CORONEL JOAQUIM LEITÃO, COMANDANTE DO RSB
PROFESSOR MENDES VICTOR
“Lisboa tem
os melhores bombeiros”
Páginas 20, 21, 22 e 23
JANEIRO
DE
2009
E DIÇÃO : 268
A NO: XXV
1,25 €
D IRECTOR : R UI R AMA
DA
S ILVA
O PROCIV
“foi uma
anedota”
Página 8
BATALHA
POSSE DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA LBP 2009/2011
Órgãos sociais
só com mulheres
Página 12
COMANDANTES MUNICIPAIS
Conteúdo funcional em falta
Página 32
VILA DAS AVES
Primeira
associação certicada
Página 4
LIGA QUER SABER
Anal quem aplica a lei
Página 7
“Não se confunda gestão
associativa e voluntária
com amadorismo irresponsável”
armou Duarte Caldeia
Páginas 16 e 17
ACORDO PARA TRANSPORTE DE DOENTES
Bombeiros aguardam resposta
do Ministério da Saúde
• Divulgamos relatório nal na integra
SEGUREX
Páginas 24 e 25
Liga vai estar presente
Página 14
“CASCA DE BANANA”
INEM
Liga lança o alerta
Página 7
REVIVER MAIS
Posse dos órgãos sociais
Página 12
Previstas mais 53 ambulâncias
no primeiro trimestre
Página 9
2
JANEIRO 2009
Podia ter-se evitado
A
s grandes coisas passam sempre, em primeiro lugar, pelas
pequenas. Grandes acontecimentos, grandes desastres,
grandes realizações, passam sempre, em primeiro lugar, pelas
pequenas.
Depois, ou não passam disso, e estão sujeitos a essa escala.
ou, pela dimensão própria, ou por que resultam de um somatório
de várias situações e respectivas complexidades, ganham maior
expressão e impacto.
Se algumas dessas situações se apresentam como imprevisíveis, outras, ao contrário, não só são previsíveis, como até podem ser preparadas e mitigadas. Uma dessas situações, previsível e passível de ser preparada, até pela regularidade com que
acontece, é o surto gripal.
Acontece todos os anos, mais ou menos na mesma altura. Por
vezes, repete-se, mas, à parte a mudança ou diferença que poderá haver na sua estirpe, tudo o resto pode ser acautelado.
O recente surto de gripe é um bom exemplo de reacção falhada, reactiva e tardia.
Os primeiros prejudicados foram, obviamente, em primeiro
lugar, os próprios doentes. Os muitos milhares que, em poucos
dias, se viram na contingência de se acotovelarem horas a o em
condições pior que precárias nas urgências dos nossos hospitais
não mereceiam este tratamento. E, porventura, carão por avaliar as consequências totais disso. Houve tempo, sem resposta à
altura, de esgotar os técnicos de saúde, os espaços físicos e os
equipamentos existentes.
Dir-se-ia que, como foi lugar-comum dizer nesses ambientes,
nem em África teriam sido tão maltratados.
Não estando perante uma situação de catástrofe impossível de
programar, os próprios prossionais de saúde e as estruturas
onde exercem a sua actividade não deveriam estar sujeitas a
situações que atentam contra as condições técnicas, a dignidade
e a ecácia que devem ser garantidas aos doentes.
Por outro lado, os bombeiros, em permanente disponibilidade
para socorrer quem deles precisa e sujeitos ao aumento desses
pedidos, não podem aceitar de ânimo leve os “sequestros” das
suas macas nas urgências. Sabendo que, por isso, haverá pedidos a que não vão conseguir responder, ou a que, mesmo podendo fazê-lo, não vão garantir a qualidade e a prontidão que a si
próprios exigem. Foi comum ver em vários hospitais macas de
bombeiros que, quando eram solicitadas passadas horas, já não
era o doente que tinham trazido que ali se mantinha, mas outro,
entretanto admitido, para o qual o próprio hospital não tinha
cama.
[email protected]
Um novo desao
C
om o início de
um novo ano
passámos mais uma
página da história
das nossas vidas e
da existência das
nossas associações
e corpos de bombeiros.
Novo ano que surge com nuvens negras e muitas indenições sobre a sustentabilidade futura das nossas instituições.
Haverá muito a fazer neste novo ano, nesse domínio e
noutros, como um novo desao que se nos apresenta.
Associamos a essa vontade os votos que associações,
amigos e entidades zeram o favor de nos fazer chegar no
nal do ano transacto. São eles:
BV Águas de Moura; Maria de Jesus, BV Pombal; Juvebombeiro de Aveiro; Rolando Santos; Associação Bombeiros
Ultramarinos, Conselho Directivo do Instituto da Segurança
Social, Futurvida; BV Vila das Aves; BV Sacavém; BV Caxarias; BV Paço de Arcos; BV Almoçageme; Sérgio Santos;
Confederação Portuguesa do Voluntariado; António Carvalho, presidente FBD Lisboa; Paulo Ferro, Juvebombeiro Bragança; Marco Martins; Carlos Alberto Tiago; Antero Bessa;
Joaquim Silva; BV Sintra; BV Maceira; BV Paredes de Coura;
BV Carcavelos e São Domingos de Rana; BV Egitanienses;
BV Famalicenses; BV Castro de Aire; Luís Paulo Rodrigues,
CM VN de Famalicão; CM de Borba; BV Castelo de Vide; Federação dos Bombeiros do Algarve; BV São Pedro de Sintra;
João Gomes, jornal Portal Lisboa; José Lima, cmdt. Cmdt.
BVSerpins; Revista 4x4; Bombeiros de Paço de Arcos; Formalpress Lda; Acácio Monteiro, cmt. BV Brasfemes; Cristina
Martins e Carla Miranda, CM Estarreja; BV Tondela; CM Loures; Terramar, Lda; Nuno Leitão; CDOS Portalegre; Rita Lourenço, Eaton’s Electrical Group; CM Palmela; CM Vila Franca
de Xira; Joaquim Leonardo, 2º cmt. BV Algueirão – Mem
Martins; CM Alcobaça; Grupo JCR; Inforlider Ld; Mauro Montenegro Henriques; Governador Civil do Distrito de Santarém; BV Marco de Canaveses; Grupo dos Amigos de Olivença; Jubileu; cmt. QH António N. Vieira NABUL – Delegação
Madeira; Cristina Valério, Adjunta da Governadora Civil de
Lisboa; Patrícia Gonçalves, Lift Consulting; Eurídice Pereira,
Governadora Civil do Distrito de Setúbal; Carlos Manuel Barão, CM de Reguengos de Monsaraz; Inês Valentim, EuropaAmérica; Patricia Ferreira, Destak Carla Leirião, Agência
Global de Comunicação, Rádio 94.8 FM e jornal Mais Oeste;
António Castro, CM Vagos; Luis Alberto Guedes, cmt QH
BV.Vinhais; Fernando Carvalho Rodrigues e Comando dos BV
Odivelas.
Rui Rama da Silva
Estamos perante uma situação a que, conforme opiniões
colhidas nas diferentes áreas, teria sido possível responder
mais depressa e melhor. Estando o surto de gripe mais que
anunciado ocialmente, só por razões economicistas e de mera
gestão, dizem-nos, não foi garantido mais cedo o alargamento
do atendimento aos doentes em centros de saúde e noutras
estruturas locais e regionais, em reforço das urgências dos
hospitais.
A reacção tardia, aliás, veio provar que até teria sido possível
intervir doutro modo.
O poder de desenrascanço em que os portugueses são pródigos e exímios, e em que as autoridades, porventura, acreditaram
demais, crentes de que não seria preciso recorrerem aos meios
que sabem e podem utilizar, funcionou mais uma vez contra
nós.
Não teria sido difícil articular mais e melhor, para que o resultado tivesse sido outro?
Pelo nosso lado, enquanto bombeiros, lamentamos que os doentes que procuramos conduzir aos estabelecimentos de saúde,
estabilizados e devidamente assistidos, vejam essa cadeia falhar,
interrompida por motivos que poderiam e deveriam ter sido evitados.
VIZELA
ODIVELAS
Um adeus
sentido
por todos
Faleceu o comandante
Fernando Aleixo
O
novo ano trouxe uma triste
notícia aos Bombeiros Voluntários de
Vizela. No passado
dia 3, com 86 anos,
partiu o seu amigo
e companheiro, o
bombeiro de 1.ª
classe António Val.
“Era um elemento sempre presente enquanto integrou o quadro activo e, mesmo quando o deixou, a sua
disponibilidade não se alterou, mostrando-se
presente e cooperante nas instalações do
quartel”, fez questão de salientar o comandante Rogério Caldas, adiantando que “será
um elemento sempre lembrado com carinho e
saudade”.
V
ítima de doença súbita,
morreu em 25 de Dezembro o comandante do
Quadro de Honra do Corpo
de Bombeiros Voluntários de
Odivelas, Fernando de Oliveira Aleixo, Crachá de Ouro
da Liga dos Bombeiros Portugueses.
O comandante Fernando
Aleixo tomou posse no dia 12 de Março de
1959, mantendo-se como comandante até
31 de Março de 1975, data em que, devido
a doença, pediu a sua passagem ao Quadro
de Honra.
Ao longo da sua carreira, prestou grandiosos serviços à população das freguesias
da área de intervenção do Corpo de Bombeiros de Odivelas, aos concelhos de Lisboa e Loures e ao País, o que lhe valeu
imensos louvores do comando, da Direcção
e da Inspecção de Incêndios da Zona Sul,
além das condecorações que lhe foram
atribuídas pela Câmara Municipal de Loures, pela Liga
dos Bombeiros Portugueses
e pelas associações de bombeiros voluntários de Lisboa, Cruz de Malta e Odivelas.
Das inúmeras ocorrências
em que interveio, destacamse o comando das operações
de salvamento durante as grandes inundações de 25 e 26 de Novembro de 1967, que
provocaram muitas vítimas, e os fogos
ocorridos nos paióis do Vale do Forno em
1963 e 1970.
Por proposta do comando, foi agraciado
com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, uma das mais altas distinções da actividade, na cerimónia comemorativa do 111.º aniversário da associação,
que decorreu no dia 29 de Junho de 2008.
O funeral realizou-se para o talhão dos
bombeiros do cemitério de Odivelas.
Uma lição não aprendida!
Q
uando os Bombeiros recebem uma
chamada para combater um incêndio,
desencarcerar os ocupantes de uma viatura, ou outra situação, no quartel pergunta-se o que é? Nunca se pergunta quem
é?
No dia 13 de Janeiro passado, alguns
minutos antes das 9 horas, chega um pedido de um responsável da Rodonorte a
solicitar apoio de um psicólogo para preparar a família de um motorista da empresa, falecido num acidente ocorrido duas
horas antes em Bragança.
A resposta foi contactar o psicólogo clínico Alexandre Favaios. Não respondeu de
imediato, pois estava em aulas na escola
Prossional da NERVIR (contudo, logo que
teve conta do sucedido acedeu ao pedido). Outra solução foi contactar um serviço público que se vericou infrutífero por
razões burocráticas que não se entendem.
Momentos depois surgem à central de comunicações da Cruz Branca rumores de
que o “Santos” seria um dos motoristas do
acidente no IP4, próximo de Bragança.
Mais tarde a conrmação. Anal é um
dos nossos! É o nosso Bombeiro “Santos”.
Bombeiro desde 1997, com 45 anos de
idade, casado com uma enfermeira do
Hospital de Vila Real e pai de uma menina
de 7 anos. Trabalhava na Rodonorte, normalmente nas linhas de longo curso.
O Bombeiro Carlos Santos, tinha um
humor muito peculiar, nutria grande amizade e camaradagem. Nos dias de descanso da sua actividade prossional efectuou inúmeros serviços de emergência,
sempre pronto a colaborar nas missões
que nos eram cometidas.
Encontrou a morte em território nacio-
nal, junto a Bragança onde o gelo e a neve
eram visíveis até pelas imagens televisivas.
Surgem as notícias nos diversos canais
de televisão, procura-se a culpa e vem a
desculpa, vêm também as armações politicamente correctas.
Aparece uma nova palavra no discurso
político “ a verdade ”. É verdade que o
Santos morreu; é verdade que o psicólogo
da Cruz Branca esteve a apoiar a família;
é verdade que os Bombeiros da Cruz
Branca vão continuar a socorrer quem
precisar; também é verdade que os responsáveis políticos do país vão continuar
a fazer declarações politicamente correctas.
Álvaro Ribeiro
Comandante dos Bombeiros
Voluntários da Cruz Branca de Vila Real
3
JANEIRO 2009
PONTO DE SITUAÇÃO
ENB aposta no ser
e no saber fazer
D
e uma forma geral, todas as organizações
com projecto funcionam como centros de
realização de objectivos, cujo sucesso depende
essencialmente de uma adequada gestão do
elemento humano.
É por isso que a formação, enquanto factor
de valorização do capital humano, assume hoje
uma crescente e justicada importância.
A formação, numa interpretação alargada,
pode denir-se como sendo o processo de mudança que, através da aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de capacidades e
melhoria de atitudes e comportamentos, promove o bom desempenho e a realização das
pessoas.
Para a formação gerar resultados, deve, tanto no ponto de vista organizacional como no
ponto de vista individual, corresponder a necessidades objectivas e ser ministrada por formadores credenciados, alicerçados na certicação
das instituições onde exercem a sua actividade.
A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) desempenha um papel fundamental neste domínio.
Num sector onde cada um entende a formação de modo unilateral e individual, a di culdade tem sido estabelecer conteúdos curriculares,
denir metodologias e avaliar formandos.
O projecto formativo da ENB alicerça-se, há
12 anos, nos seguintes objectivos:
a) Contribuir para a eciência, ecácia e qualidade dos serviços prestados pelos bombeiros;
b) Garantir a qualicação dos bombeiros-sapadores, municipais e voluntários – para o ingresso, acesso e intercomunicabilidade nas
carreiras;
c) Contribuir para a realização pessoal e prossional dos bombeiros, preparando-os para o
desempenho das diversas missões que lhes estão legalmente atribuídas;
d) Complementar, nas suas áreas de especialidade, os conhecimentos cientícos e os
fundamentos culturais ministrados pelo sistema
educativo.
Com a publicação, em Agosto de 2008, do
despacho que regulamenta os cursos de formação dos elementos dos quadros de comando e
os cursos de ingresso e promoção dos elementos das carreiras de ocial bombeiro e de bombeiro, a ENB foi desaada a preparar os conteúdos programáticos e os suportes didácticos, de
modo a que, no início de 2009, se iniciasse a
formação dos formadores que possam garantir
de forma descentralizada a satisfação das necessidades dos corpos de bombeiros, nos módulos constantes do Curso de Instrução Inicial
do Bombeiro.
Deste modo, no passado dia 19 de Janeiro, a
ENB iniciou no Centro de Formação da Lousã o
curso de Formador de Combate a Incêndios Flo-
restais, frequentado por 18 candidatos de outros tantos corpos de bombeiros de diversos
pontos do País, e, no Centro de Formação de
São João da Madeira, o curso de Formador de
Combate a Incêndios Urbanos e Industriais,
frequentado por 18 outros candidatos de diferentes corpos de bombeiros.
O ciclo de formação agora iniciado pela ENB
vai prolongar-se ao longo dos próximos meses,
tendo por objectivo dotar cada zona operacional, até ao nal do ano em curso, de formadores credenciados em todos os módulos da formação inicial do bombeiro.
Paralelamente, a ENB está a analisar os resultados de um levantamento de instalações
disponíveis nos corpos de bombeiros que reúnem condições logísticas para poderem ser certicadas como Núcleos Locais de Formação
(NLF), de acordo com pré-requisitos já denidos para este efeito. Estes NLF constituirão uma
rede de infra-estruturas de proximidade, capazes de levar a escola aos bombeiros, mas com
sustentabilidade técnico-pedagógica, isto é,
com rigor formativo e avaliativo.
Então, e o tão falado processo de reestruturação da ENB?
Esse segue o seu previsível caminho, sem
que constitua obstáculo ao cumprimento dos
objectivos que orientam a ENB desde a sua fundação institucional.
Na ENB, faz-se jus ao que Picasso disse um
dia: “A inspiração existe, mas tem de te encontrar a trabalhar“.
Na ENB, é isto que se faz, todos os dias. O
resultado deste labor, que muitos invejam, está
expresso na melhoria qualitativa do desempenho dos bombeiros em todo o País; nas responsabilidades assumidas por muitos dos técnicos
de formação desta instituição, que desempenham funções nas estruturas da ANPC; nas solicitações de muitas empresas e instituições
para que a ENB se pronuncie sobre múltiplas
matérias de natureza técnica.
Termino, citando um aluno da ENB, numa
carta de boas-festas remetida à escola, em Dezembro último:
“A ENB é aquela casa que, se não conhecemos, desejamos conhecer; se conhecemos,
queremos lá voltar na primeira oportunidade;
se só ouvimos falar dela (mal ou bem), sentimos a curiosidade de avaliar quanto à justeza
do que dizem…
Em resumo, a ENB não nos é indiferente. Os
que disserem o contrário, estão resignados com
o que sabem, ou estão manietados pela arrogância típica dos que julgam saber o suciente,
ou seja, muito pouco”.
Duarte Caldeira
Presidente do Conselho Executivo
da Liga dos Bombeiros Portugueses
4
JANEIRO 2009
SUL E SUESTE
VILA DAS AVES
Bombeiros passam
a Posto de Reserva INEM
Bombeiros foram os primeiros
a certicar-se
A
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários do
Sul Sueste (Barreiro) celebrou
recentemente um protocolo de
cooperação com o Instituto Nacional de Emergência Médica
(INEM), no âmbito do Sistema
Integrado de Emergência Médica (SIEM), passando assim a
constituir um Posto de Reserva
daquele instituto.
O referido protocolo, com
aplicação prática a partir do início do corrente ano, permite
uma melhor cooperação entre os BV Sul e Sueste e o INEM, nomeadamente no que respeita à prestação do serviço de emergência
médica pré-hospitalar.
O cumprimento das funções de Posto de Reserva assenta nos
meios humanos e materiais da própria corporação de bombeiros,
tendo o INEM reconhecido a capacidade dos BV Sul e Sueste nesta
matéria em termos da existência de instalações físicas, ambulâncias de socorro (ABSC) e tripulantes de ambulância de socorro
(TAS) em regime de permanência, que permitem a assumpção de
tais responsabilidades.
Este é o primeiro passo para a futura constituição de mais um
Posto de Emergência Médica (PEM) no concelho do Barreiro, objectivo que os BV Sul e Sueste passaram a perseguir, caminhando-se
assim no sentido da melhoria contínua dos meios de socorro ao
serviço dos barreirenses.
SUL E SUESTE
Protocolo entre bombeiros
e a SOFLUSA
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves, em
Santo Tirso, é a primeira, a nível nacional
e europeu, a ter a certicação dos seus
serviços pela norma NP EN ISSO 9001/
2000.
A cerimónia da entrega do certicado
aos Voluntários de Vila das Aves pela
SGS/ICS decorreu recentemente, em cerimónia presidida pela governadora civil do
Porto, Isabel Oneto, em que a Liga dos
Bombeiros Portugueses se fez representar
pelos comandantes Gomes da Costa, António Araújo e Fernando Vilaça.
Parabéns pelo feito aos Voluntários de
Vila das Aves, ao seu comando, bombeiros
e dirigentes, com especial referência ao
presidente da Direcção, Geraldo Mesquita
Garcia!
Durante seis meses, foram introduzidos
com êxito todos os requisitos obrigatórios
e feitas as auditorias internas e externas
de acordo com as normas da Associação
Portuguesa de Certicação.
A certicação consiste na avaliação por
um organismo certicador independente e
devidamente acreditado, atestando que a
organização em causa cumpre todos os
requisitos das normas reconhecidas. A
norma ISO 9001 é a mais reconhecida a
nível mundial no que diz respeito a sistemas de gestão de qualidade, incorporando
importantes princípios de gestão relativos
à focalização nos clientes, liderança, envolvimento das pessoas e melhoria contínua.
Através do sistema de gestão e da sua
certicação, a produtividade das organizações é reforçada pela reorganização dos
processos, passando a existir uma maior
transparência das suas actividades e um
fortalecimento da sua imagem.
AÇORES
Gémeos nasceram na ambulância de Angra
O
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul
Sueste (Barreiro) celebrou recentemente um protocolo de colaboração com a SOFLUSA, com vista à manutenção de uma equipa
de mergulho constituída por elementos dos bombeiros.
No âmbito do referido protocolo, os BV Sul e Sueste comprometeram-se a colaborar com a SOFLUSA em tarefas de vericação/
inspecção das embarcações ao serviço desta transportadora uvial,
o que permitirá, simultaneamente, melhorar o conhecimento dos
bombeiros em matéria de segurança relacionada com as próprias
embarcações, optimizando as operações de socorro em caso de
qualquer eventualidade.
S. PEDRO DE SINTRA
Rastreio gratuito
N
o Dia Mundial da Diabetes,
14 de Novembro, realizouse nas instalações do quartel
dos Bombeiros de São Pedro de
Sintra um rastreio gratuito daquela doença.
Dirigiram-se a este corpo de
bombeiros habitantes de São
Pedro de Sintra e arredores,
com idades compreendidas entre os 17 e os 89 anos, que zeram uma avaliação da sua condição física através da medição
da glicemia e da pressão arterial, e da pesagem.
parto de dois gémeos numa
das suas ambulâncias de
socorro foi a prenda recebida
pela Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de
Angra do Heroísmo, da ilha Terceira, nos Açores, quando se
preparava para festejar o período natalício.
O feito mereceu um louvor
público aos dois bombeiros intervenientes da parte do secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos do Governo Regional dos Açores,
“pelo desempenho e prossionalismo demonstrados”.
O alerta para o apoio a uma
parturiente foi recebido manhã
cedo, depois das 7h00, na Secção de Altares daquele corpo de
bombeiros voluntários. Os tripulantes Adriano Álamo e Teólo Cota saíram de imediato,
numa ambulância, a caminho
da freguesia de Biscoitos, local
da residência da parturiente.
Na viagem entre esse local e
o hospital de Angra, que é de
cerca de 20 quilómetros, a natureza ditou as suas leis e os
dois bombeiros, perante o parto
eminente, interromperam a
viagem e, mercê da competên-
cia técnica e conhecimentos de
que dispõem, trouxeram os dois
gémeos ao mundo.
Após o parto, a enfermeira
Manuela Silva, do Centro de
Saúde de Angra do Heroísmo,
que passava no local, disponibili-
zou-se para auxiliar a tripulação
no transporte até ao hospital.
Continua assim a subir o número de partos registados em
ambulâncias dos bombeiros.
Em 2008, ascendeu a quase
uma centena.
VILA PRAIA DE ÂNCORA
MP decidiu arquivar denúncia anónima
O
Ministério Público (MP) do Tribunal Judicial de Caminha, através de um despacho da sua procuradora adjunta, decidiu
arquivar o inquérito realizado com base na
denúncia anónima contra os antigos dirigentes da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Ân-
cora, Francisco José Torres Sampaio e Carlos Correia Torres Sampaio.
A Direcção da instituição, além de se
congratular com a decisão, decidiu divulgá-la, “com a nalidade de trazer ao conhecimento público a verdade, bem assim
como repor a honra, consideração, idonei-
dade e imagem pública das pessoas em
causa”.
O MP investigou a possibilidade da prática dos crimes de corrupção passiva para
acto ilícito, de corrupção activa, de peculato, de participação económica em negócio e
abuso de poder.
6
JANEIRO 2009
ESTÁ DECIDIDO PARA QUEM VÃO
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AS 95 VIATURAS ATRIBUÍDAS
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ublicamos nesta edição a lista das 94 associações e corpos de bombeiros do Continente a
quem vão ser distribuídas as 95 viaturas atribuídas pelo Estado no âmbito das verbas do Quadro
de Referência Estratégico Nacional (QREN) destinadas à protecção civil.
A escolha e os critérios para a atribuição das
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novas viaturas (VE, VLCI, VFCI, VUCI, VSAT,
VSAE, VTTR e VTTU) foram concertados entre os
comandantes operacionais distritais e os governos civis, garantindo a Liga dos Bombeiros Portugueses desconhecer quaisquer pormenores deste
processo relativo ao Plano de Equipamento que
dura desde o primeiro trimestre de 2008.
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EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL
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BEJA
Protocolo entre Federação de Lisboa e Governo Civil Entidade bancária apoia aquisição de viaturas
O
Governo Civil de Lisboa e a Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa assinaram recentemente um protocolo destinado à aquisição de equipamentos de protecção
individual para os elementos dos 56
corpos de bombeiros do distrito.
A federação vai receber uma verba no valor de 450 mil euros destinada à compra dos referidos equipamentos, a distribuir de acordo com
as prioridades estabelecidas pelas
associações abrangidas.
O Governo Civil adquiriu ainda um
conjunto de equipamentos de uso comum – um
compressor de ar e três dispositivos de esterilização de máscaras de respiração, isto sem contar
com a comparticipação nanceira na candidatura
O
ao Quadro de Referência Estratégico Nacional
(QREN), que vai permitir a aquisição de sete viaturas de combate a incêndios orestais e urbanos.
s Bombeiros Voluntários de Beja aproveitaram o tradicional convívio natalício para fazer
a cerimónia de entrega de duas novas viaturas ao
corpo de bombeiros, adquiridas com o apoio signicativo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de
Beja e Mértola, que se cifrou em 50 mil euros.
Um dos veículos destina-se ao combate a incêndios e veio colmatar a necessidade de uma
viatura de pequenas dimensões para intervenções rápidas no centro histórico da cidade.
A outra viatura é uma ambulância de transporte múltiplo destinada a reforçar o dispositivo já
existente.
Estiveram presentes na cerimónia, além dos
órgãos sociais e de comando, o presidente da
Câmara Municipal de Beja, Francisco Santos, o
vereador da Protecção Civil, Francisco Caixinha, e
a Direcção da Caixa de Crédito.
Recorde-se que, em Maio próximo, os Voluntários de Beja completam 110 anos. Nesta altura,
está a ser elaborado o projecto para a construção
de um novo quartel.
7
JANEIRO 2009
ALERTA PARA “CASCA DE BANANA”
LIGA QUER SABER
Pedido de mera informação pode custar 787 euros
Anal, quem deve aplicar a lei
U
ma entidade privada, a coberto
da uma pretensa actualização de
dados comerciais, está a endereçar
às associações de bombeiros um pedido de informação que lhes pode vir
a custar, inadvertidamente, 787 euros.
No formulário enviado às associações, a dita entidade enuncia determinados “dados actualmente registados”, que não passam da informação
básica da instituição (denominação,
endereço, números de telefone e fax,
endereço na Internet e actividade
“bombeiros”) e, na coluna seguinte,
solicita que, “por favor, efectue as
correcções necessárias”.
No mesmo documento, a entidade refere que “estamos em processo de actualização do Registo de
Informação Comercial, para o qual
necessitamos da sua colaboração.
Por favor, verique os seus dados e,
com a maior brevidade, devolva
este documento no envelope que se
anexa, com informação adicional e
actualizada da empresa”. No  nal
está um asterisco (*) que remete
para o fundo do documento, e é aí que tudo se
desvenda.
Ao enviar o dito documento assinado, a associação contactada “autoriza que os dados proporcionados sejam integrados no registo automatizado de informação comercial” do qual é responsável o “Guia Telefax Anuario Profesional”.
O pedido de informação é “denunciado” no nal como “um contrato que entra em vigor uma
vez cumprido o prazo de uma semana, desde a
sua assinatura, para uma revogação unilateral” e,
A
no caso “da revogação não se produzir atempadamente, o contrato será de cumprimento obrigatório para as partes, sendo necessário o consentimento mútuo para a sua revogação antecipada”.
A importância de 787 euros é assumida no documento como “os custos totais, por edição, do
serviço contratado”, para custear a “ordem de
publicar todos os meus dados, aqui especicados, nas três seguintes edições anuais do seu
Registo de Comércio Português”.
CASTELO DE VIDE
Intervenção em hospitais e lares em debate
A
intervenção em unidades hospitalares e lares de idosos é o tema
central das jornadas técnicas que os
Bombeiros Voluntários de Castelo de
Vide promovem no próximo dia 31
de Janeiro, no Cineteatro Mouzinho
da Silveira.
Segundo o comandante daquela
corporação, Pedro Rabaça, “queremos, com estas jornadas, uniformizar conhecimentos, tendo,
para isso, convidado as pessoas
que nos pareceram ser conhecedoras deste tema, tão cativante
mas também tão pouco conhecido, e que nos poderão enriquecer com os seus conhecimentos e as suas experiências”.
MACAU
Revista faz balanço
das actividades
A
caba de nos chegar um exemplar da revista do Corpo de Bombeiros de Macau,
em que se dá conta da actividade realizada
em 2007, ano em que aquela instituição celebrou o seu 124.º aniversário.
Para além do relato das inúmeras acções
de formação, simulacros e demonstrações,
é feito um balanço das 23.953 intervenções
pré-hospitalares realizadas em 2007, mais 7
por cento que em 2006, e dos 1042 incêndios combatidos no mesmo período.
A revista faz também referência às 28
viaturas adquiridas em 2007, incluindo ambulâncias e viaturas de combate a incêndios.
Ainda segundo aquele responsável, “a
escolha do tema deve-se
à necessidade encontrada a nível regional,
na formação dos bombeiros, quando, cada vez
mais, a problemática dos
incidentes em hospitais e
lares de idosos está em
foco na praça pública”.
As jornadas dividem-se
por três painéis, coordenados, respectivamente, pelos
comandantes Luís Costa (CODIS Portalegre), Mário Cerol
(Voluntários de Alcobaça) e
Rui Conchinha (CDOS Portalegre).
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) quer ver claricado quem, anal, deve e
pode aplicar a lei relativamente
à scalização e aplicação de
contra-ordenações a viaturas
de transporte de doentes – o
INEM ou as autoridades policiais?
Na verdade, a legislação continua confusa, e situações concretas registadas recentemente
trazem de novo o problema à
colação.
A Portaria n.º 1147/2001, de
28 de Setembro, com as alterações introduzidas pela portaria
n.º 1301–A/2002, de Setembro, aprovou o Regulamento de
Transporte de Doentes.
No referido regulamento
ca bem claro que cabe ao
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) “a  scalização da actividade de transporte de doentes, bem como a
instrução dos procedimentos
conducentes à eventual aplicação de sanções”. Na mesma
portaria, é de nido que a aplicação das coimas previstas
“resultantes do processo de
contra-ordenação é da competência do Conselho de Direcção do INEM”, e que a afectação do produto das coimas
será de 60 por cento para o
Estado e 40 por cento “para a
entidade competente para a
aplicação da coima, constituindo receita própria”.
Em contradição com isso está
o disposto no Decreto-Lei nº
38/92, de 28 de Março, que as
autoridades policiais fazem
questão de fazer cumprir, que
atribui ao Ministério da Administração Interna a scalização
dos transportes, denição da
características e licenciamento
dos veículos utilizados no transporte de doentes.
O mesmo decreto-lei tipica
a infracções e as contra-ordenações aplicáveis atribuindo à
Direcção Geral de Viação (DGV)
a competência para o efeito.
O produto dessas coimas,
segundo o mesmo diploma, deverá reverter, em 70 por cento,
para o Estado, cando os restantes 30 por cento divididos
em partes iguais pelo INEM e
pela DGV.
Será licito perguntar qual dos
diplomas vigora.
8
JANEIRO 2009
MENDES VICTOR, DOUTORADO EM CIÊNCIAS GEOFÍSICAS
“Estamos atrasados 20 anos”
É uma das guras
incontornáveis das
ciências geofísicas. Com
um currículo invejável, o
agora professor jubilado
da Faculdade de Ciências
da Universidade de
Lisboa abriu as portas do
seu gabinete. Na
conversa com o “BP”,
Mendes Victor traçou um
quadro preocupante
sobre a cultura de risco
em Portugal. Sobre o
maior simulacro de sismo
realizado em Portugal,
diz que foi uma
“anedota”.
Texto: Patrícia Cerdeira
Fotos: Rogério Oliveira
N
uma altura em que a Autoridade
Nacional de Protecção Civil
(ANPC) se prepara para entregar ao Ministério da Administração Interna (MAI) as conclusões do PROCIV
IV, o simulacro realizado em Dezembro
que serviu para operacionalizar o Plano
de Emergência Especial de Risco Sísmico para a Área Metropolitana de
Lisboa, o “BP” foi ouvir aquele que é o
primeiro professor doutor em Ciências
Geofísicas em Portugal.
Mendes Victor detém um vasto currículo, que atravessa fronteiras. Depois
de décadas dedicadas à Geofísica, com
presença na União Europeia e na
UNESCO, faz actualmente parte do
grupo de trabalho que está a elaborar
o Plano de Risco Sísmico do Algarve,
documento que deverá ser testado em
2010.
Entramos nas instalações da antiga
Faculdade de Ciências, local onde nasceu a Geofísica em Portugal. Ali, foi
instalado em 1853 o Instituto Geofísico
Infante Dom Luís, instituição que acabou por dar origem às organizações
que actualmente se dedicam a esta
área do conhecimento, que inclui a
Meteorologia, a Hidrologia, a Sismologia e o registo de fenómenos físicos
terrestres, como é exemplo o magnetismo.
Aos longos e frios corredores da faculdade, situada na Rua da Escola Politécnica, contrapõem-se os gabinetes
repletos de saber. Para quem entra nas
instalações, cada porta parece dar entrada a um mundo de conhecimentos
só atingível pelos que dedicaram a vida
a estudar e a elaborar os livros que se
estendem já tombados pelas prateleiras.
Dentro do gabinete de Mendes Victor vive a história da Geofísica em Portugal, seja através de mapas, de livros
encadernados ou de instrumentos que
outrora serviram para registar a magnitude dos sismos. Ali se percebe que
muito evolui à conta da tenacidade e
insistência dos professores que percorreram caminho contra as vontades
políticas de então, e com a legitimidade cientíca de quem tem condições
para garantir que a Terra é redonda.
Mendes Victor começa por recuar no
tempo, lembrando os anos em que
Portugal só tinha duas estações sismográcas muito “rudimentares”, uma
em Coimbra e outra nos Açores. Conta
que, com o sismo de Benavente, de
1909, se desenvolveu uma acção para
alargar e reforçar as estações sismográcas a mais locais do País, que conta hoje com uma rede de ponta, ”das
melhores da Europa”.
Enquanto o arma com convicção,
aponta para um equipamento antigo,
um sismómetro, colocado em cima de
uma pilha de papéis que tem na secretária, para explicar como se registavam os sismos. “Quando o relógio parava, e ao soltar-se um peso, sabíamos
em que região tinha havido um abalo”.
Na altura em que tudo “acontecia”
na Rua da Escola Politécnica, a antiga
Faculdade de Ciências tinha estações
sismográcas. Mais tarde, foi tudo
concentrado no actual Instituto de Meteorologia, do qual foi director-geral,
numa altura em que a Geofísica fazia
parte do nome daquele organismo público.
Quando questionado sobre as capacidades nacionais em matéria de Sis-
mologia, refere duas componentes: a
operacional e a de investigação, que,
garante, “se complementam”.
Sobre a rede nacional de observação, diz que é “excelente”, sublinhando
o esforço de actualização à luz dos
progressos cientícos no que concerne
aos registos sísmicos e sua interpretação.
Ao contrário do que muitos defendem, Mendes Victor diz que o risco
sísmico de Portugal é “moderado e não
elevado”. Para o professor, o maior perigo concentra-se em países onde a
tectónica é forte: Grécia, Turquia, Japão ou Itália. “Em Portugal, os períodos de retorno são longos. Por exemplo, relativamente ao último grande
evento sentido em Portugal, em 1969,
sabe-se que o período de retorno desse tipo de sismo é de 200 anos”, clarica.
Apesar dos dados fornecidos pelo
investigador, alguns dos mapas que se
espalham pela parede do seu gabinete
revelam que a sismicidade é grande no
nosso país. “Se olhar para ali, vê como
que um ‘enxame’ de pequenos sismos.
São pequenos ajustamentos diários
que, felizmente, acontecem, pois a
Terra vai libertando e dissipando a
energia acumulada”, sublinha, acrescentando com convicção que, “quando
não há sismos, algo está mal”.
Sobre a capacidade de resposta a
este tipo de risco, Mendes Victor lembra que o problema é sempre o mesmo, a “participação multidisciplinar”.
Garante que, para que tenhamos uma
resposta o mais ecaz possível, é preciso dar espaço às várias áreas do conhecimento, como a geologia de superfície, a análise e catalogação do
construído. “Quando se regista um sismo, durante algum tempo andamos
preocupados com a construção. Passados uns anos, voltamos a esquecernos. O sismo de 1969 é exemplo disso
mesmo”, conta.
Diz Mendes Victor que a estrutura
geológica de Lisboa é mal conhecida,
lembrando que, logo após o sismo de
1980, nos Açores, foi criado um grupo
de trabalho que, com a ajuda de todas
as variantes, fez uma carta geológica
da região. “Nessa altura, zemos algumas simulações em zonas históricas,
com base no conhecimento que tínhamos, para percebermos os reexos directos de um abalo com a magnitude
do de 1755. Logo nessa altura percebemos que o nosso objectivo era muito
difícil, pois não havia registos do edicado. Falta-nos sistematizar o conhecimento e voltar a incrementar os gabinetes técnicos que existiram em alguns bairros, como Alfama, Mouraria
ou Castelo”.
Por tudo isto, o professor defende
que devia agarra-se no conhecimento
que existe na área da geologia da cidade de Lisboa, proceder à radiograa
dos edifícios, e fazer umas ”brincadeiras” no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), para se perceberem as potenciais consequências de
um sismo. “Não estamos a aproveitar
o conhecimento, nem a avançar no levantamento do edicado, e isso é muito grave. Pergunto, por exemplo, se
alguém conhece a realidade dos bairros da periferia de Lisboa, muitos deles
clandestinos”.
Sobre a máxima de que nenhum
sistema de protecção civil está preparado para um grande sismo, Mendes
Victor diz que “essa é a explicação
para qualquer desastre”. Acrescenta o
professor que, se existisse um sistema
de protecção civil baseado no conhecimento integral cientíco e técnico, estaríamos muito mais bem preparados.
Por tudo isto, garante que “estamos
atrasados 20 anos relativamente a outros países, como a Grécia ou a Itália,
que vêm muitas vezes a Portugal ”beber” conhecimento.
Nos grupos de trabalho da UNESCO
e da União Europeia em que Mendes
Victor tem participado, a principal fragilidade detectada passa pela falta de
estrutura de educação nestas áreas.
“A ciência dos riscos é letra morta
em Portugal, e é preciso que se perceba que o sistema de ensino é uma das
traves mestras para o sucesso”. A isto,
acrescenta o investigador, deve juntarse uma estratégia nacional para a recuperação e reabilitação do património.
A resposta às catástrofes
Mendes Victor divide a resposta a
qualquer catástrofe em duas componentes, que diz “essenciais”: o aviso e
a acção.
Hoje em dia, defende, com a ajuda
dos satélites, o País poderia ajustar
bem melhor a resposta aos riscos a
que estamos mais vulneráveis. “Lembro, por exemplo, que, ao nível das
cheias, só temos dois radares meteorológicos, um no Algarve e outro em
Coruche. A Norte, e com as importantes bacias que existem, não se entende como ainda não se conta com este
sistema de monitorização, muito importante também para a estrutura
agrícola”.
Relativamente ao risco sísmico, e
apesar da qualidade da rede de monitorização, Mendes Victor lembra que é
preciso “exercitá-lo”. Questionado sobre a importância do PROCIV IV, que
teve por objectivo a operacionalização
do Plano de Emergência Especial de
Risco Sísmico para a Área Metropolitana de Lisboa, o especialista defende
que foi uma “anedota”.
“Aquilo não foi nada. Um exercício
não é fazer passar um carro de bombeiros ali e um da protecção civil acolá”. O professor defende que, nesta
questão, se tem de envolver as populações o mais possível. Nas escolas, há
que perceber como devem reagir alunos e professores. Nas ruas, nas casas, nas lojas, “há que envolver o
maior número de cidadãos, para que a
mensagem passe em massa”, refere,
rejeitando a ideia de cenários repartidos para aferir da capacidade de resposta.
“As pessoas têm de ser metidas na
rua para lhes ser dada a informação
total. Por exemplo, saber quais são os
principais locais de abrigo em caso de
sismo”. Eu andei nas ruas durante os
três dias do simulacro e vi muita gente
a rir-se de toda aquela confusão.
Questionei várias pessoas sobre se sabiam o que estava a acontecer e recebi
muitas respostas em tom de brincadeira. Quando o reexo é este, é porque a
mensagem não está a ser ecaz”, defende o professor, para quem a informação disponível, hoje em dia, obriga
as autoridades a fazerem mais e melhor. “Faltou uma conversa mais próxima, porta a porta, bairro a bairro”.
Em jeito de conclusão, Mendes Victor defende uma acção articulada, baseada no conhecimento cientíco.
Apela, por isso, aos empregadores,
para que “chamem a si” os elementos
qualicados que as universidades estão a gerar. “Há que agir depressa e
bem, pois, repito, estamos atrasados
20 anos”.
9
JANEIRO 2009
OLEIROS
MAIS 53 AMBULÂNCIAS NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Câmara Municipal ofereceu ambulância
Presidente do INEM salienta
esforço colectivo
D
as 11 viaturas de saúde da
Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de
Oleiros, cinco têm mais de dez
anos e entre 700 mil e um milhão de quilómetros, razão
pela qual assume particular
importância a oferta, pela Câmara Municipal, de uma nova
ambulância de transporte.
Para proceder à renovação
da frota, a instituição tem estabelecido contactos com o município, as juntas de freguesia e
as empresas locais. Segundo
uma fonte da associação, ”vericámos terem sido escassas as
ajudas, particularmente por
parte das juntas e das empre-
sas, situação que, dadas as diculdades actuais, entendemos
perfeitamente”. Acabou por
responder positivamente a autarquia, com a doação que agora se concretizou.
Desde 2003, os Voluntários
de Oleiros têm-se debatido
com diculdades acrescidas
para aquisição de novos equipamentos e viaturas, dado
que, em virtude da grande
destruição do “banco” da população local (a oresta), os
donativos têm vindo a decrescer.
CARTAXO
Viatura continua à espera de substituição
O
s Bombeiros Municipais do
Cartaxo possuem uma viatura de combate a incêndios
orestais que se encontra inoperacional desde Agosto último,
cujo pedido de substituição está
a aguardar resposta da Autoridade Nacional para a Protecção
Civil (ANPC).
A informação foi prestada
pelo comandante Mário Silvestre durante as comemorações
do 72.º aniversário daquele
corpo de bombeiros, de que
aqui demos nota em edição anterior.
O pronto-socorro orestal, do
qual publicamos agora uma fotograa, partiu o “chassis” no
decurso de uma intervenção
D
fora de zona, em Santarém, a
pedido do Centro Distrital de
Operações de Socorro. O parecer técnico é que, mesmo depois de sujeita a uma reparação, a viatura não cará em
perfeitas condições operacionais.
O comandante Mário Silvestre
lamenta a falta de apoio da
ANPC, já que “o único apoio vem
da Câmara do Cartaxo, que sustenta a corporação em despesas
de pessoal e de material”.
Uma nova viatura importará
em cerca de 150 mil euros.
VALONGO
Nova viatura e rede móvel
O
s Bombeiros Voluntários de
Valongo passaram a dispor
recentemente de uma nova viatura para a área da saúde, uma
ambulância de transporte
(ABTD) adquirida a expensas da
própria instituição.
Segundo o comandante João
Santos, “a sua aquisição enquadra-se no esforço contínuo que
tem vindo a ser realizado no
sentido de renovar a frota”.
O início do ano trouxe também aos Voluntários de Valongo
outro melhoramento no domínio das comunicações. Tal
deve-se ao acordo celebrado
entre a associação e uma operadora móvel para a utilização
da respectiva rede na emissão
de mensagens escritas grátis. O
acordo, que inclui o forneci-
mento dos respectivos equipamentos, vai, segundo o comandante João Santos, “fomentar
uma maior e melhor comunicação entre os vários elementos
da corporação, bem como potenciar uma maior ecácia no
processo de emissão e recepção
de alertas”.
Segundo o mesmo responsável, “paralelamente ao habitual
toque de sirene, o operador da
central de comunicações é responsável pela difusão de uma
mensagem escrita de alerta
identicando a situação em
causa, de forma a requisitar os
meios humanos necessários”.
PALMELA
Apoio à reparação de ambulâncias
A
Câmara Municipal de Palmela atribuiu recentemente um apoio global superior a 16 mil
euros às três associações de bombeiros voluntários do concelho, destinados a comparticipar as
despesas efectuadas com a aquisição ou reparação de viaturas e equipamentos.
No caso dos Voluntários do Pinhal Novo, o
apoio, de 5500 euros, destina-se a comparticipar
a reparação de duas ambulâncias e da escada de
ganchos, e a aquisição de um videoprojector para
formação.
Para Águas de Moura, o apoio de 5200 euros
cobre a reparação de duas ambulâncias e a aquisição de máquinas de soldar e carregar baterias.
Os seis mil euros facultados aos Voluntários de
Palmela destinam-se a apoiar a reparação de uma
ambulância, a adaptação de uma viatura doada e
a aquisição de videoprojector para a formação.
as 110 ambulâncias de socorro (tipo B) previstas, o
Instituto Nacional de Emergência Médica entregou 57 a associações e corpos de bombeiros, e
prevê distribuir as restantes 53
no primeiro trimestre deste ano.
A cerimónia de entrega de 47
dessas ambulâncias decorreu
no Parque das Nações, em Lisboa, e foi presidida pela ministra da Saúde, Ana Jorge.
As 110 ambulâncias destinam-se a substituir outras, situadas em associações e corpos
de bombeiros com Postos de
Emergência Médica (PEM).
Na oportunidade, o presidente do INEM, Abílio Gomes, sublinhou que, “com este simbolismo do dar e receber, estamos
a armar a nossa condição de
membros do Sistema Integrado
de Emergência Médica (SIEM),
no âmbito do qual nos obrigamos a um esforço colectivo de
participação e à adopção de
uma postura de cooperação e
lealdade na resolução consensual das diculdades supervenientes”.
Abílio Gomes fez questão ainda de salientar que “este acto
marca o início de um processo
de requalicação da rede mais
carenciada de PEM, não só através da prossecução do programa de entrega de ambulâncias,
mas também da requalicação
dos técnicos de ambulância de
socorro (TAS) e da extensão da
operacionalização da desbrilhação automática externa
(DAE) a todas as ambulâncias
do SIEM”.
No próximo ano, segundo o
responsável do INEM, será
completado “o programa de entregas de novas ambulâncias
aos PEM mais carenciados, de
acordo com os critérios e prioridades pré-denidas”.
Realçando o papel do SIEM, a
ministra Ana Jorge fez questão
de sublinhar que, nos primeiros
onze meses de 2008, foram realizados mais de 550 mil transportes de doentes em ambulância em situação de emergência,
o que representa cerca de 70
por hora.
O presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP),
Duarte Caldeira, também presente na cerimónia, congratulou-se com o facto e referiu que
essa distribuição “repõe carências há muito identicadas”,
mas lembrou que, para colmatar todas as necessidades, importa considerar “duas centenas de novos PEM”.
10
JANEIRO 2009
VIDIGUEIRA
MORA
FAFE
São eles o nosso futuro
Inauguração de monumento
no 69.º aniversário
Festa de Natal
D
e 15 em 15 dias, cerca de 20 rapazes e raparigas vestem a
farda para aprender a ser bombeiros. Esta é uma actividade
prevista na legislação que os bombeiros de Vidigueira decidiram
cumprir.
No Corpo de Bombeiros de Vidigueira, a escola de infantes e
cadetes está afecta a secção da Juvebombeiro local. As formações
consistem em aulas teórico-práticas de ordem unida, organização
de corpos bombeiros e comunicações, entre outras matérias, que
são ministradas pelos elementos do corpo de bombeiros
Esta escola conta também com algumas visitas pedagógicas a
centros de meios aéreos, à Força Especial de Bombeiros, a salas de
operações, a outros corpos de bombeiros e a exercícios realizados
pela ANPC.
Desde Outubro, altura em que a escola teve inicio, que o número de “Bombeiritos” tem vindo a aumentar: começou com 14 e,
hoje, conta com 24 infantes/cadetes com idades compreendidas
entre os oito e os 17 anos. Este é um sinal do sucesso que a escola de infantes tem vindo a ter junto dos mais jovens.
O rigor, a disciplina, o espírito de amizade e cidadania, e o contacto com a população do concelho são pilares fortes desta escola
de infantes/cadetes que nos faz acreditar num futuro risonho para
os nossos bombeiros.
“Aprender é a nossa missão, para no futuro socorrer a população”, é o seu lema.
João Lemos
Delegado da Juvebombeiro Vidigueira
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mora
comemorou no passado dia 11 de Janeiro o seu 69.º aniversário. As cerimónias reuniram todo o corpo de bombeiros, integrando
os quadros activo, de reserva, de honra e a fanfarra.
Um dos pontos altos destas comemorações foi a inauguração do
Monumento ao Bombeiro, iniciativa da Câmara Municipal de Mora,
que, desta forma, homenageia os seus bombeiros, assim como
todos os bombeiros de Portugal. O monumento está localizado na
Estrada Nacional 2, à entrada de Mora, na rotunda da Zona Industrial.
As cerimónias contaram ainda com a tomada de posse dos órgãos sociais da associação para o triénio 2009/2011 e com imposições de condecorações da Liga dos Bombeiros Portugueses e da
associação a vários bombeiros pelos anos de serviços prestados.
Também a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mora foi galardoada
com a Medalha de Serviços Distintos.
Entre as entidades presentes, destacam-se as seguintes: presidente da Câmara Municipal de Mora, José Sinogas; presidente da
Assembleia Municipal, Carlos Biléu; presidente da Junta de Freguesia de Mora, Manuel Leão; 2.º comandante distrital da ANPC, José
Ribeiro; presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora, Adriano Sousa; representantes de corporações de bombeiros do
distrito de Évora.
As comemorações terminaram com a colocação de um ramo de
ores junto à lápide do comandante fundador, Manuel José Godinho.
A
Juvebombeiro dos Bombeiros Voluntários de Fafe e o Centro
Cultural e Desportivo do mesmo corpo de bombeiros realizaram, no dia 20 de Dezembro, a já habitual Festa de Natal dos Filhos
dos Bombeiros.
A iniciativa, que teve lugar nas instalações do quartel, foi muito
animada e participada, não tendo faltado os divertimentos com
insuáveis, um “slide”, diversos jogos tradicionais, a projecção de
um lme de Natal, um pequeno lanche e, como não podia deixar de
ser, um Pai Natal, para distribuir as tão desejadas prendas.
Foi um dia diferente e muito divertido para os lhos dos nossos
bombeiros.
Gilberto Gonçalves
Delegado da Juvebombeiro dos BV Fafe
ARCOS DE VALDEVEZ
Bombeiros celebraram Natal
VIDIGUEIRA
Apenas 50 cêntimos
A
“C
om apenas 0,50€ por habitante, podemos melhorar o seu
socorro”. Foi com esta frase que, no período de 15 de Novembro a 6 de Janeiro, a secção da Juvebombeiro dos Bombeiros
Voluntários de Vidigueira levou a efeito uma campanha de angariação de fundos com o objectivo de adquirir material de reanimação,
diagnóstico e pedagógico.
Esta iniciativa baseava-se na colocação de mealheiros no comércio local, com o “slogan” acima citado, no qual os interessados em
colaborar colocavam o seu donativo.
É com estes pequenos gestos que se faz a diferença. A partir de
agora, os Bombeiros Voluntários de Vidigueira poderão dispor de
um manequim de reanimação, material diagnóstico e material pedagógico, que permitirão um melhor desempenho dos nossos bombeiros na sua actividade do dia-a-dia no socorro ao próximo.
Esta campanha teve um balanço positivo, sendo que foi um primeiro passo para outras iniciativas do mesmo género durante o
ano.
João Lemos
Delegado da Juvebombeiro Vidigueira
TORRES VEDRAS
Bombeiros promovem
“aventura fora de estrada”
A
Associação dos Bombeiros
Voluntários de Torres Vedras
promove no dia 7 de Fevereiro a
“Aventura fora de Estrada 2009”.
As inscrições decorrem até ao
dia 5 e devem ser enviadas para
[email protected].
A aventura inclui um passeio
diurno, de vinte e cinco quilómetros, com diferentes situações que irão por à prova a habilidade dos condutores.
O passeio nocturno tem aproximadamente vinte quilómetros
com diculdade média/alta com zonas muito técnicas e será guiado, como o anterior, por “roadbook”.
exemplo dos anos anteriores, a Direcção e Comando da Associação dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez celebrou no passado dia 20, sábado, a tradicional festa de Natal dos
soldados da paz numa tarde bem animada.
A festa que teve lugar no salão nobre do quartel dos Bombeiros
destinou-se a todos os Directores, Bombeiros, Funcionários e Familiares desta Associação. Pelas 15.30 horas, o animador contratado
para animar a tarde recriou momentos mágicos para os mais pequenos durante uma hora. Em que não faltou o Pai Natal que passou a tarde a oferecer rebuçados e outras guloseimas aos presentes. Já no nal da tarde teve lugar o momento mais ansiado pelos
miúdos a entrega das prendas. Todos os lhos dos bombeiros tiveram direito a uma prenda entregue pelo comandante, Mário Araújo, pelo presidente, Pedro Marinho e claro pelo Pai Natal.
Antes da hora do lanche o comandante agradeceu a presença
dos bombeiros e dos seus familiares e desejou a todos umas boas
festas. Por sua vez, Pedro Marinho fez um balanço desta iniciativa
ao “Notícias Arcoenses”, mostrando a sua satisfação, “como é habitual todos os anos se celebra nesta instituição o Natal e julgo que
correu muito bem. Fiquei satisfeito ao ver as crianças a brincarem
com o mágico houve ali um momento de magia e a entrega de
brinquedos didácticos para os miúdos foi de muita alegria para eles
e para nós”.
De salientar que após a entrega dos brinquedos e já na hora do
lanche preparado para todos os presentes os soldados da paz tiveram de se ausentar para dar resposta a um incêndio que havia
deagrado numa residência.
Marta Cunha
11
JANEIRO 2009
GAVIÃO
Bombeiros Municipais comemoram 61.º aniversário
O
s Bombeiros Municipais de Gavião comemoraram recentemente mais um aniversário, o 61.º. Este teve um um particular sentimento, uma vez que dois dos seus elementos foram
distinguidos com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, por 35 anos de bons e efectivos serviços. Referimonos ao 2.º comandante Francisco Louro e ao bombeiro de 1.ª
classe José Martins.
Numa cerimónia que teve lugar nos Paços do Concelho, e que
contou com a presença de várias individualidades, Francisco
Louro e José Martins foram enaltecidos pelo seu exemplar percurso como bombeiros.
Este foi ainda um aniversário marcado por um presente especial do município ao seu corpo de bombeiros, composto por uma
embarcação de resgate, três equipamentos de mergulho com
escafandro autónomo e diverso material de apoio às missões de
socorros a náufragos e buscas subaquáticas.
O concelho de Gavião inclui cerca de 17 quilómetros do Rio
Tejo, distância que, na sua grande parte, “convive” com a linha
ferroviária da Beira Baixa, a escassos metros. Naturalmente,
estes novos equipamentos vieram colmatar necessidades evidentes no âmbito do socorro aquático, assim como melhorar a
capacidade de socorro e assistência a todos e quaisquer acidentes que envolvam aquela linha ferroviária que, em longos trechos, só é acessível pelo ar ou pelo rio.
Simão Luís Pechirra Velez
Ocial de 2.ª Classe dos Bombeiros Municipais de Gavião
ARCOS DE VALDEVEZ
BRAGANÇA
Curso prossional de bombeiros
contou com exercício de técnica de resgate
Jovens bombeiros dinamizam-se
O
A
formação de bombeiros que teve início no dia 6 de Outubro
continua e desta feita contou no passado dia 17 de Dezembro,
quarta-feira, com um exercício de técnica de resgate em fogos urbanos e industriais, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Arcos
de Valdevez. Para tal foi utilizado um dos recursos para resgate de
vítimas com o objectivo de resgatar o maior número no mais curto
espaço de tempo, o rappel.
Onze formandos e dois formadores iniciaram aquela que foi para
alguns uma actividade arriscada, pois era a primeira vez que estavam a realizar este tipo de exercício.
De acordo com o formador, Rolando Lima dos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo que foi colocado em Arcos de Valdevez
pela DREN para dar esta formação de bombeiro base que pertence
ao grupo CEF, “queremos ter neste curso uma parte fundamentalmente prática e esta foi a primeira vez que eles tiveram contacto
com este tipo de materiais e técnicas, mas no nal do ano lectivo
já estarão mais à vontade com este tipo de técnicas”.
Jorge Nascimento o outro formador responsável fez ao “Notícias
Arcoenses” um balanço positivo, “considero que correu muito bem,
para alguns foi a primeira vez que experimentaram este tipo de
técnicas e estavam visivelmente receosos mas depois quiseram
logo repetir de imediato”.
Rolando Lima acrescentou ainda sobre o curso que, “estamos a
terminar a formação de fogos urbanos que é uma fase inicial e
posteriormente passaremos aos fogos orestais, seguidamente ao
desencarceramento, às matérias perigosas e em simultâneo salvamento. Os formandos vão ter a parte teórica mas acima de tudo a
prática, é o que de bom tem este curso alia as duas vertentes o que
importante para a formação deles julgo que eles vão sair daqui
com um bom nível de formação”.
De salientar, que neste curso prossional de bombeiros os formandos adquirem o 9.º ano de escolaridade e um certicado de
frequência de 999 horas de formação para bombeiro.
Marta Cunha
Núcleo da Juvebombeiro do Corpo de Bombeiros de Bragança
organizou no passado dia 20 um dia de actividades, que incluiu
um percurso de orientação em BTT e uma tarde de jogos tradicionais.
A actividade teve como objectivo criar dinamismo entre os bombeiros mais novos e mais velhos dessa mesma corporação, bem
como fomentar o contacto com a comunidade em geral, pois estiveram presente cerca de 20 participantes e cerca de 10 pessoas na
organização da iniciativa.
Na parte de manha, que se mostrou muito fria, a partida deu-se
do quartel dos Bombeiros de Bragança, encetando-se um percurso
de 16 quilómetros em direcção as freguesias de Vila Boa, Donai,
Oleirinhos e Espinhosela, sendo estas atravessadas, na maior parte, por vias de terra batida.
O frio e o gelo dessa manha não trouxeram nenhum percalço, O
m do percurso trouxe uma grande satisfação àqueles que participaram, pois o trajecto tinha um grau de exigência bastante baixo e
paisagens bastante características.
O bom relacionamento com a Associação Cultural e Desportiva
de Espinhosela e a Junta de Freguesia de Espinhosela possibilitou
um grande acolhimento aos participantes. Aquelas entidades foram
incasáveis nos seus esforços para que esta actividade tivesse como
destino aquela freguesia. As actividades desenrolaram-se pela tarde adentro, até ao jantar, realizando-se jogos tradicionais, partidas
de futebol no polidesportivo local e um convívio na sede da Associação Cultural e Desportiva de Espinhosela.
12
JANEIRO 2009
CASTRO DAIRE
BATALHA
Novos órgãos
tomaram posse
Órgão sociais só com mulheres
O
s novos órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários de Castro
Daire para o triénio 2009/2011 tomaram posse no princípio do
ano. A nova equipa tem alguns repetentes.
A Assembleia-Geral é presidida por Jorge António Pinto Pereira.
O vice-presidente é João Manuel Rodrigues de Oliveira e os secretários são Gastão Manuel Ribeiro da Fonseca e Jorge Pereira Teles.
A Direcção continua a ser presidida por António da Conceição
Pinto, tendo como vice-presidente Manuel Paiva Loureiro, como
secretários Rui Manuel Pinto Rodrigues e Augusto Soares Santos,
como tesoureiro Arão Joaquim Coelho e como vogais Gualdino de
Almeida Marcelino e Augusto João da Silva Marcelino.
No Conselho Fiscal, a presidência cabe a Ana Luísa Rodrigues
Oliveira, cando como vice-presidente Maria de La Salete Almeida
Duarte e como secretário relator Manuel José Pertancho.
REVIVER MAIS
Tomada de posse
dos órgãos sociais
O
s órgãos sociais da Reviver Mais – Associação dos Operacionais
e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses para o triénio 2009 –
2011 vão tomar posse no próximo dia 24 de Janeiro, pelas 11h00,
em cerimónia que decorre no Cineteatro Joaquim de Almeida, no
Montijo.
Ao realizar a tomada de posse naquela cidade, a Reviver Mais
pretende homenagear os Voluntários do Montijo, no âmbito das
comemorações do seu centenário.
Os órgãos sociais para o próximo mandato foram eleitos em 29
de Novembro último, em Trancoso, em assembleia convocada para
o efeito.
V
inte mulheres acabam de preencher integralmente todos os órgãos sociais dos
Bombeiros Voluntários da Batalha para o
triénio 2009/2011.
É a primeira vez que isso acontece numa
associação de bombeiros voluntários em
Portugal.
A tomada de posse ocorreu no passado
dia nove, na sequência de uma eleição quase unânime (57 votos a favor e um voto em
branco).
A Assembleia-Geral passa a ser presidida
por Colette Pedrosa de Sousa, tendo como
vice-presidente Maria Luísa Silva Leal,
como 1.ª e 2.ª secretárias Mariana Justo e
Susana Silva, e como suplente Maria da
Encarnação Ferreira.
A Direcção passa a ser composta pela
presidente, Maria Cecília Justo, pela vicepresidente, Maria de Fátima Lucas, e pelas
secretárias, Isabel Maria dos Santos (1.ª) e
Margarida Pinho (2.ª). A tesoureira é Maria
José Beato e as vogais são Edite Pragosa e
Susana Monteiro, enquanto, como suplentes, caram Maria Helena dos Santos, Maria
das Mercês Vieira e Maria Henriqueta Ligeiro.
O Conselho Fiscal é presidido por Maria
de Lurdes Penas, tendo, como vice-presidente, Luísa Maria Remédios, como relatora, Eulália Ribeiro, e como suplentes,
Maria Gracinda Rito e Rita dos Anjos
Rosa.
GUARDA
COIMBRÕES
Eleições para a federação
Empossados
novos dirigentes
FEDERAÇÃO DE BOMBEIROS DO DISTRITO DA GUARDA
ASSEMBLEIA-GERAL
PRESIDENTE – Prof. Manuel Madeira Grilo . . . . . . . . . . GUARDA
VICE-PRESD. – Dr. Álvaro José da T.P. Guerreiro . . . . . . GUARDA
SECRETÁRIO – Prof. Maria Bendita A.G. Rito Dias . . . . . . . SOITO
SECRETARIO – Cmt. Qh. José António Sequeira . . . . . . GUARDA
SUPLENTE – Cmt. Qh. Francisco Alves Campos . . . . . V.N. TAZEM
SUPLENTE – José Manuel Caramelo . . . . . . . . . . . . . . . . . MELO
SUPLENTE – Cmt. José Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . AGUIAR
DIRECÇÃO
N
U
ma ceia de Reis acolheu a tomada de posse dos novos corpos
gerentes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões para o triénio 2009/2011.
A Assembleia-Geral é presidida por Rui Pinto Aguiar, tendo, como
vice-presidente Joaquim Leite, como secretária Maria Isabel Cardoso, e como suplentes Diniz Moura e Agostinho Rodrigues.
A Direcção é presidida por Fernando Aguiar, sendo vice-presidentes Ilídio Magalhães e Paulo Cavaco, secretário e secretário
adjunto Manuel Benjamim Pinto e Germano Osório, tesoureiro e
tesoureiro adjunto Manuel Joaquim Costa e Luís Filipe Oliveira,
vogais Manuel Vieira e Domingos Monteiro, e suplentes Alberto
Morais e Alberto Monteiro.
O Conselho Fiscal tem como presidente Aníbal Aguiar, como
vice-presidente José Jesus Costa, como secretário relator Vasco
Aguiar, e como suplentes André Lima e Rui Marques.
o dia 10 de Janeiro, reuniu
em Assembleia-Geral a Federação dos Bombeiros Voluntários do Distrito da Guarda, no
quartel dos bombeiros desta cidade, para a eleição dos novos
órgãos sociais para o triénio
2009/2001: Assembleia, Direcção e Conselho Fiscal.
Gil Barreiros explicou a constituição da lista, dizendo que
tentou que abrangesse todas as
associações do distrito, mas
que não conseguiu, “por falta
de resposta ao convite das associações de Figueira de Castelo Rodrigo, São Romão e Famalicão da Serra”. O novo presidente disse que esta lista tem
mais representantes da associação da Guarda por uma
questão de logística e funcionalidade.
Seguiu-se a votação, na qual
tiveram direito de voto os presidentes e comandos de todas as
associações. A contagem teve
como resultado 35 votos a favor.
Gil Barreiros foi assim eleito
por unanimidade presidente da
Federação dos Bombeiros Voluntários do Distrito da Guarda.
Este médico de Gouveia declarou que assumirá este cargo
com grande responsabilidade,
em prol de todos os bombeiros
do distrito da Guarda.
Ele propôs a eleição de Luís
Carriço, presidente dos BV do
Sabugal, e José António Machado, comandante dos BV da
Meda, como representantes do
distrito no Conselho Nacional da
Liga. Esta proposta foi também
aprovada por unanimidade.
Álvaro Guerreiro, presidente
dos BV da Guarda e presidente
do Conselho Jurisdicional da
Liga dos Bombeiros Portugueses, congratulou-se com a instalação da Força Especial de
Bombeiros nesta cidade, discordando, no entanto, da for-
PRESIDENTE – Dr. Luís António Vicente luís Barreiro . . . GOUVEIA
VICE-PRESD. – Luís Carlos Carriço . . . . . . . . . . . . . . .SABUGAL
VICE-PRESD. – Álvaro Amaral Reis Melo . . . . . . . . . . . FORNOS
VICE-PRESD. – Cmt. António José Marques . . . . . . . . CELORICO
TESOUREIRO – Rui Meirinho Monteiro . . . . . . . . . . . . . . . SOITO
SECRET ADMINIST – Carlos A. Almeida Pina . . . . . . . GONÇALO
SECRET TECNICO – Cmt. Vergílio Borges . . . . . . . . . . . . . . SEIA
SEC. TEC. ADJUNTO – Cmt. João José Gomes Teixeira . . ALMEIDA
VOGAL – Paulo Jorge de Lemos Amaral . . . . . . . . . . . . . . MEDA
VOGAL – Eng. Luís Borges . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . GUARDA
VOGAL – Eng. Nuno Pires . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FOLGOSINHO
SUPLENTE – João Ferreira Silva Duarte . . . . . . . . . . . CELORICO
SUPLENTE – Cmt. Orlindo Cabeças . . . . . . . . . . . . . . GONÇALO
SUPLENTE – Cmt. José António Rebelo Machado . . . . . . . . MEDA
CONSELHO FISCAL
PRESIDENTE – Dr. Vítor Manuel Santos Silva . . . . . . . . . PINHEL
SECRETARIO – António Santos Pimentel Lourenço . . . . FOZ-COA
RELATOR – Jaime Vítor Varandas Ferreira . . . . . . . . . V.F. NAVES
SUPLENTE – António Conde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LORIGA
SUPLENTE – José dos Santos do Nascimento . . . . . . TRANCOSO
SUPLENTE – Cmt. António José Quaresma Santos . . . MANTEIGAS
ma como decorreu o processo
de inauguração das instalações.
Para terminar, Gil Barreiros
fez um apelo a todas as associações do distrito para que paguem as cotas em atraso, de
modo a que se colmatem as di-
culdades nanceiras da federação, e deu ainda os seus votos de êxito a esta Direcção.
A tomada de posse desta terá
lugar nos BV de Gouveia, no dia
31 de Janeiro, por o presidente
eleito pertencer àquela associação humanitária.
13
JANEIRO 2009
CERVA
LEIRIA
Inaugurado quartel de Monte Redondo
O
s Bombeiros Voluntários de Leiria inauguraram recentemente o quartel da sua
Secção de Monte Redondo. A cerimónia foi
presidida pelo governador civil do distrito e
natural da freguesia, Paiva de Carvalho.
Há quatro anos que os Voluntários de Leiria
ocupam as instalações agora inauguradas,
depois de terem estado instalados em condições precárias na cave da Junta de Freguesia
local.
Hoje, a Secção de Monte Redondo dispõe de
52 elementos e 12 viaturas, sete das quais
para combate a incêndios orestais.
Na cerimónia, o comandante dos Voluntá-
rios de Leiria, Almeida Lopes, lembrou que,
até àquele dia, em 2008, das 6300 urgências
a que a corporação respondeu, 1500 foram
executadas pela Secção de Monte Redondo
Almeida Lopes anunciou ainda os esforços
realizados pela associação e quatro juntas de
freguesia para a instalação no sul do concelho
de uma nova secção, em Santa Catarina da
Serra.
ÁGUAS DE MOURA
Governadora visitou obras do quartel
A
governadora civil de Setúbal, Eurídice Pereira, visitou recentemente as obras do
novo quartel dos Bombeiros
Voluntários de Águas de Moura, a convite da respectiva Direcção.
O edifício, cuja construção
evolui a bom ritmo, vai custar
cerca de 1,7 milhões de euros,
416 mil dos quais são comparticipados pela Administração
Central, e deverá estar concluído antes do Verão.
A visita à obra permitiu também à governadora civil inteirar-se do facto de, por atraso
no visto do Tribunal de Contas,
a associação ainda não ter sido
ressarcida pelo Estado do pagamento dos dois primeiros autos
do novo quartel.
Eurídice Pereira esteve também presente na cerimónia de
assinatura do contrato-programa que vai permitir aos Bombeiros Voluntários de Sesimbra
construir nalmente um quartel
digno desse nome na sua Secção da Quinta do Conde. A obra
vai avançar depois de estar garantido o respectivo nanciamento através do Eixo III – Prevenção e Gestão de Riscos, do
Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
ALCÁCER DO SAL
Aberta conta para novo quartel
A
Câmara Municipal de Alcácer do Sal abriu uma conta
bancária em nome dos Bombeiros Voluntários de Alcácer do
Sal para angariar fundos destinados à construção do novo
quartel.
A autarquia abriu com um
depósito de seis mil euros, mas,
segundo o seu presidente, Pedro Paredes, “o importante não
é a conta, é fazê-la crescer com
donativos e, por isso, deixo o
apelo aos empresários do concelho, para que apoiem os bombeiros, porque estes contribuem todos os dias para a segurança”.
Além dos meios para custear
a nova construção, torna-se
também necessário ultrapassar
de vez as contingências impostas pelo Plano Director Municipal à edicação do quartel no
terreno pretendido, junto à piscina municipal.
O desbloqueio desta situação
está em marcha. A Câmara
aprovou a alteração parcial do
Plano Director Municipal, que
irá permitir o licenciamento da
obra após consulta pública,
aprovação da Assembleia Municipal e da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo.
IZEDA
Novo quartel no m do mês
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Izeda vai inaugurar o seu novo
quartel no próximo dia 31 de Janeiro, no âmbito
das comemorações do seu 25.º aniversário.
A inauguração e bênção das novas instalações
estão previstas para as 13h30. Antes, a partir das
9h00 decorre o hastear da bandeira, a recepção
às autoridades e convidados, o desle da formatura, a eucaristia presidida pelo bispo de Bragança – Miranda, D. António Montes Moreira, e uma
sessão solene com imposição de medalhas a
bombeiros e individualidades.
O almejado dia da inauguração do quartel
H
á 23 anos que os Bombeiros de Cerva esperavam
por este dia. A data de 7 de Dezembro de 2008 concretizou
um velho sonho dos homens e
mulheres que sempre prestaram serviço nesta casa. Falo de
um sonho que passava somente
por instalações condignas, que
albergassem todo o corpo activo, que proporcionassem espaços adequados para a formação
e que retirassem do relento o
parque de viaturas.
A luta por esta causa, para
além do empenho das direcções
desta associação humanitária,
envolveu também o poder local,
através da Junta de Freguesia
de Cerva e da Câmara Municipal
de Ribeira de Pena – nomeadamente os seus dois últimos executivos –, mas contou ainda
com o apoio dos órgãos do Governo.
Na hora da cerimónia, a par
do responsável máximo do Ministério da Administração Interna, o ministro Rui Pereira, também o governador civil de Vila
Real, o executivo municipal de
Ribeira de Pena e o da Junta de
Freguesia de Cerva, deputados
da Assembleia da República e
outras entidades civis e militares se associaram à festa.
Foram ainda convidados todos os corpos de bombeiros do
distrito de Vila Real, bem como
o respectivo comandante distrital da ANPC. Embora ultrapassando as fronteiras geográcas
distritais, mas por razões de ligação em termos operacionais,
registe-se ainda a presença dos
Bombeiros de Cabeceiras de
Basto.
“Sob condições difíceis, os
bombeiros de Cerva nunca baixaram os braços. Hoje, estão
criadas condições que beneciarão, sobretudo, a população”. Foi com estas palavras
que o comandante “Juca” (Jor-
ge Campos), dos Bombeiros de
Cerva, assinalou no seu discurso este momento muito importante da história da corporação.
Mesmo perante um céu carregado, que passou da ameaça
à concretização de chuva num
ápice, na hora do desle, que
englobou todos os corpos de
bombeiros presentes, era notório no rosto dos bombeiros a
felicidade pela concretização
deste velho sonho.
Sérgio Galante
14
JANEIRO 2009
PORTIMÃO
VIZELA
Inaugurada nova central de comunicações
Inaugurada ampliação das instalações
O
s Bombeiros Voluntários
de Portimão aproveitaram a passagem do seu 82.º
aniversário para inaugurarem uma nova central de
comunicações avaliada em
70 mil euros, entre equipamento e obras de adaptação
do local.
Outro ponto alto das comemorações foi a atribuição
do Crachá de Ouro da Liga
dos Bombeiros Portugueses
(LBP) ao presidente da Assembleia-Geral da associação, Américo Furtado Mateus, à Câmara Municipal de
Portimão e aos bombeiros
João Rosa Rodrigues e José
António Matias Ramos. A
distinção foi entregue pelo
presidente da LBP, Duarte
Caldeira, e, a convite deste,
pela governadora civil de
Faro.
Foram ainda galardoados
pela Liga, com a Medalha de
Prata de Serviços Distintos,
a funcionária da associação
Maria do Rosário Filipe e o
empresário local Miguel Custódio Cavaco.
Procedeu-se também à
atribuição de medalhas de
assiduidade da LBP a diversos elementos do corpo de
bombeiros, por 10, 15, 20 e
30 anos de bons serviços
prestados à comunidade.
O
s Bombeiros Voluntários de
Vizela inauguraram recentemente a ampliação das suas
instalações, procederam à tomada de posse do seu novo 2.º
comandante, Paulo Oliveira, e à
promoção a bombeiros de 3.ª
classe de seis novos elementos.
As cerimónias decorreram na
presença do presidente da Câmara Municipal de Vizela, bem
como de representantes da Autoridade Nacional da Protecção
Civil, da Liga dos Bombeiros
Portugueses e Federação dos
Bombeiros de Braga.
Os novos espaços destinamse a gabinetes de chea, a gabinetes médicos e de enfermagem, assim como a salas para
formação e a uma área de museu, onde irão ser expostas as
viaturas simbólicas da associação.
Após a tomada de posse do
2.º comandante, decorreu a
cerimónia de compromisso dos
seis novos elementos: Diogo
Leite, João Pedro Costa, Ivo
Araújo, Francisco Ribeiro, David
Silva e Fábio Castro.
SEGUREX 2009
Liga volta a estar presente
A
Associação Industrial Portug u e s a – C on f e d e ra ç ão
Empresarial/Feira Internacional
de Lisboa (AIP-CE/FIL) vai realizar, entre 18 e 21 de Março, a
13.ª Edição do Segurex – Salão
Internacional da Protecção e da
Segurança.
Conforme aconteceu nas edições anteriores, a Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP)
volta a estar representada, inclusive com a organização de
um debate sobre incêndios urbanos.
O salão continua a ser uma
referência a nível ibérico, alternando com o acontecimento do
mesmo género promovido em
Madrid, e é o único do sector
em Portugal.
Segundo os organizadores,
”trata-se de um salão global e
transversal a todos os sectores
da segurança, prevenção e protecção, nas suas distintas manifestações de ‘security’ e ‘safety’”.
Na edição de 2009, o Segurex aposta em novas áreas temáticas: a segurança rodoviária, a condução segura, o transporte de pessoas e crianças e a
segurança alimentar.
No programa de manifestações paralelas ao certame, no
qual a LBP participa, incluem-se
também o Espaço Inovação e o
Espaço de Demonstrações.
PONTINHA
Novo comandante empossado
A
ntónio Rodrigues tomou posse recentemente
como comandante dos Bombeiros Voluntários
da Pontinha. Anteriormente, desempenhava as
funções de 2.º comandante.
A cerimónia foi simples, mas cheia de signicado, pois foi entregue ao vice-presidente da associação, Carlos Costa, um cheque no valor de 100
mil euros para a aquisição de equipamentos e
veículos, ao abrigo do protocolo de cooperação
estabelecido entre o munícipio e as corporações
de bombeiros do concelho. A entrega que foi realizada por Susana Amador, presidente da Câmara
Municipal de Odivelas.
Nesta cerimónia estiveram presentes outras
entidades, como Duarte Caldeira, presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses, um represen-
tante do Governo Civil de Lisboa, o comandante
distrital da ANPC, Elísio Oliveira, autarcas locais e
representantes de forças militares e policiais.
Sérgio Santos
SETÚBAL
Bombeiros recolhem resíduos eléctricos
O
s Bombeiros Voluntários de
Setúbal dispõem de um
contentor para recolha de resíduos eléctricos instalado na
parada do seu quartel.
Essa instalação prende-se
com protocolo estabelecido en-
tre os bombeiros e a Associação
Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (Amb3e).
Por cada tonelada de resíduos recolhida, os bombeiros receberão uma comparticipação,
prevista no protocolo, o primeiro celebrado no distrito de Setúbal entre a Amb3e e uma
corporação de bombeiros, com
base num acordo estabelecido
com a Liga dos Bombeiros Portugueses.
16
JANEIRO 2009
ÓRGÃOS SOCIAIS DA LBP ELEITOS
Duarte Caldeira rearma que chegou
Com recados ao poder político
e ao sector dos bombeiros,
Duarte Caldeira lembrou
as palavras de Ano Novo
do Chefe de Estado,
segundo as quais
não é com conitos
desnecessários que se
resolvem os problemas
das pessoas. Nesta fase
da vida do País,
devemos evitar divisões
inúteis”. Uma mensagem
deixada na cerimónia
de tomada de posse
dos novos órgãos sociais
da LBP, realizada
em Esposende, no passado
dia três de Janeiro.
Texto: Patrícia Cerdeira
N
o discurso de tomada de posse, Duarte Caldeira, o recémeleito presidente da Liga dos
Bombeiros Português (LBP), referiu
que a boa gestão dos recursos à disposição das organizações constitui,
actualmente, “um imperativo ético”
de todos os que nelas exercem funções dirigentes.
Acrescentou o responsável que “a
mencionada boa gestão é fortemente condicionada pela qualidade dos
recursos humanos e pela forma e
atitude com que estes agem e interagem”, uma ideia que o dirigente
vem repetindo nos últimos meses.
Questionado pelo “BP”, sobre quem
são os destinatários da mensagem,
Duarte Caldeira sublinha que as palavras deixadas em Esposende não
têm um destinatário “especial”.
“Pretendo com esta focalização na
problemática da gestão -- melhor
dizendo, da boa gestão -- alertar os
dirigentes das nossas estruturas que
já não há tempo para o primado do
‘desenrascanço’ e que o tempo é de
planeamento, organização e acção”.
Ainda segundo o dirigente, o objectivo passa por sensibilizar para a necessidade de não “confundirmos
gestão associativa e voluntário com
amadorismos irresponsáveis ou
exercício de poder pessoal”.
Já no nal do mesmo discurso, o
presidente da LBP evocou Cavaco
Silva, lembrando parte da mensagem de Natal do Presidente da República aos portugueses, na qual ele
referiu que “não é com conitos desnecessários que se resolvem os problemas das pessoas. Nesta fase da
vida do País, devemos evitar divisões inúteis”.
Sobre a necessidade de evocar
Cavaco Silva, Duarte Caldeira lembra os hipotéticos conitos “gerados
por ímpetos de natureza politicopartidária, muito perigosos num ano
de três actos eleitorais”, esclarece.
No decorrer da cerimónia, que fez
encher o Auditório Municipal de Esposende, o ministro da Administração Interna dirigiu-se a uma plateia
de dirigentes e operacionais, prometendo que, já este ano, cará concluído um pacote legislativo com interesse para os bombeiros portugueses, nos domínios dos contratos de
trabalho, doenças e acidentes prossionais e seguros pessoais.
“A Secretaria de Estado da Pro-
tecção Civil, em colaboração com a
Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP), está a ultimar os novos regimes jurídicos dos contratos de trabalho entre as associações humanitárias e o pessoal ao serviço, da
protecção nas doenças prossionais
e acidentes em serviço de voluntariado, da bonicação do tempo de
serviço e de um seguro acidentes
pessoais”, adiantou Rui Pereira. O
ministro garantiu que o Estado continua a “apostar forte” na valorização do sector da protecção civil,
lembrando que, até 2013, serão investidos 150 milhões de euros de
verbas comunitárias e 45 milhões do
orçamento nacional em infra-estruturas e reequipamento.
“Hoje temos uma parceria de sonho e responsabilidade com os bombeiros para dar mais e melhor protecção civil a Portugal”, armou, frisando que, “para o conseguir, houve
que apostar na edicação de um
quadro normativo estável e consensual e de um modelo claro de nanciamento”.
“A segurança faz-se de forma integral e global, pois integra os desaos do ambiente, das catástrofes e
desastres”, realçou o ministro, lembrando que “os bombeiros são uma
peça de proximidade fundamental
no sistema de protecção civil”.
Sobre a “relação de sonho” a que
Rui Pereira se referiu, Duarte Caldeira prefere encará-la como uma “expressão poética”, sublinhando que a
parceria que a LBP tem com o Ministério da Administração Interna resulta da parceria estabelecida, desde
há muito, com os portugueses. “Esta
sim é uma parceria de sonho”, salientou o dirigente. “As demais parcerias são consequências desta, e,
quanto mais produtivas, melhor”.
Questionado sobre qual o balanço
que faz destes quatros anos de legislatura PS, o responsável máximo
da Confederação lembra que só agora se iniciou o último ano da legislatura, sendo por isso “cedo para balanços”.
A curto prazo, a LBP aguarda que
“se faça muita coisa”. Já quanto a
dizer se o Governo fez o que pôde,
ou se podia ir mais longe, Duarte
Caldeira responde: “Acho que o Governo podia ter ido mais longe, nomeadamente se tivesse feito melhor
o que já foi feito”.
JANEIRO 2009
17
EM POMBAL JÁ ESTÃO EM FUNÇÕES
u ao m o tempo do “desenrascanço”
18
JANEIRO 2009
ENTRONCAMENTO
DIA DE FESTA NOS BOMBEIROS VALECAMBRENSES
Nova ambulância em aniversário
Obras de alargamento breve
Em dia de festa,
José Bastos prometeu
obras de alargamento
e beneciação no quartel
dos Bombeiros Voluntários
de Vale de Cambra.
Texto: Vera Tavares
N
Texto: Sérgio Santos
A
s comemorações do 60.º
aniversário da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento foram realizadas no passado dia
10 de Janeiro, e contaram com
a romagem ao cemitério, um
desle apeado e motorizado e a
recepção às entidades convidadas, onde o corpo activo demonstrou o brio com que enverga a farda.
Dado início a sessão solene,
o comandante João Pombo realçou a dedicação do corpo activo
na obtenção de formação e frisou as necessidades do ingresso de novos elementos na corporação, da reformulação do
quartel e da aquisição equipamentos de protecção individual
(EPI) e de veículos de combate
a incêndios urbanos/industriais,
bem como de equipamento
para intervenções em acidentes
rodoviários/ferroviários.
O presidente da Direcção
congratulou-se com o protocolo
realizado com a REFER e com
juntas de freguesias locais, e
agradeceu o apoio nanceiro
prestado pela autarquia, que
possibilitou a aquisição de uma
nova ABTM, apadrinhada por
Jéssica Grilo e pelo subchefe
Manuel Martinho.
Foram ainda condecorados
diversos bombeiros com medalhas da Liga dos Bombeiros
Portugueses, pelo tempo que
dedicaram ao voluntariado, e
procedeu-se ainda à promoção
de cinco novos elementos a
bombeiros de 3.ª classe.
Das entidades convidadas,
destacam-se o representante
do Governo Civil de Santarém,
o presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Jaime
Ramos, o 2.º comandante distrital, Rui Natário, um representante da Liga dos Bombeiros
Portugueses, o comandante
Paulo, da Federação de Bombeiros de Santarém, entidades
militares e representantes de
corporações de bombeiros do
distrito.
as cerimónias do 49º aniversário
da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Vale de
Cambra (AHBVVC) em simultâneo com o
Dia Municipal do Bombeiro, o presidente
da Câmara Municipal deixou um presente
aos ‘soldados da paz’ valecambrenses e
seus directores, anunciando que “a autarquia já se encontra a elaborar um estudo prévio para o alagamento deste
quartel, que já é pequeno para todos
vós”.
José Bastos, edil valecambrense, sublinhou ainda que “este quartel está muito
bem posicionado apenas temos de rever
a sinalização desta rua para que cheguem mais rápido a alguns acessos. Mas
é, efectivamente, pequeno para tantos
homens e mulheres. E o sector feminino
precisa de iguais condições também ”.
O responsável da autarquia valecambrense salientou, ainda, que “este Dia
Municipal do Bombeiro, que surgiu há
três anos, é a melhor forma de reconhecermos a dedicação e empenho de todos
os voluntários desta corporação, que desinteressadamente saem das suas casas
e dos seus lares, a qualquer hora, para
salvar os outros ou os seus bens”.
Já António Augusto, presidente da
AHBVVC, agradeceu o apoio que todos os
beneméritos da Associação têm dado,
salientando o facto da ARSOPI ter oferecido mais uma ambulância de cuidados
intensivos, que vem, segundo este responsável, colmatar algumas lacunas no
parque automóvel da corporação. O presidente da Associação agradeceu, ainda,
todo o esforço do corpo activo e elementos da corporação em prol da comunidade que servem. “Contrariando a orientação da tutela, não vamos aceitar que direccionem a estrutura dos Bombeiros,
quase em exclusivo, para a vertente do
socorro. Também lá estamos, mas não
vamos esquecer as populações em risco
social”, sublinhou o presidente da AHBVVC.
Ambulância ‘topo de gama’...
E
m dia de festa e aniversário, a empresa valecambrense ARSOPI ofereceu uma ambulância de cuidados intensivos à corporação do seu concelho.
Na expectativa de colmatar ainda algumas falhas existentes no parque de
viaturas, esta ambulância recém-chegada é uma mais valia para quem serve a
sua população desinteressadamente.
Contudo, António Augusto admite que
AHBVVC necessita de uma outra viatura
4x4.
AMIGOS RECONHECIDOS...
Orlando Aguiar e Jean Daniel Luthi
não foram esquecidos
D
ois grandes amigos da AHBV de Vale
de Cambra foram reconhecidos pela
autarquia e pelos órgãos sociais da colectividade. O valecambrense Orlando
Aguiar, irmão do adjunto de comando
Filipe Aguiar, e o comandante suíço,
Jean Daniel Luthi, foram acarinhados
pela corporação durante a sua passagem por Vale de Cambra. Gratos por
tudo o que ambos zeram para ajudar
os ‘soldados da paz’ da Suíça portuguesa, com a oferta de vário equipamento
de protecção individual e, ainda, muito
material de desencarceramento, ambos
viram xadas as suas fotos no salão nobre da instituição, junto de outros beneméritos.
ARCOS DE VALDEVEZ
Discutida nova legislação interna dos Bombeiros
Marta Cunha
O
s responsáveis das Associações dos Bombeiros do
distrito de Viana do Castelo
reuniram no passado dia 21,
sexta-feira, pelas 22 horas, no
edifício dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez
para discutirem o Regulamento
Interno dos Bombeiros.
Reunidos estiveram os comandantes e presidentes das
Associações de Bombeiros à
excepção de Vila Praia de Âncora e Viana do Castelo tendo
sido a reunião sobre o regulamento interno dos Bombeiros
presidida pelo Comandante do
Quadro de Honra, Mário Acúrcio de Arcos de Valdevez.
Na palestra foram debatidas
as normas do regulamento interno para que todos os corpos
de bombeiros do distrito estejam em uníssono sendo que
trabalham próximos e o ideal
será estarem todos congregados.
De acordo com Mário Araújo
comandante da corporação
arcuense “temos que ajustar a
realidade dos corpos dos bombeiros a esta nova legislação,
e como está a suceder tudo de
forma tão rápida e com alterações radicais estamos com diculdades em fazer esse ajus-
tamento logo a única maneira
de colmatarmos essas diculdades é reunirmo-nos como
foi o que aqui aconteceu hoje”.
Sobre a nova legislação sublinhou que “por um lado asxia
o voluntariado e por outro
tenta prossionalizar mais os
corpos dos bombeiros voluntários, que é uma boa inovação para a Protecção Civil,
pois quanto maior for o pro s-
sionalismo melhor e é isso que
o Governo tem tentado fazer e
nós temos de nos tentar ajustar”.
Por sua vez, Pedro Marinho,
Presidente dos BVAV mencionou que com esta reunião “discutiu-se a denição do Regulamento Interno dos Bombeiros
de modo a que não haja um
regulamento com um formato
em Arcos de Valdevez e outro
regulamento com um formato
diferente noutra corporação
próxima. Entendeu-se assim
numa reunião que decorreu
em Barcelos promovida pela
Autoridade Nacional de Protecção Civil onde se juntaram 90
comandantes e presidentes da
área Norte, que fosse feita
uma reunião para se denir no
fundo um pouco do que o regulamento pode exigir”.
No nal o responsável reportou-se ainda sobre o Regulamento Interno como sendo
“muito extenso e foi formatado
num conceito geral, mas o que
é certo é que existem algumas
alterações impostas que devem ser discutidas pelos comandos. Considero porém que
se todos os corpos dos bombeiros estiverem unidos e com
o mesmo regulamento as coisas são mais fáceis e funcionam com maior coerência”
19
JANEIRO 2009
ARRAIOLOS
FELGUEIRAS
Bodas de Diamante
Posse do novo comandante
Texto: Sérgio Santos
Fotos: Filipe Oitavem
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arraiolos
comemorou no dia 4 de Janeiro o seu 75.º aniversário.
Foi com as devidas formalidades, destacando-se a formatura
geral, demonstrativa do brio e disciplina do corpo activo, que a
associação quis marcar esta efeméride. Foi ainda lembrada a sua
história, através da recordação de antigos bombeiros e dirigentes,
e agradeceu-se às entidades públicas e privadas que têm contribuído das mais diversas formas para o engrandecimento da instituição.
Todas estas lembranças foram feitas pelo presidente da Direcção, Luís Gomes, que terminou a sua intervenção congratulando-se
com a oferta de uma ABTM, juntamente com o seguro da viatura
pelo período de um ano, feita pelo benemérito Honório Canelas.
“Gestos nobres”, referiu o comandante António Cardoso, que vêm
preencher uma lacuna no transporte de doentes. Da mesma forma,
foi ainda referido o apoio da autarquia de Arraiolos, sem o qual não
seria possível o bom funcionamento da corporação.
Tratando-se das Bodas de Diamante da associação, foram várias
as condecorações a entidades e, em especial, a bombeiros, que
receberam medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses e da associação pelos anos dedicados à causa do voluntariado.
Destaque para o subchefe Torcato, que lutou pela causa ao longo
de 47 anos, sempre com distinção e aprumo, e que passou nesta
data ao Quadro de Honra, e à condecoração do estandarte da associação com a Medalha de Protecção e Socorro, Grau Prata – Distintivo Azul, imposta pelo secretário de Estado da Protecção Civil,
José Miguel Medeiros.
Das entidades convidadas, destacam-se a governadora civil de
Évora, Fernanda Ramos, o presidente da Câmara Municipal de Arraiolos, Jerónimo dos Loios, Susana Silva, da ANPC, Adriano Capote, da Liga dos Bombeiros Portugueses, o presidente da Federação
de Bombeiros de Évora, representantes da GNR e de corporações
de bombeiros do distrito.
Oferta de ambulância dá cumprimento a promessa
C
pelo desbrilhador automático externo, pela seringa infusora e por
câmaras de quente e frio para usos especícos, entre outros dispositivos.
Dos 19 novos bombeiros, 12 são mulheres
Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Valadares comemorou
recentemente o seu 94.º aniversário.
Na sessão que decorreu no quartel, procedeu-se ao compromisso e juramento de
19 bombeiros estagiários. Curioso é que 12
deles são mulheres, fenómeno que começa
a ser frequente nas associações de bombeiros.
Segundo o comandante Barros Loureiro,
“depois de cerca de um ano de instrução
Cruz Branca comemorou
112 anos de vida
O
VALADARES
A
a nossa última edição, demos nota da tomada de posse do
novo comandante dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras,
José Júlio Pereira, cerimónia integrada nas comemorações do
110.º aniversário da associação.
Além dos órgãos sociais, do corpo activo e da presidente da Câmara Municipal, Fátima Felgueiras, estiveram também presentes
outras entidades, nomeadamente o presidente da Assembleia Municipal, Orlando Sousa, e o comandante distrital de socorro, Teixeira Leite.
Hoje, registamos em foto a referida cerimónia.
VILA REAL
SINES
ontamos
hoje
com mais detalhe
os factos que conduziram à oferta, aos
Bombeiros Voluntários de Sines, de uma
ambulância de socorro e cuidados intensivos integralmente custeada por
uma associada.
Mariana Cruz, de 53 anos,
sócia dos Voluntários de Sines
desde 1984, tinha prometido a
si mesma, ao enfrentar um problema de saúde, que daria um
presente generoso à sua associação de bombeiros – no caso,
suportando os custos de uma
“super–ambulância”, como fez
questão de realçar quando o
anunciou aos bombeiros.
Assim pensou e assim o fez,
concretizando essa intenção na
recente passagem do aniversário da instituição.
Este é um bom exemplo, dado por uma benfeitora num período
de crise e indenição, em que gestos como este permitem ganhar
alento e coragem para vencer as diculdades.
A nova ambulância está apetrechada com equipamento topo de
gama, desde um monitor automático e portátil para parâmetros
vitais, que também tem a função de electrocardiógrafo de 12 derivações, a um ventilador e unidade de aerosolterapia, passando
N
intensiva, estes estagiários, que frequentaram a ‘Escola de Bombeiros 2.º Comandante António Rodrigues’, estão agora aptos
para o socorro nas diversas valências, que
vão desde a assistência pré-hospitalar,
como tripulantes de ambulância de transporte, ao ataque a incêndios urbanos, industriais e orestais, integrados em equipas cheadas por bombeiros mais graduados”.
No âmbito do aniversário, foram tam-
bém apresentadas duas viaturas: uma
restaurada, que servirá para desencarceramento, e outra destinada a operações
especiais.
Durante a sessão solene, presidida por
Guilherme Aguiar, vereador da Câmara Municipal de Gaia responsável pela Protecção
Civil, o presidente da Direcção da instituição, Manuel Monteiro, expressou o seu reconhecimento em relação à colaboração
prestada pelo município.
s Bombeiros Voluntários da Cruz Branca de Vila Real
estiveram de parabéns pelos seus 112 anos de existência. As comemorações do seu aniversário iniciaram-se no dia
6 de Janeiro, data da fundação, com um desle pelas principais ruas da cidade, seguindo-se a apresentação do projecto
do futuro quartel, que será construído na zona das Flores.
A festa teve o seu ponto alto no m-de-semana. No sábado, após uma romagem aos cemitérios onde estão sepultados bombeiros, realizou-se a tradicional prova de atletismo
– o 12.º Grande Prémio dos Reis.
No domingo, dia 11 de Janeiro, as festividades iniciaramse com o hastear solene da bandeira em formatura geral,
seguido da visita dos cemitérios de Santa Iria e S. Dinis e do
toque de alvorada aos corpos sociais.
A recepção aos convidados contou com a presença do
vice-presidente do INEM, o qual, em nome dessa instituição,
assinou um protocolo com os Bombeiros da Cruz Branca de
Vila Real para a cedência de uma viatura do instituto, que foi
benzida após a solene eucaristia, realizada na Capela Nova.
Em formatura geral, os Bombeiros da Cruz Branca apresentaram cumprimentos à Câmara Municipal de Vila Real e
ao Governo Civil do distrito de Vila Real.
As comemorações contaram, ainda, com um almoço-convívio no Hotel Miracorgo, onde todos os elementos da Cruz
Branca, bem como os seus directores e convidados, foram
presenteados com um CD que mostra vários momentos da
vida desta corporação, desde a sua fundação até à actualidade.
O programa festivo nalizou-se com um baile de convívio,
no quartel-sede dos bombeiros.
20
JANEIRO 2009
CORONEL JOAQUIM PEREIRA LEITÃO, COMANDANTE DO REGIMENTO
Só aceitei o desao por ter sido
As mudanças que já se realizaram,
e outras que se avizinham, no Regimento
de Sapadores de Bombeiros (RSB)
de Lisboa foram um dos temas abordados
na entrevista que o seu novo comandante,
coronel Joaquim Pereira Leitão,
concedeu ao “BP”.
Uma dessas mudanças corresponde
também a um novo relacionamento
com as associações de bombeiros
voluntários da capital.
Durante a entrevista, o comandante do RSB
fez questão de estar ladeado
pelos seus colaboradores mais próximos:
o chefe principal Francisco Carrondo,
responsável pelas operações,
e dois elementos de apoio ao seu gabinete,
o chefe de 1.ª classe Eliodoro Neves
e o subchefe de 1.ª classe José Mateus.
Entrevista: Patrícia Cerdeira
Fotos: Rogério Oliveira
Bombeiros de Portugal
(BP) – Tomou posse há cerca de sete meses. Começo
por lhe perguntar que tipo
de surpresas teve quando
chegou ao Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB),
levando em conta as suas
expectativas e a imagem
que tinha da “casa” enquanto observador externo?
Joaquim Leitão (JL) –
Como é sabido, em 2005 comecei uma nova caminhada na
minha carreira quando fui nomeado pelo Exército Português
para acompanhar o senhor general Ferreira do Amaral numa
estrutura criada pela Resolução
n.º 88-A/2005 do Conselho de
Ministros, a Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais
(ANIF), com o objectivo de desenvolver um conjunto de iniciativas que melhorassem a capacidade de planeamento e a
coordenação de acções que assegurassem uma adequada e
efectiva colaboração entre todos os intervenientes nas operações de vigilância, aviso, detecção, alerta, combate e rescaldo aos incêndios orestais,
através de uma direcção, liderança e coordenação coesas,
ecazes e integradas.
A ANIF tomou posse em 11
de Maio de 2005 e, em 25 de
Outubro do mesmo ano, apresentou um relatório nal que,
partindo das falhas ou carências detectadas, apontou as
vias alternativas para as minimizar ou eliminar. Esse relatório
foi a Conselho de Ministros em
29 de Outubro de 2005.
Cumprida esta missão, em
nais de Outubro, e por despacho do então Secretário de Estado da Administração Interna,
Dr. Ascenso Simões, fui destacado para o seu gabinete para
colaborar na elaboração do Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios (PNDFCI), documento estruturante
para o sector, tarefa que decorreu entre Novembro de 2005 e
Fevereiro de 2006.
Nessa data, e por proposta
do presidente da actual Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), major-general Arnaldo Cruz, fui nomeado, em
comissão de serviço, para o
exercício do cargo de 2.º comandante operacional nacional
do Comando Nacional de Operações de Socorro, cargo que
desempenhei até ao dia da minha tomada de posse como comandante do RSB.
Não me considero, por isso,
um observador externo, dado
que, desde 2005, sempre incorporei o Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) em todos
os trabalhos que desenvolvi,
dado o importante lugar que
este ocupa no âmbito da protecção e socorro do nosso país.
Penso que ninguém tem dúvidas da importância e do enorme potencial desta grande
casa, que tem mais de seis séculos de história a servir o cidadão.
BP – Quando foi convidado pelo Dr. António Costa
para assumir o comando do
regimento, o que lhe pediu o
presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML)?
JL – O senhor presidente da
Câmara Municipal de Lisboa, Dr.
António Costa, explicou-me o
projecto e disse-me que gostaria que eu assumisse o comando do Regimento de Sapadores
Bombeiros. Dado que eu con-
cordava inteiramente com o
projecto apresentado, não tive
qualquer dúvida na decisão que
tinha de tomar. De referir ainda
a grande responsabilidade e
honra que senti ao ser convidado pelo senhor presidente da
CML para esta prestigiante função.
BP – Que condições colocou para aceitar o cargo?
JL – Aceitei o cargo de comandante do RSB pelo mesmo
motivo que aceitei os cargos
anteriores: pelo projecto, pelas
pessoas que me lançaram o desao e pela rme convicção de
que poderia dar um contributo
importante. Foi-me explicado o
projecto e eu aceitei.
BP – Foi várias vezes tornada pública a opinião de
que o RSB vivia à margem
do sistema de protecção civil. Sentiu isso quando tomou posse em Junho?
JL – Como já antes referi, o
RSB tem 613 anos de história
ao serviço do cidadão, donde,
só por isso, não pode ser considerado que vivia à margem do
sistema de protecção civil.
O que eu penso é que, considerando a entrada em vigor da
Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho,
que aprovou a Lei de Bases de
Protecção Civil; a criação do
Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro
(SIOPS), onde estão denidos
os princípios de organização e
funcionamento do sistema de
coordenação, comando, controlo e comunicações dos agentes
de protecção civil e socorro; o
papel fundamental do RSB no
planeamento, coordenação e
execução das acções de protecção e socorro no município de
Lisboa; o enquadramento insti-
tucional e operacional da Protecção Civil no âmbito municipal e as competências e a articulação operacional do comandante operacional municipal no
que, em especial, se refere ao
município de Lisboa, previsto
na Lei n.º 65/2007, de 12 de
Novembro, em que atribui, por
inerência, ao comandante do
RSB as funções de comandante
operacional municipal, revelase fundamental assegurar a
melhor coordenação operacional entre o RSB e o Comando
Nacional de Operações de Socorro (CNOS), sem prejuízo das
competências da Câmara Municipal de Lisboa e da Autoridade
Nacional de Protecção Civil.
É esta falta de coordenação
que estamos a resolver, estando já preparado um protocolo
para ser assinado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a
Autoridade Nacional de Protecção Civil, em que ambas as entidades se comprometem a estabelecer, disponibilizar e utilizar os mecanismos e instrumentos necessários à melhor
coordenação operacional entre
o RSB e o CNOS/ANPC no âmbito das operações de protecção e
socorro. Era um passo fundamental, que felizmente foi agora possível.
BP – Já fez saber que a
integração do maior corpo
de bombeiros da cidade no
sistema integrado de protecção civil é uma das suas
principais prioridades. Como
tem estado a desenvolver
esse objectivo?
JL – Como é sabido, tomei
posse do cargo de comandante
do Regimento de Sapadores
Bombeiros de Lisboa em 23 de
Junho de 2008. Desde essa
data temos vindo a desenvolver, dia após dia, uma maior
articulação e envolvimento operacional com os corpos de bombeiros voluntários (CBV) e os
agentes de protecção civil
(APC) da cidade de Lisboa, os
serviços da CML e o CNOS/
ANPC. Neste âmbito, o RSB
está a trabalhar no sentido de
estabelecer, disponibilizar e utilizar os mecanismos e instrumentos necessários à melhor
coordenação operacional entre
a sua Sala de Operações e a
Sala de Operações do CNOS/
ANPC, no âmbito das operações
de protecção e socorro.
Estamos também já a estruturar a ligação dos CBV do concelho de Lisboa e de todos os
APC ao RSB. O RSB tem hoje
um ocial de ligação junto da
ANPC, onde semanalmente colabora nos “briengs” do Comando Nacional de Operações
de Socorro (CNOS), permitindo
assim uma maior articulação ao
nível do planeamento e da coordenação institucional, com
reexos muito importantes no
resultado da nossa intervenção
operacional.
Pretende-se, também, que
esta colaboração com a ANPC
se alargue às actividades de
formação, nos termos de um
plano anual de formação a
acordar entre as partes. De referir ainda que o RSB propôs à
ANPC a constituição do módulo
de busca e salvamento médio
(constituído com meios do RSB,
CBV e PSP) e a constituição do
módulo de busca e salvamento
em ambiente NRBQ (constituído com meios do RSB e INEM).
Por despacho de 29 de Setembro de 2008 do senhor secretário de Estado da Protecção
Civil, Dr. José Miguel Medeiros,
foi sancionado o seu registo no
sistema CECIS da Comissão Europeia. Estes meios poderão,
ainda, integrar-se na Reserva
Estratégica Nacional, a constituir pela ANPC, com níveis de
prontidão de 4 horas e com capacidade de projecção nacional
ou internacional para períodos
de 24 sobre 24 horas durante 7
dias.
BP – Que tipo de papel
preconiza para o regimento
no contexto do sistema?
JL – O RSB, sendo a maior
unidade de bombeiros do País,
com formação altamente especializada nas áreas da protecção e socorro, com um “knowhow” único no contexto nacional, deverá ter um papel correspondente à sua capacidade
técnica, quer de recursos humanos, quer de equipamentos
especiais para a intervenção,
não só na cidade de Lisboa,
mas também no País.
Este regimento tem na sua
história um desempenho único
a nível nacional, mas também
em cenários de emergência internacional, pois, sempre que
estivemos em cenários de catástrofe em diversos países, fomos apontados como uma referência. Por isso, deverá reforçar
esta posição, integrando, sempre que solicitado e autorizado
pelo senhor presidente da CML
os dispositivos criados.
BP – Recentemente, o RSB
esteve envolvido num exercício de protecção civil de
âmbito nacional – o PROCIV
IV. Que percepção teve da
ligação que é exigida aos
patamares nacional, distrital e municipal? Correu
bem?
21
JANEIRO 2009
DE SAPADORES BOMBEIROS DE LISBOA (RSB)
feito pelo presidente António Costa
JL – O exercício PROCIV IV/
2008 tinha como principais objectivos a articulação operacional entre os vários intervenientes, testar a estrutura de comando e controlo e a arquitectura dos sistemas de comando,
comunicações e apoio, e ainda
a capacidade de resposta de
todas as entidades envolvidas.
Neste exercício, em que o
comandante do RSB, enquanto
comandante operacional municipal (Lei n.º 65/2007, de 12 de
Novembro) se articulou permanentemente ao nível do planeamento e execução com o CNOS/
ANPC, estes objectivos foram
amplamente conseguidos, tanto no terreno como no Posto de
Comando Operacional Conjunto
(PCOC) da cidade de Lisboa.
O RSB, em coordenação com
o Departamento de Protecção
Civil, desenvolveu um planeamento adequado à participação
dos agentes de protecção civil
(APC) da cidade de Lisboa no
referido exercício, destacandose, entre outras entidades, a
Polícia Municipal, o INEM, a
GALP, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Lisboa Gás,
a Polícia Marítima, a EPAL, a
EDP, a PSP, a APL, o LNEC, a PT,
o SEF, a Faculdade de Ciências,
a Parque Expo, o Instituto de
Medicina Legal, o Metropolitano
de Lisboa, o Instituto de Tecnologia Nuclear, a PJ, o Exército
Português, o Instituto Superior
de Agronomia e a Autoridade
Regional de Saúde de Lisboa e
Vale do Tejo.
No âmbito do mesmo planeamento, pretendeu-se, ainda,
estender o exercício PROCIV IV,
de forma controlada, até 60 entidades públicas e privadas que,
no âmbito da gestão de segurança, possuíssem os respectivos planos de emergência internos (PEI) actualizados.
Testar um cenário com esta
tipologia – risco sísmico – careceu também do envolvimento
dos senhores presidentes das
juntas de freguesia, das brigadas de apoio local (BAL) constituídas e dos meios da CML.
Nos meios da CML a desenvolver, destacamos, entre outros, a Direcção Municipal de
Projectos e Obras, a Direcção
Municipal de Gestão Urbanística, o Departamento de Acção
Social, a Direcção Municipal de
Ambiente Urbano e a Direcção
Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana.
A montagem dos diversos
cenários (12 cenários nos três
dias) implicou a mobilização de
pessoas para gurantes, entre
bombeiros sapadores, estudantes universitários de Protecção
Civil, bombeiros voluntários,
voluntários da CML, entre outros.
Com o decorrer do exercício,
e através da experiência diária,
foi não só possível uma melhoria nos procedimentos de funcionamento das entidades que
estiveram no PCOC (algumas
das quais participaram pela primeira vez num exercício desta
envergadura), mas ainda uma
clara identicação dos constrangimentos de procedimentos
de comunicação entre as diversas estruturas.
De relevar ainda que a intervenção em cenários de catástrofe já faz parte da história do
RSB, dado que integrou as missões nacionais de auxílio às populações na sequência de violentos sismos, nomeadamente
na Argélia (2003), Irão (2003)
e Marrocos (2004). Participou
ainda em exercícios conjuntos a
nível europeu, como o EUROST2005 e EULUX-2007, pelas suas
reconhecidas valências nas áreas de busca e resgate em edifí-
cios colapsados (BREC) e
NRBQ.
BP – Ao contrário do que
acontecia em vários momentos, as ocorrências mais
signicativas que chegam á
vossa central são, nesta altura, encaminhadas para o
CNOS. Que tipo de sinal quis
dar como esta medida que, à
partida, até parece simples?
JL – A optimização do planeamento e da execução da
emergência só é possível através da articulação dos diferentes níveis e agentes. Esta preocupação vem dar resposta ao
novo enquadramento legal nesta matéria e, mais concretamente, no que diz respeito ao
estabelecimento do sistema de
gestão de operações, à denição da organização dos teatros
de operações e dos postos de
comando, à claricação das
competências e à consolidação
da doutrina operacional.
A estruturação da resposta
operacional à emergência, em
qualquer momento e em qualquer teatro de operações, com
base na articulação interinstitucional de todos os agentes de
protecção civil sob um comando
único, mas sem prejuízo da respectiva dependência hierárquica e funcional, tem que ser uma
realidade no concelho de Lisboa.
É também nesta óptica de
que o RSB tem que estar em
permanente coordenação operacional com o CNOS/ANPC,
para que não só o concelho de
Lisboa possa, em tempo, ter
uma resposta adequada, se necessário, mas também o País,
como sempre, possa, também
em tempo, contar connosco em
todos os momentos difíceis,
compartilhando assim de forma
anónima o esforço em prol da
comunidade e da cidadania.
BP – Para quem não conhece o seu projecto, para
além do objectivo acima
enunciado, que outras objectivos tem para o curto
prazo?
JL – Estamos a trabalhar
numa casa que, como já referi,
tem um enorme potencial e
uma grande história. Tal como
foi público na minha tomada de
posse (23 de Junho de 2008),
foram apresentados oito eixos
de actuação que consubstanciam e operacionalizam um
plano estratégico de acção em
que as sinergias do trinómio
acção/investigação, formação e
inovação constituem a sua principal matriz, que tem por base
um programa já apresentado
internamente, onde se identica um conjunto de medidas que
vão desde a integração do RSB
no sistema nacional de protecção civil à revisão do regulamento do regimento, que não é
revisto desde 1940, e à mudança da imagem numa lógica de
proximidade ao cidadão, entre
outros aspectos.
Neste momento, está já criado um grupo de trabalho para
adequar o regulamento interno
aos dias de hoje. Estamos também a tratar de um outra questão, que nos pareceu muito urgente – o novo regulamento de
uniformes –, que, face às novas
exigências da missão, tem de
ser actualizado, sobretudo em
termos operacionais.
Há ainda um outro grupo de
trabalho a estudar a criação do
novo cartão de identidade dos
bombeiros e funcionários do
RSB, ao qual estarão associadas diversas informações e facilidades, e gostaríamos de inaugurar em breve a primeira estátua de homenagem ao bombeiro na cidade de Lisboa.
No âmbito das infra-estrutu(continua na página seguinte)
22
JANEIRO 2009
(continuação da página anterior)
ras e reequipamento, está a ser
preparado um projecto de reestruturação do RSB, dando-se
prioridade absoluta à nossa
componente operacional.
Está igualmente em curso
um outro trabalho, que se prende com a avaliação das necessidades dos corpos de bombeiros
voluntários da cidade de Lisboa.
O comandante do regimento é
também o comandante operacional municipal, com as competências que daí advêm, e,
como tal, pretendemos, no processo de avaliação das nossas
necessidades, contemplar ainda
as dos bombeiros voluntários.
Eu próprio já visitei as suas instalações e z várias reuniões de
trabalho com todas as corporações.
De relevar, ainda, outras medidas que o RSB tem já em desenvolvimento, com reexo na
actividade operacional da cidade de Lisboa, onde se inserem o
plano de desporto para o RSB,
os programas no âmbito da segurança contra incêndios, a
criação do Clube de Protecção
Civil nas escolas do concelho de
Lisboa, os prédios devolutos da
cidade de Lisboa, a formação
interna e externa ao RSB, a
criação do Núcleo de Apoio ao
Idoso da Cidade de Lisboa, a
criação do curso de mergulho
amador, a vericação e carregamentos de garrafas e extintores e o museu, numa perspectiva do seu desenvolvimento
futuro.
BP – O que pretende com
a revisão do Regulamento
Interno do Regimento?
A ”casa” não estava adequada às novas realidades e
exigências?
JL – Grande parte da actividade interna do RSB ainda se
orienta por normas do Regulamento Geral aprovado em 1940
para o então Batalhão de Sapadores Bombeiros.
Naturalmente que se tem feito uma interpretação actualista
das normas ali constantes, bem
como têm sido introduzidas alterações avulsas em muitas
matérias. O novo regulamento
interno é uma reivindicação de
há anos no RSB e constitui um
instrumento indispensável para
a gestão da casa no sentido de
melhor desempenhar a sua
missão, evitando, nomeadamente, arbitrariedades e experiências dispensáveis.
Garante, por outro lado, uma
linha de conduta e comportamento por parte de todos, cheas e subordinados, a favor da
transparência e da legalidade.
O grupo de trabalho constituído
para o efeito apresentará e discutirá com os seus pares uma
proposta que, estou certo, corresponderá às necessidades do
RSB e de quem aqui trabalha.
Os trabalhos estão bastante
adiantados e contam já com a
contribuição de representantes
de todas as organizações representativas dos bombeiros prossionais do RSB (de classe e
sindicais), pelo que, embora
eventualmente estes trabalhos
se tornem mais demorados, o
produto nal deverá obter um
largo consenso nos seus desti-
natários. Deseja-se, de facto,
um regulamento que, sem menosprezar a história e tradição
do RSB, permita a sua evolução
e permanente actualização, de
forma a poder corresponder aos
desaos que a sociedade vai
criando e, assim, melhor poder
servir os munícipes de Lisboa.
Anal, somos o maior e mais
antigo corpo de bombeiros sapadores do País.
BP – Outra das suas prioridades passa por uma “mudança de imagem na lógica
de proximidade ao cidadão”
– frase é sua. O regimento
está longe dos lisboetas?
JL – O RSB não está, obviamente, longe dos lisboetas,
nem dos portugueses, dado
que, sempre que é solicitada a
sua intervenção no concelho de
Lisboa, em diversos locais do
País, ou mesmo internacionalmente, é alvo dos maiores destaques e elogios.
A mudança da imagem pretende introduzir uma mensagem de modernidade com que
o RSB se quer apresentar junto
do cidadão. Esta lógica vem,
aliás, na lógica da modernização e do processo de aproximação ao munícipe que a CML vem
desenvolvendo.
BP – Quando entrou no
RSB, já tinha em mãos um
plano de mudança. Era claro
para si o que precisava de
ser alterado?
JL – Como sigo o sector muito de perto desde 2005, o regimento não era uma casa desconhecida para mim. Para além
da sua própria especicidade,
que ainda estou a conhecer,
quando entrei nesta casa já trazia um projecto de mudança no
sentido daquilo que eu acredito
ser o melhor para o RSB, para a
Câmara Municipal de Lisboa e
para a cidade de Lisboa. É uma
casa com uma grande história e
um potencial enorme.
BP – Sente os seus elementos motivados? De que
forma tem aproveitado as
reconhecidas capacidades
técnicas dos bombeiros do
regimento?
JL – Face ao trabalho já desenvolvido nestes sete meses,
sinto que os prossionais (com
e sem farda) do RSB estão motivados, pois só assim era possível já termos realizado as ta-
refas que, em conjunto, desenvolvemos.
Nós temos, neste momento,
cerca de 10 grupos de trabalho
a “projectar o regimento”, e todos integram bombeiros e elementos não bombeiros do RSB.
São todos projectos que saíram
da cabeça dos prossionais do
regimento para melhorar esta
casa, e ninguém melhor do que
os prossionais desta casa sabe
como se podem utilizar os recursos disponíveis.
Tenho plena conança nos
prossionais que servem esta
casa, não só na vertente do seu
desempenho prossional, sobejamente conhecida e reconhecida por todos, mas também na
sua capacidade de projectar e
relançar o RSB. O comandante,
neste âmbito, tem tido, fundamentalmente, a função de ouvir
as pessoas, acarinhar as boas
ideias/projectos e denir as lógicas de desenvolvimento e coordenação desses mesmos trabalhos.
BP – Já visitou os vários
quartéis da cidade. São boas
as condições de trabalho?
JL – O Regimento de Sapadores Bombeiros encontra-se
instalado em 11 quartéis com a
seguinte implantação territorial: Av. Dom Carlos (estrutura
de comando, serviços de apoio
e sede da 1.ª companhia); Largo do Regedor (estação da 1.ª
companhia); Alto de Santo
Amaro (sede da 2.ª companhia); Monsanto (estação da
2.ª companhia); Alvalade (sede
da 3.ª companhia); Carnide
(estação da 3.ª companhia,
centro de transmissões do comando e museu); Graça (sede
da 4.ª companhia); Av. Defensores de Chaves (estação da
4.ª companhia); Chelas (escola
e Companhia de Intervenção
Especial); Encarnação (estação
da Companhia de Intervenção
Especial); Aeroporto (destacamento).
Da avaliação feita, vericámos que alguns dos quartéis
necessitam de algumas obras
urgentes, acção que está a ser
já planeada e/ou em execução.
Contudo, num âmbito mais
alargado, está a ser preparado
um projecto de reestruturação
dos quartéis do RSB.
No âmbito das competências
do comandante operacional
municipal (COM) visitei, também, os quartéis dos seis corpos de bombeiros voluntários
da cidade de Lisboa, a m de
tomar conhecimento da sua capacidade operacional, constatando, por isso, a sua realidade
ao nível operacional, logístico e
de infra-estruturas.
BP – É sabido que o comando do RSB vai mudar
para Monsanto. Quer adiantar pormenores?
JL – Como é sabido, a cidade
de Lisboa, é constituída por 53
freguesias e ocupa uma superfície de 83,84 Km2, onde residem uma população xa de
cerca de 600 mil habitantes e
uma população utuante de
mais de 1,5 milhões de pessoas.
É evidente a relevância da
cidade de Lisboa em termos
políticos, económicos e sociais
para todo o País: aqui se concentram os principais órgãos de
decisão e as principais instituições político-administrativas de
governação do País, bem como
as representações diplomáticas
e organizações internacionais.
Do mesmo modo, ao nível
económico, cumpre salientar
que a Área Metropolitana de
Lisboa (AML) concentra cerca
de um terço do total das actividades económicas de Portugal
continental, das quais 80% pertencem ao sector terciário, correspondendo a uma parte signicativa do tecido económico
nacional. A riqueza produzida
na AML e concelhos limítrofes
representa um valor de 40% do
Produto Interno Bruto (PIB),
tendo absorvido 45% do investimento total realizado no território do Continente.
Acresce ainda a localização
de sedes e liais de instituições
bancárias, seguradoras e de
outras empresas, tanto nacionais como estrangeiras, assim
como a própria Bolsa de Valores
de Lisboa, importante pólo de
gestão nanceira da vida económica nacional, pelo que se
constitui como o centro nanceiro e económico mais importante do País.
De um ponto de vista cultural
e simbólico, alguns dos principais e mais importantes recursos nacionais, nomeadamente
em investigação, ciência, educação e desenvolvimento tec-
nológico, têm também a sua
localização na cidade de Lisboa.
O peso que esta região representa no contexto nacional é,
por isso, indiscutível.
A complexa rede de infra-estruturas, nas suas mais variadas dimensões, abrange o
abastecimento, saneamento e
rede viária, para além das infraestruturas portuárias e aeroportuárias, de importância central para o País.
Acrescem, ainda, as zonas
residenciais, de características
marcadamente heterogéneas e
com diferentes tipologias urbanas e construtivas, pontuadas
com graus de vulnerabilidade e
de risco distintos.
A responsabilidade legal no
âmbito da prestação do socorro
em caso de incêndios, inundações, desabamentos, abalroamentos e em todos os acidentes, catástrofes ou calamidades
no município de Lisboa cabe ao
Regimento de Sapadores Bombeiros, pertencente à estrutura
orgânica da CML, que, em colaboração com os CBV da cidade
de Lisboa, vem dando a resposta adequada.
O RSB tem os seus 11 quartéis estrategicamente colocados
na cidade de Lisboa, a m de
acorrer a todas as situações de
socorro de uma forma célere,
estando atribuído a cada um
deles uma área de intervenção
perfeitamente denida, que
permite responder a toda as
solicitações dentro de prazos de
intervenção estabelecidos e
aceites.
A execução das operações de
socorro assenta, para além de
outros factores, no tempo mínimo de resposta. A dispersão
territorial é fundamental para o
cumprimento deste factor.
A cidade de Lisboa encontrase numa zona sísmica de risco
elevado, onde são identicadas
três subzonas de risco para
magnitudes 7, 8 e 9 na escala
de Richter.
A maioria dos quartéis do
RSB encontram-se localizados
na zona de magnitude 8 e, em
caso de ocorrência de acções
sísmicas, esses mesmos quartéis poderão car com grandes
constrangimentos operacionais,
cenário este que dicultaria a
necessária e esperada prestação de socorro à população. A
zona da cidade sismicamente
mais estável é a da serra de
Monsanto.
O risco sísmico na Área Metropolitana de Lisboa e, mais
concretamente, no distrito de
Lisboa, seja pela historicidade
da ocorrência do fenómeno,
seja pela concentração humana, pela concentração dos órgãos de soberania, ou pelo peso
económico relativo dos factores
de produção, serviços ou indústria, e pela monumentalidade, é
aquele que mais aconselha uma
previsão optimizada da capacidade de resposta, dos meios e
dos recursos.
Torna-se, assim, de todo necessário proceder à execução
de medidas estruturantes que
assegurem, no caso da ocorrência de um abalo sísmico,
uma capacidade de resposta o
mais célere e ecaz possível em
apoio da população, que passa,
impreterivelmente, pela construção e relocalização de um
novo quartel do comando e pela
reavaliação dos restantes quartéis do RSB. É esse o estudo
integrado que estamos, neste
momento, a desenvolver, e que
esperamos em breve concluir.
BP – O comandante do
RSB é também o responsável operacional municipal
dos bombeiros voluntários
da cidade. Na sua opinião,
que tipo de bombeiros tem a
capital?
JL – A capital tem os melhores bombeiros… Lisboa, tratando-se de um concelho caracterizado por elevados riscos – que
se estendem, entre outras, a
áreas tão diversicadas como a
oresta, a indústria, a restauração, a hotelaria, o tráfego rodoviário, uvial, ferroviário, metropolitano e aeroportuário, as
matérias perigosas em trânsito
ou a sismicidade –, é expectável que as suas estruturas de
protecção e socorro sejam capazes de, pronta e ecazmente,
reagirem à ocorrência de quaisquer acidentes, independentemente da sua origem ou natureza.
Para esse objectivo, o concelho de Lisboa conta com um
corpo de bombeiros prossional
e seis corpos de bombeiros voluntários, e está atento às características de cada um deles.
No que concerne aos prossionais, pelo facto de possuirmos
uma escola própria e programas de formação consequentes, estão muito bem preparados tecnicamente.
No que aos voluntários diz
respeito, não tenho dúvidas de
que, dentro das limitações que
a própria condição de voluntários impõe em termos de disponibilidade, respondem como
qualquer outro corpo de bombeiros voluntários, dos 480 que
existem em Portugal.
De referir ainda que é objectivo do comandante operacional
municipal desenvolver uma
maior articulação técnica e operacional dos bombeiros da cidade de Lisboa, sustentada nos
exercícios e na formação que
importa desenvolver e incentivar. Como já referi, a cidade
conta com uma escola de excelência reconhecida tanto ao ní-
23
JANEIRO 2009
vel nacional como internacional,
e que poderá participar no processo formativo dos corpos de
bombeiros voluntários, de forma a unicar a formação no
concelho de Lisboa.
BP – Que recepção tem
tido por parte dos voluntários da cidade, sabendo-se
que a relação nem sempre
correu como o desejado?
JL – Penso que a recepção
tem sido boa. Enquanto comandante operacional municipal tenho envolvido todos os corpos
de bombeiros voluntários nas
nossas actividades operacionais, reúno sempre que necessário com os elementos de comando e temos tentado atender
às suas legítimas preocupações, quer de natureza administrativa, quer operacional.
De referir que, desde 23 de
Junho de 2008, data da minha
tomada de posse, foram visitados todos os quartéis dos CBV
da cidade de Lisboa, tendo, em
cada um deles, feito uma reunião de trabalho com as suas
direcções e várias reuniões
operacionais com os seus comandantes.
Em consequência desta
maior articulação, tem também
sido possível um maior envolvimento operacional dos CBV da
cidade de Lisboa, como é exemplo o incêndio na Avenida da
Liberdade, que ocorreu em 6 de
Julho de 2008, a intervenção no
dia 18 de Outubro do mesmo
ano, relativamente às cheias,
entre outros casos.
Pretende-se, contudo, que
este envolvimento seja cada
vez maior, e diário. De salientar,
ainda, a sua maior participação
Internacional, dado que os CBV
participam com o RSB, pela primeira vez, nos módulos de protecção civil para intervenção
em cenários de emergência internacional, no âmbito da busca
e salvamento médio, com um
médico e dois enfermeiros.
Importa também aqui salientar as preocupações que o comandante operacional municipal tem tido na integração de
todos os agentes de protecção
civil e, mais concretamente,
dos CBV, no Sistema Nacional
de Protecção e Socorro, estando já a trabalhar no sentido de
Ligar o RSB à ANPC, como já
antes foi referido. Estamos
também, neste campo, a estruturar a ligação dos CBV do concelho de Lisboa e todos os APC
ao RSB.
BP – Qual o orçamento do
RSB? O dinheiro chega-lhe?
JL – Aquando da minha tomada de posse, o regimento
vivia uma situação nanceira de
ruptura iminente. Depois de
uma primeira apreciação, com o
objectivo de identicar as maiores carências, procedeu-se à
avaliação pormenorizada das
áreas que servem de base à
actividade de socorro.
Esta primeira avaliação levou
à tomada de algumas decisões
sobre o investimento previsto,
em prol da sustentação da estrutura e do socorro da cidade
de Lisboa. Não obstante o planeamento em tempos efectuado para importantes obras de
sustentação, a capacidade de
resposta de socorro e de salvaguarda da vida de pessoas e
dos seus bens foi a prioridade.
Em 2008, o orçamento total
do RSB foi de 6.847.574 euros,
dividido da seguinte forma:
despesas correntes, 4.908.116
euros; pessoal, 3.861.092 euros; bens e serviços, 1.038.922
euros; outras despesas, 8.102
euros. Assim, temos um total
de 6.847.574 euros.
Este orçamento serviu também para absorver parte das
dívidas de anos anteriores, num
esforço da Câmara Municipal de
Lisboa para recuperar a credibilidade perdida com os fornecedores.
Para 2009, no decorrer das
reuniões preparatórias com o
senhor presidente da CML e
com o senhor vereador das Finanças, defendemos a necessidade de proceder a um investimento em meios humanos e
materiais. Desta forma, e no
âmbito do Quadro de Referencia
Estratégico
Nacional
(QREN), iremos concorrer em
três áreas distintas: infra-estruturas, onde se inclui o Centro
Estratégico de Protecção e Socorro; viaturas e formação.
Criámos também novos
projectos/acções orçamentais
de forma a tornar claras algumas das prioridades do RSB.
Destaco o SADI – Sistema Automático de Detecção de Incêndios, a Unidade de Controlo
Ambiental e o Corpo de Mergulhadores.
Em resumo, para 2009, e em
comparação com 2008, o orçamento do RSB sofreu um aumento de 28 por cento, estando
estruturado da seguinte forma:
despesas correntes, 5.141.476
euros; pessoal, 3.927.586 euros; bens e serviços, 1.191.390
euros; outras despesas, 22.500
euros. Contaremos assim com
um total de 8.797.477 euros,
que representam um aumento
de 28 por cento.
BP – Ao nível dos meios
humanos, há muito que os
vários responsáveis que por
aqui têm passado defendem
que há que renovar quadros
e apostar em mais elementos. É esta a sua opinião?
JL – O RSB dispõe actualmente de um efectivo de 867
bombeiros sapadores para um
quadro orgânico de pessoal
(QOP) de 1.112 elementos, divididos pelas oito categorias
previstas na lei.
Verica-se, assim, a existência de 245 vagas, prevendo-se
que, até Dezembro, de 2010,
este déce ascenda a 328 elementos, por aposentação por
limite de idade de mais de 83
elementos, perfazendo um
efectivo de 784 elementos, o
que se agura insuciente para
o cumprimento das missões cometidas ao RSB.
De referir, ainda, que o processo de admissão de novos
elementos se reveste de alguma morosidade, aproximadamente 18 meses, distribuídos
pela abertura do concurso e selecção (6 meses), formação na
Escola do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (6
meses) e estágio em contacto
com a realidade do socorro –
“colocação nos locais de trabalho” (6 meses).
Após ponderada análise ao
cenário que se perspectiva, o
senhor presidente da Câmara
Municipal de Lisboa, Dr. António
Costa, autorizou o recrutamento de mais 160 bombeiros sapadores, de forma e não fragilizar as competências atribuídas
ao RSB no que concerne à protecção de pessoas e bens e nas
diversas vertentes da sinistralidade, incluindo o apoio no
transporte de doentes.
Esta afectação de pessoal
será efectuada em duas fases
distintas, com 80 elementos
cada, a primeira a iniciar a 1 de
Julho de 2009 e a terminar em
1 de Julho de 2010, e a segunda a iniciar em 1 de Janeiro de
2010 e a terminar em 31 de
Dezembro de 2010, garantindose assim, que nesta data, o RSB
tenha um efectivo real de 944
bombeiros.
BP – Ao nível do reequipamento, quais são as suas
prioridades?
JL – No que se refere ao parque de viaturas operacionais e
administrativas, o RSB está
apetrechado numa quantidade
que nos permite responder não
só em tempo útil a todas as situações que diariamente se nos
deparam, como ainda em situações de menor frequência, mas,
no entanto, de maior especici-
dade, como são os danos ambientais ou o mergulho.
No entanto, grande parte
dessas viaturas apresentam
idades muito próximas do m
do seu tempo de vida útil, sendo que, em alguns casos, este
já foi ultrapassado em alguns
anos, pelo que existe um desgaste de relevante signicado
e, ao mesmo tempo, a necessidade constante de actualização
ao nível das novas tecnológicas, de modo a permitir uma
cada vez maior eciência nas
acções de protecção e socorro
para as quais estamos vocacionados.
Neste momento, temos o levantamento das nossas necessidades efectuado, o qual, basicamente, se pode resumir em
dois tópicos: o primeiro, e de
maior signicado, será a substituição de viaturas por outras do
mesmo tipo (com base nos aspectos já referidos), mas que
nos permitem desempenhos
substancialmente melhores; o
segundo, embora menos relevante, tem a ver com a necessidade da aquisição de viaturas
com funcionalidades que, à
data, não possuímos.
Quando me rero ao reequipamento de viaturas, rero-me
não só às viaturas em si, mas
também a todo o equipamento
que faz parte do seu completo e
que é previamente denido
para determinadas nalidades
ou valências.
Nesta óptica, é nosso propósito proceder à sua substituição/
aquisição através de um processo de candidatura ao QREN
que está a ser preparado, de
forma a que, num período de
quatro anos, o RSB possa estabilizar o seu parque auto.
Além das viaturas, temos
também intenção de nos reequiparmos ao nível das comunicações, nomeadamente rádio,
pelo que, à semelhança das viaturas, é nosso propósito efectuar a candidatura ao QREN. Assim, pretendemos investir no
sistema SIRESP, para carmos
integrados na rede de emergência de socorro nacional.
Do mesmo modo, estamos a
trabalhar para garantir que, ao
nível das infra-estruturas, o
RSB seja dotado de condições
que possibilitem aos seus pro-
ssionais as melhores condições de resposta operacional.
BP – E quanto aos voluntários, entende que estão
bem equipados? Está atento
às suas necessidades?
JL – No ano de 2008, disponibilizámos, com a concordância do senhor presidente da
Câmara Municipal de Lisboa,
12.500 euros para equipamento e 12.500 para despesas correntes. Estamos a preparar
uma candidatura ao QREN, com
vista ao seu reequipamento em
termos de VCI e VTT.
Como sabe, as diculdades
nanceiras são enormes, mas
tenho transmitido ao senhor
presidente da Câmara Municipal
de Lisboa as necessidades sentidas pelos CBV e, também aqui,
tenho tido uma boa recepção.
BP – Cona na prestação
dos voluntários enquanto
operacionais de protecção
civil? Considera-os ”prossionais” na actuação no terreno?
JL – Como lhe disse, durante
este ano iremos fazer uma séria
avaliação das capacidades técnicas e operacionais de cada
CBV e, obviamente, do seu pessoal. O que lhe posso dizer de
momento é que, enquanto comandante operacional municipal, cono nas suas capacidades técnicas, até porque não
tenho conhecimento de reclamações ou queixas das suas
intervenções.
BP – Depois de ouvi-lo
elencar os projectos que
tem em marcha e as verbas
disponíveis para os levar à
prática, há uma questão que
não posso deixar de colocar.
Considera que o actual presidente da Câmara tem uma
sensibilidade e uma vontade
diferente para este sector,
mercê de ter ocupado o lugar de ministro da Administração Interna?
JL – É, para mim, muito difícil fazer esse tipo de leituras,
pois tenho um enorme apreço e
respeito pelo Dr. António Costa,
a quem sempre reconheci capacidades pessoais e prossionais
muito grandes. Aliás, só aceitei
este desao por me ter sido feito por quem foi.
BP – Que tipo de relação
tem tido com a Associação
Nacional de Bombeiros Prossionais (ANBP) e o que
espera desta associação?
JL – O relacionamento com
a ANBP e com o seu presidente
tem-se baseado na leal colaboração e relacionamento institucional.
Considero que a ANBP possui
a legitimidade da representação
dos bombeiros prossionais
portugueses e é um importante
parceiro com que o RSB conta
para esta nova etapa do Regimento de Sapadores Bombeiros, que começou no dia 23 de
Junho de 2008.
BP – Essa parece ser uma
resposta institucional…
JL – Mas é a pura das verdades, e é assim que vejo a nossa
relação.
BP – Como responsável
máximo pela segurança da
cidade, que factores o preocupam mais? A segurança
contra incêndios em edifícios, sem falar obviamente
nos eventos sísmicos?
JL – Vivemos num mundo
global onde não há distâncias e
onde a informação ui à velocidade da luz. Num mundo onde
a ciência e a tecnologia já não
têm como referencial os padrões tradicionais de medida e
onde as técnicas, procedimentos e equipamentos cam, por
vezes, obsoletos em curtos períodos de tempo.
Os conceitos emergentes de
segurança, articulados sinérgica e recursivamente com, entre
outros, os de globalização, alterações climáticas ou desequilíbrios demográcos, que potenciam e geram novas ameaças e
novas vulnerabilidades, deverão merecer por parte do Regimento de Sapadores Bombeiros
novas reexões, onde a qualidade da resposta terá certamente uma dimensão complexa
acrescida.
Toda esta nova realidade
obriga o RSB a reorganizar-se e
a dar prioridade à formação de
excelência do seu pessoal, que
deve ser contínua, e à constante actualização dos equipamentos.
É neste contexto que temos
de trabalhar em prol do nosso
produto operacional, que consiste em garantir, com qualidade e ecácia, o socorro e a
protecção às populações e aos
seus haveres. Para a prossecução deste importante objectivo,
importa, por isso, rentabilizar e
motivar os nossos recursos humanos, actuar na sua formação
e treino, no seu espírito de corpo, na optimização dos recursos
materiais, na melhoria da eciência organizacional, na implementação de novas tecnologias
da informação e do conhecimento, na gestão da informação e na componente estrutural
do suporte ao socorro.
Só assim estaremos prontos
para poder responder aos desaos que diariamente se nos colocam, quaisquer que sejam. Só
assim a cidade de Lisboa e o
País, como sempre, poderão
contar connosco em todos os
momentos difíceis, compartilhando de forma anónima o esforço em prol da comunidade e
da cidadania.
24
JANEIRO 2009
RELATÓRIO FINAL SOBRE
Liga aguarda resposta
O grupo de análise
criado por Despacho
do Ministério da
Saúde para a revisão
do acordo para o
transporte de doentes
em ambulâncias dos
bombeiros, de que a
Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) fez
parte, conforme
estava previsto,
apresentou o relatório
nal no último dia de
2008.
A LBP, que se fez
representar no grupo
de análise pelo seu
presidente, Duarte
Caldeira, e vicepresidente, Rui Silva,
aguarda agora a
resposta do Ministério
relativamente ao teor
desse relatório. O
Ministério esteve
representado pelo
subdirector geral de
Saúde, José Robalo, e
por Miguel Sousa, da
Administração Central
do Sistema de Saúde
(IP)
Para conhecimento,
divulgamos o teor
desse mesmo
relatório, em que
estão expressas as
posições assumidas
pela LBP.
CLÁUSULAS
CONTRATUAIS GERAIS
DE SERVIÇO
DE TRANSPORTE
DE DOENTES
EM AMBULÂNCIAS
DAS ENTIDADES
DETENTORAS DOS CORPOS
DE BOMBEIROS
Considerando que, o acordo
destinado a assegurar o transporte de doentes em ambulâncias aos utentes dos serviços
Médico-Sociais, celebrado entre
a Comissão Instaladora do
S.M.S. e a Liga dos Bombeiros
Portugueses, datada de 25 de
Setembro de 1980;
Considerando que, o mesmo
apenas sofreu alterações em
1985, aquando da elaboração
de “Minuta Tipo” do CONTRATO
DE ADESÃO e, posteriormente,
em 1987, por proposta de Direcção Geral de Cuidados de
Saúde Primários;
Considerando que, a partir de
Abril/1992 e Maio/1997, a Actividade de Transporte de Doentes em Ambulâncias passou a
estar regulada pelo DL n.º 38/
92 e pela Lei nº 12/97, respectivamente e demais legislação
regulamentar;
Considerando que, em 28 de
Setembro de 2001, através da
Portaria n.º 1147/2001, foi publicado um novo REGULAMENTO DE TRANSPORTE DE DOENTES, que dene:
a) As condições para o exercício de actividade de transporte de doentes em ambulâncias;
b) Os tipos de ambulâncias,
suas características gerais;
c) As características técnicas
e os equipamentos;
d) Tipo de tripulantes e sua
formação.
Considerando que, o Regulamento de Transporte de Doentes aprovado pela Portaria
1147/2001, de 28 de Setembro, sofreu já mais alterações
através das Portarias n.º 1301A/2002 e Portaria n.º 402/
2007, respectivamente, de 28
de Setembro de 2002 e 10 de
Abril de 2007;
Considerando que, das várias
alterações atrás referidas se
pode destacar as competências
atribuídas ao INEM, na atribuição de certicados de vistoria
para o Licenciamento das ambulâncias;
Considerando ainda, as competências do INEM no socorro e
transporte pré-hospitalar e no
transporte inter-hospitalar do
doente urgente/emergente;
Nesta conformidade, o Ministério de Saúde e a Liga dos
Bombeiros Portugueses reconhecem, que o Contrato celebrado em 1985 está desajustado bem como, de igual modo, a
tabela de preços anexa ao contrato de adesão está desactualizada e que, por isso, importa
adequá-los às regras legais
aplicáveis.
Nesse sentido, entre:
O Ministério da Saúde (MS),
de ora em diante designado
como PRIMEIRO OUTORGANTE,
representado por ……………………
………….., com poderes para o
acto,
e
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), de ora em diante
designada como SEGUNDO OUTORGANTE, representado pelo
seu Presidente, com poderes
para o acto, Dr. Duarte Nuno da
Silva Quintão Caldeira, é celebrado o presente CONTRATO
PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE de DOENTES em ambulâncias que se
rege pelas CLAUSULAS seguintes:
CLAUSULA I
(Objecto)
O presente CONTRATO tem
por objecto a denição dos
princípios gerais e regras enquadradoras do TRANSPORTE
DE DOENTES em AMBULÂNCIAS prestadas pelos Corpos de
Bombeiros, pertencentes à As-
sociações Humanitárias ou Câmaras Municipais.
CLAUSULA II
(Destinatários)
1 – O presente CONTRATO
vincula todos os serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde, bem como todas as Associações Humanitárias e entidades detentoras de
Corpos de Bombeiros, liados
na Liga dos Bombeiros Portugueses e que tenham a missão
de transporte de doentes em
ambulâncias, nos termos do
art.º 3º, do D.L 247/2007, de
27 de Junho.
2 – O presente contrato tem
âmbito nacional, transversal e
comum, sem prejuízo de acordos especícos a assinar com
os Hospitais Entidades Públicas
Empresariais, Unidades Locais
de Saúde e demais entidades
equiparadas, desde que dependentes da tutela do Ministério
da Saúde.
3 – Na ausência dos acordos
referidos no ponto anterior prevalece o presente contrato, não
podendo, directa ou indirectamente sobrepor-se ou restringir
quaisquer dos direitos ou obrigações das partes aqui outorgantes, constantes das cláusulas seguintes.
CLAUSULA III
(Enquadramento Legal)
Para efeitos do presente
CONTRATO, ter-se-á em conta
a legislação relativa ao transporte de doentes, nomeadamente o D.L. n.º 38/92, de 28
de Março, a Lei n.º 12/97, de
21 de Maio, bem como o Regulamento de Transporte de Doentes em Ambulâncias, publicado pela Portaria n.º 1147/2001,
de 28 de Setembro, com alterações introduzidas pelas Portarias n.º 1301-A/2002 e n.º
402/2007, respectivamente, de
28 de Setembro e 10 de Abril e
demais legislação aplicável ao
Sector e ainda o estabelecido
no Regime Jurídico dos Corpos
de Bombeiros e no Regime Jurídico dos Bombeiros publicado
pelos D.L. n.º 247/07 e 241/07,
de 27 e 21 de Junho respectivamente.
CLAUSULA IV
(Abrangência)
1. O presente CONTRATO
abrange as seguintes situações
de transporte por via terrestre:
a) Transporte de doentes,
não emergentes, para tratamentos, consultas médicas e
(ou) utilização de elementos
auxiliares de diagnósticos, mediante requisição ou credencial
emitida pelos serviços ou estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde;
b) Transporte de doentes
não emergentes para a sua residência, após alta hospitalar,
mediante prescrição médica e
respectiva requisição emitida
pelo estabelecimento de saúde;
c) Transporte de doentes
que assistidos numa qualquer
unidade do Serviço Nacional de
Saúde careçam, por razões clínicas e por decisão médica, de
imediata transferência para outro estabelecimento de saúde.
2. O presente CONTRATO
abrange ainda situações não
programadas e que, portanto,
não tenham obtido previamente
a credencial de transporte, desde que a necessidade desse
transporte seja reconhecida
pela unidade de saúde.
CLAUSULA V
(Competências)
No âmbito deste CONTRATO,
e obedecendo ao disposto nos
termos da lei,
1) Ao PRIMEIRO OUTORGANTE compete:
a) Denir as condições técnicas das viaturas e equipamentos adequados para a prestação de serviço;
b) Denir cientica, técnica
e pedagogicamente a formação
adequada dos tripulantes tendo
em conta o tipo de transporte
de doentes;
c) Colaborar tecnicamente
no planeamento e desenvolvimento das actividades de transporte efectuado pelos bombeiros;
d) Proceder à avaliação, nomeadamente através de realização de auditorias, versando a
qualicação técnica, o desempenho e o cumprimento dos requisitos legais com implicação
clínica, serviços prestados pelos
Corpos de Bombeiros no âmbito
do presente ACORDO de transporte de doentes. Das avaliações efectuadas deverá ser
dado conhecimento à LBP com
vista à implementação das medidas correctivas adequadas;
2) Ao SEGUNDO OUTORGANTE compete:
a) Respeitar e defender os
legítimos interesses das entidades detentoras de Corpos de
Bombeiros, em tudo o que respeita ao exercício de actividade
de transporte de doentes;
b) Propor ao Ministério da
Saúde as alterações consideradas adequadas a uma melhor
prestação de serviço de transporte de doentes, no âmbito dos
Corpos de Bombeiros, bem como
as alterações julgadas necessárias ao presente CONTRATO e à
tabela de preços em vigor.
CLAUSULA VI
(Denições)
No âmbito deste CONTRATO,
e obedecendo ao disposto nos
termos da lei,
1. No transporte de doentes
serão utilizadas ambulâncias
tipo A1, A2, B ou C, devidamente certicadas e licenciadas,
tendo em conta as necessidades, tipo de serviço, equipamento disponível e respectivas
requisições.
2. As entidades detentoras
dos Corpos de Bombeiros representadas pelo SEGUNDO
OUTORGANTE comprometemse a dispor de viaturas com o
equipamento adequado, devidamente certicados e, ainda,
nos termos da lei, de pessoal
em número suciente e dotado
de formação adequada para
exercer de forma continuada,
as actividades de transporte
de doentes objecto deste acordo.
3. As entidades detentoras
dos Corpos de Bombeiros comprometem-se ainda a prestar
aos doentes/utentes as melhores condições de atendimento e
transporte e a não estabelecer
qualquer tipo de discriminação
em função do seu estado ou
estatuto.
CLAUSULA VII
(Preços)
1) Os serviços de transporte
de doentes prestados pelos
Corpos de Bombeiros serão debitados de acordo com a tabela
de preços em vigor, às seguintes entidades do Ministério da
Saúde:
a) Entidade requisitante –
nos casos previstos no n.º 1, da
Clausula IV;
b) Entidade de admissão do
doente – nos casos previstos no
n.º 2, Clausula IV.
2) Transporte Múltiplo
a) O transporte múltiplo, em
ambulâncias tipo A2 deverá ser
requisitado para os serviços
que, tendencialmente, preenchem os seguintes requisitos:
1. Dentro do mesmo percurso (trajecto);
2. Para doentes destinados
ao mesmo estabelecimento de
saúde;
3. Para as mesmas horas de
consulta e (ou) tratamento.
b) No caso em que se verique o transporte de mais que
um doente, ao preço correspondente ao número de quilómetros percorridos será acrescido
o valor de 20% por cada um
dos outros doentes/utentes
transportados;
c) De igual modo será acrescido o valor de 20% relativamente ao acompanhante do
doente a quem o médico justique a necessidade de acompanhamento.
3) Os tempos de espera em
que a ambulância seja obrigada
a aguardar pela admissão dos
doentes, bem como os serviços
sujeitos a demora no atendimento em consulta ou tratamento serão pagos de acordo
25
JANEIRO 2009
TRANSPORTE DE DOENTES
ALMEIDA
do Ministério da Saúde
com os preços estabelecidos na
“Hora de Espera” da tabela em
vigor.
4) De igual modo serão pagos os serviços, de acordo com
a tabela de preços em vigor,
relativos a:
a. Kit de parto;
b. Aplicação de oxigénio,
quando requisitado pela unidade de saúde;
c. Ventilador, quando requisitado pela unidade de saúde e
em ambulâncias diferentes de
tipo C.
CLAUSULA VIII
(Obrigações)
1) As entidades detentoras
dos Corpos de Bombeiros apresentarão às entidades ou serviços de saúde requisitantes, de
uma só vez, até ao dia 10 do
mês seguinte aquele a que dizem respeito, a totalidade de
facturação, acompanhada dos
verbetes de justicação dos
transportes em ambulância devidamente preenchidos, bem
como, das credenciais de transporte.
CLAUSULA IX
(Garantias)
1) Os impressos de modelos
normalizados a utilizar pelos
Corpos de Bombeiros no âmbito
do presente CONTRATO serão
garantidas pelos serviços do
PRIMEIRO OUTORGANTE.
2) O PRIMEIRO OUTORGANTE garantirá ainda, que todos
os seus estabelecimentos de
saúde aceitam a entrega dos
resíduos “hospitalares” resultantes de tratamentos e serviços prestados pelos Corpos de
Bombeiros, no âmbito do transporte efectuado.
CLAUSULA X
(Facturação)
1) Os serviços a estabelecimentos de saúde devem proceder à conferência e pagamento
das facturas no prazo máximo
de 50 dias contados da data de
sua apresentação. O não cumprimento do prazo acima referido, implica o pagamento de
juros à taxa legal em vigor.
2) Nos casos de divergências no valor de facturação,
resultante de erros de cálculo
ou atribuições incorrecta de
valores, devem os serviços ou
estabelecimentos de saúde solicitar os devidos esclarecimentos ou correcções. Tais divergências poderão implicar efeitos suspensivos, mas apenas
nos pagamentos correspondentes aos serviços em que
tais divergências se veriquem
e até que sejam produzidos os
esclarecimentos ou correcções.
3) Sempre que se detectarem irregularidades que se tra-
duzam em actos dolosos e lesivos dos interesses de serviços
de saúde, deve aquela entidade
elaborar um processo de averiguações, tendo em vista o disposto na CLAUSULA XI, dando
de imediato conhecimento à
Liga dos Bombeiros Portugueses.
CLÁUSULA XI
(Resolução do Contrato)
1) Constituem causa de resolução do contrato, por parte
das entidades contratantes as
seguintes situações:
a) As violações graves do
presente clausulado, do Regulamento do Transporte de Doentes a das regras da concessão
de autorização para o transporte de doentes;
b) A perda do capacidade
para aderir ao contrato,
2) A resolução produz efeitos, 30 dias após a noticação
da mesma dos respectivos fundamentos à entidade contratada, e sem prejuízo das demais
responsabilidades civil ou penal
em que o prestador venha a
incorrer.
CLAUSULA XII
(Adesão)
1) As Associações Humanitárias de Bombeiros ou outras
entidades detentoras de Corpo
de Bombeiros deverão apresentar, através da LBP, uma DECLARAÇÃO DE ADESÃO ao presente CONTRATO conforme minuta que se anexa.
2) A DECLARAÇÃO DE ADESÃO deverá ser acompanhada
de documento comprovativo de
que foram remetidos ao INEM
os documentos a que se refere
o n.º 1, do art.º 2º, de Lei n.º
12/97, de 21 de Maio ou, em
alternativa, juntar os referidos
documentos e, ainda:
1. Cópia da Acta comprovativa da deliberação da Direcção
da Associação, de adesão ao
presente Protocolo;
2. Certidão actualizada do
registo comercial e fotocópia do
n.º de pessoa colectiva;
3. Documento comprovativo
do seguro de responsabilidade
civil, relativo a todas as ambulâncias;
4. Declaração nos termos do
Anexo I a que se refere o nº 2
do artº 33 do Decreto Lei nº
197/99 de 8 de Junho
3) Sempre que solicitados
pelos diversos serviços ou estabelecimentos de saúde, as
entidades detentoras dos CB’s
deverão fazer prova de entrega da DECLARAÇÃO DE ADESÃO.
4) As entidades referidas na
alínea 1), podem apresentar, a
todo o tempo e com o mínimo
de 60 dias de antecedência,
requerimento de renúncia da
DECLARAÇÃO DE ADESÃO.
CLAUSULA XIII
(Revogação)
1) É expressamente revogado o Acordo celebrado em 25 de
Setembro de 1980, bem como
todas as suas alterações e
adendas.
2) O presente CONTRATO
produz efeitos a 1 de Janeiro de
2009, e vigorará pelo período
de um ano, sendo automaticamente renovado por iguais períodos, salvo manifestação em
contrario dos respectivos Outorgantes, ainda que unilateralmente, expressa com antecedência mínima de 90 dias.
3) Em caso de denúncia, nenhum dos Outorgantes terá direito a exigir indemnização por
encargos assumidos ou despesas realizadas no âmbito ou por
causa do Acordo.
4) O presente CONTRATO
vai ser assinado em duas vias,
sendo entregue na presente
data uma a cada um dos outorgantes.
CLAUSULA XIV
(Revisão)
O presente contrato será revisto trienalmente ou sempre
que solicitado por qualquer uma
das partes, desde que devidamente fundamentado.
PROPOSTA INDICATIVA
PARA A FUTURA TABELA
DE PREÇOS
As tabelas de preços aplicáveis ao transporte de doentes
serão aprovadas por portaria do
Ministro da Saúde – artigo 10.º
do DL 38/92 de 28 Março.
Fórmula para actualização
do Preço Km
Preço km ano n+1 = componente “gasóleo” + componente
“outros custos”
Contribuem para a formação
do preço duas componentes:
Gasóleo = preço médio gasóleo rodoviário no ano n-1 * 0.15
litros por km
Comparticipação dos custos
com transporte, considerando o
preço médio do gasóleo rodoviário no ano-1 (fonte DirecçãoGeral de Energia e Geologia)
aplicado a um consumo de 0.15
litros por km.
Esta componente garante
que as oscilações de preços do
gasóleo são sempre contempladas no preço nal a pagar.
custos (custos com pessoal, assistência viaturas, seguros, etc)
são actualizados pela taxa de
inação vericada no ano n-1
Exemplo de aplicação:
Componente “gasóleo”:
Custo Médio Gasóleo KM
Preço Médio Gasóleo
Rodoviário ano 2008 (1)
1,284
Consumo médio por KM
(litros) (2)
0,15
Custo Gasóleo
0,19
Componente “outros
custos”
Custo
Real
Exploração
Liga
Bombeiros
0,81
0,19
0,62
Comparticipação MS
0,47
Preço Médio Gasóleo
Rodoviário ano 2008
(1)
0,19
100%
Consumo médio por
KM (litros) (2)
0,28
45%
Fixado o valor da componente “outros custos” (actualmente
de 0,28 €), este será actualizado à taxa de inação.
Nota: A Liga dos Bombeiros Portugueses propõe que
a componente “outros custos” represente o valor percentual de 66%, o que corresponde ao valor de 0,41€.
Relação entre ambulâncias:
B é 30% mais cara do que A
C é 50% mais cara do que A
Considera-se que os outros
R
eproduzimos as imagens de duas viaturas do acervo histórico dos Bombeiros Voluntários de Almeida, que integraram o desle comemorativo do 76.º aniversário daquela
associação, noticiado na nossa última edição.
A novidade, que então divulgámos, foi o projecto do novo
quartel, apresentado em suporte informático durante a sessão solene comemorativa. e que, por certo, irá permitir melhores condições operacionais ao corpo de bombeiros e,
também, melhores condições de apresentação e conservação das viaturas históricas.
Hora de Espera
Proposta da Liga dos Bombeiros Portugueses:
Até à 2ª hora: 5€/hora
Horas seguintes: 7€/hora
Taxa de Saída
Proposta da Liga dos Bombeiros Portugueses:
BRASIL
Bombeiros recebem doação
de ambulância
Pagamento mínimo de 20
km, indexado ao preço do km.
Oxigénio
Proposta da Liga dos Bombeiros Portugueses:
Hora de aplicação ou fracção:
5€
Ventilador
Proposta da Liga dos Bombeiros Portugueses:
Utilização: 50 €
Outros custos = valor componente “outros custos” ano n1 actualizado com a taxa de inação ano n-1
“Relíquias”
aguardam novo quartel
Kit Parto
Proposta da Liga dos Bombeiros Portugueses:
Utilização: 25 €.
O
s Bombeiros Voluntários da União, de Ascurra, Apiuna e
Rodeio, do estado brasileiro de Santa Catarina, acabam
de receber a doação de uma nova ambulância de socorro,
oferecida por uma empresa local, a Malharia Brandili.
A notícia chegou-nos através do comandante Jaime Júnior,
a quem agradecemos o envio, desejando que a nova viatura
possa reforçar o dispositivo de socorro do seu corpo de bombeiros voluntários.
26
JANEIRO 2009
A qualidade do ar num incêndio orestal
O
s grandes incêndios orestais têm como resultado o
incremento de quantidades signicativas de fumo que podem
afectar não só as populações
perto da fonte de incêndio, mas
também aqueles situados muitos quilómetros de distância,
devido à dispersão dos fumos.
Geralmente, o fumo dos incêndios orestais é considerado uma mistura complexa de
gases, líquidos e sólidos. A exposição aos componentes químicos do fumo de incêndio orestal pode causar uma série
impactos, a curto ou a longo
prazo sobre a saúde da população exposta e em particular,
dos bombeiros. Esses impactos
estão relacionados com factores, tais como a toxicidade do
fumo, as características da exposição ao fumo, a periodicidade e freqüência, bem como a
vulnerabilidade da população
exposta.
O centro Europeu de Incêndios Florestais do Conselho da
Europa (ECFF) produziu um
estudo sobre o impacto na saúde, a curto prazo, tendo por
base situações registadas em
19 centros médicos e hospitais
durante os grandes incêndios
Os
Bombeiros
Voluntários
São Bombeiros, São
Voluntários
Não obtêm salários
Homens de convicções
Correm ao toque da
sirene
A sua alma às vezes
treme
Para salvar corações
Nem todo o Homem
consegue
E por vezes não se atreve
A tentar tal experiência
Pois ser bombeiro é
magia
Que muito Homem queria
Só lhe falta a apetência
Eles esquecem sua vida
Que por vezes é perdida
Por quererem dar tanto
amor
Se ele fosse
compreendido
Neste País apetecido
O Homem tinha mais
valor
Por isso a quem de direito
Eu peço com carinho e
jeito
Que olhem p’ro Bombeiro
Voluntário
Eles são Homens de bem
Socorrem sem olhar a
quem
Mesmo sem terem salário
Valtier de Couto Costa
Freguesia de São
Martinho
orestais no Peloponeso, na
Grécia, entre 24 e 31 de Agosto de 2007. os resultados deste
estudo são apresentados no
Volume 5 da publicação «Forest Fire Net» (FFNet5)
(www.civilprotection.gr/ecff/
ecff.htm).
O controlo da qualidade do ar
durante um incêndio orestal é
determinante para avaliar a severidade do ambiente próximo
da frente de incêndio ou a determinada distância e para o
uso efectivo de equipamento de
protecção. As análise química
de campo pode ser usada como
uma ferramenta para a identicação on-line e on-site de componentes perigosos existentes
no fumo de incêndio orestal
A Unidade de Química Analítica e Tecnologia, da Universidade Técnica Nacional de Atenas (FIACTU / NTUA) é um
grupo de investigação centrado
na evolução dos instrumentos
de análise portáteis e nas tecnologias emergentes para análise química em diferentes aplicações ambientais.
Além disso, este grupo de
investigação utiliza metodologias inovadoras para avaliação
da exposição ao fumo, tais
como a análise da respiração
humana, para a identicação
exógena de compostos orgânicos voláteis (COV).
Em geral, os impactos dos
fumos resultantes dos incêndios
orestais sobre os possíveis receptores necessitem ainda de
ser examinados de forma ecaz
para lidar com eles.
De acordo com uma teleconferência intitulada “Short and
long term health impacts of
forest re smoke on the re-ghters and the exposed population”, que foi recentemente
organizado pela ECFF, com a
participação de pessoas operacionais e cientistas da Europa
(Chipre, França, Grécia, Portugal) e do Conselho da Europa,
foi elaborado um catálogo de
ideias com a perspectiva de
trabalho futuro. A complexidade e a toxicidade do fumo dos
incêndios orestais, os equipamentos de protecção individual
(EPI), para os bombeiros e população, limites à exposição
aos componentes do fumo dos
incêndios orestais e os critérios de evacuação, com ênfase
sobre os grupos sensíveis da
população, são algumas dessas
questões.
Publicações relevantes:
• M. Statheropoulos and J.G.
Goldammer Vegetation Fire
Smoke: Nature, Impacts and
Policies to reduce negative consequences on humans and the
environment, European and
Mediterranean Major Hazards
Agreement (EUR-OPA), 2007”
(http://www.civilprotection.gr/
ecff/scientic_issues.htm)
• M. Statheropoulos and S.
Karma, Complexity and origin
of the smoke components as
measured near the ame-front
of a real forest re incident: A
case study, J Anal Appl Pyrolysis, 78 (2007) 430-437.
• Forest Fire Net, Vol 4, Special issue with the presentations
of the workshop “Air-quality monitoring in the eld and personal
protective equipment in big forest re incidents: a state-of-the
art and beyond” 12-13 December 2005, Paris European Center
for Forest Fires (ECFF, Council of
Europe), October 2006 (http://
www.civilprotection.gr/ecff/
ecff.htm)
• Forest Fire Net, Vol 3,
Special Issue with the proceedings of the teleconference:
“Short and long term health
impacts of forest re smoke on
the re-ghters and the exposed population”, European Center for Forest Fires (ECFF, Council of Europe), October 2005
(http://www.civilprotection.gr/
ecff/ecff.htm)
neering and emerging technologies in disaster management,
environmental science and process control, using interdisciplinary approaches.
Breve Perl Cientíco
Milt Statheropoulos: Professor NTUA (National Technical
University of Athens, Greece);
Head of the Field Analytical
Chemistry and Technology Unit
(FIACTU); Director of ECFF (European Center for Forest Fires,
Council of Europe) and editor of
FFnet (Forest Fire Net); Collaborator of PAT Chair UDeS (QC,
Canada). Research activities:
integration of eld chemical
analysis, chemometrics, engi-
Soa Karma: Dr. Chemical
Engineer, Research Associate in
the National Technical University
of Athens; Member of the Field
Chemical Analysis and Technology Unit (FIACTU); Editor of Forest Fire Net (FFNet), a publication of European Center for Forest Fires of the Council of Europe. Research interests: on-site
air quality monitoring during forest res, impacts of forest re
smoke on the reghters and
the exposed population, smoke
exposure assessment.
M. Statheropoulos,
S. Karma
Nova legislação
M
uita tinta tem corrido sobre a legislação publicada para os Corpos de
Bombeiros Voluntários e Mistos.
Correndo o risco de me tornar repetitivo, gostaria de deixar a minha opinião
feita de questões para as quais não encontro uma resposta ….
Extinguiram o QEA, e dizem que agora
todos têm de ser bombeiros ou ociais
bombeiros, sob pena de passarem ao QR
ou partir.
Vamos ter melhor operacionalidade
pelo facto de não podermos admitir pessoal, cuja preparação técnica e apetência é a área da Emergência Pré-Hospitalar?
Vamos ter melhor operacionalidade
pelo facto de não podermos admitir pessoal cuja sua prossão é motorista e
estavam dispostos a dar o seu contributo como tal?
O jovem licenciado em direito, gostava de dar o seu apoio ao CB na sua área
especíca, ou passa a Ocial Bombeiro
ou vai para o QR ou vai embora.
Será melhor operacionalidade ver partirem dos CBV e CBM aqueles técnicos
de saúde que connosco colaboravam em
missões de prevenção e assistência sanitária?
Será melhor operacionalidade ver partirem dos CBV e CBM aqueles que pela
condição física ou idade não podem suportar as exigências da formação que
lhes é imposta para poderem passar ao
Quadro Activo?
Será melhor operacionalidade ver
partirem dos CBV e CBM aqueles que
não tendo apetência para missões de
protecção e socorro davam o seu apoio
ás secretarias e outras tarefas administrativas e logísticas do Corpo de Bombeiros?
Será melhor operacionalidade ver partirem dos CBV e CBM aqueles que não
tendo apetência para missões de protecção e socorro mas davam o seu saber e
a sua arte ás ocinas do Corpo de Bombeiros?
Um licenciado em apicultura que fez a
sua formação pluridisciplinar, participava
nas actividades do Corpo de Bombeiros
na área do Serviço de Saúde, como Tripulante de Ambulância.
Vai fazer uma formação de questionável qualidade para o que é expectável
de um ocial bombeiro… e qual abelha
Maia esvoaçante…
Chea, Comanda, Organiza… relaciona-se com o CDOS, e com o COM, á
margem do comando do Corpo de Bombeiros…
Reconhece-mos a necessidade de se
criar a carreira de ocial bombeiro.
Reeidivicamo-la inclusive!
Mas ociais bombeiros, nascidos de
uma licenciatura própria, com competências iguais em todos os CB’s independentemente do grau de prossionalização do CB.
Ou não é assim nas outras licenciaturas?
Qual a necessidade de criar uma carreira de Ocial Bombeiro só aplicável aos
CBV e CBM?
Poderíamos estar aqui um tempo
imenso e os exemplos seriam igualmente imensos…
No recente congresso da LBP, voltamos a reivindicar o QEA. (entre outras)
Não por teimosia, não por birra, não
por hipocrisia.
Reivindicamo-lo por entendermos a
sua necessidade, por termos 140 anos
de história que nos autorizam a usar a
experiencia para saber o que falta em
termos organizativos aos CB’s.
É nos imposto um modelo de avaliação em TUDO desajustado da realidade
dos CBV e CBM e em TUDO igual ao SIADAP
Um modelo de avaliação criado a imagem do contestado modelo de avaliação
da função pública, como se de funcionários da administração central e local se
trata-se… esquecendo que estamos a lidar e falar de BV.
Não se contesta a necessidade de introduzir uma avaliação… mas será preciso saltar do “8 para o 80”?
Um modelo de progressão na carreira,
tão distante da realidade como está distante a sua exequibilidade, com as estruturas de formação actuais.
Não se aproveitou a experiência, de
alguns distritos no que á progressão na
carreira concerne e o distrito de Lisboa
era um bom exemplo a seguir…
Precisava de ser melhorado? Acreditamos que sim…
Mas destrui-lo para criar um despacho
que não é exequível?
Um Estatuto Disciplinar que no que
não remete para o bom e velhinho 24/
84, vem ferido de legalidade, pois subverte completamente o princípio hierárquico da disciplina.
Extingue-se o cargo de ADJT COM nos
CB4.
Porquê? Tinha custos para o Estado?
Tinha custos para as Associações?
Qual a vantagem técnica ou organizacional que daí advêm?
Está prestes a chegar ao m o ano
Nacional do Voluntariado nos Bombeiros.
Temos ideia que anal estivemos a
viver o ano 0 do m do bombeiro voluntário…
Penso ser chegada a hora do actual
pacote legislativo ser revisto.
Não na totalidade, mas naquilo que
hoje conseguimos perceber que não está
bem…
E não está bem porque lhe falta algo
de fundamental.
Bom senso!
È preciso que o legislador se aproxime
dos Bombeiros aberto ao dialogo, com
quem tem a experiência de 140 anos de
história.
Esta não é a posição de “um velho do
Restelo” é a posição de quem correndo
toda a carreira de bombeiro, desde 1977
hoje se sente incapaz de aplicar alguma
da legislação publicada, e sente que outra não se aplica aos bombeiros voluntários. Pelo menos aos Bombeiros Portugueses.
Nuno Costa
Comandante do Corpo de Bombeiros
Voluntários de Campo de Ourique
27
JANEIRO 2009
ARRAIOLOS
Texto: Sérgio Santos
Simulacro de acidente
Fotos: Filipe Oitavem
U
ma colisão entre um autocarro e uma viatura ligeira de passageiros ocorreu
na EN4, na zona de Arraiolos, no passado dia 10 de
Janeiro. Após a colisão, o
autocarro despistou-se e
caiu numa ravina, levando
com ele os seus 30 ocupantes e deixando encarcerados
os três ocupantes da viatura
ligeira.
Foi este o cenário montado num simulacro que serviu
para testar os agentes da
protecção civil da região
alentejana, que envolveu
142 elementos e 42 veículos
das corporações de bombeiros de Arraiolos, Estremoz,
Évora, Montemor-o-Novo,
Mora e Redondo, bem com
da Força Especial de Bombeiros (“Canarinhos”), do
Serviço Municipal de Protecção Civil, da Cruz Vermelha
Portuguesa e Brigada de
Trânsito da GNR.
SETÚBAL
Simulacro de incêndio
na baixa da cidade
MONTEMOR-O-NOVO
Pronto-socorro Dodge de cara lavada
Texto e fotos: Sérgio Santos
E
m meados de Outubro de 1938, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo adquiriu um
moderno pronto-socorro para a corporação.
Tal aquisição encheu de orgulho dirigentes, bombeiros e a
população de Montemor, pois o seu custo (120 contos) foi
pago com oito anos de peditórios, sem o apoio da Câmara ou
demais entidades estatais.
O moderno carro de combate a incêndios tinha as novidades de então, como uma maca para o transporte de feridos,
uma motobomba com rendimento de 1250 litros por minuto,
caixa de ferramentas e agulhetas, e poderia transportar 11
homens.
Com o passar dos anos e o desgaste da viatura, foi recentemente levada a cabo uma campanha para o seu restauro,
cujos mentores são o 2.º comandante, Luís Paixão, e Faustino Jerónimo, um amigo dos bombeiros, que, conjuntamente
com a Direcção, comando e outros elementos da corporação,
deram uma nova vida ao histórico pronto-socorro Dodge,
conforme se pode ver pela fotograa que aqui publicamos.
Fotos: CM de Setúbal
O
s Sapadores de Setúbal, os Voluntários de Setúbal, a PSP, a
Segurança Social e os serviços municipais de Inclusão Social e
Transportes realizaram um exercício conjunto de coordenação e
intervenção perante um cenário de incêndio urbano na baixa daquela cidade.
O simulacro em tempo real consistiu na evacuação do edifício da
Associação de Socorros Mútuos Setubalense, na Rua Major Afonso
Pala, onde se encontravam 20 idosos, além de funcionários, três
dos quais estavam feridos.
28
JANEIRO 2009
Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Coja
Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Vila das Aves
Data de fundação:
N.º de Sócios:
Concelho:
Distrito:
Morada:
Código Postal:
Telefone:
Fax:
Página na Internet:
Endereço electrónico:
N.º de habitantes servidos pelo CB:
Área Servida:
N.º de Secções:
N.º de elementos no quadro de comando:
N.º de elementos
na carreira de ocial-bombeiro:
N.º de elementos na carreira bombeiro:
N.º de elementos no quadro de reserva:
N.º de elementos no quadro honra:
N.º de funcionários da associação:
Idade do quartel – sede:
Data de fundação:
N.º de Sócios:
Concelho:
Distrito:
Morada:
Código Postal:
Telefone:
Fax:
Página na Internet:
Endereço electrónico:
N.º de habitantes servidos pelo CB:
Área Servida:
N.º de Secções:
N.º de elementos no quadro de comando:
N.º de elementos
na carreira de ocial-bombeiro:
N.º de elementos na carreira bombeiro:
N.º de elementos no quadro de reserva:
N.º de elementos no quadro honra:
N.º de funcionários da associação:
Idade do quartel – sede:
25 de Janeiro de 1963
2.703
Arganil
Coimbra
Rua Alberto Moura Pinto
3305-142 Coja
235 721 122
235 721 522
-/[email protected]
5.000
16.000 ha
5
3
-/71
35
17
10
19
2 de Julho de 1997
5.507
Santo Tirso
Porto
Rua do Bombeiro Voluntário nº. 350
4795 - 044 Vila das Aves
252 820 700
252 820 709
-/[email protected]
42.237
Area Nascente Concelho Santo Tirso / 8 freguesias
-/3
7
113 - 77 masculinos / 36 femininos
12
6
21
18
Localização das Secções destacadas: 1 em Pomares
Localização das Secções destacadas: - / -
N.º de viaturas do CB:
N.º de viaturas de incêndio:
N.º de viaturas de saúde:
Viatura mais recente:
Data em que foi colocada ao serviço:
N.º de viaturas do CB:
N.º de viaturas de incêndio:
N.º de viaturas de saúde:
Viatura mais recente:
Data em que foi colocada ao serviço:
24
11
9
Volkswagen Crafter
13/01/2009
Adquirida com que apoios: Associativos
Viatura mais antiga: Bedford
Data em que foi colocada ao serviço: 31/08/1964
Idade média do parque de viaturas: 12 Anos
Dados de 2007
N.º de incêndios rurais e orestais: 48
N.º de incêndios urbanos: 6
N.º de incêndios industriais: 0
N.º de inundações: 0
N.º de emergências médicas: 967
N.º de transportes de doentes: 2.544
Valor do orçamento anual: 200.000 euros
Comandante
Nome: Paulo Alexandre Quaresma Tavares
Idade: 33 anos
Data de ingresso no CB: 30/10/1989
Anos como elemento de comando: 5 anos
Data da tomada de posse como comandante: 01/06/2004
Actividade prossional: Director Comercial
Presidente da Direcção
Nome: Jorge Manuel Matos da Silva
Idade: 70 anos
Data de ingresso na associação: 10/09/2004
Anos como elemento da direcção: 1 ano
Data da tomada de posse como presidente: 07/02/2008
Actividade prossional: Reformado
Actualizado em 01/2009
23
12
11
VCOT
12 Outubro 2008
Adquirida com que apoios: Espenssas do Corpo de Bombeiros
Viatura mais antiga: Escada Magirus - 1952
Data em que foi colocada ao serviço: 1989
Idade média do parque de viaturas: 12 Anos
Dados de 2007
N.º de incêndios rurais e orestais: 99
N.º de incêndios urbanos: 8
N.º de incêndios industriais: 8
N.º de inundações: 8
N.º de emergências médicas: 3.268
N.º de transportes de doentes: 18.260
Valor do orçamento anual: 785.000 euros
Comandante
Nome: José Pedro Monteiro Magalhães
Idade: 40 anos
Data de ingresso no CB: 10-02-2000
Anos como elemento de comando: 6 anos
Data da tomada de posse como comandante: 18-03-2003
Actividade prossional: Prossional Bombeiros
Presidente da Direcção
Nome: Geraldo Mesquita Garcia
Idade: 71 anos
Data de ingresso na associação: 1977
Anos como elemento da direcção: 2 anos comissão Administrativa
Data da tomada de posse como presidente: 13 Maio 1979 ( 29 anos )
Actividade prossional: Utilidade Pública
Actualizado em 01/2009
29
JANEIRO 2009
Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Albergaria-a-Velha
Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Azambuja
Data de fundação:
N.º de Sócios:
Concelho:
Distrito:
Morada:
Código Postal:
Telefone:
Fax:
Página na Internet:
Endereço electrónico:
N.º de habitantes servidos pelo CB:
Área Servida:
N.º de Secções:
N.º de elementos no quadro de comando:
N.º de elementos
na carreira de ocial-bombeiro:
N.º de elementos na carreira bombeiro:
N.º de elementos no quadro de reserva:
N.º de elementos no quadro honra:
N.º de funcionários da associação:
Idade do quartel – sede:
Data de fundação:
N.º de Sócios:
Concelho:
Distrito:
Morada:
Código Postal:
Telefone:
Fax:
Página na Internet:
Endereço electrónico:
N.º de habitantes servidos pelo CB:
Área Servida:
N.º de Secções:
N.º de elementos no quadro de comando:
N.º de elementos
na carreira de ocial-bombeiro:
N.º de elementos na carreira bombeiro:
N.º de elementos no quadro de reserva:
N.º de elementos no quadro honra:
N.º de funcionários da associação:
Idade do quartel – sede:
22 de Janeiro de 1925
4.108 - Efectivos
Albergaria-a-Velha
Aveiro
Rua Dr. José Henriques, Nº 1 - Apartado 111
3854-909 Albergaria-a-Velha
234 529 112
234 529 111
http:www.bombeirosdealbergaria.pt
[email protected]
26.000
156 km2
nenhuma
4
12
132
14
11
17
40 anos
14 de Janeiro de 1932
3.500
Azambuja
Lisboa
Rua José Ramos Vides, n.º 5
2050-390 Azambuja
263 401 144 - 263 401 145
263 401 653
-/[email protected]
18.300
135.000 klm2
3
3
2
46
1
12
20
23
Localização das Secções destacadas: Nenhuma
Localização das Secções destacadas: Sede
N.º de viaturas do CB:
N.º de viaturas de incêndio:
N.º de viaturas de saúde:
Viatura mais recente:
Data em que foi colocada ao serviço:
N.º de viaturas do CB:
N.º de viaturas de incêndio:
N.º de viaturas de saúde:
Viatura mais recente:
Data em que foi colocada ao serviço:
32
22
13
ABSC-1
16 de Fevereiro de 2008
Adquirida com que apoios: da Associação
Viatura mais antiga: Chevrolet
Data em que foi colocada ao serviço: 1936
Idade média do parque de viaturas: 11 anos
Dados de 2007
N.º de incêndios rurais e orestais: 349
N.º de incêndios urbanos: 52
N.º de incêndios industriais: 23
N.º de inundações: 10
N.º de emergências médicas: 2.520
N.º de transportes de doentes: 10.221
Valor do orçamento anual: 663.000
Comandante
Nome: José Ricardo Bismarck
Idade: 43 anos
Data de ingresso no CB: 1983
Anos como elemento de comando: 12 anos
Data da tomada de posse como comandante: 05 de Fevereiro de 1997
Actividade prossional: Técnico de Segurança
Presidente da Direcção
Nome: Elísio Apolinário Simões da Silva
Idade: 56 anos
Data de ingresso na associação: 31 de Dezembro de 1997
Anos como elemento da direcção: 11 anos
Data da tomada de posse como presidente: 31 de Dezembro de 1997
Actividade prossional: Funcionário Público
Actualizado em 01/2009
26
6
12
ABTM 06
16 de Novembro de 2007
Adquirida com que apoios: Associação dos Bombeiros Voluntários de Azambuja
Viatura mais antiga: 1987
Data em que foi colocada ao serviço: 11 de Dezembro de 2003
Idade média do parque de viaturas: 11 anos
Dados de 2008
N.º de incêndios rurais e orestais: 87
N.º de incêndios urbanos: 3
N.º de incêndios industriais: 20
N.º de inundações: 7
N.º de emergências médicas: 1.555
N.º de transportes de doentes: 3.623
Valor do orçamento anual: 555.360 euros
Comandante
Nome: Pedro João Simões Cardoso
Idade: 51 anos
Data de ingresso no CB: 15 de Agosto de 1973
Anos como elemento de comando: 13 anos
Data da tomada de posse como comandante: 27 de Maio de 1995
Actividade prossional: Coordenador da Protecção Civil Municipal Azambuja
Presidente da Direcção
Nome: António Manuel Guerra Duarte
Idade: 61 anos
Data de ingresso na associação: 18 de Fevereiro de 2000
Anos como elemento da direcção: 9 anos
Data da tomada de posse como presidente: 18 de Março de 2000
Actividade prossional: Gestor
Actualizado em 01/2009
30
JANEIRO 2009
TESTEMUNHO
Carlos Alberto Tiago volta a
participar nesta rubrica. Desta
vez, o alvo da sua máquina fotográca foi a Força Especial de
Bombeiros, num exercício realizado no dia 13 de Dezembro, na
costa de Peniche.
Partilhe as suas imagens com
os leitores do jornal “Bombeiros
de Portugal”, enviando-as com
as respectivas legendas para
[email protected].
DIFERENÇAS
Entre as duas imagens há oito diferenças. Descubra quais são.
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DIFICULDADE
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4
“Sudoku” é um jogo de raciocínio e lógica, muito simples e
viciante. O nome “Sudoku”, que
signica “número sozinho” em
japonês, mostra exactamente o
objectivo do jogo.
Preencha cada quadrícula em
branco apenas com um dígito de
1 a 9. Todas as linhas, colunas e
caixa 3x3 devem conter todos os
nove dígitos, sem que nenhum
se repita.
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Procure e marque neste quadro
as 20 palavras em destaque,
na vertical, horizontal
e diagonal.
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AGASALHO
AGRUPAR
BOMBEIRO
CADETE
COMBUSTÃO
CANTINA
CATACLISMO
ESCAPULIR
FARDAS
GALVANIZADO
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GARGALHADAS
INUNDAÇÃO
MONITORIZAÇÃO
NEVOEIRO
OMITE
RECURSO
REVELAR
SIMULAÇÃO
SOFISMA
UTENTES
SOLUÇÕES
SOPA DE LETRAS
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SOPA DE LETRAS
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31
JANEIRO 2009
ÁGUEDA
CACILHAS
Bombeiros comemoraram
74 anos de vida
Autotanque substitui outro com 30 anos
A
A
comemoração do 74.º aniversário dos Bombeiros Voluntários
de Águeda cou assinalada pela inauguração de uma nova viatura de transporte múltiplo de doentes, apadrinhada por Eleutério
Costa a convite da Direcção e do comando, tendo em conta o apoio
dado por este benemérito à sua aquisição.
A nova viatura é a quinta ao serviço da instituição para dar resposta ao transporte programado de doentes, e custou cerca de 35
mil euros.
Antes da inauguração, procedeu-se à homenagem aos bombeiros voluntários já falecidos, em cerimónia junto ao Monumento ao
Bombeiro.
Depois da missa de sufrágio celebrada na igreja paroquial, decorreu um desle apeado e motorizado pelas principais artérias da
cidade e procedeu-se à distribuição cabazes de Natal e de prendas
aos lhos dos bombeiros, a que se seguiu a tradicional ceia.
Associação de Benecência Serviço Voluntários de Incêndios – Bombeiros Voluntários de Cacilhas aproveitou a comemoração do seu 118.º aniversário, realizada
18 anos depois da inauguração do seu
quartel, para inaugurar um novo autotanque, cuja aquisição foi comparticipada pela
Câmara Municipal de Almada. O novo veículo operacional substitui outro já com três
décadas de serviço.
Na oportunidade, a presidente da Câmara, Maria Emília de Sousa, anunciou também a oferta de um ventilador e extractor
de fumos, e referiu que todos os apoios
protocolados com a associação para 2008
se mantêm válidos para o corrente ano.
Os Bombeiros de Cacilhas distinguiram
várias entidades privadas locais pelos
apoios continuados facultados, e ainda diversos elementos do corpo de bombeiros,
com destaque para o ex-segundo comandante, Jorge Paulo, que passou a ocial
bombeiro supranumerário devido à sua actividade na Força Especial de Bombeiros
(FEB).
Destaque para a presença de representações de associações de bombeiros geminadas com Cacilhas (Voluntários Madeirenses
e Voluntários de Lagoa), do presidente e do
vice-presidente da Reviver Mais, Lourenço
Baptista e França de Sousa, e de um conjunto apreciável de outros Crachás de Ouro
da Liga dos Bombeiros Portugueses. Entre
estes, encontrava-se o antigo comandante
daquele corpo de bombeiros e gura incontornável dos bombeiros portugueses, Jesofredo Serra da Silva.
A sessão solene contou com a presença
da presidente da Câmara, de Natividade
Coelho, em representação do Governo Civil
de Setúbal, do comandante distrital Alcino
Marques, em representação da Autoridade
Nacional da Protecção Civil, de Rui Rama da
Silva, em representação da LBP, de Manuel
Conceição, em representação da Federação
Distrital de Bombeiros, do presidente da
Assembleia Municipal, José Manuel Maia e
de representantes das juntas de freguesia.
AZAMBUJA
Comemorações do 77.º aniversário
em Associação dos Bombeiros Voluntários da Azambuja realizou as
comemorações do seu 77.º aniversário nos dias 17 e 18 de
1989 A
Janeiro.
Como tem sido hábito, tal efeméride é marcada por diversas
iniciativas de aproximação dos bombeiros à sua população, como o
rastreio dos níveis de glicemia, a medição da pressão arterial e um
desle apeado e motorizado pelas artérias da vila.
Houve ainda a romagem ao cemitério local e uma missa em memória dos dirigentes e bombeiros falecidos, terminando as comemorações com um almoço-convívio para os amigos e família dos
bombeiros da Azambuja.
Sérgio Santos
ANIVERSÁRIOS
1 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Vila Real (Cruz Verde) . . . . . . . . . . . . . 118
Bombeiros Voluntários do Montijo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora . . . . . . . . . . . . . . . 92
Bombeiros Voluntários Espinhenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Bombeiros Voluntários de Esmoriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Bombeiros Voluntários de Arraiolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
4 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Ourém . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
5 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Alcabideche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
6 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Esposende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
Bombeiros Voluntários de Vila Real (Cruz Branca) . . . . . . . . . . . . 112
Bombeiros Voluntários de Cheires . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Bombeiros Voluntários do Entroncamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
8 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Faro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
9 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Mora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
10 de Janeiro
Bombeiros Voluntários da Amadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
12 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Canas de Senhorim . . . . . . . . . . . . . . . 78
14 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Azambuja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Foz Côa . . . . . . . . . . . . . . 75
Bombeiros Voluntários de São Roque do Pico . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Bombeiros Voluntários de Ortigosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
15 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António . . . . . . . . . 119
Bombeiros Voluntários de Cacilhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
17 de Janeiro
Bombeiros Voluntários da Rebordosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
18 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Carrazeda de Ansiães . . . . . . . . . . . . . . 79
Bombeiros Voluntários de Provesende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
20 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Marco de Canaveses . . . . . . . . . . . . . . . 85
21 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Barrancos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
22 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Bombeiros Municipais de Santa Cruz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
24 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Penamacor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
25 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Santa Cruz das Flores . . . . . . . . . . . . . . 58
Bombeiros Voluntários de Côja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Bombeiros Voluntários do Alandroal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
26 de Janeiro
Sapadores Bombeiros de Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 614
27 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Vale Besteiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
28 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Aveiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Bombeiros Municipais de Tomar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
29 de Janeiro
Sapadores Bombeiros do Porto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
Bombeiros Voluntários da Vidigueira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
30 de Janeiro
Bombeiros Voluntários de Póvoa de Santa Iria . . . . . . . . . . . . . . . 66
Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
31 de Janeiro
Bombeiros Voluntários Estoris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros . . . . . . . . . . . . . . 86
Bombeiros Voluntários de Izeda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
32
JANEIRO 2009
COMANDANTE MUNICIPAL:
BRAGANÇA
ANMP ACONSELHA ORDENADO DE 1300 EUROS
Bombeiros presentes no terreno
Liga defende denição
urgente do conteúdo
funcional dos COM
A Lei n.º 65 de 2007, que institui a
polémica gura do comandante operacional
municipal (COM), não faz qualquer
referência à tabela salarial destes
elementos nomeados pelas autarquias.
Num parecer enviado pela Associação
Nacional de Municípios Portugueses, esta
propõe, a título de “referência”, que os
COM sejam equiparados a técnicos
superiores de segunda categoria, a quem
corresponde um salário de cerca de 1300
euros.
Texto: Patrícia Cerdeira
N
A
intempérie que se tem feito sentir em Portugal tem envolvido
os bombeiros em múltiplas tarefas de socorro, nem sempre
conhecidas e reconhecidas.
A zona de Bragança foi uma das regiões fustigadas pelo mau
tempo, com baixas temperaturas, neve e gelo.
As imagens captadas pelo Paulo Ferro, dos Voluntários de Bragança, e delegado da Juvebombeiro, atestam bem a inclemência
do tempo e as diculdades vencidas pelos bombeiros.
os últimos meses, têm chegado à ANMP várias pedidos de claricação relativamente ao montante a pagar aos comandantes operacionais municipais, elementos criados no
âmbito da Lei n.º 65/2007, de
12 de Novembro, a qual dene
o enquadramento institucional
e operacional da protecção civil
no âmbito municipal.
Apesar de o diploma estabelecer a organização dos serviços municipais e denir os moldes de criação do COM, na dependência hierárquica e funcional do presidente de Câmara,
em nenhum momento a legisla-
LOUVOR/REPREENSÃO
Um dos feridos
continua em estado grave
que, face à intempérie, frio, chuva e neve, e
apesar da falta de meios, continuam a responder “presente” em todas as chamadas.
por não ter sabido adequar os meios às respostas que a intempérie exigiu, nem responder às necessidades dos bombeiros para
tal.
“A tabela salarial da Administração Local está xada por lei
da Assembleia da República.
Por isso, não entendo como
pode ser entendida caso a caso.
A tabela é esta e tem de ser
cumprida. Os comandantes
operacionais municipais são
técnicos como outros quaisquer
e devem entrar na carreira percorrendo o mesmo caminho que
os outros elementos das autarquias. Em ano de eleições, situações como estas só fragilizarão o sistema”, defende o responsável, que lembra a “oposição” que a ANMP fez desde
sempre à gura do COM.
Já a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) recusou fazer
qualquer comentário ao parecer
da ANMP. Contactado pelo “BP”,
o presidente Duarte Caldeira
sublinha apenas que é “urgente” denir o conteúdo funcional
destes elementos. “A Liga sempre se opôs à criação dos COM,
mas, já que a lei foi aprovada
– e insistimos que é um erro –,
então denam-se as competências funcionais de cada um. Ser
comandante municipal num
concelho pequeno não é certamente a mesma coisa do que
exercer as mesmas funções
num outro concelho com mais
população, elevada área orestal ou indústria do tipo Seveso”,
conclui o responsável.
MATOSINHOS – LEÇA
Aos bombeiros
portugueses
À Autoridade
Nacional de Protecção Civil
ção alude à carreira e salário a
pagar a estes elementos que
vêm sendo nomeados pelo Pais
fora.
Em resposta às dúvidas de
muitos autarcas, a ANMP enviou em meados deste mês um
parecer jurídico, não vinculativo, a várias câmaras, que não
pretende ser mais do que uma
mera “opinião”.
No parecer a que o “BP” teve
acesso, é referido que o COM,
nomeado em “comissão de serviço”, deve receber uma remuneração que corresponda “à
carreira técnica superior, num
escalão acima da base, dada a
experiência prossional exigida
na área de recrutamento, por
exemplo, índice 415, o qual corresponde ao vencimento de um
técnico superior de segunda
classe, com pelo menos três
anos na categoria”.
Feitas as contas, nos primeiros três anos de serviço, e tendo como base a tabela salarial
praticada na Administração Local, o COM deverá receber
1373.12 euros, valor que corresponde a um técnico superior
de segunda. Ao m de três anos
na categoria, e no caso de ascender a técnico superior de
primeira, o salário deverá passar para 1569 euros. A ANMP
lembra, no entanto, que “não é
dona das autarquias” e que este
parecer é, por isso, “meramente indicativo”.
Apesar do valor considerado
razoável pela ANMP, o “BP” sabe
que a média salarial dos COM já
em funções é superior. Casos
há, ao que apurámos, em que
os ordenados praticados rondam os 2500 a 3000 mil euros.
Questionado sobre as discrepâncias e injustiças que esta
situação pode vir a gerar, Jaime
Marta Soares, responsável da
ANMP para a área da protecção
civil, questiona a base jurídica
em que estarão a basear-se os
autarcas que estão a pagar “ordenados de luxo”.
D
os dois feridos registados na explosão, seguida de incêndio,
ocorrida recentemente nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos – Leça, apenas um, o antigo bombeiro
João Manuel Santos, de 60 anos, se mantém hospitalizado, com
prognóstico reservado, no Hospital de S. João, no Porto.
O outro ferido, o subchefe António Coelho, de 37 anos, já
teve alta médica, mas, segundo apurámos, não irá regressar ao
serviço de imediato, face às sequelas de que sofre.
Decorrem, entretanto, as investigações relativas à origem do
acidente, admitindo-se, contudo, que este se tenha cado a
dever a um curto-circuito.
Da explosão seguida de incêndio resultaram danos nas instalações do quartel, nomeadamente na central de comunicações,
e numa ambulância.
Aos dois feridos, José Manuel Santos e António Coelho, desejamos rápidas melhoras e o mais pronto restabelecimento.
FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Editor Executivo: João Paulo Teixeira
– Redacção: Patrícia Cerdeira – Revisão: Rolando Santos – Fotograa: Rogério Oliveira – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros
Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 89
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