CARBONÍFERA, TERÇA-FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 2011 4 REGIÃO [email protected] - (51) 3651.4041 Royalties: justiça para os municípios dade de atuação para as administrações municipais – que trabalham diretamente Embora o Governo Federal venha re- com a população, atendendo às suas dealizando avanços importantes no com- mandas sem intermédios. bate às desigualdades regionais, o veto à O Governo Federal, no entanto, pareredistribuição dos royalties de petróleo ce não entender dessa maneira. Contrarideve ser considerado um grave retroces- ando a decisão soberana dos senadores e so. Tal medida, aprovada em três ocasi- deputados, o veto presidencial ignora o ões no Congresso Nacional e rejeitada pleito defendido por cerca de cinco mil pelo presidente Lula, seria o antídoto prefeitos de todo o Brasil. Por extensão, correto para mudar um sistema que, nos pretere também a vontade de milhões de moldes atuais, gera apenas concentração cidadãos que, em suas comunidades, dee desperdício de recursos sejam um Poder Públipúblicos. co mais atuante e meCom a nova divisão Se a opção pelo nos burocrático. proposta, seguindo as re- veto do O ano que se inicia gras dos fundos de partié de ampla renovação cipação estadual e muni- presidente Lula política, com novos cipal, o Rio Grande do Sul foi lamentável, mandatários nos diseria amplamente benefiversos cargos das esciado. Na situação vigen- devemos nos feras federal e estadute, enquanto o Estado re- mobilizar para que al. Se a opção pelo cebe cerca de R$ 3 miveto do presidente lhões em royalties, o re- decisões Lula foi lamentável, passe aos Municípios gaú- semelhantes não devemos nos mobilichos é de R$ 80 milhões. zar para que decisões Caso o projeto não fosse voltem a ocorrer. semelhantes não volvetado, esses valores saltem a ocorrer. Caso tariam para R$ 160 milhões e R$ 470 contrário, a Federação brasileira contimilhões, respectivamente. nuará apresentando contradições e não Em um País onde a União acumula atendendo às verdadeiras necessidades poderes em demasia na comparação de sua população. Ou seja: um triste cecom outros entes, a melhor distribuição nário que não condiz com o futuro de das cotas advindas da exploração de pe- progresso desenhado para nosso País. tróleo seria um bom começo para tornar mais justo nosso sistema federativo. Na prática, isso significa dar mais capaci- (*) Presidente da Famurs e prefeito de Marau ARTIGOS | OPINIÃO Vilmar Perin Zanchin * Editor: Marcos Barbosa - (51) 8401.2309 Colaboram: Renato Miller, Rodrigo Ramazzini e Susana Martins Problema militar Está no blo mais lido pelo militares do Exército, o www.alrtatotal.net, que o Alto Comando do Exército Brasileiro pode ter mais um desgaste com a chefe-emcomando Dilma. A pedido de petistas, a presidente pode interceder junto ao general Enzo Peri em socorro de um capitão que está preso desde o dia 9 de dezembro do ano passado, em General Câmara. Aliado do governador Tarso Genro, o militar Luis Fernando de Sousa foi candidato derrotado a deputado federal pelo PT gaúcho, e agora é acusado pelo Exército por crime de deserção. Por problemas médicos, pois é diabético, o capitão cumpre Prisão Domiciliar na residência funcional. A defesa do militar alega que esse processo de deserção é uma farsa e tem por objetivo colocar o capitão Luis Fernando em descrédito, bem como desprestigiá-lo perante o público interno, já que o crime de deserção é considerado um pecado mortal para os militares. Advogados do capitão alegam que o Exército cometeu um erro ao determinar sua reversão para o serviço ativo após as eleições, no dia 21/10/2010, contrariando a legislação em vigor (portaria 043 DGP, art 1° Inciso IV). Pela lei, a reversão só deveria ter ocorrido após a proclamação oficial do pleito - que ocorreu dia 03/11/2010. Distinção No final do ano passado, o delegado titular da 17.ª Delegacia Regional de Polícia, Carlos Miguel Vaz Amodeo (foto), recebeu do Chefe de Polícia portaria de louvor pela “conduta diferencial e substancial para a repercussão positiva frente à sociedade gaúcha, engrandecendo assim a imagem e o conceito da Polícia Civil”. Amodeo permanecerá à frente da 17ª DRP a convite do delegado Mário Wagner, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI). Infraestrutura Duas causas e um efeito que saltam aos olhos de todos, mas só são encaradas de frente por poucos. Uma delas repousa na questão Eles sabiam que na região metropolitana do Estado onde moravam estava ambiental, algo que nos últimos anos por acontecer, nos próximos cincon tem se tornado objeto de muito barulho anos, os maiores eventos esportivos do e pouca ação. Temas como poluição, planeta, tais como os Jogos Mundiais desmatamento e agressões à natureza, de Militares, a Copa de Futebol das Confe- toda ordem, têm servido muito mais a derações, a Copa do Mundo e a investidas politiqueiras que conduzem Oímpíada de 2016. O que eles não sabi- ao poder do que ao empunhar de bandeiras capazes de simam era que não permanebolizar um basta a essa ceriam vivos, para testeestupidez humana que munhar esse quinquênio Premidos por inverte os valores, áureo do desporto naciopriorizando o progresnal, a desenrolar-se no esses so em detrimento da Rio de Janeiro, hoje desmandos, os preservação plena do transformado em Cidade planeta em que viveMaravilhosa cheia de menos mos e do qual tanto deproblemas mil. pendemos, para uma Eles são, ou pior, eles afortunados existência digna e feliz eram aqueles desafortu- acabam no plano material. nados moradores das enA outra causa - a pior costas da Região Serra- contruindo suas e mais reprovável delas na fluminense, que per- casas em locais - materializa-se na deram tudo, inclusive a omissão criminosa dos vida, vitimados pela fú- de alto risco governantes das últiria das águas despejadas de forma relâmpago sobre os recantos mas décadas que têm deixado de invessuburbanos em que viviam, onde um dia tir como convém na infraestrutura urbachegram e se instalaram, como única na, de modo a proporcionar às famílias opçao viável no sentido de conseguir um de baixa renda as condições mínimas indisensáveis a uma habitação saudável cantinho de seu para morar. Nessas ocasiões de dor, desespero e e segura. Premidos por esses comoção geral, é comum contabilizar o desmandos, os menos afortunados acaônus da catástrofe na conta da mãe natu- bam contruindo suas casas em locais de reza, atribuindo ao imponderável a inci- alto risco, mediante o consentimento tádência de tamanha desgraça. Mas a coi- cito das autoridades constituídas, que sa não é tão simples assim, porque, con- não raro fazem vista grossa para essas trapondo-se a essa tese, existe um pres- construções irregulares, visando a suposto universalmente conhecido contabilizá-las como propaganda de gocomo Lei de causa e efeito. No caso em verno na área habitacfional. questão,o efeito - devastador e lamenmtável sob todos os aspectos advém de duas causas bem definidas, * jornalista - [email protected] Lino Tavares * Portal 356.p65 4 Durante so finais de semana, centenas de pessoas de São Jerônimo e outras localidades se deslocam até a Praia do Encontro para escapar do calor e desfrutar alguns momentos de lazer. Encontram a praia limpa e organizada, porém se deparam com um problema: não há banheiros públicos. Com isso, ou fazem as necessidades no rio ou contam com a boa vontade dos proprietários de bares, que muitas vezes cedem os banheiros para quem não está consumindo em seus estabelecimentos. A boa notícia é que no chamado “Galpão dos Pescadores” estão sendo construídos um banheiro masculino e um femino e, também, estão sendo colocados chuveiros públicos. Uma outra situação preocupante é que a prefeitura está investindo em infraestrutua onde não há guarita para os salva-vidas e o rio é muito perigoso. Porém, no cômputo geral, a situação está muito melhor do que em anos anteriores. DO LEITOR PT Pra quê? Quando o nosso presidente Lula se elegeu em 2002, muitos brasileiros, politizados como eu, nos emocionamos com a sua vitória, acreditando na sigla PT (Partido dos Trabalhadores). Um partido de esquerda nato, mas não sabíamos que estávamos criando um monstro, que seu uniu com a bandidagem, acabou com a esquerda e o sonho de muitos brasileiros 17/1/2011, 21:25 com o extermínio da direita, juntando-se a eles, levando junto as federações, confederações e centrais sindicais, virando assim todos farinha do mesmo saco, e transformando sindicatos em bandeiras de luta para políticos, esquecendo a classe trabalhadora. Lutas em 2010 foram poucas em prol dos trabalhadores, mas para eleger políticos a luta foi aguerrida. Acredito que um sindicato forte se faz com luta constante, mas para a sua categoria. A mesma que o colocou dentro do teu sindicato com o seu voto, acreditando na seriedade de sua entidade. Enfim, a luta para continuar nas reivindicações em Brasília, com todas as entidades sindicais, mas tudo para cumprir cronograma, tudo na teoria, porque na prática a nota é zero. Vilson Santos da Silva – Metalúrgico e Dirigente Sindical - São Jerônimo