A diversidade dos climas no nosso planeta Trabalho realizado por João Pessoa, nº 18, 7º E In Geo Meio Natural, Geografia 3º Ciclo, Plátano Editora Neste mapa, podemos observar a diversidade de climas que existe no nosso planeta. Eles influenciam, entre outros factores, as formações vegetais, as espécies animais, as características e os modos de vida dos povos. D I C V L E I R M S Á I T D I A C D A E Fonte: RIBEIRO, O.; (1967); Portugal – o Mediterrâneo e o Atlântico; Livraria Sá da Costa; Lisboa. Vários autores (1996). Atlas enciclopédico mundial. Dorling Kindersley Limited / Público, Londres 1 – Suécia; 2 – Suiça; 3 – Portugal; 4 – Canadá; 5 – Brasil; 6 – Chile; 7 – Marrocos; 8 – Madagáscar; 9 – África do Sul; 10 – Índia; 11 – Japão; 12 – Síria; 13 – Austrália; 14 – Nova Zelândia. O clima da Suécia é fundamentalmente continental. No Inverno, o mar Báltico gela frequentemente o que torna a costa leste muito mais fria que a de oeste. Os verões são frios em todo o país, com poucas variações de temperatura de norte para sul. A temperatura e o clima, na Suíça, variam bastante, não só com as estações, mas também com as grandes diferenças de altitude e devido à localização do país no centro da Europa. Na planície a norte dos Alpes, onde vive a maioria da população, os verões são quentes e os invernos secos, frios e muitas vezes com nevoeiro. O sul dos Alpes é bastante mais quente e soalheiro. Em Portugal continental, há um clima mediterrânico, a que se liga a ideia de temperatura média elevada, de Verão longo, quente e sem chuva, de Inverno moderado, com um total de precipitações atmosféricas relativamente baixo. O clima de Portugal é, assim, tipicamente mediterrânico, embora a influência de factores como o oceano Atlântico / continentalidade e o relevo, façam com que um país de reduzidas dimensões como o nosso apresente contrastes climáticos assinaláveis. O clima mediterrâneo vai perdendo, em Portugal Continental, as suas características de Sul para Norte e do Litoral para o Interior. O clima do Canadá varia do polar e subpolar, no norte, até ao temperado, no sul. Os invernos no interior são mais frios e mais compridos do que na costa, com temperaturas quase glaciais e neve intensa; os verões são mais quentes. A costa do Pacífico tem os invernos mais quentes, sendo que aqui as temperaturas raramente descem abaixo de zero. A área do Brasil ocupada pela bacia do Amazonas, correspondente a metade do território, é caracterizada por um clima equatorial. Os 150 a 200 cm de pluviosidade repartem-se ao longo do ano, apesar de alguns períodos serem mais chuvosos que outros, dependendo da região. O planalto brasileiro, que ocupa o restante território, tem maiores oscilações de temperatura. Outubro e Abril são os meses de maior precipitação; no entanto, o nordeste, a região menos produtiva do Brasil, é muito seco e, nos últimos anos, enfrenta uma seca de graves proporções. Os estados do sul caracterizam-se por verões quentes e Invernos frios. O Chile tem um clima bastante variado. O norte do país é constituído por um dos desertos mais secos do mundo – o deserto de Atacama. Por seu turno, a região central do país tem um clima quase mediterrânico, com verões quentes e secos e invernos que podem variar um pouco. Este país é marcadamente influenciado pela cordilheira dos Andes, sendo no topo desta o clima tipicamente alpino, com neve durante todo o ano e mesmo com a presença de glaciares. No sul, os níveis de humidade são bastante mais significativos do que no restante território. No norte de Marrocos o clima pode considerar-se de quente a temperado, embora no sul se possa considerar como semi-árido. Nas montanhas deste país, assim como em qualquer outra parte do mundo, a temperatura diminui à medida que subimos em altitude. Durante o verão este país é “afectado” por um tipo particular de ventos, provenientes do deserto do Saara, a que se dá o nome de siroco. Por tudo isto, a precipitação é escassa durante a maior parte do ano e mesmo inexistente durante alguns meses. A ilha de Madagáscar tem um clima tropical, sendo frequentemente atingida por ciclones. As planícies que se localizam junto à costa têm um clima quente e húmido. Os níveis de precipitação variam de acordo com o local do país em que estejamos: na parte oriental a precipitação ronda os 2000 mm por ano, mas no sudoeste do país os valores de precipitação rondam apenas os 800 mm. A parte central da ilha é constituída por um planalto, onde a temperatura é mais baixa do que nas regiões costeiras, assim como a precipitação é também mais baixa do que nas orlas. A África do Sul, apesar de ser um país banhado pelo mar em três vertentes, tem um clima bastante mais seco do que se poderia pensar, uma vez que os níveis de precipitação na maioria do território deste país são escassos durante a maior parte do ano - de Maio a Setembro a precipitação é praticamente nula em grande parte do país. Os meses mais secos são também os mais quentes. O clima da Índia varia não só de acordo com o local onde estamos, mas também de estação para estação. Assim, a estação quente é marcada por elevadas temperaturas, chegando-se mesmo aos 40ºC. De salientar que a Índia é afectada pelas monções, que se fazem sentir de Junho a Setembro / Outubro, período ao longo do qual se registam temperaturas elevadas e precipitações também acentuadas. A estação do ano mais fria coincide, assim, com a época mais seca, estando as temperaturas geralmente compreendidas entre os 10ºC. e os 15ºC. O mar do Japão exerce uma influência significativa no clima do país com o mesmo nome, tornando-o mais moderado. Desta forma, os invernos são aqui menos frios do que no interior do continente asiático. Por outro lado, a precipitação é aqui maior. A primavera é a estação mais moderada, uma vez que não é tão quente como o Verão (nem tão húmido), nem tão frio como o Inverno. O clima da Síria, junto à costa, é do tipo mediterrânico sendo, por isso, os invernos pouco frios e com alguma humidade, e os verões quentes e secos. Contudo, no interior do país, algumas regiões são desérticas. Contrastando com esta situação, a altitudes elevadas regista-se com alguma frequência neve. A precipitação é reduzida, não ultrapassando geralmente os 250 mm. A Austrália regista algumas alterações no clima ao longo do seu território. Uma parte do país (o interior sul e ocidental) chega a ser desértica, atingindo-se aqui os 50ºC. O norte do país é também quente mas bastante mais húmido do que a parte desértica. A maior parte da população australiana vive na costa este e sudeste, onde o clima é bastante mais temperado. O clima da Nova Zelândia tem como principais características o facto de ser temperado e húmido, sendo a temperatura média de cerca de 12ºC. Contudo, não se pode definir um padrão uniforme em termos climáticos, uma vez que o país é composto por ilhas que se distribuem grosso modo em sentido norte-sul (ou nordeste - sudoeste) e, como tal, as variações fazem-se em latitude. O norte tem um clima muito perto do subtropical, enquanto que o sul do país é bastante mais frio. Pode ainda referir-se, a propósito do clima deste país, a particularidade de o vento (por vezes forte) ser uma constante. O clima afecta as nossas vidas de várias formas. Por exemplo, quando temos de decidir o que vestir, onde ir de férias, o que comer, o que fazer nos tempos livres,… O clima está a mudar? O século XX foi marcado por uma série de avanços científicos e tecnológicos que levaram o homem a decifrar mistérios e a fazer grandes descobertas. No entanto, muitos desafios ainda precisam de ser ultrapassados e entre eles está um dos mais antigos e conhecidos pelo homem: o clima. Apesar dos inúmeros estudos, o homem nunca conseguiu dominar e prever o clima com a exactidão que pretendia. Nas últimas décadas a própria acção humana tem tornado esse objectivo cada vez mais distante: as altas concentrações de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera desestabilizam progressivamente a temperatura do nosso planeta através do efeito estufa e o mundo enfrenta o terrível problema do aquecimento global. O aumento das catástrofes naturais, nos últimos anos, deve-se certamente às mudanças climáticas e, de modo significativo, à acção nefasta do homem. Temos que salvar o planeta para que ele continue a ser o nosso lar.