Modelagem Matemática do Tratamento do Câncer de Próstata através da Radioterapia Jean Carlos Silveira UNIJUÍ, Ijuí-RS, Brasil, [email protected] Gerson Feldmann UNIJUÍ, Ijuí-RS, Brasil, [email protected] Marat Rafikov UNIJUÍ, Ijuí-RS, Brasil, [email protected] Elenice Weber Stiegelmeier UNIJUÍ, Ijuí-RS, Brasil, [email protected] RESUMO O câncer de próstata é o tumor maligno com maior incidência em homens com idade acima de 50 anos. Dentre as técnicas de tratamento a radioterapia é a opção terapêutica mais adequada para este tipo de câncer. Recentemente está sendo observado o uso do hipofracionamento para o tratamento do câncer de próstata pela radioterapia, tal mudança de estratégia está relacionada aos novos conceitos radiobiológicos de que os tumores prostáticos possuem um índice α/β menor do que o previamente estimado. Neste trabalho é apresentada uma metodologia alternativa para o estudo do tratamento do câncer de próstata através da radioterapia. O crescimento do tumor é simulado a partir de um modelo populacional que considera a existência de células normais (N), tumorais (T) e imunológicas (I) [2]. Para descrever os efeitos biológicos da morte celular radioinduzida, foi utilizado o modelo LinearQuadrático (LQ) [1]. O objetivo do controle, neste caso, é reduzir a população de células tumorais e manter a população de células normais em níveis aceitáveis ao organismo humano. Foram realizadas simulações a partir dos protocolos de fracionamento convencional e hipofracionamento. Em nossos resultados foi possível transferir o sistema de um regime com câncer para um ponto de equilíbrio estável livre de tumor, com a utilização de dose total menor e sem que ocorressem grandes mudanças no tempo total de eliminação do tumor. Com a metodologia proposta é possível otimizar os protocolos de tratamento, visando sempre reduzir os danos causados pelas radiações ionizantes. Referências [1] Hall E.J., D. Phil., D.Sc., F.A.C.R., “Radiobiology for the Radiologist”. Lippincott-Raven Publishers, 4th Edition, Philadelphia. (1994). [2] L. G. De Pillis e A. Radunskaya, The Dynamics of an Optimally Controlled Tumor Model: A Case Study. Mathematical and Computer Modelling, vol. 37, pp. 1221-1244. (2003). [3] Moonen and H. Bartelink, Antitumor Treatment - Fractionation in radiotherapy. Cancer Treatment Reviews, vol. 20, pp. 365-378. (1994). [4] Fowler J.F., Mark A. Ritter, Rick J. Chappell and David J. Brenner, What Hypofractionated Protocols Should Be Tested For Prostate Cancer? Int J Radiation Oncology Biol. Phys., Vol. 56, Nº 4, pp 1093-1104. (2003). [5] Xiangkui Mu, Per-Olov Löfroth, Mikael Karlsson, Bjöm Zackrisson, The effect of fraction time in intensity modulated radiotherapy: theoretical and experimental evaluation of an optimisation problem. Radiotherapy and Oncology, vol. 68, pp. 181-187. (2003).