fleet 100% Localiza Car Rental 100% Rental International 95,0% LFI A Companhia tem por objeto social o aluguel de carros e a gestão de participações societárias, no Brasil e no exterior. A Companhia possui as seguintes controladas: • Total Fleet: A Total Fleet é uma sociedade anônima de capital fechado por meio da qual a Companhia conduz seu negócio de aluguel e gerenciamento de frotas. • Franchising: A Franchising é uma sociedade anônima de capital fechado por meio da qual a Companhia conduz seus negócios de franquia no exterior. • Franchising Brasil: A Franchising Brasil é uma sociedade anônima de capital fechado por meio da qual a Companhia conduz seus negócios de franquia no Brasil. • Prime: A Prime é uma sociedade anônima de capital fechado por meio da qual a Companhia conduz a intermediação da venda de carros usados, previamente utilizados pela Localiza e a Total Fleet. • LFI: A LFI é uma sociedade argentina por meio da qual a Companhia conduz as operações de franquia master na Argentina e em outros países da América Latina. A LFI – Localiza Franchising International SRL - é controlada pela Franchising e é a denominação atual da Localiza Master Franchise. 2 Exclui a participação do Sr. Aristides Luciano de Azevedo Newton no capital da Franchising (7,5%), da Franchising Brasil (7,5%) e da LFI (5,0%). 112 • Car Rental: A Car Rental é uma sociedade anônima de capita fechado que foi constituída em dezembro de 2004 por meio da qual a Companhia conduz parte de suas atividades de mini-lease. • Rental International: A Rental International é uma subsidiária integral da Companhia, constituída em março de 2005 por meio da qual a Companhia conduz suas atividades financeiras no exterior. Vantagens Competitivas A Companhia acredita que seus diferenciais competitivos possibilitarão a manutenção de sua competitividade e avanço em direção aos seus objetivos estratégicos: • Plataforma de negócios com sinergia. Uma única plataforma de negócios com aluguel de carros, franchising de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas, além de uma rede de pontos de vendas de carros usados para consumidores, é um grande diferencial competitivo da Companhia uma vez que os negócios são complementares e sinérgicos que proporciona redução de custos, oportunidades de negócios intercompanies, cross selling e amplia os volumes de compra de carros juntos às montadoras. Além disso, a Companhia acredita que esse modelo diferenciado de negócios sinérgicos proporciona à Companhia margens competitivas e uma performance financeira forte. • Liderança, marca forte e reconhecida. A Companhia acredita que a força da sua marca é uma grande propulsora dos seus negócios. Associada à alta qualidade, transparência e segurança, a marca Localiza fortalece a competitividade da empresa e conseqüentemente, seus esforços de marketing. A Companhia é líder no segmento de aluguel de carros no Brasil, em número de agências. O foco no core business, uma estrutura organizacional segmentada e especializada são os principais responsáveis pela manutenção de sua liderança, conquistada em 1981. A Companhia mantém uma equipe qualificada para dar um atendimento ágil, simpático e eficiente. Desde a Central de Reservas, passando pelas agências até a Assistência a Clientes, a Companhia busca a excelência no atendimento, com profissionais preparados para oferecer um atendimento de qualidade e soluções adequadas em aluguel de carros para seus clientes. O call center da Companhia opera 24 horas, 7 dias por semana, 365 dias por ano. A Companhia possui um Programa de Fidelidade que oferece locações de carros como recompensa, diferente de suas principais concorrentes que, em geral, oferecem milhas em companhias aéreas. Este programa, que conta com mais de 850 mil participantes, na data deste prospecto, é um canal de comunicação constante com os clientes e contribui para a ampliação da base de clientes e para sua fidelização resultando em um aumento de vendas. Em 2005, cerca de 43% das receitas do aluguel de carros vieram de membros do Programa Fidelidade. • Rede de agências com ampla cobertura geográfica e estrategicamente localizadas. Com ampla distribuição no Brasil e mais 8 países da América Latina, a Companhia possui a maior rede de aluguel de carros, com 310 agências. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia estava presente em 181 cidades no Brasil com 254 agências e em 36 cidades nos demais países com 56 agências. A Companhia possui 73 agências localizadas em aeroportos no Brasil. Tais pontos de vendas são maiores que a soma da participação do 2º e 3º competidores. Já em número de agências nos centros das cidades brasileiras em que atua, a Companhia e franqueados possuem um total de 181 agências, comparado ao total de 144 agências dos 2º, 3º e 4º competidores somados. Tal presença capilar proporciona ao cliente a conveniência de alugar um carro na maioria dos principais destinos turísticos e de negócios do Brasil. As agências da Companhia são geralmente localizadas em pontos estratégicos de fácil reconhecimento e acesso. A atividade de franchising, criada em 1983, permitiu o crescimento da Companhia na América Latina, sendo a principal responsável pela expansão horizontal da empresa, inclusive no exterior. • Escala de negócios. A Companhia contratou uma pesquisa que comprovou ser a maior rede de aluguel de carros do Brasil, em número de agências, e possui escala que gera menor impacto dos custos fixos sobre a receita. Em 31 de dezembro de 2005, a companhia oferecia aos seus clientes uma frota de aproximadamente 43.300 carros, composta principalmente de carros considerados novos, com idade média aproximada de 6,1 meses para o negócio de aluguel de carros e 13,6 meses para o negócio de aluguel de frotas. A Companhia procura manter um mix variado de carros em sua frota, visando a 113 atender às necessidades dos clientes. Rigorosa com a qualidade da frota, a Companhia tem um cuidado especial com os carros após a devolução. Os veículos passam por um detalhado processo de revisão e manutenção, se for o caso, para proporcionar conforto e segurança a seus clientes. A Companhia renova sua frota periodicamente e, por isso, oferece um atendimento com carros considerados em geral, novos. Além disso, a significativa receita oriunda das agências em aeroportos possibilita à Companhia manter contratos de aluguel de box em aeroportos com pagamento de percentual sobre a receita ao contrário de uma quantia fixa, que é a previsão do valor mínimo garantido. Também, devido à sua escala, a Companhia acredita ser uma das maiores compradoras de carros das 3 maiores montadoras do Brasil, implicando um grande poder de barganha. • Tecnologia e sistemas. A Companhia faz substanciais investimentos em tecnologia da informação para suportar sua estratégia de crescimento. A rede de telecomunicações da Companhia permite o tráfego de voz e dados com alta tecnologia, proporcionando um gerenciamento de informações de qualidade. Isto representa mais facilidade e agilidade para tomada de decisões. São mais de 1.200 workstations, 60 servidores, call center próprio com moderna tecnologia e sistemas totalmente integrados, que proporcionam acesso on-line em todos os pontos de atendimento. Além disso, a Companhia oferece acesso via web, onde o cliente faz reservas e pode consultar todo o histórico de relacionamento com a Companhia. Os sites da Companhia, atualmente, recebem quase 300 mil visitas por mês e parte substancial de suas reservas são via web reduzindo custos de transação. A Companhia adota há muitos anos, um sistema de gerenciamento de receitas e precificação conhecido como yield management para aumento de competitividade e melhoria de rentabilidade. Esta ferramenta de gestão de preços é utilizada em todos os seus segmentos de negócios. A prática do yield management requer sistemas integrados, informação on-line em todas as agências, um expertise baseado em experiências passadas e pessoas qualificadas para gerenciar a sua complexidade. Esse sistema permite o gerenciamento das tarifas cobradas pela Companhia em função do dia da semana, mês do ano, cidade, evento, volume por cliente, monitoramento da concorrência, e proporciona à Companhia aumento de competitividade e ao mesmo tempo, melhoria de rentabilidade. • Pessoas e sistemas de remuneração. A Companhia trabalha na gestão de pessoas, focando na valorização na iniciativa do indivíduo e na construção de processos decisórios participativos. Detentora de um quadro de administradores dotado de experiência nos segmentos em que atua, a Companhia acredita ter uma equipe altamente motivada como resultado da adoção de boas práticas na administração de sua política de recursos humanos, tais como: sistema de remuneração fixa e variável, participação nos resultados e plano de opção de compra de ações para os seus principais executivos. • Geração de caixa e solidez financeira. A consistente geração de caixa operacional, aliada a uma política conservadora de administração de caixa e transparência nas demonstrações financeiras, proporciona à Companhia solidez financeira que resulta em uma avaliação de risco “BrA”, com perspectiva positiva, na Escala Nacional, atribuída pela Standard and Poor’s, para receber maior oferta de variadas linhas de crédito à taxas e prazos competitivos, o que lhe permite facilidade de captação de recursos. Estratégia Expandir organicamente aproveitando o potencial de mercado. A Companhia buscará aumentar sua receita em cada mercado onde atua, aproveitando o esperado crescimento da economia e, por conseqüência, o aumento de renda e da demanda por aluguel de carros, expandindo a sua base de clientes locais. Os esforços de venda da Companhia estarão focados nos setores que estão fazendo maiores investimentos ou estão em maior crescimento. O parcelamento do pagamento do valor das locações pode alavancar as vendas de aluguel de carros. Nesse sentido, a Companhia pretende manter uma variedade de tarifas promocionais para atender às diversas necessidades dos consumidores, bem como parcelamento através de cartões de crédito em até 10 vezes sem juros, o qual acreditamos permite à Companhia atrair novos clientes. 114 A Companhia continuará fazendo publicidade e utilizando jornais e revistas de grande circulação nacional, revistas de bordo e de segmentos específicos para atingir o seu público alvo. Em mídia local, anuncia em rádio, televisão, outdoors, jornais e revistas, além de patrocinar eventos, peças teatrais e shows. Mantendo esta estratégia de comunicação, a Companhia espera estimular o consumo de aluguel de carros no Brasil. Através do Programa de Fidelidade Localiza, a Companhia espera estimular clientes a alugar carros mais vezes e mantê-los fiéis à marca. A Companhia acredita que o Programa de Fidelidade Localiza com recompensa em locações de carros é ferramenta fundamental para a ampliação da base de clientes, fidelização e aumento de vendas, sendo que a Companhia proporciona ao cliente a conveniência de alugar um carro na maioria dos principais destinos turísticos e de negócios do Brasil. Acreditamos que há uma tendência crescente de terceirização de frotas pelas empresas devido à necessidade de maior foco no core business e à redução da base de ativos por parte das empresas, o que representa uma oportunidade para a expansão da divisão de aluguel de frotas e do produto mini-lease. Além disso, considerando um aumento do fluxo de passageiros em viagens a negócios e lazer e o aumento da indústria de feiras e eventos, haverá um aumento do volume de negócios nas agências da Companhia localizadas em aeroportos. Expandir geograficamente ampliando a rede de agências. A Companhia contratou uma pesquisa que comprovou já possuir a maior rede de agências de aluguel de carros no Brasil em número de agências, e pretende expandir a sua rede de agências próprias e franqueadas tirando proveito de seu know-how e da forte imagem da sua marca. Devido ao esperado crescimento do agronegócio, do investimento em energia, particularmente petróleo, ao estabelecimento de muitas novas indústrias no interior do País e ao aumento do número de cidades incluídas na malha aeroviária, a Companhia pretende operar em novas cidades, fortalecendo a sua presença nacional. Também no exterior, a Companhia pretende aumentar os pontos de vendas que serão operados através de franchising. A Companhia proporciona ao cliente a conveniência de alugar um carro na maioria dos principais destinos turísticos e de negócios do Brasil. A Companhia desenvolveu projetos de agências adaptáveis e flexíveis com simplificada construção, a custos baixos e extrema funcionalidade, o que facilita sua expansão. As agências da Companhia são geralmente localizadas em pontos estratégicos e de fácil reconhecimento e acesso. O esperado crescimento econômico do Brasil, bem como a riqueza no interior do País, avalizam a estratégia de expansão geográfica. Cross selling entre as empresas que compõem a plataforma da Companhia. A plataforma da Companhia é composta de negócios que são sinérgicos. A Companhia pretende aproveitar as oportunidades de negócios entre as empresas que compõem a sua plataforma de negócios. Através de cross selling, a Companhia pretende obter resultados de aumento de vendas utilizando mutuamente as diferentes equipes de vendas. Experiências iniciais indicam a eficácia no cruzamento de vendas aproveitando o relacionamento de cada divisão com os clientes. Além disso, a Companhia pretende utilizar a base de informações de cada divisão, principalmente o banco de dados de clientes, para potencializar vendas com baixo custo. Os negócios de aluguel de carros e aluguel de frota a longo prazo e o produto mini-lease têm sido alavancados por meio de cross selling. Manter sólida estrutura de capital e administração de caixa conservadora. A Companhia pretende dar continuidade às suas políticas de manutenção de disponibilidades financeiras para suportar suas necessidades de liquidez e as oportunidades de crescimento dos seus negócios, priorização da segurança e liquidez em relação à rentabilidade das aplicações financeiras, bem como de investir em ativos não-monetários constituídos basicamente de carros para aluguel, que além de serem geradores de caixa são dotados de fácil valoração e realização. 115 Áreas de Negócios A Companhia opera os seguintes negócios, que são complementares e sinérgicos: Aluguel de carros. A Companhia oferece para locação carros tanto a pessoas físicas como jurídicas, por meio de locações diárias ou mensais. Os contratos de locação mensal destinam-se a clientes pessoas jurídicas. Como parte de seu negócio de aluguel de carros, a Companhia também atua no segmento de replacement por meio do qual aluga carros para companhias seguradoras ou montadoras de automóveis, que oferecem carros reserva a seus clientes em caso de sinistros ou avarias mecânicas durante o período de garantia. A contínua renovação da frota é importante para a competitividade deste negócio, pois a vida útil econômica destes veículos gira entre 6 e 12 meses. Ao fim da vida útil econômica destes veículos, a controlada Prime complementa o negócio de aluguel intermediando a venda dos veículos usados em suas agências próprias. Aluguel e gerenciamento de frotas. A Total Fleet oferece aluguel e gerenciamento de frotas a clientes corporativos de médio e grande porte que optaram pela terceirização de suas frotas para atender as suas necessidades de frotas permanentes. O prazo de tais contratos varia de 12 a 48 meses. Os carros oferecidos pela Total Fleet, quando do término do contrato com os clientes corporativos, são vendidos ao mercado por intermediação da Prime. Franquia. A Companhia conta com 3 controladas que operam a sua rede de franquias: (i) a Franchising Brasil, que coordena as operações de franquia exclusivamente dentro do território brasileiro; e (ii) a Franchising que através da LFI coordena as operações em outros 8 países da América Latina (Argentina, Bolívia, Equador, Chile, México, Paraguai, Peru e Uruguai). Por meio de sua rede de franquias, a Companhia está presente em 137 agências franqueadas no Brasil e em 56 agências franqueadas em outras partes da América Latina. Durante os exercícios findos em 2005 e 2004, o negócio de aluguel de carros respondeu por 30,3% e 30,2%, respectivamente das receitas líquidas da Companhia, as atividades de aluguel e gerenciamento de frotas responderam por 16,6% e 19,9%, respectivamente, o franchising respondeu por 0,9% e 1,0%, respectivamente, e as vendas de carros usados responderam por 52,2% e 49,0%, respectivamente. A tabela abaixo indica as receitas líquidas por negócios desenvolvidos pela Companhia durante os períodos indicados: BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2005 Receitas Líquidas 2004 2003 (em milhares de reais) Aluguel de carros 258.577 185.923 145.217 Aluguel e gerenciamento de frotas 141.993 122.440 114.930 Franchising 7.804 6.146 5.235 Venda de carros usados 446.490 301.889 250.315 Receitas líquidas totais 854.864 616.398 515.697 Aluguel de Carros O negócio de aluguel de carros da Companhia oferece aluguel de carros para executivos e indivíduos em viagens de negócio e lazer por meio de contratos individuais. Também são oferecidos a clientes pessoas jurídicas com necessidades adicionais ou ocasionais de frotas, aluguel de carros celebrados através de contratos em bases mensais, os quais são denominados mini-lease. 116 Como parte de seu negócio de aluguel de carros, a Companhia também atua no segmento de replacement por meio do qual aluga carros para companhias seguradoras ou montadoras de automóveis, que oferecem carros reserva a seus clientes em caso de sinistros ou avarias mecânicas durante período de garantia, conforme o caso. A frota circulante no Brasil é de aproximadamente 34 milhões de veículos, dos quais 9,2 milhões são segurados. Se considerarmos uma freqüência média anual de 16,5% de sinistros e uma utilização média do carro reserva de 7 dias, chegamos ao mercado potencial de 10,6 milhões de diárias/ano. A Companhia construiu um forte reconhecimento de sua marca e fidelidade dos clientes no Brasil por meio de suas operações de aluguel de carros no País, que oferece carros novos e de alta qualidade, bem como qualidade e eficiência de seu atendimento ao cliente. Rede de agências. Em 31 de dezembro de 2005, a rede de atendimento da Companhia no Brasil consistia de 254, agências, das quais 117 são próprias, enquanto 137 são de franqueados. A Companhia aumentou em 34 o número de suas agências próprias, passando de 83 em 2004 para 117 em 2005. O número de agências dos franqueados no Brasil reduziu passando de 150 em 2004 para 137 em 2005. Ver – “Franchising”. A presença da Companhia no território nacional aumenta o reconhecimento de sua marca. Por meio de sua rede de agências, a Companhia está presente em diversas cidades brasileiras, nos maiores aeroportos brasileiros e em aeroportos regionais do País, bem como em outras áreas selecionadas, próximas de centros comerciais e locais de trânsito intenso. As 117 agências próprias da Companhia estão localizadas nas capitais de 18 estados brasileiros e em outras grandes cidades do Brasil. Destas agências, 43 estão localizadas em aeroportos, enquanto que as outras 74 agências estão localizadas nos centros das cidades onde a Companhia opera. Em 2005, as agências da Companhia em aeroportos responderam por 46,4% do total de suas receitas de aluguel de carros (não considerando as receitas de franqueados). A Companhia opera suas agências próprias em aeroportos por meio de contratos de concessões outorgados pela INFRAERO e autoridades aeroportuárias estaduais e municipais. Em 31 de dezembro de 2005, das 55 concessões da Companhia, 49 foram outorgados pela INFRAERO, 2 por autoridades aeroportuárias estaduais e 2 por autoridades aeroportuárias municipais, no caso de aeroportos localizados em cidades menores. A Companhia também conduz operações em 2 pequenos aeroportos privados. Em geral, os contratos de concessão celebrados com a INFRAERO e as autoridades aeroportuárias estaduais e municipais estão sujeitos a novos procedimentos de licitação quando de seus términos. Os prazos dos contratos de concessão federais e estaduais variam de 12 a 60 meses, podendo ser renovados por mais 60 meses, a critério da INFRAERO, enquanto a maioria dos contratos com autoridades aeroportuárias municipais e entidades privadas em cidades menores são por prazo indeterminado. Das mencionadas concessões, 12 expiraram em 2005 e 11 foram renovadas. Em 2006, 10 expirarão e 4 em 2007. Em geral, a Companhia tem tido êxito em renovar suas concessões. Adicionalmente, a Companhia acredita que sua rede de agências confere uma importante vantagem sobre seus concorrentes no crescente mercado de replacement. A Companhia acredita que as companhias seguradoras, em geral, preferem lidar com empresas de aluguel de carros capazes de atender em todas as regiões do País, uma vez que tal presença proporciona rapidez, conveniência e consistência. A tabela abaixo indica as receitas líquidas da Companhia relativas ao seu negócio de aluguel de carros em cada uma das 5 principais regiões geográficas do Brasil: BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2005 2004 (em milhares de reais) Receitas Líquidas Região: Sudeste Sul Centro-oeste Norte Nordeste Total 126.694 38.582 19.040 10.298 63.963 258.577 117 91.123 29.054 13.563 5.991 46.192 185.923 2003 71.221 22.498 10.740 4.621 36.137 145.217 Frota. A Companhia acredita que sua frota de carros de aluguel é a maior do Brasil. Em 31 de dezembro de 2005, a frota da Companhia era 43.333 veículos, representando um aumento de 20,8% em comparação com os 35.876 carros em 31 de dezembro de 2004. Em linha com a demanda dos consumidores, a frota da Companhia consiste principalmente em veículos compactos, fabricados no País, tais como o Palio da Fiat e Celta da General Motors. A Companhia oferece veículos médios, como o Meriva, e maiores, como o Astra, ambos da General Motors, e o Corolla da Toyota. A Companhia mantém um número reduzido de modelos de veículos na sua frota para cada necessidade, pois entende que essa prática simplifica a operação e futura venda. O gráfico abaixo indica a relação entre vendas totais e vendas de econômico nos anos de 2002, 2003, 2004 e 2005: Vendas Totais X Vendas Econômicos 2.000 1.500 1.396 1.000 820 1.619 1.478 1.346 742 707 763 500 0 2002 2003 Total 2004 2005 Econômicos (1000 cc) Fontes: Anfavea A frota do negócio de aluguel de carros é renovada após um período de vida útil econômica geralmente de 12 meses. Em 31 de dezembro de 2005, a idade média da frota do negócio de aluguel de carros era de aproximadamente 6,1 meses, sendo que a idade média da frota do negócio de aluguel de carros em 2004 era de 5,3 meses. Em 2004, a Companhia investiu R$190,1 milhões (investimento líquido de vendas de usados) na renovação de sua frota, em comparação com R$36,9 milhões em 2003 e R$24,8 milhões em 2002. No exercício findo em 31 de dezembro de 2005, houve um investimento no valor de R$241,8 milhões. Desde 2003 a produção de carros tem crescido. Neste mesmo período os preços dos carros aumentaram acima da inflação chegando no final de 2005 com o valor nominal deflacionado pelo IPCA de 2002. 118 O gráfico abaixo indica a evolução do mercado de carros com relação às vendas internas, à produção e à exportação: Evolução do mercado de carros + comerciais leves 2.700.000 2.296.288 2.074.945 2.200.000 1.716.522 1.721.841 1.700.146 1.596.882 1.700.000 1.618.940 1.511.187 1.403.833 1.200.000 1.478.118 1.396.157 1.346.330 761.603 611.255 700.000 513.840 355.978 377.190 412.175 2000 2001 2002 200.000 VENDAS INTERNAS 2003 PRODUÇÃO 2004 2005 EXPORTAÇÃO Fonte: Anfavea A Companhia acredita ser uma das principais compradoras de automóveis das principais montadoras de automóveis no Brasil, e acredita que o volume das operações realizadas com as citadas montadoras permite à Companhia adquirir os automóveis em termos e condições mais favoráveis que aqueles oferecidos no mercado. A Companhia negocia as compras dos carros em nome da Total Fleet e de franqueados que desejem aproveitar as vantagens geradas pelo seu volume de compras. O gráfico abaixo indica a participação das principais montadoras no mercado brasileiro: Milhares Participação das Principais Montadoras no Mercado 450 Fiat 400 GM 350 VW 300 250 200 Ford 150 100 2002 2003 2004 Fonte: FENABRAVE 119 2005 A Companhia não celebra contratos de fornecimento com as montadoras de automóveis, mas mantém negociações constantes com elas com o objetivo de obter condições mais favoráveis. A Companhia arca com o risco de depreciação efetiva ao revender sua frota, pois as montadoras de automóveis no Brasil não oferecem garantias de recompra (buy back) para proteger as empresas de aluguel de carros contra condições de mercado desfavoráveis no momento da venda de seus carros. Por conta disso, a Companhia mantém uma política de compra com o objetivo de ter uma frota formada por carros com melhor preço de mercado levando em conta os acessórios e equipamentos que ajudam a reduzir a depreciação do carro e, principalmente, desenvolveu 13 pontos de vendas dos carros desativados da frota para vender diretamente aos consumidores. Os negócios de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas e os carros usados disponíveis para venda cobrem as necessidades ocasionais de frota uns dos outros, que podem resultar de eventos específicos ou períodos de férias, indisponibilidade de modelos necessários para um contrato de aluguel e gerenciamento de frotas ou baixa oferta de veículos pelas montadoras de automóveis. Tarifas no aluguel de carros. As tarifas cobradas no negócio de aluguel de carros da Companhia incluem, em geral, quilometragem ilimitada. A Companhia promove campanhas oferecendo descontos de tarifas especiais em certas ocasiões. A Companhia pesquisa regularmente as condições do mercado local ajustando seus preços para aumentar a competitividade nos mercados locais. A Companhia estabelece os preços de seus produtos de maneira competitiva e pretende se diferenciar da concorrência por meio de sua capacidade de oferecer cobertura nacional e nível de qualidade superior ao dos concorrentes. As tarifas cobradas pelos franqueados seguem a política das tarifas da Companhia. A Companhia possui uma política de preços que leva em consideração a depreciação efetiva de cada modelo, o custo financeiro, de manutenção, o risco de perdas em acidentes, furtos e roubos, custo de administração e atendimento, os impostos, taxa de utilização e a margem do lucro. A Companhia oferece a opção para contratação de coberturas de danos em caso de colisão, furto e roubo, nos termos das quais a Companhia isenta o cliente de responsabilidade por potenciais sinistros nos limites estabelecidos. Caso uma cobertura seja contratada e o carro alugado seja danificado, furtado ou roubado, há uma franquia estabelecendo o limite de responsabilidade do cliente perante a Companhia. As receitas resultantes das mencionadas coberturas de danos, furto e roubo estão incluídas nas receitas da Companhia relativas a aluguel de carros. Em 2004, 94% dos negócios de aluguel de carros de clientes individuais contavam com a cobertura de danos. No exercício findo em 31 de dezembro de 2005, esse número foi de 92,8%. Vendas, Propaganda e Promoções. As estratégias de vendas, propaganda e promoção da Companhia para o negócio de aluguel de carros foram desenvolvidas com o objetivo de criar reconhecimento da marca Localiza em todo o País, bem como no resto da América Latina. A presença da rede de agências da Companhia nos maiores aeroportos brasileiros e em determinados aeroportos da América Latina, bem como sua propaganda veiculada em mídia dirigida contribuiu para o desenvolvimento de um forte reconhecimento de marca. As agências da Companhia em locais facilmente visíveis, tais como aeroportos e centros comerciais são partes importantes da estratégia geral de marketing da Companhia. A Companhia possui uma equipe de vendedores que se dedica ao negócio de aluguel de carros e mini-lease para clientes corporativos e que vendem os produtos por meio de agências de viagem, que atuam como canais de vendas da Companhia, o que a levou a dar ênfase em atividades de marketing e promoção para tais agências. Uma vez que executivos e pessoas em férias com maior poder de compra são os principais clientes de aluguel de carros da Companhia, as listas telefônicas, os jornais e revistas voltados para os negócios e revistas de bordo são os veículos mais utilizados para a veiculação das campanhas publicitárias da Companhia. Além disso, a Companhia foca suas atividades em clientes freqüentes por meio do emprego de estratégias de marketing direto baseadas em fidelidade. Como parte do processo de consolidar o relacionamento com o cliente, a Companhia lançou, em abril de 2000, um programa de fidelidade que concede locações grátis como prêmio aos clientes freqüentes. Atualmente, o Programa Fidelidade Localiza possui aproximadamente 850 mil participantes com mais de 90 mil diárias grátis distribuídas desde o início do programa. 120 Aluguel e Gerenciamento de frotas A Companhia também oferece aluguel e gerenciamento de frotas aos seus clientes corporativos, por meio da sua controlada Total Fleet. Em 31 de dezembro de 2005, a Total Fleet tinha aproximadamente 270 clientes corporativos de aluguel e gerenciamento de frotas contando com uma frota de 11.762 carros próprios e 929 carros administrados. O prazo médio dos contratos dos clientes da Total Fleet é de aproximadamente 38 meses. Após o término do contrato com o cliente, os carros são vendidos com intermediação da Prime. Os contratos de aluguel e gerenciamento de frota entre a Total Fleet e seus clientes podem ser rescindidos mediante aviso prévio de 30 dias e multas contratuais que variam de 10% a 50% dos pagamentos a vencer. O aluguel de carros pode incluir manutenção, cobertura de riscos, substituição de carros, que são contratados por um valor fixo mensal ou conforme o custo incorrido, a critério do cliente. Adicionalmente, a Total Fleet oferece gerenciamento de frota para os carros de propriedade do cliente. A Total Fleet oferece manutenção e assistência técnica em todo o território nacional por meio de uma rede de prestadores de serviços terceirizados. A assistência prestada aos clientes de aluguel e gerenciamento de frotas é coordenada por meio do call center da Total Fleet, que indica concessionários ou oficinas independentes mais convenientes ao usuário do carro, serviços de guincho, chaveiros, etc. em todo território nacional. Os clientes de aluguel e gerenciamento de frotas podem contatar o call center de qualquer lugar do Brasil e a atendente da Total Fleet indicará a concessionária ou oficina mais próxima onde reparos podem ser realizados. Tal programa possibilita o crescimento do negócio de aluguel e gerenciamento de frotas com investimentos mínimos em infra-estrutura. O negócio de aluguel e gerenciamento de frotas é atrativo porque promove uma demanda de longo prazo aumentando o ganho de escala e o uso da estrutura administrativa da Companhia. A Total Fleet, adapta os contratos de aluguel e gerenciamento de frotas para atender às necessidades específicas de cada cliente, que em geral, incluem: • suporte de atendimento ao cliente em todo o território nacional, com fornecimento de assistência 24 horas, guincho e carro reserva; • assistência aos clientes em caso de acidentes, furto ou roubo de carros; flexibilidade para atender clientes que precisam aumentar ou diminuir o tamanho de suas frotas; • consultoria e assessoramento na escolha da composição da frota; • negociação e compra de carros; • registro de carros; e • assistência em caso de apreensão do carro e multas de trânsito. Frota. A frota da Total Fleet possui uma variedade maior de modelos de carros do que a frota para o negócio de aluguel de carros, na medida em que ela é formada conforme as necessidades de seus clientes. Em 31 de dezembro de 2005, a idade média de um carro integrante da frota da Total Fleet era de aproximadamente 13,6 meses, comparada com 16,4 meses em 2004. A Companhia negocia as compras dos carros em nome da Total Fleet. Os carros são comprados na medida em que os contratos com seus clientes são firmados, na quantidade e em modelos solicitados. 121 Preços no aluguel e gerenciamento de frotas. Os preços cobrados pela Total Fleet para aluguel e gerenciamento de frotas são negociados com cada cliente, e, em geral, levam em consideração a depreciação de cada modelo de carro, o tipo de uso, além do tamanho e o perfil da frota. Economias de escala permitem que a Total Fleet negocie preços de manutenção e reparos mais baixos. Os clientes pagam mensalmente pelo aluguel e gerenciamento de frotas. Vendas. A Total Fleet prospecta clientes por meio de uma equipe de vendas formada por gerentes de desenvolvimento, que fazem uma análise das necessidades e das despesas históricas da frota do potencial cliente. Os gerentes de desenvolvimento atuam de forma proativa, apresentando estudo econômico financeiro que demonstra o benefício que pode ser alcançado por meio da celebração de contratos de aluguel e gerenciamento de frotas com a Total Fleet. Manutenção. A manutenção preventiva e corretiva da frota de carros da Total Fleet é terceirizada. A manutenção é considerada preventiva nos casos em que o carro não sofreu danos ou colisões, ou quando não há reparos a fazer. Há ainda a manutenção corretiva, que ocorre quando os carros são danificados. Associação com a Fleet Synergy. Desde setembro de 1998, a Total Fleet mantém uma parceria comercial com a Fleet Synergy, uma rede internacional composta por companhias que desenvolvem atividades nas áreas de terceirização, aluguel e gerenciamento de frotas, com operações na Europa, Ásia, Estados Unidos, Austrália e Canadá e uma frota total de aproximadamente 983.000 mil carros. Ao se tornar um parceiro da Fleet Synergy, a Total Fleet se beneficia de contatos com empresas multinacionais que são clientes de locadoras associadas à Fleet Synergy, para as quais a Companhia é, em alguns casos, indicada no Brasil, além de poder obter informações sobre as novidades da indústria de fleet management em outros países. A tabela abaixo indica as receitas líquidas da Companhia relativas ao seu negócio de aluguel e gerenciamento de frotas em cada uma das 5 principais regiões geográficas do Brasil: BR GGAP Exercício findo em 31 de dezembro 2005 2004 2003 (em milhares de reais) Receitas Líquidas Região: Sudeste Sul Centro-oeste Norte Nordeste Total 128.460 7.076 2.878 466 3.113 141.993 114.808 4.775 459 44 2.354 122.440 106.213 5.538 129 5 3.045 114.930 Franchising Em 1983, a Companhia iniciou suas atividades de franquia no Brasil, com o licenciamento das 6 primeiras franqueadas. Com o objetivo de expandir sua rede no exterior, a Companhia iniciou suas atividades de franquia internacional nos anos 90, com a abertura de agências na Argentina. Até 2002, a System conduzia as atividades de franquia da Companhia. Objetivando consolidar o sistema de franquia da Companhia, a System teve sua denominação social alterada para Localiza Franchising S.A. e, para separar as atividades de franquia no Brasil e no exterior, em 2004, a Localiza Franchising foi cindida, gerando uma nova sociedade denominada Localiza Franchising Brasil S.A., que ficou com as operações de franquia no Brasil. A Localiza Franchising S.A. passou a dedicar-se à coordenação do sistema de franquia no exterior através de sua controlada LFI (atual denominação da Localiza Master Franchise). A Companhia desenvolveu um sistema de franchising que a permitiu expandir a cobertura de sua rede no Brasil e no exterior sem custo de abertura de novas agências nos mercados que não pretendia operar diretamente porque estavam em desenvolvimento (no Brasil) ou que ofereciam maior risco (no exterior). Tal expansão foi um fator chave para permitir que a Companhia fortalecesse sua marca, protegesse sua liderança de mercado e consolidasse relacionamentos de longo prazo com seus clientes. 122 A tabela abaixo mostra o número de estabelecimentos, por país, da rede de franqueadas da Companhia. Exercício findo em 31 de dezembro 2005 2004 2003 País: Brasil Argentina Equador México Bolívia Paraguai Peru Uruguai Chile Total 137 28 11 7 1 4 1 3 1 193 150 36 10 7 4 2 2 5 216 174 34 9 7 6 4 3 1 238 O número de agências no Brasil de propriedade dos franqueados diminuiu em 9%, passando de 150 em 2004 para 137 em 2005, devido à extinção de 11 operações de franqueadas em cidades que passaram a ser operadas diretamente pela Companhia e não renovação de 2 franquias devido ao baixo potencial de mercado. Em 31 de dezembro de 2005, a rede da Companhia detinha 56 agências franqueadas fora do Brasil. A Companhia acredita que a presença de franquias em mercados estrangeiros tem grande valor não apenas porque tais franquias geram receitas adicionais, mas também porque elas mesmas representam um benefício para os clientes do mercado brasileiro que viajam ao exterior, e, assim sendo, reforça o atendimento que a Companhia pode oferecer para seus clientes além do reforço de imagem. Atualmente a marca da Companhia é altamente reconhecida em determinados mercados fora do Brasil, especialmente na Argentina e no Equador. As frotas dos franqueados não pertencem à Companhia. A compra dos carros dos franqueados é feita de forma independente, porém cada franqueado no Brasil pode optar por beneficiar-se do poder de compra da Companhia. A frota total dos franqueados era de 7.468 carros em 31 de dezembro de 2005, 7.177 carros em 2004, 6.706 carros em 2003. A Companhia pode comprar carros em nome e a pedido de seus franqueados no Brasil, fortalecendo a escala e o poder de compra da Companhia frente às montadoras de automóveis. A Companhia não desempenha qualquer papel em relação à venda de carros usados pelos seus franqueados. O envolvimento da Companhia em atividades de franchising beneficiou seus outros negócios-fim. A ampla cobertura da rede de franqueadas foi um fator chave para garantir a celebração de contratos com clientes em âmbito nacional nos negócios de aluguel de carros. Estrutura de Franquia. A Companhia concede aos seus franqueados exclusividade sobre áreas geográficas determinadas, fora das quais não pode o franqueador atuar, por meio de contratos não renováveis assinados por prazos de 5 ou 10 anos. Em geral, os franqueados podem rescindir os contratos de franquia mediante aviso prévio de 90 dias. Após o término dos contratos, a Companhia pode celebrar um novo contrato com o franqueado, assumir as operações do franqueado ou revender as franquias que não forem renovadas. Os contratos de franquia firmados pela Companhia possuem cláusula de exclusividade que não permite aos franqueados revenderem suas operações para algum concorrente da Companhia. Os contratos apresentam também a obrigação de não concorrência pelos franqueados, após o término ou rescisão do contrato, pelo prazo de dois anos. Essa obrigação os impede de desenvolver atividade de aluguel de carros, direta ou indiretamente, nos locais em que a Companhia atua diretamente ou mediante franquias. Os franqueados brasileiros em geral pagam à Franchising Brasil uma taxa de integração cujo valor geralmente é proporcional ao tamanho da frota do franqueado na data de assinatura do contrato, mais royalties mensais referentes ao aluguel da marca, calculados com base na receita bruta. Os franqueados estrangeiros pagam royalties mensais à LFI, com base em taxas variáveis, dependendo das condições do mercado local. Em 2004, os royalties líquidos totais pagos pelos franqueados brasileiros à Franchising Brasil chegaram a R$5,1 123 milhões, 88% do total dos royalties de franquias. Em 2005, chegaram a R$5,7 milhões, 89,1% do total dos royalties de franquias. Por outro lado, os royalties líquidos totais pagos pelas franqueadas estrangeiras à LFI chegaram a R$0,7 milhões em 2004 e R$1,0 milhões em 2005. As receitas na Argentina representaram 17,0%, 16,3% e 18,1% das receitas de franquias totais consolidadas em 2005, 2004 e 2003, respectivamente. A Companhia controla a qualidade das operações de suas franqueadas por meio de: • sistema operacional centralizado; • procedimentos de qualificação rigorosos para seleção de franqueadas; • treinamento, material de instrução e manuais de procedimentos completos e intranet; • visitas de treinamento e apoio; • pesquisas de satisfação do cliente; e • utilização da técnica do cliente oculto. Seminovos A idade média dos carros vendidos da Companhia é de 11 meses, enquanto na Total Fleet é de 27,7 meses. Como conseqüência dos negócios de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas e, considerando a constante renovação de sua frota, a Companhia possui quantidade substancial de carros seminovos. A controlada da Companhia denominada Prime intermedia a venda dos automóveis da Companhia ao término do período de utilização nos negócios de aluguel de carro e aluguel e gerenciamento de frotas da Companhia. A Companhia acredita que suas operações de venda de carros usados funcionam como um diferencial em relação à concorrência no mercado brasileiro. Apesar de não ser um segmento de negócio, a Companhia aufere receitas de venda de carros usados nos segmentos de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas, sendo que historicamente as receitas de venda de carros são relevantes para a Companhia, tendo em 2005 sido superiores ao somatório das receitas geradas com o aluguel de carros, objeto social da Companhia. A Companhia e sua subsidiária Total Fleet não possuem benefícios fiscais seja na compra, seja na venda de seus carros. Enquanto a maioria das concorrentes vende suas frotas por meio de revendedores atacadistas ou em leilões, a Companhia vende a maior parte de seus carros usados diretamente aos consumidores finais por meio de sua rede de 13 pontos de venda de seminovos localizadas em 12 cidades brasileiras. Em 2005, aproximadamente 79% dos carros usados da Companhia foram vendidos diretamente a consumidores individuais por meio de suas lojas. O restante dos carros usados da Companhia é vendido no atacado para revendedores. A Companhia foi uma empresa pioneira de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas a adotar, no mercado brasileiro, o conceito de venda no varejo de veículos usados e acredita ter desenvolvido uma reputação no mercado pela confiabilidade de sua marca e transparência com os compradores. A equipe de vendas de carros usados da Companhia é composta por vendedores que recebem comissões por suas vendas. A Companhia acredita que o mercado a considera uma alternativa atraente e confiável para a compra de automóveis usados baseando na volta dos compradores às lojas. Esta decisão estratégica constitui a melhor relação custo benefício se levarmos em consideração alternativas tais como o uso de leilões, de revendedores, atacadistas ou a venda via concessionárias. Segundo a Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), o mercado de carros usados é 4,3 vezes maior que o de carros novos. Em 2005 foram vendidos aproximadamente 7 milhões de carros usados. A venda de usados da Companhia e Total Fleet em 2005 representou cerca de 0,27% do mercado de usados. O preço do carro usado pode ser pago à vista ou a prazo, em parcelas. Quando o pagamento é feito à vista em cheque, o carro é entregue ao cliente após a compensação do cheque. O pagamento parcelado pode ser feito 124 por meio de cartão de crédito do cliente, ou por meio de financiamento bancário. Desta forma, a Companhia não financia seus clientes e, portanto, não corre risco de crédito no que diz respeito aos carros usados, apenas indica bancos para financiá-los e recebe comissões pelas indicações. A tabela abaixo indica as receitas líquidas da Companhia relativas à venda de carros usados em cada uma das 5 principais regiões geográficas do Brasil: BR GAAP Exercício findo em 31 de dezembro 2005 2004 2003 (em milhares de reais) Receitas Líquidas Região: Sudeste Sul Centro-oeste Norte Nordeste Total 266.072 161.184 138.545 57.978 48.093 42.231 43.185 21.633 57.622 446.490 34.071 12.730 45.811 301.889 28.437 7.779 33.323 250.315 Principais Clientes Aluguel de carros. Através da sua rede de agências no Brasil, incluindo 117 agências próprias e 137 franqueadas, a Companhia serve ao mercado corporativo, principalmente a empresas e executivos, e ao mercado de turismo e lazer, principalmente indivíduos e famílias em férias. Não há qualquer cliente, pessoa física ou jurídica que, isoladamente, represente mais de 5% do faturamento da Companhia no negócio de aluguel de carros. Os clientes de aluguel de carros no segmento de negócios incluem indivíduos que alugam automóveis para suas viagens de negócios, bem como empresas que alugam automóveis para seus executivos em viagem. O nível geral de atividade econômica no Brasil tem forte influência sobre o mercado de aluguel de carros. A Companhia tem um grupo de clientes diversificado no mercado de aluguel de carros, e em 31 de dezembro de 2005, os 10 maiores clientes corporativos da Companhia responderam por 10% do total das diárias de aluguel de carros, o maior cliente representou 2,7%. Os clientes corporativos em viagem de negócios são atendidos principalmente nas agências da Companhia localizadas em aeroportos, enquanto os clientes do mini-lease são atendidos normalmente nas agências fora dos aeroportos. Reservas realizadas por agências de viagem são uma importante fonte de vendas para o mercado de turismo e negócios. Os clientes de aluguel de carros no segmento de turismo e lazer incluem principalmente indivíduos e suas famílias em férias. Um número significativo de clientes em viagens de lazer corresponde aos mesmos clientes que alugam veículos da Companhia quando estão em viagens de negócios. A indústria do turismo exerce uma forte influência sobre as necessidades de aluguel de carros dos clientes neste mercado, especialmente no estado do Rio de Janeiro e nos estados localizados na região nordeste do Brasil. Os clientes no mercado de turismo e de lazer também são atendidos principalmente nas agências da Companhia localizadas em aeroportos. Os clientes do replacement, que é parte do negócio de aluguel de carros, consistem principalmente de companhias seguradoras e montadoras fornecendo carros reserva para seus clientes e indivíduos que estão temporariamente impossibilitados de utilizar seus automóveis devido a acidentes, furto, roubo ou problemas mecânicos. Tais clientes são atendidos principalmente em agências localizadas em áreas centrais. A Companhia trabalha diretamente com as maiores companhias seguradoras do Brasil no segmento de replacement diretamente e indiretamente por meio de uma rede de empresas prestadoras de serviços para as seguradoras, que também fornecem guinchos, serviços hospitalares, borracheiros, táxis, chaveiros, que prestam atendimento 24 horas aos clientes de seguradoras principalmente em função de acidente, furto ou roubo de carros. 125 As montadoras de automóveis também são uma fonte de clientes para o segmento de replacement. Tal fato se deve à forte competição entre as montadoras brasileiras que vêm cada vez mais oferecendo carros reserva como parte de seus pacotes de garantias para carros novos. Aluguel e gerenciamento de frotas. Os clientes no mercado de aluguel e gerenciamento de frotas incluem sociedades de grande e médio porte que concluíram ser mais vantajoso terceirizar suas necessidades relativas a frotas de automóveis. O mercado de aluguel e gerenciamento de frotas é mais concentrado do que o mercado de aluguel de carros: em 31 de dezembro de 2005, a Total Fleet tinha aproximadamente 270 clientes corporativos. No ano de 2005, os 31 maiores clientes responderam por aproximadamente 60% do volume da Total Fleet e, aproximadamente 24 clientes com frotas acima de 100 veículos responderam por 55% do volume da Total Fleet. Os 10 maiores clientes da Total Fleet responderam por 38,0% da frota alugada em 2005, o maior cliente representou 6%. Sistema de Operações On-line Em 1993, a Companhia desenvolveu um sistema de operações on-line com o objetivo de integração de suas agências em tempo real e unificação das suas bases de dados. Com a implantação do sistema, a Companhia ampliou o nível de qualidade e agilidade no atendimento ao cliente. Todos os sistemas operacionais da Companhia foram conectados aos seus sistemas financeiros e contábeis. Além disso, a rede de agências próprias e dos franqueados passaram a utilizar a mesma base de dados, o que viabiliza um aumento nos volumes sem perda de segurança e agilidade, aproveitando as sinergias operacionais entre os principais negócios da Companhia. Por exemplo, por meio da utilização de dados em tempo real fornecidos pelo sistema de informação, a Companhia é capaz de fornecer assistência 24 horas aos seus clientes de aluguel e gerenciamento de frotas em todo Brasil. Todos os dados sobre clientes, inclusive aqueles referentes a clientes dos franqueados, pertencem à Companhia. Com a implantação do sistema de operações on-line, os clientes do negócio de aluguel de carros da Companhia podem reservar carros on-line e adquirir carros usados por meio da internet. Adicionalmente, os clientes do negócio de aluguel e gerenciamento de frotas podem fazer consultas e montar relatórios, aprovar orçamentos de manutenção, dentre outros. A Companhia também adota um sistema de gerenciamento de receita e precificação conhecido como yield management. Esta ferramenta de gestão de preços é utilizada em todos os segmentos do negócio de aluguel de carros e no produto mini-lease. A prática do yield management requer sistemas integrados, informação on-line em todas as agências, um expertise baseado em experiências passadas e pessoas adequadas para gerenciar a sua complexidade. Esse sistema permite o gerenciamento das tarifas cobradas pela Companhia em função da taxa de utilização dos veículos e de acordo com os mercados, e proporciona à Companhia aumento de competitividade e ao mesmo tempo, melhoria de rentabilidade. A Companhia acredita que sua atual infra-estrutura de informática pode suportar um crescimento nos volumes de negócios com baixos investimentos adicionais na área de hardware de informática. Atendimento ao Cliente A Companhia acredita que sua eficiência operacional e qualidade são fatores críticos para a satisfação dos clientes e para a fidelidade à marca. A Companhia concentra esforços no bom atendimento aos clientes e acredita que tal ênfase desempenhou um papel importante na construção da fidelidade de seus clientes. A Companhia possui um call center próprio através do qual os clientes são atendidos diretamente, 24 horas por dia, para solucionar problemas envolvendo o carro e/ou as faturas emitidas para os clientes. As reclamações são monitoradas e a solução é apresentada, em geral, em cerca de 48 horas. A Companhia monitora regularmente a qualidade de seus produtos através de pesquisas que avaliam a qualidade do atendimento e os carros alugados, para garantir que os níveis de satisfação dos clientes sejam mantidos. Segundo os dados internos da Companhia, o índice de satisfação de clientes foi superior a 95% (considerados apenas os atributos muito bom e excelente informados pelos clientes) para o ano de 2005. 126 Sazonalidade O segmento de turismo de lazer do mercado de aluguel de carros tem seu pico na segunda quinzena de dezembro e nos meses de janeiro, fevereiro, março e julho, devido ao verão e aos períodos de férias escolares e feriados prolongados, tais como natal, ano novo, carnaval e semana santa. Outras áreas de negócios da Companhia não passam por grandes flutuações em suas operações. Propriedades A política da Companhia é de alugar os imóveis que necessita, sendo apenas proprietária de 3 imóveis localizados nas cidades de Goiânia, Estado de Goiás, Poços de Caldas, Estado de Minas Gerais e Barreiras, Estado da Bahia. A sede da Companhia ocupa 3 prédios alugados em Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais. A tabela a seguir inclui informações relativas às agências da Companhia dedicadas ao seu negócio de aluguel de carros e à atividade de venda de carros usados: Exercício findo em 31 de dezembro 2005 2004 2003 Agências de aluguel de carros: Em imóvel próprio Em imóvel alugado (1) Total Pontos de venda de carros usados: Em imóvel próprio Em imóvel alugado Total 3 114 117 3 80 83 4 67 71 1 12 13 1 12 13 2 13 15 ___________ (1) Inclui todos os estabelecimentos em aeroportos. Seguros A Companhia contrata seguro para proteção de danos em imóveis de terceiros alugados pela Companhia. No que diz respeito ao negócio de aluguel e gerenciamento de frotas, a Total Fleet eventualmente contrata seguro para cobertura de danos materiais ou danos pessoais a seus clientes. Tal seguro é contratado pela Total Fleet apenas quando o respectivo cliente solicita valores de cobertura securitária acima de um determinado limite fixado pela Total Fleet, ou quando o cliente apresenta um histórico de sinistralidade elevado. As coberturas securitárias entre a Companhia e seus clientes, bem como a preocupação com seus históricos de sinistralidades, são avaliados caso a caso pela Total Fleet. Em linha com a prática adotada pelo mercado de aluguel de carros, a Companhia não contrata seguro para cobertura de danos, furto ou roubo da frota e acidentes contra terceiros. Ver “- Aluguel de Carros - Tarifas de aluguel de carros” e “- Aluguel e gerenciamento de frotas - Preço de aluguel e gerenciamento de frotas”. Concorrência A indústria de aluguel de carros e de aluguel e gerenciamento de frotas é altamente competitiva, tanto em termos de preços como em termos de atendimento. A Companhia enfrenta a concorrência de locadoras nacionais e estrangeiras de diferentes portes. Alguns desses concorrentes são estrangeiros e contam com significativos recursos financeiros, podendo adotar estratégias de expansão de sua participação de mercado através de políticas de baixo preço. Além disso, a Companhia enfrenta nos mercados locais em que atua a concorrência de inúmeras locadoras de pequeno porte que operam com baixo custo fixo, podendo oferecer preços finais mais competitivos que aqueles oferecidos pela Companhia. 127 O gráfico abaixo indica a comparação do número total de agências da Companhia em relação às concorrentes: LOCALIZA X CONCORRÊNCIA (Nº TOTAL DE AGÊNCIAS) 300 254* 250 200 150 100 82** 79** 70** 62** 43** 50 26** 23** 20** 7** 0 Fonte: * Controles Internos, data-base: 31/12/2005 ** Sites das respectivas empresas, data-base: março/2006 O gráfico abaixo indica a comparação do número de agências da Companhia em aeroportos em relação às concorrentes: LOCALIZA X CONCORRÊNCIA (AEROPORTOS) 80 73* 70 60 50 40 30** 30 20 30** 27** 16** 6** 10 5** 4** 3** 1** 0 Fonte: * Controles Internos, data-base: 31/12/2005 ** Sites das respectivas empresas, data-base: março/2006 A capacidade das empresas de aluguel de carros de conquistar participação de mercado depende de inúmeros fatores, incluindo política de tarifas, atendimento ao cliente, reconhecimento de marca, disponibilidade de acesso via internet, qualidade da frota, conveniência, distribuições das agências e indicações de agências de viagens. A Companhia acredita que seu atendimento ao cliente, qualidade da frota, conveniência e distribuição das agências a diferenciam no mercado brasileiro de aluguel de carros. O perfil, idade e manutenção geral da frota são outros fatores-chave relativos à competitividade que estão envolvidos neste processo. A Companhia monitora constantemente a concorrência de forma a estar apta a reavaliar suas estratégias, caso julgue necessário. 128 Aluguel de carros. A indústria brasileira de aluguel de carros incluía mais de 1.900 locadoras em 2004, que operam em estabelecimentos localizados nos aeroportos e nas cidades. Aluguel e gerenciamento de frotas. As principais concorrentes da Total Fleet são, de um lado, as mesmas concorrentes que operam no negócio de aluguel de carros da Companhia e, por outro lado, companhias dedicadas exclusivamente ao negócio de aluguel e gerenciamento de frotas e locadoras locais especializadas nesse segmento. Venda de carros usados. A venda de usados da Companhia enfrenta a concorrência de uma variedade de revendedoras de diversos portes, de concessionárias das montadoras, e outras empresas de aluguel de carros. Pessoal A tabela abaixo mostra o número de empregados em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003 distribuídos pelas atividades desenvolvidas pela Companhia: Exercício findo em 31 de dezembro 2005 2004 2003 Aluguel de carros 1.405 1.171 1.061 Aluguel e gerenciamento de frotas Venda de carros usados Franchising Administração Total 114 208 12 106 1.845 104 200 12 79 1.566 97 188 26 78 1.450 Em 31 de dezembro de 2005, o valor da folha de pagamento da Companhia, incluindo remuneração, encargos sociais e benefícios dos empregados, totalizava R$64,2 milhões, sendo que o valor da folha de pagamento em dezembro de 2004 foi de R$57,4 milhões e em dezembro de 2003 foi de R$50,0 milhões. A Companhia nunca passou por uma greve e atualmente está filiada a 35 entidades sindicais nas cidades onde atua, incluindo a Federação do Comércio, o Sindicato dos Agentes Autônomos no Comércio, e a Confederação dos Trabalhadores no Comércio. A Companhia investe em treinamento e capacitação de seus empregados. Em 2004, os empregados tiveram oportunidade de participar de atividades de treinamentos, representando um total de 47.390 horas treinadas e um investimento da ordem de R$1,4 milhão. Em 2005, a Companhia investiu R$ 1,2 milhão em treinamento, totalizando 66.606 horas treinadas. O gráfico abaixo apresenta o número de horas de treinamento que os empregados receberam em 2003, 2004 e 2005: Treinamentos (Horas) Número de Horas 80.000 66.606 60.000 40.000 47.390 20.789 20.000 0 2003 2004 129 2005 A Companhia celebrou contratos de gestão com todos os empregados que exercem cargos de chefia e gestão. Esses contratos têm vigência anual e estabelecem metas, individuais e coletivas. Esses contratos fazem parte e complementam o Programa de Participação nos Resultados. A Companhia também possui um Programa de Participação nos Resultados desde 1991 para todos os seus empregados. O pagamento é feito de acordo com as categorias dos empregados, avaliações de desempenho e outras metas de gestão. Em 2005, entre antecipações pagas em julho e provisão de valores a pagar em 2006, foi computado o valor aproximado de R$10,7 milhões. Em 2004, esse valor foi de R$10,6 milhões. A Companhia oferece a todos os seus empregados e dirigentes um plano de assistência médica. A alguns de seus empregados, a Companhia também ofereceu a possibilidade de aderirem ao Plano de Opção de Compra de Ações da Companhia, sendo que o custo para essa aquisição suportado integralmente pelo eventual adquirente, sem qualquer tipo de subsídio por parte da Companhia. Atualmente, 24 de seus principais executivos participam do Plano de Opção de Compra de Ações. Para maiores informações sobre o Plano de Opção de Compra de Ações da Companhia, vide “XI. Diluição”. Em 2003, a Companhia foi eleita uma das 40 melhores empresas em gestão de pessoas em pesquisa realizada pelo jornal “Valor Econômico” e pela consultoria Hay Group, divulgada na revista “Valor Carreira” em outubro de 2003. Também em 2003, a Companhia foi eleita uma das melhores empresas para se trabalhar de acordo com a Revista Exame, divulgada no “Guia Exame: Melhores Empresas para se Trabalhar”. As práticas de desenvolvimento de pessoas na Companhia são pautadas na crença de que seu envolvimento e sua participação no planejamento das estratégias, objetivos e metas da empresa asseguram o comprometimento com os resultados desejados. Assim, são realizadas anualmente reuniões de planejamento estratégico com a participação dos principais empregados de cada área de negócio desenvolvido pela Companhia. Código de Ética A Companhia adota um código de ética a ser seguido por todos os empregados com os objetivos de (i) reduzir a subjetividade de interpretações pessoais dos princípios éticos; (ii) ser uma referência formal e institucional para a conduta profissional dos empregados, incluindo a administração ética de conflitos de interesses reais e/ou aparentes, tornando-se um padrão para os relacionamentos internos e externos da Companhia com acionistas, clientes, empregados, prestadores de serviço, fornecedores, sindicatos, concorrentes, sociedade, governo e a comunidade na qual ela opera; e (iii) assegurar que preocupações com eficiência, competitividade e rentabilidade não se sobreponham aos padrões éticos. Terceirização A Companhia contrata prestadores de serviços para realizar determinadas atividades que não se caracterizam como atividades-fim da Companhia, principalmente relacionadas à manutenção e reparo da frota. Meio ambiente As atividades conduzidas pela Companhia não tem caráter poluidor, nem geram impactos ambientais significativos. Não armazenamos em nossa sede ou em quaisquer imóveis que alugamos ou de nossa propriedade quaisquer substâncias que possam afetar de forma nociva o ambiente. A Companhia não aderiu, por qualquer meio, a padrões internacionais relativos à proteção ambiental. Contratos Relevantes Além dos contratos indicados a seguir, não há outros contratos relevantes celebrados pela Companhia não diretamente relacionados com suas atividades operacionais: 130 Contratos Financeiros A Companhia e suas controladas estão sujeitas à observância de certos compromissos restritivos contidos na Escritura de Emissão das Debêntures. Para uma explicação de tais compromissos restritivos, ver - “XIII-A. Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e Resultados Operacionais, de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil – Endividamento e Obrigações Financeiras e Contratuais”, “XIII-B. Análise da Administração e Discussão sobre a Situação Financeira e Resultados Operacionais, de acordo com os U.S. GAAP – Endividamento e Obrigações Financeiras e Contratuais” e “XXI. Dividendos – Pagamento de Dividendos”. Escritura da 1ª Emissão Pública de Debêntures A Companhia concluiu a 1ª Emissão Pública de Debêntures da Companhia, no valor total de R$ 350 milhões em 20 de maio de 2005. As Debêntures emitidas foram todas nominativas e escriturais, da espécie com garantia flutuante, com valor nominal de R$10.000,00 cada uma. As Debêntures não foram conversíveis em ações e têm prazo de 5 anos com pagamento do principal no vencimento, e juros semestrais, à taxa de Taxa CDI, acrescida de um spread de 108,5% ao ano. As Debêntures foram registradas para colocação, no mercado primário, por meio do SDT, administrado pela ANDIMA e operacionalizado pela CETIP. As Debêntures serão registradas para negociação, no mercado secundário, (i) por meio do SND, administrado pela ANDIMA e operacionalizado pela CETIP, e (ii) por meio do BOVESPAFIX e do SOMA FIX, sendo nestas duas últimas hipóteses os negócios liquidados e as Debêntures custodiadas na CBLC. Por conta da Emissão das Debêntures, a Companhia celebrou a Escritura de Emissão das Debêntures, que estabelece restrições na Companhia de se endividar, bem como certas hipóteses de vencimento antecipado, tais como, entre outros: (i) a decretação de falência, pedido de falência não elidido no prazo legal ou pedido de auto-falência; (ii) descumprimento pela Companhia de qualquer obrigação pecuniária relacionada à Emissão das Debêntures; e (iii) redução de capital da Companhia e/ou recompra pela Companhia de suas próprias ações para cancelamento, exceto se tal redução de capital da Companhia e/ou a recompra pela Companhia de suas próprias ações forem previamente autorizadas pelos debenturistas; (iv) a atividade principal da Companhia deixe de ser o aluguel de carros e atividades diretamente relacionadas a aluguel de carros; e (v) a deliberação ou distribuição de dividendos, juros sobre o capital próprio ou qualquer outra participação no lucro prevista no estatuto social da Companhia, se estiver em mora com as obrigações previstas na Escritura de Emissão de Debêntures, ressalvado, entretanto, o pagamento do dividendo mínimo obrigatório previsto no art. 202 da Lei 6.404/76. Contratos com a INFRAERO A Companhia celebrou com a INFRAERO diversos contratos de concessão de uso de área para regulamentar a utilização de espaços em aeroportos que são regidos pela Lei 8.666/93 que dispõe sobre contratações com o poder público. Tais contratos costumam ter o prazo variando de 12 a 60 meses, podendo ser renovados por mais 60 meses, desde que de interesse da INFRAERO. Dentre outras obrigações, a Companhia deve pagar o preço mensal e participar dos rateios dos encargos incidentes sobre o espaço; contratar seguros condizentes com a atividade exercida; manter o espaço objeto da concessão de uso em perfeitas condições; cumprir as exigências legais aplicáveis à sua atividade, especialmente as de proteção ao meio ambiente; manter o espaço com todos os equipamentos necessários à atividade e aqueles obrigatórios para a prevenção de incêndios. O preço mensal a ser pago pela concessão de uso obedece a três critérios cumulativamente, (i) preço fixo determinado em reais, (ii) garantia mínima, designado por um valor determinado em reais que será o valor mínimo a ser pago juntamente com o preço fixo e (iii) preço variável, designado por uma porcentagem sobre o faturamento bruto da atividade realizada no espaço, normalmente o percentual é de 5%. A correção destes valores é feita pelo INPC. 131 Estes contratos podem ser rescindidos ou resilidos pela INFRAERO nas hipóteses de (i) descumprimento das condições previstas; (ii) cessão ou transferência do espaço, ainda que parcialmente, a terceiros; (iii) utilizar-se do espaço para fins diversos do contratado; (iv) efetuar modificações no espaço sem autorização da Infraero; (v) o aeroporto seja desativado ou sofra modificação que não permita a continuidade da atividade. Propriedade Intelectual A Companhia depositou pedidos de registro de diversas marcas – dentre as quais destacam-se Localiza e Total Fleet – perante os órgãos competentes para registro de patentes no Brasil e em diversos outros países da América e da Europa, tais como Argentina, Chile, México, Estados Unidos e países da Comunidade Européia. Atualmente, alguns desses pedidos são objeto de oposição por terceiros, em especial da marca “Total Fleet”. Ver “ – Processos Judiciais e Administrativos”. Processos Judiciais e Procedimentos Administrativos A Companhia e suas controladas são partes em diversos processos judiciais e procedimentos administrativos de natureza tributária, previdenciária, trabalhista e cível decorrentes do curso normal de seus negócios, para os quais a Companhia mantinha provisões no valor total de R$53,2 milhões e depósitos judiciais no valor total de R$23,2 milhões, em 31 de dezembro de 2005. A Companhia acredita que o resultado final dos processos e procedimentos não terá um efeito adverso relevante sobre a condição financeira, os resultados de suas operações e seus fluxos de caixa. Tributário. A grande maioria dos processos judiciais e procedimentos administrativos em que a Companhia e suas controladas são parte é de natureza tributária. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia mantinha provisões totais de R$35,3 milhões e depósitos judiciais totais de R$15,2 milhões, para fazer face a perdas decorrentes de contingências de natureza fiscal cujo montante total em discussão era de aproximadamente R$60,8 milhões. Os processos mais significativos são os seguintes: ISS sobre Locação de Carros. A Companhia e a Total Fleet entendem não serem obrigadas a recolher ISS sobre suas atividades de aluguel de carros e aluguel e gerenciamento de frotas, pelo fato de tais atividades não configurarem prestação de serviços. Tal entendimento é baseado em decisão plenária do STF, que vem sendo referendada por decisões da 1ª e 2ª Turmas, a qual decidiu pela não incidência desse imposto na locação de bens móveis, como é o caso da locação de veículos. Após a decisão proferida pelo STF, entrou em vigor a Lei Complementar nº 116, que retirou a atividade de locação de bens móveis da lista de atividades tributáveis pelo ISS. A Companhia e a Total Fleet discutem e questionam em processos judiciais em curso a constitucionalidade da cobrança do ISS no período entre julho de 2001 e julho de 2003, anterior à alteração da legislação. Em 31 de dezembro de 2005, o montante total em discussão era de aproximadamente R$25,5 milhões, representando o valor devido do referido imposto com base na lei em vigor, e estava integralmente provisionado, sendo que R$3,9 milhões estavam depositados em juízo. Com base na opinião de seus advogados externos, a Companhia e a Total Fleet entendem que as chances de perda nesses processos e procedimentos são remotas. ICMS na Venda de Carros Usados. A Companhia não recolhe o ICMS sobre a venda de carros usados (que foram objeto de locação anteriormente), por entender que tais operações não caracterizam operações mercantis. A Companhia entende que o ICMS não incide sobre a venda de carros usados, uma vez que, para as empresas de aluguel de carros, os veículos são bens do ativo imobilizado e não mercadorias. O entendimento da Companhia é respaldado por pareceres de advogados e por manifestações favoráveis de Secretarias de Estado das Fazendas de diversas unidades da Federação, incluindo as Secretarias de Estado das Fazendas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, em resposta a consultas formais formuladas tanto pela Companhia quanto pela ABLA, nas quais os fiscos estaduais confirmaram que o ICMS não incide sobre a venda, pelas locadoras, de veículos usados. Várias unidades da Federação, em especial o Estado da Bahia, no entanto, entendem que há incidência do ICMS. Em razão de tais autuações, a Companhia esta envolvida em alguns processos judiciais e procedimentos administrativos correlatos envolvendo aproximadamente R$17,6 milhões. A Companhia não constituiu provisão para esses processos, com base na opinião dos seus advogados externos de que o risco de perda é remoto. 132 Previdenciário. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia mantinha provisões totais de R$10,1 milhões, cujo desfecho é considerado como provável perda, e depósitos judiciais totais de R$6,2 milhões, para fazer face a perdas decorrentes de contingências de natureza previdenciária, cujo montante total em discussão era de aproximadamente R$19,2 milhões. A seguir, descrevemos o processo previdenciário que a Companhia considera mais relevante: SEST/SENAT. A Companhia não recolhe as contribuições destinadas ao SEST e ao SENAT, por entender que as referidas exações foram instituídas para a criação, organização e administração do Serviço Social de Transporte - SEST e do Serviço Nacional de Aprendizado do Transporte - SENAT. Pelo fato do transporte não ser uma atividade que faz parte de seu objeto social, a Companhia questiona judicialmente essas contribuições. Em 31 dezembro de 2005, o montante total em discussão era aproximadamente R$7,4 milhões, cujo desfecho é considerado como provável perda, sendo que mantinha provisões no valor total e depósitos judiciais de R$2,3 milhões. Com base na opinião dos advogados externos da Companhia o risco de perda é possível. Trabalhista. O passivo trabalhista da Companhia em 31 de dezembro de 2005 estava estimado no valor total de aproximadamente R$13,7 milhões, sendo R$3,3 milhões objeto de provisão para os processos, cujos desfechos são considerados como de perda provável e R$1,9 milhão objeto de depósito judicial. Com base nas avaliações feitas pela Companhia, baseada nos históricos das ações já encerradas e na opinião dos advogados externos, o risco de condenação estava estimado em aproximadamente R$3,3 milhões. A principal matéria questionada nessas ações versa sobre responsabilidade subsidiária, ou seja, são ações ajuizadas por empregados autônomos/independentes que pleiteiam o reconhecimento do vínculo empregatício com a Companhia. Os demais pleitos referem-se a horas extras, equiparação salarial, adicional de periculosidade, e salários indiretos. A Companhia entende que estes pleitos são usuais para as suas atividades. Nos últimos três anos encerramos 88 ações trabalhistas, das quais 31 foram encerradas pelo pagamento da condenação, 16 pela realização de acordo entre as partes, 22 pela improcedência do pedido e 19 extintas sem julgamento de mérito. O valor total aproximadamente gasto pela Companhia para encerramento dessas ações foi de R$ 759 mil, para um valor histórico reclamado aproximado de R$ 3,5 milhões. Ações Cíveis. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia mantinha provisão total de R$4,5 milhões, para os processos cujo desfecho é considerado como provável perda, e depósitos judiciais totais de R$194 mil, para fazer face a perdas decorrentes de contingências de natureza cível, cujo montante em discussão era de aproximadamente R$27,0 milhões. As ações cíveis referem-se, quase que exclusivamente, a pedidos de indenização por danos causados a terceiros por clientes conduzindo carros locados da Companhia em acidentes automobilísticos. Geralmente englobam danos materiais, danos morais e, em alguns casos, pensão mensal vitalícia por perda de capacidade laborativa ou por falecimento de ente familiar. Embora não seja a responsável direta pelos acidentes, a Companhia é demandada em tais ações por conta do entendimento jurisprudencial de que a empresa locadora de carros deve responder solidariamente com o locatário por danos que causar a terceiros, no uso do carro locado. Marca Total Fleet. Em 2001, a empresa Fleet Car Rental Ltda. apresentou ao INPI oposição aos pedidos de registros da marca "Total Fleet", com base na anterioridade de uso do nome comercial e registro das marcas “Fleet Car”. A Fleet Car Rental Ltda. questionou em juízo o uso do nome “Total Fleet”. O Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais determinou a alteração do nome da Total Fleet, decisão esta que transitou em julgado. A Total Fleet ingressou com uma ação rescisória contra tal decisão, que encontra-se pendente. Paralelamente, a Total Fleet ajuizou ações pleiteando (i) a declaração de que o registro da marca “Fleet Car” não assegura direito de exclusividade da expressão “Fleet”, ação esta em que foi concedida a tutela antecipada com respaldo no expresso reconhecimento do INPI de que a expressão “Fleet” não é de uso exclusivo da Fleet Car Rental Ltda. e (ii) declaração de que o nome empresarial da Fleet Car Rental Ltda. não confere exclusividade de uso da expressão “Fleet”, ação esta que aguarda decisão. Com base na opinião de seus advogados externos, a Companhia entende ser remoto o risco de perder o direito ao uso do vocábulo “Fleet” presentes em sua marca e razão social. Outras Contingências. Não há processo judicial ou administrativo relevante pendente contra a Companhia envolvendo qualquer questão ambiental. Para informações adicionais acerca das contingências existentes, ver nota 14 às Demonstrações Financeiras Individuais (Controladora) e Consolidadas em 31 de dezembro de 2005, de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil que fazem parte deste Prospecto como Anexo D. 133 XVII. ADMINISTRAÇÃO A Companhia, nos termos do art. 8º de seu Estatuto Social, é administrada por um Conselho de Administração e uma Diretoria. Conselho de Administração O Conselho de Administração, em conformidade com o Estatuto Social, é composto por 9 membros. A Companhia não mantém qualquer contrato de prestação de serviço com qualquer membro do Conselho de Administração que preveja a concessão de benefícios após o término de suas atividades como membros do Conselho de Administração. O Conselho de Administração da Companhia é convocado pelo Presidente do Conselho ou pela maioria simples dos conselheiros, devendo ser convocado pelo menos uma vez a cada 3 meses, e é responsável pela determinação das diretrizes e políticas gerais para os negócios da Companhia, determinando, supervisionando e monitorando as atividades dos Diretores, escolhendo auditores independentes e implementando e supervisionando auditorias internas. Os Conselheiros são eleitos durante as assembléias gerais extraordinárias de acionistas para cumprir mandatos de um ano. Os Conselheiros devem ser acionistas da Companhia. Os Conselheiros podem ser destituídos pelos acionistas a qualquer tempo. As responsabilidades do Conselho de Administração incluem o estabelecimento das políticas gerais da Companhia, a eleição dos diretores, a supervisão da Administração e a aprovação de determinadas operações da Companhia. Atualmente, o Conselho de Administração tem a seguinte composição: Nome José Salim Mattar Júnior Antônio Cláudio Brandão Resende Eugênio Pacelli Mattar Flávio Brandão Resende Aristides Luciano de Azevedo Newton Eugênia Maria Rafael de Oliveira Cassio Casseb Lima* * Stefano Bonfiglio Paulo Roberto Nunes Guedes* * Cargo Presidente Vice-Presidente Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheira Conselheiro Conselheiro Conselheiro conselheiros independentes Encontra-se a seguir sumário da experiência profissional, áreas de especialização e principais interesses comerciais externos dos atuais conselheiros. Exceto quando indicado diferentemente, o endereço comercial de cada conselheiro é Avenida Bernardo Monteiro, nº 1563, Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30150-902. Os Srs. José Salim Mattar Júnior e Eugênio Pacelli Mattar são irmãos. Os Srs. Antônio Cláudio Brandão Resende e Flávio Brandão Resende são irmãos. Os conselheiros José Salim Mattar Júnior, Eugênio Pacelli Mattar, Antônio Cláudio Brandão Resende e Flávio Brandão Resende fazem parte do bloco de acionistas controladores da Companhia. José Salim Mattar Júnior. O Sr. Mattar é presidente do Conselho de Administração, presidente e diretor de aluguel de carros da Companhia. O Sr. Mattar é irmão do Sr. Eugênio Pacelli Mattar. O Sr. Mattar também é presidente de todas as subsidiárias brasileiras da Companhia. Formou-se em administração de empresas pela Fundação Mineira de Educação e Cultura em 1976. Ocupou o cargo de gerente de uma rede de supermercados e de uma empresa de mineração, ambas localizadas em Belo Horizonte, Brasil. Em 1973, aos 24 anos, ele foi um dos sócios fundadores da Companhia e hoje detêm 18,68% do seu capital. O Sr. Mattar também é sócio indireto da Rádio Beep Telecomunicações Ltda. e da Rádio Beep System Ltda. Antônio Cláudio Brandão Resende. O Sr. Resende é vice-presidente do Conselho de Administração, vicepresidente executivo e diretor administrativo da Companhia. O Sr. Resende é irmão do Flávio Brandão Resende. O Sr. Resende também é vice-presidente de todas as subsidiárias brasileiras da Companhia. Ele se 134 formou pela União de Negócios e Administração em 1977 em administração de empresas. Aos 18 anos fundou a Leva e Traz, uma empresa de entregas em Belo Horizonte, Brasil. Em 1973, aos 27 anos, foi um dos sócios fundadores da Companhia e atualmente detém 18,68% do seu capital. O Sr. Resende também é sócio indireto da Rádio Beep Telecomunicações Ltda. e da Rádio Beep System Ltda. Eugênio Pacelli Mattar. O Sr. Mattar é membro do Conselho de Administração, vice-presidente executivo e diretor administrativo de aluguel e gerenciamento de frota da Companhia. O Sr. Mattar também é vicepresidente de todas as subsidiárias brasileiras da Companhia. Formou-se em engenharia civil pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1975, onde também fez pós-graduação em Engenharia Econômica. O Sr. Mattar também estudou administração geral e financeira na Fundação Dom Cabral. É um dos sócios fundadores da Companhia e hoje detém 12,45% do seu capital. O Sr. Mattar também é sócio indireto da Rádio Beep Telecomunicações Ltda. e da Rádio Beep System Ltda. Flávio Brandão Resende. O Sr Resende é conselheiro da Companhia. Formou-se pela Escola de Engenharia Kennedy em 1980 em engenharia civil. Em 1973, aos 20 anos, foi um dos sócios fundadores da Companhia e hoje detém 12,45% do seu capital. O Sr. Resende também é sócio indireto da Rádio Beep Telecomunicações Ltda. e da Rádio Beep System Ltda. Aristides Luciano de Azevedo Newton. O Sr. Newton é membro do Conselho de Administração da Companhia, vice-presidente da Franchising e Franchising Brasil. Formou-se em administração de empresas pela União de Negócios e Administração em 1973. Ocupou o cargo de gerente de materiais e suprimentos na Construtora Mendes Júnior, tendo feito em 2003 o curso de Programa de Gestão Avançada do convênio da fundação Dom Cabral com o Insead na França. Em 1983, aos 39 anos, na Localiza, iniciou as atividades de franchising. Stefano Bonfiglio. O Sr. Bonfiglio é membro do conselho de administração da Companhia desde 2000. O Sr. Bonfiglio recebeu seu diploma de bacharelado pela Georgetown University e seu MBA pela The Wharton School of University of Pennsylvania. Em 1985, o Sr. Bonfiglio passou a trabalhar para Bankers Trust Company, onde desempenhou diversas atividades, incluindo atividades relacionadas a Structured/Acquisition Finance, Mergers & Acquisitions e Private Equity. Em 1995 ele passou a trabalhar para DLJ Merchant Banking, a subsidiária de private equity de Donaldson, Lufkin & Jenrette, com base em Nova York e Londres. Atualmente o Sr. Bonfiglio reside em Londres e é sócio fundador da Stirling Square Capital Partners, uma firma de private equity sediada em Londres especializada em aquisições (“buy-outs”) na Europa. Eugênia Maria Rafael de Oliveira. A Sra. Oliveira é membro do Conselho de Administração da Companhia desde 2005 e Diretora de Atendimento e Operações da Companhia desde 2003. Formou-se em administração de empresas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em 1981 e concluiu pós-graduação em marketing na UNA em 1985. A Sra. Oliveira participou de programa de gestão em 2003 pela Kellog. Cássio Casseb Lima. O Sr. Casseb é membro do Conselho de Administração da Companhia desde 2005. É formado em engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (1978). Desde o início de sua carreira, o Sr. Casseb trabalhou em bancos tais como Banco de Boston, Banco Francês & Brasileiro (Credit Lyonnais), Banco Mantrust SRL e Citibank. Assumiu em março de 1997 a Presidência da Credicard S.A. Em maio de 1999 assumiu posição na holding do Grupo Steinbruch, na Vale do Rio Doce, na Maxitel, e no Banco Fibra. Foi membro do Conselho de Administração da Vicunha, do Banco Fibra, da Solpart, da Brasilprev e da Aliança do Brasil, além de prestar consultoria em estratégia e reestruturação industrial, societária e financeira. Foi Presidente do Banco do Brasil S.A., Vice-presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil S.A., Presidente dos Conselhos de Administração da BBDTVM, do Banco Popular e da Visa - América Latina e Caribe. Atualmente é presidente do Grupo Pão de Açúcar. Paulo Roberto Nunes Guedes. O Sr. Paulo Guedes é membro do Conselho de Administração desde 2005. Obteve os títulos de mestre (1977) e de Ph.D. (1979) em Economia pela The University of Chicago. Foi professor da Escola de Pós-graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas, professor de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e de Macroeconomia do Instituto de Matemática Pura e Aplicada. Foi diretor executivo do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais - IBMEC, cargo que manteve de 1983 a 1999. É um dos fundadores da referida faculdade. Foi sócio fundador do Banco Pactual S/A. Foi colunista especializado na Folha de São Paulo, no jornal O Globo e na Revista Exame. Atualmente é diretor executivo e um dos sócios da Fidúcia Asset Management S.A. 135 Diretoria A Diretoria é composta de 4 a 5 membros, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo Conselho de Administração, sendo um Diretor Presidente, dois Diretores Vice-Presidentes, um Diretor de Finanças e de Relações com Investidores, e o quinto, se eleito, Diretor Vice-Presidente ou Diretor sem designação específica, todos com mandato unificado de 1 ano, permitida a reeleição. A Diretoria da Companhia é responsável pela administração cotidiana e pela implementação das diretrizes e políticas gerais estabelecidas pelo conselho de administração da Companhia. As atribuições da Diretoria incluem a supervisão do cumprimento da legislação aplicável e das deliberações adotadas durante as assembléias de acionistas, conselheiros e diretores, administrando os negócios e atividades da Companhia, preparando o orçamento anual e monitorando sua implementação após a aprovação pelo Conselho de Administração. A Diretoria de Relações com Investidores da Companhia está localizada na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Avenida Bernardo Monteiro, nº 1563. O responsável por essa Diretoria é o Sr. Roberto Antônio Mendes, eleito Diretor de Finanças e de Relações com Investidores na reunião do Conselho de Administração da Companhia realizada em 3 de janeiro de 2005. O telefone do departamento de acionistas da Companhia é (31) 3247 7040, e o endereço de correio eletrônico é [email protected]. O site da Companhia na Internet é www.localiza.com. Os atuais Diretores são os seguintes: Nome Cargo José Salim Mattar Júnior Diretor Presidente Antônio Cláudio Brandão Resende Diretor Vice-Presidente Eugênio Pacelli Mattar Diretor Vice-Presidente Roberto Antônio Mendes Diretor de Finanças e de Relações com Investidores Encontra-se a seguir sumário da experiência profissional, áreas de especialização e principais interesses comerciais externos dos atuais diretores. Para informações dos Srs. José Salim Mattar Júnior, Antônio Cláudio Brandão Resende e Eugênio Pacelli Mattar, Vide “Conselho de Administração”. Exceto quando indicado diferentemente, o endereço comercial de cada diretor é Avenida Bernardo Monteiro, nº 1563, Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30150-902. Roberto Antônio Mendes. O Sr. Mendes é Diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Companhia, onde ingressou em 1985. Formado em Administração de Empresas e Ciências Contábeis pela UFMG Universidade Federal de Minas Gerais, turmas de 1978 e 1979. Iniciou sua carreira na PricewaterhouseCoopers e posteriormente exerceu cargos de controller em empresas dos grupos Vale do Rio Doce de abril de 1976 a outubro de 1979 e Mendes Júnior de outubro de 1979 a outubro de 1985. O Sr. Mendes participou de programa de gestão em 2004 pela Kellog School of Managment. Titularidade de Ações A tabela abaixo indica as participações detidas direta ou indiretamente pelos Conselheiros e Diretores no capital da Companhia na data deste Prospecto: Administrador José Salim Mattar Júnior Antônio Cláudio Brandão Resende Eugênio Pacelli Mattar Flávio Brandão Resende Roberto Antônio Mendes Eugênia Maria Rafael de Oliveira Aristides Luciano de Azevedo Newton Cassio Casseb Lima Stefano Bonfiglio Paulo Roberto Nunes Guedes Total Quantidade 11.823.351 11.823.350 7.882.234 7.882.235 74.000 39.196 54.001 1 1 1 39.578.370 Ver “XVIII. Principais Acionistas e Acionistas Vendedores”. 136 Participação % 18,68 18,68 12,45 12,45 0,12 0,06 0,08 0,00 0,00 0,00 62,52 Remuneração De acordo com a Lei 6.404/76, é responsabilidade da Assembléia Geral fixar anualmente o montante global de remuneração dos membros do Conselho de Administração e Diretoria. De acordo com o Estatuto Social, a Assembléia Geral da Companhia é competente pela determinação do montante global devido aos Administradores a título de remuneração, cabendo ao Conselho de Administração da Companhia distribuí-lo de maneira individual entre os seus membros e os da Diretoria. Para o período compreendido entre a Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 2005 e a Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 2006, a remuneração global dos administradores da Companhia foi fixada em R$10,0 milhões, que foi destinada à Diretoria e ao Conselho. Adicionalmente, na mesma oportunidade, os acionistas da Companhia fixaram a remuneração dos Diretores da Total Fleet e da Franchising em R$3,1 milhões e R$1,6 milhão, respectivamente. Os membros do Conselho de Administração da Companhia José Salim Mattar Júnior, Antônio Cláudio Brandão Resende, Eugênio Pacelli Mattar, Aristides Luciano de Azevedo Newton e Eugênia Maria Rafael de Oliveira, enquanto conselheiros, não recebem remuneração. A remuneração anual de cada um dos conselheiros independentes foi fixada em R$100 mil até a próxima Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 2006 deliberando sobre o tema. Conforme alteração no Estatuto Social aprovada pela Assembléia Geral Extraordinária do dia 4 de abril de 2005, os administradores da Companhia poderão, se atribuído por Assembléia Geral, ter uma participação nos lucros correspondente a um décimo dos lucros do exercício, limitada à remuneração anual global dos administradores. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados, se houver, e a provisão para o imposto sobre a renda e contribuição social sobre o lucro. É condição para pagamento de tal participação a atribuição aos acionistas do dividendo obrigatório. Sempre que for levantado balanço intermediário e com base nele forem pagos dividendos intermediários em valor ao menos igual a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com o Estatuto Social da Companhia, o Conselho de Administração poderá deliberar, ad referendum da Assembléia Geral, o pagamento de uma participação intermediária nos lucros aos administradores. Plano de Opção de Compra de Ações A Companhia ofereceu um Plano de Opção de Compra de Ações. Para maiores informações sobre o Plano de Opção de Compra de Ações da Companhia, vide “XI. Diluição”. Em 22 de fevereiro de 2006, o Conselho de Administração aprovou proposta de um novo Plano de Opção de Compra de Ações, a ser aprovado em Assembléia Geral. O Plano prevê a emissão de opções equivalentes a até 3% do número total de ações existentes após essa Oferta Pública. Conselho Fiscal A legislação societária brasileira exige que a Companhia tenha conselho fiscal de funcionamento permanente ou apenas nos exercícios sociais em que for instalado por solicitação de acionistas. O Estatuto Social prevê a instituição de conselho fiscal não permanente. O conselho fiscal é órgão separado, independente da administração e dos auditores independentes da Companhia. As responsabilidades principais do conselho fiscal são fiscalizar os atos dos administradores, opinar sobre determinadas propostas dos órgãos de administração a serem submetidas à assembléia geral para deliberação, examinar as demonstrações contábeis da Companhia e denunciar aos órgãos de administração e à assembléia geral os erros, fraudes ou crimes de que tiverem conhecimento. Os membros do conselho fiscal, quando instalado, serão eleitos durante as assembléias gerais ordinárias de acionistas para cumprir mandatos de um ano, podendo ser reeleitos. Os mandatos dos membros do conselho fiscal da Companhia expiram na assembléia geral ordinária subseqüente. Pela Lei 6.404/76, o conselho fiscal não pode incluir membros do Conselho de Administração ou da Diretoria, ou ainda empregados da Companhia ou cônjuge ou parente até terceiro grau de qualquer membro da Administração. Contrato entre a Companhia e Administradores A Companhia não celebrou um contrato com seus Administradores. A Companhia, é parte de um contrato com a Locapar, sociedade controlada pelos Fundadores. Ver “XIX. Operações com Partes Relacionadas”. 137 XVIII. PRINCIPAIS ACIONISTAS E ACIONISTAS VENDEDORES Principais Acionistas O capital social da Companhia é composto exclusivamente por ações ordinárias. A tabela abaixo inclui informações relativas à participação acionária na Companhia detida por cada pessoa que a Companhia sabe ser legítima proprietária de mais de 5% das ações ordinárias da Companhia, bem como por membros do Conselho de Administração e da Diretoria, em conjunto, na data da Oferta Pública e após a realização da Oferta Pública: Acionista José Salim Mattar Júnior Antônio Cláudio Brandão Resende Flávio Brandão Resende Eugênio Pacelli Mattar Outros Acionistas Total Na data da Oferta Pública Após Oferta Pública (1) Ações 11.823.351 11.823.350 7.882.235 7.882.234 23.891.330 63.302.500 Ações 10.087.637 10.087.636 6.725.092 6.725.091 33.502.044 67.127.500 Participação (%) 18,68% 18,68% 12,45% 12,45% 37,74%% 100% Participação (%) 15,03% 15,03% 10,02% 10,02% 49,90% 100% __________ (1) Considerando exercício integral da Opção de Lote Suplementar. Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria, exceto os Fundadores, detêm 167.200 ações, representando 0,26% das ações ordinárias existentes e 0,25% das que existirão após a Oferta Pública. Acionistas Vendedores A tabela abaixo inclui informações relativas à participação acionária na Companhia detida pelos Acionistas Vendedores na data deste Prospecto, e após a conclusão da Oferta Pública, considerando o exercício da Opção de Lote Suplementar e a colocação da totalidade das Ações: Acionista José Salim Mattar Júnior Antônio Cláudio Brandão Resende Flávio Brandão Resende Eugênio Pacelli Mattar Outros Acionistas Total Na data deste Prospecto Ações Participação (%) 11.823.351 18,68% 11.823.350 18,68% 7.882.235 12,45% 7.882.234 12,45% 23.891.330 37,74%% 63.302.500 100% Após Oferta Pública Ações Participação (%) 10.087.637 15,03% 10.087.636 15,03% 6.725.092 10,02% 6.725.091 10,02% 33.502.044 49,90% 67.127.500 100% A tabela abaixo inclui informações relativas à participação acionária na Companhia detida pelos Acionistas Vendedores na data deste Prospecto, e após a conclusão da Oferta Pública, considerando o não exercício da Opção de Lote Suplementar e a colocação da totalidade das Ações: Acionista José Salim Mattar Júnior Antônio Cláudio Brandão Resende Flávio Brandão Resende Eugênio Pacelli Mattar Outros Acionistas Total Na data deste Prospecto Ações Participação (%) 11.823.351 18,68% 11.823.350 18,68% 7.882.235 12,45% 7.882.234 12,45% 23.891.330 37,74%% 63.302.500 100% 138 Após Oferta Pública Ações Participação (%) 10.087.637 15,31% 10.087.636 15,31% 6.725.092 10,21% 6.725.091 10,21% 32.248.473 48,96% 65.873.929 100% XIX. OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Em 14 de março de 2005, a Companhia, a Total Fleet e a Prime, na qualidade de cedentes, e a Locapar, sociedade controlada pelos Fundadores, na qualidade de cessionária, celebraram um contrato através do qual as cedentes cederam e transferiram à Locapar a totalidade dos direitos decorrentes dos processos judiciais de natureza fiscal e previdenciária em que são autoras, envolvendo valor de R$235,9 milhões em 14 de março de 2005. Em contrapartida, a Locapar assumiu todas as obrigações pecuniárias incidentes sobre os processos judiciais, incluindo honorários advocatícios, correção ou revisão monetária, despesas, custas processuais, depósitos judiciais e extrajudiciais, multas ou outras penalidades. As cedentes comprometeram-se a dar prosseguimento aos processos judiciais, fornecendo aos advogados constituídos para o patrocínio das causas todos os documentos e informações relevantes à condução dos processos e obtenção de decisões finais favoráveis. Ainda, observado o interesse no aproveitamento e compensação de créditos, as cedentes comprometeram-se a utilizar os créditos auferidos nos processos judiciais para fins de compensação com obrigações fiscais e, posteriormente, repassar à cessionária os valores correspondentes ao benefício obtido na compensação, deduzida uma taxa de administração de 3% do valor dos direitos auferidos nos processos judiciais que tenham sido efetivamente recebidos ou aproveitados mediante compensação com obrigações fiscais. No curso normal dos negócios, a Companhia e suas subsidiárias prestam avais e fianças em empréstimos e financiamentos firmados pela Companhia e vice-versa. Em 31 de dezembro de 2005, o montante total de obrigações garantidas por avais, fianças ou notas promissórias somava R$149,7 milhões, sendo que todas as obrigações garantidas por avais, fianças e notas promissórias estão divulgadas nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia. Não há garantias prestadas pela Companhia ou pelas subsidiárias da Companhia em empréstimos, financiamentos ou outras obrigações das Sociedades não divulgadas nas demonstrações financeiras da Companhia. Não obstante, os Fundadores, acionistas controladores da Companhia, prestam usualmente avais em contratos de compror celebrados pela Companhia e suas subsidiárias. Em 31 de dezembro de 2005, o montante total de obrigações garantidas por avais dos Fundadores somava R$3,5 milhões. 139 XX. DESCRIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL Esta seção apresenta breve sumário de disposições relevantes do Estatuto Social, da Lei 6.404/76 e dos atos normativos expedidos pela CVM. Esse sumário não tem por objetivo ser completo e faz referência ao Estatuto Social, à Lei 6.404/76 e aos regulamentos e normas da CVM. O Estatuto Social é o principal documento que rege a Companhia. Em 7 de abril de 2005 a Companhia celebrou “Contrato de Participação no Novo Mercado” com a Bovespa. Esse contrato entrou em vigor em 20 de maio de 2005. Enquanto estiver listada no Novo Mercado, a Companhia não poderá emitir ações preferenciais. Para sair do Novo Mercado, a Companhia deve realizar oferta pública para a aquisição das ações ordinárias de sua emissão. Ver “- Saída do Novo Mercado”. Geral Em 24 de setembro de 1973 a Companhia foi constituída na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. A Companhia está registrada na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o nº 3130001144-5 e como companhia aberta na CVM sob nº 01973-9, desde 6 de maio de 2005. O capital social da Companhia corresponde a R$178.372.545, dividido em 63.302.500 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. O capital social da Companhia é dividido somente em ações ordinárias. O Estatuto Social autoriza o Conselho de Administração a aumentar o capital social da Companhia por meio da emissão de até 18.587.500 ações ordinárias sem necessidade de reforma estatutária. Para cada aumento de capital que exceder o valor autorizado, será exigida a aprovação dos acionistas reunidos em assembléia geral. Em 2005, a MBPII Brazil LLC, uma limited liability company constituída de acordo com as leis de Delaware, Estados Unidos da América, então detida por fundos de investimento geridos pelo DLJ Merchant Banking, detinha 32,8% das ações na Companhia. Após a conclusão da Oferta Pública de Distribuição Secundária de Ações Ordinárias realizada em 23 de maio de 2005, a MBPII Brazil LLC vendeu sua participação acionária total na Companhia. Acordo de Acionistas Até a data do presente Prospecto não havia qualquer acordo firmado entre os acionistas da Companhia. Ações em Tesouraria A Companhia não possui ações em tesouraria. Objeto Social Segundo o art. 3º do Estatuto Social, a Companhia tem por objeto o aluguel de carros e a gestão de participações societárias no Brasil e no exterior. Conselheiros O Estatuto Social prevê que o Conselho de Administração deve ser composto por 9 conselheiros. O número exato de conselheiros é estabelecido em assembléia geral pelo voto de acionistas detentores da maioria das ações ordinárias da Companhia. Os conselheiros são eleitos em assembléia geral ordinária. A Lei 6.404/76 permite a adoção do processo de 140 voto múltiplo na eleição dos membros do Conselho de Administração, mediante requerimento de acionistas que representem no mínimo 0,1 (um décimo) do capital social da Companhia. Se os acionistas não solicitarem o voto múltiplo, os conselheiros serão eleitos pela maioria dos acionistas detentores das ações ordinárias da Companhia. Além disso, acionistas que detiverem, individualmente ou em conjunto, 15% ou mais das ações ordinárias de emissão da Companhia terão o direito de escolher um conselheiro. Os conselheiros possuem mandato unificado de 1 ano. Segundo a Lei 6.404/76, cada conselheiro deve deter, no mínimo, uma ação da Companhia. Não há idade para aposentadoria compulsória dos Conselheiros. De acordo com art. 9º, parágrafo 4º do Estatuto Social, o membro do Conselho de Administração ou suplente deverá ter reputação ilibada, não podendo ser eleito, salvo dispensa da Assembléia Geral, quem: (i) atuar como administrador, conselheiro, consultor, advogado, auditor, executivo, empregado, funcionário ou prestador de serviços em sociedades que se envolvam em atividades de aluguel de carros, aluguel de frotas de carros, leasing de carros ou frotas de carros, comercialização de carros, montagem de automóveis ou quaisquer outras atividades que possam ser consideradas concorrentes da Companhia; ou (ii) tiver ou representar interesse conflitante com a Companhia. O membro do Conselho de Administração ou suplente não poderá exercer direito de voto caso se configurem, supervenientemente à eleição, os mesmos fatores de impedimento. Segundo as Regras do Novo Mercado, no mínimo 20% dos membros do Conselho de Administração deverão ser conselheiros independentes. Direitos das Ações Ordinárias Cada ação ordinária da Companhia confere ao seu detentor o direito de um voto em qualquer assembléia geral ordinária ou extraordinária de acionistas da Companhia. Os detentores de ações ordinárias têm direito ao recebimento de dividendos ou outras distribuições feitas pela Companhia a seus acionistas de forma proporcional às suas respectivas participações no total das ações de emissão da Companhia. Adicionalmente, em caso de liquidação da Companhia, os detentores de ações ordinárias terão direito ao rateio dos ativos remanescentes da Companhia após o pagamento de todos os passivos na proporção de suas respectivas participações no total das ações de emissão da Companhia. Os detentores das ações ordinárias da Companhia não são responsáveis por futuras chamadas de capital por parte da Companhia. De acordo com a Lei 6.404/76, o estatuto social e as deliberações aprovadas em assembléia geral de sociedade por ações não poderão privar os acionistas dos seguintes direitos: ● participar da distribuição de lucros; ● participar do acervo da Companhia, em caso de liquidação; ● fiscalizar, na forma prevista em lei, a gestão dos negócios sociais; ● preferência para subscrição de ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, exceto em algumas circunstâncias específicas nos termos da legislação brasileira, descritas em “Direito de Preferência”; e ● retirar-se da Companhia nas hipóteses indicadas na Lei 6.404/76, conforme descrito em “Direito de Retirada e Reembolso”. Em conformidade com o contrato entre a Companhia e a Bovespa com respeito à listagem das ações no Novo Mercado, é vedado à Companhia emitir ações sem direito a voto ou com direitos restritos de voto, a menos que antes ela seja excluída do Novo Mercado. 141 Destinação dos Resultados do Exercício De acordo com a Lei 6.404/76, a Companhia deve primeiro deduzir dos resultados do exercício os prejuízos acumulados nos exercícios sociais anteriores e a provisão para imposto de renda e contribuições sociais. Após tais deduções, a Companhia deve aplicar o saldo remanescente para o pagamento das quantias destinadas às participações dos funcionários nos lucros da Companhia. Lucro líquido é definido como o resultado do exercício que remanescer após tais deduções. Destinação do Lucro Líquido Em cada assembléia geral ordinária de acionistas, será exigido que o Conselho de Administração recomende como os lucros líquidos do exercício social precedente deverão ser destinados. Tal destinação está sujeita a deliberação por parte dos acionistas da Companhia. Os lucros líquidos podem ser destinados às reservas de lucros e ao pagamento de dividendos ou juros sobre o capital próprio. Reservas de Lucros A conta de reserva de lucros da Companhia é composta por reserva legal e reserva de retenção de lucros. O saldo das reservas de lucros não poderá ultrapassar o capital social da Companhia, e qualquer excedente deve ser capitalizado ou distribuído como dividendo. A Companhia não possui outras reservas de lucros. Reserva Legal. Nos termos da Lei 6.404/76 e do Estatuto Social, a Companhia deve destinar 5% do lucro líquido de cada exercício social para a reserva legal. A reserva legal não poderá exceder 20% do capital integralizado da Companhia. Ademais, a Companhia poderá deixar de destinar parcela do lucro líquido para a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital, exceder de trinta por cento do capital social. Em 31 de dezembro de 2005, o saldo da reserva legal da Companhia era de aproximadamente R$20,3 milhões, o que equivalia a 11,4% do capital integralizado da Companhia. Reserva Estatutária. Nos termos da Lei 6.404/76, o Estatuto Social pode criar reservas, desde que determine a sua finalidade, o percentual dos lucros líquidos a ser destinado para essas reservas e o valor máximo a ser mantido em cada reserva estatutária. A destinação de recursos para tais reservas não pode ser aprovada em prejuízo do dividendo obrigatório. Ver “XXI. Dividendos”. O Estatuto Social prevê que a Companhia manterá reserva de lucros estatutária denominada “Reserva de Expansão”, que terá por fim assegurar recursos para financiar aplicações adicionais em ativos operacionais e será formada com até 75% do lucro líquido que remanescer após as deduções legais e estatutárias, não podendo essa reserva ultrapassar o valor do capital social. Reserva para Contingências. Nos termos da Lei 6.404/76, o lucro líquido da Companhia pode ser destinado para a reserva para contingências com o objetivo de compensar qualquer diminuição futura nos lucros em razão de futura perda provável. A reserva deverá ser revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda. Reserva de Retenção de Lucro. Nos termos da Lei 6.404/76, os acionistas da Companhia poderão deliberar, em assembléia geral, a retenção de parte do lucro líquido para ser utilizado em investimentos da Companhia. O valor retido deve ser utilizado em investimentos conforme orçamento de capital aprovado pela assembléia geral. O orçamento deve ser revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social. A retenção de lucros não poderá ser aprovada em prejuízo da distribuição do dividendo obrigatório. Reserva de Lucros a Realizar. Nos termos da Lei 6.404/76, quando o dividendo obrigatório ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia geral de acionistas poderá, por proposta da Administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. Para fins de constituição da reserva de lucros a realizar, considera-se realizada a parcela do lucro líquido que exceder a soma do resultado 142 líquido positivo da equivalência patrimonial com o lucro, ganho ou rendimento, em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obrigatório. Os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo obrigatório após a realização. Dividendos e Política de Dividendos A Lei 6.404/76 exige que a Companhia realize assembléia geral de acionistas até o dia 30 de abril de cada ano, na qual o dividendo anual poderá ser declarado. Adicionalmente, dividendos intermediários poderão ser declarados pelo Conselho de Administração ad referendum da assembléia de acionistas. A Lei 6.404/76 estabelece o direito dos acionistas ao recebimento, a título de dividendo obrigatório, em cada exercício social, da quantia de lucros determinada em seu estatuto social, ou se não houver nenhuma determinação dessa natureza no estatuto social, de 25% do lucro líquido ajustado do exercício social, acrescido da reversão da parcela realizada dos lucros anteriormente registrados na reserva de lucros a realizar, se não absorvidos por prejuízos. Entende-se por lucro líquido ajustado a quantia correspondente ao lucro líquido do exercício menos (i) as quantias destinadas às reservas legal e para contingências, mais (ii) a reversão da reserva para contingências. O pagamento do dividendo assim apurado poderá ser limitado ao montante realizado do lucro líquido, desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar. Dividendos podem ser distribuídos a partir dos lucros líquidos do exercício social relevante, lucros acumulados e reservas de lucros. Além disso, quaisquer lucros líquidos não destinados às reservas de lucros devem ser distribuídos como dividendos. Nos termos da Lei 6.404/76, os dividendos devem ser pagos à pessoa que, na data do ato de declaração do dividendo, estiver inscrita como proprietária ou usufrutuária da ação no prazo de 60 dias após a declaração do dividendo, a menos que a deliberação dos acionistas determine outra data de pagamento que, em qualquer caso, deverá ocorrer antes do encerramento do exercício social no qual o dividendo foi declarado. O acionista tem prazo de 3 anos a contar da data de pagamento do dividendo para exigir os dividendos referentes às suas ações, sendo que após esse prazo a Companhia não terá qualquer responsabilidade em relação ao pagamento. O valor do dividendo declarado não está sujeito a ajustes ou correções pela inflação correspondente ao período entre a data da declaração e a data do pagamento. Conseqüentemente, em termos efetivos, o valor dos dividendos pagos aos acionistas, pelo fato de não ser corrigido, poderá sofrer redução substancial devido à inflação. O Estatuto Social determina que no mínimo de 25% do lucro líquido ajustado seja distribuído como dividendo obrigatório. A Lei 6.404/76 permite que a Companhia suspenda a distribuição obrigatória de dividendos se o Conselho de Administração relatar na assembléia geral ordinária de acionistas que a distribuição seria incompatível com a situação financeira da Companhia na ocasião. O conselho fiscal, se instalado, deve dar parecer sobre qualquer suspensão da distribuição obrigatória de dividendos. Ademais, a administração deve comunicar os motivos de qualquer suspensão da distribuição à CVM. A Companhia deve constituir reserva especial com os lucros líquidos não distribuídos em conseqüência de alguma suspensão. Se não forem absorvidos por prejuízos subseqüentes, a Companhia deve distribuir tais lucros líquidos tão logo a situação financeira da Companhia permita. O Estatuto Social da Companhia, conforme aprovado pela Assembléia Geral do dia 8 de março de 2006, prevê que a Companhia manterá reserva de lucros estatutária denominada “Reserva de Expansão”, que terá por fim assegurar recursos para financiar aplicações adicionais em ativos operacionais e será formada com até 75% (setenta e cinco por cento) do lucro líquido que remanescer após as deduções legais e estatutárias, não 143 podendo essa reserva ultrapassar o valor do capital social. Conforme alteração no Estatuto Social aprovada pela Assembléia Geral Extraordinária do dia 4 de abril de 2005, os administradores da Companhia poderão, se atribuído por Assembléia Geral, ter uma participação nos lucros correspondente a um décimo dos lucros do exercício, limitada à remuneração anual global dos administradores. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados, se houver, e a provisão para o imposto sobre a renda e contribuição social sobre o lucro. É condição para pagamento de tal participação a atribuição aos acionistas do dividendo obrigatório. Sempre que for levantado balanço intermediário e com base nele forem pagos dividendos intermediários em valor ao menos igual a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com o Estatuto Social da Companhia, o Conselho de Administração poderá deliberar, ad referendum da Assembléia Geral, o pagamento de uma participação intermediária nos lucros aos administradores. Juros sobre o Capital Próprio Desde 1º de janeiro de 1996, as sociedades brasileiras estão autorizadas a pagar juros limitados a titulares de participações acionárias e considerar tais pagamentos dedutíveis para efeito de cálculo do imposto de renda e, desde 1998, também para efeito de contribuição social. A taxa utilizada no cálculo dos juros sobre o capital próprio limita-se à variação da TJLP durante o período aplicável e limita-se ao que for maior entre: (i) 50% do lucro líquido da Companhia (antes de se considerar o pagamento de juros ou quaisquer deduções referentes a CSLL e IRPJ) e (ii) 50% dos lucros acumulados da Companhia e reservas de lucros, em cada caso, apenas com relação ao período relevante. Nos termos do Estatuto Social, o valor distribuído aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, líquido de imposto retido na fonte, poderá ser imputado como parte do dividendo obrigatório. De acordo com a legislação aplicável, a Companhia é obrigada a pagar aos acionistas quantia suficiente para assegurar que a quantia líquida recebida pelos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, descontado o pagamento do imposto retido da fonte aplicável, acrescida do valor dos dividendos declarados, seja no mínimo equivalente ao montante do dividendo obrigatório. Assembléias Gerais As assembléias gerais convocadas e realizadas em conformidade com a Lei 6.404/76 e com o Estatuto Social estão autorizadas a decidir todos os negócios relativos ao objeto da Companhia e a tomar todas as deliberações que julgarem convenientes para proteger os interesses da Companhia. Os acionistas possuem poderes exclusivos para: (i) alterar o estatuto social; (ii) eleger ou destituir os membros do Conselho de Administração (e os membros do conselho fiscal) a qualquer tempo; (iii) rever anualmente as contas preparadas pelos administradores e aprovar as demonstrações contábeis por eles apresentadas, incluindo a destinação dos lucros líquidos; (iv) autorizar a emissão de debêntures conversíveis ou com garantia real; (v) suspender o exercício dos direitos de algum acionista; (vi) deliberar sobre a avaliação de bens a serem aportados por algum acionista ao capital social; (vii) deliberar sobre a transformação, incorporação, fusão ou cisão da Companhia, ou sua dissolução e liquidação, eleger e destituir seus liquidantes e aprovar suas contas; e (viii) autorizar os administradores a confessar falência e pedir concordata. De acordo com a Lei 6.404/76, o Estatuto Social da Companhia e as deliberações aprovadas em assembléia geral não podem privar os acionistas da Companhia dos seguintes direitos: (i) direito de votar nas assembléias gerais; (ii) direito de participar na distribuição dos lucros; (iii) direito de participar, na proporção da sua participação no capital social, na distribuição de quaisquer ativos remanescentes na hipótese da liquidação da Companhia; (iv) direito de preferência na subscrição de ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, exceto em determinadas circunstâncias previstas na Lei 6.404/76 descritas em “- Direito de Preferência”; e (v) direito de retirar-se da Companhia nos casos previstos na Lei 6.404/76, conforme descrito em “- Direito de Retirada e Reembolso”. A assembléia geral de acionistas é convocada por meio de aviso a ser publicado pelo menos três vezes no 144 Diário Oficial do Estado de Minas Gerais e em jornal de grande circulação, na cidade onde a Companhia possui sua sede, ou seja, Belo Horizonte, Minas Gerais, e na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, onde as ações da Companhia são negociadas, quinze dias antes da data de realização da assembléia, em primeira convocação, e com oito dias de antecedência, em segunda convocação. Os acionistas da Companhia designaram previamente os jornais “Gazeta Mercantil”, edição nacional, e “Hoje em dia”, de Belo Horizonte, para esta finalidade. Esse aviso deve conter a ordem do dia da assembléia e, no caso de alteração ao Estatuto Social, indicação da alteração proposta. Excetuadas as assembléias gerais de acionistas convocadas com o objetivo de alterar o Estatuto Social, para as quais é necessária a presença de acionistas representando dois terços das ações com direito de voto, em primeira convocação, a Lei 6.404/76 prevê que a assembléia geral de acionistas pode ser instalada, em primeira convocação, com a presença de acionistas representando, pelo menos, um quarto das ações com direito de voto. Em qualquer caso, entretanto, se não houver tal quorum em primeira convocação, a assembléia poderá se realizar, em segunda convocação, com qualquer número de acionistas. De modo geral, as deliberações de assembléia geral de acionistas são tomadas pelo voto afirmativo de acionistas representando, pelo menos, a maioria das ações com direito de voto da Companhia presentes em assembléia geral, sendo excluídas as abstenções. Entretanto, o voto afirmativo dos acionistas representando a metade das ações com direito de voto é necessário para (i) reduzir o dividendo obrigatório; (ii) fundir a Companhia ou incorporá-la em outra sociedade; (iii) participar de grupo de sociedades, conforme definição constante na Lei 6.404/76; (iv) alterar o objeto social; (v) cessação do estado de liquidação da Companhia; e (vi) cisão ou dissolução da Companhia. Enquanto a Companhia estiver listada no Novo Mercado, ela não pode emitir ações sem direito de voto ou ações com direitos restritos de voto. Para sair do Novo Mercado, a Companhia deve realizar oferta pública para a compra de suas ações ordinárias. Ver “Saída do Novo Mercado”. As assembléias gerais de acionistas são convocadas pelo Conselho de Administração e instaladas e presididas pelo Presidente do Conselho de Administração, seu suplente ou, na ausência destes, por um acionista nomeado na referida assembléia. Assembléias gerais de acionistas também podem ser convocadas (i) pelo conselho fiscal, se instalado, em determinados casos previstos na Lei 6.404/76; (ii) por qualquer acionista, se o Conselho de Administração atrasar a convocação de assembléias, conforme previsto no Estatuto Social ou na Lei 6.404/76, em mais de 60 dias; (iii) por acionistas que detiverem, no mínimo, cinco por cento do capital social, se o Conselho de Administração deixar de convocar assembléia no prazo de oito dias após o recebimento de pedido de convocação de assembléia, juntamente com proposta da ordem do dia; e (iv) por acionistas representando, no mínimo, cinco por cento do capital com direito de voto, se o Conselho de Administração deixar de convocar assembléia geral de acionistas para a instalação do conselho fiscal no prazo de oito dias após o recebimento de pedido de convocação de assembléia para tal fim. O acionista pode ser representado na assembléia geral de acionistas por procurador nomeado não mais do que um ano antes da assembléia. O procurador deve ser acionista, diretor da Companhia ou advogado. Em companhias abertas, como a Companhia, o procurador também pode ser instituição financeira. Direito de Preferência Cada acionista da Companhia tem direito de preferência para participar de qualquer emissão de novas ações pela Companhia em aumento de capital, assim como na subscrição de debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, na proporção de sua participação acionária. O prazo para exercício do direito de preferência não será inferior a 30 dias contado da publicação de aviso aos acionistas referente ao aumento de capital. Não obstante o acima exposto, o Conselho de Administração tem autorização para eliminar o direito de preferência nas emissões de novas ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição até o limite do capital social autorizado, desde que a distribuição seja efetuada (i) através de bolsa de valores ou em oferta pública, ou (ii) através de oferta pública de permuta para adquirir o controle de outra sociedade. 145 Direito de Retirada e Reembolso Qualquer acionista dissidente poderá retirar-se da Companhia, mediante reembolso do valor de suas ações, se acionistas que representarem no mínimo 50% das ações ordinárias da Companhia deliberarem, em assembléia geral, (i) reduzir o dividendo obrigatório, (ii) fundir a Companhia ou incorporá-la em outra sociedade; (iii) participar de grupo de sociedades; (iv) alterar o objeto social da Companhia; (v) cindir a Companhia; (vi) transferir a totalidade das ações da Companhia para outra empresa, visando transformar a Companhia em subsidiária integral dessa empresa (incorporação de ações); ou (vii) aprovar certas operações de reestruturação societária entre a Companhia e seus acionistas controladores, sociedades controladas ou sociedades sob controle comum, na medida em que a relação de substituição das ações proposta aos acionistas não controladores da Companhia seja inferior aos limites previstos na Lei 6.404/76. As hipóteses dos (ii), (iii), (vi) e (vii) acima não darão direito de reembolso ao acionista dissidente se as ações da Companhia forem incluídas no cálculo dos índices de ações negociados no mercado de valores mobiliários ou no exterior, e se o acionista controlador ou suas coligadas forem os detentores de menos de 50% das ações da Companhia. A cisão da Companhia só dará direito de reembolso ao acionista dissidente se a cisão acarretar (i) alteração do objeto social da Companhia, salvo na medida em que o principal objetivo comercial da empresa para a qual os ativos e passivos cindidos forem transferidos seja condizente com o objeto comercial da Companhia, (ii) redução dos dividendos obrigatórios, ou (iii) participação em grupo de sociedades, conforme definido na Lei 6.404/76. O acionista decai do direito de retirada, se não o exercer dentro de 30 dias após a publicação da ata da assembléia geral pertinente. A Companhia pode reconsiderar a deliberação que tiver gerado o direito de retirada, nos dez dias subseqüentes ao término do prazo de 30 dias mencionado acima, se o reembolso afetar a estabilidade financeira da Companhia. Direitos de Resgate Resgate consiste no pagamento do valor das ações para retirá-las definitivamente de circulação. De acordo com a Lei 6.404/76, a Companhia poderá resgatar suas ações mediante deliberação tomada em assembléia geral especial por acionistas representando, no mínimo, 50% das ações afetadas. O pagamento do valor do resgate poderá ser feito com lucros ou reservas de lucros. Mecanismo de Proteção da Dispersão da Base Acionária De acordo com o Estatuto Social, qualquer acionista que atingir direta ou indiretamente participação em ações em circulação igual ou superior a 10% do capital total da Companhia e desejar realizar nova aquisição de ações em circulação, estará obrigado a (i) realizar cada nova aquisição na Bovespa, vedadas negociações privadas ou em mercado de balcão, e (ii) previamente a cada nova aquisição, comunicar por escrito ao diretor de relações com investidores da Companhia e ao diretor de pregão da Bovespa a quantidade de ações em circulação que pretende adquirir, com antecedência mínima de 3 dias úteis da data prevista para a nova aquisição de ações. Essas providências devem ser tomadas de tal modo que o diretor de pregão da Bovespa possa previamente convocar leilão de compra a ser realizado em pregão, com participação de terceiros interferentes e, eventualmente, da própria Companhia, observados sempre os termos da legislação vigente, em especial a regulamentação da CVM e os regulamentos da BOVESPA aplicáveis. O objetivo desse mecanismo estatutário é dificultar a concentração das ações em circulação no mercado da Companhia em pequeno grupo de investidores, de modo a promover base acionária dispersa. Restrição à Realização de Determinadas Operações pela Companhia, seus Acionistas Controladores, Conselheiros e Diretores De acordo com as normas e regulamentos da CVM, a Companhia, os controladores, diretores, conselheiros, 146 membros do conselho fiscal e de quaisquer órgãos da Companhia com funções técnicas ou consultivas, ou por quem que, em virtude de cargo, função ou posição na Companhia, suas controladoras, controladas ou coligadas, tenha conhecimento de informação relevante, bem como qualquer outra pessoa que tome conhecimento efetivo de informações relevantes e esteja ciente de que estas não foram divulgadas (incluindo auditores, analistas, subscritores e consultores) são considerados insiders e não poderão negociar com os valores mobiliários de emissão da Companhia, incluindo no contexto de operações com derivativos que envolvam valores mobiliários da Companhia, com base no conhecimento de fato relevante que não tenha sido divulgado ao mercado. Essas restrições se aplicarão, ainda: ● antes da divulgação ao mercado de ato ou fato relevante ocorrido nos negócios da Companhia; ● a qualquer diretor, conselheiro ou membro do conselho fiscal da Companhia, que se afastar de cargos na administração da Companhia anteriormente à divulgação de informações relevantes relativas à Companhia, originadas durante o seu período de gestão, estendendo-se a proibição de negociação (i) por um período de seis meses a contar da data em que tais pessoas se afastaram de seus cargos, ou (ii) até a divulgação do fato relevante ao mercado, salvo se a negociação puder interferir nas condições dos referidos negócios, em prejuízo da Companhia ou dos seus acionistas; ● se houver a intenção de promover a incorporação, cisão total ou parcial, fusão, transformação ou reorganização societária da Companhia, até que a referida informação seja divulgada ao mercado; ● à Companhia, caso tenha sido assinado contrato de transferência de controle, ou se houver sido outorgada opção ou mandato para o mesmo fim, até que a informação em questão seja divulgada ao mercado; ● durante o período de 15 dias anteriores à divulgação das demonstrações contábeis trimestrais e anuais exigidas pela CVM; ou ● aos Controladores, diretores e membros do Conselho de Administração, sempre que a Companhia ou qualquer uma de suas sociedades controladoras, controladas ou sujeitas a controle comum estiverem em processo de adquirir ou vender ações emitidas pela Companhia. Restrições a Investimento Estrangeiro Não há restrições à titularidade de ações da Companhia por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no exterior. Entretanto, o direito de converter pagamentos de dividendos e o produto da venda das ações em moeda estrangeira e de remeter esses valores ao exterior está sujeito a restrições de controle cambial e à legislação de capitais estrangeiros que exige, entre outras formalidades, o registro eletrônico dos investimentos no Bacen. Os investidores estrangeiros podem registrar seus investimentos como investimento estrangeiro direto, nos termos da Lei 4.131/62, ou como investimento estrangeiro de portfolio registrado pela CVM, nos termos da Resolução CMN 2.689/00 e da Instrução CVM 325. Os investidores estrangeiros diretos podem vender suas ações tanto em operações privadas como em bolsa de valores ou no mercado de balcão, mas em geral estão sujeitos a tratamento fiscal menos favorável em relação aos investidores estrangeiros de portfolio. A Resolução CMN 2.689/00 dispõe que, observadas algumas exceções, como é o caso de aquisições em ofertas públicas de distribuição de ações, os investidores estrangeiros de portfolio podem comprar e vender ações apenas em bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado, mas em geral fazem jus a tratamento fiscal mais favorável em relação aos investidores estrangeiros diretos. 147 Juízo Arbitral A Companhia, seus Acionistas, Administradores e os membros do Conselho Fiscal obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei 6.404/76, no Estatuto Social da Companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, do Contrato de Participação do Novo Mercado e do Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado, nos termos deste Regulamento. Cancelamento de Registro de Companhia Aberta O cancelamento de registro de companhia aberta só pode ocorrer caso os Controladores ou a própria Companhia realizem oferta pública de aquisição de todas as ações em circulação, de acordo com as disposições da Lei 6.404/76 e observados os regulamentos e normas da CVM concernentes, entre outros, ao que segue: ● o preço ofertado para as ações na oferta pública deve ser o preço justo dessas ações, conforme determinado por laudo elaborado por empresa especializada; e ● os acionistas representando, no mínimo, dois terços do valor total de ações devidamente habilitados para participar dessa oferta pública deverão ter aceitado a oferta ou concordado com o cancelamento do registro. Para as sociedades listadas no Novo Mercado, como é o caso da Companhia, o preço dessa oferta pública, a ser realizada pelos Controladores ou pela Companhia, deve se basear no valor econômico das ações, conforme apurado por instituição ou empresa especializada, com experiência comprovada, e independente quanto ao poder de decisão da Companhia, seus administradores e/ou acionista controlador, além de satisfazer os requisitos do parágrafo 1° do art. 8° da Lei 6.404/76, e conter a responsabilidade prevista no parágrafo 6° do mesmo artigo. A instituição ou empresa especializada será escolhida pela assembléia geral a partir de lista tríplice apresentada pelo Conselho de Administração da Companhia devendo a respectiva deliberação, não se computando os votos em branco, conforme definido no Regulamento do Novo Mercado, ser tomada pela maioria dos votos dos acionistas representantes das ações em circulação presentes naquela assembléia, que se instalada em primeira convocação deverá contar com a presença de acionistas que representem, no mínimo, 20% (vinte por cento) do total de Ações em Circulação, ou que se instalada em segunda convocação poderá contar com a presença de qualquer número de acionistas representantes das ações em circulação. Nos termos do Regulamento do Novo Mercado, se o valor econômico das ações for superior ao valor informado pelo ofertante, a decisão de se proceder ao cancelamento do registro de companhia aberta ficará revogada, exceto se o ofertante concordar expressamente em formular a oferta pública pelo valor econômico apurado, devendo o ofertante divulgar ao mercado a decisão que tiver adotado. Saída do Novo Mercado A Companhia poderá, a qualquer momento, requerer o cancelamento de sua listagem no Novo Mercado, desde que tal deliberação seja aprovada em assembléia geral por acionistas que representem a maioria do capital social da Companhia e desde que a Bovespa seja informada por escrito a esse respeito com no mínimo 30 dias de antecedência. Se ocorrer a saída da Companhia do Novo Mercado, para que as ações passem a ter registro de negociação fora do Novo Mercado, o acionista controlador deverá efetivar a oferta pública de aquisição de ações dos demais acionistas da Companhia, no mínimo, pelo valor econômico, a ser apurado mediante elaboração de 148 laudo de avaliação por empresa especializada e independente do poder de decisão da Companhia, seus administradores e/ou acionista controlador que será escolhida pela assembléia geral a partir de lista tríplice apresentada pelo Conselho de Administração, respeitadas as normas legais e regulamentos aplicáveis. Se a saída da Companhia do Novo Mercado ocorrer em razão do cancelamento de seu registro como companhia aberta, deverão ser observados todos os procedimentos previstos na legislação, além da realização de oferta tendo como preço mínimo ofertado o valor econômico da ação, a ser apurado nos mesmos termos do parágrafo acima, sendo, no entanto, dispensada a realização da assembléia geral acima referida. O cancelamento da listagem das ações da Companhia do Novo Mercado não implica o cancelamento do registro como companhia aberta ou da negociação das ações na Bovespa. Na hipótese da saída da Companhia do Novo Mercado ocorrer em razão de operação de reorganização societária, na qual a companhia resultante não seja admitida para negociação no Novo Mercado, os Controladores deverão efetivar oferta pública de aquisição das ações em circulação pertencentes aos demais acionistas da Companhia, pelo valor econômico dessas ações, a ser apurado mediante elaboração de laudo de avaliação por empresa especializada e independente do poder de decisão da Companhia, seus administradores e/ou acionista controlador que será escolhida pela assembléia geral a partir de lista tríplice apresentada pelo Conselho de Administração, respeitadas as normas legais e regulamentos aplicáveis. A notícia de realização da oferta pública deverá ser comunicada à Bovespa e divulgada ao mercado imediatamente após a realização da assembléia geral da Companhia que houver aprovado a referida reorganização. Na hipótese de transferência do controle acionário da Companhia no prazo de 12 meses subseqüente à saída da Companhia do Novo Mercado, os Controladores alienantes e os novos acionistas controladores deverão oferecer aos demais acionistas a aquisição de suas ações pelo mesmo preço e nas mesmas condições oferecidas aos acionistas controladores alienantes na transferência de controle, devidamente corrigido pela inflação no período. Após o cancelamento da listagem das ações de emissão da Companhia no Novo Mercado, a Companhia não poderá solicitar a listagem de ações de emissão da Companhia no Novo Mercado pelo período mínimo de dois anos, contados da data em que tiver sido formalizado o seu desligamento, salvo se a Companhia tiver seu controle acionário alienado após a formalização de sua saída do Novo Mercado. Compras, pela Companhia, de Ações de Própria Emissão De acordo com as normas e regulamentos da CVM, será facultado à Companhia aprovar a aquisição de ações de própria emissão. Essa aquisição, contudo, não poderá, dentre outras coisas: ● resultar na redução do capital social da Companhia; ● fazer com que seja necessária a utilização de recursos maiores do que os lucros acumulados e as reservas disponíveis (que não sejam a reserva legal, a reserva de lucros a realizar, a reserva de reavaliação e reservas de dividendo obrigatório especial); ● criar por ação ou omissão, direta ou indiretamente, condições artificiais de demanda, oferta ou preço das ações ou envolver práticas não eqüitativas; ● aplicar-se às ações detidas pelos Controladores; ou ● ser conduzida durante o curso de oferta pública de compra de ações de emissão própria. A decisão de comprar ações de própria emissão deve ser tomada pelo Conselho de Administração, que deverá especificar (i) a finalidade da operação; (ii) o número de ações a serem adquiridas; (iii) o período no qual a Companhia procederá a tais compras, que não deverá ultrapassar 365 dias; (iv) o número de ações em circulação; e (v) as instituições financeiras que atuarão como intermediárias nessas compras. 149 A Companhia (e suas sociedades controladas e coligadas) não poderá manter em tesouraria mais do que 10% de suas ações ordinárias emitidas e em circulação (excluindo as ações detidas por seus acionistas controladores). Qualquer compra de ações de emissão da Companhia por parte da Companhia deve ser realizada em bolsa ou no mercado de balcão, no qual as ações estiverem registradas para negociação, não podendo ser feita por meio de operações privadas, exceto se previamente aprovado pela CVM. A Companhia pode, ainda, comprar suas próprias ações na hipótese de deixar de ser companhia aberta. Ver “ Cancelamento de Registro de Companhia Aberta”. Adicionalmente, sujeito a certas limitações, a Companhia pode comprar ou emitir opções de compra ou de venda relacionadas às ações de sua própria emissão. Divulgação de informações Na qualidade de companhia aberta, devemos atender às exigências relativas à divulgação, previstas na Lei 6.404/76 e nos normativos expedidos pela CVM. Ainda, em função da listagem das ações da Companhia no Novo Mercado, devemos seguir, também, as exigências relativas à divulgação contidas no Regulamento do Novo Mercado. Divulgação de Informações Eventuais e Periódicas A Lei 6.385/76 e a Instrução CVM 358 estabelece que uma companhia aberta deve fornecer à CVM e à Bovespa determinadas informações periódicas, que incluem as informações anuais, as informações trimestrais e os relatórios trimestrais da administração e dos auditores independentes. Essa lei prevê também a obrigação de arquivarmos na CVM acordos de acionistas e avisos de convocação de assembléias gerais, bem como as atas dessas assembléias. Além dos requisitos de divulgação da legislação societária e da CVM, devemos observar também os seguintes requisitos de divulgação previstos no Regulamento do Novo Mercado: • no máximo seis meses após a obtenção de autorização para negociar no Novo Mercado, devemos apresentar demonstrações financeiras consolidadas após o término de cada trimestre (excetuado o último) e de cada exercício social, incluindo a demonstração de fluxo de caixa que deverá indicar, no mínimo, as alterações ocorridas no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregados em fluxos operacionais, financiamentos e investimentos; • a partir da divulgação das demonstrações financeiras referentes ao segundo exercício após a obtenção de autorização para negociar valores mobiliários da Companhia no Novo Mercado devemos, no máximo, quatro meses após o encerramento do exercício social (i) divulgar demonstrações financeiras e demonstrações consolidadas de acordo com os padrões internacionais U.S. GAAP ou IFRS, em reais ou dólares, que deverão ser divulgadas na íntegra, no idioma inglês, acompanhadas (a) do relatório da administração, (b) das notas explicativas que informem, inclusive, o lucro líquido e o patrimônio líquido apurados ao final do exercício, segundo as Práticas contábeis adotadas no Brasil e a proposta da destinação do resultado, e (c) do parecer dos auditores independentes; ou (ii) divulgar, em idioma inglês, a íntegra das demonstrações financeiras, relatório da administração e as notas explicativas, preparadas de acordo com a Lei 6.404/76, acompanhadas (a) de nota explicativa adicional que demonstre a conciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido apurados segundo as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e segundo os padrões internacionais U.S. GAAP ou IFRS, conforme o caso, evidenciando as principais diferenças entre os critérios contábeis aplicados, e (b) do parecer dos auditores independentes; e 150 • no máximo 15 dias após o prazo estabelecido pela legislação para divulgação das informações trimestrais, devemos (i) apresentar, na íntegra, as informações trimestrais traduzidas para o idioma inglês; ou (ii) apresentar as demonstrações financeiras e demonstrações consolidadas de acordo com os padrões internacionais US GAAP ou IFRS, conforme item acima, acompanhadas de relatório dos auditores independentes. Segundo o Regulamento do Novo Mercado, a Companhia deve enviar à Bovespa e divulgar informações de todo qualquer contrato celebrado entre a Companhia seus controladores, administradores, acionista controlador, e sociedades controladas e coligadas dos administradores e do acionista controlador, assim como com outras sociedades que com qualquer dessas pessoas integre um mesmo grupo de fato ou direito, sempre que for atingido, num único contrato ou em contratos sucessivos, com ou sem o mesmo fim, em qualquer período de um ano, valor igual ou superior a R$0,2 milhão, ou valor igual ou superior a 1% sobre o patrimônio líquido da Companhia, considerando o maior. Divulgação de Informações Trimestrais Em suas informações trimestrais, além das informações exigidas pela legislação aplicável, uma companhia listada no Novo Mercado, como nós, deverá: (i) apresentar o balanço patrimonial consolidado, demonstração de resultado consolidado, e comentário de desempenho consolidado, caso a companhia esteja obrigada a apresentar demonstrações consolidadas ao fim do exercício social; (ii) informar a posição acionária de todo aquele que detiver mais do que 5% do capital social da companhia, de forma direta ou indireta, até o nível da pessoa física; (iii) informar de forma consolidada a quantidade e características dos valores mobiliários de emissão da companhia de que sejam titulares, direta ou indiretamente, o acionista controlador, os administradores e os membros do Conselho Fiscal, se instalado; (iv) informar a evolução da participação das pessoas mencionadas no item (iii) acima, em relação aos respectivos valores mobiliários, nos 12 meses imediatamente anteriores; (v) incluir em notas explicativas a demonstração de fluxo de caixa; (vi) informar a quantidade de ações em circulação e sua porcentagem em relação ao total de ações emitidas; e (vii) informar a existência de Cláusula Compromissória. As informações previstas no segundo, terceiro, quarto e sexto itens acima deverão também ser incluídas na seção “Outras Informações que a Companhia Entenda Relevantes” das Informações Trimestrais - ITR, bem como as informações previstas no terceiro, quarto e sexto itens acima deverão ser incluídas nas Informações Anuais - IAN da Companhia, na seção “Outras Informações que a Companhia Entenda Relevantes” Divulgação de Negociação por Acionista Controlador, Membro do Conselho de Administração, Diretor ou Membro do Conselho Fiscal Os administradores e membros do Conselho Fiscal da Companhia, quando instalado, ou de qualquer outro órgão técnico ou consultivo devem informar a nós, à CVM e à Bovespa o número, tipo e a forma de aquisição dos valores mobiliários de emissão da Companhia, das sociedades controladas por nós e das sociedades que detêm o controle da Companhia, que são detidos por eles ou por pessoas próximas a eles, bem como quaisquer alterações nas suas respectivas participações. As informações relativas à aquisição de tais valores mobiliários (como, por exemplo, nome do adquirente, quantidade e característica dos valores mobiliários, preço e data de compra) devem ser fornecidas a nós dentro do prazo de dez dias a contar do final do mês em que tais movimentações ocorreram. Além disso, as regras do Novo Mercado obrigam o acionista controlador a divulgar as informações acima à Bovespa, incluindo informação relativa a derivativos. De acordo com a Instrução CVM 358, sempre que restar elevada ou reduzida em pelo menos 5,0% do capital social da Companhia a participação dos acionistas controladores, direta ou indiretamente, ou de acionistas que elegem membros do Conselho de Administração da Companhia, tais acionistas ou grupo de acionistas deverão comunicar à Bovespa e à CVM as seguintes informações: (i) nome e qualificação do adquirente das ações; (ii) objetivo da participação e quantidade visada; (iii) número de ações, bônus de subscrição, bem como de direitos de subscrição de ações e de opções de compra de ações, por espécie e classe, debêntures conversíveis em ações já detidas, direta ou indiretamente, pelo adquirente ou por pessoa a ele ligada; e (iv) indicação de qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da companhia. 151 Divulgação de Ato ou Fato Relevante A Instrução CVM 358 dispõe sobre a divulgação e uso de informações sobre ato ou fato relevante relativo às companhias abertas, regulando o seguinte: (i) estabelece o conceito de fato relevante, estando incluído nesta definição qualquer decisão de acionista controlador, deliberação de assembléia geral ou dos órgãos da administração de companhia aberta, ou qualquer outro ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico, negocial ou econômico-financeiro ocorrido ou relacionado aos negócios da companhia, que possa influir de modo ponderável na (a) cotação dos valores mobiliários; (b) decisão de investidores em comprar, vender ou manter tais valores mobiliários; e (c) na decisão dos investidores de exercer quaisquer direitos inerente à condição de titulares de valores mobiliários emitidos pela companhia; (ii) dá exemplos de ato ou fato potencialmente relevante que incluem, entre outros, a assinatura de acordo ou contrato de transferência do controle acionário da companhia, ingresso ou saída de sócio que mantenha com a companhia contrato ou colaboração operacional, financeira, tecnológica ou administrativa, incorporação, fusão ou cisão envolvendo a companhia ou sociedades ligadas; (iii) obriga o Diretor de Relações com Investidores, os acionistas controladores, diretores, membros do conselho fiscal e de quaisquer órgãos com funções técnicas ou consultivas a comunicar qualquer fato relevante à CVM; (iv) requer a divulgação simultânea de fato relevante em todos os mercados onde a companhia tenha as suas ações listadas para negociação; (v) obriga o adquirente do controle acionário de companhia aberta a divulgar fato relevante, incluindo a sua intenção de cancelar o registro de companhia aberta no prazo de um ano da aquisição; (vi) estabelece regras relativas à divulgação de aquisição ou alienação de participação relevante em companhia aberta; e (vii) restringe o uso de informação privilegiada. Nos termos da Instrução CVM 358, em circunstâncias excepcionais, podemos submeter à CVM um pedido de tratamento confidencial com relação a um ato ou fato relevante, quando os acionistas controladores ou administradores da Companhia entenderem que a divulgação colocaria em risco interesse legítimo da Companhia. Forma e Transferência As ações ordinárias de emissão da Companhia são mantidas sob a forma escritural junto ao Banco Bradesco S.A.. A transferência de ações ordinárias da Companhia ocorre por meio de um lançamento realizado pelo Banco Bradesco S.A. mediante ordem por escrito do alienante, ou ordem ou autorização judicial, consistente de débito realizado na conta do alienante correspondente às ações ordinárias objeto da transferência e de respectivo crédito na conta do adquirente. Valores Mobiliários Emitidos pela Companhia A Companhia concluiu a 1ª Emissão Pública de Debêntures da Companhia, no valor total de R$ 350,0 milhões em 20 de maio de 2005. As Debêntures emitidas foram todas nominativas e escriturais, da espécie com garantia flutuante, com valor nominal de R$10.000,00 cada uma. As Debêntures não são conversíveis em ações e têm prazo de 5 anos com pagamento do principal no vencimento, e juros semestrais, à taxa de Taxa CDI, acrescida de um spread de 108,5% ao ano. Por conta da Emissão das Debêntures, a Companhia celebrou a Escritura de Emissão das Debêntures, que estabelece restrições na Companhia de se endividar, bem como certas hipóteses de vencimento antecipado, tais como, entre outros: (i) a decretação de falência, pedido de falência não elidido no prazo legal ou pedido de auto-falência; (ii) descumprimento pela Companhia de qualquer obrigação pecuniária relacionada à Emissão das Debêntures; e (iii) redução de capital da Companhia e/ou recompra pela Companhia de suas próprias ações para cancelamento, exceto se tal redução de capital da Companhia e/ou a recompra pela Companhia de suas próprias ações forem previamente autorizadas pelos debenturistas; (iv) a atividade principal da Companhia deixe de ser o aluguel de carros e atividades diretamente relacionadas a aluguel de carros; e (v) a deliberação ou distribuição de dividendos, juros sobre o capital próprio ou qualquer outra participação no lucro prevista no estatuto social da Companhia, se estiver em mora com as obrigações 152 previstas na Escritura de Emissão de Debêntures, ressalvado, entretanto, o pagamento do dividendo mínimo obrigatório previsto no art. 202 da Lei 6.404/76. As Ações da Companhia são cotadas na Bovespa sob os código “RENT3”. Para maiores informações sobre a negociação das Ações na Bovespa, consulte uma sociedade corretora de valores mobiliários autorizada a operar na Bovespa. Em 29 de dezembro de 2005, a Companhia tinha 613 acionistas. Cotação das Ações Ordinárias na Bovespa A tabela a seguir apresenta o preço de fechamento máximo, médio e mínimo em reais, das Ações Ordinárias, nos períodos indicados, na Bovespa. A tabela abaixo apresenta, nos períodos indicados, os preços de venda máximos, médios e mínimos, em reais das Ações da Companhia na Bovespa. As Ações não foram negociadas em todos os dias de pregão da Bovespa. Média de ações ordinárias negociadas por dia (Em R$) Valor por ação ordinária 2005................................... FONTE: Economatica. Máximo 28,50 (Em R$) Médio 17,48 Mínimo 10,81 Média de ações ordinárias negociadas por dia (Em R$) Valor por ação ordinária 2005 Segundo Trimestre ............ Terceiro Trimestre............. Quarto Trimestre ............... FONTE: Economatica. Máximo 12,32 18,37 28,50 (Em R$) Médio 11,41 15,07 22,94 Mínimo 10,81 12,59 17,78 Outubro de 2005................ Novembro de 2005............ Dezembro de 2005 ............ Janeiro de 2006 Fevereiro de 2006 Março de 2006 .................. Até 19 de abril de 2006 FONTE: Economatica. (Em R$) Médio 18,70 22,68 27,23 32,65 36,51 36,96 38,18 2.830.434,43 2.936.924,65 6.083.548,98 Média de ações ordinárias negociadas por dia (Em R$) Valor por ação ordinária Máximo 19,17 25,47 28,50 36,48 38,84 38,88 41,50 4.163.952,95 Mínimo 17,78 18,87 25,77 28,39 33,83 34,29 36,50 5.208.506,20 9.481.191,20 3.681.073,33 8.630.160.,10 6.784.953,28 5.762.375,70 7.383.434,67 Regulação do Mercado Brasileiro de Valores Mobiliários O mercado brasileiro de valores mobiliários é regulado, conjuntamente, pela CVM, que tem autoridade para regulamentar as bolsas de valores e o mercado de valores mobiliários, pelo CMN e pelo Banco Central, que têm, dentre outros poderes, a autoridade para licenciar corretoras de valores e para regular investimentos estrangeiros e operações de câmbio. O mercado brasileiro de valores mobiliários é regulado pela Lei 6.404/76 e pela Lei 6.385, conforme alterada – consistindo, esta última, na principal lei que regula o mercado brasileiro de valores mobiliários, bem como por normas da CVM, do CMN e do Bacen. Essas leis e demais normativos determinam, dentre outros, os requisitos de divulgação de informações aplicáveis a emissoras de valores mobiliários publicamente negociados, as sanções penais por negociação de títulos e valores mobiliários utilizando informação privilegiada e manipulação de preço, e a proteção a acionistas minoritários. Adicionalmente, também regulam o licenciamento e a supervisão das corretoras de valores e a governança das 153 bolsas de valores brasileiras. De acordo com a Lei 6.404/76, uma companhia pode ser aberta (e listada) ou fechada (e não listada). Todas as companhias listadas estão registradas na CVM e ficam sujeitas a obrigações de divulgação periódica de informações e de quaisquer fatos relevantes. Uma companhia registrada na CVM pode negociar seus valores mobiliários na Bovespa ou em mercados brasileiros de balcão. Ações de companhias listadas na Bovespa não podem ser negociadas simultaneamente em mercados brasileiros de balcão. As ações de uma companhia listada também podem ser negociadas fora de bolsa de valores, observadas as diversas limitações impostas a este tipo de negociação. Para ser listada na Bovespa, uma companhia deve requerer o registro à Bovespa e à CVM. A negociação de valores mobiliários na Bovespa pode ser interrompida mediante solicitação da companhia antes da publicação de fato relevante. A negociação também pode ser suspensa por iniciativa da Bovespa ou da CVM, com base em, ou devido a, dentre outros motivos, indícios de que a companhia tenha fornecido informações inadequadas com relação a um fato relevante ou forneceu respostas inadequadas a questionamentos feitos pela CVM ou pela Bovespa. Negociação na Bovespa Em 2000, a Bovespa foi reorganizada por meio da assinatura de memorandos de entendimentos entre as bolsas de valores brasileiras. De acordo com estes memorandos, todos os valores mobiliários são negociados somente na Bovespa, com exceção dos títulos de dívida pública negociados eletronicamente e de leilões de privatização, que são negociados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. A negociação de valores mobiliários listados na Bovespa, inclusive Novo Mercado e Níveis Diferenciados de Governança Corporativa 1 e 2, poderá ser realizada fora das bolsas, em mercado de balcão não-organizado, salvo em situações específicas. A Bovespa é uma entidade sem fins lucrativos de propriedade de corretoras-membro. A negociação na Bovespa só pode ser realizada pelas corretoras-membro e por um número limitado de não-membros autorizados. As negociações ocorrem das 10:00h às 17:00h, ou entre 11:00h e 18:00h durante o período de horário de verão no Brasil, em um sistema eletrônico de negociação chamado Megabolsa. A Bovespa também permite negociações das 17:45h às 19:00h, ou entre 18:45h e 19:30h durante o período de horário de verão no Brasil, por um sistema on-line denominado “after market”, conectado a corretoras tradicionais e a corretoras que operam pela internet. As negociações no “after market” estão sujeitas a limites regulatórios sobre volatilidade de preços e sobre o volume de ações negociadas pelos investidores que operam pela Internet. A Pactual Corretora foi contratada pela Companhia para atuar como formadora de mercado em relação às Ações. Em 31 de dezembro de 2005, a capitalização total de mercado das 381 sociedades listadas na Bovespa foi equivalente a, aproximadamente, R$1.128,5 bilhões, enquanto as 10 maiores sociedades listadas na Bovespa representaram, aproximadamente, 51,5% da capitalização total de mercado de todas as sociedades listadas. Embora todas as Ações possam ser negociadas na Bovespa, menos da metade das Ações estarão efetivamente disponíveis para negociação pelo público. É possível que não se desenvolva mercado ativo e líquido para as Ações, o que limitaria a capacidade do investidor de revender as Ações. Ver “XII. Informações sobre o Mercado – Negociação na Bovespa”. A fim de manter um melhor controle sobre a oscilação do Índice Bovespa, a Bovespa adotou um sistema “circuit breaker” de acordo com o qual a sessão de negociação é suspensa por um período de 30 minutos ou uma hora sempre que o Índice Bovespa cair abaixo dos limites de 10,0% ou 15,0%, respectivamente, com relação ao índice de fechamento da sessão de negociação anterior. 154 A liquidação de operações de venda de Ações conduzidas na Bovespa é efetuada 3 dias úteis após a data da negociação sem quaisquer reajustes inflacionários. A entrega das ações e o pagamento são feitos por intermédio da câmara de compensação da Bovespa, a CBLC. Geralmente, cabe ao vendedor entregar as ações à Bovespa no segundo dia útil após a data da negociação. Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa e Novo Mercado Em 2000, a Bovespa introduziu três segmentos especiais para listagem de companhias abertas, conhecidos como Nível 1 e 2 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa e Novo Mercado. O objetivo foi criar um mercado secundário para valores mobiliários emitidos por companhias abertas brasileiras que sigam melhores práticas de governança corporativa. Os segmentos de listagem são destinados à negociação de ações emitidas por companhias que se comprometam voluntariamente a cumprir práticas de boa governança corporativa e maiores exigências de divulgação de informações, em relação àquelas já impostas pela legislação brasileira. Em geral, tais regras ampliam os direitos dos acionistas e melhoram a qualidade da informação fornecida aos acionistas. Para tornar-se uma companhia Nível 1, além das obrigações impostas pela legislação brasileira vigente, uma emissora deve, entre outros: (1) assegurar que suas ações, representando 25% do seu capital total, estejam em circulação no mercado; (2) adotar, sempre que fizer uma oferta pública, procedimentos que favoreçam a dispersão acionária; (3) cumprir padrões mínimos de divulgação trimestral de informações; (4) seguir políticas mais rígidas de divulgação com relação às negociações realizadas por acionistas controladores, conselheiros e diretores, envolvendo valores mobiliários emitidos pela companhia; e (5) disponibilizar aos acionistas um calendário de eventos societários. Para tornar-se uma companhia Nível 2, além das obrigações impostas pela legislação brasileira vigente, uma emissora deve, entre outros: (1) cumprir todos os requisitos para listagem de companhias Nível 1; (2) conceder o direito a todos os acionistas de participar da oferta pública de aquisição de ações em decorrência de uma alienação do controle da companhia, oferecendo para cada ação ordinária o mesmo preço pago por ação do bloco de controle e para cada ação preferencial ao menos 80% do preço pago por ação do bloco de controle; (3) conceder direito de voto a detentores de ações preferenciais no mínimo nas matérias, tais como (i) transformação, incorporação, cisão e fusão da Companhia; (ii) aprovação de contratos entre a Companhia e o acionista controlador, diretamente ou por meio de terceiros, dentre os quais qualquer parte relacionada ao acionista controlador sempre que por força ou disposição legal ou estatutária sejam deliberadas em Assembléia Geral; (iii) aprovação da avaliação de bens destinados à integralização de aumento de capital da Companhia; (iv) nomeação de empresa especializada para avaliação do valor econômico das ações de emissão da Companhia, no caso de realização de oferta pública de aquisição em decorrência do cancelamento do registro ou descontinuidade de registro no Nível 2 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa; e (v) qualquer alteração de disposições estatutárias que modifiquem qualquer das exigências previstas no item 4.1 do Regulamento de Listagem do Nível 2; (4) limitar o mandato de todos os membros do Conselho de Administração a um mandato unificado de no máximo dois anos, que deve ser composto de no mínimo cinco membros dos quais no mínimo 20% deverão ser Conselheiros Independentes; (5) preparar demonstrações financeiras trimestrais e anuais, incluindo demonstrações de fluxo de caixa, em idioma inglês, de acordo com padrões internacionais de contabilidade, tais como US GAAP ou IFRS; (6) se a companhia optar por ser retirada da listagem no Nível 2, seu acionista controlador deverá fazer uma oferta pública de aquisição de ações (sendo que o preço mínimo das ações a serem oferecidas será determinado por laudo de avaliação a ser produzido por empresa especializada); (7) solucionar disputas ou controvérsias entre a Companhia, seus administradores e membros do Conselho Fiscal por meio de arbitragem utilizando a Câmara de Arbitragem do Novo Mercado; e (8) envidar seus melhores esforços para assegurar que, numa oferta pública de distribuição de ações, ocorra dispersão acionária através da adoção de procedimentos como a distribuição de 10% de ações ofertadas a investidores não-institucionais. Para ser listada no Novo Mercado, uma emissora deve cumprir todos os requisitos descritos acima, bem como (1) emitir somente ações ordinárias; e (2) conceder direito de participar da oferta pública de aquisição de ações para todos os acionistas, em decorrência de uma alienação do controle da companhia, oferecendo para cada ação ordinária o mesmo preço pago por ação do bloco de controle. Em 7 de abril de 2005, celebramos um Contrato de Adesão ao Regulamento do Novo Mercado. 155 XXI. DIVIDENDOS Pagamento de Dividendos A Lei 6.404/76 e o Estatuto Social exigem que seja efetuada anualmente distribuição obrigatória aos acionistas da Companhia do equivalente a 25% do lucro líquido apurado no exercício anterior, o que pode ser ajustado em certas circunstâncias permitidas pela Lei 6.404/76. Ver “XIX. Descrição do Capital Social – Dividendos e Política de Dividendos”. A distribuição obrigatória poderá ser efetuada na forma de dividendos. A Companhia poderá pagar ou creditar juros a título de remuneração de capital próprio calculados sobre as contas do patrimônio líquido, observados a taxa e os limites estabelecidos na legislação fiscal. O valor pago aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio será deduzido do valor do dividendo mínimo obrigatório. Os dividendos ou os juros sobre o capital próprio são declarados em assembléia geral ordinária, que deve ocorrer até o dia 30 de abril de cada ano, em consonância com a Lei 6.404/76 e com o Estatuto Social. Quando declara dividendos ou juros sobre o capital próprio, a Companhia normalmente precisa pagálos dentro de 60 dias da declaração, a não ser que os acionistas deliberem outra data de pagamento. Em qualquer caso, a Companhia deve pagar os dividendos ou os juros sobre o capital próprio até o final do exercício social subseqüente ao que tenham sido declarados. O Estatuto Social estabelece, em seu art. 24, parágrafo 5º que, a critério do Conselho de Administração, ad referendum da Assembléia Geral, o valor dos juros poderá ser creditado e pago aos acionistas ou creditado aos acionistas e posteriormente incorporado ao capital social ao invés de ser distribuído e pago. Conforme alteração no Estatuto Social aprovada pela Assembléia Geral Extraordinária do dia 4 de abril de 2005, os administradores da Companhia poderão, se atribuído por Assembléia Geral, ter uma participação nos lucros correspondente a um décimo dos lucros do exercício, limitada à remuneração anual global dos administradores. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados, se houver, e a provisão para o imposto sobre a renda e contribuição social sobre o lucro. É condição para pagamento de tal participação a atribuição aos acionistas do dividendo obrigatório. Sempre que for levantado balanço intermediário e com base nele forem pagos dividendos intermediários em valor ao menos igual a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com o Estatuto Social da Companhia, o Conselho de Administração poderá deliberar, ad referendum da Assembléia Geral, o pagamento de uma participação intermediária nos lucros aos administradores. A tabela a seguir mostra os dividendos e juros sobre o capital próprio distribuídos aos detentores das ações ordinárias da Companhia: Ano Dividendos e Juros sobre Capital Próprio por Ação Ordinária(1) (R$) 2002 0,46 2003 1,18 2004 1,01 2005 0,48 Março 2006 0,29 ___________ (1) Ajustado para refletir o desdobramento de ações na proporção 1:4 em 1º de março de 2005. 156 De acordo com os termos da Escritura de Emissão das Debêntures, enquanto as Debêntures não tiverem sido integralmente pagas, a Companhia está impedida de (i) incorrer em determinados endividamentos adicionais, (ii) instituir determinados ônus sobre seus ativos, (iii) celebrar determinadas transações com afiliadas, (iv) realizar determinadas transações de venda e arrendamento com opção de recompra e (v) celebrar determinadas transações de fusão, aquisição ou venda. Os compromissos restritivos não são aplicáveis no caso de pagamento do dividendo mínimo obrigatório estabelecido no Estatuto Social da Companhia. Além disso, a Escritura de Emissão de Debêntures estabelece cláusulas de vencimento antecipado usuais na ocorrência de eventos tais como, falência, protesto legítimo de títulos de valor superior a R$10,0 milhões, declaração de vencimento antecipado ou inadimplemento obrigação pecuniária igual ou superior a R$10,0 milhões, ocorrência de alteração na composição societária que venha a resultar na perda, transferência ou alienação do controle acionário da Companhia pelos Fundadores, redução de capital e/ou recompra pela Companhia de suas próprias ações para cancelamento, não-manutenção de índices financeiro obtido pela divisão da dívida líquida pelo EBITDA não superior a 2,75, e do índice financeiro obtido da divisão entre EBITDA pelas despesas financeiras líquidas não inferior a 2,50, bem como distribuição de dividendos, juros sobre o capital próprio ou qualquer outra participação no lucro prevista no Estatuto Social da Companhia, se estiver em mora com as obrigações previstas na Escritura de Debêntures, ressalvado, entretanto, o pagamento do dividendo mínimo obrigatório previsto no art. 202 da Lei 6.404/76. 157 XXII. PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA Essa seção contém informações sobre as práticas de governança corporativa adotadas pela Companhia, e deve ser analisada conjuntamente com as Seções “XX. Descrição do Capital Social”, “XVII. Administração” e “XII. Informações sobre o Mercado”. A atual prática empresarial nas sociedades por ações tem demonstrado que o simples atendimento às normas legais não é suficiente para consolidar uma boa imagem da companhia frente a seus investidores. Em contrapartida, a adoção de práticas de governança corporativa tem sido fundamental para agregar valor à sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir com a perenidade e transparência das decisões da sociedade. Neste cenário, merece destaque o IBGC, sociedade civil sem fins lucrativos dedicada exclusivamente ao desenvolvimento e à promoção da governança corporativa, difundindo os melhores conceitos e práticas. Segundo o IBGC, governança corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas, Conselho de Administração, Diretoria, auditores independentes e Conselho Fiscal. Os princípios básicos que norteiam esta prática são: (i) transparência; (ii) eqüidade; (iii) prestação de contas (accountability); e (iv) responsabilidade corporativa. Pelo princípio da transparência, entende-se que a administração deve cultivar o desejo de informar não só o desempenho econômico-financeiro da companhia, mas também todos os demais fatores (ainda que intangíveis) que norteiam a ação empresarial. Por eqüidade entende-se o tratamento justo e igualitário de todos os grupos minoritários, colaboradores, clientes, fornecedores ou credores. O accountability, por sua vez, caracteriza-se pela prestação de contas da atuação dos agentes de governança corporativa a quem os elegeu, com responsabilidade integral daqueles por todos os atos que praticarem. Por fim, responsabilidade corporativa representa uma visão mais ampla da estratégia empresarial, com a incorporação de considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações. Dentre as práticas de governança corporativa recomendadas pelo IBGC em seu Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, a Companhia adota as seguintes: (i) emissão exclusiva de ações ordinárias que conferem a seu detentor um voto nas deliberações das Assembléias Gerais; (ii) Competirá à Assembléia Geral: (a) eleger e destituir os membros do Conselho de Administração; (b) fixar os honorários globais dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria, assim como a remuneração dos membros do Conselho Fiscal, se instalado; (c) atribuir bonificações em ações e decidir sobre eventuais grupamentos e desdobramentos de ações; (d) deliberar, de acordo com proposta apresentada pela administração, sobre a destinação do lucro do exercício e a distribuição de dividendos; (e) eleger o liquidante, bem como o Conselho Fiscal que deverá funcionar no período de liquidação; (f) escolher a instituição ou empresa especializada responsável pela preparação de laudo de avaliação das ações da Sociedade, em caso de cancelamento de registro de companhia aberta ou saída do Novo Mercado, dentre as instituições ou empresas indicadas pelo Conselho de Administração; e (g) todas as demais atribuições previstas em lei. (iii) manutenção e divulgação de registro contendo a quantidade de ações que cada sócio possui, identificando-os nominalmente; (iv) contratação de empresa de auditoria independente para análise de seus balanços e demonstrativos financeiros; (v) previsão estatutária para instalação de um Conselho Fiscal; 158 (vi) clara definição no Estatuto Social (a) da forma de convocação da Assembléia Geral, (b) das competências do Conselho de Administração e da Diretoria, (c) da forma de deliberação das mesmas, (d) do sistema de votação e (e) da forma de eleição, destituição e tempo de mandato dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria; (vii) transparência na divulgação pública do relatório anual da administração; (viii) livre acesso às informações e instalações da companhia pelos membros do Conselho de Administração; e (ix) estabelecimento de atribuições e limites de poderes dos membros da Diretoria. Já o Novo Mercado, um segmento de listagem da Bovespa destinado à negociação de ações emitidas por companhias que se comprometem, voluntariamente, com a adoção das práticas de governança corporativa e divulgação de informações adicionais em relação ao que já é exigido pela legislação vigente. A Bovespa possui três níveis diferentes de práticas de governança corporativa, Nível I, Nível II, e Novo Mercado. Eles diferenciam-se pelo grau das exigências destas práticas. O Novo Mercado é o mais rigoroso deles, exigindo o máximo de práticas de governança corporativa a serem adotadas pela sociedade. Além de se orientar pelas práticas de governança corporativa do IBGC, a Companhia, desde 2005, entre outras medidas alterou seu Estatuto Social e aderiu ao Novo Mercado. Em 20 de maio de 2005 aderimos ao Novo Mercado reforçando o nosso comprometimento com boas práticas de governança corporativa. Conselho de Administração O conselho de administração de companhias autorizadas a terem suas ações negociadas no Novo Mercado deve ser composto por no mínimo 5 membros, dos quais, no mínimo 20% (vinte por cento) deverão ser Conselheiros Independentes, eleitos pela Assembléia Geral, com mandato unificado de, no máximo, 2 (dois) anos, sendo permitida a reeleição. Todos os membros do Conselho de Administração e da Diretoria devem subscrever um Termo de Anuência dos Administradores, condicionando a posse nos respectivos cargos à assinatura desse documento. Por meio do Termo de Anuência, os administradores da Companhia responsabilizam-se pessoalmente a agir em conformidade com o Contrato de Participação no Novo Mercado, com o Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado e com o Regulamento do Novo Mercado. De acordo com o Estatuto Social da Companhia, o Conselho de Administração deve ter no mínimo 5 (cinco) membros, dos quais, no mínimo, 20% (vinte por cento) deverão ser Conselheiros Independentes. Os conselheiros são eleitos em Assembléia Geral de acionistas para um mandato unificado de 1 (um) ano, podendo ser reeleitos e destituídos a qualquer momento por acionistas da Companhia reunidos em Assembléia Geral. Ver Seção “XIX. Descrição do Capital Social – Conselho de Administração”. A Companhia possui 3 Conselheiros Independentes no Conselho de Administração, os quais não possuem nenhuma ligação com a Companhia além da sua participação no Conselho. São eles: Cassio Casseb Lima, Stefano Bonfiglio e Paulo Roberto Nunes Guedes. Ver Seção “XVII. Administração – Conselho de Administração”. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é um órgão independente da administração e da auditoria externa da Companhia. Do mesmo modo que o Conselho de Administração, os membros do Conselho Fiscal, por meio do Termo de Anuência Dos Membros do Conselho Fiscal, responsabilizam-se pessoalmente a agir em conformidade com o 159 Contrato de Participação no Novo Mercado, com o Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado e com o Regulamento do Novo Mercado, condicionando a posse nos respectivos cargos à assinatura desse documento. O Conselho Fiscal da Companhia é de funcionamento não permanente, mas pode ser instalado em qualquer exercício social caso haja requisição por parte de acionistas, nos termos da legislação vigente. Atualmente, a Companhia não possui um Conselho Fiscal instalado. Ver Seção “XVII. Administração – Conselho Fiscal”. Percentual Mínimo de Ações em Circulação após Aumento de Capital O Regulamento do Novo Mercado obriga a Companhia a, na ocorrência de um aumento de capital que não tenha sido integralmente subscrito por quem tinha direito de preferência ou que não tenha contado com número suficiente de interessados na respectiva distribuição pública, a subscrição total ou parcial de tal aumento de capital pelo acionista controlador obrigá-lo-á a tomar as medidas necessárias para recompor o percentual mínimo de ações em circulação dentro dos 6 (seis) meses subseqüentes à homologação da subscrição. Alienação do Controle Estipula o Regulamento do Novo Mercado que a alienação do controle da Companhia, tanto por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas, deverá ser contratada sob a condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente obrigue-se a efetivar oferta pública de aquisição das demais ações dos outros acionistas da Companhia, observando as condições e os prazos previstos na legislação vigente e no Regulamento do Novo Mercado, de forma a lhes assegurar tratamento igualitário àquele dado ao acionista controlador alienante, devendo ser entregue à Bovespa declaração contendo o preço e demais condições da operação de alienação de controle da Companhia. Esta oferta ainda será exigida quando houver cessão onerosa de direitos de subscrição de ações de outros títulos ou direitos relativos a valores mobiliários conversíveis em ações, em que venha resultar na alienação do controle da Companhia; e , em caso de alienação de controle de sociedade que detenha o poder de controle da Companhia, sendo que, neste caso, o acionista controlador alienante ficará obrigado a declarar à Bovespa o valor atribuído à Companhia nessa alienação e anexar documentos que comprovem esse valor. O acionista controlador alienante não transferirá a propriedade de suas ações enquanto o comprador não subscrever o Termo de Anuência dos Controladores. A Companhia também não registrará qualquer transferência de ações para o comprador, ou para aquele(s) que vier(em) a deter o poder de controle, enquanto este(s) não subscrever(em) o Termo de Anuência dos Controladores, devendo tal documento ser encaminhado à Bovespa imediatamente. Após uma operação de alienação de controle da Companhia, o comprador, quando necessário, deverá tomar as medidas cabíveis para recompor o percentual mínimo de ações em circulação dentro de 6 (seis) meses subseqüentes à aquisição do controle. A Companhia prevê que na hipótese de alienação do controle acionário da Companhia, o adquirente do bloco de controle deverá efetivar oferta pública de aquisição, no prazo de 90 dias após a aquisição do bloco de controle, para a compra de todas as ações ordinárias em circulação no mercado, a um preço não inferior a 100% do preço pago por ação do bloco de controle. 160 Aquisição de Controle por meio de Aquisições Sucessivas Segundo o Regulamento do Novo Mercado, aquele que já detiver ações da Companhia e que venha a adquirir o seu controle acionário, em razão de contrato particular de compra e venda de ações celebrado com os Acionistas Controladores, envolvendo qualquer quantidade de ações, deverá efetivar oferta pública no modelo acima referido, e ressarcir os acionistas de quem tenha comprado ações em bolsa nos seis meses anteriores à data da alienação de controle da Companhia, a quem deverá pagar a diferença entre o preço pago ao acionista controlador alienante e o valor pago em bolsa, por ações da Companhia neste período, devidamente atualizado. Negociações de Valores Mobiliários e seus Derivativos por Administradores, Controladores e Membros do Conselho Fiscal Os administradores, os Acionistas Controladores e os membros do Conselho Fiscal da Companhia devem comunicar à Bovespa, logo após a investidura no cargo, a quantidade e as características dos valores mobiliários de emissão da Companhia de que sejam titulares, direta ou indiretamente, inclusive seus derivativos. Ainda segundo as regras do Novo Mercado, o acionista controlador fica obrigado a comunicar à Bovespa (i) a quantidade e as características dos valores mobiliários de emissão da Companhia de que seja titular direta ou indiretamente, inclusive seus derivativos, sendo que tal comunicação deverá ser feita imediatamente após a aquisição do poder de controle e (ii) quaisquer negociações que vierem a ser efetuadas, relativas aos valores mobiliários e seus derivativos, em detalhe, informando-se inclusive o preço, no prazo de 10 (dez) dias após o término do mês em que se verificar a negociação. Ver Seção “XX. Descrição do Capital Social – Negociação de Valores Mobiliários de Emissão da Companhia pelos Acionistas Controladores, Conselheiros e Diretores da Companhia”. Cancelamento de Registro da Companhia Conforme as regras do Novo Mercado e o Estatuto Social da Companhia, o cancelamento do registro da Companhia aberta exigirá a elaboração de laudo de avaliação de suas ações pelo respectivo valor econômico, devendo tal laudo ser elaborado por instituição ou empresa especializada, com experiência comprovada e independência quanto ao poder de decisão da Companhia, seus Administradores e/ou Acionista Controlador, além de satisfazer os requisitos do parágrafo 1° do art. 8° da Lei 6.404/76, e conter a responsabilidade prevista no parágrafo 6° do mesmo artigo. A escolha da instituição ou empresa especializada responsável pela determinação do valor econômico da Companhia é de competência privativa da assembléia geral, a partir da apresentação, pelo Conselho de Administração, de lista tríplice, devendo a respectiva deliberação, não se computando os votos em branco, ser tomada pela maioria dos votos dos acionistas representantes das Ações em Circulação presentes naquela assembléia, que se instalada em primeira convocação deverá contar com a presença de acionistas que representem, no mínimo, 20% (vinte por cento) do total de Ações em Circulação, ou que se instalada em segunda convocação poderá contar com a presença de qualquer número de acionistas representantes das Ações em Circulação. Os custos de elaboração do laudo de avaliação deverão ser assumidos integralmente pelo ofertante. O valor econômico das ações, apontado no laudo de avaliação, será o preço mínimo a ser ofertado pelo acionista controlador ou pela Companhia na oferta pública de aquisição de ações para o cancelamento do registro de Companhia aberta. 161 Quando for informada ao mercado a decisão de se proceder ao cancelamento de registro de companhia aberta, o ofertante deverá divulgar o valor máximo por ação ou lote de mil ações pelo qual formulará a oferta pública. A oferta pública ficará condicionada a que o valor apurado no laudo de avaliação não seja superior ao valor máximo divulgado pelo ofertante, conforme disposto no parágrafo acima. Se o valor econômico das ações for superior ao valor informado pelo ofertante, a decisão de se proceder ao cancelamento do registro de companhia aberta ficará revogada, exceto se o ofertante concordar expressamente em formular a oferta pública pelo valor econômico apurado, devendo o ofertante divulgar ao mercado a decisão que tiver adotado. No demais, o procedimento para o cancelamento do registro de companhia aberta deve seguir os procedimentos e demais exigências estabelecidas pela legislação vigente, especialmente aquelas constantes das normas editadas pela CVM sobre a matéria e respeitados os preceitos constantes do Regulamento do Novo Mercado. Ver Seção “XX. Descrição do Capital Social - Cancelamento de Registro de Companhia Aberta”. Saída do Novo Mercado É permitido à Companhia sair a qualquer tempo do Novo Mercado, desde que a saída seja aprovada em assembléia geral de acionistas e comunicada à Bovespa por escrito com antecedência de 30 (trinta) dias. A ata de assembléia deve conter o motivo da saída do Novo Mercado, sendo que esta não implica a perda da condição de companhia aberta registrada na Bovespa. Ver Seção “XX. Descrição do Capital Social – Saída do Novo Mercado”. Política de Divulgação de Informações ao Mercado A Companhia possui ainda, conforme a Instrução nº 358 da CVM, uma Política de Divulgação de Informações do Mercado, que consiste na divulgação de informações relevantes e na manutenção de sigilo acerca destas informações que ainda não tenham sido divulgadas ao público. Informação relevante consiste em qualquer decisão de acionista controlador, deliberação de assembléia geral ou dos órgãos de administração da Companhia, ou qualquer outro ato ou fato de caráter políticoadministrativo, técnico, negocial ou econômico-financeiro ocorrido ou relacionado aos negócios da Companhia, que possa influir de modo ponderável (i) na cotação dos valores mobiliários; (ii) na decisão dos investidores de comprar, vender ou manter os valores mobiliários; ou (iii) na determinação de os investidores exercerem quaisquer direitos inerentes à condição de titulares de valores mobiliários. É de responsabilidade do Diretor de Relações com Investidores divulgar e comunicar à CVM e às Bolsas de Valores, qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado aos negócios da Companhia que seja considerado informação relevante, bem como zelar pela ampla e imediata disseminação da informação relevante nas bolsas de valores e ao público em geral (através de anúncio publicado no jornal, etc.). A Instrução nº 358 da CVM prevê uma única hipótese de exceção à imediata divulgação de informação relevante. Referida informação só poderá deixar de ser divulgada se sua revelação puder colocar em risco interesse legítimo da Companhia. Todas as pessoas vinculadas (os acionistas controladores da Companhia, seus diretores, membros do Conselho de Administração, do conselho fiscal e de quaisquer outros órgãos com funções técnicas ou consultivas criados por disposição estatutária, gerentes e funcionários da Companhia que tenham acesso freqüente a informações relevantes e outros que a Companhia considere necessário ou conveniente) deverão assinar Termo de Adesão à Política de Divulgação de Informações Relevantes, e guardar sigilo sobre as informações ainda não divulgadas, sob pena de indenizar a Companhia e as demais pessoas vinculadas dos prejuízos que venham a ocorrer. 162 Política de Negociação com Valores Mobiliários A Companhia possui ainda, conforme a permitido pela Instrução nº 358 da CVM, uma Política de Negociação de Valores Mobiliários originária de deliberação do Conselho de Administração, que objetiva coibir e punir a utilização de informações privilegiadas em benefício direto ou indireto de pessoas vinculadas (os acionistas controladores da Companhia, seus diretores, membros do Conselho de Administração, do conselho fiscal e de quaisquer outros órgãos com funções técnicas ou consultivas criados por disposição estatutária, gerentes e funcionários da Companhia que tenham acesso freqüente a informações relevantes e outros que a Companhia considere necessário ou conveniente) em negociação com valores mobiliários de emissão da Companhia e enunciar as diretrizes que regerão, de modo ordenado e dentro dos limites estabelecidos por lei, a negociação de tais valores mobiliários. Tal política também procura coibir a prática de insider trading (uso indevido em benefício próprio ou de terceiros de informações privilegiadas) e tipping (dicas de informações privilegiadas para que terceiros delas se beneficiem), preservando a transparência nas negociações de valores mobiliários de emissão da Companhia. Arbitragem A Companhia, seus Acionistas, Administradores e os membros do Conselho Fiscal obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei 6.404/76, no Estatuto Social da Companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, do Contrato de Participação do Novo Mercado e do Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado, nos termos deste Regulamento. Ver Seção “XX. Descrição do Capital Social – Juízo Arbitral”. Informações Periódicas Demonstrações de Fluxos de Caixa Estipula o Regulamento do Novo Mercado que as demonstrações financeiras da Companhia e as demonstrações consolidadas a serem elaboradas ao término de cada trimestre (excetuando-se o último trimestre) e de cada exercício social, devem, obrigatoriamente, incluir Demonstração dos Fluxos de Caixa, a qual indicará, no mínimo, as alterações ocorridas no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregadas em fluxos das operações, dos financiamentos e dos investimentos. Segundo o Regulamento do Novo Mercado a Companhia deve apresentar as a Demonstração de Fluxos de caixa após 6 (seis) meses da data da obtenção pela Companhia da autorização para negociar no Novo Mercado. Ver Seção “XX. Descrição do Capital Social – Divulgação de Informações Eventuais e Periódicas”. Demonstrações Financeiras Elaboradas de Acordo com Padrões Internacionais Dispõe o Regulamento do Novo Mercado que após o encerramento de cada exercício social a Companhia deverá elaborar (i) demonstrações financeiras ou demonstrações consolidadas, quando aplicável, de acordo com os padrões internacionais US GAAP ou IFRS, em reais ou dólares americanos, as quais deverão ser divulgadas na íntegra, no idioma inglês. Devem ainda ser acompanhadas do relatório de administração, de notas explicativas, que informem inclusive o lucro líquido e o patrimônio líquido apurados ao final do exercício segundo os princípios contábeis brasileiros e a proposta de destinação do resultado, e do parecer dos auditores independentes; ou (ii) divulgar, no idioma inglês, a íntegra das demonstrações financeiras, relatório da administração e notas explicativas acompanhadas de nota explicativa adicional que demonstre a 163 conciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido apurados segundo os critérios contábeis brasileiros e segundo os padrões internacionais US GAAP ou IFRS, evidenciando as principais diferenças entre os critérios contábeis aplicados, e do parecer dos auditores independentes (registrados na CVM e com experiência comprovada no exame de demonstrações financeiras elaboradas de acordo com os padrões internacionais US GAAP ou IFRS). Ver Seção “XX. Descrição do Capital Social – Informações Trimestrais”. De acordo com o Novo Mercado a adoção destes critérios deve ocorrer a partir da divulgação das demonstrações financeiras referentes ao segundo exercício após a obtenção pela Companhia de autorização para negociar no Novo Mercado os valores mobiliários por ela emitidos. Informações Trimestrais em Inglês ou elaborada de Acordo com os Padrões Internacionais Conforme esta regra, a Companhia deverá apresentar a íntegra das Informações Trimestrais traduzida para o idioma inglês ou, então, apresentar demonstrações financeiras ou demonstrações consolidadas, quando aplicável, de acordo com os padrões internacionais US GAAP ou IFRS, conforme disposto no item anterior. Ver Seção “XX. Descrição do Capital Social – Informações Trimestrais.” Esta apresentação de Informações Trimestrais, a qual deverá ser acompanhada de Parecer ou de Relatório de Revisão Especial dos Auditores Independentes, deve ocorrer a partir da divulgação da primeira demonstração financeira elaborada de acordo com padrões internacionais US GAAP ou IFRS. Requisitos Adicionais para as Informações Trimestrais – ITR O Regulamento do Novo Mercado estipula algumas informações complementares que deverão conter no ITR. São elas: (i) apresentar o balanço patrimonial consolidado, a Demonstração do Resultado Consolidado e o Comentário de desempenho consolidado, se estiver obrigada a apresentar demonstrações consolidadas ao final do exercício social; (ii) informar a posição acionária de todo aquele que detiver mais de 5% (cinco por cento) do capital social da Companhia, direta ou indiretamente, até o nível da pessoa física; (iii) informar de forma consolidada a quantidade e as características dos valores mobiliários de emissão da Companhia de que sejam titulares, direta ou indiretamente, os grupos de acionista controlador, administradores e membros do Conselho Fiscal; (iv) informar a evolução da participação das pessoas mencionadas no item (iii) acima, em relação aos respectivos valores mobiliários, nos 12 (doze) meses anteriores; (v) incluir em notas explicativas, a Demonstração dos Fluxos de Caixa anteriormente mencionados; (vi) informar a quantidade de ações em circulação e sua porcentagem em relação ao total de ações emitidas; e (vii) informar a existência de Cláusula Compromissória. Essa implementação deverá ocorrer, no máximo, 6 (seis) meses após a obtenção pela Companhia de autorização para negociar no Novo Mercado os valores mobiliários por ela emitidos. Requisitos Adicionais para as Informações Anuais - IAN São também requisitos do Novo Mercado a inclusão dos itens (iii), (iv) e (vii) do tópico “Requisitos Adicionais para as Informações Trimestrais” nas Informações Anuais da Companhia no Quadro Outras Informações que a Companhia Entenda Relevantes. Ver Seção “XX - Descrição do Capital Social – Informações Trimestrais”. Reunião Pública com Analistas O Regulamento do Novo Mercado estipula que, pelo menos uma vez ao ano, a Companhia e os administradores deverão realizar reunião pública com analistas e quaisquer outros interessados, para divulgar informações quanto à sua respectiva situação econômico-financeira, projetos e perspectivas. 164 Calendário Anual Fica estipulado pelo Novo Mercado que a Companhia e os administradores deverão enviar à Bovespa e divulgar, até o fim de janeiro de cada ano, um calendário anual, informando sobre eventos corporativos programados, contendo informações sobre a Companhia, o evento, data e hora de sua realização, a publicação e o envio do documento tratado no evento à Bovespa. Eventuais alterações subseqüentes em relação aos eventos programados deverão ser enviadas à Bovespa e divulgadas imediatamente. Contratos com o Mesmo Grupo Segundo o Regulamento do Novo Mercado, a Companhia deve enviar à Bovespa e divulgar informações de todo qualquer contrato celebrado entre a Companhia e suas controlada(s) e coligada(s), seus administradores, seu acionista controlador, e, ainda, entre a Companhia e sociedade(s) controlada(s) e coligada(s) dos administradores e do acionista controlador, assim como com outras sociedades que com qualquer dessas pessoas integre um mesmo grupo de fato ou de direito, sempre que for atingido, num único contrato ou em contratos sucessivos, com ou sem o mesmo fim, em qualquer período de um ano, valor igual ou superior a R$200.000,00 (duzentos mil reais), ou valor igual ou superior a 1% (um por cento) sobre o patrimônio líquido da Companhia, considerando o maior. Essas informações divulgadas deverão discriminar o objeto do contrato, o prazo, o valor, as condições de rescisão ou de término e a eventual influência do contrato sobre a administração ou a condução dos negócios da Companhia. Ver Seção “XIX. Operações com Partes Relacionadas”. 165 XXIII. RESPONSABILIDADE SOCIAL, PATROCÍNIO E INCENTIVO CULTURAL A Companhia desenvolve programas de ação social, demonstrando sua preocupação com a comunidade, através de projetos que focam a população carente, a cultura, a educação, entre outros. Dentre as principais ações sociais destacam-se: • Sinal Verde para a Cultura – Projeto cultural que prevê o apoio à cultura há mais de vinte anos em todo o Brasil. Em 2005, mais de 3.700 pessoas foram contempladas pelo programa. • Semente Verde – Projeto social que prevê o apoio a instituições através de voluntariado. Neste programa são arrecadados alimentos, além de artigos de higiene e material pedagógico para a creche Criança Feliz. • Junior Achievement: Minas Gerais – Projeto educacional que abre oportunidade de integração do mundo empresarial com a sociedade através da escola. A Companhia é uma das mantenedoras da Junior Achievement, cujo presidente em Minas Gerais é o Eugenio Mattar. • Trânsito Seguro Localiza: A vida tem preferência – Programa que envolve campanhas educativas e mais uma série de iniciativas a fim de prevenir acidentes e combater a violência no trânsito. É um projeto de longo prazo que buscará a conscientização das pessoas sobre o tema com um olhar otimista. Como ação inicial foram realizados encontros com cerca de 5.000 fornecedores da empresa em todo o país,encontros com os cerca de 7.500 agentes de viagem parceiros da Companhia, reuniões para conscientização dos colaboradores, além de distribuição de cartilhas, adesivos e bonés com o tema da Campanha. Além disso, a Companhia faz doações ao Fundo Social da Criança e do Adolescente e doações de lei Rouanet a projetos culturais com recursos oriundos do imposto de renda. 166 ANEXOS A - Estatuto Social B - Atas das Reuniões do Conselho de Administração realizadas em 27 de março de 2006 e 19 de abril de 2006, que aprovam a Oferta Primária e o Preço de Distribuição por Ação, Respectivamente C - Declarações da Companhia, dos Acionistas Vendedores e do Coordenador Líder, de que trata o artigo 56 da Instrução CVM 400 D - Demonstrações Financeiras Individuais (Controladora) e Consolidadas (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e Parecer dos Auditores Independentes E - Demonstrações Financeiras Especiais Individuais (Controladora) e Consolidadas (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) em 31 de dezembro de 2004 e de 2003 e Parecer dos Auditores Independentes F - Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (de acordo com os U.S. GAAP) e Parecer dos Auditores Independentes G - Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2004 e de 2003 (de acordo com os U.S. GAAP) e Parecer dos Auditores Independentes H - Informações Anuais - IAN (apenas informações não destacadas neste Prospecto) 167 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 168 ANEXO A Estatuto Social 169 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 ANEXO B Atas das Reuniões do Conselho de Administração realizadas em 27 de março de 2006 e 19 de abril de 2006, que aprovam a Oferta Primária e o Preço de Distribuição por Ação, Respectivamente 195 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 196 197 198 199 200 LOCALIZA RENT A CAR S.A. Companhia Aberta CNPJ nº 16.670.085/0001-55 - NIRE: 3130001144-5 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 19 DE ABRIL DE 2006 1. Data, Hora e Local: 19 de abril de 2006, às 19:00 horas, na sede social, localizada na Av. Bernardo Monteiro, n° 1.563, Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. 2. Presença: Presentes os seguintes membros do Conselho de Administração: José Salim Mattar Júnior, Antônio Brandão Resende, Eugênio Pacelli Mattar, Flávio Brandão Resende, Aristides Luciano de Azevedo Newton e Eugênia Maria Rafael de Oliveira. Ausentes os Conselheiros Stefano Bonfiglio, Cássio Casseb Lima e Paulo Roberto Nunes Guedes por razões devidamente justificadas. 3. Instalação: Tendo sido devidamente convocada pela maioria simples dos Conselheiros, conforme previsto no artigo 11, § 1º, do Estatuto Social, o Presidente do Conselho de Administração declarou instalada a reunião, passando a presidi-la. Para secretariar a reunião, foi indicada Cláudia Leão, Gerente de Controladoria, aceita por todos os presentes. 4. Assuntos Discutidos e Deliberações: 4.1. Aprovação da Fixação do Preço de Emissão das Ações da Oferta Primária: O Conselho aprovou o preço de emissão de R$ 41,00 (quarenta e um reais) por ação da oferta pública de distribuição primária de 2.571.429 (dois milhões, quinhentas e setenta e uma mil e quatrocentas e vinte nove) ações ordinárias de emissão da Companhia, nominativas, escriturais e sem valor nominal, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames (“Oferta Primária”), a ser realizada simultaneamente a uma oferta pública de distribuição secundária de 5.785.714 (cinco milhões, setecentas e oitenta e cinco mil e setecentas e quatorze) ações de emissão da Companhia detidas pelos acionistas vendedores José Salim Mattar Júnior, Antônio Cláudio Brandão Resende, Eugênio Pacelli Mattar e Flávio Brandão Resende (“Oferta Secundária” e em conjunto com a Oferta Primária, “Oferta Pública”). O preço de emissão foi calculado com base no critério de valor de mercado, após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento dos investidores institucionais realizado pelos bancos coordenadores, em consonância com as disposições do §1º, III, e §7º do artigo 170 da Lei 6.404/76 e da Instrução CVM 400, de 29 de dezembro de 2003, o qual foi considerado como sendo o critério mais apropriado para determinar o preço justo das ações da Oferta Primária. 4.2. Aprovação do Aumento de Capital da Companhia: O Conselho discutiu e aprovou o aumento do capital social da Companhia, dentro do limite do capital autorizado, com a exclusão do direito de preferência dos atuais acionistas da Companhia nos termos do artigo 172 da Lei 6.404/76, no montante de R$ 13.578.671,13 (treze milhões, quinhentos e setenta e oito mil, seiscentos e setenta e um reais e treze centavos), o qual passará de R$ 178.372.545,00 (cento e setenta e oito milhões, trezentos e setenta e dois mil, quinhentos e quarenta e cinco reais), para R$ 191.951.216,13 (cento e noventa e um milhões, novecentos e cinqüenta e um mil, duzentos e dezesseis reais e treze centavos), mediante a emissão de 2.571.429 (dois milhões, quinhentas e setenta e uma mil e quatrocentas e vinte nove) ações ordinárias de emissão da Companhia, nominativas, escriturais e sem valor nominal. A ações ordinárias ora emitidas terão os mesmos direitos conferidos às demais ações ordinárias da Companhia, nos termos de seu Estatuto Social e da legislação aplicável, fazendo jus ao recebimento integral de dividendos e demais proventos de qualquer natureza que vierem a ser declarados pela Companhia a partir da data 201 de liquidação da Oferta Pública, que deverá ocorrer até 26 de abril de 2006 (“Data de Liquidação”). As ações da Oferta Primária deverão ser integralizadas à vista, em moeda corrente nacional, na Data de Liquidação, a qual poderá ser prorrogada respeitado o limite de 6 (seis) meses fixado no artigo 18 da Instrução CVM nº 400. 4.3. Destinação para Reserva de Capital: Do preço de emissão de cada ação da Oferta Primária, o Conselho discutiu e aprovou a destinação de R$ 5,280593 à conta de capital social e R$ 35,719407 à reserva de capital, em conta de ágio na subscrição de ações, na forma do parágrafo único do artigo 14 da Lei nº 6.404/76, de forma que, do total da Oferta Primária, R$ 13.578.671,13 (treze milhões, quinhentos e setenta e oito mil, seiscentos e setenta e um reais e treze centavos) serão destinados à conta de capital social e R$ 91.849.917,87 (noventa e um milhões, oitocentos e quarenta e nove mil, novecentos e dezessete reais e oitenta e sete centavos) serão destinados à reserva de capital, em conta de ágio na subscrição de ações. 4.4. Aprovação do Prospecto Definitivo: O Conselho discutiu e aprovou o inteiro teor do Prospecto Definitivo e do Confidential Offering Circular a serem utilizados na Oferta Pública. 5. Encerramento. Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente declarou encerrada a reunião, tendo sido lavrada esta ata que, lida e aprovada, foi assinada por todos os conselheiros presentes. Belo Horizonte, 19 de abril de 2006 José Salim Mattar Júnior Presidente Cláudia S. Leão Secretária. 202 ANEXO C Declarações da Companhia, dos Acionistas Vendedores e do Coordenador Líder, de que trata o artigo 56 da Instrução CVM 400 203 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 214 ANEXO D Demonstrações Financeiras Individuais (Controladora) e Consolidadas (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e Parecer dos Auditores Independentes 215 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 216 217 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 ANEXO E Demonstrações Financeiras Especiais Individuais (Controladora) e Consolidadas (de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil) em 31 de dezembro de 2004 e de 2003 e Parecer dos Auditores Independentes 257 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 258 259 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300 301 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 302 ANEXO F Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (de acordo com os U.S. GAAP) e Parecer dos Auditores Independentes 303 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 304 305 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 348 ANEXO G Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2004 e de 2003 (de acordo com os U.S. GAAP) e Parecer dos Auditores Independentes 349 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 350 351 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381 382 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 400 401 402 403 404 405 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 406 ANEXO H Informações Anuais - IAN (apenas informações não destacadas neste Prospecto) 407 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 424 425 426 427 428 429 430 431 432 433 434 435 436 437 438 439 440 441 442 443 444 445 446 447 448 449 450 451 452 453 454 455 456 457 458 459 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 460 Companhia LOCALIZA RENT A CAR S.A. Avenida Bernardo Monteiro, nº 1.563, Belo Horizonte - MG Coordenador Líder BANCO PACTUAL S.A. Praia de Botafogo, nº 501, 5 e 6º andares, Torre Corcovado, Rio de Janeiro - RJ Coordenador BANCO DE INVESTIMENTOS CREDIT SUISSE (BRASIL) S.A. Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 3.064, 13º andar, São Paulo - SP Instituições Subcontratadas HSBC BANK BRASIL S.A. - BANCO MÚLTIPLO Travessa Oliveira Belo, nº 34, sobreloja, Curitiba, PR BANCO SANTANDER BRASIL S.A. Rua Amador Bueno, nº 474, 3º andar, bloco C, São Paulo - SP UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S. A. Avenida Eusébio Matoso, nº 891, 20º andar, São Paulo - SP Consultores Legais da Companhia e dos Acionistas Vendedores PINHEIRO NETO ADVOGADOS Rua Boa Vista, nº 254, 9º andar, São Paulo - SP CLIFFORD CHANCE US LLP 31 West 52nd street, New York, NY, 10019-6131 Consultores Legais dos Coordenadores MACHADO MEYER, SENDACZ E OPICE ADVOGADOS Rua da Consolação, nº 247, 4º andar, São Paulo - SP SHEARMAN & STERLING LLP Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 3.400, 17º andar, São Paulo - SP Auditores DELOITTE TOUCHE TOHMATSU AUDITORES INDEPENDENTES Rua Paraíba, nº 1.122, 20º e 21º andares, Belo Horizonte - MG Este Prospecto está disponível no Website: www.mercadosdecapitais.com.br (11) 3121-5555