ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS B R A S I L E I R O S CORREIOS AMB Informa - nº 50 Brasília, 10 de dezembro de 2003 JUSTIÇA PARA TODOS Campanha da AMB pela Efetividade da Justiça promove primeiro seminário para debater propostas Páginas 4 e 5 PREVIDÊNCIA Comissão do Senado Federal aprova proposta paralela da reforma e altera pontos importantes nas prerrogativas da magistratura Página 6 Augusto Canuto RENOVAÇÃO A magistratura brasileira elege novas diretorias de associações em vários estados Página 7 Foto Eugênio Novaes Foto AMB SOLIDARIEDADE AMB vai ao Acre prestar apoio público aos colegas do Estado Página 3 2 Brasília, 10 de dezembro de 2003 AMB Informa Editorial Caros colegas A campanha da AMB pela efetividade da justiça brasileira avança na entidade, mobilizando magistrados em todo o país. Desde que foi criada, em setembro passado, a Comissão de Efetividade da Associação já recebeu mais de 50 sugestões de colegas de todas as áreas. Agora em dezembro estamos realizando um seminário na sede da AMB em Brasília para debater algumas delas com renomados juristas, juízes e ministros de tribunais superiores. Ainda antes do recesso parlamentar do Congresso Nacional, a AMB entregará estas propostas na forma de Projetos de Lei aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Além disso, a entidade encaminhará outras, de conteúdo administrativo, às administrações dos Tribunais de Justiça nos estados, dentro de um processo permanente de agilização dos processos e da prestação dos serviços jurisdicionais à população, que se desenrolará ao longo do próximo ano. Esta edição do AMB Informa traz o conteúdo deste trabalho e ainda mostra ao colega associado o trabalho da entidade na defesa da magistratura do Acre, onde a reposição dos vencimentos do Judiciário local, que não acontecia há mais de dez anos, só teve um desfecho satisfatório devido à participação efetiva da Associação. O leitor acompanhará aqui, também, o andamento da reforma da Previdência no Congresso Nacional. Apesar de o Senado haver votado o mesmo texto aprovado pela Câmara dos Deputados, as negociações em torno da proposta paralela de emenda constitucional avançam na direção do que é possível dentro das prerrogativas da magistratura. Por fim, AMB Informa traz uma panorâmica, ainda que parcial, da renovação nas associações estaduais, mostrando os novos presidentes nos estados onde estão acontecendo eleições. AMB Informa Adins 3 Mobilização Associação entra com Adins contra decisões de TJs A AMB ajuizou, nas últimas duas semanas, quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) no Supremo Tribunal Federal, em defesa de interesses variados da magistratura nos estados do Pará, do Paraná, da Bahia e do Maranhão. Nos quatro casos, decisões regimentais, e uma lei estadual complementar, desrespeitam o Art. 93 da Constituição, além da Lei Orgânica da Magistratura (Loman). No Pará, a Adin é contra decisão do Tribunal de Justiça do Estado que proíbe os juízes de se ausentarem de suas Comarcas. Além de ferir o inciso VII do Art. 93, a medida contraria prerrogativas funcionais da magistratura e o direito de ir e vir dos juízes. O STF já tem jurisprudência sobre o assunto, quando julgou ação semelhante sobre a Justiça do Ceará, remetendo-o à legislação complementar, ou seja, a Loman. A Adin do Paraná foi a última ajuizada no STF, no dia 2 de dezembro. Ela também contesta decisão do TJ estadual, desta vez sobre o preenchimento de vagas em varas especiais, onde a Resolução 04/ 2000 limita-o ao critério do merecimento, quando a Loman e o inciso II do mesmo Art. 93 da Constituição estabelecem o princípio da alternância de dos critérios de merecimento e antiguidade dos magistrados. Brasília, 10 de dezembro de 2003 No caso da Bahia, a Adin é contra mais uma decisão regimental, onde o TJ local restringe o acesso de juízes em sessões de sindicâncias disciplinares que podem resultar na abertura de processos administrativos. Na argumentação da Ação, a AMB pondera que o dispositivo “viola a Constituição Federal em diversos pontos, ao tratar de matéria de competência reservada ao Estatuto da Magistratura, contraria prerrogativas constitucionalmente asseguradas aos magistrados, e ofende o direito fundamental ao contraditório de que são titulares os magistrados igualmente na condição de cidadãos”. Por fim, a Adin do Maranhão é contra a Lei Complementar Estadual 14/91, que permite o acúmulo de vantagens nos vencimentos dos desembargadores pelo exercício das funções de presidente, vicepresidente e corregedor do Tribunal de Justiça. A Lei vai contra o Art. 93, Inciso V, da Constituição, e a Loman. O primeiro impossibilita o recebimento de remuneração acima da dos ministros do STF e demais tribunais superiores. E a segunda não prevê, dentre as vantagens concedidas aos magistrados, nenhuma gratificação ou representação pelo exercício destes cargos. AMB vai ao Acre apoiar reajuste de magistrados A questão dos vencimentos da magistratura do Acre dominou as pautas das reuniões dos conselhos Executivo e Geral de Representantes da AMB, e ainda da Coordenadoria da Justiça Estadual, realizadas em Rio Branco no dia 28 de novembro. No último dia 3 a Assembléia Legislativa do Estado recebeu projeto de lei do Tribunal de Justiça estabelecendo reajuste de 22,4% para a carreira, retroativos a outubro passado. O percentual foi acertado com o governo local. No mesmo dia, representantes da Associação dos Magistrados do Acre reuniram-se com o governador Jorge Viana e deputados estaduais na Assembléia para discutir a votação do projeto. Desde o início do ano o Poder Judiciário do Estado reivindica uma reposição em seus vencimentos, conforme projeto de lei encaminhado à Assembléia ainda em dezembro de 2002 e nunca votado. Apesar das inúmeras tratativas com o governo estadual, o assunto assumiu proporções de impasse, quando a magistratura acreana paralisou suas atividades por quase dois meses, em abril e maio de 2003. A participação da AMB no processo contribuiu para o avanço nos entendimentos. Ainda em junho, o vicepresidente da entidade, juiz Jorge Massad, esteve reunido com o governador em Rio Branco e, em setembro, o coordenador da Justiça do Trabalho, Hugo Mello, também foi ao Acre acompanhar as negociações. Foto AMB Presidente do TJ do Acre e procurador-geral do Estado (ao lado do presidente da AMB, no microfone) participaram da reunião do Conselho de Representantes Diante da continuidade do impasse, a do presidente do Tribunal de Justiça, AMB resolveu, então, realizar as reuniões desembargador Ciro Facundo de Almeida, de seus conselhos deliberativos na e da presidente da Associação dos capital do Estado, como forma de apoiar Magistrados do Acre, Maria Cezarineth. publicamente a posição Juntamente com vários “A vinda dos dos colegas do Acre. Ao colegas locais, ela já chegar em Rio Branco, na participara das reuniões do senhores ao noite de 27 de novembro, Conselho Executivo e da nosso Estado a delegação da entidade Coordenadoria da Justiça foi recepcionada pelo Estadual. é fundamental governador no aeroporto de O presidente do para solucionar o Tribunal Rio Branco, que assegurou de Justiça afirmou a celebração de um que a presença da AMB problema” acordo com o Judiciário no Acre era decisiva para (pres. TJ-AC, des. estadual para atender suas a solução do problema. Ciro de Almeida) reivindicações. “A vinda dos senhores A reunião do Conselho de ao nosso Estado é fundamental para Representantes contou com as presenças pormos um fim a este assunto, da melhor do procurador-geral do Estado, Eliseu maneira possível a todos”, disse ele aos Buchmeier, representando o governador, conselheiros da Associação. Entidade terá Núcleo de Relações Internacionais AMB Informa é uma publicação da Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB Sede: SCN, Qd 02, Bloco D, Torre B, Sala 1302, Liberty Mall, Brasília-DF, CEP 70712-903, Tels.: (61) 328-0166 / 328-0169 Endereço na Internet: www.amb.com.br / e-mail: [email protected] / Atualização de cadastro: [email protected] Edição: Warner Bento Filho – Diagramação: TDA Desenho & Arte • www.tdabrasil.com.br Além dos vencimentos dos magistrados do Acre, as reuniões dos conselhos e da Coordenadoria da Justiça Estadual trataram da tramitação da reforma da Previdência aprovada no Senado Federal, a composição do Conselho Nacional de Justiça no âmbito da reforma do Poder Judiciário, e a participação de representantes da entidade no Encontro Internacional de Magistrados no início de novembro em Viena, na Áustria, promovido pela União Internacional de Magistrados (UIM). O Conselho Executivo discutiu a criação de um núcleo de trabalho voltado para atividades de relações internacionais, de maneira a inserir a magistratura brasileira na política externa brasileira. A idéia foi discutida em Viena pelo presidente da entidade, Cláudio Maciel, com o embaixador brasileiro na Áustria Roberto Abdenur, que se predispôs a fazer a interface da relação da AMB com o Ministério de Relações Exteriores. Para o presidente da Associação, seria muito importante para o Poder Judiciário brasileiro que ele tivesse um representante observador em todos os acordos bilaterais do país. 4 Brasília, 10 de dezembro de 2003 AMB Informa AMB Informa Brasília, 10 de dezembro de 2003 5 Justiça Efetiva Justiça para todos A AMB realiza agora em dezembro o primeiro de uma série de seminários para debater a efetividade da justiça brasileira. A iniciativa é mais uma etapa da campanha pela efetividade lançada pela Associação em meados do ano. O evento reúne juristas renomados, ministros de tribunais superiores, juízes associados e colegas de outras entidades de magistrados, para juntos se debruçarem sobre as propostas apresentadas na primeira fase da campanha. Uma delas propõe a adoção de juros progressivos para quando a parte de uma ação recorre de decisão judicial de primeiro grau, como forma de inibir que os processos se estendam por anos, passando por várias instâncias, sempre que a medida não comprometa o amplo direito de defesa. Precatórios - Outra aborda a questão dos precatórios, propondo a alteração da atual sistemática empregada, com o objetivo de agilizar o cumprimento de decisões judiciais por parte do poder público. No entender da diretoria da AMB, muitas vezes o pagamento de dívidas é protelado na forma de precatórios cujos pagamentos nunca são previstos nos orçamentos. A idéia da entidade é entregar as propostas que implicam em mudanças na legislação infraconstitucional na forma de projetos de lei aos presidentes do Congresso Nacional e Senado Federal, e da Câmara dos Deputados, ainda antes do recesso parlamentar deste ano. Da mesma forma, a Associação encaminhará às administrações dos tribunais de justiça nos estados as sugestões de cunho administrativo, que visem a agilidade do trabalho burocrático nos fóruns. Este será um movimento permanente ao longo do próximo ano, na realização de seminários para debate a aperfeiçoamento das propostas e, num segundo momento, o seu encaminhamento de maneira a que elas efetivamente se concretizem na forma da lei e dos procedimentos diários nos tribunais. Propostas para Efetividade da Justiça • Institui cobrança de juros progressivos para os casos de retardamento do cumprimento das decisões judiciais, das quais não cabem mais recursos; • será obrigatório depósito do valor da condenação, ou do objeto da obrigação, pela parte condenada para que o recurso de apelação seja aceito; • altera a sistemática dos precatórios, visando dotar o sistema de maior agilidade no cumprimento das decisões judiciais pelo poder público; • permite o indeferimento da petição inicial, com julgamento de mérito, quando o pedido estiver em confronto com súmula do STF, dos Tribunais Superiores ou do tribunal onde o recurso foi apresentado; • estabelece, como regra, efeitos meramente devolutivos ao recurso de apelação, invertendose a lógica do desacerto judicial. A medida impõe custos à demora no julgamento do recurso da parte a quem o Juiz não deu razão, e preserva o direito afirmado na sentença; • limita a interposição de recursos nas causas que, embora previstas para os Juizados Especiais Cíveis, são propostas na Justiça Comum, dando igualdade de tratamento às partes sujeitas ao Juizado e as que a ele não podem ou não querem recorrer; • dispensa das provas referidas e não ratificadas, na audiência preliminar, pela parte cujo advogado não comparecer; • institui mecanismo que uniformiza a jurisprudência nos Tribunais Estaduais, prevendo a edição de enunciados sobre matérias repetitivas, aumentando o grau de segurança jurídica e estabilidade do sistema judicial; • estabelece como regra o recurso de agravo retido, de modo a preservar o poder do juiz de dirigir o processo, limitando a interferência do • institui a súmula impeditiva de recurso para inibir que se prorrogue a solução final da causa, com o uso indevido das vias recursais. Dois meses de trabalho Os trabalhos da comissão da AMB pela efetividade da Justiça começaram no início de outubro e surgiram da vontade da diretoria da entidade e dos juízes de todo o país em dinamizar a Justiça brasileira. Para tanto, os membros da comissão foram selecionados e incumbidos de analisar os temas sugeridos e apresentar propostas para agilizar as atividades judiciais. O objetivo é um só: contribuir para o resgate da credibilidade da magistratura nacional. No XVIII Congresso Brasileiro de Magistrados, ocorrido no final de outubro em Salvador, os membros da comissão, juízes Roberto Siegmann (RS), Ricardo Schimidt (RS), Renato Martins (DF), Marcos Alaor (RO) e Paulo Feijó (RJ) apresentaram aos congressistas o material elaborado até então. Foto Eugênio Novaes Tribunal a apenas quando houver risco de lesão grave e de difícil reparação em decorrência do cumprimento imediato da decisão; Depois de receber sugestões dos congressistas, a comissão fez uma formatação final das propostas elaboradas inicialmente, em reunião realizada na sede da AMB, em Brasília. De acordo com o coordenador da Comissão, Roberto Siegmann, todo esse trabalho, desenvolvido em cerca de 60 dias, foi apenas um passo para a mobilização dos magistrados em favor da efetividade da Justiça. Ele afirmou que é intenção construir uma comissão dinâmica, com cada vez mais membros, na medida em que surjam novas sugestões para agilizar as atividades judiciais. Foto AMB Comissão da AMB reuniu-se em Brasília inúmeras vezes para dar um formato final às propostas. 6 Brasília, 10 de dezembro de 2003 AMB Informa AMB Informa Brasília, 10 de dezembro de 2003 7 Reformas Eleições Previdência: a negociação possível Voto renova magistratura nos estados Augusto Canuto Edison Castencio Representantes da magistratura e do MP estiveram com senadores gaúchos A Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal aprovou, no último dia 4, a proposta paralela de reforma constitucional da Previdência Social. Alguns pontos de interesse direto da magistratura, numa primeira análise, podem ser destacados. Pelo que fora aprovado até agora na proposta (PEC) principal, a aposentadoria integral só seria alcançada se, observadas as reduções de idade e tempo de contribuição contidas no parágrafo 5º do artigo 40 da Constituição Federal, fossem preenchidos cumulativamente os requisitos de 60 anos de idade, para os homens, e 55 para as mulheres; 35 anos de contribuição, para os homens, e 30 para as mulheres; 20 anos de efetivo exercício no serviço público; dez de carreira e cinco de exercício no cargo em que se der a aposentadoria. Neste caso, a paridade estaria assegurada, como diz o texto “na forma da lei”. Pela PEC paralela haverá redução de um ano, a cada ano trabalhado entre os 35 de contribuição (inclusive tempo de serviço privado) e a idade mínima de 60 anos, para homens, e 55 para mulheres. Em contrapartida, aumentou para 25 anos o tempo mínimo de exercício no serviço público, e para 15 o tempo mínimo na carreira, permanecendo a exigência de cinco anos no cargo em que se der a aposentadoria. A paridade é assegurada sem restrições, assim como a quem optar pela aposentadoria integral na forma prevista na PEC principal. Permanece a possibilidade de aposentadoria com o redutor previsto no artigo 2o da PEC principal, pela média dos proventos que Alguns pontos da proposta paralela de reforma: • Paridade plena – o texto aprovado estende o direito a quem ingressar no serviço público até a promulgação da reforma e que venha a obter aposentadoria integral ou segundo a nova regra de transição. • Nova regra de transição – a proposta prevê que, após 35 anos de contribuição, cada ano a mais trabalhado implica diminuição de um para atingir os 60 anos (homens) e 55 (mulheres) para a aposentadoria. Nessa alternativa, aumenta para 25 anos o tempo mínimo de exercício no serviço público e para 15 na carreira. • Teto – excluída a expressão “vantagens de qualquer outra natureza” da definição do teto e mantido, quanto ao Poder Judiciário e ao Ministério Público dos Estados, o subteto de 90,25% dos vencimentos dos ministros do STF. serviram de base para a contribuição, sem paridade. O texto da proposta aprovada na CCJ, além de outras disposições, exclui da fixação do teto de vencimentos a expressão “vantagens de qualquer outra natureza”, mantido o limite do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal e, como subteto, quanto ao Poder Judiciário e ao Ministério Público dos Estados, o dos desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio mensal do STF. A AMB não apoiava a tramitação de uma proposta paralela para a reforma da Previdência, preferindo ver as prerrogativas da carreira inseridas na proposta principal, aprovada na mesma semana no Senado. Entretanto, a maioria governamental não permitiu a inclusão de emendas no texto principal, restando à entidade, como às demais representações de servidores, o trabalho parlamentar de acompanhamento desta nova proposta. Assim, a Associação manteve inúmeros contatos com senadores, onde se destacam as reuniões com o senador Paulo Paim (PT-RS), das quais participaram também representantes do Ministério Público, Como os prazos regimentais de tramitação podem ser derrubados por acordo de líderes, a votação da nova proposta é possível a qualquer momento no plenário do Senado, em primeiro turno. “A expectativa das eleições é muito boa; elas valorizam o trabalho associativo”. (Cláudio Baldino Maciel, presidente da AMB) Associados da Apamagis compareceram em peso às urnas para elegerem a nova gestão do biênio 2004/2005. Os meses de novembro e dezembro estão marcando a renovação na magistratura nacional, com eleições em oito associações estaduais. Foram eleitos os novos presidentes na Amarr (Roraima), Apamagis (São Paulo), Amepe (Pernambuco), Amab (Bahia), Amaerj (Rio de Janeiro), Amagis (Minas Gerais) e na Associação dos Magistrados das Justiças Militares Estaduais (Amajme). Na Almagis (Alagoas), o juiz Fernando Tourinho Omena Sousa foi reeleito para mais dois anos de mandato, pela chapa Integração e Ética. As eleições na AMC (Santa Catarina), Amapi (Piauí), Ajuris (Rio Grande do Sul), Asmego (Goiás) e Amapar (Paraná) foram concluídas após o fechamento desta edição. Ainda este mês acontecem eleições em mais três associações. Na ACM (Ceará), a votação é dia 12, onde concorrem as chapas Credibilidade e Participação, com o juiz Mário Parente como candidato a presidente; União Faz a Força, com José Maria de Melo; e 3ª Via – Independência e Valorização dos Juízes, com Marcelo Roseno. RESULTADOS Número de votos obtidos Número de votantes Chapa única 24 25 Resgatando a União 819 1.834 Repensando a Amepe 271 516 Unidade e Ação 285 568 Chapa única 909 957 564 835 Não informado 81 177 188 Entidade Presidente Chapa Amarr Desembargador Almiro Padilha Desembargador Celso Luiz Limongi Juiz Airton Mozart Valadares Pires Juiz Rolemberg José de Araújo Juiz Carlos Augusto de Barros Levenhagen Apamagis Amepe Amab Amagis Amaerj Amajme Almagis com Desembargador José de Compromisso os Novos Rumos da Magalhães Peres Magistratura Juiz Alexandre Aronne Chapa única de Abreu Juiz Fernando Tourinho Integração e Ética Omena Souza Na Asmeto (Tocantins), a eleição é no dia 13, com a candidata Ângela Maria Ribeiro Prudente, da chapa Nova Integração. No dia 15, a Amase (Sergipe), elege sua nova diretoria, onde concorrem os juízes Fernando Clemente da Rocha, pela chapa Integração, e João Hora Neto, pela chapa Atuação. Democracia - O presidente da AMB, desembargador Cláudio Baldino Maciel, dá as boas vindas ao novo Conselho de Representantes, a se formar pelos presidentes eleitos, esperando renovar os debates a respeito da magistratura nacional. “A expectativa para essas eleições é muito boa e salutar, do ponto de vista democrático. São novas visões que valorizam o trabalho associativo, e é isso que mantém vivo o espírito de associação”, afirma ele. No próximo ano, acontecem eleições na Amarn (Rio Grande do Norte), Ampb (Paraíba), Amages (Espírito Santo), Amepa (Pará), Amagis-DF (Distrito Federal), Asmac (Acre), Amam (Mato Grosso), Associação dos Juízes Federais da 1ª Região (Ajufer), Amamsul (Mato Grosso do Sul). Em 2005, serão realizadas eleições na Amma (Maranhão), Ameron (Rondônia), Amaap (Amapá), Amazon (Amazonas) e na Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Ajufesp). 8 Brasília, 10 de dezembro de 2003 AMB Informa QUESTÃO AGRÁRIA TELEVISÃO Programa “Juízo Crítico” muda de formato O programa “Juízo Crítico”, da AMB na TV Justiça, mudou de formato. Ele passou a ser produzido pela empresa AP Vídeo, de Brasília, e agora transmite ao espectador mais leveza e agilidade, com a apresentação de matérias externas, além de entrevistas em estúdio. O programa foi ao ar no último dia 3, com matérias sobre o XVIII Congresso Brasileiro de Magistrados, ocorrido em outubro em Salvador, e a campanha da AMB pela Efetividade da Justiça. Ele foi reprisado no domingo, dia 7, e ainda será reapresentado mais duas vezes, dependendo da grade de programação da TV Justiça. As datas provisórias são os dias 17 e 21, ou 24 e 28, sempre às 21 horas. Maiores informações: (61) 328-0247 ou [email protected]. ESPORTE Cariocas e gaúchos são campeões de futebol Juízes de nove estados participaram, em novembro, do 11o Campeonato Nacional de Futebol Categoria Livre da AMB, em Porto Alegre. A equipe do Rio de Janeiro venceu a competição. No mesmo mês, a entidade promoveu em Belo Horizonte (MG) o 7o Campeonato Nacional de Futebol Sênior, quando o Rio Grande do Sul conquistou o primeiro lugar. Agora em dezembro acontece o Torneio Nacional de Tênis da Magistratura, em Vitória (ES). De 3 a 7 foi a vez do 10o Campeonato Nacional de Futebol Máster, em Aracajú. Nove equipes participaram do torneio. Até o fechamento desta edição os resultados do campeonato não haviam sido divulgados. RESULTADOS DOS CAMPEONATOS LIVRE E SÊNIOR Categoria Livre Premiação 1º Lugar Rio de Janeiro 2º Lugar Distrito Federal 3º Lugar Espírito Santo Troféu Disciplina Paraná Goleiro menos vazado Marcus Klinger (PI), com seis gols Artilheiros Eduardo (RJ), Guto (RJ), Júlio César (DF) e Maurício (AM), com quatro gols Sênior Rio Grande do Sul São Paulo Mato Grosso do Sul Minas Gerais Giuliano (RS), com um gol Armando Freire (MG), com quatro gols MENSALIDADE Valor permanece inalterado O valor da mensalidade da AMB foi retirado da pauta da última reunião do Conselho Geral de Representantes, realizada no último dia 28 de novembro, em Rio Branco (AC), a pedido da Anamatra e da Coordenadoria da Justiça Estadual da Associação, permanecendo inalterado até o próximo encontro do Conselho, no primeiro trimestre de 2004. Associação debate violência no campo Representantes da AMB participaram, no último dia 2 de reunião da Comissão Especial de Combate à Violência no Campo, coordenada pelo ouvidor agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho. Na pauta do encontro, a elaboração do Plano Nacional de Combate à Violência no Campo. Entre as propostas do plano estão a criação de varas agrárias, a federalização dos crimes contra os direitos humanos, a participação do Ministério Público no cumprimento de mandados judiciais e a regulamentação da sua execução. A violência no campo começou a ser debatida pela AMB em reunião realizada no início de outubro passado, na sede da entidade em Brasília, com o presidente do Incra, Rolf Hackbart, o subsecretário especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Perly Cipriano, e o próprio desembargador Gercino da Silva. Para a diretora de Direitos Humanos da Associação, Andréa Pachá, apesar de a questão agrária ser um problema de política pública, o Poder Judiciário deve estar atento ao que ocorre no campo, para saber como agir em situações que envolvam conflitos agrários. DEBATE AMB participa de eventos em SC e RN O presidente da AMB, desembargador Cláudio Baldino Maciel, e o secretário-geral adjunto da entidade, juiz Alexandre Aronne de Abreu, participaram do II Encontro Internacional de Direito Humanitário e Direito Militar, de 3 a 6 de dezembro em Florianópolis. No evento, Abreu foi empossado presidente da Associação dos Magistrados das Justiças Militares Estaduais (Amajme), e Maciel debateu “A Política dos Direitos Humanos no Brasil” com o membro do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do Ministério da Justiça, Hildebrando Tadeu Valadares, a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, e o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Benedito Barbosa Gomes. Nos dias 11 e 12 de dezembro o presidente da AMB participou do I Seminário de Direito Constitucional, em Natal. ERRATA A Tese no 5, de autoria de João Ricardo dos Santos Costa, citada na matéria “Plenária de encerramento aprovou 12 teses”, da 48a edição do AMB Informa, é contra a federalização dos crimes contra os direitos humanos e a não a favor dessa federalização, como foi publicado.