// Reportagem ABOLSAMIA
Grupo Tractores de Portugal,
rumo a mais 65 anos
No dia 26 de outubro último, o Grupo Tractores de
Portugal festejou o seu 65º aniversário, e 65 anos de
parceria com a Massey Ferguson.
A celebração aconteceu na Quinta do Casal Branco,
propriedade da família Lobo de Vasconcelos e contou
com a presença das pessoas mais importantes na
vida da Tratores de Portugal: colaboradores, excolaboradores, altos representantes da Massey
Ferguson, clientes importantes, parceiros da
imprensa, concessionários e acionistas.
Sendo a Tractores de Portugal
um dos importadores mais antigos do mundo dos tratores Massey Ferguson, a marca fez-se representar pelos seus mais altos
dirigentes, entre eles Richard
Markwell (vice-presidente da
AGCO e presidente e diretor geral da MF para a Europa, África
e Médio Oriente) e Thierry Lhot-
José Lage (Lage & Lage), Frederico Lima Mayer, Carlos Rocha, Richard Markwell, Thierry Lhotte, José Lobo de
Vasconcelos e Luís Serra (Serrauto).
te (vice-presidente da AGCO e
responsável pela área de marketing da Massey Ferguson). Frederico de Lima Mayer, Administrador de Tractores de Portugal,
enalteceu a longa duração desta
parceria e a importância que a
marca deu a esta comemoração:
“Nunca houve uma reunião com
uma delegação da Massey Ferguson a este nível, o que mostra bem a importância que a
marca dá a este evento”, disse.
Abrindo os discursos, Lima Mayer
fez uma retrospetiva sumária do
intervalo de tempo passado desde o início da colaboração das
duas empresas, e recordou o ambiente económico que se vivia em
1947, o ano em que os fundadores da Tractores de Portugal —
os irmãos Lobo de Vasconcelos
juntamente com o Conde de Caria — trouxeram a representação
da Massey Ferguson para Portugal. Então, recorda, “a conjugação de uma série de fatores fize-
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. EMPRESAS .
ram com que o nome Massey
Ferguson se tornasse numa referência para a agricultura portuguesa: um país que tinha
grandes necessidades de mecanização, o surgimento de um
trator revolucionário e uma rede
de concessionários eficiente: o
resultado foi a liderança do
mercado e ainda hoje podemos
dizer que temos um dos maiores parques de tratores em circulação”.
Fazendo a ponte para os dias de
hoje, Lima Mayer frisou a importância de um contrato com esta
duração, e a vontade do Grupo
Tractores de Portugal em continuá-lo por muitos e bons anos,
não obstante a fase difícil que o
País e o mercado atravessa: “Os
primeiros 50 anos foram mais fáceis, tínhamos o produto ideal
para a agricultura portuguesa,
que nos ajudou muito a conquistar a liderança de mercado e o
maior parque de máquinas em
Portugal. Os últimos 15 anos foram mais difíceis porque apesar
do excelente produto de Beauvais, da disponibilidade e apoio
da Massey Ferguson, não temos
tido o produto certo para o nosso mercado.”
Em relação ao futuro, a men-
Frederico de Lima Mayer,
Administrador de Tractores de
Portugal
sagem do administrador de
Tractores de Portugal foi confiante e positiva. Não obstante
a “grande crise cujos contornos
todos sentimos”, Lima Mayer
acredita que a agricultura vai ter
uma importância crescente e que
os tempos vindouros são promissores: “Crises sempre houve
e sempre foram ultrapassadas.
Mas acho que estamos no setor
certo. A agricultura vai ter uma
nova atenção. E nós estamos
bem preparados para aproveitar a mudança da conjuntura.
Temos uma equipa jovem e
muito profissional, com quadros de excelência, liderada
desde há 3 anos pelo Sr. Dr.
Carlos Rocha. E acreditamos
que o surgimento de novos
produtos Massey Ferguson
adequados para o nosso mercado vai fazer com que o nosso esforço e o empenho dos
nossos concessionários tenha
valido a pena.“
Richard Markwell, vicepresidente da AGCO e presidente
e diretor geral da MF para a
Europa, África e Médio Oriente.
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Agradecendo o empenho sincero demonstrado pelo Grupo
Tractores de Portugal ao longo deste 65 anos, Richard
Markwell (vice-presidente da
AGCO e presidente e diretor geral da MF para a Europa, África
e Médio Oriente) abordou, na
sua intervenção, uma questão
da maior importância nos dias
que correm: a capacidade de
mudança e de adaptação das
empresas. “Desde a data em
que a Tractores de Portugal se
tornou importador da Massey
Ferguson, em 1947, o mercado português mudou profundamente, e também mudaram
as nossas empresas mas, se
ainda estamos aqui 65 anos
mais tarde, é porque temos
sabido adaptar-nos, trabalhar
em conjunto e aproveitar o
máximo de um mercado que
se apresenta hoje, muito desafiante.”, disse.
Apesar das profundas mudanças ocorridas globalmente, e
também no setor agrícola português — onde, na última década
o número de explorações diminuiu em cerca de 25% a par com
uma quebra de 60% do mercado de tratores—, o futuro trará,
na opinião de Markwell, muitas
oportunidades de sucesso.
O vice-presidente da AGCO definiu o momento atual como um
tempo de mudança a nível global, onde o setor agrícola tem
um papel determinante a desempenhar face ao aumento da
procura de alimentos e de fontes
alternativas de combustível causada pelo crescimento esperado
da população mundial, a par
com a necessidade de cuidar do
meio ambiente e dos solos agrícolas: “O nosso sucesso depende de conseguirmos rentabilizar
os investimentos, de encontrar-
mos novas formas de produzir e
de distribuir produtos de valor
acrescentado, e de ter a coragem para investir. O que requer
visão, preparação meticulosa e
bom planeamento”. Recordou,
a este propósito, os investimentos feitos pela Massey
Ferguson nos últimos 5 anos,
incluindo os melhoramentos
tecnológicos em toda a gama
de produto e em novas tecnologias (como a Redução Catalítica Seletiva aplicada aos
motores dos tratores) em mais
de $200 milhões. Investimentos estes que têm sido reconhecidos através dos importantes prémios que a marca
tem arrecadado: a série MF
7600 foi distinguida com o prémio alemão “Machine of the
Year Award 2012 e com o prémio europeu “Golden Design
Award do Toty®. Mas que, sobretudo, se têm traduzido no
aumento das vendas e das
quotas de mercado. Também
em Beauvais, a maior unidade
de produção e exportação francesa de máquinas agrícolas, foi
alvo de recentes investimentos
no valor de $200 milhões. No final do próximo ano, a Massey
Ferguson passará a contar com
um novo Centro Internacional de
Vendas, situado também em
Beauvais junto da atual fábrica.
Deixando para o fim a melhor
parte, Markwell anunciou um
novo trator, especificamente
adaptado às necessidades do
mercado português, que deverá chegar ao nosso mercado no final de 2013. Não
adiantando mais pormenores,
disse estar plenamente confiante de que este novo produto trará um novo fôlego que
irá ajudar a que a marca volte a posicionar-se no lugar cimeiro que já teve.
. EMPRESAS .
Carlos Rocha,
diretor geral do Grupo
Tractores de Portugal
“A nossa história confunde-se
com a história da própria Massey Ferguson, até somos mais
velhos do que a marca que nasceu em 1958. Foram 65 anos
de muita atividade e muitos negócios: uma série de representações e de atividades que o
Grupo Tractores de Portugal desenvolveu. No entanto, o setor
da maquinaria agrícola sempre
foi o nosso principal foco e
hoje, mais do que nunca, estamos conscientes de que para
vencer os desafios que o mercado nos apresenta é fundamental uma ligação grande a
esta marca e aos seus valores,
para combater um mercado difícil como o que estamos a viver.” Carlos Rocha disse que
este ano o mercado de tratores
deve fechar com cerca de 4 mil
unidades vendidas, um dos valores mais baixos desde 1975.
Porém, fazendo um paralelo
com situações que o País já viveu no passado, o diretor geral
da MT acredita que a situação
tenderá a inverter-se e que o
mercado possa começar a recuperar a partir do final de 2013:
“Acreditamos que no próximo
ano a situação se vai manter difícil mas que, posteriormente
haverá um crescimento importante e as vendas da Massey
Ferguson irão aumentar não só
por esta circunstância, mas também porque teremos novos produtos, como disse Richard
Markwell.”
Thierry Lhotte, vicepresidente da AGCO e
responsável pela área
de marketing da
Massey Ferguson
José Lobo de
Vasconcelos,
Administrador
de Tractores de
Portugal
“Vejo esta longa relação como
uma fundação também para o
futuro, porque fazer negócio
com pessoas em quem se tem
muita confiança e que confiam
muito em nós é muito mais fácil
e remove muitas dificuldades.
No passado, a relação entre as
nossas empresas foi muito sólida. Agora, com os investimentos que temos preparados para
o futuro, em novos produtos,
na nossa fábrica de Beauvais e
numa nova linha tratores que
estamos a desenvolver especificamente para mercados
como o português, acredito que
nascerá uma nova etapa nesta
parceria que vai permitir que a
Massey Ferguson readquira o
lugar que teve na sua origem
em Portugal. Quanto ao novo
trator, Thierry Lhotte adiantou
apenas que será um produto
100% Massey Ferguson, desenhado e produzido pela marca.
“Toda a minha vida foi ligada não
só à empresa em si, mas também à marca Massey Ferguson
e a toda a gente com quem estamos hoje, aqui, a celebrar. É a
minha vida, é muito difícil pensar no que vivi até hoje e não
estar sempre ligado a este
triângulo: a Massey Ferguson,
a Tractores de Portugal e todas as pessoas que foram e
são importantes para esta empresa. São muitas e ótimas memórias. Podemos ter alegrias e
dificuldades, mas são os momentos positivos que mais devemos reter.”
ligados a uma marca, e estas
relações, como todas, têm que
ser alimentadas e são mútuas: a
fábrica tem que nos dar produto para nós vendermos e nós temos que ter a capacidade técnica, financeira e comercial de
atingir níveis de vendas sustentáveis que justifiquem a manutenção dum acordo que dura há
tanto tempo. Neste momento
ainda não temos o produto certo, quando o tivemos fomos líderes de mercado e a Massey
ainda tem uma imagem muito
boa no nosso país. O produto
de Beauvais é um produto ótimo, tecnicamente do melhor que
existe no mercado, quer a nível
de caixas, quer agora com a
nova ligação que vai ter com os
motores Sisu, tecnicamente muito evoluídos, especificamente a
nível dos consumos. Mas não
temos tido o produto que deveríamos ter. Por isso depositamos todas as nossas esperanças na linha de tratores aqui
hoje anunciados, que deveremos ter no final do próximo
ano, quer a nível de características técnicas, quer a nível de
preço. E estamos a prepararnos para tal, nomeadamente
através da restruturação da
nossa rede de concessionários.”
José Desterro,
Diretor Comercial
de Tractores de
Portugal
“O evento de 65 anos é uma coisa memorável, poucos importadores têm tantos anos como nós
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Reportagem fotográfica completa em:
http://www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens
. EMPRESAS .
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Filipe Lage,
Lage & Lage,
concessionária MT
Luis Serra,
Serrauto,
concessionária MT
“A Laje & Laje (antiga Sotrans)
trabalha com a Massey Ferguson há 44 anos, sempre com o
Grupo Tractores de Portugal.
Já vamos na terceira geração e
temos tido uma relação que assentou sempre em muita confiança. A Massey Ferguson
sempre esteve bem suportada
em diversos modelos que
apoiaram muito a nossa agricultura, máquinas muito fiáveis.
E neste momento temos uma
gama muito completa. A agricultura não está certamente nos
melhores dias, mas é um setor
que deverá desenvolver-se no
nosso país. E para isso sabemos que podemos contar com
uma marca que nos oferece
produtos premium de excelente qualidade. A Massey Ferguson é muito competitiva e tem
uma qualidade comprovada.”
“A Serrauto é uma das empresas concessionárias mais antigas da MT e é para mim um orgulho estar presente neste
evento. Dou os parabéns a esta
família e a esta organização,
porque é louvável a sua postura perante a Massey Ferguson,
uma marca com a qual estarei
sempre.
Fiquei muito satisfeito com o que
foi anunciado ao nível dos novos
tratores que virão em breve.
Deixo aqui o meu elogio ao Dr.
Lima Mayer que, perante toda
a conjuntura tem sido um elemento preponderante no desenvolvimento da Massey Ferguson em Portugal, dando
força e motivação aos concessionários, mesmo nos tempos
mais difíceis. Também quero
agradecer a todas as pessoas
que têm colaborado comigo,
nomeadamente à equipa técnica, à equipa das peças e à
equipa comercial dos Tractores de Portugal.”
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1 - José Desterro mostra a miniatura do MF65 que foi oferecida a todos os
convidados • 2 - Rui Miguel Pinto (Pinto & Filhos), Carlos Rocha e José
Desterro • 3 - Ferguson “TE20” • 4 - Joaquim Quelhas • 5 - Sofia Michalski
• 6 - Armando Barbas (Afonso de Oliveira Costa & F.os) e José Desterro
• 7 - Pedro Tomaz (diretor de marketing Grupo TP) • 8 - José e Manuela
Lage • 9 - Maria Francisca Horta Machado e Maria Lívia de Lima Mayer.
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