Tecnologia Da Informação Em Barra Do Garças: Perfil Do Mercado E Dos Profissionais
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO EM BARRA DO GARÇAS: PERFIL DO MERCADO E DOS
PROFISSIONAIS
Olívio de Sousa Santos Júnior
Josiel Silva Moura
Gunnar José Maschi e Waldes Alves de Souza
RESUMO
Nesse artigo objetivamos mostrar, após uma pesquisa de campo com informações qualitativas e quantitativas, o perfil
do mercado e dos profissionais que atuam no cenário atual e local, tentando trazer subsídios para um debate sobre a
valorização e otimização dos recursos que a Tecnologia de Informação oferece ou poderia oferecer no dia a dia das
organizações. Em Barra do Garças, talvez por falta de incentivos governamentais ou até de profissionais qualificados,
percebe-se que a TI ainda está incipiente nas empresas de pequeno ou médio porte, cumprindo, muitas vezes, o papel de
mera ferramenta de auxílio na condução de processos internos, mesmo diante de uma crescente necessidade de
inovação para estimular, por exemplo, a produtividade e novos canais com os clientes.
PALAVRAS-CHAVE: Perfil de Mercado; Perfil Profissional; Tecnologia da Informação
ABSTRACT
In this article we aim to show, after a field survey with qualitative and quantitative information, the profile of the
market and the professionals working in the current scenario and local subsidies for trying to bring a debate on the
valuation and optimization of resources that offers Information Technology or could offer in everyday organizations. In
Bar Herons, perhaps for lack of government incentives or even skilled professionals, it is clear that IT is still incipient in
small-or medium-sized serving, often, the role of mere tool to aid in the conduct of proceedings inmates, even when
faced with a growing need for innovation to stimulate eg productivity and new channels to customers.
KEYWORDS: Market Profile, Professional Profile, Information Technology
INTRODUÇÃO
Atualmente a competitividade e a sobrevivência
das organizações dependem cada vez mais de sua capacidade de perceber as mudanças e antecipar-se às novas
demandas, realinhando os investimentos em competências, tecnologias, produtos, serviços e mercados, tudo
mediado por profissionais qualificados. A velocidade
com que a informação e o conhecimento são criados e
circulam sem fronteiras, potencializa a importância do
capital intelectual (VARGAS, 2000, p.123). Nesse sentido, as Organizações dotadas de uma gestão moderna
estrategicamente apoiadas pela Tecnologia da Informação (TI), certamente estarão à frente no mundo dos negócios. Para Melo (1999), a tecnologia da informação,
quando governada de forma eficiente, mostra-se como
aliada às empresas na busca de seus objetivos de crescimento e posicionamento no mercado.
Este estudo teve pretensão de conhecer o mercado e os profissionais que atuam no cenário atual e local,
trazendo subsídios para um debate sobre a valorização e
otimização dos recursos que a Tecnologia de Informação oferece no dia a dia das organizações, até porque
um ponto a ser observado na área de TI é que, até pouco
tempo, a grande maioria dos projetos eram desenvolviOn –line http://revista.univar.edu.br/
ISSN 1984-431X
dos quase que individualmente pelos profissionais, e por
ser uma atividade que exige grande capacidade intelectual e de concentração, acabava sendo naturalmente um
trabalho que mantinha o profissional mais isolado das
outras áreas da empresa. Esse cotidiano de trabalho
pode ter contribuído na formação de profissionais com
um perfil mais “fechado”, muitas vezes até com menos
habilidades de relacionamento e comunicação, o que
pode, por sua vez, entrar em contradição com um mercado de trabalho que exige perfis cada vez mais completos e que parece estar mais focado nas competências individuais e menos na qualificação. Diante desse contexto, foi realizada uma pesquisa exploratória, de abordagem quantitativa e qualitativa, desenvolvida junto às
empresas de Barra do Garças e junto às pessoas envolvidas com a parte de informática nestas organizações.
Após a definição dos acadêmicos e professores envolvidos no projeto de pesquisa e de iniciação científica, foi
seguido um cronograma de atividades e reuniões a fim
de cumprir os prazos e as metas traçadas. Já no início
dos trabalhos, foi realizado um levantamento bibliográfico e estudo do material selecionado, a fim de se obter
embasamento teórico consistente sobre o tema proposto,
conforme preconiza MATTAR (2002). Paralelamente,
ocorreram visitas in loco feita pelos alunos participantes
do projeto, nas organizações para a coleta de informa-
Interdisciplinar – Revista Eletrônica da Univar (2011) n.5 p.16-22
Tecnologia Da Informação Em Barra Do Garças: Perfil Do Mercado E Dos Profissionais
ções por meio de um formulário que foi elaborado pelos
participantes para registro de dados de interesse extraídos a partir de entrevistas. Os dados foram registrados e
analisados estatisticamente por meio do Sistema EPI
INFO, usado para tabulação e geração de estatísticas.
Assim, atendendo ao objetivo de conhecer, em
Barra do Garças, o perfil dos profissionais de TI no
mercado de trabalho e as empresas geradoras de emprego nesta área, apresentamos a seguir algumas informações que podem contribuir para mostrar a realidade do
profissional dessa área na cidade, no que tange à sua capacitação, valorização e formação, além de tentar trazer
visão que as empresas têm a respeito da TI e seus elementos como recursos, considerando que no Perfil Econômico de Barra do Garças, de acordo com as Estatísticas do Cadastro Central de Empresas em 2008, consultadas no IBGE (2010), o número de unidades locais de
empresas é de 1.586 unidades. Já o pessoal ocupado total soma 11.470 pessoas e dessas, o pessoal ocupado assalariado somam 9.620. Já o salário médio mensal corresponde a 2,3 mínimos. Também no projeto de iniciação científica, se mostra os caminhos para os acadêmicos envolvidos na busca do conhecimento usando a metodologia científica, de forma a fomentar a troca de saberes e a colaboração mútua entre docentes, discentes e
a comunidade externa.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E OS SETORES ECONÔMICOS
A Tecnologia pode ser definida como um termo que envolve conhecimento técnico e científico e os processos
criados ou mesmo utilizados a partir deste conhecimento. Pode também ser definida como “um conjunto de atividades socialmente organizadas, baseada em planos e
de caráter essencialmente prático” (BAUMGARTEN,
2006, p.288). A autora afirma que: “Tecnologia compreende conjuntos de conhecimentos e informações utilizados na produção de bens e serviços, provenientes de
fontes diversas, como descobertas científicas e invenções, obtidas por meio de distintos métodos, a partir de
objetivos definidos e com finalidades práticas. A tecnologia está articulada com a inovação, que é indissociavelmente técnica e social.” (BAUMGARTEN, 2006,
p.288)
A Tecnologia também é tida como o conhecimento científico que pode ser transformado em técnica e
assim irá ampliar a possibilidade de produção de novos
conhecimentos científicos. Ela é a afirmação prática de
um grande desejo de controle que está subentendido ao
se fazer ciência, pressupondo ação, transformação; ou
seja, é plena de ciência mas é também técnica (BAUMGARTEN, 2006, p. 290).
Este conceito de Tecnologia, abordado acima,
pode ser encontrado em diversas áreas, pode ser incorporado a mercadorias, sendo tecnologia de produto, ou
pode fazer parte de algum processo específico, tecnologia de processo ou estar diretamente ligada ao uso da inOn –line http://revista.univar.edu.br/
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formação, tecnologia da informação. Tecnologia da Informação, ou TI, é um termo que remete-nos a outros
termos como tecnologia, computação e telecomunicação
de uma forma geral. Podemos designá-la como o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para
geração, controle e uso da Informação e por que não dizer do conhecimento. A informação é acessível de maneira direta enquanto o conhecimento pressupõe a interpretação da informação.
Um novo estudo do ITIF (Information Technology & Innovation Foundation) no ano de 2010 estimou
que os produtos das Tecnologias da Informação foram
quase os únicos responsáveis pelo crescimento econômico dos Estados Unidos nos últimos 10 anos. Ressaltase que estas tecnologias teriam injetado na economia
americana 2 trilhões de dólares ao ano. Em linhas gerais, se o Produto Nacional Bruto (PNB ) do novo continente tivesse evoluído no mesmo ritmo que o constatado
entre 1974 e 1995 (melhor dizendo, segundo o estudo,
sem a revolução digital), ele seria bem menor que 2 trilhões. Os EUA não foi o único país a se beneficiar deste
crescimento. O ITIF deu como exemplo a própria China, onde as Tecnologias da Informação foram responsáveis por um aumento de até 38% nos fatores de produção e são responsáveis por 21% do crescimento do PNB
do país.
O Brasil é claro, deve e pode se beneficiar disso,
já que hoje tem um ambientes econômico, político e legal favoráveis, sem falar que a área de TI pode alavancar muitos negócios e empreendimentos. Nesse ponto,
cabe ressaltar que, para muitas pessoas, o conceito de TI
ainda não foi entendido na proporção que realmente lhe
cabe. Não é difícil encontrar muitos casos onde a TI ainda está relacionada somente ao uso da Informática e ao
desenvolvimento de algum programa ou software específico.
O conceito de Tecnologia da Informação, então,
está diretamente ligado ao desenvolvimento tecnológico
da sociedade, à agilidade e ao fluxo contínuo de informações e de conhecimento, bem como a uma nova configuração da sociedade da nova era que está sendo impulsionada pela Revolução Informacional.
PERFIL DO PROFISSIONAL DE TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO EXIGIDO NA ATUALIDADE
Porter (1998), diz que um mercado competitivo
exige dos profissionais a busca de desenvolvimento,
mesmo em atividades que até poucos anos não demandavam grande formação técnica ou perfil comportamental específico. Frente a todas as mudanças que vêm
ocorrendo no mercado de trabalho, a área de Tecnologia
da Informação, trazendo o que se pode chamar de “Profissional da Informação”, é a que apresenta hoje um
crescimento mais acentuado.
Segundo Neves (1998) a expressão “Profissional
da Informação” surge na literatura, a partir do final da
década de 80 e início da década de 90, para atender a
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Tecnologia Da Informação Em Barra Do Garças: Perfil Do Mercado E Dos Profissionais
uma necessidade das unidades de informação, que trabalham, principalmente, com a realidade das novas tecnologias. Para a autora, o profissional, o trabalhador, independente da área em que atua, além da busca de destaque e sobrevivência em um cenário capitalista cada vez
mais competitivo, e que exige dele dedicação e envolvimento, também tem aspirações pessoais, aspirações de
consumo, de bem-estar e de bem viver. O trabalho, em
muitos casos acaba sendo o foco principal na vida do ser
humano quando de sua busca pela satisfação destas aspirações.
O segmento de Tecnologia da Informação, por
possuir um perfil diferenciado, com profissionais diferenciados, com conhecimentos e especialidades que estão diretamente ligadas com o “uso” da informação associada ao conhecimento, é caracterizado por ser ágil,
dinâmico e em constante desenvolvimento (O´BRIEN,
2001, p. 87). Este desenvolvimento e as mudanças quase diárias se refletem no aumento do número de postos
de trabalho para profissionais com capacitação e especializações voltadas às tecnologias de ponta no segmento.
Estas tecnologias variam de acordo com as tendências
do próprio mercado de TI. Mas este crescimento acelerado do número de oportunidades de trabalho muitas vezes encontra barreiras de falta de qualificação e preparo
para atender estas oportunidades. De acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia, a carência de profissionais capacitados para o mercado de Tecnologia da Informação no Brasil para os próximos 4 anos será de cerca de 400 mil vagas distribuídas em todas as regiões do
país.
RESULTADOS E ANÁLISES DA PESQUISA EM
BARRA DO GARÇAS
Num primeiro momento, os alunos fizeram pesquisas bibliográficas e coletaram dados nas organizações. Ao longo das pesquisas, para os professores, houve ganhos evidentes em relação aos novos conhecimentos gerados e a nova visão proporcionada aos acadêmicos envolvidos, tanto trazido pelas entrevistas, como
pela observação in locu e pelo estudo de materiais relacionados ao tema.
O questionário foi aplicado em 36 organizações e
envolveu variáveis que as caracterizaram em alguns aspectos, conforme está adiante. Os trabalhos também levaram a coleta de dados mais detalhados de profissionais ligados à área de tecnologia de informação em Barra do Garças.
Perfil das organizações pesquisadas
Algumas das informações em relação às organizações, após tabular e formatar os dados são as seguintes, tabela 1.
Na tabela 1, a maioria das empresas/organizações pesquisadas, mais precisamente 58,82%, são do
ramo de atividades ligadas a serviços, ou seja, a maioria.
On –line http://revista.univar.edu.br/
Tabela 1 - Ramo de Atividade
Respostas
Frequência Percentual
Comércio
12
35,29%
Indústria
2
5,88%
Serviços
20
58,82%
Tabela 2 - Porte da Organização
Respostas
Frequência
Percentual
Pequena
6
17,65%
Média
23
67,65%
Grande
5
14,71%
Quanto ao porte dessas organizações, a maioria
(67,65%) se declaram de médio porte. Aliás esse é realmente o porte das maiorias das empresas de Barra do
Garças conforme informações da própria CDL local.
Tabela 3 - Data de Abertura
Respostas
Frequência
Percentual
Antes de 1989
6
17,65%
De 1990 até 1999
8
23,53%
De 2000 até 2009
20
58,82%
Podemos dizer que as empresas são recentes,
uma vez que na pesquisa, cerca de 58,82% delas foram
implantadas a partir do ano 2000.
Tabela 4 - Quantidade Total de Funcionários
Respostas
Frequência
Percentual
De 0 até 10
5
14,71%
De 11 até 50
18
52,94%
De 51 até 100
7
20,59%
De 101 até 500
3
8,82%
Acima de 501
1
2,94%
Reiterando a pesquisa quanto ao porte, pouco
mais da metade das organizações pesquisadas (52,94%)
têm de 11 até 50 funcionários. Isso representa, para os
profissionais de TI, poucas vagas disponíveis na área de
desenvolvimento e mais na área de manutenção, já que
empresas de pequeno e médio porte, geralmente compram os pacotes comerciais já prontos e/ou terceirizam
os serviços.
A afirmativa feita logo acima é comprovada pelo
percentual, que demonstra que quase 68% das empresas
tem na média 1 ou 2 funcionários ligados à área de TI,
conforme a pesquisa, além de que muitos também po-
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Tecnologia Da Informação Em Barra Do Garças: Perfil Do Mercado E Dos Profissionais
dem ser terceirizados.
Tabela 5 - Quantidade de Funcionários na Área de TI
Respostas
Frequência
Percentual
De 0 até 5
23
67,65%
De 6 até 10
3
8,82%
De 11 até 20
1
2,94%
Acima de 21
0
0,00%
Terceirizados
7
20,59%
Estima-se que muitas empresas de TI estão tentando enxugar sua infra-estrutura para reduzir os custos
e melhorar a agilidade. No entanto é natural o aumento
da escala e complexidade na área de TI. Segundo LAUDON (2004), como as organizações implantam mais sistemas e equipamentos, cada vez mais as dependências
adicionais sobre TI são criadas. Em Barra do Garças,
das empresas pesquisadas, 58,82% delas dependem parcialmente e totalmente 41,18%, conforme podemos ilustrar na tabela abaixo. Geralmente isso torna as mudanças na informatização dos empreendimentos mais freqüentes, estimulando as solicitações, principalmente, de
suporte e de manutenção de TI.
Tabela 7 - Linguagem de programação da aplicação principal
Tabela 6 - Grau de Dependência da TI
Respostas
Frequência
Percentual
Nenhum
0
0,00%
Parcial
20
58,82%
Total
14
41,18%
Respostas
Essa informatização ou sistematização, conforme
termo e definição usada por WEILL (2006), pode ajudar
as organizações a alcançarem os resultados que elas precisam para manter seus produtos e atividades competitivas e posicioná-las para o crescimento, entretanto o uso
da tecnologia da informação as tornam dependentes entre outras coisas, da infraestrutura de hardware, das comunicações eletrônicas e carentes de mão de obra qualificada.
Outras informações sobre as organizações
Quanto à estrutura de TI das organizações pesquisadas, em linhas gerais, no que se refere aos computadores de mesa existentes nessas organizações, 70,59%
disseram ter até 50 computadores. Já quanto aos notebooks, 52,94% não tem, mas 38,24% possuem até 5
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desses equipamentos. No caso dos PDAs ou Smartphones, 14,71% tem pelo menos um para uso corporativo.
Em relação aos Sistemas Operacionais instalados nos
servidores dessas empresas, 55,88% declararam que esses sistemas são Windows e 44,12% disseram que são
Linux. O Windows está presente em 76,47% das estações. Uma minoria, 11,76% usam Linux e outros sistemas correspondem a 11,76%. Quanto às Tecnologias
empregadas na Rede de computadores, 52,94% usam de
alguma forma a Wireless, 76,47% usam cabos de par
trançado, e uma minoria, 5,88% ainda usam cabos coaxiais em suas redes.
Os programas que são utilizados em cada empresa varia muito, especialmente em função do porte das
organizações e de acordo até mesmo com o nível de terceirização adotado. Contudo, fica saliente que médias e
pequenas empresas ainda não se utilizam de programas
mais elaborados e completos, como por exemplo uso de
ERPs, onde, do universo das 29 empresas desses portes,
apenas 4 informaram ter um sistema desses instalados.
Isso pode ter relação com a dificuldade de arcar com o
custo de aquisição e manutenção desses programas. Em
contrapartida, das grandes empresas, a maioria (80%)
investiram em sistemas ERP. Dos aplicativos que as
empresas usam, 35,29% foram desenvolvidos no ambiente Delphi/Pascal configurando a maioria dentro da diversidade de linguagens citadas, apesar de que, dos entrevistados, 23,53% não souberam responder.
Frequência
Percentual
Cobol
1
2,94%
Delphi/Pascal
12
35,29%
Java
2
5,88%
Visual Basic
3
8,82%
Não Sabem
8
23,53%
Outros
8
23,53%
Quando questionados sobre os principais fornecedores dos aplicativos, conforme a tabela abaixo, 50%
disseram que são de nível nacional e 32% de nível regional. Ou seja, a falta de fornecedores locais, faz com
que as empresas busquem sistemas em outras regiões,
conforme a tabela abaixo.
No caso da origem dos fornecedores de equipamentos, a situação ficou melhor distribuída. Cerca de
38,24% possuem fornecedores locais e 32,35% regionais, conforme podemos ver na tabela 9.
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Tabela 8 - Principais Fornecedores dos aplicativos
Respostas
Frequência
Percentual
Local
6
17,65%
Regional
11
32,35%
Nacional
17
50,00%
uma exigência, tanto do mercado, como do próprio fisco, no caso dos PDVs.
Tabela 11 - Grau de satisfação com a manutenção na empresa
Respostas
Frequência
Percentual
Nenhuma
2
5,88%
Parcial
16
47,06%
Total
16
47,06%
Tabela 9 - Principais Fornecedores de Equipamentos
Respostas
Frequência
Percentual
Local
13
38,24%
Tabela 12 - Estimativa de custo mensal com manutenção na
empresa
Regional
11
32,35%
Respostas
Nacional
10
29,41%
Isso, de certa forma, reflete no pessoal de apoio,
que no caso do responsável pela manutenção nos equipamentos de TI das empresas, cerca de 10% são de fora
da cidade. Dentre os responsáveis pela manutenção,
conforme abaixo, 58,82% são “da casa” e 29,41% são
terceirizados. Vale observar que 11,76% das empresas
fazem sua manutenção, muitas vezes sem criar vínculo
com profissionais.
Tabela 10 - Principal(is) Responsável(is) pela manutenção
nos equipamentos
Respostas
Frequência
Percentual
Técnico próprio
20
58,82%
Terceiros
10
29,41%
Não tem responsável
4
11,76%
Percentual
Até R$ 1.000,00
24
70,59%
De R$ 1.001,00 até
R$ 5.000,00
6
17,65%
De R$ 5.001,00 até
R$ 10.000,00
2
5,88%
De R$ 10.001,00 até
R$ 20.000,00
1
2,94%
Acima
de
20.000,00
1
2,94%
R$
Fazendo uma estimativa, em 2011, 29,41% das
organizações previram investir, na sua área de TI, até
R$ 5.000,00, mas em contrapartida, 4 dessas organizações pretendem investir mais de R$ 30.000,00. Observa-se que muitas não responderam.
Tabela 13 - Estimativa de investimentos para o próximo
ano
Quando questionados sobre a satisfação com as
manutenções na estrutura de TI nas empresas, tiveram
poucos insatisfeitos totalmente. As opiniões ficaram divididas entre satisfação total e satisfação parcial. Muito
se reclamou quanto aos prazos e às vezes, quanto à qualidade na prestação do serviço.
O custo mensal da manutenção da estrutura física (excluindo as despesas de pessoal que não seja para manutenção) nas empresas, até pelo porte da maioria, não
chega a R$ 1.000,00 em 70,59% delas, conforme podemos ver na tabela 12.
Quanto aos investimentos, das empresas pesquisadas, 70% implantaram recursos de TI como equipamentos e aplicativos nos últimos 15 anos, até porque esses recursos ficaram mais acessíveis e ao longo dos tempos passou, de um diferencial, para uma necessidade básica até chegar à situação atual, onde praticamente é
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Frequência
Respostas
Frequência
Percentual
Até R$ 5.000,00
10
29,41%
De R$ 5.001,00 até
R$ 15.000,00
5
14,71%
De R$ 15.001,00 até
R$ 30.000,00
5
14,71%
De R$ 30.001,00 até
R$ 100.000,00
3
8,82%
Acima
de
100.000,00
1
2,94%
10
29,41%
Não Responderam
R$
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Tecnologia Da Informação Em Barra Do Garças: Perfil Do Mercado E Dos Profissionais
Perfil dos profissionais de TI
Buscou-se sempre o responsável pela área de TI
na organização para fazer as entrevistas. Quanto aos
cargos desses profissionais, algumas diferenças foram
encontradas, talvez até mesmo pela hierarquização utilizada. Em médias e grandes empresas, o encarregado de
CPD foi o cargo mais citado (63,3%), enquanto que nas
pequenas empresas o proprietário ou o gerente ou responderam ou indicaram os técnicos terceirizados responsáveis pela manutenção de TI para responderem.
Boa parte dos profissionais entrevistados estão envolvidos com atividades da área de TI nas organizações há
menos de 10 anos, especialmente nas médias e grandes
empresas. Isso sugere uma menor especialização das
pessoas que trabalham em TI nas pequenas empresas,
até porque quase não existe vínculo com esses profissionais.
Cerca de 95% dos profissionais ligados à área de
TI da pesquisa são homens, com a média de idade, seja
a empresa de grande, médio ou pequeno porte, em torno
dos 30 anos. Do total de profissionais levantados,
55,56% são casados e 27,78% são solteiros. Também do
total, 55,56% concluíram o ensino médio e 44,44% tem
formação superior. Na tabela abaixo, temos a identificação de onde os profissionais fizeram faculdade.
Tabela 14 - Local da Graduação
Local da Graduação
Percentual
nanam Pascal/Delphi 19,44%; Dominam C/C++ 5,56%;
Dominam Basic/Visual Basic 5,56%; Dominam ASP
5,56%. Ressalta-se que 22,22% dominam PHP, mas
30,56% declararam não dominar qualquer linguagem de
programação.
Tabela 15 - Profissionais de TI - Aperfeiçoamento
Respostas
Frequência
Percentual
Nível Técnico
13
36,11%
Certificação
7
19,44%
Graduação
10
27,78%
Especialização
6
16,67%
Mestrado
0
0,00%
Doutorado
0
0,00%
Tabela 16 - Por quais os outros meios você se atualiza?
Respostas
Frequência
Percentual
Cursos de curta duração
8
23,53%
Internet (fóruns,
mails, etc.)
18
52,94%
e-
Cathedral
18,75%
Feeds
3
8,82%
UFMT
18,75%
Tutoriais impressos e
em vídeos
5
14,71%
Univar
50,00%
Outras
12,50%
Tabela 17 - Valor médio da remuneração.
Quanto ao aperfeiçoamento, 16,67% chegaram
até o nível de especialização, mas a maioria, 36,11%
desses profissionais somente chegaram ao nível técnico.
Quando perguntados, como se mantêm atualizados, do
total: usam revistas 47,22%; usam livros 33,33%; usam
apostilas 25%. Já em relação a outros meios de se atualizarem, a tabela 16 mostra que muitos usam também a
Internet.
Quando questionados se existe satisfação pela
profissão, a maioria (83,33%) disseram que sim, embora
27,78% disseram que a sua área de atuação não é valorizada. Corrobora para isso, o valor médio da remuneração, que para muitos deveria ser maior que os valores
atuais. A tabela 17 ilustra essa situação.
No quesito qualificação enquanto desenvolvedores de sistemas, os profissionais de TI foram questionados sobre o seu domínio sobre algumas linguagens de
programação. Do total: Dominam Java, 13,89%; DomiOn –line http://revista.univar.edu.br/
Respostas
Frequência
Percentual
Até R$ 1.000,00
6
16,67%
De R$ 1.001,00 até R$
2.000,00
16
44,44%
De R$ 2.001,00 até R$
5.000,00
8
22,22%
De R$ 5.001,00 até R$
10.000,00
1
2,78%
Acima
de
10.000,00
0
0,00%
5
13,89%
Não responderam
R$
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após seguir os caminhos necessários que culminaram no presente artigo, existe embasamento para fazer algumas afirmações e até algumas reflexões, inclusive diante de uma fato: a TI é considerada hoje fator determinante na busca do sucesso empresarial. Em Barra
do Garças não seria diferente. Na cidade de Barra do
Garças, percebe-se que a TI está de certa forma, ainda
incipiente nas empresas de pequeno ou médio porte,
cumprindo, muitas vezes, papel de mera ferramenta de
auxílio na condução de processos internos. Essa situação já se configura bem diferente nas grandes empresas.
De uma maneira geral, as empresas pesquisadas encontram-se em estágios diferentes de informatização, onde
na maioria dos casos, as empresas com maior número de
funcionários e faturamento mais elevado apresentam-se
mais informatizadas e por conseguinte, otimizadas administrativamente, financeiramente e mercadologicamente.
As pequenas empresas utilizam-se de sistemas
básicos, com profissionais normalmente multifuncionais
dando apoio às atividades de TI, ao mesmo tempo em
que possuem um nível maior de terceirização dessas atividades; utilizando-se da Internet como apoio às atividades gerais da organização, muito poucas já tem websites
ou pretendem ter em médio prazo. A TI dá suporte a algumas áreas das organizações, especialmente para as
atividades contábil-financeiras e de contato com clientes, mas há uma previsão de que a TI venha a ser incrementada para os próximos anos de forma mais intensa,
principalmente quando se fala de vendas e de relacionamento efetivo com os clientes.
Percebe-se pelas entrevistas, que o fato da pouca
informatização em algumas empresas reflete na pouca
identificação dos resultados decorrentes da adoção de
TI, diferente do que ocorre com as grandes empresas,
que no caso de Barra do Garças, infelizmente ainda são
poucas. Esse talvez seja o maior limitante no mercado
local de trabalhos ligado à área de TI. Até existem profissionais qualificados, mas quase não existem investimentos em tecnologia e inovação e por conseguinte não
existem vagas, o que faz com que esses profissionais,
para atuarem na sua área, tenham que ir para os grandes
centros. Entre algumas conclusões que podemos tirar
desse estudo, uma é a que, além dos poucos investimentos, a ausência de Políticas públicas e de ações conjuntas de empresas privadas objetivando tornar Barra do
Garças um pólo de tecnologia, bloqueiam um caminho
que poderia trazer bons resultados não só para a economia regional, mas para a própria sociedade.
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