ADITIVAÇÃO DE CHAPAS DE PMMA - ENSAIOS E MELHORIA DE PROCESSO Vinícius Sartor1, Raul Riveros2 e Mara Zeni 2 1 2 Mapro Ind. Qui e Met. LTDA – Caxias do Sul-RS ( [email protected] ) Departamento de Fisica e Química –Universidade de Caxias do Sul- Caixa Postal 1352 95.001-970 - Caxias do Sul /RS ( [email protected] ) Additivation of PMMA plates- mechanical properties In this work was studied the change in mechanical properties of poly(methyl metacrylate) (PMMA) in plates form when modified with addition of di-isobutyl phathalate (DIBP) and di-n-butyl phathalate(DBP) in concentrations of 3 till 20% (w/w). The specimens was tested and prepared with ASTM norms. The PMMA/DIBP and PMMA/DBP formulations were comparied with PMMA pure improved significanthy your plasticity and change in: traction force, impact resistance and Vicat point. The development of the new plasticizers from PMMA plates can be to reduce the values of resin in 10%. The industry of PMMA plates have possibility with these formulations of the mirrorm quality and cust of the plates. Introdução As chapas de poli (metil metacrilato) (PMMA) são utilizadas na produção de um variado número de artigos com semelhança ao vidro, resistência química e alta transmissão de luz. Outros polímeros competem, como o policarbonato (PC), o poliestireno cristal (PS), poli(cloreto de vinila) (PVC) ou poliésteres reforçados com fibra de vidro (GRP). Estudos comparativos demostraram que o PMMA é superior na maioria das propriedades físico químicas, porém sua resistência ao impacto é inferior restringindo a substituição do PC. Devido ao custo e problemas ambientais causados pelo PC, as empresas estão buscando alternativas para sua substituição no mercado(1). Neste trabalho são estudadas propriedades mecânicas do PMMA, na forma de chapas, virgem e aditivadas com di-n-butil ftalato(DBP) e diisobutil ftalato (DIBP) visando caracterização mecânica e térmica das misturas. Experimental Para a polimerização de chapas de PMMA, pelo processo “cast”, foram dissolvidas proporções de 3,0 – 5,0 – 10,0 e 20,0%(p/p) de DBP e DIBP em prépolímero MMA utilizando iniciador vazo 64 (2,2'-azo,bis[2-metil,propionitrilo]), com agitação mecânica. Após a homogeneização a mistura foi colocada entre vidros planos temperados de 10 mm, com espaçadores de PVC e termostatizada em banho de água por 4 horas a 60 °C e 1 hora a 90° C. As chapas de 2000 x 1000 x 3,0 mm são mantidas no mesmo tanque para padronizar o processo de polimerização. Para a caracterização das placas foram realizados ensaios de: impacto(ASTM D256); tração (ASTM D638 ). Resultados e Discussão Os corpos de prova aditivados com plastificantes tiveram tempos de usinagem menores, não apresentaram trincas ou rachaduras. A plastificação com DBP e DIBP não apresentaram dificuldade quanto à miscibilidade nas formulações com PMMA. Pode-se observar a diminuição da tensão com o aumento das quantidades de plastificantes nas chapas de PMMA, o que já era esperado pois neste tipo de plastificação, o plastificante fica incluso aumentando a distancia entre os dipolos do polímero diminuindo assim a interação intermolecular(2). Na Fig.1, tem-se o melhor resultado de tensão com a aditivação de 3% e diminuição da tensão com o aumento das quantidades de plastificantes. Anais do 7o Congresso Brasileiro de Polímeros 809 CALORIMETRIA DIFERENCIAL DE VARREDURA (Tg °C) TENSÃO NA FORÇA MAX. (MPa) 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0 3 10 15 20 %DE PLASTIFICANTE (p/p) PMMA-Virgem PMMA-DIBP 120 100 80 60 40 20 0 0 3 10 15 20 % DE PLASTIFICANTE (p/p) DIBP PMMA-DBP DBP PMMA-VIRGEM Figura 3 – Comparativo entre as temperaturas de transição vítrea (Tg) no DSC do PMMA. Nos ensaios de resistência ao impacto das amostras (Fig. 2), demostraram um aumento de 50% na resistência ao impacto para os dois tipos de plastificantes testados. As amostras utilizando DIBP tiveram uma resistência ao impacto superior em todas as porcentagens testada com relação às amostras que continham DBP. Conclusões RESISTÊNCIA AO IMPACTO (J/M) Figura 1 –Resistência ä tração em função das concentrações de plastificantes em chapas de PMMA 20 15 10 5 0 0 3 10 15 % DE PLASTIFICANTE (p/p) PMMA-Virgem PMMA-DIBP 20 PMMA-DBP Figura 2 – Resistência ao impacto em função da concentração de plastificantes em chapas de PMMA As variações na Temperatura de Transição Vítria (Tg), foram observadas para as amostras testadas em função do aumento de plastificantes significam que ocorreram diminuições nas interações intermoleculares polímeropolímero devido ao fato dos plastificantes aumentarem a distância entre os dipolos das moléculas, além disso, para que realmente pudesse ocorrer a redução da Tg as interações energéticas entre polímero e plastificante teriam que ser inferiores. Na fig.3, os dados do DSC demonstram que com o aumento da concentração de plastificante observou-se a redução da Tg. 810 As incorporações dos plastificantes ftálicos em PMMA tiveram excelente compatibilidade podendo ser utilizadas nos processos “Cast” de fabricação das chapas acrílicas. Apenas em porcentagem superiores a 20% o DIBP e o DBP interferiram no processo de polimerização(3). Os processos de beneficiamento das chapas demonstraram uma maior facilidade de corte, rebite, dobra a frio, reduzindo os tempos necessários para a termoformagem e as perdas. Ensaios mecânicos e térmicos demonstraram a redução da tensão na força máxima e por conseqüência a diminuição do modulo de elasticidade, o que foi confirmado pelos ensaios de DSC que apresentaram diminuição na Tg com o aumento da concentração do plastificante. Os estudos comparativos entre os dois plastificantes através de ensaios mecânicos apresentaram uma diferença pequena das tensões e deformações. Os custos de fabricação das chapas aditivadas foram reduzidos com o incremento dos plastificantes. Agradecimentos Os autores agradecem a Mapro Ind. Química e Met. LTDA e a UCS pelo apoio ao desenvolvimento do projeto. Referências Bibliográficas 1. Gächter, R and Müller. H. Plastics additives. – 4. ed. New York (1993); 2. 3. Stevens,.P, Malcolm. Polymer Chemistry. – 3° ed. New York (1999). Minghetti, E., Aristech Chemical Corp. Private communication. July (1991). Anais do 7o Congresso Brasileiro de Polímeros