DEZEMBRO UMA OBRA DE A MÚSICA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA Celebrar a tradição do futuro Desde 16 de Janeiro de 2011 que o projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria” tem vindo a celebrar a maravilhosa variedade da música portuguesa, dando-a a conhecer através do seu canal de vídeos - http://amusicaportuguesaagostardelapropria.org - e de uma série de eventos realizados por todo o país. Assistimos hoje ao despontar de uma tendência de redescoberta das raízes e da sua integração na sociedade contemporânea. Mais do que saudosismo, vivemos atualmente um saudável processo de reconciliação com a memória daquilo que nos define enquanto povo: um povo que sempre foi rico e variado musicalmente. O lema d' A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria é o de que “um povo sem memória não existe”. E o que queremos fazer com este projeto é aquilo a que chamamos “a memória do futuro”, ou seja, dar a conhecer cada vez mais culturas e músicas esquecidas, remisturando-as e permitindo que se contaminem umas às outras. A internet e a era do digital estão cada vez mais a transformar a transmissão de conhecimentos e de saberes. O remix é a cultura do século XXI, é a evolução natural do processo da tradição oral. Hoje, mais do que nunca, é preciso conhecer e arquivar para se poder reinterpretar e remisturar. Queremos sobretudo questionar, investigar, dar a conhecer, remisturar e reinterpretar uma cultura portuguesa já muito esquecida nas grandes cidades. Afinal, o que é uma cidade senão uma grande aldeia, um espaço que se construiu com gentes de várias raízes, de todo o Portugal? E é este Portugal musical completo, de norte a sul, sem esquecer as ilhas, que queremos trazer para a Baixa-Chiado PT Bluestation, com um propósito: celebrar a tradição do futuro. O mês é dezembro, um mês de tradições ancestrais. Vamos celebrá-lo mantendo sempre a sua ligação entre o passado e o presente mas com a ideia de que temos de as projetar no futuro, trazendo as aldeias para a cidade e contextualizando-as. Vamos mostrar as raízes, mas também as contaminações e as remisturas das danças e dos cantares. Queremos, sobretudo, dar a conhecer uma outra música, interrogando-nos sempre: afinal, o que é a música portuguesa? Não sabemos! Mas queremos descobrir com a vossa ajuda. A música, a dança e a cultura portuguesa precisam que se goste delas. Tiago Pereira, Mentor do projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria". Acompanhe a agenda cultural em / PTBluestation WIFI GRATUITO PARA TODOS USER//PASS bluestation 3 2ª 18h30 4 3ª 17h 5 4ª 19h 6 5ª 17h 7 6ª 21h CICLO “DEBATES EM OBRA”: O QUE É, AFINAL, A MÚSICA PORTUGUESA? Túnel do Chiado Os músicos Vitorino e Paulo Furtado (aka The Legendary Tiger Man) e o etnomusicólogo Pedro Félix conversam sobre o que é, afinal, a música portuguesa, tendo como ponto de partida uma crónica que Miguel Esteves Cardoso publicou no Público em 1981: “A música portuguesa é aquela que fazem os portugueses. Ah, então era isso! Mas (...) se 90% da música feita por portugueses é estrangeira! (...)”. CICLO “TRADIÇÃO ORAL PORTUGUESA”: AL-DUFF – A HISTÓRIA DO ADUFE Túnel do Chiado O mentor do grupo Al-duff, que canta e toca o adufe de Idanha-a-Nova “através da adaptação e exploração de diferentes ritmos, músicas, culturas, técnicas performativas e contextos histórico-sociais”, vem à estação explicar como se constrói um adufe, quais os materiais que se utilizam e como se designam as diferentes parte que o compõem. Um pequeno concerto e um workshop de construção artesanal de adufes num só! CICLO “A DANÇA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA”: NO MAZURKA BAND Túnel do Chiado No Mazurka Band (NMB) é um dos projetos musicais que mais tem contribuído para a renovação e criação de um baile folk português, apostando na divulgação das danças populares portuguesas e na criação de um novo repertório para baile. Com instrumentos como a viola campaniça, a flauta travessa de cana, a gaita galega, a caixa, o bombo ou o timbalão, os NMB montam o baile, fazendo do acústico o fertilizante para a construção e reinvenção de novos temas portugueses. Neste mesmo dia, em plena estação, é também lançado o site “A Dança Portuguesa a Gostar Dela Própria”, um desafio da associação Pé de Xumbo a Tiago Pereira. CICLO “A MÚSICA PORTUGUESA NO FEMININO”: RITA DIAS Túnel do Chiado Rita Dias é natural de Coimbra, já viveu no Rio de Janeiro e atualmente reside em Lisboa. Gosta de fado, dos clássicos da música ligeira, de samba, de bossa-nova e de música popular brasileira. É com estas influências que dá agora os primeiros passos como cantautora. Em palco, é acompanhada à viola por Filipe Almeida, no contrabaixo por André Rosinha e ao piano por Pedro Nobre. CICLO “A MÚSICA PORTUGUESA A REMISTURAR-SE A ELA PRÓPRIA”: OMIRI Túnel do Chiado Os Omiri reinventam a tradição colocando músicos de todo o país a tocar e a cantar como se fizessem parte de um mesmo universo. Não em carne e osso, mas em som e imagem. As imagens recolhidas por Tiago Pereira são manipuladas em tempo real e servem de base para a improvisação musical de Vasco Ribeiro Casais. Instrumentos tradicionais e vídeo, sintetizadores e matanças do porco, chouriças e nyckelarpas com distorção, aldeias que dançam e cantam ladainhas com remisturas de computador. Tocar, dançar – e criar – é o que diz este projeto que atira convenções bafientas às urtigas. Acompanhe a agenda cultural em / PTBluestation WIFI GRATUITO PARA TODOS USER//PASS bluestation 10 2ª 17h 11 3ª 17h 12 4ª 19h 13 5ª CICLO “DEBATES EM OBRA”: O RUÍDO E A MÚSICA Túnel do Chiado “Muitas vezes quando gravamos músicos, eles pedem para a gravação parar porque um cão ladra ou passa um avião”, diz Tiago Pereira. Vitor Rua (fundados dos GNR e dos Telectu), David Santos (aka Noiserv) e Carlos Alberto Augusto (compositor e colaborador do Ministério do Ambiente durante 15 anos, em projetos sobre o controlo de poluição sonora) conversam sobre o que é, afinal, a noção de “ruído” e de que forma as paisagens sonoras podem ser integradas (ou não) na música? CICLO “TRADIÇÃO ORAL PORTUGUESA”: O TAMBORILEIRO Túnel do Chiado Diogo Leal faz uma demonstração de flauta de tamborileiro, tocando algumas músicas e contando um pouco da história e geografia deste instrumento musical. Músico, professor e construtor de flautas de bisel, tem atuado em vários festivais de música em Portugal e no estrangeiro (Espanha, França, Roménia e Bulgária, entre outros). CICLO “A DANÇA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA”: AQUI HÁ BAILE Túnel do Chiado O grupo Aqui Há Baile vem de Évora para animar a estação com danças tradicionais do Alentejo. Criado para dinamizar o repertório do caderno de danças do Alentejo para baile, publicado pela associação Pé de Xumbo, tem como objetivo “criar um espaço para a divulgação e salvaguarda do património tocado e dançado em português”. Na Baixa-Chiado PT Bluestation, a palavra de ordem vai ser: dançar! CICLO “A MÚSICA PORTUGUESA NO FEMININO ”: AS CAMPONESAS DE RIACHOS 18h30 Túnel do Crucifixo O grupo de cantares populares “As Camponesas” de Riachos é um grupo de cantares tradicionais de Riachos, Torres Novas, ligado ao Museu Agrícola da mesma localidade, que cantam as cantigas do tempo de solteiras quando se labutava nos campos. 14 CICLO “A MÚSICA PORTUGUESA A REMISTURAR-SE A ELA PRÓPRIA”: O EXPERIMENTAR NA M’INCOMODA 6ª 21h Túnel do Chiado Projecto de reinvenção da música tradicional dos Açores onde cabem canções de baleeiros, sintetizadores espaciais, noise industrial e foliões do Espírito Santo. “Talvez seja necessário inventar uma palavra ou uma expressão aparentemente contraditória como 'folclore urbano' ou 'tradição de vanguarda' para os classificar”, escreveu o jornalista Manuel Halpern quando os O Experimentar na M’incomoda lançaram o primeiro disco, em 2010. Em outubro passado, lançaram o segundo: “Sagrado e Profano”. Esta sexta tocam ao vivo na estação de metro mais reinventada de Lisboa. Acompanhe a agenda cultural em / PTBluestation WIFI GRATUITO PARA TODOS USER//PASS bluestation 17 2ª 17h 18 3ª 15h 19 4ª 19h 20 5ª 17h 21 6ª 21h CICLO “DEBATES EM OBRA”: OS ARQUIVOS DO PATRIMÓNIO MUSICAL PORTUGUÊS Túnel do Chiado “Em boa verdade, a ideia que se tem na cidade da música do que se produz nos meios rurais não corresponde exatamente à realidade. O património imaterial musical é vasto, está vivo e, na maior parte das vezes, está vivo com os novos e não com os velhos”, defende Tiago Pereira. Este é o mote para mais uma conversa à volta da música portuguesa. Vasco Casais (dos Dazkarieh e dos Omiri), Carlos Guerreiro (dos Gaiteiros de Lisboa), Luís Marques (coordenador da pós graduação em Património Cultural Imaterial na Universidade Lusófona) e Carla Raposeira (da Fundação Inatel) são os convidados. CICLO “TRADIÇÃO ORAL PORTUGUESA”: O CONTO PORTUGUÊS A GOSTAR DELE PRÓPRIO Túnel do Chiado A tradição oral musical portuguesa tem, na sua origem, as histórias que se contavam de geração em geração e que, a posteriori, se musicaram, transformando-se em canções que passaram, igualmente, de geração em geração. Hoje, estes 'contabandistas' de histórias, especialistas na arte de representar e reinterpretar, vêm contar contos populares portugueses aos alunos de várias escolas de Lisboa. Aproveite e assista também! A partir das 15h, e até às 17h30, há uma sessão de meia em meia hora. CICLO “A DANÇA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA”: B DE BAILE Túnel do Chiado B de Baile é um projeto de danças do mundo, constituído pela conhecida acordeonista Celina da Piedade (que integra o Cinema Ensemble de Rodrigo Leão e já colaborou com Né Ladeiras, Gaiteiros de Lisboa, António Chainho e Viviane, entre muitos outros) e também por Tânia Lopes e Alex Gas. Energia, criatividade e expressividade são palavras de ordem neste grandioso baile que vai invadir a Baixa-Chiado PT Bluestation. Com a parceria da Associação Pé de Xumbo. CICLO “A MÚSICA PORTUGUESA NO FEMININO”: CHÃO DA FEIRA Túnel do Chiado Chão da Feira nasceu em 2005, quando duas amigas de Torres Novas decidiram tocar músicas portuguesas nas ruas de Lisboa. O gosto cresceu e os temas originais começaram a surgir: canções com raízes na tradição portuguesa, desde as flautas do norte às polifonias no sul, passando pelos adufes da Beira Baixa e, claro, pelo Fado. Esta quinta-feira estão ao vivo na Baixa-Chiado PT Bluestation. CICLO “A MÚSICA PORTUGUESA A REMISTURAR-SE A ELA PRÓPRIA”: ANTÓNIO COVA Túnel do Chiado Multifacetado talento de alma sarcástica, de verborreia afiada, sanguinário do verbo, argumentista visceral, este artista de Leiria tem espalhado como poucos o seu estilo característico e os seus dotes artísticos, na música e no teatro. Em projetos como os Assacínicos, Beijo Negro, Akhmatova 77, e nos Brainderstörm. Este pacato e simpático topógrafo de profissão, analista colunista, é enquanto artista, um portento perigoso para as emoções dos mais incautos. E cada vez mais um cantautor em nome próprio. Acompanhe a agenda cultural em / PTBluestation WIFI GRATUITO PARA TODOS USER//PASS bluestation 26 4ª 19h 27 5ª 17h 28 6ª 21h CICLO “A DANÇA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA”: VALSA MANDADA Túnel do Chiado Esta quarta-feira, o baile tradicional português desce novamente à Baixa-Chiado PT Bluestation, pela mão da Pé de Xumbo. Desta vez, é a valsa mandada que vai invadir o túnel da estação. Neste género coreográfico da região de Grândola, os pares obedecem às ordens de um mandador. CICLO “A MÚSICA PORTUGUESA NO FEMININO”: GRUPO CORAL FEMININO DE VIANA DO CASTELO Túnel do Chiado Ciclo “A Música Portuguesa no Feminino”: Grupo Coral Feminino de Viana do Castelo Surgiu de uma brincadeira mas está no ativo há 12 anos. Depois de assistirem a um desfile de grupos corais em 2000, as senhoras deste coro interrogaram-se sobre o motivo de haver apenas grupos corais masculinos. E assim nasceu o Grupo Coral Feminino de Viana do Alentejo. Cantam modas tradicionais alentejanas como “O meu Alentejo”, CICLO “A MÚSICA PORTUGUESA A REMISTURAR-SE A ELA PRÓPRIA”: CONCERTO PARA OLHOS VENDADOS, POR LUÍS ANTERO Túnel do Chiado E se os chocalhos dos pastores da Serra da Estrela invadissem a estação de metro BaixaChiado PT Bluestation? E se as formigas de Piódão surgissem, inesperadamente, das colunas do sistema de som instalado na estação? Estas são algumas das propostas sonoras que Luís Antero apresentará no seu Concerto Para Olhos Vendados. Podemos ainda escutar as histórias de vida de antigos pastores, de antigos resineiros ou aquelas que os habitantes das aldeias de xisto da Serra do Açor contam à lareira, enquanto bebericam um cálice de licor de castanha. A ruralidade serrana vai a Lisboa para um concerto único e irrepetível. De olhos vendados, para que a viagem seja completa. Acompanhe a agenda cultural em / PTBluestation WIFI GRATUITO PARA TODOS USER//PASS bluestation