1 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE QUÍMICA COM O USO DA EXPERIMENTAÇÃO ENVOLVENDO O TEMA QUÍMICA FARMACOLÓGICA COMO ALTERNATIVA PARA ABORDAGEM DAS INTERAÇÕES INTERMOLECULARES. GT5 Educação, Comunicação e Tecnologias. Filipe S. de Oliveira 1 Jucilene S. Santos2 Nayara Fontes S. Sacramento3 Ângelo Francklin Pitanga4 RESUMO A natureza tem proporcionado ao homem diversas fontes de cura, as plantas medicinais são exploradas desde tempos remotos antes de cristo, a validação da ciência no inicio do século XVIII a respeito dos princípios ativos dos fármacos presente nos óleos essenciais das plantas trouxe um grande avanço para a medicina, e se tornou abrangente de tal forma que se tornou indispensável o uso de remédios a base de plantas na sociedade, na oportunidade foi possível aplicar o assunto da polaridade das moléculas como tema químico. Palavras-Chave: Experimentação, Hortelã, Ensino de Química, Extração de Soxhlet, Interações Intermoleculares. ABSTRACT The nature has been providing to a man several fountains of cure, the medicinal plants are explored from remote times before cristo, the validation of the science in the beginning of the century XVIII as to the active beginnings of the fármacos present in the essential oils of the plants brought a great advancement to the medicine, and became abrangente in such a way that the use of medicines became essential to base of plants in the society, in the opportunity it was possible to apply the subject of the polarity of the molecules like chemical subject. 1 Acadêmico do 5º período do Curso de Licenciatura em Química da Faculdade Pio Décimo e Integrante do Grupo de Pesquisa Políticas Públicas, Gestão Sócioeducacional e Formação de Professor (GPGFOP/UNIT/CNPq) 2 Acadêmica do 5º período do Curso de Licenciatura em Química da Faculdade Pio Décimo e Integrante do Grupo de Pesquisa Políticas Públicas, Gestão Sócioeducacional e Formação de Professor (GPGFOP/UNIT/CNPq) 3 Acadêmica do 5° período do Curso de Licenciatura em Química da Faculdade Pio Décimo. 4 Prof. Msc. Ângelo Francklin Pitanga, Instituto Federal da Bahia- IFBA. E-mail: [email protected] 2 Keywords: Experimentation, Intermolecular Interactions. Mint, Chemistry Teaching, Soxhlet extraction, Considerações Iniciais O ensino de química tem ganhado amplitude de aplicação de novas metodologias capazes produzir conhecimento químico, o momento é de avanços consideráveis, o ensino tradicional está sendo confrontado pelas novas ideias, para tanto os cursos de formação de professores de química estão ambientando esses novos profissionais para as novas demandas de aprendizagem. A formação de um cidadão que possa refletir sobre os rumos da nação e nas decisões do seu dia-a-dia se tornou o foco principal da legislação atual, do professor de química assim também como das outras ciências naturais se faz importante a consciência de trabalhar os assuntos abordados com uso da experimentação. O uso de uma técnica conhecida em Laboratório de Química foi explorado para trazer a investigação sobre as interações intermoleculares, a extração contínua tem como um dos princípios essas interações, essas forças eletrostáticas existem entre as moléculas e são responsáveis pelo estado físico, propriedades físicas com ponto de ebulição e ponto de fusão além de outras. Inúmeros óleos essenciais são extraídos através dessa técnica Esse experimento é realizado em aulas de laboratório na maioria das vezes sem uma conexão com esse conhecimento químico tão importante, provavelmente por conta de uma formação do professor sem a devida conexão com esses conceitos, essas aulas se mostram pura demonstração, e são consideradas tradicionais. A experimentação atualmente é encarada como uma atividade de exploração, durante essa exploração o aluno é confrontado naquilo que ele provavelmente conheça, e o docente media esse processo com uso da contextualização, e uma abordagem crítica sem ser tendenciosa se faz necessária, Para SCHWAHN & OAIGEN (2009): 3 Utilizar experimentos como ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou colocá-los no momento adequado para que os alunos percebam sua relação com a teoria vista em sala de aula, são funções das atividades desenvolvidas em Laboratórios de Ensino para Química, que devem e podem ser exploradas. Desenvolver uma atividade com base numa temática em química farmacológica através da experimentação foi o foco do trabalho, para que trouxesse aos acadêmicos de Licenciatura em Química um novo recurso para suas aulas e proporcionar mais melhoria em sua formação. Utilizamos a extração do óleo essencial da folha da hortelã (Mentha piperita L.). A natureza tem sido uma das maiores fontes de inspiração para as diversas áreas da química como um todo, sendo utilizada rotineiramente na obtenção de inovações para o benefício da sociedade nos diversos campos, entre eles a produção de fármacos. Os diversos conhecimentos sobre as plantas sempre acompanharam a evolução humana. As civilizações primitivas faziam uso contínuo, sendo na própria alimentação e no combate a enfermidades. A história não comprova certamente a data do real surgimento dos fármacos na sociedade. Sabe-se ao certo que a humanidade aprendeu a utilizar as diversas propriedades biológicas de substâncias químicas em eventos como rituais festivos, por conta de suas propriedades alucinógenas ou afrodisíacas, usada também na cura de doença e até mesmo como veneno na caça e pesca para imobilizar a presa sem que houvesse posteriores efeitos tóxicos. Segundo Duarte (2006) citado por (FIRMO et al ,2011, p. 91), os primeiros registros sobre a utilização de plantas medicinais é datado de 500 a. C., no texto Chinês que relata nomes, doses e indicações de uso de plantas para tratamento de doenças. Outros registros foram encontrados no manuscrito Egípicio “Ebers Papirus”, de 1.500 a. C., em que continham informações sobre 811 prescrições e 700 drogas. E algumas dessas plantas ainda são utilizadas, como Ginseng (Panax spp.), Ephedra spp., Cassia spp. e Rheum palmatum L., inclusive como fontes para indústrias farmacêuticas. 4 Porém, de acordo com Simões, Schenkel e Simon (2001) e Vale (2002) citado por (FIRMO et al ,2011, p. 91), os primeiros registros fitoterápicos datam do período 2.838-2.698 a. C., quando o imperador chinês Shen Nung catalogou 365 ervas medicinais e venenos que eram usados sob inspiração taoísta de Pan Ki, considerado Deus da criação. Esse primeiro herbário dependia da ordenação de dois polos opostos: yang-luz, céu, calor, esquerdo; e o yin-trevas, terra, frio, direito. Por volta de 1.500 a. C., a base da medicina hindu já estava revelada em dois textos sagrados: Veda (Aprendizado) e Ayurveda (Aprendizado de Longa Vida). Helfand e Cowen (1990) citado por (FIRMO et al ,2011, p. 91) afirmam que existem vários registros sobre a utilização das plantas para tratamento de doenças desde 4.000 a. C. Entretanto, tem-se o primeiro registro médico que inclui uma coleção de fórmulas de trinta diferentes drogas de origem vegetal, animal ou mineral depositado no Museu da Pensilvânia que é datado de 2.100 a. C. A grande maioria das substâncias era empregada em porções preparadas a partir de plantas comuns no cotidiano das comunidades. No museu Britânico existem cópias de placas de barro conservadas com escrita cuneiforme, datando mais de 3000 a.C., já se descreve o ópio, o gálbano, a assafétida e muitos outros produtos vegetais já utilizados na respectiva época, onde considerava-se o conhecimento adquirido com práticas do dia-a-dia, sem nenhum cunho científico Referente a civilizações mais recentes, destaca-se a grande contribuição dada pelos povos helênicos que tiveram grandes médicos como Hipócrates “pai da medicina”, Teofrasto que com a “história das plantas”, deixou descrições importantes sobre efeitos tóxicos e propriedades curativas. Posteriormente destaca-se também Dioscórides em expedição na região norte da África e na Síria recolheu diversas informações sobre plantas dessas regiões. Em sua obra “De Matéria Médica” são descritos mais de 600 produtos de origem vegetal, animal e mineral com aplicabilidade médica. Tal obra representa um marco histórico no conhecimento dos fármacos em geral, pois muitos descritos naquela época ainda são utilizados nos dias de hoje. O homem primitivo buscou na natureza as soluções para os diversos males que o assolava, fossem esses de ordem espiritual ou física. Aos feiticeiros, considerados intermediários entre os homens e os deuses cabia a tarefa de curar os doentes, unindo-se, desse modo, magia e religião ao saber empírico das práticas de saúde, a exemplo 5 do emprego de plantas medicinais. A era antiga inaugurou outro enfoque, quando, a partir do pensamento hipocrático, que estabelecia relação entre ambiente e estilo de vida das pessoas, os processos de cura deixaram de ser vistos apenas com enfoque espiritual e místico. (ALVIM et al., 2006) citado por (FIRMO et al, 2011, p. 91). Pode-se afirmar que 2.000 anos antes do aparecimento dos primeiros médicos gregos, já existia uma medicina egípcia organizada. A Medicina Tradicional Chinesa é conhecida desde 2.500 anos a. C. e utiliza predominantemente plantas medicinais para o tratamento de várias enfermidades que acometem os seres humanos até os dias atuais (SCHENKEL; GOSMAN; PETROVICK, 2003) citado por (FIRMO et al ,2011, p. 91-92). Durante a idade média ocorreu certo retrocesso da utilização e aperfeiçoamento dos fármacos, em decorrência da utilização de produtos vegetais “mágicos” chamados de unguentos maravilhosos. Com o Renascimento surge pouco a pouco a experimentação, ao mesmo tempo em que foram crescendo a diversidade de fármacos em decorrência das grandes expedições mundo a fora. Em 1511 o boticário Tomé Pires relata a origem geográfica e aplicações de muitas drogas usadas nas diversas viagens realizadas por ordem do rei de Portugal. Os jesuítas no século XVI usavam diversos medicamentos para combater doenças que atingiam os índios. O padre José de Anchieta evidenciou a ação emética da ipecacuanha e as propriedades antisséptica e cicatrizante do bálsamo de copaíba. No século XVIII, deu-se início ao isolamento de estruturas de constituintes ativos dos produtos de origem vegetal. Destacaram-se produtos como: ácido benzóico, sacarose, timol entre outros. Já no século XIX, farmacêuticos e químicos continuam em grande evolução quanto ao aprimoramento de isolamento de plantas e produtos vegetais. Depois do século XIX, iniciou-se a substituição dos fármacos naturais pelos sintéticos tendo como exemplo o clorofórmio. No Brasil em 1956, o ministério da saúde criou um serviço de investigação e produção de medicamentos, visando o combate às endemias rurais. Vinte anos mais tarde, o laboratório foi integrado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estabelecendo-se como um dos maiores centros de pesquisa na área. 6 Estudos sobre a medicina popular vêm merecendo atenção cada vez maior, devido ao contingente de informações e esclarecimentos que vêm sendo oferecidos à Ciência. Esse fenômeno tem propiciado o uso de chás, decoctos, tisanas e tinturas, fazendo com que, na maioria dos países ocidentais, os medicamentos de origem vegetal sejam retomados de maneira sistemática e crescente na profilaxia e tratamento das doenças, ao lado da terapêutica convencional. (FRANÇA et al., 2008, p. 202) citado por (FIRMO et al ,2011, p. 93). O grande uso de medicamentos à base de plantas medicinais e o próprio conhecimento popular trazem consigo a necessidade de pesquisas para o esclarecimento e confirmação de informações sobre as ações das plantas, visando a minimização de efeitos colaterais e toxicológicos, haja vista esse uso deve ser confiável e seguro. EXPERIMENTAÇÃO Demonstraremos o procedimento químico para obtenção do óleo essencial da hortelã, como esse óleo apresenta inúmeras substâncias, iremos extrair o principio ativo que proporciona à planta uma ação medicinal. O experimento será realizado com base nas novas metodologias de ensino com uso da experimentação, como sugere o texto citado. Então, um experimento simples, em que haja um roteiro contendo apenas materiais e procedimentos, pode ser transformado numa atividade investigativa se o professor conseguir inserir atividades outras que contemplem generalizações e previsões. (SILVA E MACHADO, 2010, p.237). A experimentação não deve ser encarada como o fim de uma teoria ou a explicação da mesma, mas deve criar no aluno a vontade de investigação sobre os motivos que conduziram ao desenvolvimento daquela técnica, no método de extração usado o professor pode produzir no aluno a investigação do motivo do uso de solventes apolares e não o de polares como a água, essa prática quando apresentada em aulas tradicionais de laboratório não traz motivação aos alunos, isso se dá pela falta de contextualização e problematização na interação professoraluno. Ao enfatizar a problematização o aluno é confrontado em seus conceitos ou ideias, esse confronto é necessário para que haja aprendizagem significativa, nesse modelo de ensino acontece discussão de ideias e construção de novos conceitos ou 7 aprimoramento dos já existentes, o docente deixa de ser o detentor do conhecimento em sala e passa a ser mediador importante. Não se pode admitir uma aula experimental onde não ocorra discussão dos motivos daquela prática e sua aplicação tecnológica na sociedade. Embora inúmeros artigos mostrem essa importância, muitos alunos ainda não conseguem entender o ensino dessa forma, acham que o professor está complicando ainda mais ou que está enrolando, o artigo de (GUIMARÃES, 2009, p. 201) relata esse tipo de resistência, um aluno disse que estavam perdendo tempo indo ao laboratório, outro estava preocupado se iria cair no vestibular, outro ainda disse que só deveria ir ao laboratório quando tivesse visto a teoria, essa abertura foi importante para que o autor pudesse argumentar e familiarizar essa nova metodologia à prática tradicional da escola ao qual os discentes estavam acostumados. Outra forma de conduzir a experimentação é tratá-la a partir de situações problemas, o meio social com seus problemas deve ser o ponto de partida do docente nas discussões antes do conteúdo químico, após a explanação deste e do conteúdo químico, pode solicitar ao alunado possíveis resoluções deste problema, ou até aprimoramento daquilo que está em andamento, sempre levando em consideração o ponto de vista químico, e muitas vezes se utilizando até de uma intervenção interdisciplinar para conclusão da resolução do problema (SILVA et al, 2009). EXPERIMENTO O presente trabalho fará uso da experimentação a partir do uso da extração de Soxhlet ou extração contínua (Figura 1), em geral o método consiste na colocação da amostra de sementes, folhas ou ainda casca de vegetais num cartucho geralmente feito de papel de filtro comum em laboratório de química, no nosso caso utilizamos folhas de hortelã (Mentha piperita L), abaixo se encontra um solvente comumente apolar, os mais usados são o hexano,o etanol, e o éter etilíco, o solvente orgânico é aquecido até vaporização, passando por um tubo lateral do 8 extrator de Soxhlet os vapores condensam e de gota em gota escorrem a quente pela amostra, É um método vantajoso, pois permite que o solvente possa retornar várias vezes à câmara onde se encontra a amostra, recomenda-se várias extrações do óleo no vegetal para maior eficiência, muitos óleos vegetais apresentam coloração, portanto com a diminuição da coloração na câmara é indicio do término do processo. Nessa técnica, podemos explorar o tema interações intermoleculares, pois para que haja remoção do óleo essencial do material da planta é necessário que o solvente interaja com o mesmo, caso contrário não ocorre extração, esse tema é de grande importância na química, pois determinam fatores como: estado físico, pressão de vapor, temperatura, volatilidade e etc. Figura 1. Sistema de extração de Soxhlet. Fonte: WWW.wikipedia.org METODOLOGIA Este artigo é resultado de uma revisão bibliográfica, foi aplicado na turma do 5° período do curso de Licenciatura em Química da Faculdade Pio Décimo na disciplina de Práticas Pedagógicas VI, houve uma apresentação do assunto envolvendo o conhecimento químico, durante a apresentação fez-se uso da 9 experimentação sendo trabalhado o método de extração contínua para remoção do óleo essencial da folha de hortelã (Mentha piperita L), na explicação da prática procurou-se a interação com os alunos sobre o principio da técnica, sempre envolvendo as interações intermoleculares como foco principal. Ao término da aula aplicou-se um questionário a 11 alunos com 10 perguntas com reposta entre sim ou não, com o objetivo de saber o nível de entendimento dos alunos frente à experimentação, como também identificar algumas lacunas existentes na percepção destes, foram usados três critérios de avaliação: Quanto à contextualização no ensino de química( questões 1,2,3), quanto à formação do professor na atividade da aprendizagem significativa (questões 4,7) e quanto à formação do professor de química ( questões 5,6,8,9,10). RESULTADOS E DISCUSSÕES Através desse tema fazendo uso da experimentação, é possível aliar o conhecimento sobre interações intermoleculares e uma planta medicinal de aplicação importante como a hortelã, partindo da extração do seu óleo essencial os alunos são instigados a explicar o motivo da extração está acontecendo, dessa forma o professor deixará de ser aquele que ministra uma aula monótona, mas passara a ser aquele que media o conhecimento. Para os acadêmicos que participaram da aula, ficou mais uma alternativa para trabalhar assuntos químicos, além da fundamentação do conceito de experimentação. Os resultados obtidos para os três critérios foram: Quanto à contextualização: Aqueles que afirmaram sim: 57,57 % se mostraram capazes de contextualizar o conteúdo. Aqueles que afirmaram não: contextualizar o conteúdo para o aluno. 42,43 % possuem dificuldades para 10 Quanto à formação do professor na atividade da aprendizagem significativa: Aqueles que afirmaram sim: 50 % pouco compreendem o objetivo proposto para se trabalhar com a experimentação. Aqueles que afirmaram não: 50 % Avaliam os experimentos como proveitosos não só para comprovação de teorias, mas sim pelo verdadeiro formato proposto pela experimentação, e também entendem a Química como uma ciência que pode receber um tratamento isolado, sem a necessidade de realizar interdisciplinaridade. Quanto à formação do professor de química: 11 Aqueles que afirmaram sim: 45,45 % apresentam-se capazes de entender que a experimentação é uma forma de trabalhar com o conteúdo químico, contudo para eles não é tarefa fácil preparar uma aula nos moldes da experimentação. Aqueles que afirmaram não: 54,54% pouco compreendem o objetivo de se trabalhar com a experimentação. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para o professor a experimentação é mais uma ferramenta importante para sua formação, nos cursos de licenciatura nas ciências naturais (Química, Física e a Biologia) deve ser estruturada como ponto de partida de construção de conteúdos aplicados a técnicas utilizadas, focados em discussão e construção de conhecimento através com um ensino contextualizado. Aliar uma prática comum de laboratório às novas formas de ensino se torna um ingrediente atrativo para o aprendizado dos alunos, tendo em vista que todo o experimento está rodeado de princípios químicos, se torna mais útil verificar se houve aprendizado. Não foi possível elaborar um material alternativo para o experimento por razões de tempo, mas consideramos que poderíamos montar em outra ocasião. 12 Quanto aos resultados obtidos, pode-se perceber que os discentes apresentam dificuldades de compreensão dos objetivos apresentados pelo uso da experimentação, ainda assim, boa parte do grupo encontra-se apta a trabalhar os conteúdos químicos de forma contextualizada. Por isso se faz necessário os testes de aplicabilidade da experimentação nas aulas de graduação, para que os alunos discutam, tirem dúvidas, e recebam inclusive intervenções do docente da disciplina, sempre com o objetivo de melhorar a formação dos futuros professores. REFERÊNCIAS ALMEIDA, P.P. 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