UABVI Comunicação 1ª sessão 18 de fevereiro de 2015 25 e 26 de março de 2015 Maria Filomena Capucho - UCP Informações essenciais Contactos [email protected] Skype - fcapucho Telemóvel – 96 301 46 90 (das 9.30 às 21.30) Maria Filomena Capucho - UCP Sumário da sessão 1. Apresentação dos alunos 2. Apresentação do Programa e das formas de avaliação 3. Escrita Académica 3.1 Especificidades 3.2 Princípios subjacentes 3.3. Diversidade(s) textual(-ais) 3.3.1. A ficha de leitura 3.3.2. A recensão bibliográfica 3.3.3. A monografia Maria Filomena Capucho 3 4. Noções básicas de comunicação Linguagem, língua, discurso e comunicação: definição de conceitos Linguagem verbal, linguagem paraverbal e linguagem não-verbal caraterização; complementaridade(s) Maria Filomena Capucho - UCP 5. Do quadro comunicacional de Jakobson a um modelo de interação sociocomunicativa (ou do “telégrafo” à “orquestra”) funções da comunicação: informação e relação o postulado da impossibilidade da nãocomunicação 6. Gestão de conflitos : as noções de Face e de Lugar (Goffmann, 1973) estratégias de negociação Maria Filomena Capucho - UCP Apresentação dos alunos Se eu fosse… Responde ao mini-teste Adivinha de quem se trata Maria Filomena Capucho - UCP Uma proposta de Programa Estrutura metodológica Conteúdos Formas de avaliação Programação Bibliografia Maria Filomena Capucho - UCP Escrita Académica Contexto Finalidades Atores Locutores Tipos Ficha de leitura Recensão bibliográfica Monografias Maria Filomena Capucho - UCP A recensão bibliográfica Definição: Texto de síntese a partir das fichas leitura de um ou vários documentos identificados Cuidados a ter O registo A coerência e a coesão do texto A identificação das fontes A referenciação das fontes (cf. normas de Vancouver) Os aspetos formais (ortografia e formatação) Maria Filomena Capucho - UCP Questão central Porque razão, num mundo em que a comunicação parece dominar o quotidiano de todos, há cada vez mais pessoas que se sentem sozinhas? Maria Filomena Capucho - UCP Comunicação, linguagem, língua e discurso Distinção entre conceitos O que é a linguagem? Maria Filomena Capucho - UCP Língua Norma vs uso Variantes e implicações sociais Correção vs adequação Maria Filomena Capucho - UCP Discurso Discurso e discursos Implicações sociológicas Rituais e scripts comunicacionais Maria Filomena Capucho - UCP Linguagem verbal, linguagem paraverbal e linguagem não-verbal Linguagem verbal – utiliza palavras; é constituída por signos Linguagem paraverbal – sons que acompanham produção verbal Linguagem não-verbal – outros códigos de comunicação que não utilizam a palavra Proxémica Quinésica Maria Filomena Capucho - UCP Do quadro comunicacional de Jakobson… Maria Filomena Capucho 15 O Modelo de Jakobson 6 componentes na comunicação verbal: o destinador (emissor) utilizando um código para transmitir uma mensagem a um destinatário (receptor), através de um contacto (canal) situado num contexto específico Maria Filomena Capucho 16 E… A existência destas 6 componentes seria suficiente para o sucesso da comunicação - desde que a mensagem chegue ao destinatário sem ruídos e que este possua o mesmo código que o destinador, só será necessário descodificá-la. Maria Filomena Capucho 17 Logo… Estamos perante uma conceção telegráfica da comunicação Maria Filomena Capucho 18 …a um modelo de interação sociocomunicativa Maria Filomena Capucho 19 A Escola de Palo Alto “... le terme “communication” recouvre l’ensemble des dimensions de notre monde réel qui résultent du fait que des “entités” en général — avant tout, bien évidemment, des hommes — entrent en relation les unes avec les autres et se mettent à agir les unes sur les autres.” 1 (pag.228) Maria Filomena Capucho 20 Implicações De um modelo do tipo «telegráfico», passamos à conceção da comunicação enquanto «orquestra», onde cada indivíduo é um participante que toca uma partitura que lhe é específica. Maria Filomena Capucho 21 O postulado da impossibilidade da não-comunicação É impossível não comunicar Maria Filomena Capucho 22 “Il suffit de la présence d’autrui pour que tout comportement, actif ou passif, intentionnel ou pas, présente un caractère communicationnel et constitue une communication. Comme il n’y a pas de non-comportement, on ne peut non plus ne pas communiquer.” 1(pag. 19) Maria Filomena Capucho 23 As dimensões da comunicação Qualquer ato comunicacional comporta necessariamente duas dimensões: A dimensão de transmissão de conteúdos (qualquer ato é suposto transmitir uma informação) A dimensão relacional, respeitante às relações estabelecidas pelos interlocutores na relação comunicativa. 1 (pag. 20). Maria Filomena Capucho 24 A noção de Face Diretamente relacionada com a autoimagem, mais precisamente com a auto-imagem positiva que cada um deseja apresentar aos outros (e a si mesmo) e manter. Maria Filomena Capucho 25 Definição … la valeur sociale positive qu’une personne revendique effectivement à travers la ligne d’action que les autres supposent qu’elle a adoptée au cours d’un contact particulier. La face est une image du moi délinée selon certains attributs sociaux approuvés, et néanmoins partageable. 2 (pag. 9) Maria Filomena Capucho 26 Face positiva A face positiva é a necessidade de apresentar e manter uma auto-imagem positiva, de ser amado e de se fazer amar e respeitar, de estabelecer laços com os outros Maria Filomena Capucho 27 Face negativa e face positiva Brown & Levinson3 propõem uma distinção entre face positiva e face negativa. Maria Filomena Capucho 28 Face negativa A face negativa é o desejo de “not to impose and not to be imposed.”4 (pag. 20), ou seja, de preservar o “território” de cada um dos parceiros, a sua intimidade pessoal. Maria Filomena Capucho 29 FTAs Qualquer ato realizado no decurso de uma interação é suscetível de constituir uma ameaça para uma e/ou outra das faces de cada um dos parceiros, ou seja, qualquer ato é suscetível de constituir um “Face Threatening Act” (FTA), expressão introduzida por Brown & Levinson.3 Maria Filomena Capucho 30 FFAs Simultaneamente, para reduzir os conflitos interpessoais, os interlocutores produzem FFAs (Face Flattering Acts), simetricamente opostos aos FTAs. 5 Maria Filomena Capucho 31 A noção de negociação Dado que o sentido é co-construído, todo o ato comunicativo é um ato de negociação; corresponde à cooperação entre os interlocutores, seja ela colaborativa ou conflituosa Para reduzir os conflitos, a eficácia das estratégias de negociação é fundamental Maria Filomena Capucho - UCP Bibliografia citada 1. Watzlawick P. Les Cheveux du Baron de MünchhaussenPsychotérapie et “réalité”. [trad] Paris: Seuil; 1991. 2. Goffman E. La mise en scène de la vie quotidienne (2 vol.). Paris: Minuit ; 1973. 3. Brown P, Levinson S. Politeness: some universals in language use. Cambridge: Cambridge University Press; 1978. 4. Diamond J. Status and Power in Verbal Interaction. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company; 1996. 5. Kerbrat- Orecchioni, C. (2006). Análise da conversação. Princípios e Métodos. São Paulo: Parábola Editorial. Maria Filomena Capucho - UCP Bibliografia obrigatória Capucho MF. Communication verbale et non-verbale. In : Maigret E. editor. Communication et Médias. Paris: Les notices – La documentation Française ; 2003. p. 11 – 15 Maria Filomena Capucho - UCP