Anais V Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG APURAÇÃO E CONTROLE DE CUSTOS EM UM RESTAURANTE Francieli Maria Marx Kopp1 Jaime Luiz Prux Júnior2 Resumo: O presente estudo tem por objetivo descrever e analisar o custo real e padrão de um restaurante com buffet a quilo na cidade de Caxias do Sul, apurando as variações ocorridas e analisando os resultados apurados. Inicialmente realizou-se a apresentação da empresa e do cenário em que está inserida para posteriormente destacar a discussão teórica abordada por diversos autores sobre custos. Quanto aos procedimentos metodológicos utilizados, este trabalho se caracteriza como uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa. Os dados foram coletados através de entrevistas aplicadas à proprietária da empresa e a especialistas em custos. A partir da análise dos resultados observa-se que a empresa não mantém um controle efetivo de seus custos, a bibliografia referente à área gastronômica é escassa, e conclui-se que é necessário que a empresa faça uso de uma ferramenta que auxilie no controle de custos para conseguir analisar onde se encontram os desperdícios e as diferenças de preços e quantidades comparando com o que foi orçado para o período. Palavras-chave: Gastronomia. Custo Real. Custo Padrão. Análise de Variações. Resumen: El presente estudio tiene como objectivo describir y analizar el costo real y estandár de un restaurante tipo buffet a kilo en la ciudad de Caxias do Sul, investigando las variaciones y el analisis de los resultados obtenidos. Inicialmente, fue la presentación de la empresa y el entorno en el que opera para resaltar aún más el debate teórico abordado por varios autores sobre los costos. En cuanto a los procedimientos metodológicos utilizados, esta obra se caracteriza como una investigación descriptiva con enfoque cualitativo y cuantitativo. Los datos fueron recolectados a través de entrevistas aplicadas al propietario de la empresa y expertos en los costos. Del análisis de los resultados muestra que la compañía no mantiene un control eficaz de los costos, la literatura sobre la zona comedor es escasa, y concluyen que es necesario que la compañía para hacer uso de una herramienta que ayuda a controlar costos para lograr analizar donde los residuos y las diferencias de precios y cantidades en comparación con lo presupuestado para el período. Palabras clave: Gastronomía. Costo Real. Costo Estándar. Análisis de Variaciones. 1 INTRODUÇÃO Percebe-se que no atual cenário mercadológico, muitas empresas ignoram condições formais de alocar custos, baseando-se apenas na concorrência, ou na análise do custo da matéria-prima, negligenciando outros fatores essenciais na formação do custo, como trabalho, energia elétrica, água e custos administrativos (MARICATO, 2001, apud LINASSI, 2009). Contudo, em função do crescimento acelerado do mercado de alimentos, é grande o número de empresas que não consegue sobreviver às exigências do mercado. Muitas delas não possuem um controle de custos adequado, o que impossibilita a correta formação do preço de venda e análise da rentabilidade do negócio. Dessa forma, quais critérios devem ser observados para a correta apuração e controle de custos em uma empresa do ramo alimentício? 1 2 Acadêmica do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade da Serra Gaúcha – FSG. Professor nos Cursos de Graduação na FSG. Endereço eletrônico: [email protected] V.3, N.2 (2012) – ISSN 2237-8472 Anais V Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG Para responder essa pergunta, é necessário analisar os critérios a serem observados na metodologia de apuração e controle de custos a partir da definição dos principais conceitos de custos, apresentado métodos de custeio e definindo o custo padrão e real para apurar as variações ocorridas. 2 FORMAS DE CUSTEIO Um sistema de custos bem estruturado dentro de uma empresa é considerado uma ferramenta de controle sobre as atividades produtivas, em todas as fases e departamentos. Quando a empresa possui controle de suas atividades ela conhece a realidade, pode comparar com o que foi previsto para tomar decisões rápidas e precisas sobre as divergências que ocorrem. (COSTA; OLIVEIRA; PEREZ JR. 2009). 2.1 Custo Padrão ou Standart A consolidação dos conceitos de planejamento, orçamento, administração por metas ou objetivos identificou a necessidade gerencial de se antecipar informações de custos futuros dos produtos ou serviços. Tendo em vista que para calcular o custo real, são necessárias informações passadas, surgiu o conceito de custo padrão, que é apurado com base em metas futuras de custos ou eventos almejados, que podem ou não acontecer em um determinado período futuro (PADOVEZE, 2012). Martins (2008, p. 321) acredita que “a melhor arma de controle em custos é o uso do custo-padrão.” Para ele, pode ser ideal, se fixado com base em condições ideais de qualidade de materiais, mão de obra, equipamentos e volume de produção, ou pode ser corrente, quando possuir considerados altos desses itens. O ideal apenas pode ser útil para comparações de longo prazo, enquanto que o corrente é mais lógico, factível e de melhores resultados. O objetivo de definir o custo padrão concentra-se na intenção de excluir custos extraordinários que ocasionam variações de eficiência, possibilitando a análise da eficiência produtiva dos processos empresariais. Possibilita maior controle dos custos, que são estimados com base em metas prefixadas para condições normais do trabalho. “Empregando custos-padrão, é possível apurar os desvios do realizado em relação ao previsto, identificar as causas dos desvios, adotar providências corretivas e preventivas de erros, que permitem a melhoria do desempenho.” (BRUNI; FAMÁ, 2011, p. 131). V.3, N.2 (2012) – ISSN 2237-8472 Anais V Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG Não há necessidade de se inserir o custo padrão na contabilidade. A comparação entre o custo real e padrão poderá ser realizada a parte, extra contabilmente, em relatórios especiais (MARTINS, 2008). Martins (2008) ainda ressalta que existe outro conceito de custo padrão, mais válido e prático, o custo padrão corrente. O custo padrão corrente “diz respeito ao valor que a empresa fixa como meta para o próximo período para um determinado produto ou serviço, mas com a diferença de levar em conta as deficiências sabidamente existentes [...]”. Colaborando com o assunto, Bornia (2002, p. 90) acredita que: A sistemática do custo padrão pode ser aplicada a todos os custos da empresa ou somente aos custos de matéria-prima, de mão-de-obra direta ou dos insumos mais relevantes, dependendo do que se julgar conveniente. Da mesma forma, ele não precisa estar integrado ao sistema de custos da empresa, as variações podem ser analisadas à parte do sistema formal. Vale ressaltar que o custo padrão não é aceito para efeitos fiscais. Pode-se, todavia, usar o custo padrão com os ajustes para transformação dos estoques e do custo dos produtos vendidos nos seus montantes reais. Esse ajuste para que os estoques fiquem pelo seu efetivo custo real deve ser feito trimestralmente, ou então num prazo maior, quando for maior o ciclo industrial do produto, não podendo, nunca, deixar de ser realizado por ocasião do fechamento das demonstrações contábeis para fins fiscais e societários. (MARTINS, 2008, p. 349). De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) 16, o custo padrão leva em consideração os níveis normais de utilização dos materiais e bens de consumo, da mão de obra e da eficiência na utilização da capacidade produtiva. Ele deve ser regularmente revisto à luz das condições correntes. As variações relevantes do custo padrão em relação ao custo devem ser alocados nas contas e nos períodos adequados de forma a se ter os estoques de volta a seu custo. 2.2.1 Tipos de Custo padrão Para elaborar o custo padrão de um produto ou serviço, alguns conceitos podem ser adotados pelas empresas. São eles: a) Custo padrão ideal: É o custo padrão calculado de forma científica, em que todas as condições de utilização máxima dos recursos produtivos, de estrutura de produto e processo de fabricação pudessem V.3, N.2 (2012) – ISSN 2237-8472 Anais V Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG ser alcançadas. Representa o custo de um produto que acontece sem nenhum desperdício, ociosidade, em condições ideais de produção, com os melhores equipamentos e melhores recursos humanos. É provável que nunca vá acontecer, dadas as imperfeições ambientais, empresariais e de mercado. Tomado como meta, levaria a que todos os setores da empresa se empenhassem por atingi-lo. Em não acontecendo, poderia até ser desmotivador. b) Custo padrão corrente: Nesse caso, buscam-se padrões de custos e produção que, mesmo calculados cientificamente, considerem as eventuais condições correntes da empresa. O custo padrão corrente é tomado como meta para todos os setores da empresa, mas em patamares que, ao mesmo tempo que ideais e com certa dificuldade de obtenção, permitam, porém, o seu atingimento. É um custo ideal, adaptado, permitindo-se o seu alcance. Devem-se incorporar no custo padrão todos os objetivos de busca de eficiência e produtividade, qualidade fabril, que estão ao alcance e disponíveis à empresa. c) Custo padrão baseado em dados passados: O custo padrão também pode ser calculado em cima dos dados reais já acontecidos, no pressuposto de que os dados reais anteriores tenham significância e possam servir de parâmetros futuros. Como é próprio de informações futuras baseadas em dados do passado, é importante saber que o que aconteceu antes não seguramente se repetirá. Nesse aspecto, os riscos de falhas na construção do padrão são possíveis com esse tipo de padrão. Quadro 1: Tipos de Custo Padrão Fonte: Adaptado (PADOVEZE, 2012). 2.2 Custo Real Segundo Padoveze (2012), o custo real pode ser utilizado para atender necessidades legais e fiscais da contabilidade. No entanto, não possui utilidade como instrumento de planejamento estratégico ou operacional. Além disso, possui muita variabilidade unitária, pois depende do volume produzido, portanto, um sistema de apuração do custo real para todas as atividades torna-se lento e caro. “O custo real tem validade apenas no sentido em que, após a análise de suas variações, em cima de um custo padrão, se identificam as causas do porquê das variações e, por meio delas, se permita corrigir os rumos atuais.” (PADOVEZE, 2012, p.364). V.3, N.2 (2012) – ISSN 2237-8472 Anais V Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG 2.3 Variações entre Custo Padrão e Real A variação pode ser entendida como a diferença entre o custo padrão e real. Existem variações favoráveis e desfavoráveis. As favoráveis ocorrem quando o custo real se apresentar menor que o custo padrão, quando a empresa consumir menos recursos que o projetado. Por outro lado, as variações desfavoráveis ocorrem quando o custo real for maior que o padrão. Isso acontece quando há margem de ineficiência, pois os recursos projetados não foram suficientes para o período (COSTA; OLIVEIRA; PEREZ JR., 2009). Na figura abaixo percebe-se as etapas para a análise das variações entre custo real e padrão. Figura 1: Etapas de análises entre Custo Real e Padrão Fonte: Costa; Oliveira e Perez Jr. (2009, p. 172). Diante das análises entre o custo real e padrão verificam-se os problemas e tomam-se medidas corretivas para conseguir alcançar o objetivo fixado do custo padrão (PADOVEZE, 2012). Graficamente, as etapas de análises de variações entre custo real e padrão podem ser observadas a partir da seguinte metodologia: Variação de preço Preço Pr Variação conjunta Pp Variação de quantidade 0 Qp Qr Quantidade Figura 2: Variações em preço e quantidade Fonte: Bruni e Famá (2011, p. 133). V.3, N.2 (2012) – ISSN 2237-8472 Anais V Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG A partir da figura citada acima por Bruni e Famá (2011) percebe-se que podem ocorrer variações de preços, quantidade ou variação conjunta. 3 METODOLOGIA A pesquisa pode ser considerada como aplicada. De acordo com Lakatos e Marconi (2008, p. 6), “caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, que os resultados sejam aplicados ou utilizados, imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na realidade.” Quanto à sua natureza trata-se de uma pesquisa aplicada, pois, de acordo com Lakatos e Marconi (2008, p. 6), “caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, que os resultados sejam aplicados ou utilizados, imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na realidade”. Sua forma de abordagem caracteriza-se como qualitativa e quantitativa, ou qualiquanti, uma vez que para analisar o custo padrão, o custo real e seus desvios fez-se necessário compreender conceitos fundamentais de custos e, posteriormente, desenvolver cálculos demonstrando os custos e as análises dos desvios. A pesquisa qualitativa é considerada descritiva, tendo em vista que os pesquisadores analisam os dados indutivamente. “O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave.” (SILVA; MENEZES, 2001 p. 20). Flick (2004) ressalta que a pesquisa qualitativa é compreendida de forma diferente da pesquisa geral, pois ultrapassa a decisão de utilizar entrevista narrativa ou questionários, há uma interdependência mútua das partes isoladas do processo. Na Contabilidade, é bastante comum o uso da abordagem qualitativa como tipologia de pesquisa. Cabe lembrar que, apesar de a Contabilidade lidar intensamente com números, ela é uma ciência social, e não uma ciência exata como alguns poderiam pensar, o que justifica a relevância do uso da abordagem qualitativa. (BEUREN, 2009, p. 92). O procedimento técnico utilizado foi o estudo de caso, em vista da necessidade de apontar o custo padrão e o efetivamente realizado e posteriormente os desvios ocorridos. Dessa forma, foi analisada a atual forma que a empresa apura seus custos e analisa os desvios ocorridos. O procedimento técnico utilizado foi o estudo de caso, em vista da necessidade de apontar o custo padrão e o efetivamente realizado e posteriormente os desvios ocorridos. V.3, N.2 (2012) – ISSN 2237-8472 Anais V Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG Dessa forma, foi analisada a atual forma que a empresa apura seus custos e analisa os desvios ocorridos. Beuren (2009) ressaltam que o estudo de caso torna-se importante na medida em que reúne informações numerosas e detalhadas sobre o processo. Essa riqueza das informações detalhadas propicia maior conhecimento do assunto com vistas a possíveis soluções dos problemas relacionados com o assunto em estudo. Gil (2007, p. 54) afirma que o estudo caso “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento [...]”. Yin (2005, p.23) ainda identifica que o estudo de caso “é uma pesquisa empírica que investiga um fenômeno contemporâneo em seu contexto natural, em situações em que as fronteiras entre o contexto e o fenômeno não são claramente evidentes, utilizando múltiplas fontes de evidência”. Outro procedimento utilizado foi o levantamento (survey), em virtude que, para a obtenção de informações necessárias à coleta dos dados, serão interrogadas todas as pessoas envolvidas no processo. Gil (2007) observa que, nessa pesquisa, há uma interrogação direta com as pessoas cujo assunto se deseja conhecer. Para a pesquisa qualitativa foram desenvolvidas entrevistas com a sócia da empresa e com especialistas em custos, enquanto que para a pesquisa quantitativa foram analisados documentos que visam comprovar a veracidade das informações. A entrevista não é considerada estruturada, pois as informações serão coletadas informalmente, conforme surge a necessidade de obtenção dos dados. Para Lakatos e Marconi (2008) nesse tipo de entrevista as perguntas são abertas, não seguindo uma estrutura formal, onde há uma conversação informal com as partes envolvidas. 4 RESULTADOS Durante a elaboração deste trabalho, observaram-se várias situações que ocorrem na empresa. Com o objetivo de analisar o custo real e padrão e também suas variações, foram coletadas informações a partir de um estudo de caso, onde foram analisadas entrevistas objetivas aplicadas à sócia da empresa e para especialistas em custos. Atualmente, as refeições são calculadas com base em uma estimativa das pessoas que frequentam durante a semana. As mercadorias são compradas conforme a necessidade e o cardápio é estimado para a semana. V.3, N.2 (2012) – ISSN 2237-8472 Anais V Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG Percebe-se que não há um controle efetivo dos custos. Quando perguntado sobre como a empresa realiza o controle de custos, os resultados apontam que não há um controle efetivo, não são utilizados softwares ou planilhas auxiliares. No momento, não se tem a comparação do custo real dos produtos com o custo meta, ou custo padrão. Alguns pontos positivos observados concentram-se no local que o estabelecimento está situado. Diferentemente da antiga sede, o restaurante conta agora com um amplo local para estacionamento. A parte interna também aumentou o que representa maior capacidade instalada. Quando perguntados sobre como o custo padrão deve ser aplicado para se tornar uma ferramenta gerencial que auxilia no processo de apuração de custos, os entrevistados indicam que o custo é tomado como meta para os setores da empresa, em patamares ideais, com certa dificuldade de obtenção, mas que permitem o seu atendimento. Compara-se o custo padrão com os custos históricos, e as causas das variações entre ambos são investigadas, tomando as devidas medidas corretivas. Assim sendo, a aplicação do custo padrão visa subsidiar as tomadas de decisões da gestão da empresa, para que o resultado definido no orçamento seja alcançado. Em relação às vantagens observadas em se projetar o custo meta, fica evidente a necessidade de projetar os acontecimentos e antever os fatos para não haver surpresas de gastos inesperados, tendo providências para evitar desperdícios em processos e matérias primas. A empresa pode agir de forma reativa e preventiva com base no acompanhamento das variações dos custos. A partir da análise das respostas apresentadas na entrevista, percebe-se que no momento que for possível comparar o custo previsto com o realmente ocorrido, a empresa consegue analisar as variações ocorridas, consegue observar a flutuação dos preços e das quantidades utilizadas, e a partir disso pode adaptar melhores estratégias competitivas. No decorrer dessa pesquisa foram apresentados os conceitos fundamentais estudados em custos, foi delimitado o custo real e padrão e analisado as variações ocorridas entre eles. Desse modo, observou-se que a empresa não possui um efetivo controle de custos atualmente, o que dificulta o processo de análise do custo histórico, dificultando também a correta apuração dos preços. Através do estudo de caso foi possível observar que a apuração do custo real deixou claro que os custos apurados durante a semana apresentam uma variação quando comparados com o custo meta, mesmo com a equalização do consumo. Ao equalizar o consumo os custos V.3, N.2 (2012) – ISSN 2237-8472 Anais V Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG puderam ser comparados igualmente. Em resumo, as variações de quantidade e preços foram estudadas. Verificou-se que ao estabelecer uma meta de clientes o administrador consegue definir de maneira mais precisa a quantidade de refeições que deverá preparar. Estabelecendo as metas de custos há uma previsão do que deverá ser gasto para um determinado número de clientes. Logo, ao apurar o custo real do período, o gestor consegue saber se ocorreram variações entre o orçado e o realizado e, a partir daí, analisar quais os itens que sofreram variações e apurar se foram favoráveis ou desfavoráveis. No caso estudado ficou evidente que a empresa atendeu menos clientes que o previsto e ainda apresentou um custo maior, ou seja, a meta em clientes não foi alcançada e o custo dos produtos foi maior que o previsto. Foram encontradas algumas limitações relacionadas á escassa literatura referente a área gastronômica. Ressalta-se que esse trabalho não esgotou os conteúdos a serem analisados. Nesse sentido sugere-se para próximos estudos analisar o impacto dos preços nas receitas auferidas e a partir do custo estabelecido aprofundar o estudo sobre as variações de cada área. 5 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BARES E RESTAURANTES. Perfil da Abrasel. Disponível em: < http://www.abrasel.com.br/index.php/a-abrasel/perfil-da-abrasel.html>. Acesso em: 16. abr. 2012. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE RESTAURANTES. Restaurantes pequenos somam 34% do setor e puxam expansão. Disponível em : <http://www.anrbrasil.org.br/new/view_news.php?numNews=236>. Acesso em: 24. mar. 2012 BERLATTO, Odir (Org.). Manual para elaboração e normatização de trabalhos acadêmicos do curso de ciências contábeis. Caxias do Sul: FSG, 2010. 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