Aprofundamento 1 Terceirão 2009 Pré- História Podemos definir a pré-história como um período anterior ao aparecimento da escrita Foi uma importante fase, pois o homem conseguiu vencer as barreiras impostas pela natureza e prosseguir com o desenvolvimento da humanidade na Terra. O ser humano foi desenvolvendo, aos poucos, soluções práticas para os problemas da vida. Com isso, inventando objetos e soluções a partir das necessidades. Ao mesmo tempo foi desenvolvendo uma cultura muito importante. Paleolítico Nesta fase, os seres humanos se comunicavam com uma linguagem pouco desenvolvida, baseada em pouca quantidade de sons, sem a elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas rupestres. Através deste tipo de arte, o homem trocava idéias e demonstrava sentimentos e preocupações cotidianas. Neolítico Nesta época o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade. Com a criação de animais e a agricultura em pleno desenvolvimento, as comunidades puderam trilhar novos caminhos. Surgiu a primeira forma de escrita Pictográfica. Egito A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.6 O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos. As características gerais da arquitetura egípcia são: * solidez e durabilidade; * sentimento de eternidade; e * aspecto misterioso e impenetrável. Suas características gerais são: * ausência de três dimensões; * ignorância da profundidade; * colorido a tinta lisa, sem claroescuro e sem indicação do relevo; e * Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil. Roma A arte romana sofreu duas fortes influências: a da arte etrusca popular e voltada para a expressão da realidade vivida, e a da grecohelenística, orientada para a expressão de um ideal de beleza. Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do arco e da abóbada nas construções. As características gerais da arquitetura romana são: * busca do útil imediato, senso de realismo; * grandeza material, realçando a idéia de força; * energia e sentimento; * predomínio do caráter sobre a beleza; * originais: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro, termas. Divertimentos: a) Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos jogos praticados temos: jogos circenses - corridas de carros; ginásios - incluídos neles o pugilato; jogos de Tróia - aquele em que havia torneios a cavalo; jogos de escravos - executados por cavaleiros conduzidos por escravos; Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o "Circus Maximus". A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos. Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore. Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural. Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes. Renascimento O Renascimento foi uma época ou movimento de renovação das artes e ciências européias, entre os séculos XIV a XVI, marcado pela valorização da Antiguidade Clássica. O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650, sobretudo no século XVI. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. Principais características da Pintura Renascentista: – Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria. – Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos. – Realismo: o artistas do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada. – Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo. Outra característica da arte do Renascimento, em especial da pintura, foi o surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, consequentemente, pelo individualismo. Um dos maiores pintores do Renascimento e, possivelmente seu maior gênio, por ser também anatomista, engenheiro, matemático, músico, naturalista e filósofo, bem como arquiteto, escultor e reinventor da fábula na Itália. Ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano. Barroco A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII) mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis. As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista. Suas características gerais são: * emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio. * busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas; * entrelaçamento entre a arquitetura e escultura; * violentos contrastes de luz e sombra; * pintura com efeitos ilusionistas, dandonos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida. O Barroco surgiu nesse contexto como fruto de esforços individuais, quando os modelos literários portugueses chegaram ao Brasil. A arte que se desenvolveu com mais força foi a arquitetura, mas a partir da segunda metade do século as artes sofreram impulso maior. Costuma-se considerar a publicação da obra Prosopopéia (1601), de Bento Teixeira, como o marco inicial do Barroco no Brasil. Esse é um poema épico, de estilo cancioneiro que procura imitar Os Lusíadas. Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, é considerado a maior expressão da arte brasileira. Filho do arquiteto e mestre-de-obras Manuel Francisco Lisboa, iniciou sua aprendizagem na oficina do pai. Ainda jovem, tornou-se respeitado nos meios artísticos da Capitania de Minas Gerais, realizando significativos trabalhos como arquiteto, escultor, entalhador e imaginário. Modernismo O modernismo é uma corrente artística que surgiu na última década do século XIX, como resposta às conseqüências da industrialização, revalorizando a arte e sua forma de realização: manual. A pintura modernista misturou as delicadas e elegantes formas do gótico com o simbolismo romântico de dois grupos importantes da Europa do século XIX. O resultado foi uma pintura de um erotismo e uma naturalidade surpreendentes. A idealização da mulher manifestou-se em figuras meio ninfas e meio anjos; corpos etéreos e pele translúcida. A arquitetura modernista se caracterizou pela estrita coerência entre as formas sinuosas das fachadas e a ondulante decoração dos interiores. Adotou-se a chamada construção honesta, que permitia vislumbrar vigas e estruturas de ferro combinadas com cristal. A escultura modernista permaneceu estreitamente ligada à arquitetura e teve, antes de tudo, uma função decorativa. A criação tridimensional foi representada, melhor ainda do que pela escultura, pelos objetos de uso diário, produzidos com materiais nobres, com um desenho que os elevava à categoria de obras de arte. O modernismo implicou uma revalorização do artesão e, por conseguinte, dos produtos feitos à mão, em oposição aos industrializados. O modernismo no Brasil tem como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, no ano de 1922, considerada um divisor de águas na história da cultura brasileira. O evento - organizado por um grupo de intelectuais e artistas por ocasião do Centenário da Independência declara o rompimento com o tradicionalismo cultural associado às correntes literárias e artísticas anteriores: o parnasianismo, o simbolismo e a arte acadêmica.