Ano 13 - No 177 - 25 de maio / 2009 Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância do Estado de Minas Gerais [email protected] - www.sinjus.org.br Em Minas, há Justiça para todas as mamães? Nossas colegas da Assembleia Legislativa e da Defensoria Pública já têm dois meses extras para cuidar de seus recém-nascidos. E as trabalhadoras do Judiciário? O que podem esperar? Arte: Mariana França Sindicato faz “via sacra” em gabinetes de membros da “Comissão Administrativa do TJMG”. Pág.05 Aposentados Cursos SINJUS-MG Consinjus Em sua habitual reunião mensal, “Núcleo” definiu novo passeio: Thermas em Uberaba. O grupo ainda ouviu palestra sobre acupuntura, além de agendar, para 8/6, o seu próximo encontro. Em maio, “Taquigrafia” e novas turmas de “Redação” ocupam a sala de atividades do Sindicato. Em junho, será a vez de se iniciarem as aulas de “Direito Processual Civil”, ministradas na Ejef. Sindicato amplia prazo para contabilizar resultado das enquetes. Nesta edição, você, colega, tem mais uma chance para votar e concorrer ao sorteio de brindes. Pág. 04 Pág. 04 Pág. 08 Foto: arquivo SINJUS-MG ADE: TJ “empaca” PL? Neste mês, representantes dos servidores foram à Casa Legislativa pela terceira vez. Eles cobraram agilidade na votação do projeto de Adicional de Desempenho. Com surpresa, eles receberam a notícia de que o atraso se deve ao TJMG, que não teria enviado documentos solicitados pela CCJ. Pág. 05 Nº177 - 25 de maio de 2009 2 OPINIÃO EDITORIAL UM SONHO DE JUSTIÇA: ÁGIL! “A profecia, que geralmente utilizamos para falar da morosidade do Judiciário, é a de que: “a Justiça tarda mas não falha”. Mas, na realidade, nem sempre as coisas funcionam dessa forma. O que mais se diz na imprensa sobre o Poder Judiciário se relaciona à sua lentidão. E uma justiça lenta é prejudicial à sociedade, pois, podese criar uma ideia de impunidade ante os delitos ou injustiças cometidos. O servidor vem sentindo, na própria pele, esse ritmo lento, que não se limita à área judiciária, mas também à esfera administrativa. Desde outubro do ano passado, o SINJUS-MG vem lutando para que o Tribunal de Justiça de Minas (TJMG) institua, por ato próprio, a licença-maternidade de seis meses para as servidoras da Casa. Mas o Sindicato tem esbarrado na burocracia que se instalou nos órgãos de decisão do TJMG. Assim, assistimos outros poderes, como a Assembléia Legislativa de Minas (ALMG), o Ministério Público (MP) e a Defensoria Pública, instituírem esse benefício, com justa agilidade, enquanto a administração do TJ decide, a passos de tartaruga, se deve ou não implantar tal direito também pela via administrativa. O Adicional de Desempenho (ADE) é outro que segue lento como bicho preguiça! O benefício foi instituído, em 2003, para os servidores efetivados a partir daquele ano. Porém, dentro do Tribunal, a implantação do ADE virou uma novela, com infinitos capítulos que parecem não ter fim. O Projeto de Lei (PL), enviado para a ALMG, com mais de um ano de atraso, depois de passar por vagaroso trâmite no TJ, encontra-se sem condições de ser incluído na primeira Comissão. A razão é a lentidão do Tribunal em fornecer documentos, solicitados pelo órgão, necessários para a emissão de parecer do relator. O cultuado sociólogo português Boaventura de Souza Santos disse, certa vez, que “o sistema processual é tão burocrático que não se nota mais a presença de seres humanos nas ações”. Esse pensamento define, com precisão, a situação acima exposta. Isso nos leva à seguinte reflexão: ao analisar a questão da ampliação da licença, os gestores do TJ não podem deixar de considerar a questão humana e social dessa decisão. É o bemestar e a saúde da mãe e da criança que devem pesar na balança da Justiça. Ao encaminhar um projeto que visa instituir um direito aos funcionários, como é o caso do ADE, o TJ deveria fazê-lo com a mesma urgência sentida pelos servidores que, atualmente, amargam os prejuízos da morosidade e da burocracia do Judiciário. Caro Servidor, nesta edição, trazemos matérias que tratam das ações do SINJUS-MG para concretizar os direitos à licença-maternidade ampliada e ao ADE. Além de outros assuntos de seu interesse. Boa leitura! Jornal Quinzenal do Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância do Estado de Minas Gerais Impresso em papel reciclado Para a produção deste material, nenhuma árvore foi derrubada FALA COMPANHEIRO Opiniões sobre a licença-maternidade de 180 dias licença-maternidade de seis meses (no mínimo) deveria entrar para a lista de conquistas que beneficiam a humanidade, não apenas a mãe ou o bebê. Uma sociedade mais humana tem de se preocupar com a base de formação dos cidadãos. Pesquisas já apontaram que uma criança bem cuidada, amada e orientada tem grande chance de ser um adulto saudável e equilibrado. E a presença da mãe é fundamental para dar essa sustentação. Por isso, alguns países da Europa têm sua licença estendida, e as mães podem participar mais do crescimento de seus filhos. O Tribunal de Justiça, ao negar esse benefício que outros órgãos já concederam, prejudica um bem maior da coletividade: a construção de uma sociedade mais harmônica e justa”. R.S. - Servidora do TJMG A “(...) A licença de 180 dias reduz significativamente os gastos com a saúde. De fato, ao proporcionar condições para amamentação exclusiva nos seis primeiros meses, previne as doenças comuns nos dois primeiros anos de vida e reduz o risco de enfermidades do adolescente e do adulto, tais como hipertensão arterial,doenças coronarianas e algumas formas de câncer(...)” Dioclécio Campos Júnior Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria DIRETORIA COLEGIADA: Robert Wagner França &RRUGHQDGRU*HUDO Nicolau Prímola 6HFUHWiULR*HUDO Aguinaldo Eustáquio da Silva (Assuntos 6RFLDLV &XOWXUDLV H GH 6D~GH Renato Elias Charchar (Finanças H 3DWULP{QLR Sônia Aparecida de Souza ,PSUHQVD GH &RPXQLFDomR Wagner de Jesus Ferreira -XUtGLFR H Márcia de Castro Magalhães)RUPDomRH$VVXQWRV,QWHUVLQGLFDLV Conselho Fiscal: ,GDOPR&RQVWDQWLQR+XGVRQ%UtJLGRGD6LOYDH0DULD$X[LOLDGRUD65HLV “Ao serem mães, as mulheres se transformam em responsabilidade social. Portanto, o Estado e o Poder Público têm de assegurar a condição da maternidade, respeitando o desenvolvimento emocional e físico da criança”. Marília Campos - Prefeita de Contagem (que ampliou a licença das servidoras municipais) “Sou a favor do aumento da licençamaternidade para 180 dias no TJMG, e espero que esse número seja aumentado ainda mais. Acredito que devemos estar sempre atentos aos direitos das mulheres e das crianças, lutando e contribuindo para a sua garantia, uma vez que, ao longo da construção da cidadania brasileira, esses indivíduos não vêm sendo assistidos adequadamente na medida de suas reais necessidades. Toda garantia que contribua para ampliar a cidadania deve ter o apoio de todo cidadão brasileiro”. M. R. - Servidor do TJMG “Eu defendo fervorosamente a ampliação da licença-maternidade. Ela permite que a mãe fique mais tempo com o bebê, facilita o prolongamento do aleitamento nos seios e reduz um pouco a ansiedade da mãe ao voltar ao trabalho e saber que seu filho está em casa precisando dela ou adoentado”. José Gomes Temporão Ministro da Saúde -RUQDOLVWD5HVSRQViYHO Dinorá Oliveira (MG 05458 JP) (VWDJLiULD Thaniara Carvalho $VVLVWHQWH'HVLJQHU*Ui¿FR Mariana França 3URMHWR*Ui¿FR Mariana França (GLomRDinorá Oliveira 5HYLVmR&DUOD3DFt¿FR5REHUW:DJQHU6{QLDGH6RX]D ,PSUHVVmR*Ui¿FD%+ Tiragem: 3.000 exemplares 2VDUWLJRVDVVLQDGRVVmRGHLQWHLUDUHVSRQVDELOLGDGHGHVHXVDXWRUHVHQmRUHÀHWHPQHFHVVDULDPHQWHDRSLQLmRGR6,1-860*´ Nº 177 - 25 de maio de 2009 3 OPINIÃO Desde 2005, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) faz a campanha “Seis Meses é Melhor!” - pela ampliação da licença-maternidade. Tal defesa se baseia em pesquisas que indicam: “maior tempo de convívio e amamentação, resulta em melhor desenvolvimento dos bebês”. De acordo com os estudos, crianças que ficam mais com as mães, sobretudo nos primeiros seis meses, apresentam superioridade física, psíquica e cognitiva. Como se isso não bastasse, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde brasileiro aconselham aleitamento materno (exclusivo) até o sexto mês de vida. Essa recomendação, no entanto, é quase impossível de ser seguida se a mãe é obrigada a voltar ao trabalho “mais cedo”. Uma das muitas ações da Campanha foi dar suporte ao Projeto de Lei (PL) encampado pela Senadora Patrícia da Saboya (PDT/CE). O PL resultou na Lei 11.770, de 9/9/2008, que ampliou a licença-maternidade. A norma foi sancionada pelo presidente Lula. Hoje, a licença maior já é adotada em diversas entidades privadas e públicas. Leia, abaixo, trechos de um documento encaminhado ao Congresso Nacional, com parecer médico sobre a licença de seis meses. Eles foram extraídos de uma carta, de julho/2008, entregue ao deputado Marcelo Almeida (PMDB/PR), relator do PL numa das Comissões daquela Casa. O texto é assinado pelo presidente da SBP, o pediatra e professor da Universidade de Brasília (UNB), Dioclécio Campos Júnior. Alerta médico! Licença-maternidade de seis meses amplia a “saúde da sociedade” *Dioclécio Campos Júnior r. Deputado, Dirijo-me a Vossa Excelência, na condição de presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), para cumprimentá-lo em nome dos pediatras do nosso País. A SBP, entidade que congrega os pediatras brasileiros, defende a aprovação do Projeto de Lei que prorroga de quatro para seis meses, em caráter facultativo, a duração da licença-maternidade – do qual Vossa Excelência é o ilustre relator na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Trata-se de proposta elaborada pela SBP, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil e a senadora Patrícia Saboya, sua autora. A matéria em causa tem toda a sustentação que se possa exigir de um Projeto dotado de tão nobre finalidade. São os seguintes os argumentos que lhe garantiram segura tramitação (...): “S 1. Embasamento científico: os seis primeiro meses de vida são decisivos e insubstituíveis para o crescimento e diferenciação do cérebro do novo ser. O desenvolvimento dessa estrutura essencial supõe estimulação adequada e nutrição de qualidade. Requer, por isso mesmo, o ambiente afetivo favorável ao êxito dos fenômenos biológicos que se passam no período e a possibilidade de amamentação exclusiva como fonte nutricional. São direitos da criança que cabe à sociedade assegurar. Minas Gerais 2. Repercussão econômica positiva: o Projeto reduz significativamente os gastos com a saúde. De fato, ao proporcionar condições para amamentação exclusiva nos seis primeiros meses, previne as doenças comuns nos dois primeiros anos de vida, e reduz o risco de enfermidades do adolescente e “Seis meses é melhor!”, passaram a garantir a do adulto, tais como hipertensão arterial, obesidade, licença-maternidade de seis meses para suas diabetes, alergia, doenças coronarianas e algumas funcionárias públicas. Hoje são inúmeras as crianças formas de câncer, como os linfomas. Além disso, beneficiadas. estudos de economistas de renome na atualidade, entre os quais o do prêmio Nobel, James Heckman; 6. A sociedade civil já revelou sua posição: demonstram que o investimento de maior retorno econômico para qualquer sociedade é o investimento Pesquisa feita ano passado pelo Data Senado mostrou que 80% em saúde e educação na primeira infância, campo das pessoas ouvidas, em todas as capitais do País são favoráveis em que se situa o alcance do presente Projeto de ao Projeto. Muitas empresas já compreenderam a importância da Lei. Pesquisa feita em Illinois, EUA, mostra que cada matéria e se adiantaram à aprovação do projeto (...). dólar assim aplicado assegura retorno de 17 dólares para a sociedade. 7. Apoio da imprensa: A mídia entendeu a 3. Incontestável potencial de transformação validade do PL, desde seu lançamento, em agosto da sociedade: a interação afetiva plena, ensejada de 2005. Os jornalistas mais influentes do Brasil já pela prorrogação da licença-maternidade, promove explicitaram apoio à sua aprovação. o vínculo afetivo forte e estável entre a criança, a mãe, o pai e a família como primeiro grupo social. (...) O Congresso Nacional cumpriu, até aqui, Sedimenta-se, no equilíbrio dessa interação, a base sua mais genuína missão legislativa. E o fez com de comportamento humano não agressivo, resistente sensibilidade, compromisso e desprendimento. ao estresse. Estudos demonstram que boa parte Diante do exposto, tomo a liberdade de solicitar da violência social e da criminalidade decorre da a Vossa Excelência o apoio que tão importante privação afetiva nos primeiros tempos da existência. iniciativa merece, por bem dos benefícios que projeta 4. Não tem caráter impositivo: a prorrogação para a sociedade brasileira (...), a fim de que o País é facultativa para a mulher e para a empresa. Não não perca mais tempo na implantação de medidas prejudica a mãe trabalhadora. Cria o mecanismo sociais dessa relevância. legal para que a empresa possa exercer seu papel Certo de que Vossa Excelência será sensível social, cada vez mais necessário na modernidade. à presente manifestação e representará a vontade Propicia avanço por meio do insuperável processo de da maioria da nossa gente, antecipo o reconhecido conscientização. Muitas empresas já compreenderam agradecimento da comunidade pediátrica (...), assim a importância da matéria e se adiantaram à aprovação como da infância e da adolescência que nos cumpre do projeto, passando a conceder desde já a licença cuidar com ilimitado engajamento.” ampliada. São exemplos: Nestlé, Garoto, Fersol, Atenciosamente, Light, Cosipa, Wal Mart, Eurofarma, entre outras. Dioclécio Campos Júnior Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria 5. Adesão de municípios e estados: Já são também mais de 93 prefeituras e 11 governos estaduais que, sensibilizados com a campanha ” O texto original está publicado no site da SBP Projeto mineiro premiado, no Senado, prevê geração de renda para mulheres Proposta da Câmara de BH recebe prêmio nacional U m projeto da Câmara Municipal de Belo Horizonte foi contemplado com o “Prêmio do Mérito Legislador 2008”, concedido pelo Instituto de Estudos Legislativos Brasileiro (IDELB) em parceria com o Senado do Brasil. A proposição de lei 1367/2007 (hoje, Lei 9524/08), premiada nacionalmente, é de autoria da atual presidente da Casa Legislativa de Beagá, vereadora Luzia Ferreira (PSB). A proposta institui o Programa de Geração de Renda da Mulher como componente do Plano de Desenvolvimento Econômico da Capital mineira. A implementação da Lei visa estimular iniciativas coletivas propostas/conduzidas por mulheres, por meio de empreendimentos solidários. A proposição ainda prevê o acompanhamento para os empreendimentos, em todas as fases do processo, da formação gerencial até a comercialização dos produtos. O projeto vem sendo considerado de importante repercussão para a melhoria da renda doméstica, uma vez que muitos dos lares mais pobres têm mulheres como chefes de família. O prêmio O prêmio do Senado destaca os 150 melhores projetos apresentados em todas as casas do Poder Legislativo do Brasil. O reconhecimento objetiva destacar a seriedade na condução da atividade parlamentar, em prol da comunidade e do País. Para selecionar as melhores propostas, os avaliadores consideram relevância social; alcance; inovação; impacto; repercussão; participação popular; mudança de hábitos e melhores práticas pelo desenvolvimento brasileiro. A cerimônia de premiação será realizada na noite de 26 de maio/2009, em solenidade no Congresso Nacional, em Brasília. Os parlamentares agraciados receberão um troféu banhado a ouro e um diploma em pergaminho. Imagem ilustrativa retirada do blog http://caprichodemulher.blogspot. com/ Nº177 - 25 de maio de 2009 4 Redação e Taquigrafia continuam na sala do Sindicato, Direito será na Ejef Novos Cursos SINJUS-MG: Taquigrafia, Direito Processual Civil e Redação já estão na “largada” Curso de Taquigrafia R ED A Ç Ã O este maio, e também em junho, terão início os novos cursos do SINJUS-MG. As aulas serão ministradas na sala de atividades do Sindicato (Av. João Pinheiro, 39 – 11º andar) e também na Escola Judicial (Ejef) do Tribunal de Justiça (TJMG), que fica no Edifício Mirafiori (Rua Guajajaras, 40 - 18º andar). Os cursos SINJUS-MG dão direito a certificado (para quem tem 80% de frequência), que pode ser usado na contagem de pontos da Promoção Vertical do Tribunal. Todas as aulas têm custos subsidiados pelo Sindicato para os filiados (e seus dependentes legais). N Reino da rapidez A primeira das novas turmas a “dar a largada” é a de Taquigrafia (com dez vagas). As aulas começam em 25/5/2009 (segunda) e seguem até setembro, na sala de atividades do SINJUS-MG. As atividades são coordenadas e ministradas pela professora e taquígrafa Silvia Astoni, que adota o método Taylor. Haverá aulas sempre às segundas, das 19 às 21 horas. Para participar, os filiados ao SINJUS-MG e seus dependentes investem R$ 140 por mês. O custo para não-filiados é R$ 280. estilo e elegância; erros mais comuns. Além de trazer resumo das principais mudanças na ortografia da Língua Portuguesa. Filiados e dependentes investem R$ 95; e não-filiados pagam R$ 200. Domínio do Direito Império do estilo Na sequência, começam as novas turmas de Redação, ministrado pela professora e jornalista Dinorá Oliveira. O curso já teve duas turmas concluídas neste mês de maio. Agora, ampliado (para 16 horas-aula), o curso terá duas novas turmas. Uma com aulas às terças-feiras, das 19 às 21 horas; e outra, das 14h às 16 horas (em dia da semana a ser definido em breve). O programa abrange, entre outros itens: simplicidade, clareza e objetividade; versatilidade vocabular; correção; eliminação de ambiguidade/redundância; pontuação; coesão e coerência; impessoalização do discurso; SINJUS-MG volta a receber novos servidores do Tribunal SERIN 2009: bem-vindos, colegas! E Já em junho (dia 15), começa a 1ª turma de Direito Processual Civil, com final previsto para a última semana também de junho. Com cargahorária de 16 horas-aula, as atividades, ministradas pelo professor doutor Carlos Henrique Soares, serão às segundas e quartas, das 18h30 às 21h30. O curso de Direito terá como sede uma das salas da Escola Judicial (Ejef). O curso exige conhecimentos prévios da área. Por isso, é destinado a bacharéis e estudantes de Direito ou servidores lotados em Cartórios Judiciais do TJ. Filiados ao SINJUS-MG, bem como seus dependentes, pagam R$ 100. Para não-filiados, o valor é R$ 200. “Aposentados” definem novo Passeio do grupo Reunião também teve palestra sobre acupuntura N Foto: Arquivo SINJUS o dia 4/5/2009, foi realizada a reunião mensal do “Núcleo de Aposentados SINJUS-MG”, na sala da entidade (Av. João Pinheiro, 39 - 11o andar). Na oportunidade, além da alegria do reencontro, os aposentados receberam informações a respeito das atividades do Sindicato. Eles ainda foram atualizados sobre o andamento de ações do SINJUS-MG. O encontro também contou com palestra de Giuseppe Magualde, acupunturista da Saúde desde o início Mais Força e união Na oportunidade, houve também uma palestra do psicólogo e jornalista Arthur Lobato, membro da “Comissão de Combate ao Assédio Moral no Trabalho SINJUS-MG/ Serjusmig”. Além de abordar o assédio, Lobato também fez uma explanação sobre questões afetas à saúde do trabalhador, além de apontar alguns dos resultados do trabalho desenvolvido pela “Comissão”. Entre outros assuntos de interesse geral, os representantes da categoria abordaram a “Campanha de Filiação/ Conscientização 2009”. Eles também distribuíram Kits SINJUS-MG: com corda para crachá, cartilhas, jornais, informativos e afins. No Kit, havia fichas de filiação para que os recém-chegados possam fortalecer o NOSSO SINJUS-MG. Clínica Estathos. O profissional fez uma explanação sobre os benefícios das “agulhadas”. O Sindicato firmou convênio com a clínica (informações pelos fones 3273-2665 ou 8842-7177). Na reunião, os aposentados também definiram o roteiro de seu próximo passeio, a ser realizado entre 18 e 21/6 (quinta a domingo). O destino escolhido foi o Ubatã Thermas Parque Hotel (em Uberaba). A próxima reunião será em 8/6. Colega aposentado, seus amigos o esperam. Não falte! Foto: Thaniara Carvalho m nome da categoria, na tarde de 13/05/2009, quarta-feira, representantes do SINJUS-MG deram as boas-vindas a servidores empossados recentemente no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A acolhida ocorreu durante o Programa Servidor Integrado (Serin), realizado no auditório do Anexo II, da Unidade Goiás do TJ. Com grande satisfação, os dirigentes da entidade apresentaram o Sindicato aos novos colegas. Eles utilizaram slides, em PowerPoint, para mostrar algumas das conquistas, ações e atividades concretizadas pelo SINJUSMG. Direito Processual Civil Nº177 - 25 de maio de 2009 5 sindical Dirigentes da entidade fazem “via-sacra” por gabinetes de desembargadores Parecer contrário à extensão da licençamaternidade no TJ não abafa fé do SINJUS-MG A Decepção O desapontamento foi oficializado na quarta, 13/5/2009, quando o Sindicato soube que o desembargador apresentara parecer contrário ao Pedido Administrativo (PA) nº 663/08º. Neste PA, protocolado em outubro/2008, o SINJUSMG solicita a extensão da licença (de 120 para 180 dias). Tal solicitação estava na Comissão Administrativa do Tribunal, sob a relatoria do des. Dídimo, cujo parecer considera que, para ampliar o benefício, seria necessária a edição de lei estadual. Em outros órgãos públicos do Estado (isso sem falar nos federais e municipais), os administradores têm visão bem diferente. A Defensoria Pública e a Assembleia mineira são bons exemplos de um olhar mais humanitário: ambas, independentemente de lei estadual, implantaram, por via administrativa, a licença de seis meses. Para fazê-lo, os responsáveis se basearam no artigo 2º da Lei 11.770/2008, além de levar em conta os conselhos de Sociedades de Medicina, que apontam inúmeras vantagens do benefício ampliado (leia artigo na página 3). A Luz no fim do túnel Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que a amamentação regular, por seis meses, REDUZ 17 vezes as chances de a criança contrair pneumonia; 5,4 vezes a possibilidade de anemia; e 2,5 vezes a ameaça de crises de diarreia. O SINJUS-MG, entretanto, quer acreditar que ainda há mais “luz no fim do túnel”. Essal esperança tem razão de ser. O parecer do relator, mesmo aprovado pelo colegiado da Comissão Administrativa, não tem poder decisório. Ele é apenas consultivo. A palavra final caberá mesmo ao presidente da Casa, desembargador Sérgio Resende. Ou seja, a imagem ruim, que ora se apresenta, pode ser apagada. Afinal, em reuniões com representantes do Sindicato, o presidente do TJ se mostrou favorável à ampliação Arte: Mariana França E m prol da licença-maternidade de seis meses, desde 15/5/2009 (sexta), dirigentes do SINJUS-MG têm feito “visitas” a alguns desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas (TJMG). Nesses encontros, os sindicalistas apresentam um documento que visa fortalecer sua argumentação com os magistrados. O conteúdo, elaborado com a participação da assessoria jurídica do Sindicato, elenca mais razões para que o Tribunal faça JUSTIÇA às mamães da Casa. A intenção das conversas e do documento é expandir o volume de dados. Com isso, espera-se “incentivar” o TJ a seguir o bom exemplo de, entre inúmeros órgãos públicos, Assembleia Legislativa (ALMG) e Defensoria Pública mineira. A “via sacra” dos representantes do SINJUS-MG teve início assim que o Sindicato conheceu o teor negativo do parecer do desembargador Dídimo Inocêncio sobre o pedido da entidade. da licença. E ele não foi o único desembargador que já acenou positivamente. Assim, ainda é possível acreditar num final JUSTO para a História deste “Mês das Mães” de 2009 na Casa da Justiça. De qualquer forma, embora não perca a fé e nem desanime da “via-sacra” nos gabinetes do alto escalão do TJ, o SINJUS-MG já acionou sua assessoria jurídica. A ideia é estudar outras iniciativas a se tomar, caso esse cenário cinzento insista em turvar a paisagem das futuras (e ainda injustiçadas) mães do Judiciário mineiro. Atraso na votação seria fruto de lentidão dentro do próprio TJMG PL do ADE: Tribunal não envia documentos à ALMG A Foto: Arquivo SINJUS Comissão de Constituição e Justiça ( CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG) não pode dar continuidade à votação do Projeto de Lei (PL) 2968/2009 (que trata do Adicional de Desempenho/ADE, no Tribunal de Justiça – TJMG). Sabem por quê? Porque a Comissão enviou requerimento ao TJ, solicitando dados importantes para a conclusão do parecer. O Tribunal, porém, não envia o que foi requerido. Com isso, a tramitação fica estacionada na CCJ. Essa foi a informação que o SINJUS-MG recebeu, durante a última reunião com o presidente da Comissão, e também relator do PL do ADE, deputado Dalmo Ribeiro (PSDB), realizada em 13/5/2009, no gabinete do parlamentar. Cobrança e decepção Nesse encontro, solicitado pelas entidades, dirigentes do SINJUS-MG e do Serjusmig foram Pela terceira vez, dirigentes das entidades vão à ALMG, a fim de saber as razões da demora nos trâmites do PL do ADE na na CCJ da Casa. cobrar mais rapidez na tramitação do projeto. Afinal, ele foi exaustivamente debatido dentro do Tribunal e devidamente aprovado na Corte Superior do órgão. Com isso, acreditavam os sindicalistas (e também toda a categoria), não haveria empecilhos à sua tramitação em tempo hábil. Saber que essa votação emperrada (deveria ter sido iniciada em abril) é decorrente de “desatenção” do próprio autor do PL - o Tribunal de Justiça - é, no mínimo, constrangedor. As entidades e os servidores se esforçam, trabalham dobrado sobre o projeto, pressionam parlamentares para, no fim das contas, ouvir a notícia de que é o TJ quem dificulta o processo. É realmente lamentável! Ao se manifestar na ALMG, questionar parlamentares, comparecer a reuniões de Comissões e Plenários, a categoria acredita estar ajudando o Judiciário a efetivar seus projetos. Mas se essa mesma Casa se autonegligencia, o que fazer? Os servidores apelam para o bom-senso da Administração: por favor, enviem, imediatamente, toda a documentação necessária! Não prejudiquem um PL que o próprio Judiciário criou. Os funcionários e a boa prestação dos serviços jurisdicionais agradecem! 6 Nº 177 - 25 de maio de 2009 EXPOSIÇÃO Mostra de arte contemporânea propõe ‘flerte’ entre obra e observador Cultura interativa no Museu Inimá de Paula Thaniara Carvalho P ense em subir e descer por uma escada virtual, que faz barulho e dá sensação de vertigem. Ou datilografar um texto em uma máquina, ao ver letras se transformando em seres artificiais. Essas e outras sensações podem ser experimentadas na mostra Arte Cibernética, exposta no museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1201), até o dia 13 de junho. O acervo, trazido do Itaú Cultural, em São Paulo (SP), reúne uma coleção de arte cibernética iniciada pela instituição em 1997. forma de instrumento musical, com linhas luminosas projetadas, em que o observador, ao tocar nas “cordas”, produz efeitos de vibração de luz e som. Ou ainda na “Les Pissenlits”, de Edmond Couchot e Michel Bret, em que o observador, ao soprar em direção ao microfone posicionado na instalação, faz dispersarem-se as sementes de dentes-de-leão, projetadas em telões. A mostra fica em cartaz no local a semana quase toda. Às terças, quartas e sextas-feiras, das 10h às 19h; às quintas-feiras, das 12h às 21h; e aos sábados, das 10h às 18h. Em relação aos domingos, não há horários divulgados. Os telefones do Museu são: (31) 3213-4320 e 32229798. O ingresso custa R$ 5 (inteira). A entrada é gratuita para menores de 10 anos e maiores de 60. Também chamada de New Media Art, o conceito de arte cibernética está ligado à interação constante entre observador e obra, num processo que pode resultar em mudança de objetivos, tanto para um, quanto para outro. Ao caminhar pela exposição, o visitante entrará em contato com a arte, trocando informações, olhares e sons. Como na obra OP_ERA: Sonic Dimension, de Daniela Kutschat e Rejane Cantoni, que consiste em uma instalação desenhada em Foto: Thaniara Carvalho Interagir Livro de Antônio Álvares da Silva propõe uma verdadeira Reforma do Judiciário Robert Wagner França N o livro Reforma do Judiciário, que é de 2004, mas continua atual, o professor titular da UFMG, jurista e desembargador do Tribunal do Trabalho da 3ª Região Antônio Álvares sentencia que “o Judiciário brasileiro (...) é uma instituição envelhecida, cara e ineficiente. É um doente que não reage mais aos remédios burocráticos comuns”. Para ele, colocar nas mãos do povo e dos juízes um procedimento eficiente, barato, justo e democrático de solução de conflitos é umas das mais inadiáveis obrigações do Estado brasileiro. Para o autor, o problema fundamental do Judiciário está na estrutura. O Brasil optou pelo modelo europeu, vigente desde o séc. XVIII: um juiz de primeiro grau para decidir as questões de fato e de direito; um de segundo para examinar e conferir a decisão de primeiro grau; um terceiro tribunal para unificar as divergências do sistema (tanto na lei quanto na jurisprudência) e um tribunal para examinar as decisões na perspectiva da ordem constitucional. O esquema, do ponto de vista teórico, está certíssimo. Só que, na prática, não funciona mais. De acordo com o professor, a nova estrutura deve ser: um juiz de primeiro grau e um tribunal de revisão, em segundo grau, onde terminaria a solução do caso. Daí para frente, o único recurso possível seria em matéria constitucional e, ainda assim, sem impedir a execução imediata do julgado. Modelo americano A proposta do desembargador é semelhante ao modelo americano. Entre a Supreme Court e os tribunais dos estados não há intermediários. Como a suprema corte é bem restritiva no right of certiorari, que se assemelha ao nosso recurso extraordinário, as decisões definitivas são as dos tribunais dos Estados. No entanto, não se trata apenas de copiar um modelo, mas transplantar uma ideia certa, adaptando-a à nossa realidade. É preciso lembrar que o Judiciário americano é um dos mais respeitados e funcionais do mundo, apesar dos defeitos que também possui. Segundo o professor, fazer a boa lei e aplicá-la é a missão de toda sociedade que se quer organizada e justa. É preciso atitude racional e reconstrutiva, para que a sociedade não se consuma no emaranhado de uma burocracia institucional crescente. Tudo deve ser feito atuando sobre as causas certas, já que a falsidade das causas leva ao erro de todo o sistema: serão perseguidos objetivos errados. Para Álvares, a sociedade evoluiu. O mundo atual se caracteriza pela rapidez e informalidade. O Direito é um dos agentes do progresso humano. Por isso, o Judiciário, como um de seus setores, não pode ficar a reboque do tempo. Tudo o que se amarra em fórmulas é desprezado. Assim, ele chama a atenção para a necessidade de se repensar o Judiciário para que ele cumpra sua real f inali da d e: resolver com eficiência, rapidez e segurança os conflitos sociais. CIDADANIA Com JUSTIÇA, maio pode mesmo ser mês de celebração Dinorá Oliveira M aio é um mês especial. É nele que comemoramos o fim oficial de uma vergonha nacional: a escravidão. É também neste mês que celebramos a essência da existência do homem: a maternidade. Seria excelente que - em nome da cidadania, do respeito; enfim, da essencial “humanização” do mundo tivéssemos grandes razões para fazer deste um mês dominado pela alegria e a festividade. Século XXI com escravos? Lamentavelmente, não existem tantos motivos assim para “cantar” maio. Ainda hoje, existem cidadãos sendo explorados em situação análoga à escravidão. É triste? Muito! É vergonhoso? Sem dúvida! Mas, felizmente, é ILEGAL. Quem insiste nesse abuso pode (e há de) ser penalizado. Nada, nada mesmo, justifica a expropriação da dignidade humana. E a escravidão é isso! No dia 13 de maio de 1888, o Brasil, pelo menos oficialmente, deixou de ser escravagista. Tudo mudou, então? Sabemos que não! Ainda há e sembre haverá - muito a ser feito na tentativa de reduzir o tamanho da nódoa. Mas, é inegável, saber que tal absurdo deixou de ser “institucional” foi um passo valioso. É claro que sem os Zumbis e Ganga-Zumbas; na falta das Dandaras e de outros heróis quilombolas, a maioria anônimos, essa data certamente tardaria bem mais a chegar. Mas, enfim, aconteceu no dia 13 de maio daquele ano, com a “canetada da princesa Isabel”. Hoje, além de relembrar essa “gota” de vitória, é essencial intensificar o trabalho dos Zumbis e Dandaras atuais: os que lutam para que a Terra seja um lugar mais justo para todos. Justiça mãe E se queremos um mundo indiscriminadamente justo, devemos celebrar (muuuuuuito) a maternidade. É preciso, no entanto, saldar as mamães com presentes que ultrapassem abraços e “pacotinhos” adornados. No âmbito da Justiça mineira, este pode ser “O MÊS DAS MÃES”. Para tanto, basta que o Tribunal de Justiça encerre maio presenteando suas servidoras com a tão reivindicada “Licença-maternidade de seis meses”. A despeito das notícias nada comemoráveis que (parcialmente) macularam o “mês delas”, a direção da Casa ainda pode mostrar que compreende o valor da maternidade. E isso é fácil! É só fazer o que deve ser feito: JUSTIÇA, com o aumento de mais dois meses na licença. Assim, valorizadas e tranquilas, as funcionárias do TJMG, poderão amamentar seus “rebentos” pelo tempo recomendado (confira dados, na página 3, em carta escrita peo presidente da Sociedade de Pediatria) e, graças também à compreensão do Tribunal, zelar melhor pelo futuro do País. O SINJUS-MG trabalha e torce para que isso se concretize. Assim, neste 2009, maio será, de fato, o “MÊS DAS MÃES DA JUSTIÇA MINEIRA”. “JUSTIÇA! Presente ideal, para que se possa festejar o fim da escravidão e o início da valorização ”. Nº177 - 25 de maio de 2009 em ação 7 COLUNA JURÍDICA Os acúmulos permitidos e os vedados C argos acumuláveis É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria como servidor público com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma da Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. Os cargos acumuláveis na forma da Constituição são: dois cargos de professor; um cargo de professor com outro, técnico ou científico; dois cargos privativos de médico; e dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. Regra de transição A vedação prevista no item anterior não se aplica aos membros de poder e aos inativos, servidores e militares, que, até 16 de dezembro de 1998, tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público de provas ou de provas e títulos, e pelas demais formas previstas na Constituição Federal, sendo-lhes proibida a percepção de mais de uma aposentadoria pelo regime de previdência dos servidores públicos. Neste caso, a opção do servidor deve ser pela aposentadoria de melhor valor, o que é permitido na maioria dos regimes previdenciários. E para que o servidor não perca muitos anos de contribuição, a alternativa é a vinculação ao INSS na qualidade de segurado obrigatório, com a averbação do tempo nesse Instituto visando uma nova aposentadoria. Aposentadoria e pensão - Não existe vedação de acúmulo de aposentadoria e pensão na previdência dos servidores públicos. O acúmulo neste caso é legal, porque na aposentadoria o servidor é o titular do plano de previdência V árias servidoras do TJMG estão nos questionando sobre como seria a eventual concessão da licença-maternidade de 180 dias no Tribunal. Para sanar essas dúvidas, selecionamos as principais, relacionando-as abaixo: e na pensão ele é o dependente. Portanto, são benefícios resultantes de dois planos de previdência distintos e não há ilegalidade nesse acúmulo. Aposentadoria pública e pelo INSS O servidor público ativo ou aposentado, se tem um vínculo privado que o torna segurado obrigatório do INSS, pode, além da aposentadoria do setor público, obter uma nova aposentadoria porque se trata neste caso de dois regimes de previdência distintos. Mas o servidor, por ter seu regime próprio de previdência, não pode ser segurado facultativo do INSS. Só pode pagar INSS na condição de segurado obrigatório, ou seja, como assalariado, autônomo, empresário. Se o servidor recolher INSS como autônomo, sem ser antônomo, ele pode ter problemas futuramente. Isso porque, o INSS pode pedir comprovação de atividade, o que pode também ser conferido no cruzamento de dados da Receita Federal. Plantão telefônico Estou diariamente à disposição dos associados do SINJUS-MG, e de seus familiares, num plantão telefônico, das 9 às 11h30. O telefone para contato é: (31) 3391-3623. Assédio e discriminação racial H Comemorar o quê? No Brasil, um decreto acabou, da noite para o dia, com a escravidão; sem dar condições aos afrodescentes de sobreviver de forma digna, aumentado, ainda mais, as contradições socioeconômicas de nosso País. Nesse 13 de Maio tivemos pouco a comemorar. A cada época a violência reaparece sob novas formas, mas enquanto a violência física deixa marcas visíveis, na violência moral, as feridas são invisíveis. O resultado de humilhações constantes é um sofrimento vivenciado de forma intensa. A violência moral pode levar a vitima a depressões crônicas e até mesmo ao suicídio. Em nosso trabalho de combate ao assédio moral, detectamos muitos conflitos que começam por causa Wagner de Jesus *José Prata Araújo ASSÉDIO MORAL umilhação, indignação, sofrimento, impotência, esses devem ser alguns dos sentimentos dos escravos. Pensar que era natural considerar um ser humano inferior a outro por causa de sua cor. Tratados como animais, eram também “despossuídos” de alma. A escravidão era a base de sustentação econômica de um Brasil ainda imperial e agrário. A eterna exploração do homem pelo homem. Albert Camus já afirmava, em sua obra prima: “O Homem Revoltado”: “a revolta começa quando o escravo diz não!” Inicia-se a luta pela liberdade. Surgem os quilombos, reprimidos de forma violenta, mas nunca dizimados. Um homem vira herói negro: Zumbi. Palmares é mais do que um espaço físico: é um ideal de liberdade. Surgem outros idealistas, os abolicionistas, que lutaram pela igualdade dos homens, enfrentando com coragem um mal que persiste até hoje. Dúvidas e respostas sobre a Lei 11770/09 (licença-maternidade) *Arthur Lobato psicólogo, pesquisador do assédio moral no trabalho e membro da Comissão de Combate ao Assédio SINJUS-MG/Serjusmig de diferenças que geram discriminação, intransigência e rivalidade. Marie-France Hirigoyen, pesquisadora do assédio moral no trabalho, constatou que “todo assédio é discriminatório, pois vem ratificar a recusa de uma diferença ou uma particularidade da pessoa. A discriminação (racial) é habitualmente dissimulada, tendo em vista o fato de ser proibida por lei, e, por isso, muito frequentemente se transforma em assédio moral”. É importante lembrar que, no assédio moral no trabalho, muitas vezes, o que está em jogo é uma relação de poder, de domínio sobre o outro. E o poder não tem sexo, raça ou credo. O assédio é realizado de forma oculta, dúbia, maliciosa, dando margem a diversas interpretações, atuando no psicológico e no emocional da pessoa. Combater o assédio moral, combater a discriminação racial, lutar por melhores condições de trabalho, são muito mais do que palavras, devem ser ações para que a realidade seja transformada, não por decretos, mas por vontade e participação de todos nós, servidores, sindicalistas e cidadãos. A Lei Federal se aplica ao serviço público estadual? Entendemos que sim, pois o art. 2º da referida norma é expresso ao dizer que: “É a administração pública, direta, indireta e fundacional, autorizada a instituir programa que garanta prorrogação da licença-maternidade para suas servidoras, nos termos do que prevê o art. 1º desta Lei.” Logo, não há duvidas de que a aplicação é de caráter geral no serviço público. Há necessidade de lei estadual ou o TJMG pode regulamentar a matéria por ato normativo próprio? Entendemos que não há a necessidade de Lei Estadual para regulamentar a matéria no Tribunal. Isto porque, como explicitado acima, o art. 2º da Lei 11.770/08 permite à administração pública regulamentar a matéria. Por que, em Minas Gerais, órgãos estaduais, como a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e a Defensoria Pública, implantaram a licença-maternidade estendida, por via administrativa, e o TJMG alega não poder fazê-lo? A decisão ainda está pendente de julgamento pela Comissão Administrativa do Tribunal. Só o que se sabe é que o Relator, Des. Dídimo Inocêncio de Paula, deu parecer contrário, por entender que há necessidade de Lei Estadual. No entendimento do SINJUS-MG, o TJMG já poderia ter acompanhado a decisão desses órgão mineiros. A extensão da licença poderá ser retroativa? Sim, mas depende também de vontade da Administração do TJMG. No caso da ALMG, a extensão foi retroativa a 1º de janeiro de 2009 até o dia anterior a publicação do ato, podendo as servidoras que se enquadrarem nessa situação solicitar mais 60 dias de prorrogação. Em síntese, a aplicação da Lei Federal 11.770/08 já é realidade em todo o Judiciário Federal. Ressaltamos que a discussão não deve ficar somente na questão da legalidade, devendo voltar-se, principalmente, para o sagrado direito social à maternidade garantido na Constituição Federal. * Diretor jurídico do SINJUS-MG 8 No 177 - 25 de maio/2009 RADAR EM AÇÃO A História mostra: a luta é contínua, paulatina, mas essencial e frutífera SINJUS-MG “20 anos Reciclando Lutas por Justiça” az quase duas décadas que o SINJUS-MG vem construindo Entretanto, ao se aceitar que há derrotas; sem, contudo, lutas, nas quais tem contabilizado desafios, mas também desistir-se de lutar,certamente, em algum momento, haverá F conquistas. Esses “20 anos Reciclando Lutas por Justiça” foram o que colher. 10 Torneio de Peteca SINJUS-MG! Filiado, você já inscreveu a sua dupla? Corra! O Sindicato está fazendo levantamento de interessados para organizar o evento. Ligue 3213-5247 e mostre seu interesse! permeados por incontáveis “contratempos”. Obstáculos vencidos Lições históricas graças a muita união, fé e, sobretudo, persistência. teria colhido a jornada de 40 horas, sem a construção nascida do que recordar momentos marcantes da nos primórdios da chamada “Revolução realidade de cada servidor do Tribunal de Industrial”, com os primeiros movimentos do Justiça (TJMG), é “(re) testemunhar” o significado da palavra construção; o valor do termo continuidade. Sem construída (paulatinamente), a entidade não teria chegado até RECICLAR é: SINJUS operariado europeu. O servidor do TJMG deste 2009 nunca teria Promoção Vertical, sem as ações iniciadas, na G -M acreditar que a luta é contínua e Judiciário de Minas Exemplos disso não faltam: o homem do século XX jamais Relembrar os 20 anos de História do SINJUS-MG, mais 1 – Fazer passar por um novo ciclo 2 – Atualizar 3 – Reutilizar/reaproveitar 4 – Renovar década de 1990, em prol do Plano de Carreiras. Assim é o trabalho das aqui. Cada gota de suor; cada entidades sociais e sindicais. É uma mobilização, reunião, encontro, edificação contínua. Um exercício de debate foi, é, e sempre será, trabalho, união, fé e insistência. Reciclando lutas por Justiça 2009 essencial. Diante disso, alcançar duas décadas de vida com tantas conquistas de Carreiras; manutenção das Férias; aumento e Nós, seres humanos, tendemos à urgência. Valorizamos o hoje como se ele fosse o TUDO. Mas, no fundo, extensão do vale-lanche; fim do Nepotismo; projeto do Adicional de sabemos que não é assim. É claro que conquistar já, imediatamente, Desempenho (ADE), entre outros é razão mais do que suficiente para é ótimo! Quem não quer?! Mas “querer não é poder”. encher o SINJUS-MG de orgulho. Mais do que motivo de orgulho, Às vezes o que almejamos para hoje, só alcançaremos no entanto, esse olhar para trás é um importante combustível. (Re) amanhã. Tal resultado, porém, também está em nossas mãos. conhecê-lo é um alento: solidifica a certeza de que o motor nunca Podemos, inclusive, não ganhar nunca. Reflita: se, diante da vai parar. Pode, eventualmente, engasgar; sofrer danos e reparos, primeira derrota, “joga-se a toalha”, que frutos ainda podem mas tem muito “gás” para continuar a jornada e, com o afinado ser colhidos? Provavelmente nenhum! Nem agora, nem nunca. trabalho da equipe, cruzar várias outras linhas de chegada. Quem ainda não votou na enquete que organizará o Congresso terá mais 15 dias de prazo. 7º Consinjus: Sindicato amplia prazo para servidor opinar a primeira quinzena de outubro/2009, o SINJUS-MG realizará N prêmios. Afinal, os servidores que votarem concorrem a sorteios de a 7ª edição do Congresso da 2ª Instância (Consinjus). O evento CDs, DVDs, camisetas, bolsas etc. Agora, a chance foi ampliada. é realizado a cada três anos e, desde 2003, os próprios servidores Atendendo a solicitações, a direção do SINJUS-MG decidiu dar mais do Tribunal de Justiça (TJMG) definem os temas que querem ver um tempo para que todos votem. Assim, até 4/6/2009, as urnas abordados. Além de importantes debates e palestras, o Consinjus continuarão disponíveis para que todos depositem suas respostas define o “Plano de Ação” da entidade para o ano seguinte, bem como (há urna no Anexo I da Unidade Goiás e na Raja). Então, aproveite a a Pauta de Reivindicações da categoria. sorte e opine. Você também pode fazê-lo pelo site www.sinjus.org. Neste 2009, muitos colegas já votaram na enquete - br (enquete eletrônica), ou preenchendo a ficha abaixo. Em seguida, publicada nas duas últimas edições do Expressão SINJUS (números recorte-a e deposite nas urnas (ou entregue sede do SINJUS-MG 175 e 176) . Esses ativos funcionários da Justiça, além de ajudar - Av. João Pinheiro, 39 – 10º andar). Colabore. Vote já e ganhe NOSSO Sindicato a definir o perfil do Consinjus, podem ganhar duplamente! Que temas você gostaria de ver debatidos no 7º Consinjus? Enumere em ordem crescente de preferência (número 1 para aquela que você prefere, diminuindo a classificação à medida que reduz o seu interesse) ( ) Saúde do Trabalhador (grife o preferido: assédio moral, doenças incapacitantes, saúde psíquica, ambiente de trabalho salutar, chefias e avaliação de desempenho) ) Análise de Conjuntura - crise financeira e seus impactos no orçamento do TJMG ( ) Aposentadoria e Paridade (os riscos para todos - ativos e aposentados – e os impactos da PEC 270 - situação atual e perspectivas) ( ) Ações em defesa do meio ambiente ( ) Atividades de formação e cultura do Sindicato (grife seu preferido: cursos, torneios esportivos, debates, palestras, passeios, atividades de qualidade de vida). Com que atividade o SINJUS-MG deve encerrar o 7º Consinjus? ( ) show [voz/violão]; ( ) churrasco; ( ) coquetel. ( ) Serviço público Judiciário e a cidadania no Brasil ( ) De qual Reforma o Judiciário necessita? (as implicações das novas tecnologias no contexto do Judiciário) ( ) Orçamento público e autonomia financeira dos tribunais SINJUS-MG Igualdade Racial registradas: diversos reajustes salariais; Plano Fé hoje, amanhã e sempre ( Nos dias 2 e 3/6, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) vai realizar o seminário “Judiciário para Comunicadores”. O evento pretende gerar uma visão mais aberta do Judiciário, por meio da comunicação e de seus novos recursos tecnológicos.Para participar da atividade é exigida inscrição prévia, que pode ser feita até o dia 27 de maio, com a doação de 1kg de alimento não perecível. Mais informações: (31) 3237-6568 Nome: ................................................................................................ Setor/Unidade: ................................................................................... Outras sugestões: ............................................................................... Av. João Pinheiro, 39 - 10o andar - Centro - BH/MG - CEP 30.130-180 A Criar Brasil e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) estão promovendo o concurso “Prêmio da Igualdade Racial”. Com a promoção, espera-se descobrir iniciativas em prol da cidadania. O concurso é aberto ao público. Para concorrer, o candidato deve preencher ficha de inscrição. É necessário, ainda, enviar CD, ou DVD, que apresente fotos, áudios, depoimentos, vídeos, jornais, cartazes, convites, ou qualquer documento, que registre o projeto concorrente. As inscrições estão abertas até 27 de maio. Edital e inscrição no site www.criarbrasil.org.br Escravidão Não! Desde 9 de maio acontece, em São Paulo / SP, a “Campanha Escravidão Não”. A idéia é promover a discussão sobre o tema, além de ampliar o número de assinaturas para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001do Trabalho Escravo. Essa PEC propõe que se aumente o rigor e a punição para os exploradores, além de determinar a expropriação das terras usadas para fins de exploração abusiva da mão-deobra humana. A “Campanha” está nas ruas apenas em São Paulo, mas todo o Brasil pode participar. Para tanto, basta acessar o site www.escravidaonao.com.br. Lá, é possível conhecer melhor a (lamentável) realidade do trabalho escravo e assinar, virtualmente, o abaixo-assinado. Telefax: 3213-5247 IMPRESSO IMPRESSO