2ª Oficina sobre produtos eletrônicos ambientalmente corretos RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS UMA AMEAÇA REAL PARA A SOCIEDADE Quem sou eu? HAYRTON RODRIGUES DO PRADO FILHO Estudei geologia na USP Sou formado em Jornalismo pela Faculdade Casper Libero Sou especializado nas áreas de Qualidade, Planejamento, Custos, Produtividade e Responsabilidade Social Sou colaborador de diferentes publicações no Brasil e no exterior Sou pesquisador do jornalismo eletrônico e editor do JORNAL DIGITAL BANAS QUALIDADE (uma nova mídia) Diretor editorial e de internet da revista BANAS QUALIDADE [email protected] [email protected] O PROBLEMA Pilhas, baterias, celulares, computadores, televisores, DVD’s, CD´s, rádios, lâmpadas fluorescentes e outros materiais, sem uma destinação adequada, vão parar em aterros comuns e contaminam o solo e as águas, trazendo danos para o meio ambiente e para a saúde humana. O PROBLEMA BRASIL: mais de 160 milhões de celulares; mais de 50 milhões de computadores em empresas e residências; milhões de produtos eletroeletrônicos. O que fazer daqui a quatro ou cinco anos com esta montanha de material? Segundo o Greenpeace, estima-se que são produzidos, todos os anos, cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico, que correspondem a 5% de todo o resíduo produzido na Terra. O QUE CONTÉM Uma tonelada de celulares usados, ou cerca de seis mil aparelhos, contém por volta de 3,5 quilos de prata, 340 gramas de ouro, 140 gramas de paládio e 130 quilos de cobre. Uma bateria de celular contém mais de 3,5 gramas de cobre. O QUE CONTÉM Um computador? Plástico - 40% Metais - 37% Dispositivos eletrônicos - 5% Borracha - 1% Outros - 17% Materiais recuperáveis - 94% (fonte: Geodis Logistics) O QUE CONTÉM – SUBSTÂNCIAS CONTIDAS NOS ELETRÔNICOS Mercúrio Computador, monitor e TV de tela plana Danos no cérebro e fígado Cádmio Computador, monitores de tubo e baterias de laptops Envenenamento, problemas nos ossos, rins e pulmões Arsênio Celulares Pode causar câncer no pulmão, doenças de pelo e prejudicar o sistema nervoso Berílio Computadores e celulares Causa câncer no pulmão Retardantes de chamas (BRT) Usado para prevenir incêndios em diversos eletrônicos Problemas hormonais, no sistema nervoso e reprodutivo Chumbo Computador, celular e televisão Causa danos ao sistema nervoso e sanguíneo Bário Lâmpadas fluorescentes e tubos Edema cerebral, fraqueza muscular, danos ao coração, fígado e baço PVC Usado em fios para isolar corrente Se inalado, pode causar problemas respiratórios O QUE FAZER? Pesquise É importante descobrir se o fabricante tem preocupações com o ambiente e se recolherá as peças usadas para reciclagem, depois que o aparelho perder sua utilidade Prolongue Você não precisa trocar de celular todos os anos ou comprar um computador com essa mesma freqüência. Quanto mais eletrônicos adquirir, maior será a quantidade de lixo eletrônico. Por isso, cuide bem de seus produtos e aprenda a evitar os constantes apelos de troca. O QUE FAZER? Doe Caso seja realmente necessário comprar um novo eletrônico quando o seu ainda estiver funcionando, doe para alguém que vá usá-lo. Dessa forma, ainda é possível prolongar a vida útil do aparelho e a pessoa que recebê-lo não precisará comprar um novo. Recicle Os grandes fabricantes de eletrônicos oferecem programas de reciclagem. Antes de jogar aquele monitor estragado no lixo, entre em contato com a empresa (via internet ou central de atendimento telefônico) e pergunte onde as peças são coletadas. Muitas assistências também coletam esse material. O QUE FAZER? Substitua Procure sempre fazer mais com menos. Produtos que agregam várias funções, como uma multifuncional, consomem menos energia do que cada aparelho usado separadamente. Também vale minimizar o uso de recursos ligados ao ambiente: para que imprimir, se dá para ler na tela? Informe-se O usuário de tecnologia deve ser adepto ao consumo responsável, sabendo as conseqüências que seus bens causam ao ambiente. Por isso, é importante estar atento ao assunto - somente assim será possível eliminar hábitos ruins e tomar atitudes que minimizem o impacto do lixo eletrônico. O QUE FAZER? Opte pelo original As empresas que falsificam produtos não seguem políticas de preservação do ambiente ou se responsabilizam pelas peças comercializadas, depois que sua vida útil chega ao fim. Por isso, é sempre importante comprar eletrônicos originais. Pague Os produtos dos fabricantes que oferecem programas de preservação ambiental podem ser mais caros -isso porque parte dos gastos com essas iniciativas pode ser repassada para o consumidor. A diferença de preço não chega a níveis absurdos e por isso, vale a pena optar pela alternativa “verde”. O QUE FAZER? Economize energia Na hora de comprar um eletrônico, opte pelo produto que consome menos energia. Além disso, o consumidor consciente deve usar fontes de energia limpa (como a solar) sempre que possível. Mobilize É importante passar informações sobre lixo eletrônico para frente, pois muitos usuários de tecnologia não se dão conta do tamanho do problema. Um manual de reciclagem do lixo eletrônico está disponível em http://www.umicore.com.br/quemSomos/manualUmicore/ Rua Santa Ifigênia (SP): mais de 500 lojas e boxes, equipamentos eletroeletrônicos, incluindo aparelhos de vídeo e som, telefones e material de telefonia, computadores, CD, hardwares e softwares. Em suas ruas paralelas, espalha-se um perigo: carcaças de computadores, impressoras, aparelhos eletrônicos os mais diversos estão sendo estocados . Certamente o destino final será o lixo urbano. Uma montanha de sucata? Brasil e o lixo eletroeletrônico Não há dados disponíveis. Estimativas baseadas no mercado formal indicam que não mais do que 1% dos resíduos eletroeletrônicos produzidos tem um destino ambiental adequado. Como calcular o passivo ambiental apresentado por milhares de toneladas de eletroeletrônicos inutilizáveis que pode contaminar plantações, animais e seres humanos? Brasil e o lixo eletroeletrônico Não há legislação nacional que estabeleça o destino correto para a sucata digital ou que responsabilize os fabricantes pelo seu descarte. A única regulamentação vigente que trata do lixo eletrônico é a resolução de número 257, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que estabelece limites para o uso de substâncias tóxicas em pilhas e baterias e imputa aos fabricantes a responsabilidade de ter sistemas para coleta desses materiais e encaminhá-los para reciclagem. Brasil e o lixo eletroeletrônico Em São Paulo: Existe a lei 13.576/2009, que institui normas e procedimentos para a reciclagem, gerenciamento e destinação final do lixo tecnológico no estado. Por esta lei, os fabricantes, importadores e comerciantes se tornam responsáveis pela adoção de práticas que assegurem a proteção ao meio ambiente e, consequentemente, à saúde da população. No link há uma relação de empresas que reciclam diversos materiais eletroeletrônicos: http://www.cempre.org.br/serv_eletroeletronicos.php