FINALISTAS DO CONCURSO
NOITE DA POESIA
(JUVENAL / 2008)
CATEGORIA: Vinícius de Morais
(subcategoria I)
Patrick Araújo Bezerra – 2ª - A
Lápis Azul
Todas as vezes que desenho
Gosto de pintar com meu lápis azul
O céu, o mar, a água e o luar.
Para o meu coração alegrar.
Uso também o azul escuro
Para escrever um lindo poema
Em cima do muro.
Pseudônimo: Maluquinho
Rebeca Machado Mendes – 2ª B
O dado
O dado é um brinquedo,
Bom para jogar.
Jogo o dado uma vez,
E com ele faço três.
O dado é um cubo,
Que tem seis lados iguais.
Cada lado tem um valor,
E ganha quem faz mais.
Jogo o dado devagar,
Jogo o dado com você.
Jogo o dado para brincar,
Jogo o dado com prazer.
Pseudônimo: A Bela
Brenda Cavalcante Alves
2ª (única)
O circo
No circo Marmelado
Tinha um palhaço engraçado
Uma bailarina,
Que era uma linda dançarina.
Tinha um trapezista
Que era um artista
Um elefante
Que era elegante
Tinha um leão
Que era o sabichão
Tinha uma foca
Toda dondoca
E tinha um animal
Que era misturado com gente
E o show era excelente.
Pseudônimo: Esmeralda
1º
LUGAR
Beatriz Bastos Alves – 3ª C
Uma bola
A bola de Bianca é branca
É branca que nem a nuvem.
A bola rolou
Sobre o meio da rua.
Durante a noite
Embaixo da lua.
Bianca foi dormir
E deixou a bola lá
Pois amanhã tem escola
E ela não pode brincar.
Pseudônimo: Cristina
Letícia Santos Germano – 3ª (única)
O meu leilão de jardim
Quem compra um jardim com flores?
Ganha uma borboleta de muitas cores.
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo!
Que é jardineiro?
E a mosca e sua canção.
A esperança dentro do chão.
Este é o meu leilão.
Pseudônimo: Carle
CATEGORIA: Vinícius de Morais
(subcategoria II)
Mariane Souza Marques – 4ª A
O livro
O livro é importante.
Ele tem várias histórias
E algumas dedicatórias
Que ficam na minha memória.
Quando começo a lê-lo
Navego na imaginação.
E procuro prestar atenção
Pois transmite muita emoção.
O livro tem
Histórias interessantes e engraçadas
Que me faz
Dar muitas risadas
Leia sempre um bom livro
Que fará de você
Uma pessoa maravilhosa
E muito formosa.
Pseudônimo: Mary
Igor Melo Benevides – 4ª C
A poluição acabou
O céu estava vermelho
Tudo parecia acabado
Mas um velho sábio
Tudo mudou.
Todos seguiram o velho sábio
E de repente
A poluição acabou.
Agora o sol brilha,
Os passarinhos voam,
Os peixes nadam
Nos mares e rios.
Nada acabou e tudo
enriqueceu,
Nada acabou
Só se modificou.
O planeta Terra agora
É o mais limpo do universo
E os humanos convivem
Com o meio ambiente,
Pegando apenas
O que é necessário.
Pseudônimo: Melo
Gabriel Freitas Pereira – 5ª A
Uma boa ação
Uma boa ação
Eu faço de coração
Ser bom me alegra
Ser bom me deixa feliz.
Quando você faz uma boa ação
Você pratica uma boa lição
Quando você faz uma boa ação
Você se sente mais útil e mais feliz.
Quando você faz uma boa ação
Você entra numa vida nova
Você fica de bem com os outros
E sua vida mais preciosa.
Pseudônimo: Biel
Samuel Levi Alves Cruz – 5ª B
Como é bom ter amigos
Eu tenho vários amigos
Pardos, brancos e negros.
Não importa a cor dos amigos
1º
O que importa é guardá-los no peito.
LUGAR
É muito bom ter amigos
Amigos de verdade, do peito.
Eu não podia imaginar
Que eu teria tantos amigos pra compartilhar.
Compartilhar a alegria, a vida, a vitória.
Todos nós formamos uma grande família.
Uma família de amigos.
Uma família de vitórias.
Pseudônimo: Levi
FINALISTAS DO CONCURSO NOITE DA
POESIA (JUVENAL / 2008)
CATEGORIA: Patativa do Assaré
Júlio Arnaldo Almeida Rezende
6ª A
Da minha janela eu vejo
Da minha janela eu vejo
Crianças a brincar, correria sem parar,
Gente indo, gente voltando,
Gente sorrindo, gente chorando.
Da minha janela eu vejo
O sol a brilhar, os pássaros a cantar,
Pessoas regando flores
Borboletas de muitas cores.
Da minha janela eu vejo
Tudo o que posso ver
Pessoas vivendo, o mundo se mexendo,
O tempo passando, a vida se findando.
Da minha janela eu vejo
Um menino que não vê nada
Pois sua mente está cerrada
Mas se ele usar a imaginação
Poderá ver de montão.
Da minha janela eu vejo
Outra janela perto de uma favela
Não sei quem é o dono dela
Só sei que pra ver de montão
Precisa usar sua imaginação.
Pseudônimo: Naldo
Vinícius – 6ª
Trabalho infantil
Nós crianças precisamos
Estudar dentro da escola
Nos esforçando e brincando
De qualquer jogo de bola
E não nos tornarmos como
Aqueles que cheiram cola.
A humanidade inventou
Um local genial
Com muito bom conteúdo
E de muito valor moral
Criando também diversos projetos
Para termos uma escola legal.
Temos português e futebol,
E a importante poesia em cordel,
A matemática raciocínio
Não digo de forma cruel
O apoio escolar
E a reprovação da dança do “créu”.
Todos na família
Sempre devem colaborar
Deixando crianças na escola
Sem deixá-las trabalhar
Ou andando de rua em rua
E entrando de bar em bar.
Pseudônimo: Shakespeare
Letícia Macedo – 6ª
Mendigo
Passeando livremente
Pelo centro do Rio de Janeiro
Vi circular muita gente
Em pleno mês de fevereiro.
Vi um homem todo sujo
Catando o lixo nas latas
Disseram-me que era mendigo
Conhecido como vira-lata.
Disseram-me também
Que ele era de família rica
Mas por ser cego foi rejeitado
E por ninguém é amado.
Ao vê-lo me lembrei
Que há muitos nessa realidade
Soltos no mundo
Por causa da desigualdade
Sua rotina é a mesma
Esperando a compaixão
E procurando no lixo
Um pedaço de pão.
Ele vê no mundo
Um bando de ingratos
E o mundo o vê como um bicho
Um rato fuçando no mato.
Ele vê a vida
Como uma desgraça
Como um lixo
Como uma praga
Ele sonha em ser feliz
Ter uma simples casa
Ser tratado como gente
Ter uma família
E passear livremente.
Leonardo Jorge Bessa T. Filho
7ª A
Pensamento do povo
Esse povo é muito louco,
Porque não pensa no que
está fazendo
Destruindo tudo no mundo
Mesmo sabendo o que
está acontecendo.
Depois chega outro dizendo:
“É pra ganhar dinheiro”.
E quem é que ganha dinheiro
jogando lixo no chão?
O catador de lixo que vive dizendo:
“Cantando eu vivo e vou vivendo”.
Ao ouvir aquilo
Fico morto de raiva
Quase que esgano aquele,
Que teve a cara-de-pau de dizer isso,
Ainda com jeito de afirmação
Como se tivesse razão.
Mandei-me logo dali,
Querendo não ouvir mais besteira
Daquela boca sorridente que fazia,
Pensando que era apenas piada
Toda a minha barulheira.
Quando será?
Que esse povo vai perceber?
Que tudo vai se acabar,
Se a gente não se mexer?
Pseudônimo: Menino Moleque
Antônio Fernandes Serpa
Maciel Filho – 6ª C
1º
LUGAR
Colégio Juvenal de Carvalho
Você faz parte da minha vida.
Todo o meu tempo te dedico.
Sinto como se fizesse parte da
minha família.
Todos os meus pensamentos te aplico.
Teu conhecimento me faz crescer.
Enriquecendo o meu viver.
Grande fonte de saber.
Grandes horizontes me fazem ver.
Alargando meus passos rumo
à cidadania.
Porque um cidadão eu quero ser.
Os mestres, grandes companheiros
nessa jornada.
Sem eles não haveria conhecimento.
Sem eles o Colégio não seria nada.
Sob tua proteção comecei bem cedo
muito pequeno.
Sob tua proteção quero continuar
crescendo.
Colégio Juvenal de Carvalho, nunca te
esquecerei.
Colégio Juvenal de Carvalho, pra
sempre te amarei.
FINALISTAS DO CONCURSO NOITE DA
POESIA (JUVENAL / 2008)
CATEGORIA: Cecília Meireles
Lisandra Sousa da Costa – 9ª B
Meu verdadeiro desejo:
Sinto-me presa num ciclo contínuo,
Roda da fortuna, círculo vicioso e indestrutível;
Estou acomodada com a rotina vazia.
Porém meu verdadeiro desejo não é esse.
Mesmo ficando em silêncio e consentindo tudo,
Na verdade estou gritando e chorando por dentro.
Músicas, palavras e estrelas me encantam,
Porém não espantam o vazio que sinto
E não me deixa viver, só existir.
Estou aqui, não esqueçam!
Acorrentada e presa. Soltem-me!
Somente machucada e com lembranças
Saberei que estou viva.
Eu só queria voar, é pedir muito?
Dêem-me asas, quero sentir o vento
Ao cruzar o céu azul-marinho banhado em estrelas.
Por que não posso? Sou tão ingênua quanto os pássaros.
O tempo também voa. Por que eu não? Sou tão única quanto ele.
Ninfas também voam e eu danço tão bem...
Os anjos...
Tudo bem, nessa me venceu, Não sou tão pura e sagrada.
Entretanto o amor é sagrado,
Amor, você tem asas, não tem?
Ensina-me a voar e assim terei liberdade,
Voando eu existo e sou livre.
Preciso de uma recordação, além de ter asas,
Verei liberdade em seus lábios
Formulando somente a mim,
Em qualquer língua, enfim,
“Eu te amo”, sinceramente.
Pseudônimo: Ran Tsukino
Manon Tahnee Wallerick – 8ª B
Calçada das ilusões
Pareço estar diante de um tribunal
Em condenar-me à solidão.
Há uma fenda em minha alma
Que deseja o esquecimento.
Mas as lembranças insistem em abrir
Essa fenda que controla meu coração.
E eu, que desejava o esquecimento,
Ganhei a noite que trouxe consigo
O mais belo sonho, com você!
A ilusão mudou o quadro, e a paisagem!
É o desejo de estar na parte oculta
Do meu lado mais forte.
Vejo a luz de uma estrela, até então
Perdida em meu olhar.
Seu mistério finalmente
Me revelou uma ternura sem fim!
E nela vou me afundando mais e mais,
Até o túnel infinito.
Pseudônimo: Anjinha Má
Camylla Renata Ribeiro Freire – 9ª
Lost and Damned
Na beira do precipício encontroo resto de minha razão
A parte que não foi corroída pela dor e pela loucura
Meus pés estão cravados na beira do medo
Mas meu coração descompassado perde o equilíbrio
Eu caio... Caio em um buraco sem fundo
E o vento parra por meu corpo molhado de chuva e lágrimas
Levando minha mente sem destino
Enquanto meu corpo cai no precipício da solidão
O vento enregela meus membros e me martiriza
Mas isso já não me importuna
Já não sinto mais a dor terrena
Ela não é nada comparada ao que levo dentro de mim
Sem que saibam. Sem que entendam.
Vejo cair os que me cercam
Sem poder ajudar, sem poder impedir que se lanceiem
Mais um ao meu lado caiu, não consigo ajudar
Talvez tu me domines covarde,
E estaria certo, pois estou esquivando-me
Do que não consigo evitar
Estou deixando-os desesperados.
Tentei demais, cansei
A mente é mais rápida que o corpo
Pensei em tudo o que estava fazendo enquanto caía
Pseudônimo: Chii Lolindir
Vitória Eliza Rodrigues Mecenas
8ª Única
O tempo
O passado foi presente
O presente é passado
O futuro é presente
Coisas que confundem a gente.
Um minuto atrás
Um minuto a mais
Um minuto agora
Um minuto foi embora.
O tempo passou, o tempo passa,
o tempo passará
E assim a rotina do tempo sempre será
Sempre foi, sempre é
Homem ou mulher
Menino ou menina
O tempo leva sempre a mesma rotina.
O relógio é seu parceiro
E ajuda o tempo a passar
Às vezes é bem ligeiro
E outras bem devagar.
Pseudônimo: Brisa
Leonardo Liberato Pontes
Cavalcante 8ª D
1º
LUGAR
Poesia das Cores
Poesia das Cores...
Poesia das flores...
Poesia dos cantos que falam de prantos.
Poesia calada que não sai nada...
Poesia mimada sempre esperada.
Poesia do céu... poesia ao léu...
Que sonhou de véu e grinalda
Paletó branco e gravata
No altar em uma tarde de amor.
Poesia sonhada que fala de encantos...
Poesia de linhas, de pontos e rimas.
Poesia apaixonada...
Que um dia te escreveu
Falando de beijos e sonhos
E de tudo de mais lindo que viveu.
Poesia de fim...
Que sempre acaba assim
Sozinha como uma rosa
Morta no jardim.
Pseudônimo: Pé no nosso chão
FINALISTAS DO CONCURSO NOITE DA
POESIA (JUVENAL / 2008)
CATEGORIA:Carlos Drummond
Angélica Gadelha Guimarães 2º B
Sua jaula está limpa
Não venho para falar de flores
Anestesia a todos aplicada
Venho para falar dos podres
Animal silvestre com um machado na mão!
A beleza tão aqui louvada
Parece-me uma grande farsa
Uma venda nos olhos amarrada
Uma anestesia a todos aplicada
Venho para falar dos podres
Da família, da igreja, dos louvores
Da polícia, da política, dos falsos valores
E pra isso não pretendo rimar
“Suja, podre e imbecil”
Por dentro e por fora
E isso não pretendo deixar de ser
Animal silvestre com um machado na mão!
Venha polícia, crucifique-me com seu autoritarismo ridículo
Venha igreja, crucifique-me com seus dogmas alienantes
Venha família, crucifique-me com seu amor sufocante
Venha, TV, crucifique-me com suas modinhas medíocres
Agarre meu pescoço
Amarre meus braços
Tire minhas forças
Feche meus olhos
Bloqueie meu cérebro
Transforme-me em uma máquina
Com valores pré-fabricados, paixões previsíveis.
Para ser exemplo aos futuros inconformados
Todos os problemas sociais
Que poderiam aqui ser apresentados
Nada mais são que repetições
Daquilo que todos já sabem decorado
Porém já é tão sabido
Que se torna banal
E os jovens, sadios e bem servidos
Teleguiados, nada movem contra esse mal!
Pseudônimo: Angad
Juliana Rabelo – 3º B
De uma pré universitária apaixonada
Parasíntese,
Primeira do plural.
Sou Amitis,
Você, Nabucodonosor.
Contrário a lei da gravidade,
E todos os teoremas,
Dilemas, problemas,
Cadeias e postulados.
Um ser apaixonado
É um universo em expansão.
Os filmes não mostram
A música não canta
Os livros não contam
O que me fazes sentir.
Dessa saudade salobra,
Que já estou supersaturada
Com corpo pesado de fungo.
(para Bruno)
Mas sou um resistor
De alma não-pequena,
Se tudo vale a pena.
Amar, Verbo intransitivo,
Agora elo coesivo
Dos destinos de nós dois.
Já não preciso de Passárgada,
Já não almejo a Utopia,
Os pedidos às estrelas
Começariam a cair.
Porque o que sou,
O que quero e preciso,
O meu repouso,
O meu abrigo está aqui.
Entre tabuleiros, planaltos,
Entre devaneios e medos,
Entre altos e baixos,
Entre mortos e feridos,
Ao Amor de Salvação
E nada está perdido:
Se estou contigo,
Para tudo há solução.
Entre patos e borboletas,
Entre estrelas e cometas,
Entre cartas e depoimentos,
Entre jardins suspensos e rosas
[roubadas...
Entre uma vida toda e a solidão,
Entre dezoito anos de desespero
E dezesseis de prisão, sem intervalo,
Entre uma vida toda e uma paixão...
Entre palavras e promessas,
Entre encontros marcados,
Entre hipérboles, eufemismos,
Entre elipses, esconderijos,
Entre árvores e praças,
Entre abraços e beijos...
Entre promessas cumpridas...
Entre hipóteses, teorias,
Experimentos,
Sem documentos, amor,
Eu te juro: não há em lugar algum
Quem faça o bem que você faz
A esta meio-menina,
Meio-mulher, meio-mocinha,
Meio-eu sem você, denotativamente.
Meio-força, meio-alegria
Meio-sorriso, asa partida,
Meio-eu assim, longe de ti.
Longe de ti é tudo saudade.
É meio-vida, meio-morte,
É meio-azar, meio-sorte,
É tudo, tudo pela metade.
Pseudônimo: Queen
Bruna Santos Silva – 1º D
Lamento
Meus olhos lentamente se fecham
Fecham-se como a rosa que murcha
Outrora vislumbram beleza
Agora são apenas súplicas
Imploram que não se percam
Em meio a jardins sórdidos
Que não se percam
Em meio a esse corpo mórbido.
Da minha boca inerte
Emana o amargo,
Da fria agonia presente em meus lábios
Que calou meus versos
Por eles sussurrados.
Sinto-me envolvida por essa escuridão
Cada vez mais, perco minha razão.
A cada lágrima derramada
Por meu coração...
Na fria madrugada
Que encontro-me, então.
Eu grito o grito calado.
Irreal, latente
Suspenso no espaço
Quieto, ausente
Assassinado em meus lábios
Que jazem imóveis
Após serem beijados
Pela dama negra
Da face oculta
Que murcham as rosas.
Trucida, usurpa
Infame, silenciosa
Arranca-me o último lamento
O último suspiro
Repleto de desalento
A última lágrima
Que cai gelada,
Por minha face pálida...
E sangra meu coração...
Implora um último perdão
Uma última palavra
Um último gesto de amor
Um último beijo...
Implora mais uma vez que maus versos
Não sejam...
Apenas palavras que oscilam ao menor vento
Mas que sejam como o último suspiro
De uma alma perdida
Estúpida inválida
Que nessa fria madrugada
Permanece repleta de melancolia,
Repleta de nostalgia
Que não se conforma
Com a sina lhe destinada
Que seja o último lamento
De uma alma solitária
O último lamento
De uma alma desamparada.
Pseudônimo: Vampira poeta
Lucas Castelo – 2º D
Gene triz
Rebento ao empírico do fúnebre de que me serve de gene triz
Olho a penumbra de o crepúsculo alastrar-se em meu pensamento
Olho atento o luar o soar das vozes, os miseráveis mortos.
Na angústia do espaço
Nas lápides escritas de esperanças.
Ao plano vejo o capim maduro sustentando das carnes um dia vivido
Ao longe vejo a ausência
A cada ensejo um sorvo de sangue com álcool.
Vinho que me parece água, pela tristeza da saudade.
Vejo as horas que ficam pra trás
Indivíduos que obtiveram a morte.
Por notar que a existência é uma ida sem volta
Uma falha a ser seguida
A negritude do lugar me fez pensar em um dia à morte conhecer
Em conceber uma ida sem volta
Sem amor e sem dor.
Mas a mesma escuridão me fez pensar em viver os dias sofridos
Já na madrugada o vinho consumido
O fumo tragado
Deito-me à lápide.
Lápide daquela que me pôs ao mundo
O fruto dela deita-se sobre a mesma.
Nos céus o negro interminável me cega à dimensão da mente
Nos olhos ardentes sinto a lágrima involuntariamente cair
Adverte do cingir quente
Agora jaz não, mas ardente.
O terreno tem a sua vivacidade
O seu odor, terra que vos nutriu.
Nesse período de saudade a história lhe nada vale
A cada momento um sofrimento.
Caminho nas pedras agora, pra ir embora
Do sofrimento e lamento.
Nas grades me vejo preso à dor infinita
Dor incomensurável.
Na rua saio vejo a cada passo a Cíntia e a lápide longe de mim
O calor esvaindo e a dor saindo
Ando até qualquer canto.
Agora não tenha
Mas quem me guie as ruas
Ruas sem saída.
Joaquim Sobreira Filho – 3º B
A Queda
A chuva cai,
corre.
O pingo cai,
molha.
Um sonho cai,
realidade.
As folhas caem,
outono.
O muro cai,
liberdade.
Os sonhos caem,
trevas.
1º
LUGAR
Um anjo cai,
inferno.
Os céus caem,
inverno.
A chuva cai,
corre.
O homem cai,
morre.
Pseudônimo:Don Corleone
Download

finalistas do concurso noite da poesia (juvenal / 2008)