CORONEL JOAQUIM LEITÃO, COMANDANTE DO RSB PROFESSOR MENDES VICTOR Lisboa tem os melhores bombeiros Páginas 20, 21, 22 e 23 JANEIRO DE 2009 E DIÇÃO : 268 A NO: XXV 1,25 D IRECTOR : R UI R AMA DA S ILVA O PROCIV foi uma anedota Página 8 BATALHA POSSE DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA LBP 2009/2011 Órgãos sociais só com mulheres Página 12 COMANDANTES MUNICIPAIS Conteúdo funcional em falta Página 32 VILA DAS AVES Primeira associação certicada Página 4 LIGA QUER SABER Anal quem aplica a lei Página 7 Não se confunda gestão associativa e voluntária com amadorismo irresponsável armou Duarte Caldeia Páginas 16 e 17 ACORDO PARA TRANSPORTE DE DOENTES Bombeiros aguardam resposta do Ministério da Saúde Divulgamos relatório nal na integra SEGUREX Páginas 24 e 25 Liga vai estar presente Página 14 CASCA DE BANANA INEM Liga lança o alerta Página 7 REVIVER MAIS Posse dos órgãos sociais Página 12 Previstas mais 53 ambulâncias no primeiro trimestre Página 9 2 JANEIRO 2009 Podia ter-se evitado A s grandes coisas passam sempre, em primeiro lugar, pelas pequenas. Grandes acontecimentos, grandes desastres, grandes realizações, passam sempre, em primeiro lugar, pelas pequenas. Depois, ou não passam disso, e estão sujeitos a essa escala. ou, pela dimensão própria, ou por que resultam de um somatório de várias situações e respectivas complexidades, ganham maior expressão e impacto. Se algumas dessas situações se apresentam como imprevisíveis, outras, ao contrário, não só são previsíveis, como até podem ser preparadas e mitigadas. Uma dessas situações, previsível e passível de ser preparada, até pela regularidade com que acontece, é o surto gripal. Acontece todos os anos, mais ou menos na mesma altura. Por vezes, repete-se, mas, à parte a mudança ou diferença que poderá haver na sua estirpe, tudo o resto pode ser acautelado. O recente surto de gripe é um bom exemplo de reacção falhada, reactiva e tardia. Os primeiros prejudicados foram, obviamente, em primeiro lugar, os próprios doentes. Os muitos milhares que, em poucos dias, se viram na contingência de se acotovelarem horas a o em condições pior que precárias nas urgências dos nossos hospitais não mereceiam este tratamento. E, porventura, carão por avaliar as consequências totais disso. Houve tempo, sem resposta à altura, de esgotar os técnicos de saúde, os espaços físicos e os equipamentos existentes. Dir-se-ia que, como foi lugar-comum dizer nesses ambientes, nem em África teriam sido tão maltratados. Não estando perante uma situação de catástrofe impossível de programar, os próprios prossionais de saúde e as estruturas onde exercem a sua actividade não deveriam estar sujeitas a situações que atentam contra as condições técnicas, a dignidade e a ecácia que devem ser garantidas aos doentes. Por outro lado, os bombeiros, em permanente disponibilidade para socorrer quem deles precisa e sujeitos ao aumento desses pedidos, não podem aceitar de ânimo leve os sequestros das suas macas nas urgências. Sabendo que, por isso, haverá pedidos a que não vão conseguir responder, ou a que, mesmo podendo fazê-lo, não vão garantir a qualidade e a prontidão que a si próprios exigem. Foi comum ver em vários hospitais macas de bombeiros que, quando eram solicitadas passadas horas, já não era o doente que tinham trazido que ali se mantinha, mas outro, entretanto admitido, para o qual o próprio hospital não tinha cama. [email protected] Um novo desao C om o início de um novo ano passámos mais uma página da história das nossas vidas e da existência das nossas associações e corpos de bombeiros. Novo ano que surge com nuvens negras e muitas indenições sobre a sustentabilidade futura das nossas instituições. Haverá muito a fazer neste novo ano, nesse domínio e noutros, como um novo desao que se nos apresenta. Associamos a essa vontade os votos que associações, amigos e entidades zeram o favor de nos fazer chegar no nal do ano transacto. São eles: BV Águas de Moura; Maria de Jesus, BV Pombal; Juvebombeiro de Aveiro; Rolando Santos; Associação Bombeiros Ultramarinos, Conselho Directivo do Instituto da Segurança Social, Futurvida; BV Vila das Aves; BV Sacavém; BV Caxarias; BV Paço de Arcos; BV Almoçageme; Sérgio Santos; Confederação Portuguesa do Voluntariado; António Carvalho, presidente FBD Lisboa; Paulo Ferro, Juvebombeiro Bragança; Marco Martins; Carlos Alberto Tiago; Antero Bessa; Joaquim Silva; BV Sintra; BV Maceira; BV Paredes de Coura; BV Carcavelos e São Domingos de Rana; BV Egitanienses; BV Famalicenses; BV Castro de Aire; Luís Paulo Rodrigues, CM VN de Famalicão; CM de Borba; BV Castelo de Vide; Federação dos Bombeiros do Algarve; BV São Pedro de Sintra; João Gomes, jornal Portal Lisboa; José Lima, cmdt. Cmdt. BVSerpins; Revista 4x4; Bombeiros de Paço de Arcos; Formalpress Lda; Acácio Monteiro, cmt. BV Brasfemes; Cristina Martins e Carla Miranda, CM Estarreja; BV Tondela; CM Loures; Terramar, Lda; Nuno Leitão; CDOS Portalegre; Rita Lourenço, Eatons Electrical Group; CM Palmela; CM Vila Franca de Xira; Joaquim Leonardo, 2º cmt. BV Algueirão Mem Martins; CM Alcobaça; Grupo JCR; Inforlider Ld; Mauro Montenegro Henriques; Governador Civil do Distrito de Santarém; BV Marco de Canaveses; Grupo dos Amigos de Olivença; Jubileu; cmt. QH António N. Vieira NABUL Delegação Madeira; Cristina Valério, Adjunta da Governadora Civil de Lisboa; Patrícia Gonçalves, Lift Consulting; Eurídice Pereira, Governadora Civil do Distrito de Setúbal; Carlos Manuel Barão, CM de Reguengos de Monsaraz; Inês Valentim, EuropaAmérica; Patricia Ferreira, Destak Carla Leirião, Agência Global de Comunicação, Rádio 94.8 FM e jornal Mais Oeste; António Castro, CM Vagos; Luis Alberto Guedes, cmt QH BV.Vinhais; Fernando Carvalho Rodrigues e Comando dos BV Odivelas. Rui Rama da Silva Estamos perante uma situação a que, conforme opiniões colhidas nas diferentes áreas, teria sido possível responder mais depressa e melhor. Estando o surto de gripe mais que anunciado ocialmente, só por razões economicistas e de mera gestão, dizem-nos, não foi garantido mais cedo o alargamento do atendimento aos doentes em centros de saúde e noutras estruturas locais e regionais, em reforço das urgências dos hospitais. A reacção tardia, aliás, veio provar que até teria sido possível intervir doutro modo. O poder de desenrascanço em que os portugueses são pródigos e exímios, e em que as autoridades, porventura, acreditaram demais, crentes de que não seria preciso recorrerem aos meios que sabem e podem utilizar, funcionou mais uma vez contra nós. Não teria sido difícil articular mais e melhor, para que o resultado tivesse sido outro? Pelo nosso lado, enquanto bombeiros, lamentamos que os doentes que procuramos conduzir aos estabelecimentos de saúde, estabilizados e devidamente assistidos, vejam essa cadeia falhar, interrompida por motivos que poderiam e deveriam ter sido evitados. VIZELA ODIVELAS Um adeus sentido por todos Faleceu o comandante Fernando Aleixo O novo ano trouxe uma triste notícia aos Bombeiros Voluntários de Vizela. No passado dia 3, com 86 anos, partiu o seu amigo e companheiro, o bombeiro de 1.ª classe António Val. Era um elemento sempre presente enquanto integrou o quadro activo e, mesmo quando o deixou, a sua disponibilidade não se alterou, mostrando-se presente e cooperante nas instalações do quartel, fez questão de salientar o comandante Rogério Caldas, adiantando que será um elemento sempre lembrado com carinho e saudade. V ítima de doença súbita, morreu em 25 de Dezembro o comandante do Quadro de Honra do Corpo de Bombeiros Voluntários de Odivelas, Fernando de Oliveira Aleixo, Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses. O comandante Fernando Aleixo tomou posse no dia 12 de Março de 1959, mantendo-se como comandante até 31 de Março de 1975, data em que, devido a doença, pediu a sua passagem ao Quadro de Honra. Ao longo da sua carreira, prestou grandiosos serviços à população das freguesias da área de intervenção do Corpo de Bombeiros de Odivelas, aos concelhos de Lisboa e Loures e ao País, o que lhe valeu imensos louvores do comando, da Direcção e da Inspecção de Incêndios da Zona Sul, além das condecorações que lhe foram atribuídas pela Câmara Municipal de Loures, pela Liga dos Bombeiros Portugueses e pelas associações de bombeiros voluntários de Lisboa, Cruz de Malta e Odivelas. Das inúmeras ocorrências em que interveio, destacamse o comando das operações de salvamento durante as grandes inundações de 25 e 26 de Novembro de 1967, que provocaram muitas vítimas, e os fogos ocorridos nos paióis do Vale do Forno em 1963 e 1970. Por proposta do comando, foi agraciado com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, uma das mais altas distinções da actividade, na cerimónia comemorativa do 111.º aniversário da associação, que decorreu no dia 29 de Junho de 2008. O funeral realizou-se para o talhão dos bombeiros do cemitério de Odivelas. Uma lição não aprendida! Q uando os Bombeiros recebem uma chamada para combater um incêndio, desencarcerar os ocupantes de uma viatura, ou outra situação, no quartel pergunta-se o que é? Nunca se pergunta quem é? No dia 13 de Janeiro passado, alguns minutos antes das 9 horas, chega um pedido de um responsável da Rodonorte a solicitar apoio de um psicólogo para preparar a família de um motorista da empresa, falecido num acidente ocorrido duas horas antes em Bragança. A resposta foi contactar o psicólogo clínico Alexandre Favaios. Não respondeu de imediato, pois estava em aulas na escola Prossional da NERVIR (contudo, logo que teve conta do sucedido acedeu ao pedido). Outra solução foi contactar um serviço público que se vericou infrutífero por razões burocráticas que não se entendem. Momentos depois surgem à central de comunicações da Cruz Branca rumores de que o Santos seria um dos motoristas do acidente no IP4, próximo de Bragança. Mais tarde a conrmação. Anal é um dos nossos! É o nosso Bombeiro Santos. Bombeiro desde 1997, com 45 anos de idade, casado com uma enfermeira do Hospital de Vila Real e pai de uma menina de 7 anos. Trabalhava na Rodonorte, normalmente nas linhas de longo curso. O Bombeiro Carlos Santos, tinha um humor muito peculiar, nutria grande amizade e camaradagem. Nos dias de descanso da sua actividade prossional efectuou inúmeros serviços de emergência, sempre pronto a colaborar nas missões que nos eram cometidas. Encontrou a morte em território nacio- nal, junto a Bragança onde o gelo e a neve eram visíveis até pelas imagens televisivas. Surgem as notícias nos diversos canais de televisão, procura-se a culpa e vem a desculpa, vêm também as armações politicamente correctas. Aparece uma nova palavra no discurso político a verdade . É verdade que o Santos morreu; é verdade que o psicólogo da Cruz Branca esteve a apoiar a família; é verdade que os Bombeiros da Cruz Branca vão continuar a socorrer quem precisar; também é verdade que os responsáveis políticos do país vão continuar a fazer declarações politicamente correctas. Álvaro Ribeiro Comandante dos Bombeiros Voluntários da Cruz Branca de Vila Real 3 JANEIRO 2009 PONTO DE SITUAÇÃO ENB aposta no ser e no saber fazer D e uma forma geral, todas as organizações com projecto funcionam como centros de realização de objectivos, cujo sucesso depende essencialmente de uma adequada gestão do elemento humano. É por isso que a formação, enquanto factor de valorização do capital humano, assume hoje uma crescente e justicada importância. A formação, numa interpretação alargada, pode denir-se como sendo o processo de mudança que, através da aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de capacidades e melhoria de atitudes e comportamentos, promove o bom desempenho e a realização das pessoas. Para a formação gerar resultados, deve, tanto no ponto de vista organizacional como no ponto de vista individual, corresponder a necessidades objectivas e ser ministrada por formadores credenciados, alicerçados na certicação das instituições onde exercem a sua actividade. A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) desempenha um papel fundamental neste domínio. Num sector onde cada um entende a formação de modo unilateral e individual, a di culdade tem sido estabelecer conteúdos curriculares, denir metodologias e avaliar formandos. O projecto formativo da ENB alicerça-se, há 12 anos, nos seguintes objectivos: a) Contribuir para a eciência, ecácia e qualidade dos serviços prestados pelos bombeiros; b) Garantir a qualicação dos bombeiros-sapadores, municipais e voluntários para o ingresso, acesso e intercomunicabilidade nas carreiras; c) Contribuir para a realização pessoal e prossional dos bombeiros, preparando-os para o desempenho das diversas missões que lhes estão legalmente atribuídas; d) Complementar, nas suas áreas de especialidade, os conhecimentos cientícos e os fundamentos culturais ministrados pelo sistema educativo. Com a publicação, em Agosto de 2008, do despacho que regulamenta os cursos de formação dos elementos dos quadros de comando e os cursos de ingresso e promoção dos elementos das carreiras de ocial bombeiro e de bombeiro, a ENB foi desaada a preparar os conteúdos programáticos e os suportes didácticos, de modo a que, no início de 2009, se iniciasse a formação dos formadores que possam garantir de forma descentralizada a satisfação das necessidades dos corpos de bombeiros, nos módulos constantes do Curso de Instrução Inicial do Bombeiro. Deste modo, no passado dia 19 de Janeiro, a ENB iniciou no Centro de Formação da Lousã o curso de Formador de Combate a Incêndios Flo- restais, frequentado por 18 candidatos de outros tantos corpos de bombeiros de diversos pontos do País, e, no Centro de Formação de São João da Madeira, o curso de Formador de Combate a Incêndios Urbanos e Industriais, frequentado por 18 outros candidatos de diferentes corpos de bombeiros. O ciclo de formação agora iniciado pela ENB vai prolongar-se ao longo dos próximos meses, tendo por objectivo dotar cada zona operacional, até ao nal do ano em curso, de formadores credenciados em todos os módulos da formação inicial do bombeiro. Paralelamente, a ENB está a analisar os resultados de um levantamento de instalações disponíveis nos corpos de bombeiros que reúnem condições logísticas para poderem ser certicadas como Núcleos Locais de Formação (NLF), de acordo com pré-requisitos já denidos para este efeito. Estes NLF constituirão uma rede de infra-estruturas de proximidade, capazes de levar a escola aos bombeiros, mas com sustentabilidade técnico-pedagógica, isto é, com rigor formativo e avaliativo. Então, e o tão falado processo de reestruturação da ENB? Esse segue o seu previsível caminho, sem que constitua obstáculo ao cumprimento dos objectivos que orientam a ENB desde a sua fundação institucional. Na ENB, faz-se jus ao que Picasso disse um dia: A inspiração existe, mas tem de te encontrar a trabalhar. Na ENB, é isto que se faz, todos os dias. O resultado deste labor, que muitos invejam, está expresso na melhoria qualitativa do desempenho dos bombeiros em todo o País; nas responsabilidades assumidas por muitos dos técnicos de formação desta instituição, que desempenham funções nas estruturas da ANPC; nas solicitações de muitas empresas e instituições para que a ENB se pronuncie sobre múltiplas matérias de natureza técnica. Termino, citando um aluno da ENB, numa carta de boas-festas remetida à escola, em Dezembro último: A ENB é aquela casa que, se não conhecemos, desejamos conhecer; se conhecemos, queremos lá voltar na primeira oportunidade; se só ouvimos falar dela (mal ou bem), sentimos a curiosidade de avaliar quanto à justeza do que dizem Em resumo, a ENB não nos é indiferente. Os que disserem o contrário, estão resignados com o que sabem, ou estão manietados pela arrogância típica dos que julgam saber o suciente, ou seja, muito pouco. Duarte Caldeira Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses 4 JANEIRO 2009 SUL E SUESTE VILA DAS AVES Bombeiros passam a Posto de Reserva INEM Bombeiros foram os primeiros a certicar-se A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul Sueste (Barreiro) celebrou recentemente um protocolo de cooperação com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), passando assim a constituir um Posto de Reserva daquele instituto. O referido protocolo, com aplicação prática a partir do início do corrente ano, permite uma melhor cooperação entre os BV Sul e Sueste e o INEM, nomeadamente no que respeita à prestação do serviço de emergência médica pré-hospitalar. O cumprimento das funções de Posto de Reserva assenta nos meios humanos e materiais da própria corporação de bombeiros, tendo o INEM reconhecido a capacidade dos BV Sul e Sueste nesta matéria em termos da existência de instalações físicas, ambulâncias de socorro (ABSC) e tripulantes de ambulância de socorro (TAS) em regime de permanência, que permitem a assumpção de tais responsabilidades. Este é o primeiro passo para a futura constituição de mais um Posto de Emergência Médica (PEM) no concelho do Barreiro, objectivo que os BV Sul e Sueste passaram a perseguir, caminhando-se assim no sentido da melhoria contínua dos meios de socorro ao serviço dos barreirenses. SUL E SUESTE Protocolo entre bombeiros e a SOFLUSA A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves, em Santo Tirso, é a primeira, a nível nacional e europeu, a ter a certicação dos seus serviços pela norma NP EN ISSO 9001/ 2000. A cerimónia da entrega do certicado aos Voluntários de Vila das Aves pela SGS/ICS decorreu recentemente, em cerimónia presidida pela governadora civil do Porto, Isabel Oneto, em que a Liga dos Bombeiros Portugueses se fez representar pelos comandantes Gomes da Costa, António Araújo e Fernando Vilaça. Parabéns pelo feito aos Voluntários de Vila das Aves, ao seu comando, bombeiros e dirigentes, com especial referência ao presidente da Direcção, Geraldo Mesquita Garcia! Durante seis meses, foram introduzidos com êxito todos os requisitos obrigatórios e feitas as auditorias internas e externas de acordo com as normas da Associação Portuguesa de Certicação. A certicação consiste na avaliação por um organismo certicador independente e devidamente acreditado, atestando que a organização em causa cumpre todos os requisitos das normas reconhecidas. A norma ISO 9001 é a mais reconhecida a nível mundial no que diz respeito a sistemas de gestão de qualidade, incorporando importantes princípios de gestão relativos à focalização nos clientes, liderança, envolvimento das pessoas e melhoria contínua. Através do sistema de gestão e da sua certicação, a produtividade das organizações é reforçada pela reorganização dos processos, passando a existir uma maior transparência das suas actividades e um fortalecimento da sua imagem. AÇORES Gémeos nasceram na ambulância de Angra O A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul Sueste (Barreiro) celebrou recentemente um protocolo de colaboração com a SOFLUSA, com vista à manutenção de uma equipa de mergulho constituída por elementos dos bombeiros. No âmbito do referido protocolo, os BV Sul e Sueste comprometeram-se a colaborar com a SOFLUSA em tarefas de vericação/ inspecção das embarcações ao serviço desta transportadora uvial, o que permitirá, simultaneamente, melhorar o conhecimento dos bombeiros em matéria de segurança relacionada com as próprias embarcações, optimizando as operações de socorro em caso de qualquer eventualidade. S. PEDRO DE SINTRA Rastreio gratuito N o Dia Mundial da Diabetes, 14 de Novembro, realizouse nas instalações do quartel dos Bombeiros de São Pedro de Sintra um rastreio gratuito daquela doença. Dirigiram-se a este corpo de bombeiros habitantes de São Pedro de Sintra e arredores, com idades compreendidas entre os 17 e os 89 anos, que zeram uma avaliação da sua condição física através da medição da glicemia e da pressão arterial, e da pesagem. parto de dois gémeos numa das suas ambulâncias de socorro foi a prenda recebida pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, da ilha Terceira, nos Açores, quando se preparava para festejar o período natalício. O feito mereceu um louvor público aos dois bombeiros intervenientes da parte do secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos do Governo Regional dos Açores, pelo desempenho e prossionalismo demonstrados. O alerta para o apoio a uma parturiente foi recebido manhã cedo, depois das 7h00, na Secção de Altares daquele corpo de bombeiros voluntários. Os tripulantes Adriano Álamo e Teólo Cota saíram de imediato, numa ambulância, a caminho da freguesia de Biscoitos, local da residência da parturiente. Na viagem entre esse local e o hospital de Angra, que é de cerca de 20 quilómetros, a natureza ditou as suas leis e os dois bombeiros, perante o parto eminente, interromperam a viagem e, mercê da competên- cia técnica e conhecimentos de que dispõem, trouxeram os dois gémeos ao mundo. Após o parto, a enfermeira Manuela Silva, do Centro de Saúde de Angra do Heroísmo, que passava no local, disponibili- zou-se para auxiliar a tripulação no transporte até ao hospital. Continua assim a subir o número de partos registados em ambulâncias dos bombeiros. Em 2008, ascendeu a quase uma centena. VILA PRAIA DE ÂNCORA MP decidiu arquivar denúncia anónima O Ministério Público (MP) do Tribunal Judicial de Caminha, através de um despacho da sua procuradora adjunta, decidiu arquivar o inquérito realizado com base na denúncia anónima contra os antigos dirigentes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Ân- cora, Francisco José Torres Sampaio e Carlos Correia Torres Sampaio. A Direcção da instituição, além de se congratular com a decisão, decidiu divulgá-la, com a nalidade de trazer ao conhecimento público a verdade, bem assim como repor a honra, consideração, idonei- dade e imagem pública das pessoas em causa. O MP investigou a possibilidade da prática dos crimes de corrupção passiva para acto ilícito, de corrupção activa, de peculato, de participação económica em negócio e abuso de poder. 6 JANEIRO 2009 ESTÁ DECIDIDO PARA QUEM VÃO Í·´ª»- Í·´ª»ÊÚÝ× í Ô¿¹±¿ ÊÌÌÎ ï Ú¿®± ÊËÝ× ï Ñ´¸=± Ñ´¸=± ß´¾«º»·®¿ ß´¾«º»·®¿ NO ÂMBITO DO QREN Ô¿¹±¿ Ú¿®± Liga desconhece critérios de atribuição Ì®¿²½±-± Ê·´¿ Ú®¿²½¿ ¼¿- Ò¿ª»- AS 95 VIATURAS ATRIBUÍDAS P ublicamos nesta edição a lista das 94 associações e corpos de bombeiros do Continente a quem vão ser distribuídas as 95 viaturas atribuídas pelo Estado no âmbito das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) destinadas à protecção civil. A escolha e os critérios para a atribuição das Ú¿®± Ù«¿®¼¿ Ô»·®·¿ novas viaturas (VE, VLCI, VFCI, VUCI, VSAT, VSAE, VTTR e VTTU) foram concertados entre os comandantes operacionais distritais e os governos civis, garantindo a Liga dos Bombeiros Portugueses desconhecer quaisquer pormenores deste processo relativo ao Plano de Equipamento que dura desde o primeiro trimestre de 2008. Ô·-¾±¿ Ê·¿¬«®¿- Þ±³¾»·®±- ᮬ¿´»¹®» Ù±ª»®²± Ý·ª·´ ߪ»·®± Þ»¶¿ Þ®¿¹¿ Þ®¿¹¿²9¿ Ý¿-¬»´± Þ®¿²½± ݱ·³¾®¿ Wª±®¿ Í»·¿ Íò α³=± Ó¿²¬»·¹¿- Ó¿²¬»·¹¿- Í¿¾«¹¿´ Í¿¾«¹¿´ Ù«¿®¼¿ Ù±²9¿´± Ô»·®·¿ Ñ®¬·¹±-¿ Ú·¹«»·®- ¼±- Ê·²¸±- Ú·¹«»·®- ¼±- Ê·²¸±- ß²-·=± ß²-·=± ß´½±¾¿9¿ Þ»²»¼·¬¿ ß´½±¾¿9¿ п¬¿·¿- Ó¿º®¿ Ó¿º®¿ ߦ¿³¾«¶¿ ß´½±»²¬®» Í·²¬®¿ ß¹«¿´ª¿ ó Ý¿½7³ Ô±«®»- Ý¿³¿®¿¬» Ý¿-½¿·- Ý¿-½¿·- Ô·-¾±¿ Ý¿³°± ¼» Ñ«®·¯«» Ê·´¿ Ú®¿²½¿ ¼» È·®¿ Ê·¿´±²¹¿ ͱ«-»´ ͱ«-»´ Û´ª¿- Û´ª¿- ß®®±²½¸»- ß®®±²½¸»- ÊÚÝ× î ÊÔÝ× ï ÊÍßÌ î ÊÚÝ× ì ÊÍßÌ ï ÊÚÝ× î ÊËÝ× ë ÊÚÝ× í ݱ²½»´¸± ßØÞ Ì·°±´±¹·¿ ¼» ª·¿¬«®¿- Òf Ó±²º±®¬» Ó±²º±®¬» ÊÍßÌ ï ߪ»·®± ߪ»·®± Ò±ª±- ÊÚÝ× ï б²¬» ¼» Í,® б²¬» ¼» Í,® ÊËÝ× ï Û-°·²¸± Û-°·²¸»²-»- Ð-ª±¿ ¼» Ê¿®¦·³ Ð-ª±¿ ¼» Ê¿®¦·³ ÊÛ ï Ý¿-¬»´± ¼» п·ª¿ Ý¿-¬»´± ¼» п·ª¿ Þ¿·=± Í¿²¬¿ Ó¿®·²¸¿ ¼± Æ6¦»®» Û-¬¿®®»¶¿ Û-¬¿®®»¶¿ ÊÍßÌ í Ѫ¿® ÊËÝ× ï ÊÚÝ× ì ÊËÝ× ï ÊÚÝ× ì ÊÍßÛ ï ÊÚÝ× í ÊÍßÌ í Í¿²¬± Ì·®-± Ê·´¿ ¼¿- ߪ»- Û-³±®·¦ ÊËÝ× ï Ù±²¼±³¿® Ù±²¼±³¿® Ѽ»³·®¿ Ê·´¿ Ò±ª¿ ¼» Ó·´ Ú±²¬»- ÊÚÝ× ï Ê·´¿ Ò±ª¿ ¼» Ù¿·¿ ߪ·²¬»- Þ¿®®¿²½±- Þ¿®®¿²½±- Í¿²¬¿®»³ Í¿²¬¿®7³ Ú»®®»·®¿ ¼± Æ6¦»®» Ú»®®»·®¿ ¼± Æ6¦»®» Ó±«®¿ Ó±«®¿ Ñ«®·¯«» Ñ«®·¯«» Ѽ»³·®¿ Ѽ»³·®¿ Ý¿¾»½»·®¿- ¼» Þ¿-¬± Ý¿¾»½»·®¿- ¼» Þ¿-¬± Ù«·³¿®=»- Ì¿·°¿- Ð-ª±¿ ¼» Ô¿²¸±-± Ð-ª±¿ ¼» Ô¿²¸±-± Ê·´¿ Ò±ª¿ ¼» Ú¿³¿´·½=± Ê·´¿ Ò±ª¿ ¼» Ú¿³¿´·½=± Ê·¦»´¿ Ê·¦»´¿ Ý¿®®¿¦»¼¿ ¼» ß²-·=»- Ý¿®®¿¦»¼¿ ¼» ß²-·=»- Ê·²¸¿·- Ê·²¸¿·- ᮬ± ÊÌÌË î Í¿²¬¿®»³ ÊËÝ× î ÊÚÝ× î ÊÍßÌ î ÊËÝ× ï ÊÔÝ× í Í»¬&¾¿´ Ñ«®7³ Ñ«®7³ Í¿®¼±¿´ Í¿®¼±¿´ ß´³»·®·³ ß´³»·®·³ Ó±·¬¿ Ó±·¬¿ Þ¿®®»·®± Þ¿®®»·®± п´³»´¿ п´³»´¿ ß´½¿½7® ¼± Í¿´ ß´½¿½7® ¼± Í¿´ Ó±²9=± Ó±²9=± Ó·®¿²¼¿ ¼± ܱ«®± Í»²¼·³ Ê¿´»²9¿ Ê¿´»²9¿ ̱®®» ¼» Ó±²½±®ª± ̱®®» ¼» Ó±²½±®ª± б²¬» ¼» Ô·³¿ б²¬» ¼» Ô·³¿ Ê·´¿ Ú´±® Ê·´¿ Ú´±® ݱª·´¸= ݱª·´¸= Í»®¬= Í»®¬= Í»®¬= Ý»®²¿½¸» ¼» Þ±²¶¿®¼·³ ÊÍßÌ ï Þ»´³±²¬» Þ»´³±²¬» ÊÌÌÎ Ú«²¼=± Ú«²¼=± ÊËÝ× Ó·®¿ Ó·®¿ ß®¹¿²·´ ß®¹¿²·´ п³°·´¸±-¿ ¼¿ Í»®®¿ п³°·´¸±-¿ ¼¿ Í»®®¿ ÊÍßÌ ÊÚÝ× î Ê·¿²¿ ¼± Ý¿-¬»´± Ý¿³·²¸¿ Ý¿³·²¸¿ ÊÔÝ× ï б²¬» ¼¿ Þ¿®½¿ б²¬» ¼¿ Þ¿®½¿ ÊÍßÌ ï Ê·´¿ Ò±ª¿ ¼» Ý»®ª»·®¿ Ê·´¿ Ò±ª¿ ¼» Ý»®ª»·®¿ ÊÌÌÎ ï Þ±¬·½¿- Þ±¬·½¿- ï Ê·´¿ λ¿´ Ý®«¦ Ê»®¼» ÊÚÝ× í ï Ó±²¬¿´»¹®» Í¿´¬± ÊÔÝ× í ÊÌÌÚ ï ÊÚÝ× î ÊÔÝ× î î Ê·´¿ λ¿´ ÊÚÝ× ë Ó»-=± Ú®·± Ó»-=± Ú®·± ß´·¶- Í¿²º·²- ¼± ܱ«®± Ó±²¬¿´»¹®» Ó±²¬¿´»¹®» Ù-·- Ù-·- Ê·´¿ λ¿´ Ý®«¦ Þ®¿²½¿ ݱ·³¾®¿ Þ®¿-º»³»- Ì¿¾«¿9± Ì¿¾«¿9± Ê·´¿ Ê·9±-¿ Ê·´¿ Ê·9±-¿ Í=± Ö±=± ¼¿ л-¯«»·®¿ Û®ª»¼±-¿ ¼± ܱ«®± Þ±®¾¿ Þ±®¾¿ Ý¿-¬®± ¼» ß·®» Ý¿-¬®± ¼» ß·®» λ¼±²¼± λ¼±²¼± λ-»²¼» λ-»²¼» Ý¿®®»¹¿´ ¼± Í¿´ Ý¿¾¿²¿- ¼» Ê·®·¿¬± Ó±®¿ Ó±®¿ Û-¬®»³±¦ Û-¬®»³±¦ Ê·-»« ÊÚÝ× ë EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL ÊÍßÌ ï ÌÑÌßÔ çë BEJA Protocolo entre Federação de Lisboa e Governo Civil Entidade bancária apoia aquisição de viaturas O Governo Civil de Lisboa e a Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa assinaram recentemente um protocolo destinado à aquisição de equipamentos de protecção individual para os elementos dos 56 corpos de bombeiros do distrito. A federação vai receber uma verba no valor de 450 mil euros destinada à compra dos referidos equipamentos, a distribuir de acordo com as prioridades estabelecidas pelas associações abrangidas. O Governo Civil adquiriu ainda um conjunto de equipamentos de uso comum um compressor de ar e três dispositivos de esterilização de máscaras de respiração, isto sem contar com a comparticipação nanceira na candidatura O ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que vai permitir a aquisição de sete viaturas de combate a incêndios orestais e urbanos. s Bombeiros Voluntários de Beja aproveitaram o tradicional convívio natalício para fazer a cerimónia de entrega de duas novas viaturas ao corpo de bombeiros, adquiridas com o apoio signicativo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beja e Mértola, que se cifrou em 50 mil euros. Um dos veículos destina-se ao combate a incêndios e veio colmatar a necessidade de uma viatura de pequenas dimensões para intervenções rápidas no centro histórico da cidade. A outra viatura é uma ambulância de transporte múltiplo destinada a reforçar o dispositivo já existente. Estiveram presentes na cerimónia, além dos órgãos sociais e de comando, o presidente da Câmara Municipal de Beja, Francisco Santos, o vereador da Protecção Civil, Francisco Caixinha, e a Direcção da Caixa de Crédito. Recorde-se que, em Maio próximo, os Voluntários de Beja completam 110 anos. Nesta altura, está a ser elaborado o projecto para a construção de um novo quartel. 7 JANEIRO 2009 ALERTA PARA CASCA DE BANANA LIGA QUER SABER Pedido de mera informação pode custar 787 euros Anal, quem deve aplicar a lei U ma entidade privada, a coberto da uma pretensa actualização de dados comerciais, está a endereçar às associações de bombeiros um pedido de informação que lhes pode vir a custar, inadvertidamente, 787 euros. No formulário enviado às associações, a dita entidade enuncia determinados dados actualmente registados, que não passam da informação básica da instituição (denominação, endereço, números de telefone e fax, endereço na Internet e actividade bombeiros) e, na coluna seguinte, solicita que, por favor, efectue as correcções necessárias. No mesmo documento, a entidade refere que estamos em processo de actualização do Registo de Informação Comercial, para o qual necessitamos da sua colaboração. Por favor, verique os seus dados e, com a maior brevidade, devolva este documento no envelope que se anexa, com informação adicional e actualizada da empresa. No nal está um asterisco (*) que remete para o fundo do documento, e é aí que tudo se desvenda. Ao enviar o dito documento assinado, a associação contactada autoriza que os dados proporcionados sejam integrados no registo automatizado de informação comercial do qual é responsável o Guia Telefax Anuario Profesional. O pedido de informação é denunciado no nal como um contrato que entra em vigor uma vez cumprido o prazo de uma semana, desde a sua assinatura, para uma revogação unilateral e, A no caso da revogação não se produzir atempadamente, o contrato será de cumprimento obrigatório para as partes, sendo necessário o consentimento mútuo para a sua revogação antecipada. A importância de 787 euros é assumida no documento como os custos totais, por edição, do serviço contratado, para custear a ordem de publicar todos os meus dados, aqui especicados, nas três seguintes edições anuais do seu Registo de Comércio Português. CASTELO DE VIDE Intervenção em hospitais e lares em debate A intervenção em unidades hospitalares e lares de idosos é o tema central das jornadas técnicas que os Bombeiros Voluntários de Castelo de Vide promovem no próximo dia 31 de Janeiro, no Cineteatro Mouzinho da Silveira. Segundo o comandante daquela corporação, Pedro Rabaça, queremos, com estas jornadas, uniformizar conhecimentos, tendo, para isso, convidado as pessoas que nos pareceram ser conhecedoras deste tema, tão cativante mas também tão pouco conhecido, e que nos poderão enriquecer com os seus conhecimentos e as suas experiências. MACAU Revista faz balanço das actividades A caba de nos chegar um exemplar da revista do Corpo de Bombeiros de Macau, em que se dá conta da actividade realizada em 2007, ano em que aquela instituição celebrou o seu 124.º aniversário. Para além do relato das inúmeras acções de formação, simulacros e demonstrações, é feito um balanço das 23.953 intervenções pré-hospitalares realizadas em 2007, mais 7 por cento que em 2006, e dos 1042 incêndios combatidos no mesmo período. A revista faz também referência às 28 viaturas adquiridas em 2007, incluindo ambulâncias e viaturas de combate a incêndios. Ainda segundo aquele responsável, a escolha do tema deve-se à necessidade encontrada a nível regional, na formação dos bombeiros, quando, cada vez mais, a problemática dos incidentes em hospitais e lares de idosos está em foco na praça pública. As jornadas dividem-se por três painéis, coordenados, respectivamente, pelos comandantes Luís Costa (CODIS Portalegre), Mário Cerol (Voluntários de Alcobaça) e Rui Conchinha (CDOS Portalegre). Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) quer ver claricado quem, anal, deve e pode aplicar a lei relativamente à scalização e aplicação de contra-ordenações a viaturas de transporte de doentes o INEM ou as autoridades policiais? Na verdade, a legislação continua confusa, e situações concretas registadas recentemente trazem de novo o problema à colação. A Portaria n.º 1147/2001, de 28 de Setembro, com as alterações introduzidas pela portaria n.º 1301A/2002, de Setembro, aprovou o Regulamento de Transporte de Doentes. No referido regulamento ca bem claro que cabe ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a scalização da actividade de transporte de doentes, bem como a instrução dos procedimentos conducentes à eventual aplicação de sanções. Na mesma portaria, é de nido que a aplicação das coimas previstas resultantes do processo de contra-ordenação é da competência do Conselho de Direcção do INEM, e que a afectação do produto das coimas será de 60 por cento para o Estado e 40 por cento para a entidade competente para a aplicação da coima, constituindo receita própria. Em contradição com isso está o disposto no Decreto-Lei nº 38/92, de 28 de Março, que as autoridades policiais fazem questão de fazer cumprir, que atribui ao Ministério da Administração Interna a scalização dos transportes, denição da características e licenciamento dos veículos utilizados no transporte de doentes. O mesmo decreto-lei tipica a infracções e as contra-ordenações aplicáveis atribuindo à Direcção Geral de Viação (DGV) a competência para o efeito. O produto dessas coimas, segundo o mesmo diploma, deverá reverter, em 70 por cento, para o Estado, cando os restantes 30 por cento divididos em partes iguais pelo INEM e pela DGV. Será licito perguntar qual dos diplomas vigora. 8 JANEIRO 2009 MENDES VICTOR, DOUTORADO EM CIÊNCIAS GEOFÍSICAS Estamos atrasados 20 anos É uma das guras incontornáveis das ciências geofísicas. Com um currículo invejável, o agora professor jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa abriu as portas do seu gabinete. Na conversa com o BP, Mendes Victor traçou um quadro preocupante sobre a cultura de risco em Portugal. Sobre o maior simulacro de sismo realizado em Portugal, diz que foi uma anedota. Texto: Patrícia Cerdeira Fotos: Rogério Oliveira N uma altura em que a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) se prepara para entregar ao Ministério da Administração Interna (MAI) as conclusões do PROCIV IV, o simulacro realizado em Dezembro que serviu para operacionalizar o Plano de Emergência Especial de Risco Sísmico para a Área Metropolitana de Lisboa, o BP foi ouvir aquele que é o primeiro professor doutor em Ciências Geofísicas em Portugal. Mendes Victor detém um vasto currículo, que atravessa fronteiras. Depois de décadas dedicadas à Geofísica, com presença na União Europeia e na UNESCO, faz actualmente parte do grupo de trabalho que está a elaborar o Plano de Risco Sísmico do Algarve, documento que deverá ser testado em 2010. Entramos nas instalações da antiga Faculdade de Ciências, local onde nasceu a Geofísica em Portugal. Ali, foi instalado em 1853 o Instituto Geofísico Infante Dom Luís, instituição que acabou por dar origem às organizações que actualmente se dedicam a esta área do conhecimento, que inclui a Meteorologia, a Hidrologia, a Sismologia e o registo de fenómenos físicos terrestres, como é exemplo o magnetismo. Aos longos e frios corredores da faculdade, situada na Rua da Escola Politécnica, contrapõem-se os gabinetes repletos de saber. Para quem entra nas instalações, cada porta parece dar entrada a um mundo de conhecimentos só atingível pelos que dedicaram a vida a estudar e a elaborar os livros que se estendem já tombados pelas prateleiras. Dentro do gabinete de Mendes Victor vive a história da Geofísica em Portugal, seja através de mapas, de livros encadernados ou de instrumentos que outrora serviram para registar a magnitude dos sismos. Ali se percebe que muito evolui à conta da tenacidade e insistência dos professores que percorreram caminho contra as vontades políticas de então, e com a legitimidade cientíca de quem tem condições para garantir que a Terra é redonda. Mendes Victor começa por recuar no tempo, lembrando os anos em que Portugal só tinha duas estações sismográcas muito rudimentares, uma em Coimbra e outra nos Açores. Conta que, com o sismo de Benavente, de 1909, se desenvolveu uma acção para alargar e reforçar as estações sismográcas a mais locais do País, que conta hoje com uma rede de ponta, das melhores da Europa. Enquanto o arma com convicção, aponta para um equipamento antigo, um sismómetro, colocado em cima de uma pilha de papéis que tem na secretária, para explicar como se registavam os sismos. Quando o relógio parava, e ao soltar-se um peso, sabíamos em que região tinha havido um abalo. Na altura em que tudo acontecia na Rua da Escola Politécnica, a antiga Faculdade de Ciências tinha estações sismográcas. Mais tarde, foi tudo concentrado no actual Instituto de Meteorologia, do qual foi director-geral, numa altura em que a Geofísica fazia parte do nome daquele organismo público. Quando questionado sobre as capacidades nacionais em matéria de Sis- mologia, refere duas componentes: a operacional e a de investigação, que, garante, se complementam. Sobre a rede nacional de observação, diz que é excelente, sublinhando o esforço de actualização à luz dos progressos cientícos no que concerne aos registos sísmicos e sua interpretação. Ao contrário do que muitos defendem, Mendes Victor diz que o risco sísmico de Portugal é moderado e não elevado. Para o professor, o maior perigo concentra-se em países onde a tectónica é forte: Grécia, Turquia, Japão ou Itália. Em Portugal, os períodos de retorno são longos. Por exemplo, relativamente ao último grande evento sentido em Portugal, em 1969, sabe-se que o período de retorno desse tipo de sismo é de 200 anos, clarica. Apesar dos dados fornecidos pelo investigador, alguns dos mapas que se espalham pela parede do seu gabinete revelam que a sismicidade é grande no nosso país. Se olhar para ali, vê como que um enxame de pequenos sismos. São pequenos ajustamentos diários que, felizmente, acontecem, pois a Terra vai libertando e dissipando a energia acumulada, sublinha, acrescentando com convicção que, quando não há sismos, algo está mal. Sobre a capacidade de resposta a este tipo de risco, Mendes Victor lembra que o problema é sempre o mesmo, a participação multidisciplinar. Garante que, para que tenhamos uma resposta o mais ecaz possível, é preciso dar espaço às várias áreas do conhecimento, como a geologia de superfície, a análise e catalogação do construído. Quando se regista um sismo, durante algum tempo andamos preocupados com a construção. Passados uns anos, voltamos a esquecernos. O sismo de 1969 é exemplo disso mesmo, conta. Diz Mendes Victor que a estrutura geológica de Lisboa é mal conhecida, lembrando que, logo após o sismo de 1980, nos Açores, foi criado um grupo de trabalho que, com a ajuda de todas as variantes, fez uma carta geológica da região. Nessa altura, zemos algumas simulações em zonas históricas, com base no conhecimento que tínhamos, para percebermos os reexos directos de um abalo com a magnitude do de 1755. Logo nessa altura percebemos que o nosso objectivo era muito difícil, pois não havia registos do edicado. Falta-nos sistematizar o conhecimento e voltar a incrementar os gabinetes técnicos que existiram em alguns bairros, como Alfama, Mouraria ou Castelo. Por tudo isto, o professor defende que devia agarra-se no conhecimento que existe na área da geologia da cidade de Lisboa, proceder à radiograa dos edifícios, e fazer umas brincadeiras no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), para se perceberem as potenciais consequências de um sismo. Não estamos a aproveitar o conhecimento, nem a avançar no levantamento do edicado, e isso é muito grave. Pergunto, por exemplo, se alguém conhece a realidade dos bairros da periferia de Lisboa, muitos deles clandestinos. Sobre a máxima de que nenhum sistema de protecção civil está preparado para um grande sismo, Mendes Victor diz que essa é a explicação para qualquer desastre. Acrescenta o professor que, se existisse um sistema de protecção civil baseado no conhecimento integral cientíco e técnico, estaríamos muito mais bem preparados. Por tudo isto, garante que estamos atrasados 20 anos relativamente a outros países, como a Grécia ou a Itália, que vêm muitas vezes a Portugal beber conhecimento. Nos grupos de trabalho da UNESCO e da União Europeia em que Mendes Victor tem participado, a principal fragilidade detectada passa pela falta de estrutura de educação nestas áreas. A ciência dos riscos é letra morta em Portugal, e é preciso que se perceba que o sistema de ensino é uma das traves mestras para o sucesso. A isto, acrescenta o investigador, deve juntarse uma estratégia nacional para a recuperação e reabilitação do património. A resposta às catástrofes Mendes Victor divide a resposta a qualquer catástrofe em duas componentes, que diz essenciais: o aviso e a acção. Hoje em dia, defende, com a ajuda dos satélites, o País poderia ajustar bem melhor a resposta aos riscos a que estamos mais vulneráveis. Lembro, por exemplo, que, ao nível das cheias, só temos dois radares meteorológicos, um no Algarve e outro em Coruche. A Norte, e com as importantes bacias que existem, não se entende como ainda não se conta com este sistema de monitorização, muito importante também para a estrutura agrícola. Relativamente ao risco sísmico, e apesar da qualidade da rede de monitorização, Mendes Victor lembra que é preciso exercitá-lo. Questionado sobre a importância do PROCIV IV, que teve por objectivo a operacionalização do Plano de Emergência Especial de Risco Sísmico para a Área Metropolitana de Lisboa, o especialista defende que foi uma anedota. Aquilo não foi nada. Um exercício não é fazer passar um carro de bombeiros ali e um da protecção civil acolá. O professor defende que, nesta questão, se tem de envolver as populações o mais possível. Nas escolas, há que perceber como devem reagir alunos e professores. Nas ruas, nas casas, nas lojas, há que envolver o maior número de cidadãos, para que a mensagem passe em massa, refere, rejeitando a ideia de cenários repartidos para aferir da capacidade de resposta. As pessoas têm de ser metidas na rua para lhes ser dada a informação total. Por exemplo, saber quais são os principais locais de abrigo em caso de sismo. Eu andei nas ruas durante os três dias do simulacro e vi muita gente a rir-se de toda aquela confusão. Questionei várias pessoas sobre se sabiam o que estava a acontecer e recebi muitas respostas em tom de brincadeira. Quando o reexo é este, é porque a mensagem não está a ser ecaz, defende o professor, para quem a informação disponível, hoje em dia, obriga as autoridades a fazerem mais e melhor. Faltou uma conversa mais próxima, porta a porta, bairro a bairro. Em jeito de conclusão, Mendes Victor defende uma acção articulada, baseada no conhecimento cientíco. Apela, por isso, aos empregadores, para que chamem a si os elementos qualicados que as universidades estão a gerar. Há que agir depressa e bem, pois, repito, estamos atrasados 20 anos. 9 JANEIRO 2009 OLEIROS MAIS 53 AMBULÂNCIAS NO PRIMEIRO TRIMESTRE Câmara Municipal ofereceu ambulância Presidente do INEM salienta esforço colectivo D as 11 viaturas de saúde da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oleiros, cinco têm mais de dez anos e entre 700 mil e um milhão de quilómetros, razão pela qual assume particular importância a oferta, pela Câmara Municipal, de uma nova ambulância de transporte. Para proceder à renovação da frota, a instituição tem estabelecido contactos com o município, as juntas de freguesia e as empresas locais. Segundo uma fonte da associação, vericámos terem sido escassas as ajudas, particularmente por parte das juntas e das empre- sas, situação que, dadas as diculdades actuais, entendemos perfeitamente. Acabou por responder positivamente a autarquia, com a doação que agora se concretizou. Desde 2003, os Voluntários de Oleiros têm-se debatido com diculdades acrescidas para aquisição de novos equipamentos e viaturas, dado que, em virtude da grande destruição do banco da população local (a oresta), os donativos têm vindo a decrescer. CARTAXO Viatura continua à espera de substituição O s Bombeiros Municipais do Cartaxo possuem uma viatura de combate a incêndios orestais que se encontra inoperacional desde Agosto último, cujo pedido de substituição está a aguardar resposta da Autoridade Nacional para a Protecção Civil (ANPC). A informação foi prestada pelo comandante Mário Silvestre durante as comemorações do 72.º aniversário daquele corpo de bombeiros, de que aqui demos nota em edição anterior. O pronto-socorro orestal, do qual publicamos agora uma fotograa, partiu o chassis no decurso de uma intervenção D fora de zona, em Santarém, a pedido do Centro Distrital de Operações de Socorro. O parecer técnico é que, mesmo depois de sujeita a uma reparação, a viatura não cará em perfeitas condições operacionais. O comandante Mário Silvestre lamenta a falta de apoio da ANPC, já que o único apoio vem da Câmara do Cartaxo, que sustenta a corporação em despesas de pessoal e de material. Uma nova viatura importará em cerca de 150 mil euros. VALONGO Nova viatura e rede móvel O s Bombeiros Voluntários de Valongo passaram a dispor recentemente de uma nova viatura para a área da saúde, uma ambulância de transporte (ABTD) adquirida a expensas da própria instituição. Segundo o comandante João Santos, a sua aquisição enquadra-se no esforço contínuo que tem vindo a ser realizado no sentido de renovar a frota. O início do ano trouxe também aos Voluntários de Valongo outro melhoramento no domínio das comunicações. Tal deve-se ao acordo celebrado entre a associação e uma operadora móvel para a utilização da respectiva rede na emissão de mensagens escritas grátis. O acordo, que inclui o forneci- mento dos respectivos equipamentos, vai, segundo o comandante João Santos, fomentar uma maior e melhor comunicação entre os vários elementos da corporação, bem como potenciar uma maior ecácia no processo de emissão e recepção de alertas. Segundo o mesmo responsável, paralelamente ao habitual toque de sirene, o operador da central de comunicações é responsável pela difusão de uma mensagem escrita de alerta identicando a situação em causa, de forma a requisitar os meios humanos necessários. PALMELA Apoio à reparação de ambulâncias A Câmara Municipal de Palmela atribuiu recentemente um apoio global superior a 16 mil euros às três associações de bombeiros voluntários do concelho, destinados a comparticipar as despesas efectuadas com a aquisição ou reparação de viaturas e equipamentos. No caso dos Voluntários do Pinhal Novo, o apoio, de 5500 euros, destina-se a comparticipar a reparação de duas ambulâncias e da escada de ganchos, e a aquisição de um videoprojector para formação. Para Águas de Moura, o apoio de 5200 euros cobre a reparação de duas ambulâncias e a aquisição de máquinas de soldar e carregar baterias. Os seis mil euros facultados aos Voluntários de Palmela destinam-se a apoiar a reparação de uma ambulância, a adaptação de uma viatura doada e a aquisição de videoprojector para a formação. as 110 ambulâncias de socorro (tipo B) previstas, o Instituto Nacional de Emergência Médica entregou 57 a associações e corpos de bombeiros, e prevê distribuir as restantes 53 no primeiro trimestre deste ano. A cerimónia de entrega de 47 dessas ambulâncias decorreu no Parque das Nações, em Lisboa, e foi presidida pela ministra da Saúde, Ana Jorge. As 110 ambulâncias destinam-se a substituir outras, situadas em associações e corpos de bombeiros com Postos de Emergência Médica (PEM). Na oportunidade, o presidente do INEM, Abílio Gomes, sublinhou que, com este simbolismo do dar e receber, estamos a armar a nossa condição de membros do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), no âmbito do qual nos obrigamos a um esforço colectivo de participação e à adopção de uma postura de cooperação e lealdade na resolução consensual das diculdades supervenientes. Abílio Gomes fez questão ainda de salientar que este acto marca o início de um processo de requalicação da rede mais carenciada de PEM, não só através da prossecução do programa de entrega de ambulâncias, mas também da requalicação dos técnicos de ambulância de socorro (TAS) e da extensão da operacionalização da desbrilhação automática externa (DAE) a todas as ambulâncias do SIEM. No próximo ano, segundo o responsável do INEM, será completado o programa de entregas de novas ambulâncias aos PEM mais carenciados, de acordo com os critérios e prioridades pré-denidas. Realçando o papel do SIEM, a ministra Ana Jorge fez questão de sublinhar que, nos primeiros onze meses de 2008, foram realizados mais de 550 mil transportes de doentes em ambulância em situação de emergência, o que representa cerca de 70 por hora. O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira, também presente na cerimónia, congratulou-se com o facto e referiu que essa distribuição repõe carências há muito identicadas, mas lembrou que, para colmatar todas as necessidades, importa considerar duas centenas de novos PEM. 10 JANEIRO 2009 VIDIGUEIRA MORA FAFE São eles o nosso futuro Inauguração de monumento no 69.º aniversário Festa de Natal D e 15 em 15 dias, cerca de 20 rapazes e raparigas vestem a farda para aprender a ser bombeiros. Esta é uma actividade prevista na legislação que os bombeiros de Vidigueira decidiram cumprir. No Corpo de Bombeiros de Vidigueira, a escola de infantes e cadetes está afecta a secção da Juvebombeiro local. As formações consistem em aulas teórico-práticas de ordem unida, organização de corpos bombeiros e comunicações, entre outras matérias, que são ministradas pelos elementos do corpo de bombeiros Esta escola conta também com algumas visitas pedagógicas a centros de meios aéreos, à Força Especial de Bombeiros, a salas de operações, a outros corpos de bombeiros e a exercícios realizados pela ANPC. Desde Outubro, altura em que a escola teve inicio, que o número de Bombeiritos tem vindo a aumentar: começou com 14 e, hoje, conta com 24 infantes/cadetes com idades compreendidas entre os oito e os 17 anos. Este é um sinal do sucesso que a escola de infantes tem vindo a ter junto dos mais jovens. O rigor, a disciplina, o espírito de amizade e cidadania, e o contacto com a população do concelho são pilares fortes desta escola de infantes/cadetes que nos faz acreditar num futuro risonho para os nossos bombeiros. Aprender é a nossa missão, para no futuro socorrer a população, é o seu lema. João Lemos Delegado da Juvebombeiro Vidigueira A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mora comemorou no passado dia 11 de Janeiro o seu 69.º aniversário. As cerimónias reuniram todo o corpo de bombeiros, integrando os quadros activo, de reserva, de honra e a fanfarra. Um dos pontos altos destas comemorações foi a inauguração do Monumento ao Bombeiro, iniciativa da Câmara Municipal de Mora, que, desta forma, homenageia os seus bombeiros, assim como todos os bombeiros de Portugal. O monumento está localizado na Estrada Nacional 2, à entrada de Mora, na rotunda da Zona Industrial. As cerimónias contaram ainda com a tomada de posse dos órgãos sociais da associação para o triénio 2009/2011 e com imposições de condecorações da Liga dos Bombeiros Portugueses e da associação a vários bombeiros pelos anos de serviços prestados. Também a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mora foi galardoada com a Medalha de Serviços Distintos. Entre as entidades presentes, destacam-se as seguintes: presidente da Câmara Municipal de Mora, José Sinogas; presidente da Assembleia Municipal, Carlos Biléu; presidente da Junta de Freguesia de Mora, Manuel Leão; 2.º comandante distrital da ANPC, José Ribeiro; presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora, Adriano Sousa; representantes de corporações de bombeiros do distrito de Évora. As comemorações terminaram com a colocação de um ramo de ores junto à lápide do comandante fundador, Manuel José Godinho. A Juvebombeiro dos Bombeiros Voluntários de Fafe e o Centro Cultural e Desportivo do mesmo corpo de bombeiros realizaram, no dia 20 de Dezembro, a já habitual Festa de Natal dos Filhos dos Bombeiros. A iniciativa, que teve lugar nas instalações do quartel, foi muito animada e participada, não tendo faltado os divertimentos com insuáveis, um slide, diversos jogos tradicionais, a projecção de um lme de Natal, um pequeno lanche e, como não podia deixar de ser, um Pai Natal, para distribuir as tão desejadas prendas. Foi um dia diferente e muito divertido para os lhos dos nossos bombeiros. Gilberto Gonçalves Delegado da Juvebombeiro dos BV Fafe ARCOS DE VALDEVEZ Bombeiros celebraram Natal VIDIGUEIRA Apenas 50 cêntimos A C om apenas 0,50 por habitante, podemos melhorar o seu socorro. Foi com esta frase que, no período de 15 de Novembro a 6 de Janeiro, a secção da Juvebombeiro dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira levou a efeito uma campanha de angariação de fundos com o objectivo de adquirir material de reanimação, diagnóstico e pedagógico. Esta iniciativa baseava-se na colocação de mealheiros no comércio local, com o slogan acima citado, no qual os interessados em colaborar colocavam o seu donativo. É com estes pequenos gestos que se faz a diferença. A partir de agora, os Bombeiros Voluntários de Vidigueira poderão dispor de um manequim de reanimação, material diagnóstico e material pedagógico, que permitirão um melhor desempenho dos nossos bombeiros na sua actividade do dia-a-dia no socorro ao próximo. Esta campanha teve um balanço positivo, sendo que foi um primeiro passo para outras iniciativas do mesmo género durante o ano. João Lemos Delegado da Juvebombeiro Vidigueira TORRES VEDRAS Bombeiros promovem aventura fora de estrada A Associação dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras promove no dia 7 de Fevereiro a Aventura fora de Estrada 2009. As inscrições decorrem até ao dia 5 e devem ser enviadas para [email protected]. A aventura inclui um passeio diurno, de vinte e cinco quilómetros, com diferentes situações que irão por à prova a habilidade dos condutores. O passeio nocturno tem aproximadamente vinte quilómetros com diculdade média/alta com zonas muito técnicas e será guiado, como o anterior, por roadbook. exemplo dos anos anteriores, a Direcção e Comando da Associação dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez celebrou no passado dia 20, sábado, a tradicional festa de Natal dos soldados da paz numa tarde bem animada. A festa que teve lugar no salão nobre do quartel dos Bombeiros destinou-se a todos os Directores, Bombeiros, Funcionários e Familiares desta Associação. Pelas 15.30 horas, o animador contratado para animar a tarde recriou momentos mágicos para os mais pequenos durante uma hora. Em que não faltou o Pai Natal que passou a tarde a oferecer rebuçados e outras guloseimas aos presentes. Já no nal da tarde teve lugar o momento mais ansiado pelos miúdos a entrega das prendas. Todos os lhos dos bombeiros tiveram direito a uma prenda entregue pelo comandante, Mário Araújo, pelo presidente, Pedro Marinho e claro pelo Pai Natal. Antes da hora do lanche o comandante agradeceu a presença dos bombeiros e dos seus familiares e desejou a todos umas boas festas. Por sua vez, Pedro Marinho fez um balanço desta iniciativa ao Notícias Arcoenses, mostrando a sua satisfação, como é habitual todos os anos se celebra nesta instituição o Natal e julgo que correu muito bem. Fiquei satisfeito ao ver as crianças a brincarem com o mágico houve ali um momento de magia e a entrega de brinquedos didácticos para os miúdos foi de muita alegria para eles e para nós. De salientar que após a entrega dos brinquedos e já na hora do lanche preparado para todos os presentes os soldados da paz tiveram de se ausentar para dar resposta a um incêndio que havia deagrado numa residência. Marta Cunha 11 JANEIRO 2009 GAVIÃO Bombeiros Municipais comemoram 61.º aniversário O s Bombeiros Municipais de Gavião comemoraram recentemente mais um aniversário, o 61.º. Este teve um um particular sentimento, uma vez que dois dos seus elementos foram distinguidos com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, por 35 anos de bons e efectivos serviços. Referimonos ao 2.º comandante Francisco Louro e ao bombeiro de 1.ª classe José Martins. Numa cerimónia que teve lugar nos Paços do Concelho, e que contou com a presença de várias individualidades, Francisco Louro e José Martins foram enaltecidos pelo seu exemplar percurso como bombeiros. Este foi ainda um aniversário marcado por um presente especial do município ao seu corpo de bombeiros, composto por uma embarcação de resgate, três equipamentos de mergulho com escafandro autónomo e diverso material de apoio às missões de socorros a náufragos e buscas subaquáticas. O concelho de Gavião inclui cerca de 17 quilómetros do Rio Tejo, distância que, na sua grande parte, convive com a linha ferroviária da Beira Baixa, a escassos metros. Naturalmente, estes novos equipamentos vieram colmatar necessidades evidentes no âmbito do socorro aquático, assim como melhorar a capacidade de socorro e assistência a todos e quaisquer acidentes que envolvam aquela linha ferroviária que, em longos trechos, só é acessível pelo ar ou pelo rio. Simão Luís Pechirra Velez Ocial de 2.ª Classe dos Bombeiros Municipais de Gavião ARCOS DE VALDEVEZ BRAGANÇA Curso prossional de bombeiros contou com exercício de técnica de resgate Jovens bombeiros dinamizam-se O A formação de bombeiros que teve início no dia 6 de Outubro continua e desta feita contou no passado dia 17 de Dezembro, quarta-feira, com um exercício de técnica de resgate em fogos urbanos e industriais, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez. Para tal foi utilizado um dos recursos para resgate de vítimas com o objectivo de resgatar o maior número no mais curto espaço de tempo, o rappel. Onze formandos e dois formadores iniciaram aquela que foi para alguns uma actividade arriscada, pois era a primeira vez que estavam a realizar este tipo de exercício. De acordo com o formador, Rolando Lima dos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo que foi colocado em Arcos de Valdevez pela DREN para dar esta formação de bombeiro base que pertence ao grupo CEF, queremos ter neste curso uma parte fundamentalmente prática e esta foi a primeira vez que eles tiveram contacto com este tipo de materiais e técnicas, mas no nal do ano lectivo já estarão mais à vontade com este tipo de técnicas. Jorge Nascimento o outro formador responsável fez ao Notícias Arcoenses um balanço positivo, considero que correu muito bem, para alguns foi a primeira vez que experimentaram este tipo de técnicas e estavam visivelmente receosos mas depois quiseram logo repetir de imediato. Rolando Lima acrescentou ainda sobre o curso que, estamos a terminar a formação de fogos urbanos que é uma fase inicial e posteriormente passaremos aos fogos orestais, seguidamente ao desencarceramento, às matérias perigosas e em simultâneo salvamento. Os formandos vão ter a parte teórica mas acima de tudo a prática, é o que de bom tem este curso alia as duas vertentes o que importante para a formação deles julgo que eles vão sair daqui com um bom nível de formação. De salientar, que neste curso prossional de bombeiros os formandos adquirem o 9.º ano de escolaridade e um certicado de frequência de 999 horas de formação para bombeiro. Marta Cunha Núcleo da Juvebombeiro do Corpo de Bombeiros de Bragança organizou no passado dia 20 um dia de actividades, que incluiu um percurso de orientação em BTT e uma tarde de jogos tradicionais. A actividade teve como objectivo criar dinamismo entre os bombeiros mais novos e mais velhos dessa mesma corporação, bem como fomentar o contacto com a comunidade em geral, pois estiveram presente cerca de 20 participantes e cerca de 10 pessoas na organização da iniciativa. Na parte de manha, que se mostrou muito fria, a partida deu-se do quartel dos Bombeiros de Bragança, encetando-se um percurso de 16 quilómetros em direcção as freguesias de Vila Boa, Donai, Oleirinhos e Espinhosela, sendo estas atravessadas, na maior parte, por vias de terra batida. O frio e o gelo dessa manha não trouxeram nenhum percalço, O m do percurso trouxe uma grande satisfação àqueles que participaram, pois o trajecto tinha um grau de exigência bastante baixo e paisagens bastante características. O bom relacionamento com a Associação Cultural e Desportiva de Espinhosela e a Junta de Freguesia de Espinhosela possibilitou um grande acolhimento aos participantes. Aquelas entidades foram incasáveis nos seus esforços para que esta actividade tivesse como destino aquela freguesia. As actividades desenrolaram-se pela tarde adentro, até ao jantar, realizando-se jogos tradicionais, partidas de futebol no polidesportivo local e um convívio na sede da Associação Cultural e Desportiva de Espinhosela. 12 JANEIRO 2009 CASTRO DAIRE BATALHA Novos órgãos tomaram posse Órgão sociais só com mulheres O s novos órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire para o triénio 2009/2011 tomaram posse no princípio do ano. A nova equipa tem alguns repetentes. A Assembleia-Geral é presidida por Jorge António Pinto Pereira. O vice-presidente é João Manuel Rodrigues de Oliveira e os secretários são Gastão Manuel Ribeiro da Fonseca e Jorge Pereira Teles. A Direcção continua a ser presidida por António da Conceição Pinto, tendo como vice-presidente Manuel Paiva Loureiro, como secretários Rui Manuel Pinto Rodrigues e Augusto Soares Santos, como tesoureiro Arão Joaquim Coelho e como vogais Gualdino de Almeida Marcelino e Augusto João da Silva Marcelino. No Conselho Fiscal, a presidência cabe a Ana Luísa Rodrigues Oliveira, cando como vice-presidente Maria de La Salete Almeida Duarte e como secretário relator Manuel José Pertancho. REVIVER MAIS Tomada de posse dos órgãos sociais O s órgãos sociais da Reviver Mais Associação dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses para o triénio 2009 2011 vão tomar posse no próximo dia 24 de Janeiro, pelas 11h00, em cerimónia que decorre no Cineteatro Joaquim de Almeida, no Montijo. Ao realizar a tomada de posse naquela cidade, a Reviver Mais pretende homenagear os Voluntários do Montijo, no âmbito das comemorações do seu centenário. Os órgãos sociais para o próximo mandato foram eleitos em 29 de Novembro último, em Trancoso, em assembleia convocada para o efeito. V inte mulheres acabam de preencher integralmente todos os órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários da Batalha para o triénio 2009/2011. É a primeira vez que isso acontece numa associação de bombeiros voluntários em Portugal. A tomada de posse ocorreu no passado dia nove, na sequência de uma eleição quase unânime (57 votos a favor e um voto em branco). A Assembleia-Geral passa a ser presidida por Colette Pedrosa de Sousa, tendo como vice-presidente Maria Luísa Silva Leal, como 1.ª e 2.ª secretárias Mariana Justo e Susana Silva, e como suplente Maria da Encarnação Ferreira. A Direcção passa a ser composta pela presidente, Maria Cecília Justo, pela vicepresidente, Maria de Fátima Lucas, e pelas secretárias, Isabel Maria dos Santos (1.ª) e Margarida Pinho (2.ª). A tesoureira é Maria José Beato e as vogais são Edite Pragosa e Susana Monteiro, enquanto, como suplentes, caram Maria Helena dos Santos, Maria das Mercês Vieira e Maria Henriqueta Ligeiro. O Conselho Fiscal é presidido por Maria de Lurdes Penas, tendo, como vice-presidente, Luísa Maria Remédios, como relatora, Eulália Ribeiro, e como suplentes, Maria Gracinda Rito e Rita dos Anjos Rosa. GUARDA COIMBRÕES Eleições para a federação Empossados novos dirigentes FEDERAÇÃO DE BOMBEIROS DO DISTRITO DA GUARDA ASSEMBLEIA-GERAL PRESIDENTE Prof. Manuel Madeira Grilo . . . . . . . . . . GUARDA VICE-PRESD. Dr. Álvaro José da T.P. Guerreiro . . . . . . GUARDA SECRETÁRIO Prof. Maria Bendita A.G. Rito Dias . . . . . . . SOITO SECRETARIO Cmt. Qh. José António Sequeira . . . . . . GUARDA SUPLENTE Cmt. Qh. Francisco Alves Campos . . . . . V.N. TAZEM SUPLENTE José Manuel Caramelo . . . . . . . . . . . . . . . . . MELO SUPLENTE Cmt. José Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . AGUIAR DIRECÇÃO N U ma ceia de Reis acolheu a tomada de posse dos novos corpos gerentes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões para o triénio 2009/2011. A Assembleia-Geral é presidida por Rui Pinto Aguiar, tendo, como vice-presidente Joaquim Leite, como secretária Maria Isabel Cardoso, e como suplentes Diniz Moura e Agostinho Rodrigues. A Direcção é presidida por Fernando Aguiar, sendo vice-presidentes Ilídio Magalhães e Paulo Cavaco, secretário e secretário adjunto Manuel Benjamim Pinto e Germano Osório, tesoureiro e tesoureiro adjunto Manuel Joaquim Costa e Luís Filipe Oliveira, vogais Manuel Vieira e Domingos Monteiro, e suplentes Alberto Morais e Alberto Monteiro. O Conselho Fiscal tem como presidente Aníbal Aguiar, como vice-presidente José Jesus Costa, como secretário relator Vasco Aguiar, e como suplentes André Lima e Rui Marques. o dia 10 de Janeiro, reuniu em Assembleia-Geral a Federação dos Bombeiros Voluntários do Distrito da Guarda, no quartel dos bombeiros desta cidade, para a eleição dos novos órgãos sociais para o triénio 2009/2001: Assembleia, Direcção e Conselho Fiscal. Gil Barreiros explicou a constituição da lista, dizendo que tentou que abrangesse todas as associações do distrito, mas que não conseguiu, por falta de resposta ao convite das associações de Figueira de Castelo Rodrigo, São Romão e Famalicão da Serra. O novo presidente disse que esta lista tem mais representantes da associação da Guarda por uma questão de logística e funcionalidade. Seguiu-se a votação, na qual tiveram direito de voto os presidentes e comandos de todas as associações. A contagem teve como resultado 35 votos a favor. Gil Barreiros foi assim eleito por unanimidade presidente da Federação dos Bombeiros Voluntários do Distrito da Guarda. Este médico de Gouveia declarou que assumirá este cargo com grande responsabilidade, em prol de todos os bombeiros do distrito da Guarda. Ele propôs a eleição de Luís Carriço, presidente dos BV do Sabugal, e José António Machado, comandante dos BV da Meda, como representantes do distrito no Conselho Nacional da Liga. Esta proposta foi também aprovada por unanimidade. Álvaro Guerreiro, presidente dos BV da Guarda e presidente do Conselho Jurisdicional da Liga dos Bombeiros Portugueses, congratulou-se com a instalação da Força Especial de Bombeiros nesta cidade, discordando, no entanto, da for- PRESIDENTE Dr. Luís António Vicente luís Barreiro . . . GOUVEIA VICE-PRESD. Luís Carlos Carriço . . . . . . . . . . . . . . .SABUGAL VICE-PRESD. Álvaro Amaral Reis Melo . . . . . . . . . . . FORNOS VICE-PRESD. Cmt. António José Marques . . . . . . . . CELORICO TESOUREIRO Rui Meirinho Monteiro . . . . . . . . . . . . . . . SOITO SECRET ADMINIST Carlos A. Almeida Pina . . . . . . . GONÇALO SECRET TECNICO Cmt. Vergílio Borges . . . . . . . . . . . . . . SEIA SEC. TEC. ADJUNTO Cmt. João José Gomes Teixeira . . ALMEIDA VOGAL Paulo Jorge de Lemos Amaral . . . . . . . . . . . . . . MEDA VOGAL Eng. Luís Borges . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . GUARDA VOGAL Eng. Nuno Pires . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FOLGOSINHO SUPLENTE João Ferreira Silva Duarte . . . . . . . . . . . CELORICO SUPLENTE Cmt. Orlindo Cabeças . . . . . . . . . . . . . . GONÇALO SUPLENTE Cmt. José António Rebelo Machado . . . . . . . . MEDA CONSELHO FISCAL PRESIDENTE Dr. Vítor Manuel Santos Silva . . . . . . . . . PINHEL SECRETARIO António Santos Pimentel Lourenço . . . . FOZ-COA RELATOR Jaime Vítor Varandas Ferreira . . . . . . . . . V.F. NAVES SUPLENTE António Conde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LORIGA SUPLENTE José dos Santos do Nascimento . . . . . . TRANCOSO SUPLENTE Cmt. António José Quaresma Santos . . . MANTEIGAS ma como decorreu o processo de inauguração das instalações. Para terminar, Gil Barreiros fez um apelo a todas as associações do distrito para que paguem as cotas em atraso, de modo a que se colmatem as di- culdades nanceiras da federação, e deu ainda os seus votos de êxito a esta Direcção. A tomada de posse desta terá lugar nos BV de Gouveia, no dia 31 de Janeiro, por o presidente eleito pertencer àquela associação humanitária. 13 JANEIRO 2009 CERVA LEIRIA Inaugurado quartel de Monte Redondo O s Bombeiros Voluntários de Leiria inauguraram recentemente o quartel da sua Secção de Monte Redondo. A cerimónia foi presidida pelo governador civil do distrito e natural da freguesia, Paiva de Carvalho. Há quatro anos que os Voluntários de Leiria ocupam as instalações agora inauguradas, depois de terem estado instalados em condições precárias na cave da Junta de Freguesia local. Hoje, a Secção de Monte Redondo dispõe de 52 elementos e 12 viaturas, sete das quais para combate a incêndios orestais. Na cerimónia, o comandante dos Voluntá- rios de Leiria, Almeida Lopes, lembrou que, até àquele dia, em 2008, das 6300 urgências a que a corporação respondeu, 1500 foram executadas pela Secção de Monte Redondo Almeida Lopes anunciou ainda os esforços realizados pela associação e quatro juntas de freguesia para a instalação no sul do concelho de uma nova secção, em Santa Catarina da Serra. ÁGUAS DE MOURA Governadora visitou obras do quartel A governadora civil de Setúbal, Eurídice Pereira, visitou recentemente as obras do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Águas de Moura, a convite da respectiva Direcção. O edifício, cuja construção evolui a bom ritmo, vai custar cerca de 1,7 milhões de euros, 416 mil dos quais são comparticipados pela Administração Central, e deverá estar concluído antes do Verão. A visita à obra permitiu também à governadora civil inteirar-se do facto de, por atraso no visto do Tribunal de Contas, a associação ainda não ter sido ressarcida pelo Estado do pagamento dos dois primeiros autos do novo quartel. Eurídice Pereira esteve também presente na cerimónia de assinatura do contrato-programa que vai permitir aos Bombeiros Voluntários de Sesimbra construir nalmente um quartel digno desse nome na sua Secção da Quinta do Conde. A obra vai avançar depois de estar garantido o respectivo nanciamento através do Eixo III Prevenção e Gestão de Riscos, do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). ALCÁCER DO SAL Aberta conta para novo quartel A Câmara Municipal de Alcácer do Sal abriu uma conta bancária em nome dos Bombeiros Voluntários de Alcácer do Sal para angariar fundos destinados à construção do novo quartel. A autarquia abriu com um depósito de seis mil euros, mas, segundo o seu presidente, Pedro Paredes, o importante não é a conta, é fazê-la crescer com donativos e, por isso, deixo o apelo aos empresários do concelho, para que apoiem os bombeiros, porque estes contribuem todos os dias para a segurança. Além dos meios para custear a nova construção, torna-se também necessário ultrapassar de vez as contingências impostas pelo Plano Director Municipal à edicação do quartel no terreno pretendido, junto à piscina municipal. O desbloqueio desta situação está em marcha. A Câmara aprovou a alteração parcial do Plano Director Municipal, que irá permitir o licenciamento da obra após consulta pública, aprovação da Assembleia Municipal e da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo. IZEDA Novo quartel no m do mês A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Izeda vai inaugurar o seu novo quartel no próximo dia 31 de Janeiro, no âmbito das comemorações do seu 25.º aniversário. A inauguração e bênção das novas instalações estão previstas para as 13h30. Antes, a partir das 9h00 decorre o hastear da bandeira, a recepção às autoridades e convidados, o desle da formatura, a eucaristia presidida pelo bispo de Bragança Miranda, D. António Montes Moreira, e uma sessão solene com imposição de medalhas a bombeiros e individualidades. O almejado dia da inauguração do quartel H á 23 anos que os Bombeiros de Cerva esperavam por este dia. A data de 7 de Dezembro de 2008 concretizou um velho sonho dos homens e mulheres que sempre prestaram serviço nesta casa. Falo de um sonho que passava somente por instalações condignas, que albergassem todo o corpo activo, que proporcionassem espaços adequados para a formação e que retirassem do relento o parque de viaturas. A luta por esta causa, para além do empenho das direcções desta associação humanitária, envolveu também o poder local, através da Junta de Freguesia de Cerva e da Câmara Municipal de Ribeira de Pena nomeadamente os seus dois últimos executivos , mas contou ainda com o apoio dos órgãos do Governo. Na hora da cerimónia, a par do responsável máximo do Ministério da Administração Interna, o ministro Rui Pereira, também o governador civil de Vila Real, o executivo municipal de Ribeira de Pena e o da Junta de Freguesia de Cerva, deputados da Assembleia da República e outras entidades civis e militares se associaram à festa. Foram ainda convidados todos os corpos de bombeiros do distrito de Vila Real, bem como o respectivo comandante distrital da ANPC. Embora ultrapassando as fronteiras geográcas distritais, mas por razões de ligação em termos operacionais, registe-se ainda a presença dos Bombeiros de Cabeceiras de Basto. Sob condições difíceis, os bombeiros de Cerva nunca baixaram os braços. Hoje, estão criadas condições que beneciarão, sobretudo, a população. Foi com estas palavras que o comandante Juca (Jor- ge Campos), dos Bombeiros de Cerva, assinalou no seu discurso este momento muito importante da história da corporação. Mesmo perante um céu carregado, que passou da ameaça à concretização de chuva num ápice, na hora do desle, que englobou todos os corpos de bombeiros presentes, era notório no rosto dos bombeiros a felicidade pela concretização deste velho sonho. Sérgio Galante 14 JANEIRO 2009 PORTIMÃO VIZELA Inaugurada nova central de comunicações Inaugurada ampliação das instalações O s Bombeiros Voluntários de Portimão aproveitaram a passagem do seu 82.º aniversário para inaugurarem uma nova central de comunicações avaliada em 70 mil euros, entre equipamento e obras de adaptação do local. Outro ponto alto das comemorações foi a atribuição do Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao presidente da Assembleia-Geral da associação, Américo Furtado Mateus, à Câmara Municipal de Portimão e aos bombeiros João Rosa Rodrigues e José António Matias Ramos. A distinção foi entregue pelo presidente da LBP, Duarte Caldeira, e, a convite deste, pela governadora civil de Faro. Foram ainda galardoados pela Liga, com a Medalha de Prata de Serviços Distintos, a funcionária da associação Maria do Rosário Filipe e o empresário local Miguel Custódio Cavaco. Procedeu-se também à atribuição de medalhas de assiduidade da LBP a diversos elementos do corpo de bombeiros, por 10, 15, 20 e 30 anos de bons serviços prestados à comunidade. O s Bombeiros Voluntários de Vizela inauguraram recentemente a ampliação das suas instalações, procederam à tomada de posse do seu novo 2.º comandante, Paulo Oliveira, e à promoção a bombeiros de 3.ª classe de seis novos elementos. As cerimónias decorreram na presença do presidente da Câmara Municipal de Vizela, bem como de representantes da Autoridade Nacional da Protecção Civil, da Liga dos Bombeiros Portugueses e Federação dos Bombeiros de Braga. Os novos espaços destinamse a gabinetes de chea, a gabinetes médicos e de enfermagem, assim como a salas para formação e a uma área de museu, onde irão ser expostas as viaturas simbólicas da associação. Após a tomada de posse do 2.º comandante, decorreu a cerimónia de compromisso dos seis novos elementos: Diogo Leite, João Pedro Costa, Ivo Araújo, Francisco Ribeiro, David Silva e Fábio Castro. SEGUREX 2009 Liga volta a estar presente A Associação Industrial Portug u e s a C on f e d e ra ç ão Empresarial/Feira Internacional de Lisboa (AIP-CE/FIL) vai realizar, entre 18 e 21 de Março, a 13.ª Edição do Segurex Salão Internacional da Protecção e da Segurança. Conforme aconteceu nas edições anteriores, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) volta a estar representada, inclusive com a organização de um debate sobre incêndios urbanos. O salão continua a ser uma referência a nível ibérico, alternando com o acontecimento do mesmo género promovido em Madrid, e é o único do sector em Portugal. Segundo os organizadores, trata-se de um salão global e transversal a todos os sectores da segurança, prevenção e protecção, nas suas distintas manifestações de security e safety. Na edição de 2009, o Segurex aposta em novas áreas temáticas: a segurança rodoviária, a condução segura, o transporte de pessoas e crianças e a segurança alimentar. No programa de manifestações paralelas ao certame, no qual a LBP participa, incluem-se também o Espaço Inovação e o Espaço de Demonstrações. PONTINHA Novo comandante empossado A ntónio Rodrigues tomou posse recentemente como comandante dos Bombeiros Voluntários da Pontinha. Anteriormente, desempenhava as funções de 2.º comandante. A cerimónia foi simples, mas cheia de signicado, pois foi entregue ao vice-presidente da associação, Carlos Costa, um cheque no valor de 100 mil euros para a aquisição de equipamentos e veículos, ao abrigo do protocolo de cooperação estabelecido entre o munícipio e as corporações de bombeiros do concelho. A entrega que foi realizada por Susana Amador, presidente da Câmara Municipal de Odivelas. Nesta cerimónia estiveram presentes outras entidades, como Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, um represen- tante do Governo Civil de Lisboa, o comandante distrital da ANPC, Elísio Oliveira, autarcas locais e representantes de forças militares e policiais. Sérgio Santos SETÚBAL Bombeiros recolhem resíduos eléctricos O s Bombeiros Voluntários de Setúbal dispõem de um contentor para recolha de resíduos eléctricos instalado na parada do seu quartel. Essa instalação prende-se com protocolo estabelecido en- tre os bombeiros e a Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (Amb3e). Por cada tonelada de resíduos recolhida, os bombeiros receberão uma comparticipação, prevista no protocolo, o primeiro celebrado no distrito de Setúbal entre a Amb3e e uma corporação de bombeiros, com base num acordo estabelecido com a Liga dos Bombeiros Portugueses. 16 JANEIRO 2009 ÓRGÃOS SOCIAIS DA LBP ELEITOS Duarte Caldeira rearma que chegou Com recados ao poder político e ao sector dos bombeiros, Duarte Caldeira lembrou as palavras de Ano Novo do Chefe de Estado, segundo as quais não é com conitos desnecessários que se resolvem os problemas das pessoas. Nesta fase da vida do País, devemos evitar divisões inúteis. Uma mensagem deixada na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da LBP, realizada em Esposende, no passado dia três de Janeiro. Texto: Patrícia Cerdeira N o discurso de tomada de posse, Duarte Caldeira, o recémeleito presidente da Liga dos Bombeiros Português (LBP), referiu que a boa gestão dos recursos à disposição das organizações constitui, actualmente, um imperativo ético de todos os que nelas exercem funções dirigentes. Acrescentou o responsável que a mencionada boa gestão é fortemente condicionada pela qualidade dos recursos humanos e pela forma e atitude com que estes agem e interagem, uma ideia que o dirigente vem repetindo nos últimos meses. Questionado pelo BP, sobre quem são os destinatários da mensagem, Duarte Caldeira sublinha que as palavras deixadas em Esposende não têm um destinatário especial. Pretendo com esta focalização na problemática da gestão -- melhor dizendo, da boa gestão -- alertar os dirigentes das nossas estruturas que já não há tempo para o primado do desenrascanço e que o tempo é de planeamento, organização e acção. Ainda segundo o dirigente, o objectivo passa por sensibilizar para a necessidade de não confundirmos gestão associativa e voluntário com amadorismos irresponsáveis ou exercício de poder pessoal. Já no nal do mesmo discurso, o presidente da LBP evocou Cavaco Silva, lembrando parte da mensagem de Natal do Presidente da República aos portugueses, na qual ele referiu que não é com conitos desnecessários que se resolvem os problemas das pessoas. Nesta fase da vida do País, devemos evitar divisões inúteis. Sobre a necessidade de evocar Cavaco Silva, Duarte Caldeira lembra os hipotéticos conitos gerados por ímpetos de natureza politicopartidária, muito perigosos num ano de três actos eleitorais, esclarece. No decorrer da cerimónia, que fez encher o Auditório Municipal de Esposende, o ministro da Administração Interna dirigiu-se a uma plateia de dirigentes e operacionais, prometendo que, já este ano, cará concluído um pacote legislativo com interesse para os bombeiros portugueses, nos domínios dos contratos de trabalho, doenças e acidentes prossionais e seguros pessoais. A Secretaria de Estado da Pro- tecção Civil, em colaboração com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), está a ultimar os novos regimes jurídicos dos contratos de trabalho entre as associações humanitárias e o pessoal ao serviço, da protecção nas doenças prossionais e acidentes em serviço de voluntariado, da bonicação do tempo de serviço e de um seguro acidentes pessoais, adiantou Rui Pereira. O ministro garantiu que o Estado continua a apostar forte na valorização do sector da protecção civil, lembrando que, até 2013, serão investidos 150 milhões de euros de verbas comunitárias e 45 milhões do orçamento nacional em infra-estruturas e reequipamento. Hoje temos uma parceria de sonho e responsabilidade com os bombeiros para dar mais e melhor protecção civil a Portugal, armou, frisando que, para o conseguir, houve que apostar na edicação de um quadro normativo estável e consensual e de um modelo claro de nanciamento. A segurança faz-se de forma integral e global, pois integra os desaos do ambiente, das catástrofes e desastres, realçou o ministro, lembrando que os bombeiros são uma peça de proximidade fundamental no sistema de protecção civil. Sobre a relação de sonho a que Rui Pereira se referiu, Duarte Caldeira prefere encará-la como uma expressão poética, sublinhando que a parceria que a LBP tem com o Ministério da Administração Interna resulta da parceria estabelecida, desde há muito, com os portugueses. Esta sim é uma parceria de sonho, salientou o dirigente. As demais parcerias são consequências desta, e, quanto mais produtivas, melhor. Questionado sobre qual o balanço que faz destes quatros anos de legislatura PS, o responsável máximo da Confederação lembra que só agora se iniciou o último ano da legislatura, sendo por isso cedo para balanços. A curto prazo, a LBP aguarda que se faça muita coisa. Já quanto a dizer se o Governo fez o que pôde, ou se podia ir mais longe, Duarte Caldeira responde: Acho que o Governo podia ter ido mais longe, nomeadamente se tivesse feito melhor o que já foi feito. JANEIRO 2009 17 EM POMBAL JÁ ESTÃO EM FUNÇÕES u ao m o tempo do desenrascanço 18 JANEIRO 2009 ENTRONCAMENTO DIA DE FESTA NOS BOMBEIROS VALECAMBRENSES Nova ambulância em aniversário Obras de alargamento breve Em dia de festa, José Bastos prometeu obras de alargamento e beneciação no quartel dos Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra. Texto: Vera Tavares N Texto: Sérgio Santos A s comemorações do 60.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento foram realizadas no passado dia 10 de Janeiro, e contaram com a romagem ao cemitério, um desle apeado e motorizado e a recepção às entidades convidadas, onde o corpo activo demonstrou o brio com que enverga a farda. Dado início a sessão solene, o comandante João Pombo realçou a dedicação do corpo activo na obtenção de formação e frisou as necessidades do ingresso de novos elementos na corporação, da reformulação do quartel e da aquisição equipamentos de protecção individual (EPI) e de veículos de combate a incêndios urbanos/industriais, bem como de equipamento para intervenções em acidentes rodoviários/ferroviários. O presidente da Direcção congratulou-se com o protocolo realizado com a REFER e com juntas de freguesias locais, e agradeceu o apoio nanceiro prestado pela autarquia, que possibilitou a aquisição de uma nova ABTM, apadrinhada por Jéssica Grilo e pelo subchefe Manuel Martinho. Foram ainda condecorados diversos bombeiros com medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses, pelo tempo que dedicaram ao voluntariado, e procedeu-se ainda à promoção de cinco novos elementos a bombeiros de 3.ª classe. Das entidades convidadas, destacam-se o representante do Governo Civil de Santarém, o presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Jaime Ramos, o 2.º comandante distrital, Rui Natário, um representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, o comandante Paulo, da Federação de Bombeiros de Santarém, entidades militares e representantes de corporações de bombeiros do distrito. as cerimónias do 49º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra (AHBVVC) em simultâneo com o Dia Municipal do Bombeiro, o presidente da Câmara Municipal deixou um presente aos soldados da paz valecambrenses e seus directores, anunciando que a autarquia já se encontra a elaborar um estudo prévio para o alagamento deste quartel, que já é pequeno para todos vós. José Bastos, edil valecambrense, sublinhou ainda que este quartel está muito bem posicionado apenas temos de rever a sinalização desta rua para que cheguem mais rápido a alguns acessos. Mas é, efectivamente, pequeno para tantos homens e mulheres. E o sector feminino precisa de iguais condições também . O responsável da autarquia valecambrense salientou, ainda, que este Dia Municipal do Bombeiro, que surgiu há três anos, é a melhor forma de reconhecermos a dedicação e empenho de todos os voluntários desta corporação, que desinteressadamente saem das suas casas e dos seus lares, a qualquer hora, para salvar os outros ou os seus bens. Já António Augusto, presidente da AHBVVC, agradeceu o apoio que todos os beneméritos da Associação têm dado, salientando o facto da ARSOPI ter oferecido mais uma ambulância de cuidados intensivos, que vem, segundo este responsável, colmatar algumas lacunas no parque automóvel da corporação. O presidente da Associação agradeceu, ainda, todo o esforço do corpo activo e elementos da corporação em prol da comunidade que servem. Contrariando a orientação da tutela, não vamos aceitar que direccionem a estrutura dos Bombeiros, quase em exclusivo, para a vertente do socorro. Também lá estamos, mas não vamos esquecer as populações em risco social, sublinhou o presidente da AHBVVC. Ambulância topo de gama... E m dia de festa e aniversário, a empresa valecambrense ARSOPI ofereceu uma ambulância de cuidados intensivos à corporação do seu concelho. Na expectativa de colmatar ainda algumas falhas existentes no parque de viaturas, esta ambulância recém-chegada é uma mais valia para quem serve a sua população desinteressadamente. Contudo, António Augusto admite que AHBVVC necessita de uma outra viatura 4x4. AMIGOS RECONHECIDOS... Orlando Aguiar e Jean Daniel Luthi não foram esquecidos D ois grandes amigos da AHBV de Vale de Cambra foram reconhecidos pela autarquia e pelos órgãos sociais da colectividade. O valecambrense Orlando Aguiar, irmão do adjunto de comando Filipe Aguiar, e o comandante suíço, Jean Daniel Luthi, foram acarinhados pela corporação durante a sua passagem por Vale de Cambra. Gratos por tudo o que ambos zeram para ajudar os soldados da paz da Suíça portuguesa, com a oferta de vário equipamento de protecção individual e, ainda, muito material de desencarceramento, ambos viram xadas as suas fotos no salão nobre da instituição, junto de outros beneméritos. ARCOS DE VALDEVEZ Discutida nova legislação interna dos Bombeiros Marta Cunha O s responsáveis das Associações dos Bombeiros do distrito de Viana do Castelo reuniram no passado dia 21, sexta-feira, pelas 22 horas, no edifício dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez para discutirem o Regulamento Interno dos Bombeiros. Reunidos estiveram os comandantes e presidentes das Associações de Bombeiros à excepção de Vila Praia de Âncora e Viana do Castelo tendo sido a reunião sobre o regulamento interno dos Bombeiros presidida pelo Comandante do Quadro de Honra, Mário Acúrcio de Arcos de Valdevez. Na palestra foram debatidas as normas do regulamento interno para que todos os corpos de bombeiros do distrito estejam em uníssono sendo que trabalham próximos e o ideal será estarem todos congregados. De acordo com Mário Araújo comandante da corporação arcuense temos que ajustar a realidade dos corpos dos bombeiros a esta nova legislação, e como está a suceder tudo de forma tão rápida e com alterações radicais estamos com diculdades em fazer esse ajus- tamento logo a única maneira de colmatarmos essas diculdades é reunirmo-nos como foi o que aqui aconteceu hoje. Sobre a nova legislação sublinhou que por um lado asxia o voluntariado e por outro tenta prossionalizar mais os corpos dos bombeiros voluntários, que é uma boa inovação para a Protecção Civil, pois quanto maior for o pro s- sionalismo melhor e é isso que o Governo tem tentado fazer e nós temos de nos tentar ajustar. Por sua vez, Pedro Marinho, Presidente dos BVAV mencionou que com esta reunião discutiu-se a denição do Regulamento Interno dos Bombeiros de modo a que não haja um regulamento com um formato em Arcos de Valdevez e outro regulamento com um formato diferente noutra corporação próxima. Entendeu-se assim numa reunião que decorreu em Barcelos promovida pela Autoridade Nacional de Protecção Civil onde se juntaram 90 comandantes e presidentes da área Norte, que fosse feita uma reunião para se denir no fundo um pouco do que o regulamento pode exigir. No nal o responsável reportou-se ainda sobre o Regulamento Interno como sendo muito extenso e foi formatado num conceito geral, mas o que é certo é que existem algumas alterações impostas que devem ser discutidas pelos comandos. Considero porém que se todos os corpos dos bombeiros estiverem unidos e com o mesmo regulamento as coisas são mais fáceis e funcionam com maior coerência 19 JANEIRO 2009 ARRAIOLOS FELGUEIRAS Bodas de Diamante Posse do novo comandante Texto: Sérgio Santos Fotos: Filipe Oitavem A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arraiolos comemorou no dia 4 de Janeiro o seu 75.º aniversário. Foi com as devidas formalidades, destacando-se a formatura geral, demonstrativa do brio e disciplina do corpo activo, que a associação quis marcar esta efeméride. Foi ainda lembrada a sua história, através da recordação de antigos bombeiros e dirigentes, e agradeceu-se às entidades públicas e privadas que têm contribuído das mais diversas formas para o engrandecimento da instituição. Todas estas lembranças foram feitas pelo presidente da Direcção, Luís Gomes, que terminou a sua intervenção congratulando-se com a oferta de uma ABTM, juntamente com o seguro da viatura pelo período de um ano, feita pelo benemérito Honório Canelas. Gestos nobres, referiu o comandante António Cardoso, que vêm preencher uma lacuna no transporte de doentes. Da mesma forma, foi ainda referido o apoio da autarquia de Arraiolos, sem o qual não seria possível o bom funcionamento da corporação. Tratando-se das Bodas de Diamante da associação, foram várias as condecorações a entidades e, em especial, a bombeiros, que receberam medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses e da associação pelos anos dedicados à causa do voluntariado. Destaque para o subchefe Torcato, que lutou pela causa ao longo de 47 anos, sempre com distinção e aprumo, e que passou nesta data ao Quadro de Honra, e à condecoração do estandarte da associação com a Medalha de Protecção e Socorro, Grau Prata Distintivo Azul, imposta pelo secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros. Das entidades convidadas, destacam-se a governadora civil de Évora, Fernanda Ramos, o presidente da Câmara Municipal de Arraiolos, Jerónimo dos Loios, Susana Silva, da ANPC, Adriano Capote, da Liga dos Bombeiros Portugueses, o presidente da Federação de Bombeiros de Évora, representantes da GNR e de corporações de bombeiros do distrito. Oferta de ambulância dá cumprimento a promessa C pelo desbrilhador automático externo, pela seringa infusora e por câmaras de quente e frio para usos especícos, entre outros dispositivos. Dos 19 novos bombeiros, 12 são mulheres Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valadares comemorou recentemente o seu 94.º aniversário. Na sessão que decorreu no quartel, procedeu-se ao compromisso e juramento de 19 bombeiros estagiários. Curioso é que 12 deles são mulheres, fenómeno que começa a ser frequente nas associações de bombeiros. Segundo o comandante Barros Loureiro, depois de cerca de um ano de instrução Cruz Branca comemorou 112 anos de vida O VALADARES A a nossa última edição, demos nota da tomada de posse do novo comandante dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, José Júlio Pereira, cerimónia integrada nas comemorações do 110.º aniversário da associação. Além dos órgãos sociais, do corpo activo e da presidente da Câmara Municipal, Fátima Felgueiras, estiveram também presentes outras entidades, nomeadamente o presidente da Assembleia Municipal, Orlando Sousa, e o comandante distrital de socorro, Teixeira Leite. Hoje, registamos em foto a referida cerimónia. VILA REAL SINES ontamos hoje com mais detalhe os factos que conduziram à oferta, aos Bombeiros Voluntários de Sines, de uma ambulância de socorro e cuidados intensivos integralmente custeada por uma associada. Mariana Cruz, de 53 anos, sócia dos Voluntários de Sines desde 1984, tinha prometido a si mesma, ao enfrentar um problema de saúde, que daria um presente generoso à sua associação de bombeiros no caso, suportando os custos de uma superambulância, como fez questão de realçar quando o anunciou aos bombeiros. Assim pensou e assim o fez, concretizando essa intenção na recente passagem do aniversário da instituição. Este é um bom exemplo, dado por uma benfeitora num período de crise e indenição, em que gestos como este permitem ganhar alento e coragem para vencer as diculdades. A nova ambulância está apetrechada com equipamento topo de gama, desde um monitor automático e portátil para parâmetros vitais, que também tem a função de electrocardiógrafo de 12 derivações, a um ventilador e unidade de aerosolterapia, passando N intensiva, estes estagiários, que frequentaram a Escola de Bombeiros 2.º Comandante António Rodrigues, estão agora aptos para o socorro nas diversas valências, que vão desde a assistência pré-hospitalar, como tripulantes de ambulância de transporte, ao ataque a incêndios urbanos, industriais e orestais, integrados em equipas cheadas por bombeiros mais graduados. No âmbito do aniversário, foram tam- bém apresentadas duas viaturas: uma restaurada, que servirá para desencarceramento, e outra destinada a operações especiais. Durante a sessão solene, presidida por Guilherme Aguiar, vereador da Câmara Municipal de Gaia responsável pela Protecção Civil, o presidente da Direcção da instituição, Manuel Monteiro, expressou o seu reconhecimento em relação à colaboração prestada pelo município. s Bombeiros Voluntários da Cruz Branca de Vila Real estiveram de parabéns pelos seus 112 anos de existência. As comemorações do seu aniversário iniciaram-se no dia 6 de Janeiro, data da fundação, com um desle pelas principais ruas da cidade, seguindo-se a apresentação do projecto do futuro quartel, que será construído na zona das Flores. A festa teve o seu ponto alto no m-de-semana. No sábado, após uma romagem aos cemitérios onde estão sepultados bombeiros, realizou-se a tradicional prova de atletismo o 12.º Grande Prémio dos Reis. No domingo, dia 11 de Janeiro, as festividades iniciaramse com o hastear solene da bandeira em formatura geral, seguido da visita dos cemitérios de Santa Iria e S. Dinis e do toque de alvorada aos corpos sociais. A recepção aos convidados contou com a presença do vice-presidente do INEM, o qual, em nome dessa instituição, assinou um protocolo com os Bombeiros da Cruz Branca de Vila Real para a cedência de uma viatura do instituto, que foi benzida após a solene eucaristia, realizada na Capela Nova. Em formatura geral, os Bombeiros da Cruz Branca apresentaram cumprimentos à Câmara Municipal de Vila Real e ao Governo Civil do distrito de Vila Real. As comemorações contaram, ainda, com um almoço-convívio no Hotel Miracorgo, onde todos os elementos da Cruz Branca, bem como os seus directores e convidados, foram presenteados com um CD que mostra vários momentos da vida desta corporação, desde a sua fundação até à actualidade. O programa festivo nalizou-se com um baile de convívio, no quartel-sede dos bombeiros. 20 JANEIRO 2009 CORONEL JOAQUIM PEREIRA LEITÃO, COMANDANTE DO REGIMENTO Só aceitei o desao por ter sido As mudanças que já se realizaram, e outras que se avizinham, no Regimento de Sapadores de Bombeiros (RSB) de Lisboa foram um dos temas abordados na entrevista que o seu novo comandante, coronel Joaquim Pereira Leitão, concedeu ao BP. Uma dessas mudanças corresponde também a um novo relacionamento com as associações de bombeiros voluntários da capital. Durante a entrevista, o comandante do RSB fez questão de estar ladeado pelos seus colaboradores mais próximos: o chefe principal Francisco Carrondo, responsável pelas operações, e dois elementos de apoio ao seu gabinete, o chefe de 1.ª classe Eliodoro Neves e o subchefe de 1.ª classe José Mateus. Entrevista: Patrícia Cerdeira Fotos: Rogério Oliveira Bombeiros de Portugal (BP) Tomou posse há cerca de sete meses. Começo por lhe perguntar que tipo de surpresas teve quando chegou ao Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB), levando em conta as suas expectativas e a imagem que tinha da casa enquanto observador externo? Joaquim Leitão (JL) Como é sabido, em 2005 comecei uma nova caminhada na minha carreira quando fui nomeado pelo Exército Português para acompanhar o senhor general Ferreira do Amaral numa estrutura criada pela Resolução n.º 88-A/2005 do Conselho de Ministros, a Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais (ANIF), com o objectivo de desenvolver um conjunto de iniciativas que melhorassem a capacidade de planeamento e a coordenação de acções que assegurassem uma adequada e efectiva colaboração entre todos os intervenientes nas operações de vigilância, aviso, detecção, alerta, combate e rescaldo aos incêndios orestais, através de uma direcção, liderança e coordenação coesas, ecazes e integradas. A ANIF tomou posse em 11 de Maio de 2005 e, em 25 de Outubro do mesmo ano, apresentou um relatório nal que, partindo das falhas ou carências detectadas, apontou as vias alternativas para as minimizar ou eliminar. Esse relatório foi a Conselho de Ministros em 29 de Outubro de 2005. Cumprida esta missão, em nais de Outubro, e por despacho do então Secretário de Estado da Administração Interna, Dr. Ascenso Simões, fui destacado para o seu gabinete para colaborar na elaboração do Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios (PNDFCI), documento estruturante para o sector, tarefa que decorreu entre Novembro de 2005 e Fevereiro de 2006. Nessa data, e por proposta do presidente da actual Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), major-general Arnaldo Cruz, fui nomeado, em comissão de serviço, para o exercício do cargo de 2.º comandante operacional nacional do Comando Nacional de Operações de Socorro, cargo que desempenhei até ao dia da minha tomada de posse como comandante do RSB. Não me considero, por isso, um observador externo, dado que, desde 2005, sempre incorporei o Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) em todos os trabalhos que desenvolvi, dado o importante lugar que este ocupa no âmbito da protecção e socorro do nosso país. Penso que ninguém tem dúvidas da importância e do enorme potencial desta grande casa, que tem mais de seis séculos de história a servir o cidadão. BP Quando foi convidado pelo Dr. António Costa para assumir o comando do regimento, o que lhe pediu o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML)? JL O senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa, explicou-me o projecto e disse-me que gostaria que eu assumisse o comando do Regimento de Sapadores Bombeiros. Dado que eu con- cordava inteiramente com o projecto apresentado, não tive qualquer dúvida na decisão que tinha de tomar. De referir ainda a grande responsabilidade e honra que senti ao ser convidado pelo senhor presidente da CML para esta prestigiante função. BP Que condições colocou para aceitar o cargo? JL Aceitei o cargo de comandante do RSB pelo mesmo motivo que aceitei os cargos anteriores: pelo projecto, pelas pessoas que me lançaram o desao e pela rme convicção de que poderia dar um contributo importante. Foi-me explicado o projecto e eu aceitei. BP Foi várias vezes tornada pública a opinião de que o RSB vivia à margem do sistema de protecção civil. Sentiu isso quando tomou posse em Junho? JL Como já antes referi, o RSB tem 613 anos de história ao serviço do cidadão, donde, só por isso, não pode ser considerado que vivia à margem do sistema de protecção civil. O que eu penso é que, considerando a entrada em vigor da Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, que aprovou a Lei de Bases de Protecção Civil; a criação do Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS), onde estão denidos os princípios de organização e funcionamento do sistema de coordenação, comando, controlo e comunicações dos agentes de protecção civil e socorro; o papel fundamental do RSB no planeamento, coordenação e execução das acções de protecção e socorro no município de Lisboa; o enquadramento insti- tucional e operacional da Protecção Civil no âmbito municipal e as competências e a articulação operacional do comandante operacional municipal no que, em especial, se refere ao município de Lisboa, previsto na Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, em que atribui, por inerência, ao comandante do RSB as funções de comandante operacional municipal, revelase fundamental assegurar a melhor coordenação operacional entre o RSB e o Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), sem prejuízo das competências da Câmara Municipal de Lisboa e da Autoridade Nacional de Protecção Civil. É esta falta de coordenação que estamos a resolver, estando já preparado um protocolo para ser assinado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Autoridade Nacional de Protecção Civil, em que ambas as entidades se comprometem a estabelecer, disponibilizar e utilizar os mecanismos e instrumentos necessários à melhor coordenação operacional entre o RSB e o CNOS/ANPC no âmbito das operações de protecção e socorro. Era um passo fundamental, que felizmente foi agora possível. BP Já fez saber que a integração do maior corpo de bombeiros da cidade no sistema integrado de protecção civil é uma das suas principais prioridades. Como tem estado a desenvolver esse objectivo? JL Como é sabido, tomei posse do cargo de comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa em 23 de Junho de 2008. Desde essa data temos vindo a desenvolver, dia após dia, uma maior articulação e envolvimento operacional com os corpos de bombeiros voluntários (CBV) e os agentes de protecção civil (APC) da cidade de Lisboa, os serviços da CML e o CNOS/ ANPC. Neste âmbito, o RSB está a trabalhar no sentido de estabelecer, disponibilizar e utilizar os mecanismos e instrumentos necessários à melhor coordenação operacional entre a sua Sala de Operações e a Sala de Operações do CNOS/ ANPC, no âmbito das operações de protecção e socorro. Estamos também já a estruturar a ligação dos CBV do concelho de Lisboa e de todos os APC ao RSB. O RSB tem hoje um ocial de ligação junto da ANPC, onde semanalmente colabora nos briengs do Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), permitindo assim uma maior articulação ao nível do planeamento e da coordenação institucional, com reexos muito importantes no resultado da nossa intervenção operacional. Pretende-se, também, que esta colaboração com a ANPC se alargue às actividades de formação, nos termos de um plano anual de formação a acordar entre as partes. De referir ainda que o RSB propôs à ANPC a constituição do módulo de busca e salvamento médio (constituído com meios do RSB, CBV e PSP) e a constituição do módulo de busca e salvamento em ambiente NRBQ (constituído com meios do RSB e INEM). Por despacho de 29 de Setembro de 2008 do senhor secretário de Estado da Protecção Civil, Dr. José Miguel Medeiros, foi sancionado o seu registo no sistema CECIS da Comissão Europeia. Estes meios poderão, ainda, integrar-se na Reserva Estratégica Nacional, a constituir pela ANPC, com níveis de prontidão de 4 horas e com capacidade de projecção nacional ou internacional para períodos de 24 sobre 24 horas durante 7 dias. BP Que tipo de papel preconiza para o regimento no contexto do sistema? JL O RSB, sendo a maior unidade de bombeiros do País, com formação altamente especializada nas áreas da protecção e socorro, com um knowhow único no contexto nacional, deverá ter um papel correspondente à sua capacidade técnica, quer de recursos humanos, quer de equipamentos especiais para a intervenção, não só na cidade de Lisboa, mas também no País. Este regimento tem na sua história um desempenho único a nível nacional, mas também em cenários de emergência internacional, pois, sempre que estivemos em cenários de catástrofe em diversos países, fomos apontados como uma referência. Por isso, deverá reforçar esta posição, integrando, sempre que solicitado e autorizado pelo senhor presidente da CML os dispositivos criados. BP Recentemente, o RSB esteve envolvido num exercício de protecção civil de âmbito nacional o PROCIV IV. Que percepção teve da ligação que é exigida aos patamares nacional, distrital e municipal? Correu bem? 21 JANEIRO 2009 DE SAPADORES BOMBEIROS DE LISBOA (RSB) feito pelo presidente António Costa JL O exercício PROCIV IV/ 2008 tinha como principais objectivos a articulação operacional entre os vários intervenientes, testar a estrutura de comando e controlo e a arquitectura dos sistemas de comando, comunicações e apoio, e ainda a capacidade de resposta de todas as entidades envolvidas. Neste exercício, em que o comandante do RSB, enquanto comandante operacional municipal (Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro) se articulou permanentemente ao nível do planeamento e execução com o CNOS/ ANPC, estes objectivos foram amplamente conseguidos, tanto no terreno como no Posto de Comando Operacional Conjunto (PCOC) da cidade de Lisboa. O RSB, em coordenação com o Departamento de Protecção Civil, desenvolveu um planeamento adequado à participação dos agentes de protecção civil (APC) da cidade de Lisboa no referido exercício, destacandose, entre outras entidades, a Polícia Municipal, o INEM, a GALP, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Lisboa Gás, a Polícia Marítima, a EPAL, a EDP, a PSP, a APL, o LNEC, a PT, o SEF, a Faculdade de Ciências, a Parque Expo, o Instituto de Medicina Legal, o Metropolitano de Lisboa, o Instituto de Tecnologia Nuclear, a PJ, o Exército Português, o Instituto Superior de Agronomia e a Autoridade Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. No âmbito do mesmo planeamento, pretendeu-se, ainda, estender o exercício PROCIV IV, de forma controlada, até 60 entidades públicas e privadas que, no âmbito da gestão de segurança, possuíssem os respectivos planos de emergência internos (PEI) actualizados. Testar um cenário com esta tipologia risco sísmico careceu também do envolvimento dos senhores presidentes das juntas de freguesia, das brigadas de apoio local (BAL) constituídas e dos meios da CML. Nos meios da CML a desenvolver, destacamos, entre outros, a Direcção Municipal de Projectos e Obras, a Direcção Municipal de Gestão Urbanística, o Departamento de Acção Social, a Direcção Municipal de Ambiente Urbano e a Direcção Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana. A montagem dos diversos cenários (12 cenários nos três dias) implicou a mobilização de pessoas para gurantes, entre bombeiros sapadores, estudantes universitários de Protecção Civil, bombeiros voluntários, voluntários da CML, entre outros. Com o decorrer do exercício, e através da experiência diária, foi não só possível uma melhoria nos procedimentos de funcionamento das entidades que estiveram no PCOC (algumas das quais participaram pela primeira vez num exercício desta envergadura), mas ainda uma clara identicação dos constrangimentos de procedimentos de comunicação entre as diversas estruturas. De relevar ainda que a intervenção em cenários de catástrofe já faz parte da história do RSB, dado que integrou as missões nacionais de auxílio às populações na sequência de violentos sismos, nomeadamente na Argélia (2003), Irão (2003) e Marrocos (2004). Participou ainda em exercícios conjuntos a nível europeu, como o EUROST2005 e EULUX-2007, pelas suas reconhecidas valências nas áreas de busca e resgate em edifí- cios colapsados (BREC) e NRBQ. BP Ao contrário do que acontecia em vários momentos, as ocorrências mais signicativas que chegam á vossa central são, nesta altura, encaminhadas para o CNOS. Que tipo de sinal quis dar como esta medida que, à partida, até parece simples? JL A optimização do planeamento e da execução da emergência só é possível através da articulação dos diferentes níveis e agentes. Esta preocupação vem dar resposta ao novo enquadramento legal nesta matéria e, mais concretamente, no que diz respeito ao estabelecimento do sistema de gestão de operações, à denição da organização dos teatros de operações e dos postos de comando, à claricação das competências e à consolidação da doutrina operacional. A estruturação da resposta operacional à emergência, em qualquer momento e em qualquer teatro de operações, com base na articulação interinstitucional de todos os agentes de protecção civil sob um comando único, mas sem prejuízo da respectiva dependência hierárquica e funcional, tem que ser uma realidade no concelho de Lisboa. É também nesta óptica de que o RSB tem que estar em permanente coordenação operacional com o CNOS/ANPC, para que não só o concelho de Lisboa possa, em tempo, ter uma resposta adequada, se necessário, mas também o País, como sempre, possa, também em tempo, contar connosco em todos os momentos difíceis, compartilhando assim de forma anónima o esforço em prol da comunidade e da cidadania. BP Para quem não conhece o seu projecto, para além do objectivo acima enunciado, que outras objectivos tem para o curto prazo? JL Estamos a trabalhar numa casa que, como já referi, tem um enorme potencial e uma grande história. Tal como foi público na minha tomada de posse (23 de Junho de 2008), foram apresentados oito eixos de actuação que consubstanciam e operacionalizam um plano estratégico de acção em que as sinergias do trinómio acção/investigação, formação e inovação constituem a sua principal matriz, que tem por base um programa já apresentado internamente, onde se identica um conjunto de medidas que vão desde a integração do RSB no sistema nacional de protecção civil à revisão do regulamento do regimento, que não é revisto desde 1940, e à mudança da imagem numa lógica de proximidade ao cidadão, entre outros aspectos. Neste momento, está já criado um grupo de trabalho para adequar o regulamento interno aos dias de hoje. Estamos também a tratar de um outra questão, que nos pareceu muito urgente o novo regulamento de uniformes , que, face às novas exigências da missão, tem de ser actualizado, sobretudo em termos operacionais. Há ainda um outro grupo de trabalho a estudar a criação do novo cartão de identidade dos bombeiros e funcionários do RSB, ao qual estarão associadas diversas informações e facilidades, e gostaríamos de inaugurar em breve a primeira estátua de homenagem ao bombeiro na cidade de Lisboa. No âmbito das infra-estrutu(continua na página seguinte) 22 JANEIRO 2009 (continuação da página anterior) ras e reequipamento, está a ser preparado um projecto de reestruturação do RSB, dando-se prioridade absoluta à nossa componente operacional. Está igualmente em curso um outro trabalho, que se prende com a avaliação das necessidades dos corpos de bombeiros voluntários da cidade de Lisboa. O comandante do regimento é também o comandante operacional municipal, com as competências que daí advêm, e, como tal, pretendemos, no processo de avaliação das nossas necessidades, contemplar ainda as dos bombeiros voluntários. Eu próprio já visitei as suas instalações e z várias reuniões de trabalho com todas as corporações. De relevar, ainda, outras medidas que o RSB tem já em desenvolvimento, com reexo na actividade operacional da cidade de Lisboa, onde se inserem o plano de desporto para o RSB, os programas no âmbito da segurança contra incêndios, a criação do Clube de Protecção Civil nas escolas do concelho de Lisboa, os prédios devolutos da cidade de Lisboa, a formação interna e externa ao RSB, a criação do Núcleo de Apoio ao Idoso da Cidade de Lisboa, a criação do curso de mergulho amador, a vericação e carregamentos de garrafas e extintores e o museu, numa perspectiva do seu desenvolvimento futuro. BP O que pretende com a revisão do Regulamento Interno do Regimento? A casa não estava adequada às novas realidades e exigências? JL Grande parte da actividade interna do RSB ainda se orienta por normas do Regulamento Geral aprovado em 1940 para o então Batalhão de Sapadores Bombeiros. Naturalmente que se tem feito uma interpretação actualista das normas ali constantes, bem como têm sido introduzidas alterações avulsas em muitas matérias. O novo regulamento interno é uma reivindicação de há anos no RSB e constitui um instrumento indispensável para a gestão da casa no sentido de melhor desempenhar a sua missão, evitando, nomeadamente, arbitrariedades e experiências dispensáveis. Garante, por outro lado, uma linha de conduta e comportamento por parte de todos, cheas e subordinados, a favor da transparência e da legalidade. O grupo de trabalho constituído para o efeito apresentará e discutirá com os seus pares uma proposta que, estou certo, corresponderá às necessidades do RSB e de quem aqui trabalha. Os trabalhos estão bastante adiantados e contam já com a contribuição de representantes de todas as organizações representativas dos bombeiros prossionais do RSB (de classe e sindicais), pelo que, embora eventualmente estes trabalhos se tornem mais demorados, o produto nal deverá obter um largo consenso nos seus desti- natários. Deseja-se, de facto, um regulamento que, sem menosprezar a história e tradição do RSB, permita a sua evolução e permanente actualização, de forma a poder corresponder aos desaos que a sociedade vai criando e, assim, melhor poder servir os munícipes de Lisboa. Anal, somos o maior e mais antigo corpo de bombeiros sapadores do País. BP Outra das suas prioridades passa por uma mudança de imagem na lógica de proximidade ao cidadão frase é sua. O regimento está longe dos lisboetas? JL O RSB não está, obviamente, longe dos lisboetas, nem dos portugueses, dado que, sempre que é solicitada a sua intervenção no concelho de Lisboa, em diversos locais do País, ou mesmo internacionalmente, é alvo dos maiores destaques e elogios. A mudança da imagem pretende introduzir uma mensagem de modernidade com que o RSB se quer apresentar junto do cidadão. Esta lógica vem, aliás, na lógica da modernização e do processo de aproximação ao munícipe que a CML vem desenvolvendo. BP Quando entrou no RSB, já tinha em mãos um plano de mudança. Era claro para si o que precisava de ser alterado? JL Como sigo o sector muito de perto desde 2005, o regimento não era uma casa desconhecida para mim. Para além da sua própria especicidade, que ainda estou a conhecer, quando entrei nesta casa já trazia um projecto de mudança no sentido daquilo que eu acredito ser o melhor para o RSB, para a Câmara Municipal de Lisboa e para a cidade de Lisboa. É uma casa com uma grande história e um potencial enorme. BP Sente os seus elementos motivados? De que forma tem aproveitado as reconhecidas capacidades técnicas dos bombeiros do regimento? JL Face ao trabalho já desenvolvido nestes sete meses, sinto que os prossionais (com e sem farda) do RSB estão motivados, pois só assim era possível já termos realizado as ta- refas que, em conjunto, desenvolvemos. Nós temos, neste momento, cerca de 10 grupos de trabalho a projectar o regimento, e todos integram bombeiros e elementos não bombeiros do RSB. São todos projectos que saíram da cabeça dos prossionais do regimento para melhorar esta casa, e ninguém melhor do que os prossionais desta casa sabe como se podem utilizar os recursos disponíveis. Tenho plena conança nos prossionais que servem esta casa, não só na vertente do seu desempenho prossional, sobejamente conhecida e reconhecida por todos, mas também na sua capacidade de projectar e relançar o RSB. O comandante, neste âmbito, tem tido, fundamentalmente, a função de ouvir as pessoas, acarinhar as boas ideias/projectos e denir as lógicas de desenvolvimento e coordenação desses mesmos trabalhos. BP Já visitou os vários quartéis da cidade. São boas as condições de trabalho? JL O Regimento de Sapadores Bombeiros encontra-se instalado em 11 quartéis com a seguinte implantação territorial: Av. Dom Carlos (estrutura de comando, serviços de apoio e sede da 1.ª companhia); Largo do Regedor (estação da 1.ª companhia); Alto de Santo Amaro (sede da 2.ª companhia); Monsanto (estação da 2.ª companhia); Alvalade (sede da 3.ª companhia); Carnide (estação da 3.ª companhia, centro de transmissões do comando e museu); Graça (sede da 4.ª companhia); Av. Defensores de Chaves (estação da 4.ª companhia); Chelas (escola e Companhia de Intervenção Especial); Encarnação (estação da Companhia de Intervenção Especial); Aeroporto (destacamento). Da avaliação feita, vericámos que alguns dos quartéis necessitam de algumas obras urgentes, acção que está a ser já planeada e/ou em execução. Contudo, num âmbito mais alargado, está a ser preparado um projecto de reestruturação dos quartéis do RSB. No âmbito das competências do comandante operacional municipal (COM) visitei, também, os quartéis dos seis corpos de bombeiros voluntários da cidade de Lisboa, a m de tomar conhecimento da sua capacidade operacional, constatando, por isso, a sua realidade ao nível operacional, logístico e de infra-estruturas. BP É sabido que o comando do RSB vai mudar para Monsanto. Quer adiantar pormenores? JL Como é sabido, a cidade de Lisboa, é constituída por 53 freguesias e ocupa uma superfície de 83,84 Km2, onde residem uma população xa de cerca de 600 mil habitantes e uma população utuante de mais de 1,5 milhões de pessoas. É evidente a relevância da cidade de Lisboa em termos políticos, económicos e sociais para todo o País: aqui se concentram os principais órgãos de decisão e as principais instituições político-administrativas de governação do País, bem como as representações diplomáticas e organizações internacionais. Do mesmo modo, ao nível económico, cumpre salientar que a Área Metropolitana de Lisboa (AML) concentra cerca de um terço do total das actividades económicas de Portugal continental, das quais 80% pertencem ao sector terciário, correspondendo a uma parte signicativa do tecido económico nacional. A riqueza produzida na AML e concelhos limítrofes representa um valor de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), tendo absorvido 45% do investimento total realizado no território do Continente. Acresce ainda a localização de sedes e liais de instituições bancárias, seguradoras e de outras empresas, tanto nacionais como estrangeiras, assim como a própria Bolsa de Valores de Lisboa, importante pólo de gestão nanceira da vida económica nacional, pelo que se constitui como o centro nanceiro e económico mais importante do País. De um ponto de vista cultural e simbólico, alguns dos principais e mais importantes recursos nacionais, nomeadamente em investigação, ciência, educação e desenvolvimento tec- nológico, têm também a sua localização na cidade de Lisboa. O peso que esta região representa no contexto nacional é, por isso, indiscutível. A complexa rede de infra-estruturas, nas suas mais variadas dimensões, abrange o abastecimento, saneamento e rede viária, para além das infraestruturas portuárias e aeroportuárias, de importância central para o País. Acrescem, ainda, as zonas residenciais, de características marcadamente heterogéneas e com diferentes tipologias urbanas e construtivas, pontuadas com graus de vulnerabilidade e de risco distintos. A responsabilidade legal no âmbito da prestação do socorro em caso de incêndios, inundações, desabamentos, abalroamentos e em todos os acidentes, catástrofes ou calamidades no município de Lisboa cabe ao Regimento de Sapadores Bombeiros, pertencente à estrutura orgânica da CML, que, em colaboração com os CBV da cidade de Lisboa, vem dando a resposta adequada. O RSB tem os seus 11 quartéis estrategicamente colocados na cidade de Lisboa, a m de acorrer a todas as situações de socorro de uma forma célere, estando atribuído a cada um deles uma área de intervenção perfeitamente denida, que permite responder a toda as solicitações dentro de prazos de intervenção estabelecidos e aceites. A execução das operações de socorro assenta, para além de outros factores, no tempo mínimo de resposta. A dispersão territorial é fundamental para o cumprimento deste factor. A cidade de Lisboa encontrase numa zona sísmica de risco elevado, onde são identicadas três subzonas de risco para magnitudes 7, 8 e 9 na escala de Richter. A maioria dos quartéis do RSB encontram-se localizados na zona de magnitude 8 e, em caso de ocorrência de acções sísmicas, esses mesmos quartéis poderão car com grandes constrangimentos operacionais, cenário este que dicultaria a necessária e esperada prestação de socorro à população. A zona da cidade sismicamente mais estável é a da serra de Monsanto. O risco sísmico na Área Metropolitana de Lisboa e, mais concretamente, no distrito de Lisboa, seja pela historicidade da ocorrência do fenómeno, seja pela concentração humana, pela concentração dos órgãos de soberania, ou pelo peso económico relativo dos factores de produção, serviços ou indústria, e pela monumentalidade, é aquele que mais aconselha uma previsão optimizada da capacidade de resposta, dos meios e dos recursos. Torna-se, assim, de todo necessário proceder à execução de medidas estruturantes que assegurem, no caso da ocorrência de um abalo sísmico, uma capacidade de resposta o mais célere e ecaz possível em apoio da população, que passa, impreterivelmente, pela construção e relocalização de um novo quartel do comando e pela reavaliação dos restantes quartéis do RSB. É esse o estudo integrado que estamos, neste momento, a desenvolver, e que esperamos em breve concluir. BP O comandante do RSB é também o responsável operacional municipal dos bombeiros voluntários da cidade. Na sua opinião, que tipo de bombeiros tem a capital? JL A capital tem os melhores bombeiros Lisboa, tratando-se de um concelho caracterizado por elevados riscos que se estendem, entre outras, a áreas tão diversicadas como a oresta, a indústria, a restauração, a hotelaria, o tráfego rodoviário, uvial, ferroviário, metropolitano e aeroportuário, as matérias perigosas em trânsito ou a sismicidade , é expectável que as suas estruturas de protecção e socorro sejam capazes de, pronta e ecazmente, reagirem à ocorrência de quaisquer acidentes, independentemente da sua origem ou natureza. Para esse objectivo, o concelho de Lisboa conta com um corpo de bombeiros prossional e seis corpos de bombeiros voluntários, e está atento às características de cada um deles. No que concerne aos prossionais, pelo facto de possuirmos uma escola própria e programas de formação consequentes, estão muito bem preparados tecnicamente. No que aos voluntários diz respeito, não tenho dúvidas de que, dentro das limitações que a própria condição de voluntários impõe em termos de disponibilidade, respondem como qualquer outro corpo de bombeiros voluntários, dos 480 que existem em Portugal. De referir ainda que é objectivo do comandante operacional municipal desenvolver uma maior articulação técnica e operacional dos bombeiros da cidade de Lisboa, sustentada nos exercícios e na formação que importa desenvolver e incentivar. Como já referi, a cidade conta com uma escola de excelência reconhecida tanto ao ní- 23 JANEIRO 2009 vel nacional como internacional, e que poderá participar no processo formativo dos corpos de bombeiros voluntários, de forma a unicar a formação no concelho de Lisboa. BP Que recepção tem tido por parte dos voluntários da cidade, sabendo-se que a relação nem sempre correu como o desejado? JL Penso que a recepção tem sido boa. Enquanto comandante operacional municipal tenho envolvido todos os corpos de bombeiros voluntários nas nossas actividades operacionais, reúno sempre que necessário com os elementos de comando e temos tentado atender às suas legítimas preocupações, quer de natureza administrativa, quer operacional. De referir que, desde 23 de Junho de 2008, data da minha tomada de posse, foram visitados todos os quartéis dos CBV da cidade de Lisboa, tendo, em cada um deles, feito uma reunião de trabalho com as suas direcções e várias reuniões operacionais com os seus comandantes. Em consequência desta maior articulação, tem também sido possível um maior envolvimento operacional dos CBV da cidade de Lisboa, como é exemplo o incêndio na Avenida da Liberdade, que ocorreu em 6 de Julho de 2008, a intervenção no dia 18 de Outubro do mesmo ano, relativamente às cheias, entre outros casos. Pretende-se, contudo, que este envolvimento seja cada vez maior, e diário. De salientar, ainda, a sua maior participação Internacional, dado que os CBV participam com o RSB, pela primeira vez, nos módulos de protecção civil para intervenção em cenários de emergência internacional, no âmbito da busca e salvamento médio, com um médico e dois enfermeiros. Importa também aqui salientar as preocupações que o comandante operacional municipal tem tido na integração de todos os agentes de protecção civil e, mais concretamente, dos CBV, no Sistema Nacional de Protecção e Socorro, estando já a trabalhar no sentido de Ligar o RSB à ANPC, como já antes foi referido. Estamos também, neste campo, a estruturar a ligação dos CBV do concelho de Lisboa e todos os APC ao RSB. BP Qual o orçamento do RSB? O dinheiro chega-lhe? JL Aquando da minha tomada de posse, o regimento vivia uma situação nanceira de ruptura iminente. Depois de uma primeira apreciação, com o objectivo de identicar as maiores carências, procedeu-se à avaliação pormenorizada das áreas que servem de base à actividade de socorro. Esta primeira avaliação levou à tomada de algumas decisões sobre o investimento previsto, em prol da sustentação da estrutura e do socorro da cidade de Lisboa. Não obstante o planeamento em tempos efectuado para importantes obras de sustentação, a capacidade de resposta de socorro e de salvaguarda da vida de pessoas e dos seus bens foi a prioridade. Em 2008, o orçamento total do RSB foi de 6.847.574 euros, dividido da seguinte forma: despesas correntes, 4.908.116 euros; pessoal, 3.861.092 euros; bens e serviços, 1.038.922 euros; outras despesas, 8.102 euros. Assim, temos um total de 6.847.574 euros. Este orçamento serviu também para absorver parte das dívidas de anos anteriores, num esforço da Câmara Municipal de Lisboa para recuperar a credibilidade perdida com os fornecedores. Para 2009, no decorrer das reuniões preparatórias com o senhor presidente da CML e com o senhor vereador das Finanças, defendemos a necessidade de proceder a um investimento em meios humanos e materiais. Desta forma, e no âmbito do Quadro de Referencia Estratégico Nacional (QREN), iremos concorrer em três áreas distintas: infra-estruturas, onde se inclui o Centro Estratégico de Protecção e Socorro; viaturas e formação. Criámos também novos projectos/acções orçamentais de forma a tornar claras algumas das prioridades do RSB. Destaco o SADI Sistema Automático de Detecção de Incêndios, a Unidade de Controlo Ambiental e o Corpo de Mergulhadores. Em resumo, para 2009, e em comparação com 2008, o orçamento do RSB sofreu um aumento de 28 por cento, estando estruturado da seguinte forma: despesas correntes, 5.141.476 euros; pessoal, 3.927.586 euros; bens e serviços, 1.191.390 euros; outras despesas, 22.500 euros. Contaremos assim com um total de 8.797.477 euros, que representam um aumento de 28 por cento. BP Ao nível dos meios humanos, há muito que os vários responsáveis que por aqui têm passado defendem que há que renovar quadros e apostar em mais elementos. É esta a sua opinião? JL O RSB dispõe actualmente de um efectivo de 867 bombeiros sapadores para um quadro orgânico de pessoal (QOP) de 1.112 elementos, divididos pelas oito categorias previstas na lei. Verica-se, assim, a existência de 245 vagas, prevendo-se que, até Dezembro, de 2010, este déce ascenda a 328 elementos, por aposentação por limite de idade de mais de 83 elementos, perfazendo um efectivo de 784 elementos, o que se agura insuciente para o cumprimento das missões cometidas ao RSB. De referir, ainda, que o processo de admissão de novos elementos se reveste de alguma morosidade, aproximadamente 18 meses, distribuídos pela abertura do concurso e selecção (6 meses), formação na Escola do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (6 meses) e estágio em contacto com a realidade do socorro colocação nos locais de trabalho (6 meses). Após ponderada análise ao cenário que se perspectiva, o senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa, autorizou o recrutamento de mais 160 bombeiros sapadores, de forma e não fragilizar as competências atribuídas ao RSB no que concerne à protecção de pessoas e bens e nas diversas vertentes da sinistralidade, incluindo o apoio no transporte de doentes. Esta afectação de pessoal será efectuada em duas fases distintas, com 80 elementos cada, a primeira a iniciar a 1 de Julho de 2009 e a terminar em 1 de Julho de 2010, e a segunda a iniciar em 1 de Janeiro de 2010 e a terminar em 31 de Dezembro de 2010, garantindose assim, que nesta data, o RSB tenha um efectivo real de 944 bombeiros. BP Ao nível do reequipamento, quais são as suas prioridades? JL No que se refere ao parque de viaturas operacionais e administrativas, o RSB está apetrechado numa quantidade que nos permite responder não só em tempo útil a todas as situações que diariamente se nos deparam, como ainda em situações de menor frequência, mas, no entanto, de maior especici- dade, como são os danos ambientais ou o mergulho. No entanto, grande parte dessas viaturas apresentam idades muito próximas do m do seu tempo de vida útil, sendo que, em alguns casos, este já foi ultrapassado em alguns anos, pelo que existe um desgaste de relevante signicado e, ao mesmo tempo, a necessidade constante de actualização ao nível das novas tecnológicas, de modo a permitir uma cada vez maior eciência nas acções de protecção e socorro para as quais estamos vocacionados. Neste momento, temos o levantamento das nossas necessidades efectuado, o qual, basicamente, se pode resumir em dois tópicos: o primeiro, e de maior signicado, será a substituição de viaturas por outras do mesmo tipo (com base nos aspectos já referidos), mas que nos permitem desempenhos substancialmente melhores; o segundo, embora menos relevante, tem a ver com a necessidade da aquisição de viaturas com funcionalidades que, à data, não possuímos. Quando me rero ao reequipamento de viaturas, rero-me não só às viaturas em si, mas também a todo o equipamento que faz parte do seu completo e que é previamente denido para determinadas nalidades ou valências. Nesta óptica, é nosso propósito proceder à sua substituição/ aquisição através de um processo de candidatura ao QREN que está a ser preparado, de forma a que, num período de quatro anos, o RSB possa estabilizar o seu parque auto. Além das viaturas, temos também intenção de nos reequiparmos ao nível das comunicações, nomeadamente rádio, pelo que, à semelhança das viaturas, é nosso propósito efectuar a candidatura ao QREN. Assim, pretendemos investir no sistema SIRESP, para carmos integrados na rede de emergência de socorro nacional. Do mesmo modo, estamos a trabalhar para garantir que, ao nível das infra-estruturas, o RSB seja dotado de condições que possibilitem aos seus pro- ssionais as melhores condições de resposta operacional. BP E quanto aos voluntários, entende que estão bem equipados? Está atento às suas necessidades? JL No ano de 2008, disponibilizámos, com a concordância do senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa, 12.500 euros para equipamento e 12.500 para despesas correntes. Estamos a preparar uma candidatura ao QREN, com vista ao seu reequipamento em termos de VCI e VTT. Como sabe, as diculdades nanceiras são enormes, mas tenho transmitido ao senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa as necessidades sentidas pelos CBV e, também aqui, tenho tido uma boa recepção. BP Cona na prestação dos voluntários enquanto operacionais de protecção civil? Considera-os prossionais na actuação no terreno? JL Como lhe disse, durante este ano iremos fazer uma séria avaliação das capacidades técnicas e operacionais de cada CBV e, obviamente, do seu pessoal. O que lhe posso dizer de momento é que, enquanto comandante operacional municipal, cono nas suas capacidades técnicas, até porque não tenho conhecimento de reclamações ou queixas das suas intervenções. BP Depois de ouvi-lo elencar os projectos que tem em marcha e as verbas disponíveis para os levar à prática, há uma questão que não posso deixar de colocar. Considera que o actual presidente da Câmara tem uma sensibilidade e uma vontade diferente para este sector, mercê de ter ocupado o lugar de ministro da Administração Interna? JL É, para mim, muito difícil fazer esse tipo de leituras, pois tenho um enorme apreço e respeito pelo Dr. António Costa, a quem sempre reconheci capacidades pessoais e prossionais muito grandes. Aliás, só aceitei este desao por me ter sido feito por quem foi. BP Que tipo de relação tem tido com a Associação Nacional de Bombeiros Prossionais (ANBP) e o que espera desta associação? JL O relacionamento com a ANBP e com o seu presidente tem-se baseado na leal colaboração e relacionamento institucional. Considero que a ANBP possui a legitimidade da representação dos bombeiros prossionais portugueses e é um importante parceiro com que o RSB conta para esta nova etapa do Regimento de Sapadores Bombeiros, que começou no dia 23 de Junho de 2008. BP Essa parece ser uma resposta institucional JL Mas é a pura das verdades, e é assim que vejo a nossa relação. BP Como responsável máximo pela segurança da cidade, que factores o preocupam mais? A segurança contra incêndios em edifícios, sem falar obviamente nos eventos sísmicos? JL Vivemos num mundo global onde não há distâncias e onde a informação ui à velocidade da luz. Num mundo onde a ciência e a tecnologia já não têm como referencial os padrões tradicionais de medida e onde as técnicas, procedimentos e equipamentos cam, por vezes, obsoletos em curtos períodos de tempo. Os conceitos emergentes de segurança, articulados sinérgica e recursivamente com, entre outros, os de globalização, alterações climáticas ou desequilíbrios demográcos, que potenciam e geram novas ameaças e novas vulnerabilidades, deverão merecer por parte do Regimento de Sapadores Bombeiros novas reexões, onde a qualidade da resposta terá certamente uma dimensão complexa acrescida. Toda esta nova realidade obriga o RSB a reorganizar-se e a dar prioridade à formação de excelência do seu pessoal, que deve ser contínua, e à constante actualização dos equipamentos. É neste contexto que temos de trabalhar em prol do nosso produto operacional, que consiste em garantir, com qualidade e ecácia, o socorro e a protecção às populações e aos seus haveres. Para a prossecução deste importante objectivo, importa, por isso, rentabilizar e motivar os nossos recursos humanos, actuar na sua formação e treino, no seu espírito de corpo, na optimização dos recursos materiais, na melhoria da eciência organizacional, na implementação de novas tecnologias da informação e do conhecimento, na gestão da informação e na componente estrutural do suporte ao socorro. Só assim estaremos prontos para poder responder aos desaos que diariamente se nos colocam, quaisquer que sejam. Só assim a cidade de Lisboa e o País, como sempre, poderão contar connosco em todos os momentos difíceis, compartilhando de forma anónima o esforço em prol da comunidade e da cidadania. 24 JANEIRO 2009 RELATÓRIO FINAL SOBRE Liga aguarda resposta O grupo de análise criado por Despacho do Ministério da Saúde para a revisão do acordo para o transporte de doentes em ambulâncias dos bombeiros, de que a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) fez parte, conforme estava previsto, apresentou o relatório nal no último dia de 2008. A LBP, que se fez representar no grupo de análise pelo seu presidente, Duarte Caldeira, e vicepresidente, Rui Silva, aguarda agora a resposta do Ministério relativamente ao teor desse relatório. O Ministério esteve representado pelo subdirector geral de Saúde, José Robalo, e por Miguel Sousa, da Administração Central do Sistema de Saúde (IP) Para conhecimento, divulgamos o teor desse mesmo relatório, em que estão expressas as posições assumidas pela LBP. CLÁUSULAS CONTRATUAIS GERAIS DE SERVIÇO DE TRANSPORTE DE DOENTES EM AMBULÂNCIAS DAS ENTIDADES DETENTORAS DOS CORPOS DE BOMBEIROS Considerando que, o acordo destinado a assegurar o transporte de doentes em ambulâncias aos utentes dos serviços Médico-Sociais, celebrado entre a Comissão Instaladora do S.M.S. e a Liga dos Bombeiros Portugueses, datada de 25 de Setembro de 1980; Considerando que, o mesmo apenas sofreu alterações em 1985, aquando da elaboração de Minuta Tipo do CONTRATO DE ADESÃO e, posteriormente, em 1987, por proposta de Direcção Geral de Cuidados de Saúde Primários; Considerando que, a partir de Abril/1992 e Maio/1997, a Actividade de Transporte de Doentes em Ambulâncias passou a estar regulada pelo DL n.º 38/ 92 e pela Lei nº 12/97, respectivamente e demais legislação regulamentar; Considerando que, em 28 de Setembro de 2001, através da Portaria n.º 1147/2001, foi publicado um novo REGULAMENTO DE TRANSPORTE DE DOENTES, que dene: a) As condições para o exercício de actividade de transporte de doentes em ambulâncias; b) Os tipos de ambulâncias, suas características gerais; c) As características técnicas e os equipamentos; d) Tipo de tripulantes e sua formação. Considerando que, o Regulamento de Transporte de Doentes aprovado pela Portaria 1147/2001, de 28 de Setembro, sofreu já mais alterações através das Portarias n.º 1301A/2002 e Portaria n.º 402/ 2007, respectivamente, de 28 de Setembro de 2002 e 10 de Abril de 2007; Considerando que, das várias alterações atrás referidas se pode destacar as competências atribuídas ao INEM, na atribuição de certicados de vistoria para o Licenciamento das ambulâncias; Considerando ainda, as competências do INEM no socorro e transporte pré-hospitalar e no transporte inter-hospitalar do doente urgente/emergente; Nesta conformidade, o Ministério de Saúde e a Liga dos Bombeiros Portugueses reconhecem, que o Contrato celebrado em 1985 está desajustado bem como, de igual modo, a tabela de preços anexa ao contrato de adesão está desactualizada e que, por isso, importa adequá-los às regras legais aplicáveis. Nesse sentido, entre: O Ministério da Saúde (MS), de ora em diante designado como PRIMEIRO OUTORGANTE, representado por .., com poderes para o acto, e A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), de ora em diante designada como SEGUNDO OUTORGANTE, representado pelo seu Presidente, com poderes para o acto, Dr. Duarte Nuno da Silva Quintão Caldeira, é celebrado o presente CONTRATO PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE de DOENTES em ambulâncias que se rege pelas CLAUSULAS seguintes: CLAUSULA I (Objecto) O presente CONTRATO tem por objecto a denição dos princípios gerais e regras enquadradoras do TRANSPORTE DE DOENTES em AMBULÂNCIAS prestadas pelos Corpos de Bombeiros, pertencentes à As- sociações Humanitárias ou Câmaras Municipais. CLAUSULA II (Destinatários) 1 O presente CONTRATO vincula todos os serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde, bem como todas as Associações Humanitárias e entidades detentoras de Corpos de Bombeiros, liados na Liga dos Bombeiros Portugueses e que tenham a missão de transporte de doentes em ambulâncias, nos termos do art.º 3º, do D.L 247/2007, de 27 de Junho. 2 O presente contrato tem âmbito nacional, transversal e comum, sem prejuízo de acordos especícos a assinar com os Hospitais Entidades Públicas Empresariais, Unidades Locais de Saúde e demais entidades equiparadas, desde que dependentes da tutela do Ministério da Saúde. 3 Na ausência dos acordos referidos no ponto anterior prevalece o presente contrato, não podendo, directa ou indirectamente sobrepor-se ou restringir quaisquer dos direitos ou obrigações das partes aqui outorgantes, constantes das cláusulas seguintes. CLAUSULA III (Enquadramento Legal) Para efeitos do presente CONTRATO, ter-se-á em conta a legislação relativa ao transporte de doentes, nomeadamente o D.L. n.º 38/92, de 28 de Março, a Lei n.º 12/97, de 21 de Maio, bem como o Regulamento de Transporte de Doentes em Ambulâncias, publicado pela Portaria n.º 1147/2001, de 28 de Setembro, com alterações introduzidas pelas Portarias n.º 1301-A/2002 e n.º 402/2007, respectivamente, de 28 de Setembro e 10 de Abril e demais legislação aplicável ao Sector e ainda o estabelecido no Regime Jurídico dos Corpos de Bombeiros e no Regime Jurídico dos Bombeiros publicado pelos D.L. n.º 247/07 e 241/07, de 27 e 21 de Junho respectivamente. CLAUSULA IV (Abrangência) 1. O presente CONTRATO abrange as seguintes situações de transporte por via terrestre: a) Transporte de doentes, não emergentes, para tratamentos, consultas médicas e (ou) utilização de elementos auxiliares de diagnósticos, mediante requisição ou credencial emitida pelos serviços ou estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde; b) Transporte de doentes não emergentes para a sua residência, após alta hospitalar, mediante prescrição médica e respectiva requisição emitida pelo estabelecimento de saúde; c) Transporte de doentes que assistidos numa qualquer unidade do Serviço Nacional de Saúde careçam, por razões clínicas e por decisão médica, de imediata transferência para outro estabelecimento de saúde. 2. O presente CONTRATO abrange ainda situações não programadas e que, portanto, não tenham obtido previamente a credencial de transporte, desde que a necessidade desse transporte seja reconhecida pela unidade de saúde. CLAUSULA V (Competências) No âmbito deste CONTRATO, e obedecendo ao disposto nos termos da lei, 1) Ao PRIMEIRO OUTORGANTE compete: a) Denir as condições técnicas das viaturas e equipamentos adequados para a prestação de serviço; b) Denir cientica, técnica e pedagogicamente a formação adequada dos tripulantes tendo em conta o tipo de transporte de doentes; c) Colaborar tecnicamente no planeamento e desenvolvimento das actividades de transporte efectuado pelos bombeiros; d) Proceder à avaliação, nomeadamente através de realização de auditorias, versando a qualicação técnica, o desempenho e o cumprimento dos requisitos legais com implicação clínica, serviços prestados pelos Corpos de Bombeiros no âmbito do presente ACORDO de transporte de doentes. Das avaliações efectuadas deverá ser dado conhecimento à LBP com vista à implementação das medidas correctivas adequadas; 2) Ao SEGUNDO OUTORGANTE compete: a) Respeitar e defender os legítimos interesses das entidades detentoras de Corpos de Bombeiros, em tudo o que respeita ao exercício de actividade de transporte de doentes; b) Propor ao Ministério da Saúde as alterações consideradas adequadas a uma melhor prestação de serviço de transporte de doentes, no âmbito dos Corpos de Bombeiros, bem como as alterações julgadas necessárias ao presente CONTRATO e à tabela de preços em vigor. CLAUSULA VI (Denições) No âmbito deste CONTRATO, e obedecendo ao disposto nos termos da lei, 1. No transporte de doentes serão utilizadas ambulâncias tipo A1, A2, B ou C, devidamente certicadas e licenciadas, tendo em conta as necessidades, tipo de serviço, equipamento disponível e respectivas requisições. 2. As entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros representadas pelo SEGUNDO OUTORGANTE comprometemse a dispor de viaturas com o equipamento adequado, devidamente certicados e, ainda, nos termos da lei, de pessoal em número suciente e dotado de formação adequada para exercer de forma continuada, as actividades de transporte de doentes objecto deste acordo. 3. As entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros comprometem-se ainda a prestar aos doentes/utentes as melhores condições de atendimento e transporte e a não estabelecer qualquer tipo de discriminação em função do seu estado ou estatuto. CLAUSULA VII (Preços) 1) Os serviços de transporte de doentes prestados pelos Corpos de Bombeiros serão debitados de acordo com a tabela de preços em vigor, às seguintes entidades do Ministério da Saúde: a) Entidade requisitante nos casos previstos no n.º 1, da Clausula IV; b) Entidade de admissão do doente nos casos previstos no n.º 2, Clausula IV. 2) Transporte Múltiplo a) O transporte múltiplo, em ambulâncias tipo A2 deverá ser requisitado para os serviços que, tendencialmente, preenchem os seguintes requisitos: 1. Dentro do mesmo percurso (trajecto); 2. Para doentes destinados ao mesmo estabelecimento de saúde; 3. Para as mesmas horas de consulta e (ou) tratamento. b) No caso em que se verique o transporte de mais que um doente, ao preço correspondente ao número de quilómetros percorridos será acrescido o valor de 20% por cada um dos outros doentes/utentes transportados; c) De igual modo será acrescido o valor de 20% relativamente ao acompanhante do doente a quem o médico justique a necessidade de acompanhamento. 3) Os tempos de espera em que a ambulância seja obrigada a aguardar pela admissão dos doentes, bem como os serviços sujeitos a demora no atendimento em consulta ou tratamento serão pagos de acordo 25 JANEIRO 2009 TRANSPORTE DE DOENTES ALMEIDA do Ministério da Saúde com os preços estabelecidos na Hora de Espera da tabela em vigor. 4) De igual modo serão pagos os serviços, de acordo com a tabela de preços em vigor, relativos a: a. Kit de parto; b. Aplicação de oxigénio, quando requisitado pela unidade de saúde; c. Ventilador, quando requisitado pela unidade de saúde e em ambulâncias diferentes de tipo C. CLAUSULA VIII (Obrigações) 1) As entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros apresentarão às entidades ou serviços de saúde requisitantes, de uma só vez, até ao dia 10 do mês seguinte aquele a que dizem respeito, a totalidade de facturação, acompanhada dos verbetes de justicação dos transportes em ambulância devidamente preenchidos, bem como, das credenciais de transporte. CLAUSULA IX (Garantias) 1) Os impressos de modelos normalizados a utilizar pelos Corpos de Bombeiros no âmbito do presente CONTRATO serão garantidas pelos serviços do PRIMEIRO OUTORGANTE. 2) O PRIMEIRO OUTORGANTE garantirá ainda, que todos os seus estabelecimentos de saúde aceitam a entrega dos resíduos hospitalares resultantes de tratamentos e serviços prestados pelos Corpos de Bombeiros, no âmbito do transporte efectuado. CLAUSULA X (Facturação) 1) Os serviços a estabelecimentos de saúde devem proceder à conferência e pagamento das facturas no prazo máximo de 50 dias contados da data de sua apresentação. O não cumprimento do prazo acima referido, implica o pagamento de juros à taxa legal em vigor. 2) Nos casos de divergências no valor de facturação, resultante de erros de cálculo ou atribuições incorrecta de valores, devem os serviços ou estabelecimentos de saúde solicitar os devidos esclarecimentos ou correcções. Tais divergências poderão implicar efeitos suspensivos, mas apenas nos pagamentos correspondentes aos serviços em que tais divergências se veriquem e até que sejam produzidos os esclarecimentos ou correcções. 3) Sempre que se detectarem irregularidades que se tra- duzam em actos dolosos e lesivos dos interesses de serviços de saúde, deve aquela entidade elaborar um processo de averiguações, tendo em vista o disposto na CLAUSULA XI, dando de imediato conhecimento à Liga dos Bombeiros Portugueses. CLÁUSULA XI (Resolução do Contrato) 1) Constituem causa de resolução do contrato, por parte das entidades contratantes as seguintes situações: a) As violações graves do presente clausulado, do Regulamento do Transporte de Doentes a das regras da concessão de autorização para o transporte de doentes; b) A perda do capacidade para aderir ao contrato, 2) A resolução produz efeitos, 30 dias após a noticação da mesma dos respectivos fundamentos à entidade contratada, e sem prejuízo das demais responsabilidades civil ou penal em que o prestador venha a incorrer. CLAUSULA XII (Adesão) 1) As Associações Humanitárias de Bombeiros ou outras entidades detentoras de Corpo de Bombeiros deverão apresentar, através da LBP, uma DECLARAÇÃO DE ADESÃO ao presente CONTRATO conforme minuta que se anexa. 2) A DECLARAÇÃO DE ADESÃO deverá ser acompanhada de documento comprovativo de que foram remetidos ao INEM os documentos a que se refere o n.º 1, do art.º 2º, de Lei n.º 12/97, de 21 de Maio ou, em alternativa, juntar os referidos documentos e, ainda: 1. Cópia da Acta comprovativa da deliberação da Direcção da Associação, de adesão ao presente Protocolo; 2. Certidão actualizada do registo comercial e fotocópia do n.º de pessoa colectiva; 3. Documento comprovativo do seguro de responsabilidade civil, relativo a todas as ambulâncias; 4. Declaração nos termos do Anexo I a que se refere o nº 2 do artº 33 do Decreto Lei nº 197/99 de 8 de Junho 3) Sempre que solicitados pelos diversos serviços ou estabelecimentos de saúde, as entidades detentoras dos CBs deverão fazer prova de entrega da DECLARAÇÃO DE ADESÃO. 4) As entidades referidas na alínea 1), podem apresentar, a todo o tempo e com o mínimo de 60 dias de antecedência, requerimento de renúncia da DECLARAÇÃO DE ADESÃO. CLAUSULA XIII (Revogação) 1) É expressamente revogado o Acordo celebrado em 25 de Setembro de 1980, bem como todas as suas alterações e adendas. 2) O presente CONTRATO produz efeitos a 1 de Janeiro de 2009, e vigorará pelo período de um ano, sendo automaticamente renovado por iguais períodos, salvo manifestação em contrario dos respectivos Outorgantes, ainda que unilateralmente, expressa com antecedência mínima de 90 dias. 3) Em caso de denúncia, nenhum dos Outorgantes terá direito a exigir indemnização por encargos assumidos ou despesas realizadas no âmbito ou por causa do Acordo. 4) O presente CONTRATO vai ser assinado em duas vias, sendo entregue na presente data uma a cada um dos outorgantes. CLAUSULA XIV (Revisão) O presente contrato será revisto trienalmente ou sempre que solicitado por qualquer uma das partes, desde que devidamente fundamentado. PROPOSTA INDICATIVA PARA A FUTURA TABELA DE PREÇOS As tabelas de preços aplicáveis ao transporte de doentes serão aprovadas por portaria do Ministro da Saúde artigo 10.º do DL 38/92 de 28 Março. Fórmula para actualização do Preço Km Preço km ano n+1 = componente gasóleo + componente outros custos Contribuem para a formação do preço duas componentes: Gasóleo = preço médio gasóleo rodoviário no ano n-1 * 0.15 litros por km Comparticipação dos custos com transporte, considerando o preço médio do gasóleo rodoviário no ano-1 (fonte DirecçãoGeral de Energia e Geologia) aplicado a um consumo de 0.15 litros por km. Esta componente garante que as oscilações de preços do gasóleo são sempre contempladas no preço nal a pagar. custos (custos com pessoal, assistência viaturas, seguros, etc) são actualizados pela taxa de inação vericada no ano n-1 Exemplo de aplicação: Componente gasóleo: Custo Médio Gasóleo KM Preço Médio Gasóleo Rodoviário ano 2008 (1) 1,284 Consumo médio por KM (litros) (2) 0,15 Custo Gasóleo 0,19 Componente outros custos Custo Real Exploração Liga Bombeiros 0,81 0,19 0,62 Comparticipação MS 0,47 Preço Médio Gasóleo Rodoviário ano 2008 (1) 0,19 100% Consumo médio por KM (litros) (2) 0,28 45% Fixado o valor da componente outros custos (actualmente de 0,28 ), este será actualizado à taxa de inação. Nota: A Liga dos Bombeiros Portugueses propõe que a componente outros custos represente o valor percentual de 66%, o que corresponde ao valor de 0,41. Relação entre ambulâncias: B é 30% mais cara do que A C é 50% mais cara do que A Considera-se que os outros R eproduzimos as imagens de duas viaturas do acervo histórico dos Bombeiros Voluntários de Almeida, que integraram o desle comemorativo do 76.º aniversário daquela associação, noticiado na nossa última edição. A novidade, que então divulgámos, foi o projecto do novo quartel, apresentado em suporte informático durante a sessão solene comemorativa. e que, por certo, irá permitir melhores condições operacionais ao corpo de bombeiros e, também, melhores condições de apresentação e conservação das viaturas históricas. Hora de Espera Proposta da Liga dos Bombeiros Portugueses: Até à 2ª hora: 5/hora Horas seguintes: 7/hora Taxa de Saída Proposta da Liga dos Bombeiros Portugueses: BRASIL Bombeiros recebem doação de ambulância Pagamento mínimo de 20 km, indexado ao preço do km. Oxigénio Proposta da Liga dos Bombeiros Portugueses: Hora de aplicação ou fracção: 5 Ventilador Proposta da Liga dos Bombeiros Portugueses: Utilização: 50 Outros custos = valor componente outros custos ano n1 actualizado com a taxa de inação ano n-1 Relíquias aguardam novo quartel Kit Parto Proposta da Liga dos Bombeiros Portugueses: Utilização: 25 . O s Bombeiros Voluntários da União, de Ascurra, Apiuna e Rodeio, do estado brasileiro de Santa Catarina, acabam de receber a doação de uma nova ambulância de socorro, oferecida por uma empresa local, a Malharia Brandili. A notícia chegou-nos através do comandante Jaime Júnior, a quem agradecemos o envio, desejando que a nova viatura possa reforçar o dispositivo de socorro do seu corpo de bombeiros voluntários. 26 JANEIRO 2009 A qualidade do ar num incêndio orestal O s grandes incêndios orestais têm como resultado o incremento de quantidades signicativas de fumo que podem afectar não só as populações perto da fonte de incêndio, mas também aqueles situados muitos quilómetros de distância, devido à dispersão dos fumos. Geralmente, o fumo dos incêndios orestais é considerado uma mistura complexa de gases, líquidos e sólidos. A exposição aos componentes químicos do fumo de incêndio orestal pode causar uma série impactos, a curto ou a longo prazo sobre a saúde da população exposta e em particular, dos bombeiros. Esses impactos estão relacionados com factores, tais como a toxicidade do fumo, as características da exposição ao fumo, a periodicidade e freqüência, bem como a vulnerabilidade da população exposta. O centro Europeu de Incêndios Florestais do Conselho da Europa (ECFF) produziu um estudo sobre o impacto na saúde, a curto prazo, tendo por base situações registadas em 19 centros médicos e hospitais durante os grandes incêndios Os Bombeiros Voluntários São Bombeiros, São Voluntários Não obtêm salários Homens de convicções Correm ao toque da sirene A sua alma às vezes treme Para salvar corações Nem todo o Homem consegue E por vezes não se atreve A tentar tal experiência Pois ser bombeiro é magia Que muito Homem queria Só lhe falta a apetência Eles esquecem sua vida Que por vezes é perdida Por quererem dar tanto amor Se ele fosse compreendido Neste País apetecido O Homem tinha mais valor Por isso a quem de direito Eu peço com carinho e jeito Que olhem pro Bombeiro Voluntário Eles são Homens de bem Socorrem sem olhar a quem Mesmo sem terem salário Valtier de Couto Costa Freguesia de São Martinho orestais no Peloponeso, na Grécia, entre 24 e 31 de Agosto de 2007. os resultados deste estudo são apresentados no Volume 5 da publicação «Forest Fire Net» (FFNet5) (www.civilprotection.gr/ecff/ ecff.htm). O controlo da qualidade do ar durante um incêndio orestal é determinante para avaliar a severidade do ambiente próximo da frente de incêndio ou a determinada distância e para o uso efectivo de equipamento de protecção. As análise química de campo pode ser usada como uma ferramenta para a identicação on-line e on-site de componentes perigosos existentes no fumo de incêndio orestal A Unidade de Química Analítica e Tecnologia, da Universidade Técnica Nacional de Atenas (FIACTU / NTUA) é um grupo de investigação centrado na evolução dos instrumentos de análise portáteis e nas tecnologias emergentes para análise química em diferentes aplicações ambientais. Além disso, este grupo de investigação utiliza metodologias inovadoras para avaliação da exposição ao fumo, tais como a análise da respiração humana, para a identicação exógena de compostos orgânicos voláteis (COV). Em geral, os impactos dos fumos resultantes dos incêndios orestais sobre os possíveis receptores necessitem ainda de ser examinados de forma ecaz para lidar com eles. De acordo com uma teleconferência intitulada Short and long term health impacts of forest re smoke on the re-ghters and the exposed population, que foi recentemente organizado pela ECFF, com a participação de pessoas operacionais e cientistas da Europa (Chipre, França, Grécia, Portugal) e do Conselho da Europa, foi elaborado um catálogo de ideias com a perspectiva de trabalho futuro. A complexidade e a toxicidade do fumo dos incêndios orestais, os equipamentos de protecção individual (EPI), para os bombeiros e população, limites à exposição aos componentes do fumo dos incêndios orestais e os critérios de evacuação, com ênfase sobre os grupos sensíveis da população, são algumas dessas questões. Publicações relevantes: M. Statheropoulos and J.G. Goldammer Vegetation Fire Smoke: Nature, Impacts and Policies to reduce negative consequences on humans and the environment, European and Mediterranean Major Hazards Agreement (EUR-OPA), 2007 (http://www.civilprotection.gr/ ecff/scientic_issues.htm) M. Statheropoulos and S. Karma, Complexity and origin of the smoke components as measured near the ame-front of a real forest re incident: A case study, J Anal Appl Pyrolysis, 78 (2007) 430-437. Forest Fire Net, Vol 4, Special issue with the presentations of the workshop Air-quality monitoring in the eld and personal protective equipment in big forest re incidents: a state-of-the art and beyond 12-13 December 2005, Paris European Center for Forest Fires (ECFF, Council of Europe), October 2006 (http:// www.civilprotection.gr/ecff/ ecff.htm) Forest Fire Net, Vol 3, Special Issue with the proceedings of the teleconference: Short and long term health impacts of forest re smoke on the re-ghters and the exposed population, European Center for Forest Fires (ECFF, Council of Europe), October 2005 (http://www.civilprotection.gr/ ecff/ecff.htm) neering and emerging technologies in disaster management, environmental science and process control, using interdisciplinary approaches. Breve Perl Cientíco Milt Statheropoulos: Professor NTUA (National Technical University of Athens, Greece); Head of the Field Analytical Chemistry and Technology Unit (FIACTU); Director of ECFF (European Center for Forest Fires, Council of Europe) and editor of FFnet (Forest Fire Net); Collaborator of PAT Chair UDeS (QC, Canada). Research activities: integration of eld chemical analysis, chemometrics, engi- Soa Karma: Dr. Chemical Engineer, Research Associate in the National Technical University of Athens; Member of the Field Chemical Analysis and Technology Unit (FIACTU); Editor of Forest Fire Net (FFNet), a publication of European Center for Forest Fires of the Council of Europe. Research interests: on-site air quality monitoring during forest res, impacts of forest re smoke on the reghters and the exposed population, smoke exposure assessment. M. Statheropoulos, S. Karma Nova legislação M uita tinta tem corrido sobre a legislação publicada para os Corpos de Bombeiros Voluntários e Mistos. Correndo o risco de me tornar repetitivo, gostaria de deixar a minha opinião feita de questões para as quais não encontro uma resposta . Extinguiram o QEA, e dizem que agora todos têm de ser bombeiros ou ociais bombeiros, sob pena de passarem ao QR ou partir. Vamos ter melhor operacionalidade pelo facto de não podermos admitir pessoal, cuja preparação técnica e apetência é a área da Emergência Pré-Hospitalar? Vamos ter melhor operacionalidade pelo facto de não podermos admitir pessoal cuja sua prossão é motorista e estavam dispostos a dar o seu contributo como tal? O jovem licenciado em direito, gostava de dar o seu apoio ao CB na sua área especíca, ou passa a Ocial Bombeiro ou vai para o QR ou vai embora. Será melhor operacionalidade ver partirem dos CBV e CBM aqueles técnicos de saúde que connosco colaboravam em missões de prevenção e assistência sanitária? Será melhor operacionalidade ver partirem dos CBV e CBM aqueles que pela condição física ou idade não podem suportar as exigências da formação que lhes é imposta para poderem passar ao Quadro Activo? Será melhor operacionalidade ver partirem dos CBV e CBM aqueles que não tendo apetência para missões de protecção e socorro davam o seu apoio ás secretarias e outras tarefas administrativas e logísticas do Corpo de Bombeiros? Será melhor operacionalidade ver partirem dos CBV e CBM aqueles que não tendo apetência para missões de protecção e socorro mas davam o seu saber e a sua arte ás ocinas do Corpo de Bombeiros? Um licenciado em apicultura que fez a sua formação pluridisciplinar, participava nas actividades do Corpo de Bombeiros na área do Serviço de Saúde, como Tripulante de Ambulância. Vai fazer uma formação de questionável qualidade para o que é expectável de um ocial bombeiro e qual abelha Maia esvoaçante Chea, Comanda, Organiza relaciona-se com o CDOS, e com o COM, á margem do comando do Corpo de Bombeiros Reconhece-mos a necessidade de se criar a carreira de ocial bombeiro. Reeidivicamo-la inclusive! Mas ociais bombeiros, nascidos de uma licenciatura própria, com competências iguais em todos os CBs independentemente do grau de prossionalização do CB. Ou não é assim nas outras licenciaturas? Qual a necessidade de criar uma carreira de Ocial Bombeiro só aplicável aos CBV e CBM? Poderíamos estar aqui um tempo imenso e os exemplos seriam igualmente imensos No recente congresso da LBP, voltamos a reivindicar o QEA. (entre outras) Não por teimosia, não por birra, não por hipocrisia. Reivindicamo-lo por entendermos a sua necessidade, por termos 140 anos de história que nos autorizam a usar a experiencia para saber o que falta em termos organizativos aos CBs. É nos imposto um modelo de avaliação em TUDO desajustado da realidade dos CBV e CBM e em TUDO igual ao SIADAP Um modelo de avaliação criado a imagem do contestado modelo de avaliação da função pública, como se de funcionários da administração central e local se trata-se esquecendo que estamos a lidar e falar de BV. Não se contesta a necessidade de introduzir uma avaliação mas será preciso saltar do 8 para o 80? Um modelo de progressão na carreira, tão distante da realidade como está distante a sua exequibilidade, com as estruturas de formação actuais. Não se aproveitou a experiência, de alguns distritos no que á progressão na carreira concerne e o distrito de Lisboa era um bom exemplo a seguir Precisava de ser melhorado? Acreditamos que sim Mas destrui-lo para criar um despacho que não é exequível? Um Estatuto Disciplinar que no que não remete para o bom e velhinho 24/ 84, vem ferido de legalidade, pois subverte completamente o princípio hierárquico da disciplina. Extingue-se o cargo de ADJT COM nos CB4. Porquê? Tinha custos para o Estado? Tinha custos para as Associações? Qual a vantagem técnica ou organizacional que daí advêm? Está prestes a chegar ao m o ano Nacional do Voluntariado nos Bombeiros. Temos ideia que anal estivemos a viver o ano 0 do m do bombeiro voluntário Penso ser chegada a hora do actual pacote legislativo ser revisto. Não na totalidade, mas naquilo que hoje conseguimos perceber que não está bem E não está bem porque lhe falta algo de fundamental. Bom senso! È preciso que o legislador se aproxime dos Bombeiros aberto ao dialogo, com quem tem a experiência de 140 anos de história. Esta não é a posição de um velho do Restelo é a posição de quem correndo toda a carreira de bombeiro, desde 1977 hoje se sente incapaz de aplicar alguma da legislação publicada, e sente que outra não se aplica aos bombeiros voluntários. Pelo menos aos Bombeiros Portugueses. Nuno Costa Comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique 27 JANEIRO 2009 ARRAIOLOS Texto: Sérgio Santos Simulacro de acidente Fotos: Filipe Oitavem U ma colisão entre um autocarro e uma viatura ligeira de passageiros ocorreu na EN4, na zona de Arraiolos, no passado dia 10 de Janeiro. Após a colisão, o autocarro despistou-se e caiu numa ravina, levando com ele os seus 30 ocupantes e deixando encarcerados os três ocupantes da viatura ligeira. Foi este o cenário montado num simulacro que serviu para testar os agentes da protecção civil da região alentejana, que envolveu 142 elementos e 42 veículos das corporações de bombeiros de Arraiolos, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Mora e Redondo, bem com da Força Especial de Bombeiros (Canarinhos), do Serviço Municipal de Protecção Civil, da Cruz Vermelha Portuguesa e Brigada de Trânsito da GNR. SETÚBAL Simulacro de incêndio na baixa da cidade MONTEMOR-O-NOVO Pronto-socorro Dodge de cara lavada Texto e fotos: Sérgio Santos E m meados de Outubro de 1938, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo adquiriu um moderno pronto-socorro para a corporação. Tal aquisição encheu de orgulho dirigentes, bombeiros e a população de Montemor, pois o seu custo (120 contos) foi pago com oito anos de peditórios, sem o apoio da Câmara ou demais entidades estatais. O moderno carro de combate a incêndios tinha as novidades de então, como uma maca para o transporte de feridos, uma motobomba com rendimento de 1250 litros por minuto, caixa de ferramentas e agulhetas, e poderia transportar 11 homens. Com o passar dos anos e o desgaste da viatura, foi recentemente levada a cabo uma campanha para o seu restauro, cujos mentores são o 2.º comandante, Luís Paixão, e Faustino Jerónimo, um amigo dos bombeiros, que, conjuntamente com a Direcção, comando e outros elementos da corporação, deram uma nova vida ao histórico pronto-socorro Dodge, conforme se pode ver pela fotograa que aqui publicamos. Fotos: CM de Setúbal O s Sapadores de Setúbal, os Voluntários de Setúbal, a PSP, a Segurança Social e os serviços municipais de Inclusão Social e Transportes realizaram um exercício conjunto de coordenação e intervenção perante um cenário de incêndio urbano na baixa daquela cidade. O simulacro em tempo real consistiu na evacuação do edifício da Associação de Socorros Mútuos Setubalense, na Rua Major Afonso Pala, onde se encontravam 20 idosos, além de funcionários, três dos quais estavam feridos. 28 JANEIRO 2009 Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coja Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves Data de fundação: N.º de Sócios: Concelho: Distrito: Morada: Código Postal: Telefone: Fax: Página na Internet: Endereço electrónico: N.º de habitantes servidos pelo CB: Área Servida: N.º de Secções: N.º de elementos no quadro de comando: N.º de elementos na carreira de ocial-bombeiro: N.º de elementos na carreira bombeiro: N.º de elementos no quadro de reserva: N.º de elementos no quadro honra: N.º de funcionários da associação: Idade do quartel sede: Data de fundação: N.º de Sócios: Concelho: Distrito: Morada: Código Postal: Telefone: Fax: Página na Internet: Endereço electrónico: N.º de habitantes servidos pelo CB: Área Servida: N.º de Secções: N.º de elementos no quadro de comando: N.º de elementos na carreira de ocial-bombeiro: N.º de elementos na carreira bombeiro: N.º de elementos no quadro de reserva: N.º de elementos no quadro honra: N.º de funcionários da associação: Idade do quartel sede: 25 de Janeiro de 1963 2.703 Arganil Coimbra Rua Alberto Moura Pinto 3305-142 Coja 235 721 122 235 721 522 -/[email protected] 5.000 16.000 ha 5 3 -/71 35 17 10 19 2 de Julho de 1997 5.507 Santo Tirso Porto Rua do Bombeiro Voluntário nº. 350 4795 - 044 Vila das Aves 252 820 700 252 820 709 -/[email protected] 42.237 Area Nascente Concelho Santo Tirso / 8 freguesias -/3 7 113 - 77 masculinos / 36 femininos 12 6 21 18 Localização das Secções destacadas: 1 em Pomares Localização das Secções destacadas: - / - N.º de viaturas do CB: N.º de viaturas de incêndio: N.º de viaturas de saúde: Viatura mais recente: Data em que foi colocada ao serviço: N.º de viaturas do CB: N.º de viaturas de incêndio: N.º de viaturas de saúde: Viatura mais recente: Data em que foi colocada ao serviço: 24 11 9 Volkswagen Crafter 13/01/2009 Adquirida com que apoios: Associativos Viatura mais antiga: Bedford Data em que foi colocada ao serviço: 31/08/1964 Idade média do parque de viaturas: 12 Anos Dados de 2007 N.º de incêndios rurais e orestais: 48 N.º de incêndios urbanos: 6 N.º de incêndios industriais: 0 N.º de inundações: 0 N.º de emergências médicas: 967 N.º de transportes de doentes: 2.544 Valor do orçamento anual: 200.000 euros Comandante Nome: Paulo Alexandre Quaresma Tavares Idade: 33 anos Data de ingresso no CB: 30/10/1989 Anos como elemento de comando: 5 anos Data da tomada de posse como comandante: 01/06/2004 Actividade prossional: Director Comercial Presidente da Direcção Nome: Jorge Manuel Matos da Silva Idade: 70 anos Data de ingresso na associação: 10/09/2004 Anos como elemento da direcção: 1 ano Data da tomada de posse como presidente: 07/02/2008 Actividade prossional: Reformado Actualizado em 01/2009 23 12 11 VCOT 12 Outubro 2008 Adquirida com que apoios: Espenssas do Corpo de Bombeiros Viatura mais antiga: Escada Magirus - 1952 Data em que foi colocada ao serviço: 1989 Idade média do parque de viaturas: 12 Anos Dados de 2007 N.º de incêndios rurais e orestais: 99 N.º de incêndios urbanos: 8 N.º de incêndios industriais: 8 N.º de inundações: 8 N.º de emergências médicas: 3.268 N.º de transportes de doentes: 18.260 Valor do orçamento anual: 785.000 euros Comandante Nome: José Pedro Monteiro Magalhães Idade: 40 anos Data de ingresso no CB: 10-02-2000 Anos como elemento de comando: 6 anos Data da tomada de posse como comandante: 18-03-2003 Actividade prossional: Prossional Bombeiros Presidente da Direcção Nome: Geraldo Mesquita Garcia Idade: 71 anos Data de ingresso na associação: 1977 Anos como elemento da direcção: 2 anos comissão Administrativa Data da tomada de posse como presidente: 13 Maio 1979 ( 29 anos ) Actividade prossional: Utilidade Pública Actualizado em 01/2009 29 JANEIRO 2009 Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Azambuja Data de fundação: N.º de Sócios: Concelho: Distrito: Morada: Código Postal: Telefone: Fax: Página na Internet: Endereço electrónico: N.º de habitantes servidos pelo CB: Área Servida: N.º de Secções: N.º de elementos no quadro de comando: N.º de elementos na carreira de ocial-bombeiro: N.º de elementos na carreira bombeiro: N.º de elementos no quadro de reserva: N.º de elementos no quadro honra: N.º de funcionários da associação: Idade do quartel sede: Data de fundação: N.º de Sócios: Concelho: Distrito: Morada: Código Postal: Telefone: Fax: Página na Internet: Endereço electrónico: N.º de habitantes servidos pelo CB: Área Servida: N.º de Secções: N.º de elementos no quadro de comando: N.º de elementos na carreira de ocial-bombeiro: N.º de elementos na carreira bombeiro: N.º de elementos no quadro de reserva: N.º de elementos no quadro honra: N.º de funcionários da associação: Idade do quartel sede: 22 de Janeiro de 1925 4.108 - Efectivos Albergaria-a-Velha Aveiro Rua Dr. José Henriques, Nº 1 - Apartado 111 3854-909 Albergaria-a-Velha 234 529 112 234 529 111 http:www.bombeirosdealbergaria.pt [email protected] 26.000 156 km2 nenhuma 4 12 132 14 11 17 40 anos 14 de Janeiro de 1932 3.500 Azambuja Lisboa Rua José Ramos Vides, n.º 5 2050-390 Azambuja 263 401 144 - 263 401 145 263 401 653 -/[email protected] 18.300 135.000 klm2 3 3 2 46 1 12 20 23 Localização das Secções destacadas: Nenhuma Localização das Secções destacadas: Sede N.º de viaturas do CB: N.º de viaturas de incêndio: N.º de viaturas de saúde: Viatura mais recente: Data em que foi colocada ao serviço: N.º de viaturas do CB: N.º de viaturas de incêndio: N.º de viaturas de saúde: Viatura mais recente: Data em que foi colocada ao serviço: 32 22 13 ABSC-1 16 de Fevereiro de 2008 Adquirida com que apoios: da Associação Viatura mais antiga: Chevrolet Data em que foi colocada ao serviço: 1936 Idade média do parque de viaturas: 11 anos Dados de 2007 N.º de incêndios rurais e orestais: 349 N.º de incêndios urbanos: 52 N.º de incêndios industriais: 23 N.º de inundações: 10 N.º de emergências médicas: 2.520 N.º de transportes de doentes: 10.221 Valor do orçamento anual: 663.000 Comandante Nome: José Ricardo Bismarck Idade: 43 anos Data de ingresso no CB: 1983 Anos como elemento de comando: 12 anos Data da tomada de posse como comandante: 05 de Fevereiro de 1997 Actividade prossional: Técnico de Segurança Presidente da Direcção Nome: Elísio Apolinário Simões da Silva Idade: 56 anos Data de ingresso na associação: 31 de Dezembro de 1997 Anos como elemento da direcção: 11 anos Data da tomada de posse como presidente: 31 de Dezembro de 1997 Actividade prossional: Funcionário Público Actualizado em 01/2009 26 6 12 ABTM 06 16 de Novembro de 2007 Adquirida com que apoios: Associação dos Bombeiros Voluntários de Azambuja Viatura mais antiga: 1987 Data em que foi colocada ao serviço: 11 de Dezembro de 2003 Idade média do parque de viaturas: 11 anos Dados de 2008 N.º de incêndios rurais e orestais: 87 N.º de incêndios urbanos: 3 N.º de incêndios industriais: 20 N.º de inundações: 7 N.º de emergências médicas: 1.555 N.º de transportes de doentes: 3.623 Valor do orçamento anual: 555.360 euros Comandante Nome: Pedro João Simões Cardoso Idade: 51 anos Data de ingresso no CB: 15 de Agosto de 1973 Anos como elemento de comando: 13 anos Data da tomada de posse como comandante: 27 de Maio de 1995 Actividade prossional: Coordenador da Protecção Civil Municipal Azambuja Presidente da Direcção Nome: António Manuel Guerra Duarte Idade: 61 anos Data de ingresso na associação: 18 de Fevereiro de 2000 Anos como elemento da direcção: 9 anos Data da tomada de posse como presidente: 18 de Março de 2000 Actividade prossional: Gestor Actualizado em 01/2009 30 JANEIRO 2009 TESTEMUNHO Carlos Alberto Tiago volta a participar nesta rubrica. Desta vez, o alvo da sua máquina fotográca foi a Força Especial de Bombeiros, num exercício realizado no dia 13 de Dezembro, na costa de Peniche. Partilhe as suas imagens com os leitores do jornal Bombeiros de Portugal, enviando-as com as respectivas legendas para [email protected]. DIFERENÇAS Entre as duas imagens há oito diferenças. Descubra quais são. SUDOKU 8 9 2 7 DIFICULDADE 5 3 8 7 5 4 7 6 8 1 7 9 2 5 7 2 8 9 4 Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica, muito simples e viciante. O nome Sudoku, que signica número sozinho em japonês, mostra exactamente o objectivo do jogo. Preencha cada quadrícula em branco apenas com um dígito de 1 a 9. Todas as linhas, colunas e caixa 3x3 devem conter todos os nove dígitos, sem que nenhum se repita. tI M M O I T O D L A C S E R R E Q O R S I U S L Í R P R E V L A I M O N G R R I T R A A V T A E V N A R V E O A X I R C A E N E G A R A C B A U N A P M G T A S D E C U R S S S A D A M C A N E O M N I U O X Ç I S I A I L M O N I T O R I R H A O O H I I S F à B L R Z A Ç Ã O A Á Ç Ã O U F A A A D E H O T I B U S T à O C N O C E T O A F A A N I M V N S D T G S O U S E E A I O X E T S N L à R E E U E C Ç E I N O V A A A M S L E A C V D I A I C O O H O S R O S F I T A O O S G R A G I E A Procure e marque neste quadro as 20 palavras em destaque, na vertical, horizontal e diagonal. G F S S A AGASALHO AGRUPAR BOMBEIRO CADETE COMBUSTÃO CANTINA CATACLISMO ESCAPULIR FARDAS GALVANIZADO T I N A M U H GARGALHADAS INUNDAÇÃO MONITORIZAÇÃO NEVOEIRO OMITE RECURSO REVELAR SIMULAÇÃO SOFISMA UTENTES SOLUÇÕES SOPA DE LETRAS M G R R I T A X O N O C E T O A O R A A V T N Ç N F A A N I M V I U S L Í R E I I N S D T G S O T P R E V L O S T U S E E A I O O A E V N A M I O X E T S N L à D R V E O A N A R R E E U E C Ç L X I R C A I I I E I N O V A A A E N E G A R I Z A D E H O T I C R A C B A H S A A M S L E A C S U N A P M A F Ç V D I A I C O E G T A S D O à à O H O S R O S R E C U R S O B O F I T A O O S R S S A D A H L A G R A G I E A E G F S S A I R Á T I N A M U H DIFERENÇAS M A I M O N C O M B U S T à O C SUDOKU I Q O R S I M U L Ç Ã O U F A A 3 SOPA DE LETRAS 7 1 6 8 5 2 3 4 5 9 1 7 9 2 8 4 6 3 3 8 1 9 2 7 4 6 5 2 7 9 1 4 8 5 3 1 7 9 6 8 6 4 2 3 5 4 8 2 5 7 1 1 5 3 6 2 9 5 4 9 6 7 6 8 1 3 4 3 2 7 9 8 6 9 7 3 8 4 2 5 1 31 JANEIRO 2009 ÁGUEDA CACILHAS Bombeiros comemoraram 74 anos de vida Autotanque substitui outro com 30 anos A A comemoração do 74.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Águeda cou assinalada pela inauguração de uma nova viatura de transporte múltiplo de doentes, apadrinhada por Eleutério Costa a convite da Direcção e do comando, tendo em conta o apoio dado por este benemérito à sua aquisição. A nova viatura é a quinta ao serviço da instituição para dar resposta ao transporte programado de doentes, e custou cerca de 35 mil euros. Antes da inauguração, procedeu-se à homenagem aos bombeiros voluntários já falecidos, em cerimónia junto ao Monumento ao Bombeiro. Depois da missa de sufrágio celebrada na igreja paroquial, decorreu um desle apeado e motorizado pelas principais artérias da cidade e procedeu-se à distribuição cabazes de Natal e de prendas aos lhos dos bombeiros, a que se seguiu a tradicional ceia. Associação de Benecência Serviço Voluntários de Incêndios Bombeiros Voluntários de Cacilhas aproveitou a comemoração do seu 118.º aniversário, realizada 18 anos depois da inauguração do seu quartel, para inaugurar um novo autotanque, cuja aquisição foi comparticipada pela Câmara Municipal de Almada. O novo veículo operacional substitui outro já com três décadas de serviço. Na oportunidade, a presidente da Câmara, Maria Emília de Sousa, anunciou também a oferta de um ventilador e extractor de fumos, e referiu que todos os apoios protocolados com a associação para 2008 se mantêm válidos para o corrente ano. Os Bombeiros de Cacilhas distinguiram várias entidades privadas locais pelos apoios continuados facultados, e ainda diversos elementos do corpo de bombeiros, com destaque para o ex-segundo comandante, Jorge Paulo, que passou a ocial bombeiro supranumerário devido à sua actividade na Força Especial de Bombeiros (FEB). Destaque para a presença de representações de associações de bombeiros geminadas com Cacilhas (Voluntários Madeirenses e Voluntários de Lagoa), do presidente e do vice-presidente da Reviver Mais, Lourenço Baptista e França de Sousa, e de um conjunto apreciável de outros Crachás de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses. Entre estes, encontrava-se o antigo comandante daquele corpo de bombeiros e gura incontornável dos bombeiros portugueses, Jesofredo Serra da Silva. A sessão solene contou com a presença da presidente da Câmara, de Natividade Coelho, em representação do Governo Civil de Setúbal, do comandante distrital Alcino Marques, em representação da Autoridade Nacional da Protecção Civil, de Rui Rama da Silva, em representação da LBP, de Manuel Conceição, em representação da Federação Distrital de Bombeiros, do presidente da Assembleia Municipal, José Manuel Maia e de representantes das juntas de freguesia. AZAMBUJA Comemorações do 77.º aniversário em Associação dos Bombeiros Voluntários da Azambuja realizou as comemorações do seu 77.º aniversário nos dias 17 e 18 de 1989 A Janeiro. Como tem sido hábito, tal efeméride é marcada por diversas iniciativas de aproximação dos bombeiros à sua população, como o rastreio dos níveis de glicemia, a medição da pressão arterial e um desle apeado e motorizado pelas artérias da vila. Houve ainda a romagem ao cemitério local e uma missa em memória dos dirigentes e bombeiros falecidos, terminando as comemorações com um almoço-convívio para os amigos e família dos bombeiros da Azambuja. Sérgio Santos ANIVERSÁRIOS 1 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Vila Real (Cruz Verde) . . . . . . . . . . . . . 118 Bombeiros Voluntários do Montijo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora . . . . . . . . . . . . . . . 92 Bombeiros Voluntários Espinhenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 Bombeiros Voluntários de Esmoriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Bombeiros Voluntários de Arraiolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 4 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Ourém . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 5 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Alcabideche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 6 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Esposende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 Bombeiros Voluntários de Vila Real (Cruz Branca) . . . . . . . . . . . . 112 Bombeiros Voluntários de Cheires . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 Bombeiros Voluntários do Entroncamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 8 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Faro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 9 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Mora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 10 de Janeiro Bombeiros Voluntários da Amadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 12 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Canas de Senhorim . . . . . . . . . . . . . . . 78 14 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Azambuja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Foz Côa . . . . . . . . . . . . . . 75 Bombeiros Voluntários de São Roque do Pico . . . . . . . . . . . . . . . . 61 Bombeiros Voluntários de Ortigosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 15 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António . . . . . . . . . 119 Bombeiros Voluntários de Cacilhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 17 de Janeiro Bombeiros Voluntários da Rebordosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 18 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Carrazeda de Ansiães . . . . . . . . . . . . . . 79 Bombeiros Voluntários de Provesende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 20 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Marco de Canaveses . . . . . . . . . . . . . . . 85 21 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Barrancos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 22 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Bombeiros Municipais de Santa Cruz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 24 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Penamacor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 25 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Santa Cruz das Flores . . . . . . . . . . . . . . 58 Bombeiros Voluntários de Côja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Bombeiros Voluntários do Alandroal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 26 de Janeiro Sapadores Bombeiros de Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 614 27 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Vale Besteiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 28 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Aveiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 Bombeiros Municipais de Tomar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 29 de Janeiro Sapadores Bombeiros do Porto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 Bombeiros Voluntários da Vidigueira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 30 de Janeiro Bombeiros Voluntários de Póvoa de Santa Iria . . . . . . . . . . . . . . . 66 Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 31 de Janeiro Bombeiros Voluntários Estoris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros . . . . . . . . . . . . . . 86 Bombeiros Voluntários de Izeda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 32 JANEIRO 2009 COMANDANTE MUNICIPAL: BRAGANÇA ANMP ACONSELHA ORDENADO DE 1300 EUROS Bombeiros presentes no terreno Liga defende denição urgente do conteúdo funcional dos COM A Lei n.º 65 de 2007, que institui a polémica gura do comandante operacional municipal (COM), não faz qualquer referência à tabela salarial destes elementos nomeados pelas autarquias. Num parecer enviado pela Associação Nacional de Municípios Portugueses, esta propõe, a título de referência, que os COM sejam equiparados a técnicos superiores de segunda categoria, a quem corresponde um salário de cerca de 1300 euros. Texto: Patrícia Cerdeira N A intempérie que se tem feito sentir em Portugal tem envolvido os bombeiros em múltiplas tarefas de socorro, nem sempre conhecidas e reconhecidas. A zona de Bragança foi uma das regiões fustigadas pelo mau tempo, com baixas temperaturas, neve e gelo. As imagens captadas pelo Paulo Ferro, dos Voluntários de Bragança, e delegado da Juvebombeiro, atestam bem a inclemência do tempo e as diculdades vencidas pelos bombeiros. os últimos meses, têm chegado à ANMP várias pedidos de claricação relativamente ao montante a pagar aos comandantes operacionais municipais, elementos criados no âmbito da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, a qual dene o enquadramento institucional e operacional da protecção civil no âmbito municipal. Apesar de o diploma estabelecer a organização dos serviços municipais e denir os moldes de criação do COM, na dependência hierárquica e funcional do presidente de Câmara, em nenhum momento a legisla- LOUVOR/REPREENSÃO Um dos feridos continua em estado grave que, face à intempérie, frio, chuva e neve, e apesar da falta de meios, continuam a responder presente em todas as chamadas. por não ter sabido adequar os meios às respostas que a intempérie exigiu, nem responder às necessidades dos bombeiros para tal. A tabela salarial da Administração Local está xada por lei da Assembleia da República. Por isso, não entendo como pode ser entendida caso a caso. A tabela é esta e tem de ser cumprida. Os comandantes operacionais municipais são técnicos como outros quaisquer e devem entrar na carreira percorrendo o mesmo caminho que os outros elementos das autarquias. Em ano de eleições, situações como estas só fragilizarão o sistema, defende o responsável, que lembra a oposição que a ANMP fez desde sempre à gura do COM. Já a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) recusou fazer qualquer comentário ao parecer da ANMP. Contactado pelo BP, o presidente Duarte Caldeira sublinha apenas que é urgente denir o conteúdo funcional destes elementos. A Liga sempre se opôs à criação dos COM, mas, já que a lei foi aprovada e insistimos que é um erro , então denam-se as competências funcionais de cada um. Ser comandante municipal num concelho pequeno não é certamente a mesma coisa do que exercer as mesmas funções num outro concelho com mais população, elevada área orestal ou indústria do tipo Seveso, conclui o responsável. MATOSINHOS LEÇA Aos bombeiros portugueses À Autoridade Nacional de Protecção Civil ção alude à carreira e salário a pagar a estes elementos que vêm sendo nomeados pelo Pais fora. Em resposta às dúvidas de muitos autarcas, a ANMP enviou em meados deste mês um parecer jurídico, não vinculativo, a várias câmaras, que não pretende ser mais do que uma mera opinião. No parecer a que o BP teve acesso, é referido que o COM, nomeado em comissão de serviço, deve receber uma remuneração que corresponda à carreira técnica superior, num escalão acima da base, dada a experiência prossional exigida na área de recrutamento, por exemplo, índice 415, o qual corresponde ao vencimento de um técnico superior de segunda classe, com pelo menos três anos na categoria. Feitas as contas, nos primeiros três anos de serviço, e tendo como base a tabela salarial praticada na Administração Local, o COM deverá receber 1373.12 euros, valor que corresponde a um técnico superior de segunda. Ao m de três anos na categoria, e no caso de ascender a técnico superior de primeira, o salário deverá passar para 1569 euros. A ANMP lembra, no entanto, que não é dona das autarquias e que este parecer é, por isso, meramente indicativo. Apesar do valor considerado razoável pela ANMP, o BP sabe que a média salarial dos COM já em funções é superior. Casos há, ao que apurámos, em que os ordenados praticados rondam os 2500 a 3000 mil euros. Questionado sobre as discrepâncias e injustiças que esta situação pode vir a gerar, Jaime Marta Soares, responsável da ANMP para a área da protecção civil, questiona a base jurídica em que estarão a basear-se os autarcas que estão a pagar ordenados de luxo. D os dois feridos registados na explosão, seguida de incêndio, ocorrida recentemente nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos Leça, apenas um, o antigo bombeiro João Manuel Santos, de 60 anos, se mantém hospitalizado, com prognóstico reservado, no Hospital de S. João, no Porto. O outro ferido, o subchefe António Coelho, de 37 anos, já teve alta médica, mas, segundo apurámos, não irá regressar ao serviço de imediato, face às sequelas de que sofre. Decorrem, entretanto, as investigações relativas à origem do acidente, admitindo-se, contudo, que este se tenha cado a dever a um curto-circuito. Da explosão seguida de incêndio resultaram danos nas instalações do quartel, nomeadamente na central de comunicações, e numa ambulância. Aos dois feridos, José Manuel Santos e António Coelho, desejamos rápidas melhoras e o mais pronto restabelecimento. FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses Director: Rui Rama da Silva Editor Executivo: João Paulo Teixeira Redacção: Patrícia Cerdeira Revisão: Rolando Santos Fotograa: Rogério Oliveira Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses Contribuinte: n.º 500920680 Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 1700-151 Lisboa Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 89 E-mail: [email protected] e [email protected] Endereço WEB: http://www.lbp.pt Grasmo/Paginação: Elemento Visual Design e Comunicação, Lda. Av.ª Maria Luísa Braancamp, N.º 23, 1.º Dt.º., 2685-080 Sacavém Impressão: Empresa Gráca Funchalense, SA Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 Morelena 2715-029 Pêro Pinheiro Depósito Legal N.º 1081/83 Registo no ICS N.º 108703 Tiragem: 11000 Exemplares Periodicidade: Mensal