Tecnologias para produção de alface em clima quente Luiz Antonio Augusto Gomes Departamento de Agricultura Universidade Federal de Lavras 1- INTRODUÇÃO A alface (Lactuca sativa L.) é uma espécie originária da região do mediterrâneo, tendo sido difundida na Europa a partir do século XV. Sua introdução nas Américas se deu juntamente com a chegada dos colonizadores europeus, possivelmente por volta de 1494 (Ryder, 2002). Já, no Brasil, isto ocorreu por meio dos portugueses em 1650. A alface é a hortaliça de maior importância mundial entre as folhosas, destacando-se, no Brasil, pela presença constante na mesa dos consumidores, sendo utilizada principalmente de forma in natura, em saladas frescas. Nos últimos anos tem crescido também, de forma significativa, o mercado de alface para processamento, com o objetivo de atender principalmente às redes de fast-food, assim como restaurantes de grande porte, industriais e hospitalares, entre outros. Dentre os tipos de alface mais comuns, citados por Filgueira (2008), o consumo no Brasil tem se concentrado atualmente em três tipos principais, a alface de folhas lisas, a alface de folhas crespas e soltas e a alface de folhas crespas repolhuda, denominada alface “americana”. Até a década de 1980 predominava a produção e consumo da alface do tipo lisa, no entanto a introdução de novas cultivares, assim como diferentes exigências e preferências do mercado levaram a um crescimento dos outros dois tipos, em detrimento da alface de folha lisa, resultando em uma mudança neste mercado e redução gradativa de sua importância no mercado nacional. Como exemplo, na CEAGESP da cidade de São Paulo, com destaque para o período entre 1995 e 2005, o volume de alface lisa comercializado passou de 51% para 12%, correspondendo a cerca de 11% em 2011 (Sala, 2011). Esta redução se deu em vista da substituição pelas cultivares, principalmente do tipo crespa de folhas soltas inicialmente, seguida de cultivares do tipo americana. Atualmente, o segmento mais comercializado no Brasil é do tipo crespa de folhas soltas, que correspondeu a 48% do total comercializado no ano de 2010 (ANUÁRIO..., 2012). Já a crescente aceitação pelo mercado consumidor brasileiro da alface do tipo americana é consequência de mudanças significativas ocorridas em 1 relação ao mercado, principalmente por causa das empresas de processamento. Até início da década de 80 esse tipo de alface era praticamente desconhecido da maioria do público consumidor, sendo que sua produção era concentrada numa determinada época do ano em algumas áreas do cinturão verde de São Paulo (Sala, 2011). Este tipo de alface foi inicialmente desenvolvido para atender às necessidades do agronegócio de produção norte americana, sendo introduzido no Brasil na década de 70 (SALA & COSTA, 2012). Esse tipo de alface se diferencia das demais por apresentar folhas externas de coloração verde-escura, e as internas amarelas ou brancas, imbricadas e crocantes, semelhantes às folhas do repolho, o que facilita sobremaneira seu manejo pós-colheita. Devido principalmente à alta perecibilidade da alface, associada à grande extensão de nosso país, com grandes centros urbanos espalhados por todas as regiões, tem-se procurado produzir alface praticamente em todas as regiões, durante o ano todo, com o objetivo de ofertar produto de qualidade diariamente ao consumidor. Em vista disso, cultivares desenvolvidas e adaptadas para condições climáticas diferentes, principalmente quanto à temperatura, umidade e fotoperíodo, tem sido utilizadas em todas as regiões brasileiras, levando à ocorrência de problemas que podem comprometer a produção, reduzir a qualidade do produto comercializado e comprometer a renda do produtor. A grande maioria dos problemas enfrentados pelo produtor de alface no Brasil está relacionada, principalmente, às temperaturas elevadas. Por ser originária de condições de clima ameno, é constante a busca por soluções eficientes para o cultivo desta hortaliça em condições tropicais e subtropicais. No Brasil, contribuições significativas por parte de pesquisadores, a exemplo dos trabalhos realizados no IAC pelo pesquisador Hiroshi Nagai e na ESALQ, pelo Prof. Ciro Paulino da Costa, entre outros, além de empresas privadas, permitiram, a partir das décadas de 1970 e 1980, uma maior independência no que diz respeito à produção de sementes e à utilização de cultivares nacionais. Apesar disso, principalmente no verão e em regiões de temperaturas mais elevadas, alguns problemas ainda persistem junto aos agricultores brasileiros, o que continua demandando o desenvolvimento de tecnologias para atender às suas necessidades, quais sejam alcançar melhor desempenho em produtividade e qualidade a partir das cultivares atualmente disponíveis, bem como de geração de novas cultivares mais bem adaptadas. 2 Diversos são os problemas advindos da temperatura elevada que podem afetar a alface. Entre estes, podem ser citados aqueles que não dependem propriamente das cultivares utilizadas e que são favorecidos pelas condições ambientais, tais como a maior incidência de doenças provocadas principalmente por nematoides, fungos e bactérias, assim como alguns inerentes às cultivares, em resposta às temperaturas elevadas, tais como indução ao florescimento precoce, ocorrência de termo-inibição em sementes, maior dificuldade na formação de cabeça em alface americana, redução no tamanho e massa da cabeça e ocorrência de deficiência de cálcio causando o tip-burn. Em todos os casos, tem-se procurado manejar tanto o ambiente quanto as próprias cultivares, visando a diminuir os danos causados por estes problemas. 2- MANEJO DA ALFACE EM CONDIÇÕES DE TEMPERATURA ELEVADA A pesquisa em agricultura tem se pautado principalmente em desenvolver conhecimentos e tecnologias que possam ser aplicadas para a melhoria da qualidade, a elevação da produtividade e a redução do impacto ambiental na produção agrícola. Em função disso, procura-se, por um lado, manejar o ambiente buscando alternativas que minimizem eventuais estresses causados às plantas, e por outro, manejar os genótipos, promovendo mudanças nestes que permitam sua melhor adaptação em relação às condições às quais se encontram expostos. Assim, os pesquisadores caminham procurando modificar o ambiente para melhor adaptação de diferentes genótipos, bem como modificar genótipos para que se adaptem melhor aos diferentes ambientes, tentando obter a melhor expressão fenotípica possível de um determinado genótipo, colocado em dado ambiente. Neste contexto, no que diz respeito ao cultivo da alface em condições de temperaturas elevadas, podem ser destacadas diferentes práticas de manejo. Aquelas que buscam a promover um maior conforto ambiental para as plantas e, consequentemente uma melhor resposta em termos de produção e produtividade, assim como aquelas caracterizadas pelos esforços envidados com o intuito de se obterem materiais mais tolerantes e melhor adaptados ao calor. 2.1- MANEJO DO AMBIENTE No que diz respeito ao manejo do ambiente, podem se destacar as práticas que visam a promover melhores condições para que as plantas possam expressar seu 3 máximo potencial de produção, conforme o genótipo. Assim, o cultivo protegido, a nutrição adequada, o manejo da água, o uso de práticas de prevenção de doenças, entre outras, devem ser práticas realizadas, de tal forma que atendam da melhor maneira possível aos diferentes genótipos. Como importante prática de manejo ambiental, o cultivo em ambiente protegido surgiu como uma das alternativas que se propõe a promover melhores condições para o cultivo de diferentes espécies. Conforme Sentelhas e Santos (1995), melhores condições de desenvolvimento e produção para as plantas podem ser obtidas em cultivo protegido, em função de alterações microclimáticas que ocorrem nestes ambientes, favorecendo e protegendo as culturas. No caso da alface, em condições de temperatura elevada, o cultivo protegido permite a utilização de práticas que podem minimizar a ação do calor diretamente sobre as plantas. Segundo Filgueira (2007), a utilização de ambiente protegido constitui-se em uma alternativa viável para reduzir possíveis prejuízos econômicos do produtor e melhorar a qualidade do produto, na medida em que proporciona um microclima favorável para o desenvolvimento da cultura. Como características desejáveis na produção da alface, destacam-se o maior número de folhas por planta e massa fresca elevada, associados a folhas tenras e de sabor suave. Estas características podem ser influenciadas pela cultivar, pelo fotoperíodo e também pela temperatura (OLIVEIRA et al., 2003). Quando exposta a condições de estresse, como em altas temperaturas, a alface tende a reduzir seu ciclo, comprometendo a produção e tornando as folhas mais rígidas (ABURRE et al., 2003). Diferenças na massa fresca comercial de alface americana, cultivar Raider, foi observada por Yuri et al., (2011) em Três Pontas, MG, cujos resultados foram de 570,1 g planta-1 na época de inverno reduzindo para 319,0 g planta-1 no verão, Como alternativa para minimizar efeitos da incidência de raios solares diretamente no ambiente em que as plantas se encontram, bem como da elevação da temperatura, podem ser utilizados principalmente dois tipos de telas, as telas de sombreamento e as telas termo refletoras, em diferentes intensidades de sombreamento. 2.1.1- TELAS DE SOMBREAMENTO E TELAS TERMOREFLETORAS As telas para sombreamento denominadas sombrite, são destinadas para o controle solar em diversas culturas agrícolas, onde seu uso correto garante maior produtividade, homogeneidade no crescimento e melhor sanidade das plantas. 4 Normalmente, de acordo com os fabricantes, são confeccionadas em polietileno de alta densidade, recebendo aditivos especiais que as protegem contra a radiação “UV”, tornando-as resistentes e com alta durabilidade. Elas podem ser confeccionadas em cores e malhas diferentes, o que vai caracterizar o tipo de uso e intensidade de sombra necessária. Oferecem sombreamento variável, podendo chegar a 80%. As telas de sombreamento de cor branca normalmente são utilizadas em culturas que necessitam de sombreamento, porém sem comprometer a qualidade da luz incidente nas plantas. Alguns autores evidenciam a crescente utilização de telas de sombreamento para regularizar a produção, contornando fatores característicos de regiões tropicais, que resultam nos principais problemas relacionados à elevada temperatura e irradiância, (Silva, 1999 e Queiroga et al. 2001). O emprego de telas de sombreamento se destaca entre as técnicas utilizadas para a diminuição da temperatura, por ser uma das soluções de menor custo econômico, conforme destaca Novo et al. (2008). A melhoria da qualidade da folha pode ser conseguida por meio do uso de telas de polipropileno, sombrite, reduzindo a incidência direta dos raios solares em espécies que necessitam de menor fluxo de energia radiante (BEZERRA NETO et al., 2005). O uso de telas de sombreamento em locais de temperatura e luminosidade elevadas pode contribuir para diminuir os efeitos extremos da radiação, principalmente a fotorrespiração, e proporcionar maior produtividade e qualidade das folhas para consumo (SILVA, 1998). Ao avaliar diferentes tipos de cobertura para atenuar a radiação solar e luminosidade, por meio de telas branca, verde e preta, Sentelhas et al. (1998) verificaram na tela branca, menor irradiação solar global (26,6%) e menor luminosidade (25,1%) em relação à tela preta, com irradiação solar global (55,4%) e luminosidade (52,3%). A relação entre a cultivar utilizada e o tipo de tela de sombreamento evidenciam que os efeitos da temperatura e luminosidade elevadas podem ser minimizados de forma significativa em condições tropicais, a exemplo de Mossoró-RN, onde ao utilizar tela de sombreamento, QUEIROGA et al., (2001) verificaram maior ganho de produtividade de alface no cultivo sob ambiente protegido, quando comparado ao cultivo a céu aberto. Também foram observadas maiores rendas bruta e líquida e uma maior taxa de retorno com tela branca e com a cultivar Great Lakes. SEABRA JUNIOR et al., 2009, verificaram maior produção da cultivar Verônica em ambiente com maior porcentagem de sombreamento, onde ocorre a redução da temperatura, e BEZERRA 5 NETO et al., 2005 observaram maior produção de massa seca, tanto na fase de formação de mudas quanto na fase de campo. O sombreamento de 30% proporcionou maior altura de plantas e maior produção de massa seca de plantas de alface, tanto na fase de formação de mudas quanto na fase de campo (Ramos, 1995). Schoeninger et al., 2011, observaram que a variação da incidência solar através da utilização de sombrite não apresentou alteração significativa na altura das plantas de alface, porém com relação ao diâmetro das folhas e ao peso da massa fresca das plantas, verificaram que a variação da incidência da radiação solar através da utilização do sombreamento acarretou em alterações significativas. Ambas as variáveis apresentaram valores maiores na parcela que recebeu integralmente a proteção com o uso do sombrite 60% de sombreamento, confirmando que a utilização de mecanismos que visam ao controle da incidência solar contribuem para aumento na produção de fitomassa na cultura da alface. A utilização de telas termorefletoras é uma tecnologia que vem sendo utilizada mais recentemente e que vem contribuindo para a diminuição da temperatura nos ambientes em que são colocadas. Avaliando a eficiência de telas termorefletoras e de sombreamento em ambiente protegido tipo telado sob temperaturas elevadas, Rampazzo, et al., (2014), verificaram que o uso das telas foi eficiente na redução da temperatura do ar e do solo e na redução da luminosidade, além de propiciar um aumento na umidade relativa do ar, indicando ser viável o uso destes materiais para cultivo em condições tropicais. Assim, sua utilização pode, ao promover o sombreamento na área, contribuir para uma maior produtividade da alface. Normalmente a tela termorefletora é revestida de alumínio e tem fios retorcidos, propondo-se a reduzir a temperatura do ambiente em torno de 10 a 20%, além de fornecer cerca de 15% de luz difusa ao ambiente, não afetando os processos fotossintéticos (Aburre et al., 2003). Estas telas podem apresentar vantagem relacionada com a passagem de luz, sem calor, em forma de luz difusa, diminuindo a temperatura por ser revestida de alumínio (Santos et al., 2010). Utilizando tela de sombreamento de 30 e 50% e tela termo refletora também de 30 e 50%, Diamante et al. (2013), conseguiram retardar o florescimento em plantas de alface de 77 dias em campo aberto para 83 dias nos ambientes com 50% de sombreamento e de termoreflexão. Em experimento realizado no período de agosto a setembro de 2009, no Município de Cáceres-MT, Santos et al. (2010), verificaram que o uso de telas de sombreamento foi 6 eficiente na redução da luminosidade e da temperatura do ar e do solo, demonstrando ser viável o uso destas para cultivo em condições tropicais. O uso de telas termorefletoras não foi mais eficiente do que o das telas de sombreamento, podendo ambas serem utilizadas com eficiência para o mesmo fim. 2.1.2- MANEJO DA CULTURA Aliadas ao cultivo em ambiente protegido, algumas práticas de manejo da produção podem também contribuir para diminuir problemas causados pela temperatura elevada. A nutrição e irrigação adequadas destacam-se, já que em temperaturas elevadas, além de maior consumo de água, é comum a ocorrência de alguns problemas de ordem nutricional em grande parte das cultivares, e, particularmente em cultivares do tipo americana. O desenvolvimento ideal deste tipo de alface normalmente ocorre em temperaturas entre 15,5 e 18,3ºC (Sanders, 1999). Temperaturas elevadas podem provocar a queima das bordas das folhas externas, contribuir para formação de cabeças pouco compactas e também para a ocorrência de deficiência de cálcio, uma desordem fisiológica conhecida como “tipburn” (Jackson et al., 1999). Normalmente em folhas novas e folhas internas, órgãos cuja transpiração costuma ser mais difícil, o transporte do cálcio depende do desenvolvimento da pressão radicular (Bradfield e Guttridge, 1984). Esta leva a uma pressão positiva que se desenvolve no xilema, causando fluxo do líquido no seu interior, podendo assim, translocar o cálcio para estes órgãos que apresentam dificuldades para transpirar. Desta forma, alguns aspectos responsáveis pelo aparecimento do “tipburn” estão associados a fatores que inibem o desenvolvimento da pressão radicular, tais como seca, vento e alta salinidade (Collier e Tibbitts,1982). Condições que contribuem para um crescimento mais rápido da planta também aumentam sua incidência (Thibodeau e Minotti, 1969; Nagata e Stratton, 1994). Este distúrbio pode então se desenvolver rapidamente em plantas expostas à alta intensidade luminosa e extensos fotoperíodos (Gaudreau et al., 1994), assim como alta temperatura do ar (Cox et al., 1976) e doses elevadas de adubação nitrogenada (Brumm e Schenk, 1993). Uma adubação equilibrada associada à distribuição localizada da água, de preferência via fertirrigação, garantem melhor absorção dos nutrientes diminuindo o 7 risco de eventuais problemas de deficiência e facilitando a formação de cabeças maiores e mais compactas. 2.2- MANEJO DE CULTIVARES - MELHORAMENTO GENÉTICO No que diz respeito ao manejo das cultivares, diversos esforços tem sido feitos ao longo dos anos por pesquisadores de instituições públicas e empresas privadas, procurando desenvolver cultivares mais adaptadas às condições de temperatura elevada. Nas décadas de 1970 e 1980 grandes avanços foram obtidos a partir dos trabalhos de pesquisadores como Hiroshi Nagai do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e o Professor Ciro Paulino da Costa, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). O primeiro obteve a série Brasil de alface na década de 1970, liberando linhagens de alface tolerantes ao LMV e com maior tolerância ao calor, e o segundo disponibilizou a cultivar de alface Regina, de folhas lisas com maior tolerância ao florescimento precoce, amplamente utilizada no mercado até os dias de hoje. Estes materiais foram também utilizados para dar origem, ou fazerem parte de programas de melhoramento que deram origem a grande parte dos materiais de melhor qualidade que foram disponibilizados a partir daquela época. Costa & Sala, (2005) e Sala e Costa, (2012) mostram em seus artigos a importância da contribuição destes pesquisadores, assim como de algumas empresas privadas do setor de produção de sementes. A dificuldade de produção de alface do tipo americana no Brasil é destacada em alguns trabalhos dos pesquisadores e professores Ciro Paulino da Costa e Fernando César Sala, (Costa e Sala, 2005; Costa e Sala, 2008; Sala, 2011; Sala e Costa, 2012). Chamando a atenção para estas dificuldades, eles sugerem o desenvolvimento de cultivares denominadas “tropicalizadas”, materiais com folhas crocantes, sem formarem cabeça repolhuda, o que permitiria ter um material mais adequado de acordo com a preferência do mercado, sem, no entanto, ter os problemas de fechamento da cabeça. Consideram assim, que esta alface do tipo “crocante” é uma contribuição da genética brasileira, podendo ser considerada a primeira alface Longa Vida do Brasil. Este tipo de alface visa a preencher a demanda de cultivares tropicalizadas e adaptadas para a alfacicultura brasileira, podendo contribuir para um mercado de folhosas higienizadas e com embalagens apropriadas nos grandes centros consumidores (Sala, 2011). Para tanto, foi desenvolvida e lançada uma cultivar deste tipo, denominada Gloriosa (Sala e Costa, 2008), que se encontra disponível no mercado. Esta pode ser 8 uma alternativa viável, para diminuir os problemas e facilitar o desenvolvimento da produção de alface com este tipo de folhas. No entanto, ainda persistem algumas dificuldades que os produtores costumam enfrentar em condições de temperatura elevada, entre as quais podem ser destacados o pendoamento precoce, a termoinibição em sementes e a ocorrência de algumas doenças como os nematoides das galhas. 2.2.1- RESISTÊNCIA AO PENDOAMENTO PRECOCE Esta é uma das características mais importantes considerada nos programas de melhoramento da alface. Após a fase vegetativa, a alface naturalmente passa para a fase reprodutiva, o que acarreta algumas mudanças na planta. O primeiro sinal de que a planta entrou na fase reprodutiva é a intensificação na produção de diferentes lactonas sesquiterpênicas, o que confere às folhas um sabor amargo, tornando-as imprópria para o consumo. O momento de início da produção destas lactonas é dependente da temperatura e de cada genótipo. Normalmente as temperaturas acima de 20º C estimulam o pendoamento, reduzindo o potencial produtivo e depreciando a qualidade da alface (CÁSSERES, 1980). O produtor colhe as plantas antecipadamente para evitar o sabor amargo desenvolvido pelas lactonas, reduzindo o tamanho da planta comercializada e consequentemente obtendo menor preço. Na região de Manaus foi constatado que as cultivares que melhor se adaptam ao clima da região, tornam- se impróprias para o consumo depois de 48 a 50 dias após a semeadura. Esta observação foi feita por Randin et al., (2004), em cultivo protegido nos meses de agosto, setembro e outubro, fato esse que, segundo os autores, pode ser relacionado às altas temperaturas do local, que variaram de 24 a 31ºC. De acordo com Ryder (1999) o pendoamento e o tempo de florescimento são caracteres correlacionados. Quanto ao pendoamento, Lindqvist (1960) encontrou que a resistência ao pendoamento é governada por uma série alélica Sp, sp2, sp1, sp. Já Ryder (1983, 1988) identificou dois alelos parcialmente dominantes, Ef-1 e Ef-2, para pendoamento precoce em alface americana, sendo estes genes dependentes de dias longos. Trabalhando com gerações segregantes, oriundas do cruzamento entre pais contrastantes, para a característica de número de dias para pendoamento, Silva (1997) e Silveira et al. (2002) obtiveram na geração F2 plantas com florescimento mais lento, sob altas temperaturas, nas regiões de Campos dos Goytacazes (RJ) e Gurupi (TO), 9 respectivamente. Constataram também, uma dominância parcial no sentido do florescimento mais lento, embora os efeitos aditivos tenham sido predominantes. Fiorini et al., (2005) observaram na geração F2 do cruzamento entre a cultivar Regina 71 (tolerante ao florescimento precoce) e Grand Rapids (sensível ao florescimento precoce), plantas cujo número maior de dias para florescimento foi superior à cultivar Regina 71. Esta situação demonstra a possibilidade de seleção de plantas de florescimento mais tardio, permitindo a obtenção de linhagens promissoras para esta característica, a exemplo do trabalho de Vecchia et al., (1999) com o lançamento da cultivar Vera, nova cultivar de alface crespa resistente ao florescimento prematuro selecionada através do método genealógico a partir do cruzamento entre as cultivares Verônica e Slow Bolting. 2.2.2 TOLERÂNCIA À TERMOINIBIÇÃO As sementes de alface apresentam alta sensibilidade às condições do ambiente, o que pode ocasionar problemas na germinação ou ser responsável pela má qualidade das sementes. A alta qualidade das sementes promove uma maior porcentagem de mudas vigorosas, com maior número de folhas, maior altura da parte aérea e comprimento de raízes, além de maior massa fresca (Franzin et al., 2005), condições estas, que podem garantir elevada produtividade. Normalmente as sementes de alface germinam bem em temperaturas na faixa de 18 a 21°C, podendo, no entanto germinar em temperaturas próximas a 0ºC (AOSA, 1993). Já em temperaturas acima de 30°C, ocorre a diminuição ou até mesmo a inibição da germinação, denominada termoinibição (Cantliffe et al., 2000). O mecanismo de ação da germinação de sementes de alface em altas temperaturas parece estar relacionado com o enfraquecimento do endosperma, o qual permite o crescimento do embrião na temperatura de 35°C. Esse enfraquecimento do endosperma tem sido associado com a atuação da enzima endo-b-mannanase na região micropilar da semente, ao etileno e ao ácido abscísico. A suspensão da germinação em condições de temperatura elevada também é influenciada pelo genótipo (Thompson et al., 1979). Dessa forma, a ação isolada ou conjunta desses fatores determinaria estandes desuniformes, conseqüentemente baixas produtividades. No Brasil, temperaturas acima de 30ºC são comuns em algumas regiões, podendo causar problemas na germinação das sementes de alface em bandeja ou em 10 semeadura direta. Alguns artifícios são utilizados pelos agricultores, como colocar as bandejas úmidas empilhadas por alguns dias após a semeadura para amenizar o calor. Outra opção é o condicionamento osmótico (priming) da semente. Esta metodologia consiste em colocar as sementes sob condições ótimas por um tempo determinado, fazendo-as chegarem a fase 3 da germinação mais uniformes. Os pré-tratamentos são muito eficientes, mas sua utilização requer trabalho adicional ao agricultor e pode levar a uma diminuição no tempo de armazenamento da semente (Hill et al., 2007). Uma alternativa viável seria a utilização de cultivares termotolerantes, o que seria de interesse para o plantio em todas as estações e regiões do Brasil. No entanto, ainda é limitada a oferta de cultivares de qualidade quanto à germinação em temperaturas elevadas, para serem utilizadas pelos agricultores. A partir do cruzamento entre Lactuca serriola (UC96US23) e „Salinas‟ foi identificado um QTL Htg6.1 (Argryris et al., 2005). Posteriormente, elucidou-se que o Htg6.1 derivado de UC96US23, é potencialmente um gene recessivo e este pode estar relacionado com a biossíntese do ácido abscísico ou eventos relacionados ao ácido giberélico (Argryris et al., 2008). Rezende (2012) ao avaliou diferentes genótipos quanto à tolerância ao florescimento precoce e à termoinibição com vistas a identificar a existência de variabilidade genética para a característica de germinação em temperatura de 35ºC. Como resultado, observou a existência de variabilidade genética, com materiais como a cultivar Salinas 88 cujas sementes germinaram 1% em teste logo após a colheita e 2% aos seis meses após a colheita, diferindo da cultivar Everglades, com germinação de 86% logo após a colheita e 76% aos seis meses após a colheita. Este autor verificou também valores altos para herdabilidade no sentido amplo para o caráter, nas duas épocas, o que permite antever a possibilidade de sucesso com a seleção. 2.2.3 RESISTÊNCIA AOS NEMATOIDES DAS GALHAS Em épocas de temperatura elevada outro problema que tem ocorrido na alface é a infecção pelos nematoides das galhas, principalmente Meloidogyne incognita e Melidogyne javanica. Em áreas de produção de alface americana, mesmo no sul de Minas Gerais, esta tem sido uma preocupação dos produtores, em função das elevadas perdas ocorridas. Métodos de controle químico, mecânico e biológico tem sido utilizados, porém sem alcançar uma eficiência desejável, além de onerar a produção, podendo ainda causar maior impacto ambiental, quando se utiliza produtos químicos. 11 A resistência genética, a exemplo do que é utilizado para outras espécies, seria uma alternativa viável e, esta tem alface tem sido documentada para diferentes cultivares há alguns anos (Charchar & Moita, 1996; Gomes et al., 1996; Mendes, et al., 1996; Carneiro et al., 1997 ; Wilcken, 2005), no entanto, entre os materiais não se encontram cultivares comerciais de que apresentem um nível de resistência satisfatório. Assim, fazse necessário a realização de trabalhos de melhoramento visando a incorporar esta resistência em materiais comerciais. A resistência a nematoides das galhas em alface encontra-se documentada na cultivar de folhas crespas e soltas Grand Rapids, como sendo controlada por um gene (Me) (Gomes et al., 2001) com efeito aditivo e dominância parcial no sentido da maior resistência, ou pelo gene Me2 na cultivar Salinas 88, que tem um efeito maior, porém com ação de genes menores, modificadores (Carvalho Filho, 2010).. O cruzamento entre cultivares com boas características comerciais e estas cultivares, pode permitir a melhoria no nível de resistência, contribuindo para a obtenção de novas cultivares com menor fator de reprodução de nematoides. 3- BIBLIOGRAFIA ABURRE, M. E. O. et al. Produtividade de duas cultivares de alface sob malhas termo refletoras e difusa no cultivo e verão. In: CONGRESSO DE OLERICULTURA, 43., 2003, Campo Grande. Anais... Campo Grande: SOB, 2003. 1 CD-ROM. ANUÁRIO DA AGRICULTURA BRASILEIRA. São Paulo: Instituto FNP, 2012. 508p. ASSOCIATION OF OFFICIAL SEED ANALYSTS - AOSA. 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