conveniada com a
PROSPECÇÃO EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
MDIC, CGEE, PROGESA e RIAP
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC),
através de Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, busca promover
o aumento da eficiência econômica e do desenvolvimento e difusão de tecnologias
com maior potencial de indução do nível de atividade e de competição no comércio
internacional. A base para uma maior inserção do país no comércio internacional
tem seu foco no aumento da eficiência da estrutura produtiva, aumento da
capacidade de inovação das empresas brasileiras e expansão das exportações. O
MDIC estimula os setores onde o Brasil tem maior capacidade ou necessidade de
desenvolver vantagens competitivas, abrindo caminho para sua inserção nos
setores mais dinâmicos dos fluxos de troca internacionais.
Um fator é vital para que se alcance o nível de desenvolvimento desejado: a
capacidade de antecipar, de saber enxergar nas ações de hoje as tendências de
amanhã. Construir estórias sobre o futuro permite ver as possíveis vantagens e
desvantagens competitivas e identificar as oportunidades de mudança.
Como parte dos esforços para fomentar as estratégias de prospecção e de aumento
da conscientização da importância de tais ferramentas para a inovação e para o
fortalecimento da nova política industrial e da economia nacional, o MDIC, em
convênio com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), instituição
dedicada à promoção e realização de estudos e pesquisas prospectivas de alto nível
na área de ciência e tecnologia e suas relações com setores produtivos, em estreita
colaboração
com
o
Programa
de
Gestão
Estratégica
Socioambiental
(PROGESA) da Fundação Instituto de Administração (FIA) conveniada com
a Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São
Paulo (USP), e a Rede Ibero-Americana de Prospectiva – RIAP, do
Programa IberoAmericano para Ciência y Tecnologia para el Desarrolo
(Cyted), estão organizando um conjunto de atividades, envolvendo seminários,
cursos e workshops, voltadas para o intercâmbio de experiências e ampliação do
conhecimento existente sobre o tema no país.
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conveniada com a
Conceitos fundamentais
O exercício de produzir visões de futuro, de antecipar oportunidades emergentes e
potenciais ameaças, indicar tendências e prioridades tem sido considerado
fundamental para o sucesso do processo de inovação e para a promoção da
competitividade em todo o mundo. No Brasil, o termo prospecção tecnológica,
prospectiva
tecnológica
ou
simplesmente
prospecção,
parece
ter
sido,
inicialmente, o mais adotado para designar tais atividades.
Nas últimas décadas, tais exercícios têm sido realizados em vários países, sob a
denominação de foresight, podendo ser citadas algumas iniciativas para o
planejamento de médio e longo prazo de CT&I, como os estudos prospectivos da
Espanha1, Alemanha2, Reino Unido3, Irlanda4, Japão5, Austrália6, dentre outros,
todos apoiados no tripé informação, tecnologia e ampla participação da sociedade.
No Brasil, o programa PROSPECTAR, do MCT, e o Programa Brasileiro de
Prospectiva, coordenado pelo MDIC, foram iniciativas pioneiras do ponto de vista
governamental. Em 2001, durante a II Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia
e Inovação, foi criado o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)7 com a
missão precípua de promover e realizar estudos e pesquisas prospectivas de alto
nível na área de ciência e tecnologia e suas relações com setores produtivos, como
parte dos esforços para promover o aumento da conscientização da importância de
tais ferramentas para a inovação e para o fortalecimento da economia nacional.
O conceito trazido pelo foresight que busca uma visão compartilhada de futuro e a
promoção de ações e fatos que venham a promover a construção deste a partir do
presente, vem sendo a abordagem adotada pela maioria dos estudos prospectivos
nacionais e regionais em andamento. Entretanto, atualmente, buscando ressaltar a
tendência atual de ampliar o alcance deste tipo de estudo, têm sido incorporados a
estes exercícios, outros elementos de natureza econômica, social, cultural e
estratégica, fortalecendo o seu caráter abrangente e que inclui necessariamente as
interações entre ciência, tecnologia e sociedade.
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5
6
7
http://www.opti.org/index.asp
http://www.futur.de/en/index.htm
http://www.foresight.gov.uk/index.html
http://www.forfas.ie/
http://www.nistep.go.jp/index-e.html
http://www.dest.gov.au/priorities/related.htm
http://www.cgee.org.br
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conveniada com a
Destaca-se como definição clássica, a abordagem de Coates (1985)8 que define a
atividade prospectiva como um processo mediante o qual se chega a uma
compreensão mais plena das forças que moldam o futuro de longo prazo e que
devem ser levadas em conta na formulação de políticas, no planejamento e na
tomada de decisão.
Adicionalmente, a atividade prospectiva é definida por Horton (1999)9 como o
“processo de desenvolvimento de visões de possíveis caminhos nos quais o futuro
pode ser construído, entendendo que as ações do presente contribuirão com a
construção da melhor possibilidade do amanhã”. Segundo Hamel e Prahalad
(1995)10, autores que se ocupam do universo empresarial, “o entendimento sobre
foresight deve refletir o pensamento de que a previsão do futuro precisa ser
fundamentada em uma percepção detalhada das tendências dos estilos de vida, da
tecnologia, da demografia e geopolítica, mas que se baseia igualmente na
imaginação e no prognóstico”.
Estudos prospectivos constituem poderosos auxiliares do planejamento e do
gerenciamento dos níveis de incerteza, porém precisam estar inseridos em um
contexto planejado, isto é, estar embasados em diretrizes e necessidades préestabelecidas.
Sua
efetividade
está
intrinsecamente
ligada
a
um
desenho
metodológico adequado, o qual só pode ser obtido a partir de uma delimitação
precisa das questões a serem respondidas, do tipo de resposta desejada, da
orientação espacial, do escopo do tema, bem como da estruturação de uma rede de
atores
capazes
de
se
articularem
de
forma
a
buscarem
consensos
e
comprometimentos necessários à implementação das linhas de ação identificadas.
A atividade prospectiva está, portanto, estreitamente vinculada ao planejamento.
Ao contrário de se tentar determinar objetivamente os acontecimentos futuros, a
ênfase recai sobre o aumento da capacidade de inovar para direções desejáveis de
modo a dotar o presente de perspectiva estratégica para a construção do futuro.
A informação, o conhecimento e as percepções obtidas através dos resultados
destas atividades são utilizados por pessoas e organizações para tomar decisões,
elaborar estratégias e, sobretudo, para reduzir as incertezas inerentes ao futuro.
8
COATES, J. F. Foresight in Federal Government Policy Making, Futures Research Quarterly, v. 1, p. 30,
1985.
9
Horton, A. (1999) Fore Front: A Simple Guide to Successful Foresight. Foresight, vol 01, no. 01.
10
Hamel, G., Prahalad, C. K., Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do
seu setor e criar os mercados de amanhã. (trad. Outras Palavras) Rio de Janeiro: Campus, 1995.
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conveniada com a
Seminário “ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS, POLÍTICA
INDUSTRIAL BRASILEIRA E AS NOVAS ABORDAGENS PARA
PROMOÇÃO DA COMPETITIVIDADE”
Este evento busca, principalmente, fortalecer as atividades de pensar e debater o
futuro e ampliar o escopo deste tipo de atividade no meio empresarial, de modo a
reforçar as redes de cooperação e a interlocução, articulação e interação dos atores
e instituições atuantes em prospectiva no país, nos setores público e privado.
Destaca-se o papel fundamental exercido pelas abordagens prospectivas (foresight)
como novas ferramentas para o planejamento estratégico, para a promoção da
inovação e da competitividade das empresas e para a formulação de políticas
públicas.
Objetivos
• contribuir
para
ampliar
o
entendimento
da
importância
da
atividade
prospectiva em ciência, tecnologia e inovação para a competitividade do país e
promover a discussão sobre a construção de futuros, com a participação dos
indivíduos em processos coletivos e em decisões de cunho global;
• ampliar o intercâmbio de conhecimentos e integrar diferentes abordagens
identificadas, buscando contribuir para que a atividade de prospecção em
CT&I, focada no universo empresarial, possa se beneficiar de uma visão
integrada
dos
diversos
fatores
que
influenciam
a
competitividade
e
participação das empresas nos mercados locais e/ou globais;
• criar instâncias para debate de questões relacionadas a inserção de visões de
futuro nos processos de planejamento estratégico das organizações como
atividade constante de modo a melhor informá-las quanto as incertezas e
turbulências do ambiente presente e sobre as perspectivas futuras.
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conveniada com a
Local e Data de realização do evento
Local: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP
Av. Paulista, 1313 – São Paulo - SP
Auditório – 4º. andar
Data: 09 de maio de 2005 – 08:30 hs – 16:30 hs
Secretaria Executiva
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE
SCN – Quadra 02 – Bloco “A” – Salas 1102/1103
Telefone para contato: 61-424-9623
Edifício Corporate Financial Center - 70712-900 – Brasília – DF
e-mail: estraté[email protected]
Solicitações de inscrição em: www.cgee.org.br/ee
Comissão Organizadora
Carlos Manoel Pedroso Neves Cristo – STI - MDIC
Marcio de Miranda Santos – CGEE
Lélio Fellows Filho – CGEE e RIAP
Dalci Maria dos Santos – CGEE
Gilda Massari Coelho - CGEE
Antônio Luís Aulicino – PROGESA – FIA conveniada com a FEA – USP
Liége Mariel Petroni – PROGESA – FIA conveniada com a FEA – USP
Isak Kruglianskas – PROGESA – FIA conveniada com a FEA – USP
Público Alvo
Profissionais da indústria, associações empresariais e especialistas em prospecção
em CT&I. Vagas limitadas.
Língua
O língua oficial do evento será o português, com tradução simultânea nas palestras
em inglês/português e português/inglês.
Organização e Apoio
MDIC, CGEE, RIAP e PROGESA-FIA conveniada com a FEA-USP
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conveniada com a
Programação
Data: 09/05/2005
08:30
Recepção dos participantes e entrega de material
09:00
•
Abertura
Perspectivas da Política Industrial Brasileira
Ministro Luiz Fernando Furlan
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
09:30
•
Joseph Coates*
10:30
10:30
11:00
11:00
11:15
11:15
12:15
12:15
12:30
12:30
14:00
14:00
14:30
Palestra: Estudos do futuro e sua aplicação no mundo empresarial
Consulting Futurist – EUA
Debates
Coffee break
Mesa 1: Visão de Futuro e o Ambiente Empresarial
Jefferson Marcos Pelissari – Siemens
Murilo César L. S. Passos – Suzano Bahia Sul
Debates
Almoço
•
Palestra: A experiência do Programa Brasileiro de Prospectiva Tecnológica
Industrial - MDIC
Carlos Manoel Pedroso Neves Cristo – STI/MDIC
Mesa 2: Experiências em Empresas Nacionais
14:30
Hugo Borelli Resende - ANPEI
15:30
Sergio Marchi – Vallée
Diógenes Feldhaus – Embraco
15:30
16:00
Debates
16:00
Mesa de Encerramento
16:30
Roberto Jaguaribe – Secretaria de Tecnologia Industrial - MDIC
Marcio de Miranda Santos – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE
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conveniada com a
Palestrantes internacionais convidados:
Joseph Coates
Joseph Coates é um renomado pensador norte-americano, escritor e debatedor
sobre o futuro. Atuou durante mais de 20 anos elaborando e implementando
estudos sobre o futuro de tecnologias para o setor privado e governo dos EUA.
Durante este período, foi consultor de mais de 500 grandes empresas e de
numerosas pequenas e médias empresas, grupos de interesse públicos e privados,
tendo atuado em vários níveis de governo. É autor de mais de 300 artigos,
capítulos de livros e outras publicações em jornais e revistas especializadas. Coautor do livro 2025: Scenarios of U.S. and Global Society Reshaped by Science and
Technology, entre outros.
Joseph Coates - Consulting Futurist, Inc. (http://josephcoates.com)
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Programa do seminário em formato PDF