Tecnologias para produção de alface em clima quente
Luiz Antonio Augusto Gomes
Departamento de Agricultura
Universidade Federal de Lavras
1- INTRODUÇÃO
A alface (Lactuca sativa L.) é uma espécie originária da região do mediterrâneo,
tendo sido difundida na Europa a partir do século XV. Sua introdução nas Américas se
deu juntamente com a chegada dos colonizadores europeus, possivelmente por volta de
1494 (Ryder, 2002). Já, no Brasil, isto ocorreu por meio dos portugueses em 1650.
A alface é a hortaliça de maior importância mundial entre as folhosas,
destacando-se, no Brasil, pela presença constante na mesa dos consumidores, sendo
utilizada principalmente de forma in natura, em saladas frescas. Nos últimos anos tem
crescido também, de forma significativa, o mercado de alface para processamento, com
o objetivo de atender principalmente às redes de fast-food, assim como restaurantes de
grande porte, industriais e hospitalares, entre outros.
Dentre os tipos de alface mais comuns, citados por Filgueira (2008), o consumo
no Brasil tem se concentrado atualmente em três tipos principais, a alface de folhas
lisas, a alface de folhas crespas e soltas e a alface de folhas crespas repolhuda,
denominada alface “americana”. Até a década de 1980 predominava a produção e
consumo da alface do tipo lisa, no entanto a introdução de novas cultivares, assim como
diferentes exigências e preferências do mercado levaram a um crescimento dos outros
dois tipos, em detrimento da alface de folha lisa, resultando em uma mudança neste
mercado e redução gradativa de sua importância no mercado nacional. Como exemplo,
na CEAGESP da cidade de São Paulo, com destaque para o período entre 1995 e 2005,
o volume de alface lisa comercializado passou de 51% para 12%, correspondendo a
cerca de 11% em 2011 (Sala, 2011). Esta redução se deu em vista da substituição pelas
cultivares, principalmente do tipo crespa de folhas soltas inicialmente, seguida de
cultivares do tipo americana.
Atualmente, o segmento mais comercializado no Brasil é do tipo crespa de
folhas soltas, que correspondeu a 48% do total comercializado no ano de 2010
(ANUÁRIO..., 2012). Já a crescente aceitação pelo mercado consumidor brasileiro da
alface do tipo americana é consequência de mudanças significativas ocorridas em
1
relação ao mercado, principalmente por causa das empresas de processamento. Até
início da década de 80 esse tipo de alface era praticamente desconhecido da maioria do
público consumidor, sendo que sua produção era concentrada numa determinada época
do ano em algumas áreas do cinturão verde de São Paulo (Sala, 2011). Este tipo de
alface foi inicialmente desenvolvido para atender às necessidades do agronegócio de
produção norte americana, sendo introduzido no Brasil na década de 70 (SALA &
COSTA, 2012). Esse tipo de alface se diferencia das demais por apresentar folhas
externas de coloração verde-escura, e as internas amarelas ou brancas, imbricadas e
crocantes, semelhantes às folhas do repolho, o que facilita sobremaneira seu manejo
pós-colheita.
Devido principalmente à alta perecibilidade da alface, associada à grande
extensão de nosso país, com grandes centros urbanos espalhados por todas as regiões,
tem-se procurado produzir alface praticamente em todas as regiões, durante o ano todo,
com o objetivo de ofertar produto de qualidade diariamente ao consumidor. Em vista
disso, cultivares desenvolvidas e adaptadas para condições climáticas diferentes,
principalmente quanto à temperatura, umidade e fotoperíodo, tem sido utilizadas em
todas as regiões brasileiras, levando à ocorrência de problemas que podem comprometer
a produção, reduzir a qualidade do produto comercializado e comprometer a renda do
produtor.
A grande maioria dos problemas enfrentados pelo produtor de alface no Brasil
está relacionada, principalmente, às temperaturas elevadas. Por ser originária de
condições de clima ameno, é constante a busca por soluções eficientes para o cultivo
desta hortaliça em condições tropicais e subtropicais. No Brasil, contribuições
significativas por parte de pesquisadores, a exemplo dos trabalhos realizados no IAC
pelo pesquisador Hiroshi Nagai e na ESALQ, pelo Prof. Ciro Paulino da Costa, entre
outros, além de empresas privadas, permitiram, a partir das décadas de 1970 e 1980,
uma maior independência no que diz respeito à produção de sementes e à utilização de
cultivares nacionais. Apesar disso, principalmente no verão e em regiões de
temperaturas mais elevadas, alguns problemas ainda persistem junto aos agricultores
brasileiros, o que continua demandando o desenvolvimento de tecnologias para atender
às suas necessidades, quais sejam alcançar melhor desempenho em produtividade e
qualidade a partir das cultivares atualmente disponíveis, bem como de geração de novas
cultivares mais bem adaptadas.
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Diversos são os problemas advindos da temperatura elevada que podem afetar a
alface. Entre estes, podem ser citados aqueles que não dependem propriamente das
cultivares utilizadas e que são favorecidos pelas condições ambientais, tais como a
maior incidência de doenças provocadas principalmente por nematoides, fungos e
bactérias, assim como alguns inerentes às cultivares, em resposta às temperaturas
elevadas, tais como indução ao florescimento precoce, ocorrência de termo-inibição em
sementes, maior dificuldade na formação de cabeça em alface americana, redução no
tamanho e massa da cabeça e ocorrência de deficiência de cálcio causando o tip-burn.
Em todos os casos, tem-se procurado manejar tanto o ambiente quanto as
próprias cultivares, visando a diminuir os danos causados por estes problemas.
2- MANEJO DA ALFACE EM CONDIÇÕES DE TEMPERATURA ELEVADA
A pesquisa em agricultura tem se pautado principalmente em desenvolver
conhecimentos e tecnologias que possam ser aplicadas para a melhoria da qualidade, a
elevação da produtividade e a redução do impacto ambiental na produção agrícola. Em
função disso, procura-se, por um lado, manejar o ambiente buscando alternativas que
minimizem eventuais estresses causados às plantas, e por outro, manejar os genótipos,
promovendo mudanças nestes que permitam sua melhor adaptação em relação às
condições às quais se encontram expostos. Assim, os pesquisadores caminham
procurando modificar o ambiente para melhor adaptação de diferentes genótipos, bem
como modificar genótipos para que se adaptem melhor aos diferentes ambientes,
tentando obter a melhor expressão fenotípica possível de um determinado genótipo,
colocado em dado ambiente.
Neste contexto, no que diz respeito ao cultivo da alface em condições de
temperaturas elevadas, podem ser destacadas diferentes práticas de manejo. Aquelas que
buscam a promover um maior conforto ambiental para as plantas e, consequentemente
uma melhor resposta em termos de produção e produtividade, assim como aquelas
caracterizadas pelos esforços envidados com o intuito de se obterem materiais mais
tolerantes e melhor adaptados ao calor.
2.1- MANEJO DO AMBIENTE
No que diz respeito ao manejo do ambiente, podem se destacar as práticas que
visam a promover melhores condições para que as plantas possam expressar seu
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máximo potencial de produção, conforme o genótipo. Assim, o cultivo protegido, a
nutrição adequada, o manejo da água, o uso de práticas de prevenção de doenças, entre
outras, devem ser práticas realizadas, de tal forma que atendam da melhor maneira
possível aos diferentes genótipos.
Como importante prática de manejo ambiental, o cultivo em ambiente protegido
surgiu como uma das alternativas que se propõe a promover melhores condições para o
cultivo de diferentes espécies. Conforme Sentelhas e Santos (1995), melhores condições
de desenvolvimento e produção para as plantas podem ser obtidas em cultivo protegido,
em função de alterações microclimáticas que ocorrem nestes ambientes, favorecendo e
protegendo as culturas. No caso da alface, em condições de temperatura elevada, o
cultivo protegido permite a utilização de práticas que podem minimizar a ação do calor
diretamente sobre as plantas. Segundo Filgueira (2007), a utilização de ambiente
protegido constitui-se em uma alternativa viável para reduzir possíveis prejuízos
econômicos do produtor e melhorar a qualidade do produto, na medida em que
proporciona um microclima favorável para o desenvolvimento da cultura.
Como características desejáveis na produção da alface, destacam-se o maior
número de folhas por planta e massa fresca elevada, associados a folhas tenras e de
sabor suave. Estas características podem ser influenciadas pela cultivar, pelo
fotoperíodo e também pela temperatura (OLIVEIRA et al., 2003). Quando exposta a
condições de estresse, como em altas temperaturas, a alface tende a reduzir seu ciclo,
comprometendo a produção e tornando as folhas mais rígidas (ABURRE et al., 2003).
Diferenças na massa fresca comercial de alface americana, cultivar Raider, foi
observada por Yuri et al., (2011) em Três Pontas, MG, cujos resultados foram de 570,1
g planta-1 na época de inverno reduzindo para 319,0 g planta-1 no verão,
Como alternativa para minimizar efeitos da incidência de raios solares
diretamente no ambiente em que as plantas se encontram, bem como da elevação da
temperatura, podem ser utilizados principalmente dois tipos de telas, as telas de
sombreamento e as telas termo refletoras, em diferentes intensidades de sombreamento.
2.1.1- TELAS DE SOMBREAMENTO E TELAS TERMOREFLETORAS
As telas para sombreamento denominadas sombrite, são destinadas para o
controle solar em diversas culturas agrícolas, onde seu uso correto garante maior
produtividade, homogeneidade no crescimento e melhor sanidade das plantas.
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Normalmente, de acordo com os fabricantes, são confeccionadas em polietileno de alta
densidade, recebendo aditivos especiais que as protegem contra a radiação “UV”,
tornando-as resistentes e com alta durabilidade. Elas podem ser confeccionadas em
cores e malhas diferentes, o que vai caracterizar o tipo de uso e intensidade de sombra
necessária. Oferecem sombreamento variável, podendo chegar a 80%. As telas de
sombreamento de cor branca normalmente são utilizadas em culturas que necessitam de
sombreamento, porém sem comprometer a qualidade da luz incidente nas plantas.
Alguns autores evidenciam a crescente utilização de telas de sombreamento para
regularizar a produção, contornando fatores característicos de regiões tropicais, que
resultam nos principais problemas relacionados à elevada temperatura e irradiância,
(Silva, 1999 e Queiroga et al. 2001). O emprego de telas de sombreamento se destaca
entre as técnicas utilizadas para a diminuição da temperatura, por ser uma das soluções
de menor custo econômico, conforme destaca Novo et al. (2008).
A melhoria da qualidade da folha pode ser conseguida por meio do uso de telas
de polipropileno, sombrite, reduzindo a incidência direta dos raios solares em espécies
que necessitam de menor fluxo de energia radiante (BEZERRA NETO et al., 2005). O
uso de telas de sombreamento em locais de temperatura e luminosidade elevadas pode
contribuir para diminuir os efeitos extremos da radiação, principalmente a
fotorrespiração, e proporcionar maior produtividade e qualidade das folhas para
consumo (SILVA, 1998).
Ao avaliar diferentes tipos de cobertura para atenuar a radiação solar e
luminosidade, por meio de telas branca, verde e preta, Sentelhas et al. (1998)
verificaram na tela branca, menor irradiação solar global (26,6%) e menor luminosidade
(25,1%) em relação à tela preta, com irradiação solar global (55,4%) e luminosidade
(52,3%). A relação entre a cultivar utilizada e o tipo de tela de sombreamento
evidenciam que os efeitos da temperatura e luminosidade elevadas podem ser
minimizados de forma significativa em condições tropicais, a exemplo de Mossoró-RN,
onde ao utilizar tela de sombreamento, QUEIROGA et al., (2001) verificaram maior
ganho de produtividade de alface no cultivo sob ambiente protegido, quando comparado
ao cultivo a céu aberto. Também foram observadas maiores rendas bruta e líquida e uma
maior taxa de retorno com tela branca e com a cultivar Great Lakes. SEABRA JUNIOR
et al., 2009, verificaram maior produção da cultivar Verônica em ambiente com maior
porcentagem de sombreamento, onde ocorre a redução da temperatura, e BEZERRA
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NETO et al., 2005 observaram maior produção de massa seca, tanto na fase de
formação de mudas quanto na fase de campo. O sombreamento de 30% proporcionou
maior altura de plantas e maior produção de massa seca de plantas de alface, tanto na
fase de formação de mudas quanto na fase de campo (Ramos, 1995).
Schoeninger et al., 2011, observaram que a variação da incidência solar através
da utilização de sombrite não apresentou alteração significativa na altura das plantas de
alface, porém com relação ao diâmetro das folhas e ao peso da massa fresca das plantas,
verificaram que a variação da incidência da radiação solar através da utilização do
sombreamento acarretou em alterações significativas. Ambas as variáveis apresentaram
valores maiores na parcela que recebeu integralmente a proteção com o uso do sombrite
60% de sombreamento, confirmando que a utilização de mecanismos que visam ao
controle da incidência solar contribuem para aumento na produção de fitomassa na
cultura da alface.
A utilização de telas termorefletoras é uma tecnologia que vem sendo utilizada
mais recentemente e que vem contribuindo para a diminuição da temperatura nos
ambientes em que são colocadas. Avaliando a eficiência de telas termorefletoras e de
sombreamento em ambiente protegido tipo telado sob temperaturas elevadas,
Rampazzo, et al., (2014), verificaram que o uso das telas foi eficiente na redução da
temperatura do ar e do solo e na redução da luminosidade, além de propiciar um
aumento na umidade relativa do ar, indicando ser viável o uso destes materiais para
cultivo em condições tropicais. Assim, sua utilização pode, ao promover o
sombreamento na área, contribuir para uma maior produtividade da alface.
Normalmente a tela termorefletora é revestida de alumínio e tem fios retorcidos,
propondo-se a reduzir a temperatura do ambiente em torno de 10 a 20%, além de
fornecer cerca de 15% de luz difusa ao ambiente, não afetando os processos
fotossintéticos (Aburre et al., 2003). Estas telas podem apresentar vantagem relacionada
com a passagem de luz, sem calor, em forma de luz difusa, diminuindo a temperatura
por ser revestida de alumínio (Santos et al., 2010). Utilizando tela de sombreamento de
30 e 50% e tela termo refletora também de 30 e 50%, Diamante et al. (2013),
conseguiram retardar o florescimento em plantas de alface de 77 dias em campo aberto
para 83 dias nos ambientes com 50% de sombreamento e de termoreflexão. Em
experimento realizado no período de agosto a setembro de 2009, no Município de
Cáceres-MT, Santos et al. (2010), verificaram que o uso de telas de sombreamento foi
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eficiente na redução da luminosidade e da temperatura do ar e do solo, demonstrando
ser viável o uso destas para cultivo em condições tropicais. O uso de telas
termorefletoras não foi mais eficiente do que o das telas de sombreamento, podendo
ambas serem utilizadas com eficiência para o mesmo fim.
2.1.2- MANEJO DA CULTURA
Aliadas ao cultivo em ambiente protegido, algumas práticas de manejo da
produção podem também contribuir para diminuir problemas causados pela temperatura
elevada. A nutrição e irrigação adequadas destacam-se, já que em temperaturas
elevadas, além de maior consumo de água, é comum a ocorrência de alguns problemas
de ordem nutricional em grande parte das cultivares, e, particularmente em cultivares do
tipo americana.
O desenvolvimento ideal deste tipo de alface normalmente ocorre em
temperaturas entre 15,5 e 18,3ºC (Sanders, 1999). Temperaturas elevadas podem
provocar a queima das bordas das folhas externas, contribuir para formação de cabeças
pouco compactas e também para a ocorrência de deficiência de cálcio, uma desordem
fisiológica conhecida como “tipburn” (Jackson et al., 1999). Normalmente em folhas
novas e folhas internas, órgãos cuja transpiração costuma ser mais difícil, o transporte
do cálcio depende do desenvolvimento da pressão radicular (Bradfield e Guttridge,
1984). Esta leva a uma pressão positiva que se desenvolve no xilema, causando fluxo do
líquido no seu interior, podendo assim, translocar o cálcio para estes órgãos que
apresentam dificuldades para transpirar. Desta forma, alguns aspectos responsáveis pelo
aparecimento do “tipburn” estão associados a fatores que inibem o desenvolvimento da
pressão radicular, tais como seca, vento e alta salinidade (Collier e Tibbitts,1982).
Condições que contribuem para um crescimento mais rápido da planta também
aumentam sua incidência (Thibodeau e Minotti, 1969; Nagata e Stratton, 1994). Este
distúrbio pode então se desenvolver rapidamente em plantas expostas à alta intensidade
luminosa e extensos fotoperíodos (Gaudreau et al., 1994), assim como alta temperatura
do ar (Cox et al., 1976) e doses elevadas de adubação nitrogenada (Brumm e Schenk,
1993).
Uma adubação equilibrada associada à distribuição localizada da água, de
preferência via fertirrigação, garantem melhor absorção dos nutrientes diminuindo o
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risco de eventuais problemas de deficiência e facilitando a formação de cabeças maiores
e mais compactas.
2.2- MANEJO DE CULTIVARES - MELHORAMENTO GENÉTICO
No que diz respeito ao manejo das cultivares, diversos esforços tem sido feitos
ao longo dos anos por pesquisadores de instituições públicas e empresas privadas,
procurando desenvolver cultivares mais adaptadas às condições de temperatura elevada.
Nas décadas de 1970 e 1980 grandes avanços foram obtidos a partir dos
trabalhos de pesquisadores como Hiroshi Nagai do Instituto Agronômico de Campinas
(IAC) e o Professor Ciro Paulino da Costa, da Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz (ESALQ). O primeiro obteve a série Brasil de alface na década de 1970,
liberando linhagens de alface tolerantes ao LMV e com maior tolerância ao calor, e o
segundo disponibilizou a cultivar de alface Regina, de folhas lisas com maior tolerância
ao florescimento precoce, amplamente utilizada no mercado até os dias de hoje. Estes
materiais foram também utilizados para dar origem, ou fazerem parte de programas de
melhoramento que deram origem a grande parte dos materiais de melhor qualidade que
foram disponibilizados a partir daquela época. Costa & Sala, (2005) e Sala e Costa,
(2012) mostram em seus artigos a importância da contribuição destes pesquisadores,
assim como de algumas empresas privadas do setor de produção de sementes.
A dificuldade de produção de alface do tipo americana no Brasil é destacada em
alguns trabalhos dos pesquisadores e professores Ciro Paulino da Costa e Fernando
César Sala, (Costa e Sala, 2005; Costa e Sala, 2008; Sala, 2011; Sala e Costa, 2012).
Chamando a atenção para estas dificuldades, eles sugerem o desenvolvimento de
cultivares denominadas “tropicalizadas”, materiais com folhas crocantes, sem formarem
cabeça repolhuda, o que permitiria ter um material mais adequado de acordo com a
preferência do mercado, sem, no entanto, ter os problemas de fechamento da cabeça.
Consideram assim, que esta alface do tipo “crocante” é uma contribuição da genética
brasileira, podendo ser considerada a primeira alface Longa Vida do Brasil. Este tipo de
alface visa a preencher a demanda de cultivares tropicalizadas e adaptadas para a
alfacicultura brasileira, podendo contribuir para um mercado de folhosas higienizadas e
com embalagens apropriadas nos grandes centros consumidores (Sala, 2011).
Para tanto, foi desenvolvida e lançada uma cultivar deste tipo, denominada
Gloriosa (Sala e Costa, 2008), que se encontra disponível no mercado. Esta pode ser
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uma alternativa viável, para diminuir os problemas e facilitar o desenvolvimento da
produção de alface com este tipo de folhas.
No entanto, ainda persistem algumas dificuldades que os produtores costumam
enfrentar em condições de temperatura elevada, entre as quais podem ser destacados o
pendoamento precoce, a termoinibição em sementes e a ocorrência de algumas doenças
como os nematoides das galhas.
2.2.1- RESISTÊNCIA AO PENDOAMENTO PRECOCE
Esta é uma das características mais importantes considerada nos programas de
melhoramento da alface. Após a fase vegetativa, a alface naturalmente passa para a fase
reprodutiva, o que acarreta algumas mudanças na planta. O primeiro sinal de que a
planta entrou na fase reprodutiva é a intensificação na produção de diferentes lactonas
sesquiterpênicas, o que confere às folhas um sabor amargo, tornando-as imprópria para
o consumo. O momento de início da produção destas lactonas é dependente da
temperatura e de cada genótipo.
Normalmente as temperaturas acima de 20º C
estimulam o pendoamento, reduzindo o potencial produtivo e depreciando a qualidade
da alface (CÁSSERES, 1980). O produtor colhe as plantas antecipadamente para evitar
o sabor amargo desenvolvido pelas lactonas, reduzindo o tamanho da planta
comercializada e consequentemente obtendo menor preço.
Na região de Manaus foi constatado que as cultivares que melhor se adaptam ao
clima da região, tornam- se impróprias para o consumo depois de 48 a 50 dias após a
semeadura. Esta observação foi feita por Randin et al., (2004), em cultivo protegido nos
meses de agosto, setembro e outubro, fato esse que, segundo os autores, pode ser
relacionado às altas temperaturas do local, que variaram de 24 a 31ºC.
De acordo com Ryder (1999) o pendoamento e o tempo de florescimento são
caracteres correlacionados. Quanto ao pendoamento, Lindqvist (1960) encontrou que a
resistência ao pendoamento é governada por uma série alélica Sp, sp2, sp1, sp. Já Ryder
(1983, 1988) identificou dois alelos parcialmente dominantes, Ef-1 e Ef-2, para
pendoamento precoce em alface americana, sendo estes genes dependentes de dias
longos. Trabalhando com gerações segregantes, oriundas do cruzamento entre pais
contrastantes, para a característica de número de dias para pendoamento, Silva (1997) e
Silveira et al. (2002) obtiveram na geração F2 plantas com florescimento mais lento, sob
altas temperaturas, nas regiões de Campos dos Goytacazes (RJ) e Gurupi (TO),
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respectivamente. Constataram também, uma dominância parcial no sentido do
florescimento mais lento, embora os efeitos aditivos tenham sido predominantes. Fiorini
et al., (2005) observaram na geração F2 do cruzamento entre a cultivar Regina 71
(tolerante ao florescimento precoce) e Grand Rapids (sensível ao florescimento
precoce), plantas cujo número maior de dias para florescimento foi superior à cultivar
Regina 71.
Esta situação demonstra a possibilidade de seleção de plantas de florescimento
mais tardio, permitindo a obtenção de linhagens promissoras para esta característica, a
exemplo do trabalho de Vecchia et al., (1999) com o lançamento da cultivar Vera, nova
cultivar de alface crespa resistente ao florescimento prematuro selecionada através do
método genealógico a partir do cruzamento entre as cultivares Verônica e Slow Bolting.
2.2.2 TOLERÂNCIA À TERMOINIBIÇÃO
As sementes de alface apresentam alta sensibilidade às condições do ambiente, o
que pode ocasionar problemas na germinação ou ser responsável pela má qualidade das
sementes. A alta qualidade das sementes promove uma maior porcentagem de mudas
vigorosas, com maior número de folhas, maior altura da parte aérea e comprimento de
raízes, além de maior massa fresca (Franzin et al., 2005), condições estas, que podem
garantir elevada produtividade.
Normalmente as sementes de alface germinam bem em temperaturas na faixa de
18 a 21°C, podendo, no entanto germinar em temperaturas próximas a 0ºC (AOSA,
1993). Já em temperaturas acima de 30°C, ocorre a diminuição ou até mesmo a inibição
da germinação, denominada termoinibição (Cantliffe et al., 2000). O mecanismo de
ação da germinação de sementes de alface em altas temperaturas parece estar
relacionado com o enfraquecimento do endosperma, o qual permite o crescimento do
embrião na temperatura de 35°C. Esse enfraquecimento do endosperma tem sido
associado com a atuação da enzima endo-b-mannanase na região micropilar da semente,
ao etileno e ao ácido abscísico. A suspensão da germinação em condições de
temperatura elevada também é influenciada pelo genótipo (Thompson et al., 1979).
Dessa forma, a ação isolada ou conjunta desses fatores determinaria estandes
desuniformes, conseqüentemente baixas produtividades.
No Brasil, temperaturas acima de 30ºC são comuns em algumas regiões,
podendo causar problemas na germinação das sementes de alface em bandeja ou em
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semeadura direta. Alguns artifícios são utilizados pelos agricultores, como colocar as
bandejas úmidas empilhadas por alguns dias após a semeadura para amenizar o calor.
Outra opção é o condicionamento osmótico (priming) da semente. Esta metodologia
consiste em colocar as sementes sob condições ótimas por um tempo determinado,
fazendo-as chegarem a fase 3 da germinação mais uniformes. Os pré-tratamentos são
muito eficientes, mas sua utilização requer trabalho adicional ao agricultor e pode levar
a uma diminuição no tempo de armazenamento da semente (Hill et al., 2007).
Uma alternativa viável seria a utilização de cultivares termotolerantes, o que
seria de interesse para o plantio em todas as estações e regiões do Brasil. No entanto,
ainda é limitada a oferta de cultivares de qualidade quanto à germinação em
temperaturas elevadas, para serem utilizadas pelos agricultores.
A partir do cruzamento entre Lactuca serriola (UC96US23) e „Salinas‟ foi
identificado um QTL Htg6.1 (Argryris et al., 2005). Posteriormente, elucidou-se que o
Htg6.1 derivado de UC96US23, é potencialmente um gene recessivo e este pode estar
relacionado com a biossíntese do ácido abscísico ou eventos relacionados ao ácido
giberélico (Argryris et al., 2008). Rezende (2012) ao avaliou diferentes genótipos
quanto à tolerância ao florescimento precoce e à termoinibição com vistas a identificar a
existência de variabilidade genética para a característica de germinação em temperatura
de 35ºC. Como resultado, observou a existência de variabilidade genética, com
materiais como a cultivar Salinas 88 cujas sementes germinaram 1% em teste logo após
a colheita e 2% aos seis meses após a colheita, diferindo da cultivar Everglades, com
germinação de 86% logo após a colheita e 76% aos seis meses após a colheita. Este
autor verificou também valores altos para herdabilidade no sentido amplo para o caráter,
nas duas épocas, o que permite antever a possibilidade de sucesso com a seleção.
2.2.3 RESISTÊNCIA AOS NEMATOIDES DAS GALHAS
Em épocas de temperatura elevada outro problema que tem ocorrido na alface é
a infecção pelos nematoides das galhas, principalmente Meloidogyne incognita e
Melidogyne javanica. Em áreas de produção de alface americana, mesmo no sul de
Minas Gerais, esta tem sido uma preocupação dos produtores, em função das elevadas
perdas ocorridas. Métodos de controle químico, mecânico e biológico tem sido
utilizados, porém sem alcançar uma eficiência desejável, além de onerar a produção,
podendo ainda causar maior impacto ambiental, quando se utiliza produtos químicos.
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A resistência genética, a exemplo do que é utilizado para outras espécies, seria uma
alternativa viável e, esta tem alface tem sido documentada para diferentes cultivares há
alguns anos (Charchar & Moita, 1996; Gomes et al., 1996; Mendes, et al., 1996;
Carneiro et al., 1997 ; Wilcken, 2005), no entanto, entre os materiais não se encontram
cultivares comerciais de que apresentem um nível de resistência satisfatório. Assim, fazse necessário a realização de trabalhos de melhoramento visando a incorporar esta
resistência em materiais comerciais.
A resistência a nematoides das galhas em alface encontra-se documentada na
cultivar de folhas crespas e soltas Grand Rapids, como sendo controlada por um gene
(Me) (Gomes et al., 2001) com efeito aditivo e dominância parcial no sentido da maior
resistência, ou pelo gene Me2 na cultivar Salinas 88, que tem um efeito maior, porém
com ação de genes menores, modificadores (Carvalho Filho, 2010)..
O cruzamento entre cultivares com boas características comerciais e estas
cultivares, pode permitir a melhoria no nível de resistência, contribuindo para a
obtenção de novas cultivares com menor fator de reprodução de nematoides.
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1 Tecnologias para produção de alface em clima quente Luiz