1/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Formas atuais da teoria dos signos • Semiologia • Semiótica – Europa – Hjelmslev, Saussure e Barthes – Exclusão de fatores sócio-culturais ou “objetividade pura” – Análise do discurso – EUA – Pierce (pragmatismo) – Filosofia transcendental contexto sócio-cultural contexto prático - análise do significado Compromisso com os nomes dados às coisas e conceitos 2/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Formas atuais da teoria dos signos A Semiologia surgiu das ciências lingüísticas ciência geral dos signos, que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas de signos, i. e., sistemas de significação 3/25 A Semiótica deveria indicar a teoria de Pierce surgiu do pragmatismo americano Tese fundamental a verdade de uma doutrina consiste no fato de que ela seja útil e propicie alguma espécie de êxito ou satisfação Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Semiótica: Principais representantes Charles Sanders Peirce (1839-1914) • Americano, fundador do pragmatismo • É considerado o verdadeiro pai da semiótica • A contínua interpretação dos signos foi convertida mais tarde em uma meta teoria por Umberto Eco, com a qual ele explica os fenômenos culturais globais • Em 1867, Peirce começou a publicar suas investigações semióticas • Ele enfatizou o caráter relativo dos signos, i. é, eles somente existem na relação de um objeto e um intérprete • Ele qualificou essa relação de três componentes como relação triádica 4/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Semiótica: Principais representantes Umberto Eco (1932 ...) • Este italiano utiliza o conceito de “campo semiótico”, i. é, o local onde se realizam os diversos planejamentos semióticos. Segundo ele, uma análise semiótica têm lugar quando se supõe que a comunicação funciona como envio de mensagens com base em um código • Eco relaciona as colocações de Peirce e investiga os processos de comunicação • Através da semiótica podem ser analisados todos os fenômenos culturais • Os códigos são regras de transformação mediante as quais podem ser decifrados certos signos, ou seja, pode-se chegar ao conhecimento de seu significado através da decodificação 5/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Semiótica • O que é ? – Disciplina que estuda os fenômenos da significação e representação – Base para o entendimento dos fenômenos da cognição e comunicação – Ciência preocupada com os fenômenos mentais (leis + manifestações+ produtos da mente) • Mas o que é a mente – É o processo de formação de significações – também chamado de semiose ou processo sígnico: processo pelo qual alguma coisa (signo) representa outra (objeto), sob algum aspecto ou modo (interpretante), para um sujeito (intérprete) 6/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Semiótica – A semiose para Pierce acontece: • • • • em em em em sistemas físicos e químicos, sistemas biológicos seres pensantes (homem) dispositivos artificiais construídos pelo homem • Método – Análise do processo de busca da verdade; – Verdade = atividade dirigida para um objetivo ou insatifação • atividade instintiva comportamento 7/25 satisfação atividade consciente e crítico Lógica - Ciência Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade História da Semiótica • Platão Signo Significado Objeto Trata-se de estabelecer as relações entre signo, significado e o fato específico Somente no Séc. XIX, Peirce retoma o estudo desta relação entre esses 3 conceitos 8/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade A relação Triádica de Peirce Produtor de signos Objeto a ser denotado SIGNO Intérprete 9/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Peirce • Peirce utilizou o conceito de representação, i. é, a noção de que algo responde de outra coisa, ou se trata intelectualmente como se fosse essa outra coisa • Ex.: a luz da sinaleira em vermelho faz as vezes de um policial que pára o trânsito 10/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade é um segundo signo, equivalente a si mesmo ou, eventualmente, um signo mais desenvolvido, criado na mente do receptor. Relações Semióticas Pierce Interpretante Signo Objeto é aquilo, que, sob certo aspecto, representa alguma coisa para alguém 11/25 Semiótica e Semiologia e a coisa representada Relação triádica de signo (Ogden & Richards) ine 5624 – engenharia de usabilidade Relações Semióticas Pierce • Sintaxe – Relações entre signo • Semântica – relações entre signo e seus objetos • Pragmática – relações entre signo, seus objetos e seu interpretante Sintaxe 12/25 Semântica Semiótica e Semiologia Pragmática ine 5624 – engenharia de usabilidade Pierce Ícone é um signo que tem alguma semelhança com o objeto representado. Exemplos de signo icônico: a escultura de uma mulher, uma fotografia de um carro, e mais genericamente, um diagrama, um esquema 13/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Pierce Índice é um signo que se refere ao objeto denotado em virtude de ser diretamente afetado por esse objeto. Exemplo: fumaça é signo indicial de fogo, um campo molhado é índice de que choveu, uma seta colocada num cruzamento é índice do caminho a seguir 14/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Pierce Símbolo é um signo que se refere ao objeto denotado em virtude de uma associação de idéias produzidas por uma convenção. Exemplo: qualquer das palavras de uma língua, a cor verde como símbolo de esperança etc 15/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Semiótica e Desenho Pierce • O desenho relaciona-se constantemente com signos representativos, no entanto freqüentemente diferenciam-se os signos diretos e os indiretos: as funções indicativas remetem de forma direta às funções práticas e as funções simbólicas de forma direta às referências sócioculturais. • Neste ponto podemos reconhecer claramente a transcendência do enfoque semiótico para o desenho: o designer projeta, com um objeto, não somente coisas reais, mas também imaterialidades. É importante, portanto, para o processo de projeto, que o designer não se limite unicamente ao uso de signos individuais. Os signos que ele utiliza devem ser compreendidos de forma correta pelo intérprete 16/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Semiótica:Principais representantes Jean Baudrillard (1929 ...) • Aplicou o método semiótico na análise do cotidiano. Investigou a linguagem dos objetos e com isto ele pode ser considerado como o autêntico fundador da teoria semiótica do desenho • Partindo do pré-suposto que as coisas entorno do homem falam, elas mesmas informam quem são seus proprietários e seus valores, desejos e esperanças; • Em 1982 ele apresenta a noção moderna da catástrofe semiótica presente: os signos caminham para um desgaste cada vez maior 17/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Jean Baudrillard 18/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Semiologia: Principais representantes Ferdinand de Saussure (1857-1913) • Entre 1906 e 1911, Ferdinand de Saussure proferiu una série de palestras na Universidade de Genebra; com base nos apontamentos dos seus alunos, foi redigido e publicado a obra “Cours de Linguistique Générale” • Saussure é considerado um estruturalista • Sua obra abriu caminho à lingüística no sentido de se tornar uma disciplina independente; 19/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Saussure • Saussure chamou esse conjunto teórico de Unidade de “representação” e de “imagem fonética” • O conceito de cadeira e a concepção fonética das suas letras não têm conexão alguma. Esta relação se estabelece unicamente por acordo ou convênio coletivo Cadeira 20/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade O Sinal Bilateral (Saussure) Significado (conceito) Significante (imagem-som) 21/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade O Sinal Bilateral (Saussure) • A concepção mentalística – Significado e Significante são entidades mentais, independete de qualquer objeto externo… • 22/25 A imagem ou o som de uma palavra não é algo material, apenas uma impressão psicológica (modelo mental) que tem sentido para nós… Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade A Função Sinal (Hjelmslev) Matéria Matéria 23/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Semiologia: Principais representantes Roland Barthes (1915-1980) • É outro autor que concorre para a sedimentação do Estruturalismo • O homem se caracteriza e se diferencia pela “criação de significados” • O Estruturalismo vê o homem como Homo significans, para o qual o interesse cognitivo concentra-se no ato, no processo e no fenômeno da origem do significado • O autor falou sobre o caráter referencial da linguagem, i. é, os homens com a ajuda da linguagem referem-se as coisas que são externas a ele: os objetos e os fatos realmente existentes. Os signos lingüísticos não são unicamente sons físicos, são também impressões psíquicas. 24/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Barthes • primeira ordem de significação - Denotação; - Significação óbvia; senso comum; - Campo objetivo • segunda ordem de significação - Influências dos valores, emoções cultura; - Campo subjetivo e inter-subjetivo; - Conotação + Mito +Símbolos 25/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Barthes • Conotação - Interação do signo com os valores, as emoções e a cultura; - Campo subjetivo e inter-subjetivo; - Significação de segunda ordem do significante 26/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Barthes • Mito - história pela qual uma cultura explica ou compreende um dado aspecto da realidade ou da natureza - Os mitos naturalizam a história - Significação de segunda ordem do significado 27/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Barthes • Símbolo - O significado é adquirido por convenção ou uso – e pode representar algo distante do objeto - ?????? 28/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade O Modelo da Comunicação • Informação: comunicação, notícia de um fato ou ocorrência – Somente mensagem com alguma novidade é informativa… • Comunicação: processo de informação (semiosis) – – – – – Interação bilateral entre humanos Direta ou indireta Intencional ou não intencional Verbal ou não verbal Visual, sonora e segundo outros fluxos 29/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade O Modelo da Comunicação (Prieto) • Comunicação: processo de informação (semiosis) – Intencionalidade • Intensão de comunicar – Comunicação • Fluxo da informação – Significação • 30/25 Resposta interpretativa Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade O Modelo da Comunicação (Meyer & Eppler) FONTE DE RUIDO Emissor Recebedor SINAL Fonte Transmissor CANAL SINAL RECEBIDO SR1 31/25 SR3 Semiótica e Semiologia Recep- Destitor nação SR2 ine 5624 – engenharia de usabilidade O Modelo de Comunicação de Prieto Código meio Emissor mensagem Receptor meio Contexto de referência 32/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade O Modelo da Comunicação (Meyer & Eppler) - Fonte: cérebro humano – Transmissor: voz – Canal: ar – Fonte de ruído: vento – Sinais: ondas sonoras – Repertório de Sinais: Códigos • Convenções entre formas de conteúdo e formas de expressão que é aceita, reconhecida e respeitada pelos usuários de um sistema de sinais. – Contexto: • Condições do ambiente que auxilia o receptor a interpretar uma mensagem 33/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Tipos de Códigos • Materia: – substância amorfa: espectro de cores • Substância: – a essência da forma: cor verde • Forma: – a forma estruturada em um sistema que a diferencia de outras formas: cor VERDE para AVANÇAR cor VERMELHA para PARAR 34/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Tipos de Códigos • Códigos arbitrários ou convencionados: – quando há uma convenção inequivocamente arbitrada entre formas de conteúdo e formas de expressão: – Ex. sinais algébricos – monossêmicos 35/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Tipos de Códigos • Códigos motivados ou naturais: – quando existe uma relação natural (implícita) entre formas de conteúdo e formas de expressão que se revela em um contexto. – Ex. símbolos, ícones – Polissêmicos, ambíguos 36/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Tipos de Códigos • Códigos sensoriais – estão ligados às primeiras etapas do processamento sensorial da informação. – tendem a ser estáveis frente à indivíduos e culturas. – baseados em estruturas fisicamente presentes no mundo. – Cores, espessuras, texturas, propriedades físicas em geral – as gramáticas sensoriais são válidas em uma grande variedade de contextos. 37/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Semiótica Computacional Andersen (1991) • • • • • • • • O esquema estruturalista elaborado por Hjelmslev e a tríade de Peirce. O indivíduo, é o criador, o intérprete e a referência dos sinais. O sistema informatizado é visto como um sistema de expressões "vazias A atividade do projetista possui o caráter de criação de proposição de significados. Programar, no sentido semiótico do termo é, segundo Andersen, usar o computador para tentar dizer algo às pessoas. Sinais computacionais são sinais candidatos. O projetista define os limites da comunicação criando os sinais que o usuário pode manipular. 38/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Sinais Computacionais • A interface é uma coleção de sinais computacionais • Segundo esta definição pode-se afirmar que um sistema informatizado possui inúmeras interfaces, uma vez que cada usuário entra em contato com uma coleção diferente de sinais os quais ele interpreta de uma maneira particular. 39/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade Sinal Computacional • Mídia computacional: – propriedades manipuláveis: – propriedades modificáveis – propriedades permanentes – realizam ações sobre outros sinais: refletem as ações do sistema 40/25 Semiótica e Semiologia ine 5624 – engenharia de usabilidade