29 Out.
22 Nov.
Instalações | Projecções | Espectáculos | Encontros
cam
ccb
cinemateca portuguesa
culturgest
eira33
espaço alkantara
maria matos teatro municipal
mar adentro café
mnac - museu do chiado
SÉTIMO ANO do festival de artes e performance
TEMPS D’IMAGES PORTUGAL
Costuma dizer-se dos casamentos que o sétimo ano é sempre difícil, mas
numa época em que toda a gente fala de crise económica, a arte parece
revestir-se ainda de menos importância que antes no discurso público.
No entanto esta ideia é muito perigosa, despreza um factor da maior
importância expresso por muitos homens sagazes ao longo dos séculos:
se travássemos agora o trabalho dos artistas, todas as sociedades seriam
arrastadas para o marasmo em poucas semanas. Novos caminhos, novas
direcções, invenções, conexões invulgares, restaurações, memórias, valores
humanos, valores universais, territórios comuns, resistência, protótipos e
modelos apenas podem ser criados através do pensamento artístico e criativo,
esse mesmo que nos garante a sobrevivência, a audácia, o livre arbítrio e o
prazer da vida.
Enquanto director e produtor do festival, procuro fazer parte dessa lista de
contribuidores para as artes e espero que a esta malha de esplêndidos lugares
de performance, curadores empenhados, artistas arrojados e esforçados
trabalhadores de produção, venham agora juntar-se, com espírito de abertura,
com curiosidade, com interesse e sem preconceito, os espectadores – vocês.
museu colecção berardo
negócio
# 24-rentagallery
são luiz teatro municipal
Temos sofrido uma evolução ao longo de sete anos e esperamos que outro
tanto aconteça com o público. Parece-me muito mais fácil expressar desagrado
acerca de um espectáculo ou de uma exposição do que tomar consciência
do imenso investimento do artista, que se sujeita às luzes da ribalta e dedica
toda a sua investigação, corpo, energia e visão aos espectadores, para que
estes possam ver, viver, sentir e pensar de forma diferente da do seu dia-a-dia.
Desejando-vos uma boa viagem pelos universos artísticos do TEMPS
D’IMAGES, edição 2009,
António Câmara Manuel
temps d’images
Portugal 2009
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Na sua 7.ª edição, o Temps d’Images Portugal continua a dar protagonismo ao movimento das
A programação do Temps d’Images Portugal 2009 apresenta cerca de vinte iniciativas
imagens e à sua permanente reinvenção. Sempre assente em cruzamentos entre as várias
independentes. O seu todo – instalações, projecções e espectáculos – desenha durante o
áreas artísticas, a utilização da imagem, enquanto recurso técnico e estético, revela-se este
período aproximado de um mês na cidade de Lisboa um único percurso que se estende a
ano em cerca de duas dezenas de projectos muito diversos, mas todos eles caracterizados
doze espaços culturais diferentes: o Centro Cultural de Belém, o Museu Colecção Berardo,
por uma marcada disposição interrogativa. No seu todo, agrega um conjunto de obras
a Culturgest, o Teatro Maria Matos, a Cinemateca, o Museu do Chiado, o CAM Fundação
artísticas que, para além do seus contornos imediatos, se apropriam assumidamente das
Gulbenkian, a #24-rentagallery, eira33, Negócio, o Espaço Alkantara e o Teatro São Luiz.
impressões que deixam junto do espectador. Desta forma, é a arte que intervém, participa,
Estreia uma dezena de novas criações nacionais, consolidando-se assim a importância
provoca reflexão, que se revela como potencial geradora de conhecimento.
do Temps d’Images no que respeita à vitalidade do panorama das artes no nosso país.
Desafia os criadores a integrarem os “estaleiros”, em que se ensaiam encontros entre os
As fronteiras entre as artes, entendidas como convenções insustentáveis, materializam-
criativos do vídeo com as outras artes. No domínio das projecções surgem três iniciativas
-se aqui em substância artística e estabelecem francos diálogos com a actualidade. Nos
que assentam num mesmo propósito, construído a partir do registo filmado do universo
espectáculos de Lúcia Sigalho, de Michel Schweizer e de Raquel Freire com Marta Mateus
das artes: para além do Prémio de Cinema Temps d’Images para Filmes Sobre Arte, um
(a voz do colectivo O’queStrada), assim como nas instalações de Jesper Just e de Patrícia
dos poucos prémios de cinema existentes em todo o mundo sobre a temática da produção
Portela, interpela-se directamente a sociedade contemporânea, confrontando e assumindo
artística, com direcção e programação de Rajele Jain, terá ainda lugar um ciclo de cinema
comprometimentos ideológicos, pontos de vista. Documentam-se e recriam-se as múltiplas
na Cinemateca com assinatura de Teresa Garcia e Pierre Marie Goulet, no qual o Teatro
facetas da adolescência em “Às vezes as luzes apagam-se” de Cláudia Varejão com Pedro
terá particular predominância, e uma mostra de trabalhos vídeo-dança – FRAME research
Gil, assim como no vídeo de Dina Campos Lopes “For All”, realizado a partir do Projecto
/ 1.ª edição –, cuja abrangência permitirá visionar animação, mini-documentários, trabalhos
Respira de Aldara Bizarro. Nos espectáculos de Isabella Soupart, da mala voadora, de Rafael
experimentais e obras específicas de vídeo-dança com base no contexto híbrido de duas
Alvarez e de Tânia Carvalho com Vera Suchánková e na instalação de Luciana Fina expõem-se
linguagens, a dança e o vídeo/filme. Espaço ainda para ateliês de formação dirigidos aos
vivências íntimas com o distanciamento de quem sabe já não ser preciso chocar. Recriam-se
mais novos – que à semelhança de anos anteriores também são contemplados com dois
propósitos e procedimentos artísticos nos espectáculos de Inês Jacques, Gustavo Ciríaco
espectáculos que lhes são dirigidos – e seis produções estrangeiras, conforme o desígnio
e Elsa Aleluia. Buscam-se renovados sentidos em referências colectivas do passado no
internacional que está na origem do festival. Por fim, e após alguns dos espectáculos, a
espectáculo de Kotomi Nishiwaki com Teresa Furtado, o mesmo acontecendo nos de Sónia
jornalista Mónica Guerreiro dinamizará conversas participadas pelo público em torno das
Baptista e de antóniopedro com Ana Araújo e Filipe Rocha, estes dirigidos ao público juvenil.
temáticas abordadas, nas quais contará também com a contribuição de vários convidados.
Revisita-se a inquietação minimalista de Steve Reich.
Quatro destes encontros terão lugar no próprio Ponto de Encontro do Festival, o bar/lounge
e restaurante Mar Adentro, que receberá os artistas e o público num ambiente descontraído.
O convite fica aqui feito.
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| temps d’images portugal 2009
instalações
Apresentação do Festival Temps d’Images 2009
8 OUT | 18h30
CAM Fundação Calouste Gulbenkian
Cocktail de inauguração da exposição JESPER JUST | Entrada livre
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Jesper Just
9 OUT 2009 > 17 JAN 2010 | 10h00 > 18h00 [terça a domingo]
CAM Fundação Calouste Gulbenkian - Sala de Exposições Temporárias
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David Claerbout
Inauguração 12 NOV | 19h00
13 NOV 2009 > 28 FEV 2010 | 10h00 > 18h00 [terça a domingo]
MNAC – Museu do Chiado
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Patrícia Portela&Christoph de boeck | Audiomenus 2 – O Chiado de Acácio
13, 14, 15, 20, 21 e 22 NOV | 16h00
MNAC – Museu do Chiado
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Luciana Fina | Hors Sujet portrait
Inauguração 6 NOV | 19h00
Espaço Alkantara e #24-rentagallery
HORS SUJET portrait, VUE portraits
7 NOV > 6 DEZ | 14h00 > 23h00 [terça a domingo]
Espaço Alkantara
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| temps d’images portugal 2009
PORTRAIRE notas nas margens de um retrato
7 > 15 NOV | 14h00 > 23h00 [terça a domingo]
#24-rentagallery
Jesper Just
[instalação | vídeo]
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Inauguração 8 OUT | 18h30 | Entrada livre
9 OUT 2009 > 17 JAN 2010 | 10h00 > 18h00 [terça a domingo]
CAM Fundação Calouste Gulbenkian - Sala de Exposições Temporárias
O artista de vídeo de renome internacional Jesper Just apresenta-se pela primeira vez
com uma exposição individual em Portugal, no CAM Fundação Calouste Gulbenkian, em
Lisboa. Os vídeos de Jesper Just caracterizam-se pela sua extraordinária beleza, pela
estética fílmica e pela sua ambiguidade; oferecendo uma consciente complexidade
psicológica e convidando o espectador a múltiplas interpretações. No centro de todas
as suas obras encontra-se o desenvolvimento emocional das personagens principais,
frequentemente relacionado com um afastamento individual ou com uma quebra
relativa aos padrões convencionais do papel do género, encenado como se se tratasse
da sucessão de etapas existenciais que cada indivíduo tem de percorrer ao longo da
sua vida.
Esta exposição individual de Jesper Just inclui o seu primeiro trabalho, intitulado
No Man Is an Island (2002), This Love is Silent (2003), It will all end in Tears (2006) e
Something to Love (2005). Integra ainda uma instalação vídeo composta por três filmes
inter-relacionados do ponto de vista temático: A Voyage in Dwelling, A Room of One’s
Own e A Question of Silence (2008).
Esta trilogia trata da viagem interior, mas também física, de uma mulher de meia-idade
que vive em relação com os seus desejos; a forma como em alternância aprecia, afasta
e rejeita o seu próprio desenvolvimento. Os filmes mostram o movimento entre os
diferentes estados psicológicos e diferentes destinos, enquanto enquadramento
mental adoptado pela protagonista.
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Visitas Guiadas
25 Out | 29 Nov | 20 Dez – 12h00
Domingos com Arte
com Sofia Pontes
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Oficinas para Crianças
JUST REMIXED – Vídeo em Tempo Real
[oficina de criação vídeo]
Concepção e orientação: Sofia Ponte e Tiago Pereira
JUST REMIXED – Vamos Fazer um Vídeo?
[oficina de criação vídeo]
Concepção e orientação: Sofia Ponte e Tiago Pereira
CORPO, ACÇÃO E MOVIMENTO
[oficina de fotografia, dança e movimento]
Concepção e orientação: Andreia Dias e Catarina Claro
No que respeita à componente visual, o trabalho This Love is Silent contém referências
ao clássico film noir e ao género cinematográfico dos filmes sobre a máfia. A
dramaturgia do trabalho centra-se no jogo psicológico que se desenvolve entre três
homens. À medida que o vídeo progride, o equilíbrio de poder desloca-se entre os
dois mafiosos velhos e brutais e a jovem vítima, que consegue penetrar as suas duras
fachadas cantando e dançando.
O título do filme de estreia de Just, No Man Is an Island, refere-se a uma famosa citação
do poeta inglês do século XVII, John Donne, que sublinha o facto de nenhum ser
humano poder existir totalmente isolado. Neste filme, um homem de meia idade dança
em câmara lenta em volta da praça Blågårds, em Copenhaga, ao mesmo tempo que
um outro homem mais jovem permanece sentado na praça, sozinho e a chorar. Este
cenário, acompanhado por um jazz etéreo, chega-nos como um pastiche de um filme
dos anos cinquenta, simultaneamente auto-irónico e vagamente irreal.
Apoios Statens Kunstrad – Danish Arts Council, Nordisk, SETH e Hempel
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| temps d’images portugal 2009
[instalação]
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David Claerbout
Inauguração 12 de NOV | 19h00 | Entrada livre
13 NOV 2009 > 28 FEV 2010 | 10h00 > 18h00 [terça a domingo]
MNAC – Museu do Chiado
Os trabalhos de David Claerbout operam conjuntamente fotografia e filme de forma a produzir pela
imagem uma experiência física destas categorias e um conhecimento das suas potencialidades. Se a
fotografia se fixa num tempo específico, que está ali, documentado e não se apaga em direcção a outro
momento; o filme, pelo contrário, evolui continuamente de imagem para imagem. Ao rebater o filme e
a fotografia para um meio computorizado, num único e mesmo sinal electrónico – que os codifica em
informação emitida como vídeo –, conceitos de fotografia e de filme subsistem ainda nesse meio digital.
A imagem fixa e o registo fílmico em tempo real constituem-se como duas modalidades de tempo que
concorrem em simultâneo. Apesar da condensação dos tempos diferentes por um só meio, é neste
vaivém que David Claerbout realiza o seu trabalho. Entre o presente suspenso da fotografia e o presente
continuado do filme, que, através das arquitecturas, aludem por vezes a um passado histórico específico,
revela-se um fascínio pela imagem e os seus tempos. Nostalgia e reivindicação tornam-se pólos centrais
destes seus trabalhos iniciais.
Posteriormente através de vídeo-instalações, por vezes interactivas, o súbito acordar da imagem fixa
em imagem em movimento, com a presença do espectador, desenvolve a experiência física da imagem
conferindo-lhe uma dimensão performativa. Ao utilizar um medium sem corpo – o filme –, David Claerbout
reclama o diálogo entre o filme e o espectador, ambos envolvidos num acontecer que repõe o corpo
como processo comunicativo.
A partir de 2004 os seus trabalhos utilizam uma dimensão narrativa para interrogar o lugar do espectador
e o papel do cenário enquanto construção do tempo e forma da sua duração.
Os trabalhos mais recentes de David Claerbout apresentam-se como amplas séries de fotografias
tiradas de múltiplas perspectivas de um só e mesmo instante. A sua apresentação numa sequência
define potenciais situações narrativas, por vezes complexas e diversas, mas que paradoxalmente não se
constituem como tal, uma vez que todas as imagens se referem a um só instante, não existindo por isso
David Claerbout | Shadow Piece, 2005, Still
Cortesia / Courtesy
David Claerbout | Gallery Hauser & Wirth, Zurique, Londres | Yvon Lambert, Paris New York.
progressão temporal. Por outro lado, a proliferação espacial criada desconstrói a unidade do instante, da
sua presença. De certa forma, é sempre um tempo diferido que os seus trabalhos abordam.
Pedro Lapa
Director do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado
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| temps d’images portugal 2009
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Apoios Companhia de Seguros Lusitânia - Seguradora Oficial do Instituto dos Museus e da
Conservação; Bairro Alto Hotel
[instalação exterior | som]
Patrícia Portela
&
Christoph de boeck
Audiomenus 2 - O Chiado de Acácio
13, 14, 15, 20, 21 e 22 NOV | 16h00
MNAC – Museu do Chiado
Em Audiomenus 1- Patrícia Portela convidou-nos a sentar à mesa e
escolher, mediante a consulta de uma ementa bem recheada, a paisagem
sonora que queríamos escutar. Havia de tudo à disposição, desde sons
da natureza até cartas de amor. Desta vez somos conduzidos até ao
bairro do Chiado, à luz de um projecto urbanístico concebido nos anos
20 do século passado e que, apesar da indescutível melhoria que traria
para a qualidade de vida deste bairro, nunca se chegou a concretizar.
Uma visita guiada a vários espaços para apreciar o que poderia ser hoje
o Chiado se ontem tivesse soado de maneira diferente. Um exercício
lúdico que desperta a consciência acerca da dimensão auditiva da nossa
existência e que revela as mais imprevistas reflexões.
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Uma produção Prado | Texto e Som Christoph de Boeck e Patrícia Portela | Voz
Tiago Rodrigues | Apoio à pesquisa Isabel Garcez | Imagem e efeitos especiais
Irmã Lúcia efeitos especiais | Produção Conceição Narciso | Com o apoio de
CNC e DuplaCena / Festival Temps d’Images / Museu do Chiado | Produtores
associados ZDB
Prado é uma associação com o apoio do MC/Dgartes
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| temps d’images portugal 2009
HORS SUJET portrait
Inauguração 6 NOV | 19h00
HORS SUJET portrait, VUE portraits
7 NOV > 6 DEZ | 14h00 > 23h00 [terça a domingo]
Espaço Alkantara
PORTRAIRE, notas nas margens de um retrato
6 > 15 NOV | 14h00 > 23h00 [terça a domingo]
#24-rentagallery
[instalação| vídeo]
Luciana Fina
HORS SUJET portrait 2009, 3 DVD, cor, som
Elle est lá, dans une exactitude provocante, elle n’est rien, elle est l’horreur sacrée de sa présence…
(G. Bataille, Manet 1955)
Chaque être crie en silence pour être lu autrement.
(Simone Weil)
Com a modelo desta nova composição de retratos, voltámos a olhar para as diversas obras de Edouard Manet em
que Victorine Meurent posou para o pintor. O irritante enigma do olhar da Olympia, a nua e fria Olympia, “monstro do
amor banal”… Grisette ou cortesã? Viva ou morta? A mulher sentada no almoço na relva… Victorine cortesã, Victorine
cantora de rua, mulher com o papagaio, criança com o pífaro, Victorine con la espada, Victorine na estação de comboio,
o retrato de Victorine....
Inaugurada este ano no Stenersen Museum de Oslo, no âmbito da exposição internacional “Off the Beaten Path,
Violence Women and Art”, HORS SUJET portrait surgiu na sequência de um workshop de cinema para mulheres com
histórias de vida ligadas à prostituição.
Com um título que aparenta uma antítese, a nova instalação de Luciana
Fina, HORS SUJET portrait, questiona o poder de representação do
retrato e vem juntar-se à Galeria de Retratos Filmados que a autora
inaugurou em 2003 com o tríptico CHANT portraits, uma das primeiras
apostas do Festival Temps d’Images para a secção Estaleiros.
Nesta exposição, apresentada no interdisciplinar e renovado Espaço
Alkantara, poderão ver mais uma das instalações da Galeria de Retratos
de Luciana Fina, VUE portraits (2006), resultado de uma anterior
colaboração com Danças na Cidade. Em complemento, têm lugar durante
os primeiros dez dias da exposição, num novo espaço do mesmo bairro de
Santos, #24-Rentagallery, projecções contínuas de PORTRAIRE, notas
nas margens de um retrato, caderno de notas da autora sobre a escolha
do retrato e a nova criação.
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VUE portraits 2006, 3 DVD, cor, som
Sabes o que é que eu vejo da janela da minha casa? Sacos de carvão, muitos sacos de carvão…
(Sérgio, Maputo)
De manhã vê-se um prédio, enorme, monstruoso, exactamente igual ao meu…
(André, New York)
A imagem de uma janela evocada pelos performers retratados, sobrepõe-se à imagem dos seus rostos. As “janelas”
foram filmadas em Lisboa, durante o encontro “Dançar o que é nosso”, com performers oriundos de diversos países do
mundo. Série de retratos de duração variável em composição de múltiplas projecções.
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PORTRAIRE notas nas margens de um retrato 2009, 22 min, cor, som
“No decorrer da criação da instalação HORS SUJET portrait, os meus apontamentos de trabalho assumiram a forma
de um caderno de imagens: PORTRAIRE notas nas margens de um retrato é um momento de reflexão que gostaria de
partilhar convosco.”
O rosto do outro não espera a intencionalidade do conhecimento, a visão totalizadora, a compreensão do sentido da
história, para ser significante. Procuro o Tempo do acontecer de um face a face, um entre-nous alheio à intenção ou ao
poder de representação do outro, que se contrapõe às formas de violência e de aniquilamento da alteridade.
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| temps d’images portugal 2009
Acompanhamento curatorial Luísa Santos | Acompanhamento design do espaço
Moritz Elbert | Som Miguel Cervini | Direcção técnica Ricardo Madeira | Co-Produção
DuplaCena/Festival Temps d’Images; Artworks for Change | Residência de Criação
Espaço Alkantara | Apoio Museu Colecção Berardo, #24-rentagallery, Atelier Re.Al |
Projecto Financiado pela Direcção Geral das Artes/Ministério da Cultura
Agradecimentos Inês Oliveira, Randy Rosenberg, Catarina Saraiva, Paula Varanda,
Bruno de Almeida, Mariana Lemos, Sofia Neuparth, Carlos Ramos, Sofia Campos
espectáculos
Cláudia Varejão + Pedro Gil | Às Vezes as Luzes Apagam-se
Elsa Aleluia | Che Cosa
29 OUT | 21h00 e 30 OUT | 15h00 e 21h00
CCB – Pequeno Auditório
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5 e 6 NOV | 23h30
São Luiz Teatro Municipal – Jardim de Inverno
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Marta Mateus + Raquel Freire | Nósoutrxs
Kotomi Nishiwaki + Teresa Furtado | The Snake Chamber
30 e 31 OUT | 23h30
São Luiz Teatro Municipal - Jardim de Inverno
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13 e 14 NOV |20h30
eira33
Inês Jacques | Liars
Lúcia Sigalho | E a Mulher Teve Morte Quase Instantanêa
31 OUT e 1 NOV | 19h00
CCB – Sala de Ensaio
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Sónia Baptista | Um Capucho, Dois Lobos e um Porco Vezes Três
31 OUT e 1 NOV | 16h00; 2 NOV | 10h00; 3 NOV | 10h00 e 14h30 e 4 NOV | 10h00
Maria Matos Teatro Municipal – Sala Ensaio
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antóniopedro + Ana Araújo | Matinée
3 > 5 NOV | 10h00 e 8 NOV | 15h30
antóniopedro + Filipe Rocha | Sherlock Jr.
6 NOV | 10h00 ; 7 NOV | 15h30 e 8 NOV | 11h30
CCB – Sala de Ensaio
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Steve Reich and Bang on a Can
1 NOV | 21h00
CCB – Grande Auditório
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Programa Conjunto
mala voadora | O Duplo + Isabella Soupart | Collision(s)
6 e 7 NOV | 21h00
CCB – Pequeno Auditório
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| temps d’images portugal 2009
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14 > 17 NOV | 21h30
Maria Matos Teatro Municipal – Sala Principal
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Rafael Alvarez | Long Distance Call
17 e 18 NOV | 21h30
Negócio
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Gustavo Ciríaco | Nada. Vamos ver.
18 e 19 NOV | 21h30
Culturgest – Palco do Grande Auditório
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Tânia Carvalho + Vera Suchánková | Der Mann ist verrückt
20 NOV | 21h30
21 NOV | 19h00
Culturgest – Pequeno Auditório
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Michel Schweizer | Bleib opus #3
21 e 22 NOV | 21h30
Maria Matos Teatro Municipal – Sala Principal
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[performance | concerto | vídeo | estaleiro]
Cláudia Varejão + Pedro Gil
Às Vezes as Luzes Apagam-se
29 OUT | 21h00
30 OUT | 15h00 e 21h00
CCB – Pequeno Auditório
© Cláudia Varejão
Duração: 100 min | M/12 anos | Preço: 3 euros
Nove adolescentes ao vivo dão a ver e a ouvir
quem são num espectáculo onde a palavra e a
acção, o audiovisual e a música se fundem num
concerto performativo. Retrato e quotidiano
de pessoas com idades compreendidas entre
os 14 e os 17 anos, provenientes de diferentes
estratos sociais. Às vezes as luzes apagam-se
é também sobre a expectativa da primeira
vez, os pequenos e grandes segredos, o
pensar demais, o corpo que se tem e aquele
que se gostava de ter, os sonhos, os medos, o
aborrecimento, os pais divorciados e os pais
casados, a escola e os amigos, a noite, o álcool
e as drogas, a música e o futebol, o primeiro
amor, as inseguranças e os desejos, é também
sobre aquele sorriso quando se fala daquela
pessoa.
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Direcção Artística Cláudia Varejão e Pedro Gil | Com Beatriz Pessoa, Daniel Duarte, Duarte
Águas, Filipa Silva, Mariana Meireles, Marta Fatela, Nuno Cerqueira, Simão Lamas e Wilma
Brito | Assistência à Direcção Ricardo Gageiro | Espaço Cénico Pedro Silva | Desenho Vídeo
Paulo Américo da Silva | Director de Fotografia Rui Xavier | Director de Som Adriana Bolito |
Direcção de Produção Ana Pereira | Assistência de Produção Ana Feteira | Co-produção CCB
Fábrica das Artes / DuplaCena / Festival Temps d´Images | Apoio Allianz Falcão Marques, Casa
do Gaiato de Lisboa, Instituto Português da Juventude
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| temps d’images portugal 2009
NÓSOUTRXS
30 e 31 OUT | 23h30
São Luiz Teatro Municipal - Jardim de Inverno
Preço: 10 euros
[performance | estaleiro]
Marta Mateus + Raquel Freire
Marta Mateus, a voz do colectivo O’queStrada, e Raquel Freire, cineasta,
convidam um grupo de actores, não-actores e performers para, durante
aproximadamente uma hora, interagir e partilhar com o público uma
experiência de alteridade.
“É como se o mundo estivesse à minha espera.
E eu vou ao encontro do que me espera.”
Clarice Lispector
...
As pessoas são identificadas e autodefinem-se de maneiras diferentes, constroem
novas identidades sociais, culturais, sexuais. Surgem novas maneiras de ser e de estar
no mundo. O ‘normal’ e o ‘natural’ estão a rebentar. Somos metamorfoses ambulantes.
Somos novas/outras pessoas. Tecno e bio, sujeit@s e consumidores de desejos e
frustrações.
Podes vir só, nós fazemos-te companhia.
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Um espectáculo de Marta Mateus e Raquel Freire | Com Joana Manuel, Margarida
Carvalho, Maria Marta Mateus, Marta Mateus, Pol Galofre, Raquel Freire, Sandra
Rosado, Vasco Freire e várias outras pessoas maravilhosas | Som Vasco Pimentel
| Styling João Pedro Filipe | Pintura Joana Villaverde | Produção Ana Rita Osório |
Agradecimentos Guerrilla Travolaka, Incrível Club, Piajio Associação Cultural, Bomba
Suicida, Inês Lamim, Cristiana Pena | Co-produção SLTM; DuplaCena
Imagem adaptada do cartaz “Diferentes” – Herederos de Juan Palomo (creative
commons)
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| temps d’images portugal 2009
Liars
© Lois Gray
[filme | concerto]
Inês Jacques
31 OUT e 1 NOV | 19h00
CCB – Sala de Ensaio
Preço: 5 euros
A identidade da imagem-movimento própria do cinema é aqui
traduzida e recriada em composição coreográfica. Com música
do projecto de João Branco Kyron “O Maquinista”, Inês Jacques
apresenta um espectáculo em que o movimento se materializa em
lógicas de manipulação e edição importadas da sétima arte.
No seguimento de Renée Adorée, que trouxe as imagens dos primórdios do cinema
para o corpo, esta peça aprofunda esta abordagem evidenciando a imagem-
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movimento como metalinguagem que reflecte os seus próprios mecanismos.
Aqui, mantenho o objectivo da peça anterior: fazer “cinema ao vivo” recorrendo
apenas ao movimento e a uma relação directa, relação essa que exige do público
um estado de atenção dinâmica através do questionar da ficção, da linearidade,
raccords verdadeiros e falsos, da narrativa; no fundo, o ponto de vista da mesa
de montagem. Mantém-se a intenção da sensação de cinema através do uso das
suas características: planos, tipos de montagem, noção de tempo e espaço, entre
outras. Estas características estão, a meu ver, intimamente ligadas à composição
22
coreográfica, tendo presente a ideia de que o movimento é uma imagem que
Direcção Artística, Coreografia e Espaço Cénico Inês Jacques | Interpretação Carlota Corte-Real,
continuamente se constrói e destrói a si mesma.
Filipe Pereira, Tiago Barbosa | Música O Maquinista | Assistência de Direcção Artística Pietro
Romani | Desenho de Luz José Manuel Rodrigues | Vídeo Sérgio Cruz | Performer no Vídeo
Nick | Figurino da “Entidade Peluda” Pedro Pedro | Produção Zut! | Co-Produção DuplaCena /
Festival Temps d’Images (pt); Escola Superior de Dança (pt); Parc de la Villette (fr); Pépinières
pour les Jeunes Artistes (fr) | Residências de Criação O Espaço do Tempo (pt); Parc de la Villette
(fr) | Apoios Financeiros Fundação Calouste Gulbenkian; Embaixada de Portugal em França
| temps d’images portugal 2009
d’O Capuchinho Vermelho e d’Os Três Porquinhos. Com humor e
malícia q.b. apresenta um espectáculo dirigido a todos os públicos,
emprestando novas leituras e dialogando com o nosso imaginário
colectivo. Há ainda lugar para danças, filmes, canções e cançonetas.
Sónia Baptista
[performance | público infantil]
O kitsch irónico de Sónia Baptista recai desta vez sobre as histórias
Um Capucho, Dois Lobos
e um Porco Vezes Três
31 OUT e 1 NOV | 16h00
2 NOV | 10h00
3 NOV | 10h00 e 14h30
4 NOV | 10h00
Maria Matos Teatro Municipal – Sala Principal
Preço: 2,5 euros criança | : 5 euros adulto
(a partir de “A Menina do Capuchinho Vermelho” e de “Os Três Porquinhos”)
Lê-se duas histórias e fica-se a matutar: – Então não é que não só o capuchinho
viaja descaradamente de uma história para a outra como os dois lobos, na sua
desgraçada e malfadada brutidade ferina, se não são parentes são de certeza
aparentados? E os porcos? Claramente trigémeos apatetados. Agressores e
vítimas trocam agilmente de lugar. Nem a menina é tão indefesa (Ui! longe disso),
nem o lobo é tão bestial, nem o porco é tão feliz no final.
E o que é que se faz a seguir? Constrói-se uma imagética tão soberbamente rica,
tão visualmente deliciosa, tão (mas tão) inspiradora que ainda mais longe faz a
imaginação viajar; acrescentando mais um ponto aos contos originais e tecendo aí
uma nova e original trama; apresentando um versejar único, original e (espante-se)
porque não em forma de canção? Cançonetas vividas e criadas quase como se de
um devaneio onírico se tratasse; apresentadas tanto em filme como ao vivo, em
palco e sempre com uma pontinha de Rock&Roll reinventado, de Pop alterado, de
fervor musical misturado.
Fazendo as histórias vibrar desbragadas, com humor e malícia, apresenta-se um
espectáculo alegremente transdisciplinar em que três intérpretes se desdobram,
transformam, encarnam e povoam palavras em verso, músicas dançantes e
imagens em movimento delirantes.
Direcção Artística, Concepção Musical e Adaptação de Textos Sónia Baptista
| Intérpretes e Co-Criadores Sónia Baptista, Miguel Bonneville, Rogério Nuno
Costa | Vídeo Sérgio Cruz | Assistente de Realização Micaela Fonseca | Direcção
Musical Alex Alves Tolkmitt | Desenho de Luz Pedro Machado | Cenografia e
Adereços Nuno Coelho, Célia Esteves, Sónia Baptista | Fotografia Rui Ribeiro
| Produção Executiva João Lemos | Uma Produção Ninho de Víboras | Uma
Encomenda FCD/Serviço Educativo do TCA para 2009 | Co-Produção Maria
Matos Teatro Municipal; DuplaCena / Festival Temps d’Images | Agradecimentos
Carl Simmonds; Helena Silva; Rui Ribeiro; Teatro Praga
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| temps d’images portugal 2009
© Rui Ribeiro
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[filme | concerto | público juvenil]
antóniopedro + Ana Araújo
antóniopedro + Filipe Rocha
Matinée e Sherlock Jr.
Matinée
3, 4 e 5 NOV | 10h00
8 NOV | 15h30
Sherlock Jr.
6 NOV | 10h00
7 NOV | 15h30
8 NOV | 11h30
CCB – Sala de Ensaio
M/6 anos | Preço: dias úteis 3 euros | fins-de-semana 5 euros
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MATINÉE de Fyodor Khitruk, antóniopedro e Ana
Araújo
Nesta matiné encontra-se três obras-primas de
Fyodor Khitruk, o mais importante e influente
autor russo de cinema de animação: História
de um Crime, sátira visual e sonora aos tempos
modernos e à vida encavalitada das grandes
cidades; As Férias de Bonifácio, sobre as
ternurentas férias de um leão do circo; e A Ilha,
um fresco sociológico sobre o mundo actual,
com nota final de esperança e optimismo. São
aqui acompanhados ao vivo pelos músicosactores-sonoplastas antóniopedro e Ana Araújo.
Narração em português | Filmes: História de um
Crime (1962), As Férias de Bonifácio (1965) e A
Ilha (1973), de Fyodor Khitruk | Composição,
Bateria, Voz, Metalofone, Percussões, Sampler
antóniopedro
| Composição, Piano, Teclados,
Efeitos Ana Araújo
Este espectáculo nasceu de um desafio lançado
pela MONSTRA.
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| temps d’images portugal 2009
SHERLOCK JR. de Buster Keaton, antóniopedro e
Filipe Rocha
No início da sessão, um pequeno filme mudo (este
acompanhado apenas pelo som do projector,
como nos primórdios do cinema) mostra as
peripécias dos dois músicos a chegarem ao
teatro. Nisto, como que saltando do próprio ecrã,
Buster Pedro e Buster Rocha entram na realidade
e o filme-concerto começa. Sherlock Jr. é um dos
filmes mais geniais do cómico que nunca ri, onde
Buster sonha entrar no filme e ser Sherlock Jr., o
maior detective de todos os tempos!
Filme: Sherlock, Jr. (1924), de Buster Keaton |
Filme aperitivo: Realização antóniopedro e Rita
Figueiredo | Composição, Bateria, Piano, Voz,
Melódica, Percussões, Efeitos antóniopedro
| Composição, Contrabaixo, Baixo Eléctrico,
Piano, Efeitos Ana Araújo | Câmara e Montagem
Rita Figueiredo | Maquilhagem e Assistência
Vanessa Mourato Reis | Figurinos Maria Gonzaga
| Produção Executiva Gil Pereira
Este espectáculo nasceu de um desafio lançado
pela Mediateca da Guarda
Co-produção Festival IndieLisboa
Dois filmes/concerto para os quais se construiu uma nova banda sonora
que é tocada ao vivo: Matinée, uma antologia de curtas do cineasta russo
Fyodor Khitruk; e Sherlock Jr., de Buster Keaton. Espécie de falso trio
em que o terceiro elemento é o ecrã e o que nele se passa, este projecto
alia uma preparação rigorosa à improvisação, tornando única cada
apresentação. Para além da música, a sonoplastia é recriada ao vivo e os
filmes são narrados em português.
[concerto]
Steve Reich
and Bang on a Can
1 NOV | 21h00
CCB – Grande Auditório
M/12 anos | Preços: 1.ª Plateia 30 euros | 2.ª Plateia 25 euros | Laterais 20 euros |
Camarotes Centrais 30 euros | Camarotes Laterais 22 euros | 1.º Balcão 20 euros |
Balcão Lateral 17 euros | 2.º Balcão 12 euros | Galerias 8 euros
Steve Reich é um nome maior da música contemporânea e o expoente
máximo do minimalismo musical. Neste seu regresso a Portugal fazse acompanhar do Bang on a Can All Stars. O agrupamento novaiorquino integra um dos mais interessantes projectos da actualidade
postura ecléctica, demonstrando competências tão diversas como as de
uma banda Rock ou de um ensemble de música de câmara. Interpreta
agora obras de Reich, como as célebres Clapping Music ou Music for
Pieces of Wood.
©Jeffrey Harmann
vocacionados para a promoção da nova música. Distingue-se pela sua
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Steve Reich, nascido em Nova Iorque em 1936, é um dos maiores compositores da
actualidade e um dos mais influentes dos últimos trinta anos. Nome incontornável da
música erudita, é sobretudo reconhecido como figura de proa da corrente minimalista,
embora seja também aclamado e tenha influenciado muitas outras áreas musicais. Em
2009, foi-lhe atribuído o Pulitzer Prize de música pela sua obra Double Sextet. No CCB,
Steve Reich apresenta-se com o grupo Bang on a Can All-Stars, descrito pelo New York
Times como “um grupo agressivo, que combina o poder e a força de uma banda de rock
com a precisão e a clareza de um ensemble de câmara”. Juntos vão interpretar obras
emblemáticas como Clapping Music ou Music for Pieces of Wood.
Bang on a Can All-Stars:
baixo Robert Black | bateria e percussão David Cossin | guitarras Mark Stewart |
clarinetes Evan Ziporyn | piano e teclas Lisa Moore | violoncelo Wendy Sutter
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| temps d’images portugal 2009
Mala Voadora | O Duplo + Isabella Soupart | Collision(s)
mala voadora
O Duplo
6 e 7 NOV | 21h00
CCB – Pequeno Auditório
M/12 anos | Preço: 8 euros
As personagens que tiveram origem no teatro não são as mais presentes no
[performance | vídeo]
Programa Conjunto:
imaginário colectivo. Fora de um campo de relativa erudição, o Batman
é uma referência mais presente do que Hamlet; e a Barbie mais do que a
Mãe Coragem. “Contar histórias” não é o mesmo depois da instauração
de uma cultura pop. É na consideração deste contexto cultural que, em
O Duplo, a mala voadora coloca a possibilidade da construção de uma
personagem, recorrendo para isso a vários dos artificialismos de um
espectáculo de teatro (em particular o vídeo).
O Duplo parte do confronto com a História das personagens criadas ou adoptadas pela
“cultura de massas” ocidental. Parte, mais concretamente, do confronto com algumas
das mais populares personagens dessa História: aquelas que se tornaram efectivas
referências culturais; aquelas que retêm o paradigma da hiper-individualidade; aquelas
com as quais também a possibilidade de uma narrativa não pode deixar de confrontar-se.
Este espectáculo integra-se num ciclo que a mala voadora tem vindo a desenvolver
em torno das prerrogativas e limitações – sociais e artísticas – da identidade. (1) Em O
decisivo na política não é o pensamento individual, mas sim a arte de pensar a cabeça
dos outros (disse Brecht)., promove-se uma “decantação” da retórica das tomadas
de posição ideológicas através da justaposição de discursos políticos díspares. (2)
Chinoiserie baseia-se em fenómenos de construção de identidade cultural. (3) Huis
Clos, de Jean-Paul Sartre, evidencia que a identidade de cada indivíduo reside no
reflexo que dela é devolvido pelos outros. (4) Agora, em O Duplo, evoca-se a identidade
ficcional da “personagem”.
Direcção Jorge Andrade | Com Ana Brandão, Bruno Huca e Jorge Andrade |
Cenografia José Capela | vídeo UZI filmes | Banda Sonora Rui Lima e Sérgio
Martins
A mala voadora é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / Direcção Geral
das Artes
A mala voadora é uma estrutura associada da Associação Zé dos Bois (ZDB)
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| temps d’images portugal 2009
Collision(s)
6 e 7 NOV | 21h00
CCB – Pequeno Auditório
[performance | vídeo]
Isabella Soupart
M/12 anos | Preço: 8 euros
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Em palco, um homem e uma mulher dançam e dialogam sobre
acontecimentos que podiam muito bem não ter sucedido. Imaginam
como tudo poderia ter sido diferente se naquele instante não se tivesse
verificado uma dada situação. Neste sentido, entende-se por colisão
qualquer evento com profundo impacto nas nossas vidas, ainda que se
trate de uma circunstância banal. Esta é uma coreografia de gestos e de
sentidos. Uma acumulação aparentemente caótica de pontos de vista,
de cenários de vida alternativos.
A palavra colisão remete-nos para as ideias de acidente, velocidade e imprevisibilidade
de situações. Mas é claro que há diversos tipos de acidentes, dos mais banais aos
mais trágicos, das catástrofes naturais e acidentes industriais e científicos até aos
acontecimentos mais felizes, como um golpe de sorte ou o amor à primeira vista. O
acidente é uma surpresa, um acontecimento inesperado, imprevisível. No projecto
Collision(s), Isabella Soupart concentra-se nos acontecimentos que poderiam não ter
acontecido ou que nem deveriam ter acontecido, mas que, ainda assim, tiveram lugar.
Projecto de Isabella Soupart | Performers Bérengère Bodin; Olivier Taskin |
Som Marc Doutrepont | Cenografia e Luz Jim Clayburgh | Direcção Técnica
Ana Samoilovich
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| temps d’images portugal 2009
[performance | vídeo]
Elsa Aleluia
Che Cosa
5 e 6 NOV | 23h30
São Luiz Teatro Municipal – Jardim de Inverno
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Che Cosa, performance, negociação numa terra de cinema, um espaço
de resistência territorial. Um set onde se marcam fronteiras, se resiste
a elas, se bombardeiam territórios, se avança clandestinamente,
©Joana Linda
Preço: 10 euros
se desiste, se volta, possuídos por um intruso numa história de
insurreição sobre a exterioridade da representação.
Che Cosa é um território cinematográfico que se desenvolve como um organismo
de produção constante de imagens, intérpretes e público num cinema expandido,
procura a formação da cena, do agir, do movimento, do cinema, tudo é sempre
real, escapa-se muitas vezes a força por que se é conduzido (já não está na moda
dizer possuído?).
Um trio ensaia o real e o real e o real, performativo, teatral, dançado, corpos
saturados de representações, o terror insinua-se. Um filme de terror ou um conto
de fábulas, Che Cosa é uma performance cinematográfica dum corpo aqui agora,
barroco, réptil e nato. Imagens reproduzidas, produzidas, imaginadas durante a
produção do estar para acontecer. Sonda-se nas fronteiras do erotismo, da violência
e do território que ocupa ou se esquece que ocupa, produz-se em cenas paralelas
no mesmo filme, o estado de provocação do acontecimento sem legendas.
Real, remake, retake.
Algo de muito certo se passa em cena, algo de muito errado se passa em cena,
logo porque esse certo e errado são perversamente relativos e desde sempre. O
que desejas sentir? Cegueira ou profana luz.
Elsa Aleluia
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| temps d’images portugal 2009
Concepção, Espaço de Vídeo, Sonorização Elsa Aleluia | Intérpretes Ana Moreira, Elsa
Aleluia e Miguel Ramos | Vídeo Jorge Cramez | Visual dos intérpretes Elsa Aleluia
e Paulo Guimarães | Fotografia Joana Linda | Direcção Técnica e Desenho de Luz
Mafalda Oliveira | Direcção de Produção Sérgio Parreira | Produção Estúdio Performas
(Acto) financiado por DGArtes / MC | Co-Produção Intrusa; Duplacena/Festival Temps
d’Images | Apoio à Residência GDA Gestão dos direitos dos Artistas | Residências
Artísticas Atelier RE.AL e Estúdio Performas | Apoio eira33, Teatro Aveirense, Clube
dos Galitos | Co-Apresentação São Luiz Teatro Municipal
Agradecimentos Maria Elsa Marinho, Alexandre Beirão, Rui Raposo, Gretua, BES,
André Lourenço, Fernando Silva
desafio de iniciarem um objecto artístico experimental.
Trata-se pois de uma criação que surge do encontro entre duas desconhecidas e que
implica uma convergência de inquietações.
O trabalho colaborativo de Kotomi Nishiwaki e de Teresa Furtado recorre a bonecos e
brinquedos transfigurados em material simbólico, para rescrever e desconstruir contos
tradicionais japoneses.
Este trabalho resulta da insatisfação das autoras com o discurso masculino dominante
Kotomi Nishiwaki +
Teresa Furtado
The Snake Chamber
13 e 14 NOV |20h30
eira33
5 euros
nos contos tradicionais, procurando fazer o seu reconto recriando as figuras femininas
de modo autónomo, activo, assertivo e positivo.
Projecto proposto por eira33 | Criação e Concepção
Artística Kotomi Nishiwaki e Teresa Furtado | Performance
Kotomi Nishiwaki | Videoprojecção Teresa Furtado | Apoio
Departamento de Artes Visuais da Universidade de Évora |
Co-Produção eira33; DuplaCena / Festival Temps d’Images
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| temps d’images portugal 2009
[performance | instalação | vídeo]
“Estaleiro” que resulta de um encontro entre uma performer e uma artista visual com o
[teatro]
Lúcia Sigalho
E a Mulher Teve Morte Quase Instantanêa
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Morreu uma mulher às nove horas da manhã à porta do infantário onde ia deixar o
seu filho de seis anos. O ex-marido, um polícia a quem já tinha sido retirada a arma,
roubou a arma de um colega, deslocou-se setenta quilómetros, fez-lhe uma espera, foi
directo a eles, arrancou-lhe o filho e, com a criança pela mão, disparou dois tiros sobre
14 a 17 NOV | 21h30
Maria Matos Teatro Municipal – Sala Principal
a mãe. Matou-a e fugiu com a criança. O presidente da Câmara de Santarém declarou
Preço: 12 euros / < 30 anos 5 euros
sobre ela. Sequer o nome, a cor dos cabelos, se era alegre ou triste ou o que levava
à imprensa que “a mulher teve morte quase instantânea”. Assim. Não sei mais nada
nos olhos. Mas este apagamento, este esquecimento que a morte lhe trouxe é a morte
“matada”. Ela passou a ser “a mulher”, “a mulher” morta. E a memória, a memória dela,
passou a ser nada.
No meu país, todas as semanas morre, pelo menos, uma. Todas as semanas há uma
mulher morta por um homem que é, foi ou pretendia ser seu namorado, seu marido, seu
amante. Todas as semanas, há uma que passa a ser “a mulher”: sem in memoriam, sem
rasto nem história, que deixa de existir assim, trocada em números para a estatística.
Lúcia Sigalho
Dramaturgia, Pesquisa e Textos Lúcia Sigalho, Fernanda Câncio e Mafalda Ivo Cruz |
Interpretação Deborah Crystal e outros a anunciar | Som João Lucas | Luzes Daniel
Worm D’Assumpção | Cenário e Figurinos João Pedro Vale | Produção Sensurround
| Co-Produção DuplaCena / Festival Temps d’Images e Teatro Maria Matos
Sensurround é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / Direcção Geral
das Artes
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| temps d’images portugal 2009
[dança | performance | vídeo]
Rafael Alvarez
Long Distance Call
17 e 18 NOV | 21h30
Negócio
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Long Distance Call concluiu uma trilogia desenvolvida em torno de objectos, identidades,
viagens e relações amorosas, iniciada com os solos Última Chamada (2005) e Colecção
Privada (2007). Nesta última peça, Separação, Perda, Resgate e Memória, são as linhas
conceptuais que estão na base de uma paisagem coreográfica, onde objectos e acções
se transformam em rituais de múltiplas leituras ou, simplesmente, numa colecção de
imagens.
Este espectáculo, criado entre Lisboa e Frankfurt, propõe-se falar sobre distâncias,
lugares longínquos, habitações, vizinhos, estranhos e estrangeiros, famílias, turismo,
dinheiro, mapas, fronteiras, estereótipos e ideias feitas, arrependimentos, objectos
insignificantes, raridades, sentimentos desconhecidos, amantes, casais, cópias,
verdades e mentiras, biografias, espelhos e outros efeitos.
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© André Uerba
Direcção Artística e Instalação Rafael Alvarez | Vídeo André Uerba e Rafael Alvarez
| Criação e Interpretação André Uerba, Rafael Alvarez e Solomon Holly-Massey
| Produção EIRA 33 | Co-Produção Plateaux Festival/Künstlerhaus Mousonturm
[Frankfurt]; DuplaCena/Festival Temps d’Images [Lisboa]; EIRA 33 [Lisboa] | Apoio
Instituto Camões – Portugal
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| temps d’images portugal 2009
[dança | performance]
Gustavo Ciríaco
Nada. Vamos ver.
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18 e 19 NOV | 21h30
Culturgest – Palco do Grande Auditório
© Paula Kossatz
M/12 anos | Preço: 18 euros / < 30 anos 5 euros
Este é um trabalho meticuloso, um artesanato de representação
performativa que assenta no domínio dos tempos cénicos e das tensões
dramáticas. Em “Nada. Vamos ver.” as convenções de um espectáculo
de dança são desafiadas através do diálogo directo estabelecido com
o espectador, através de um registo de actuação naturalista cuja força
reside na genuinidade e no despojamento pessoal dos intérpretes. Instala-se então uma ambiência algures situada entre a ficção e a realidade em
que o processo criativo é partilhado com o público em jeito de histórias
contadas. A oficina do artista sobe à cena, como se se tratasse de uma
visita guiada pela síntese daquilo que é especificamente teatral. Sem
excessos nem efeitos, são mínimos os recursos que proporcionam uma
experiência que se promete intensa, um encontro essencial. A arte é
meio, é pretexto. Não se lhe deve impor demasiadas verdades.
Algumas histórias. A do público. A do performer. Um ponto de encontro: a sala de espetáculo. Um
espaço de expectação, de convivência, de evasão. Um espaço de códigos compartilhados. Nada. Vamos
ver começou com uma questão: como tornar visível aquilo que está presente e constitui a situação de
um espetáculo de dança em um teatro. Como explicitar o óbvio, o já acordado, porém já esquecido na
relação público-performer?
Em um desenho chamado Nada. Ello dirá. (Nada. Vocês verão.), onde um cadáver escreve a palavra
“Nada” em uma pedra, o pintor espanhol Goya faz uma alusão à expectativa diante da morte, da evasão
do mundo material e da ausência de divino, de um nada ao qual todos estaríamos destinados. Um mundo
sem Deus. Sem além.
De modo estranhamente similar, o lugar físico do teatro está associado a uma série de expectativas que
produzem um certo além, um certo transpor de realidade, de evasão mesmo, onde há a criação de dois
tempos, dois campos aparentemente separados, na claridade da cena e na escuridão da plateia.
Gustavo Ciríaco
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| temps d’images portugal 2009
Concepção e Coreografia Gustavo Ciríaco | Criação e Performance Francini Barros,
Gustavo Ciríaco, Ignacio Aldunate, Milena Codeço, Leo Nabuco | Assistência de
Direcção e Colaboração Artística Flavia Meireles | Bailarina Convidada Dyonne
Boy | Vídeos Leo Nabuco, Ignacio Aldunate e Gustavo Ciríaco | Bailarino Virtual
Leo Nabuco e Gustavo Ciríaco | Banda Sonora Rodrigo Marçal | Desenho de
Luz José Geraldo Furtado | Consultor Cenográfico Joelson Gusson | Professores
de Dança Flavia Meirelles, Maria Alice Poppe, Renata Reiheimmer e Joelson
Gusson | Administração e Produção Executiva Fomenta Produções – Carla Mullulo
e João Braune | Co-Produção Culturgest e SESC São Paulo | Residência Centre
International d’Accueil et d’Éxchanges Des Récollets, com apoio do Centre National
de la Danse – CND (accueil studio) e do Mica Danses – Paris; Teatro Gláucio Gil,
parte do projecto de ocupação Orquestra Improviso, com apoio do Panorama de
Dança – Rio de Janeiro | Apoio para Pesquisa Prémio Klauss Vianna, Funarte
[dança | performance]
Tânia Carvalho +
Vera Suchánková
Der Mann ist verrückt
Tânia Carvalho, coreógrafa-cantora, volta a inspirar-se na poesia de
Patrícia Caldeira, uma fonte de imagens inesgotável. Conta ainda com a
colaboração de Vera Suchánková, que responde pela banda sonora tocando
ao vivo theremin, um instrumento que usa o simples movimento das mãos
em contacto com o ar para gerar sons a partir de um campo magnético.
20 NOV | 21h30
21 NOV | 19h00
Culturgest – Pequeno Auditório
M/12 anos / 5 euros (preço único)
Gosto de escolher poemas e deixar-me inspirar por eles. As palavras proporcionam
criar imagens que mais ninguém vê.
Show Off
I just want to shout in silence
Do you hear my mouth shut?
I just want to shout in silence
To show off.
I am dancing like a stone.
Do you see me rock?
Rocks dance to show off.
To show off nothing in particular.
Nothing in particular
Particles of nothingness
I am nothing
Just to show off
I want to sing no song.
And singing this contradictions
Makes me remember
I want nothing at all.
Do you see me disappearing?
A tiny dot in your memory.
Do you see me disappearing?
Forgetting into nothingness.
Just to show off
Nothing in particular.
Poema de Patrícia Caldeira
Escolho este texto porque com este crio na minha cabeça as mais confusas e
intrigantes imagens, as quais preciso de explorar.
Colaboro neste projecto com uma
thereminista, a tocar ao vivo.
Escolhi o theremin por ser um instrumento tocado no
ar, como se não existisse, como que tocado em silêncio, como diz no texto “shout
in silence / do you hear my mouth shut? Particles of nothingness… do you see me
disappearing?”
Começamos por explorar o “nothingness”, ou seja, um lugar onde tudo
é possível. E a partir daí foram aparecendo ideias, associações, contaminações, etc.
Tânia Carvalho
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© Gustave Doré- A Divina Comédia-Paraíso-Canto XVI
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| temps d’images portugal 2009
Direcção e Coreografia Tânia Carvalho | Thereminista e Co-Criadora Vera
Suchánková | Intérpretes Tânia Carvalho e Vera Suchánková | Banda Sonora Vera
Suchánková, Händel, Bach, A. Caldara | Poema Patrícia Caldeira | Desenho de Luz
e Direcção Técnica Anatol Waschke | Figurinos Aleksandar Protisch | Adereços
Vera Suchánková e Tânia Carvalho | Vídeo Nothingness: Edição de Vídeo Paulo
Azinhaga | Baixista (gravação) Zeca Iglésias | Produção Bomba Suicida | Apoios
Dupla Cena / Festival Temps d’Images, O Espaço do Tempo e Culturgest
21 e 22 NOV | 21h30
Maria Matos Teatro Municipal – Sala Principal
© Frédéric Desmesur
Bleib opus #3
[performance]
Michel Schweizer
Preço: 12 euros / < 30 anos 5 euros
Espectáculo em francês, legendado em português
Co-apresentação festival alkantara, festival Temps d’Images e Teatro Maria Matos
O que é que cinco magníficos cães pastor belga, um filósofo, um
psicanalista, um bailarino e um actor poderão estar a fazer juntos num
palco de teatro? Desde Maio de 2005 que Michel Schweizer mantém uma
conversa fértil com Dany Robert Dufour, filósofo, e Jean-Pierre Lebrun,
psiquiatra e psicanalista, sobre alguns dos temas cruciais da sociedade
contemporânea: a liberdade individual e a imposição do consumismo, o
ensino e a uniformização, a política e a manipulação.
É impressionante como o espectáculo BLEIB, criado em 2007, profetiza
a falência do capitalismo desenfreado que gerou a actual crise mundial.
Interroga os comportamentos sociais e as atitudes do novo “homem
sem gravidade”, que é induzido a acreditar que a soma das ambições
individuais iguala o bem comum. “Já não precisamos de pensar!”,
exclama Jean-Pierre Lebrun no espectáculo, “já não precisamos de
nos organizar colectivamente, já não precisamos de nos esforçar para
viver em sociedade… “ Tornámo-nos numa sociedade de consumidores
– individualistas e obcecados pelo poder de compra, mas sem nos dar
conta de que estamos a ser dirigidos e manipulados. “Na sala reinava um
silêncio absoluto”, escreveu o De Volkskrant depois das apresentações
em Roterdão, “as centenas de espectadores pareciam estar a sentir a
mesma inquietação. Como se sentíssemos todos a trela apertar…” Mas,
por dentro, esconde-se sempre o lobo…
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| temps d’images portugal 2009
Conceito, Direcção e Cenografia Michel Schweizer com Philippe Desamblanc
e Titeuf de la Fontaine St. Maurice, Jean Gallego e Ulster, François Vavasseur e
Robot du Vieux Marronnier, Frédéric Prulhière e Khéops, Hervé Guével e Bosco,
Dany-Robert Dufour, Gérard Gourdot, Jean-Pierre Lebrun e Friedrich Lauterbach
| Colaboração Artística Severine Garat | Direcção Técnica e Luz Marc-Emmanuel
Mouton ou Eric Blosse | Criação de Som Nicolas Barillot | Desenho Franck Tallon |
Fotografia Frederic Desmesure e Jean-Paul Dubecq | Conselheiros, Treino de Cães
e Assistência Técnica Yann Armand e Andrej Skrha
| Produção e Digressão Nathalie
Nilias | Administração Hélène Vincent | Administração Digressão e Comunicação
Cécile Broqua | Produção La Coma – centre de profit, Espace Malraux - scène
nationale de Chambéry et de la Savoie; O.A.R.A - Office Artistique de la Région
Aquitaine; TnBA - Théâtre National de Bordeaux Aquitaine, Festival Novart –
Bordeaux; Château Rouge – Annemasse; ARCADI - Action régionale pour la
création artistique et la diffusion en Ile de France | Parceria La Coma – centre de
profit e Le Cuvier – Centre de Développement Chorégraphique d’Aquitaine (200809) | Apoio à Apresentação em Lisboa Culturesfrance e Next Step – Programa
Cultura da União Europeia
Agradecimentos Patricia Chen, Jean-Yves Coquelin, Jean-Paul Dubecq, Romain
Louveau, Cécile Pécondon-Lacroix, Jean-Luc Petit, Eric Servant e Scorpion du
Musher, Jean-Marc Toillon e Jean-Marc Teulé.
Agradecimentos (Desenho de Luz) Eric Blosse, Marc-Emmanuel Mouton e Yannick
Taleux
projecções
Dina Campos Lopes | For All - Sobre o Projecto Respira, de Aldara Bizarro
1 NOV | 15h00 e 17h00
CCB – Pequeno Auditório
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FRAME research | 1.ª edição
7 NOV | 17h00 e 19h00
Museu Colecção Berardo - Sala Polivalente
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O cinema à volta de cinco artes, cinco artes à volta do cinema
CINEMATOGRAFIA E TEATRALIDADE
4.ª Edição | O Teatro no Cinema
30 OUT a 11 NOV
Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema
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Temps d’Images Prémios de Cinema Para Filmes Sobre Arte | 2.ª Edição
13 a 15 NOV | 11h00 > 21h00 [4 sessões diárias]
Museu Colecção Berardo - Sala Polivalente
48
| temps d’images portugal 2009
“A Simplicidade é justamente o meio”
François Fénelon, Verdadeira e Falsa Simplicidade
Dina Campos Lopes
For All - Sobre o Projecto Respira, de Aldara Bizarro
1 NOV | 15h00 e 17h00
CCB – Pequeno Auditório
M/6 anos
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Realização Dina Campos Lopes | Montagem Maria João Taborda | Pós-produção Pedro
Paiva | Produção Jangada de Pedra | Co-Produção Jangada de Pedra; DuplaCena /
Festival Temps d’Images
Jangada de Pedra é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / Direcção Geral
das Artes
50
| temps d’images portugal 2009
[documentário | dança]
For All resulta do acompanhamento que a realizadora Dina Campos Lopes fez do
primeiro Projecto Respira, no ano lectivo 07/08. Sob a direcção de Aldara Bizarro,
profissionais de diversas áreas artísticas e alunos do 6.º ano tiveram aí a oportunidade
de participar em conjunto num processo de experimentação artística e na criação
de um espectáculo de dança profissional. Este filme apresenta um olhar sobre a
iniciativa, levantando questões sobre a ligação entre as artes e a educação, sobre o
modo como a simplicidade pode contribuir para a inovação humana e social.
O Projecto Respira alia a experimentação artística à criação de um espectáculo
de dança. Na sua construção participam alunos do 6.º ano de escolaridade e
profissionais de várias áreas do espectáculo. Iniciado no ano lectivo 07/08, o Projecto
Respira contará este ano a sua terceira realização.
Este filme é um olhar sobre o desenvolvimento do primeiro Projecto Respira que
resulta do acompanhamento feito pela realizadora Dina Campos Lopes. O ponto
de partida para este documentário foi a busca do valor justo da simplicidade e
da sua contribuição para a inovação humana. São as palavras do filósofo francês
François Fénélon, no seu texto Verdadeira e Falsa Simplicidade, que nos convidam
a ver o processo de criação do Projecto Respira à luz do conceito de Simplicidade.
Aceitarmo-nos como somos, não aspirando à perfeição, é para este filósofo a
verdadeira simplicidade.
Quando estes jovens retomam um contacto com o corpo, matéria primeira, falamos
de simplicidade, da restituição do fundamental. A Simplicidade está também no
processo, no acto de tornar simples enunciados que são complexos, sem que,
todavia, percam a sua riqueza.
Trabalhar sobre “o fazer” e o retorno ao corpo permite uma descoberta do que cada
um tem de mais verdadeiro no fundo de si. Estes aspectos essenciais parecem
evidentes, mas são muitas vezes necessários processos criativos como este para
que surjam como uma revelação, potenciadora da génese de algo novo.
Para Dina Campos Lopes, este processo de criação é um processo de inovação
social. Face a um discurso académico vigente que diz já não existir a inovação social
nas nossas sociedades, que é necessário criar novos “agentes de inovação”, este
documentário demonstra-nos precisamente o contrário: eles existem, basta mostrar
o seu trabalho.
O seu filme inscreve-se num projecto de investigação mais vasto iniciado pela
Jangada de Pedra. O objectivo, para além de documentar o Projecto Respira e o seu
processo de construção, é engendrar uma reflexão sobre as questões levantadas por
um projecto desta natureza e contribuir para a construção de novas formas de fazer.
E se pudéssemos interferir com a criação na vida das pessoas? E se o corpo voltasse
ao centro do processo de aprendizagem? Que novas pontes são estas, construídas
entre alunos, artistas e a comunidade em geral?
1.ª edição
7 NOV | 17h00 e 19h00
Museu Colecção Berardo - Sala Polivalente
Entrada Livre
[mostra de vídeo/dança]
FRAME research
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EXÓTICA by Sérgio Cruz
Durante vários anos apresentámos um festival de vídeo-dança denominado
FRAME, cujo propósito era apresentar ao público trabalhos resultantes da criação
de um contexto híbrido de duas linguagens: a dança e o vídeo/filme. O vídeo-dança
ainda é uma terminologia indefinida, extremamente moldável e cujas possibilidades
FRAME é o nome do festival de vídeo-dança que tem vindo a acontecer
estão sempre a ser conduzidas a extremos. Uma câmara fixa e uma pessoa a
nos últimos anos e que assenta no contexto híbrido composto pela
mover-se pode dar origem a uma obra de vídeo-dança. Uma grande produção
dança e pela imagem filmada. Em resultado das múltiplas abordagens
também. Uma sequência de movimentos improvisados pode gerar um excelente
possíveis deste propósito surge agora o FRAME research, no qual
trabalho. Uma coreografia estruturada em função do espaço, de uma temática,
sobressai a vertente mais comprometida com a interacção entre as novas
e pensada na sua forma de apresentação final, também. Portanto, abre-se uma
tecnologias e as artes performativas. Assim, apresenta-se um programa
diversidade de caminhos a quem se aventura nesta área. Ainda mais se contarmos
com o desenvolvimento de softwares de captação e reprodução de movimento e
o trabalho desenvolvido continuadamente por artistas e pesquisadores procurando
abrangente que inclui mini-documentários, trabalhos experimentais e
obras específicas de vídeo-dança.
unir áreas diversas na performance …
Decorrente disto surgiu o FRAME research. Um evento aberto à interacção das
novas tecnologias com as artes performativas. Com certeza que uma das áreas
deste evento continua a ser uma mostra de vídeo-dança, tanto pela possibilidade
de mostrar novos trabalhos de criadores que optaram por esta via, bem como
incentivar a criação nacional, proporcionando um espaço de apresentação e de
difusão nacional e internacional (através da série Short Screening. Esta compilação
apresentada no Festival Temps d’Image 2009, possui um carácter bastante
abrangente, pois apresenta várias propostas de vídeo-dança: animação, minidocumentários, trabalhos experimentais e obras específicas de vídeo-dança (obras
pensadas e realizadas de raiz como tal). Permite-se assim mostrar a versatilidade
de criação nesta área: vídeo-dança.
Curadoria e Direcção de Produção Alberto Magno | Co-Produção Teatro Aveirense;
ESMAE / Teatro Helena Sá e Costa | Colaboração FNAC; Escola das Artes /
Universidade Católica; Palácio das Artes / Fundação da Juventude; Contagiarte;
DuplaCena / Festival Temps d’Images (Portugal); Festival de VídeoDanza de Buenos
Aires (Argentina); Move Festival (Inglaterra); 700i Festival (Islândia); UMove (EUA) |
Apoios Ministério da Cultura / Direcção Geral das Artes
Fábrica de Movimentos é financiada pelo Ministério da Cultura / Direcção Geral das Artes
52
| temps d’images portugal 2009
[ciclo de cinema]
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O cinema à volta de cinco artes, cinco artes à volta do cinema
CINEMATOGRAFIA E TEATRALIDADE
4.ª Edição
“O Teatro no Cinema”
30 OUT a 11 NOV
Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema
“O cinema à volta de cinco artes, cinco artes à volta do cinema”, programa do Temps
d’Images que questiona o cinema e a sua relação com as outras artes, entra este ano
na sua quarta edição. Se nos dois últimos anos foi abordada a coreografia no cinema,
nesta edição interroga as relações entre o cinema e o teatro.
Os filmes apresentados serão olhados e comentados do ponto de vista da teatralidade
através da própria matéria do cinema: a sua forma, a sua construção, a representação.
Como tem acontecido nas outras edições, é a relação entre os filmes escolhidos, o
catálogo, constituido por textos, em grande parte originais que olham os filmes desta
perspectiva, e o encontro com os autores dos textos, realizadores, críticos, autores,
etc., o que faz a base e a matéria que singulariza este programa.
Serão apresentados filmes de Gregory Markopoulos (que nunca foram apresentados
em Portugal), Adolfo Arrieta, Pierre Léon, Jean Renoir, Pedro Costa, João César
Monteiro, Marie-Claude Treilhou, John Cassavettes, George Cukor, Yasujiro Ozu, Kenji
Mizogushi e muitos outros. Será ainda dedicada uma pequena homenagem a JeanAndré Fieschi, realizador recentemente desaparecido, que tem sido também um
importante interveniente neste programa desde há alguns anos (este ano ainda).
O ciclo abre em 30 de Novembro com o novo filme de Pedro Costa, “Ne Change Rien”,
com a sua presença e a de Jeanne Balibar, e continuará entre 2 e 11 de Novembro,
diáriamente na Cinemateca Portuguesa com a presença constante dos seus
participantes. Pierre Léon, Adolfo Arrieta, Marie Claude Treilhou, Bernard Eisenchitz,
Bernard Benoliel, Jean Breschand, Émile Breton, Luce Vigo, virão apresentar estes
filmes e dialogar com realizadores e autores portugueses. A programação é coordenada
por Pierre-Marie Goulet e Teresa Garcia com a colaboração de Ricardo Matos Cabo, em
conjunto com a Cinemateca Portuguesa, e com a participação muito próxima de todos
os intervenientes, em especial, nesta edição, Jean-André Fieschi e Bernard Eisenchitz.
Ervas Flutuantes de Yasojiro Ozu
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54
| temps d’images portugal 2009
2.ª Edição
[prémios de cinema]
Temps d’Images Prémios de
Cinema Para Filmes Sobre Arte
13 a 15 NOV | 11h00 > 21h00 [4 sessões diárias]
Museu Colecção Berardo - Sala Polivalente
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Automorphosis, USA 2008 © Harrod Blank
«Porque fazem filmes sobre artistas? É para documentar
um trabalho artístico, ou para promover um artista, ou
são filmes educacionais, encomendados pela TV ou
coisa assim?», perguntou-me recentemente uma amiga,
realizadora e guionista portuguesa bem conhecida,
intrigada com o meu entusiasmo em receber e ver tantos
filmes para a competição – cerca de 200 vindos do
mundo inteiro. E então expliquei-lhe a investigação do
realizador israelita DAN GEVA, no filme DESCRIPTION OF
A MEMORY, que começa com o seu inesquecível grito
«Que sonho restou? Vá, digam lá!», onde tenta descobrir
o que Chris Marker previu realmente no filme Description
of a Struggle, premiado em Berlim em 1962. Intenção
semelhante é a do japonesa RIKA OHARA ao confrontar
de forma descomprometida o pensamento de Yoko Ono
com o mundo de hoje, no seu filme THE HEART OF NO
PLACE, ou a de CEDRIC VENAIL na pegada do artista
franco-israelita Absalon, que morreu aos 29 anos mas nos
deixou A VIRUS IN THE CITY – todos eles demonstram
que um artista tem o poder de comover ou inspirar as
outras pessoas para o resto da vida. Contei-lhe que me vi
literalmente sentada em casa do famoso pintor COLVILLE
enquanto ele falava da sua vida e do seu trabalho de
forma tão solta e íntima, tornando evidente a confiança
que depositava em ANDREAS SCHULTZ quando este se
propôs fazer um filme acerca dele; igual comportamento
encontramos no artista Wolfgang Tillmans em relação
ao realizador alemão HEIKO KALMBACH no filme IF
ONE THING MATTERS – a film about Wolfgang Tillmans.
Testemunhei o segredo e o risco quando Michael
Biberstein pinta um quadro no filme O MEU AMIGO
A TRABALHAR, do realizador português FERNANDO
LOPES; suspendi a respiração ao entrar no universo do tão
insultado pintor Gottfried Helnwein, graças à sensibilidade
artística da realizadora CLAUDIA SCHMID no filme THE
56
| temps d’images portugal 2009
SILENCE OF INNOCENCE – The Artist Gottfried Helnwein;
e, sim, até conheci Arnold Schwarzenegger sentado no
seu escritório a falar de arte! Estes filmes não podem ser
pura e simplesmente «encomendados» – requerem um
entendimento e confiança mútuos, profundos, entre o
realizador e o artista, podem levar anos a realizar, 40 anos
no caso do filme de JEFFREY PERKINS intitulado THE
PAINTER SAM FRANCIS, que me fez correr as lágrimas
ao saber que este grande artista tinha morrido no ano
passado... A minha amiga realizadora sentiu curiosidade
de ver como se combinam múltiplos obstáculos e
grandes esperanças na vida de um artista, como nos é
dado ver em CINEMA PARADISE, do realizador coreano
KIM TAI-YONG, ou as reacções ao processo de selecção
artística em ART AGAINST THE ODDS, de R. F. SIMPSON.
Consegui por fim convencê-la de que é possível haver
filmes inspiradores, não didácticos, sobre artistas que
podem nem sequer falar para a câmara ou já ter morrido,
como acontece em BARTHOLOMEU CID DOS SANTOS –
Por terras devastadas, de JORGE SILVA MELO, que me
disse: «Não houve artistas da Guerra Colonial; não era
conveniente, evidentemente...» – ideia que nunca me tinha
ocorrido –, ou em ISA HESSE RABINOVITCH – Das Grosse
Spiel Film, de ANKA SCHMID, onde conheci uma incrível
pessoa/artista que, não se demovendo com obstáculos na
prossecução do seu trabalho, antes os tomava por desafio:
«A partir da minha existência estrangeira e marginal tento
construir um sentimento de orgulho...» Confesso que
me foi impossível descrever à minha amiga o que senti
ao ver o filme EL SISTEMA, de PAUL SMACZNY e MARIA
STODTMEIER, acerca do visionário músico venezuelano
Jose Antonio Abreu, que com a sua força e arte já
consegui transformar para melhor a vida de milhares de
seres humanos, e continua a fazê-lo... e como fiquei sem
palavras ao conhecer a personalidade e obra do poeta
bósnio Goran Simic no filme WHEN YOU DIE AS A CAT, de ZORAN MASLIC – porque às vezes pode
parecer embaraçoso e humilhante reconhecer que a arte é de facto uma estratégia de sobrevivência
humana... pelo que toda a gente terá de ver na tela para crer... As intervenções artísticas em público
são ainda mais surpreendentes quando compreendemos a visão do artista, como nos é dado a ver
em DAYDREAMING IN PUBLIC, de SOFIA PONTE e TIAGO PEREIRA, ou em ON INDIAN TIME. ON
RIGO 23, de LUIS CARAPETO. Quando me deparei com as transformações artísticas da realidade no
filme TERRITÓRIOS DE PASSAGEM, de SOLVEIG NORDLUND, custou-me a crer nos meus olhos; e
AUTOMORPHOSIS, de HARROD BLANK, metamorfosear-nos-á a todos, seguramente... E depois há
aquela faceta da prática artística... quando os artistas parecem tão por dentro de... coisas que nos
escapam... e magistralmente detectam ligações e relações. É o caso de CALDER – Sculptor of the
Air, de FRANÇOIS LEVY-KUENTZ, maravilhosamente narrado: «Adorei o nariz dela. Parecia lançar-se
no espaço» – razão bastante para o fazer visitar o planetário... Ou do exi[l]stencialista videoflaneur
KONSTANTINOS-ANTONIOS GOUTOS, que este ano voltou a descobrir uma coisa «sem propósito
nem plano» que nos é apresentada no seu filme MALANCHOLIA I, tão claro, tão por dentro, tão
evidente, que nos interrogamos: mas porque nunca vi eu isto, desta maneira? Por fim creio ter
conseguido convencer a minha amiga realizadora dos atractivos do programa deste ano e de que não
se trata de fazer grandes planos sobre quadros, nem de espiar um escultor a talhar a pedra enquanto
resmoneia umas explicações acerca da sua obra, nem de fazer diaporamas animados por uma voz
jornalística a tecer loas à história e importância do artista, nem de três horas de documentação acerca
de uma performance que devia ser assistida ao vivo, a três dimensões, e não na planeza de uma
tela! Tão-pouco se trata de filmes experimentais. São, simplesmente, filmes sobre arte. Mas quando
finalmente lhe falei da ideia nova, notável, que tínhamos para forçar a consciência da importância e do
atractivo da arte para toda a gente – e da sua aceitação por parte da RTP2 – alargando a competição
de cinema às antenas de emissão, utilizando o voto público na selecção do TEMPS D’IMAGES|RTP2
– PRÉMIO DE AUDIÊNCIA PARA FILMES SOBRE ARTE, aí consegui pasmá-la. Peço-lhes que vejam
o programa e respectivos pormenores no catálogo do TEMPS D’IMAGES PRÉMIO DE CINEMA PARA
FILMES SOBRE ARTE 2009, que reservem as vossas noites de 2 a 12 de Novembro às sessões de
televisão, e os vossos dias de 13 a 15 de Novembro ao festival no Museu Berardo, e que levem a cabo
a vossa própria investigação sobre «Que sonhos restam? Vá, digam lá!»
Rajele Jain, Setembro 2009
Apoio:
Tradução Rui Viana Pereira
Informações mais detalhadas no catálogo específico Prémios de Cinema Temps d’Images e em
www.tempsdimages-portugal.com
encontros
conversas com artistas | outros encontros | ponto de encontro
:: Conversas com Artistas
CCB | 31 OUT | Inês Jacques
São Luiz | 31 OUT | Marta Miranda + Raquel Freire
CCB | 6 NOV | Isabella Soupard + Jorge Andrade
Mar Adentro Café | 8 NOV | 18h30 | Luciana Fina
Conversas com Artistas
Mónica Guerreiro
:: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: ::
Se um festival é sempre um espaço privilegiado de troca de
Mar Adentro Café | 9 NOV | 18h30 | Elsa Aleluia + Jorge Cramez
eira33 | 13 NOV | Kotomi Nishiwaki e Teresa Furtado
Mar Adentro Café | 14 NOV | 18h30 | Patrica Portela e Christoph de boeck
Negócio | 17 NOV | Rafael Alvarez
Culturgest | 18 NOV | Gustavo Ciríaco
Culturgest | 20 NOV | Tânia Carvalho
cumplicidades, então o Temps d’Images é o terreno ideal para
permutar olhares e perspectivas, pois é justamente em justaposição
de imagens que se pratica, se afirma e se arrisca. Faz sentido,
:: Outros Encontros
então, face a uma programação multíplice e interdisciplinar,
provocar situações de encontro entre criadores e espectadores,
propositadamente intituladas “conversas” (porque o tom será
Conversa com Paula Varanda, Aldara Bizarro e Dina Campos Lopes | For All
1 NOV | 15h00 e 17h00 [após cada uma das projecções]
CCB – Pequeno Auditório
informal e os intervenientes todos os que o quiserem), nos instantes
que se seguem à apresentação de espectáculos e em momentos
determinados no caso das projecções e instalações. Prontos para
Conversa com David Claerbout
13 NOV | 18h00
MNAC – Museu do Chiado
interpelar, problematizar, discutir, esmiuçar - como agora se diz as muitas criações em estreia absoluta deste festival, em primeira
mão e a quente. Além dos artistas e dos seus públicos, contaremos
Conversa com Lúcia Sigalho | E a mulher teve morte quase instantânea
15 NOV | 18h30
MM Café
ainda com a presença, sempre que possível, de especialíssimos
convidados, para ajudar a animar a conversa.
Conversa com Michel Schweizer, Dany Robert-Dufour e Jean-Pierre Lebrun | BLEIB
opus #3
19 NOV | 18h30
Espaço Alkantara
Mónica Guerreiro é jornalista e crítica, actualmente a desempenhar funções de
consultora na Direcção-Geral da Artes / Ministério da Cultura.
Todas as conversas têm lugar imediatamente após as apresentações e no
próprio local do espectáculo, excepto quando indicação em contrário.
58
| temps d’images portugal 2009
:: Ponto de Encontro
No Mar Adentro Café conversas com Mónica Guerreiro e Cerimónia
de Entrega de Prémios de Cinema para Filmes sobre Arte
ponto de encontro
Temps d’Images Portugal 2009
29 OUT - 22 NOV
:: Conversas no Mar Adentro com Mónica Guerreiro
Luciana Fina
8 NOV [domingo] | 18h30
Elsa Aleluia e Jorge Cramez
9 NOV [2ª-feira] | 18h30
Rua do Alecrim, 35 [cais do Sodré]
29 OUT > 22 NOV
segunda a sábado | 10h00 > 2h00
domingo | 17h00 > 24h00
Patricia Portela
14 NOV [sábado] | 18h30
:: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: ::
O Festival Temps d’Images tem um ponto de encontro.
No período em que decorre a programação, de 29 de Outubro
a 22 de Novembro, o bar/lounge e restaurante Mar Adentro
recebe artistas e público junto ao Cais do Sodré. Um espaço
para trocar ideias, folhear catálogos e visionar vídeos de edições anteriores, consultar toda a informação sobre o dia-adia do festival, reconfortar o estômago ou tomar uma bebida.
Pode-se ainda participar em várias conversas com os artistas,
coordenadas por Mónica Guerreiro, e assistir à cerimónia de
entrega dos Prémios de Cinema Temps d’Images para Filmes
sobre Arte, no dia 15 de Novembro.
O convite fica aqui feito!
60
| temps d’images portugal 2009
:: Também no Mar Adentro
Cerimónia de Entrega
dos Prémios de Cinema Temps d’Images para Filmes sobre Arte
15 NOV [domingo] | 23h00
:: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: ::
calendário
8 OUTT
JESPER JUST
Inauguração 8 OUT | 18h30
CAM | 9 OUT > 18 JAN | 10h00 > 18h00
29 OUT
Cláudia Varejão + Pedro Gil | Às Vezes as Luzes
Apagam-se
CCB | 21h00
30 OUT
Cláudia Varejão + Pedro Gil | Às Vezes as Luzes
Apagam-se
CCB | 15h00 e 21h00
Cinematografia e Teatralidade
Pedro Costa | Ne Change Rien
Cinemateca Portuguesa | 21h30
Marta Mateus + Raquel Freire | NÓSOUTRXS
São Luiz Teatro Municipal | 23h30
31 OUT
Sónia Baptista | Um Capucho, Dois Lobos e Um
Porco Vezes Três
Maria Matos Teatro Municipal | 16h00
Marta Mateus + Raquel Freire [encontro]
Mar Adentro Café | 16h00
Inês Jacques | Liars
CCB | 19h00*
Marta Mateus + Raquel Freire | NÓSOUTRXS
São Luiz Teatro Municipal | 23h30*
1 NOV
Dina Campos Lopes | For All – Sobre o Projecto
Respira, de Aldara Bizarro
CCB | 15h00 e 17h00
Projecções seguidas de conversa com Aldara
Bizarro, Paula Varanda e Dina Campos Lopes
Sónia Baptista | Um Capucho, Dois Lobos e Um
Porco Vezes Três
Maria Matos Teatro Municipal | 16h00
Inês Jacques | Liars
CCB | 19h00
62
| temps d’images portugal 2009
Steve Reich and Bang on a Can
CCB | 21h00
2 NOV
Sónia Baptista | Um Capucho, Dois Lobos e Um
Porco Vezes Três
Maria Matos Teatro Municipal | 10h00
Cinematografia e Teatralidade
Cinemateca Portuguesa
www.tempsdimages-portugal.com
3 NOV
Sónia Baptista | Um Capucho, Dois Lobos e Um
Porco Vezes Três
Maria Matos Teatro Municipal | 10h00 e 14h30
antóniopedro + Ana Araújo | Matinée
CCB | 10h00
Cinematografia e Teatralidade
Cinemateca Portuguesa
www.tempsdimages-portugal.com
4 NOV
Sónia Baptista | Um Capucho, Dois Lobos e Um
Porco Vezes Três
Maria Matos Teatro Municipal | 10h00
antóniopedro + Ana Araújo | Matinée
CCB | 10h00
Cinematografia e Teatralidade
Cinemateca Portuguesa
www.tempsdimages-portugal.com
5 NOV
antóniopedro + Ana Araújo | Matinée
CCB | 10h00
Cinematografia e Teatralidade
Cinemateca Portuguesa
www.tempsdimages-portugal.com
Elsa Aleluia | Che Cosa
São Luiz Teatro Municipal | 23h30
6 NOV
antóniopedro + Filipe Rocha | Sherlock Jr.
CCB | 10h00
Luciana Fina | HORS SUJET portrait
Espaço Alkantara e #24-rentagallery
Inauguração | 19h00
Espaço Alkantara | 7 NOV > 6 DEZ | 14h00 > 23h00
#24-rentagallery | 7 NOV > 15 NOV | 14h00 > 23h00
Cinematografia e Teatralidade
Cinemateca Portuguesa
www.tempsdimages-portugal.com
PROGRAMA CONJUNTO
mala voadora | O Duplo
Isabella Soupart | Collision(s)
CCB | 21h00*
Elsa Aleluia | Che Cosa
São Luiz Teatro Municipal | 23h30
7 NOV
antóniopedro + Filipe Rocha | Sherlock Jr.
CCB | 15h30
Frame Research | 1.ª Edição
Museu Colecção Berardo | 17h00 E 19h00
Cinematografia e Teatralidade
Cinemateca Portuguesa
www.tempsdimages-portugal.com
PROGRAMA CONJUNTO
mala voadora | O Duplo
Isabella Soupart | Collision(s)
CCB | 21h00
8 NOV
antóniopedro + Filipe Rocha | Sherlock Jr.
CCB | 11h30
antóniopedro + Ana Araújo | Matinée
CCB | 15h30
Luciana Fina [encontro]
Mar Adentro Café | 18h30
9 NOV
Cinematografia e Teatralidade
Cinemateca Portuguesa
www.tempsdimages-portugal.com
Elsa Aleluia e Jorge Cramez [encontro]
Mar Adentro Café | 18h30
10 NOV e 11 NOV
Cinematografia e Teatralidade
Cinemateca Portuguesa
12 NOV
David Claerbout
MNAC – Museu do Chiado | Inauguração | 19h00
13 NOV > 28 FEV 2010 | 10h00 > 18h00
13 NOV
Prémios De Cinema Para Filmes Sobre Arte | 2.ª Edição
Museu Colecção Berardo
www.tempsdimages-portugal.com
Patrícia Portela&Christoph de boeck | Audiomenus
2 – O Chiado de Acácio
Mnac – Museu do Chiado| 16h00
David Claerbout [outros encontros]
MNAC - Museu do Chiado | 18h30
Kotomi Nishiwaki + Teresa Furtado | The Snake
Chamber
eira33 | 20h30*
14 NOV
Prémios De Cinema Para Filmes Sobre Arte | 2.ª Edição
Museu Colecção Berardo
www.tempsdimages-portugal.com
Patrícia Portela&Christoph de boeck| Audiomenus
2 – O Chiado de Acácio
Mnac – Museu do Chiado| 16h00
Patrícia Portela e Christoph de boeck [encontro]
Mar Adentro Café | 18h30
Kotomi Nishiwaki + Teresa Furtado | The Snake
Chamber
eira33 | 20h30
Lúcia Sigalho | E a Mulher Teve Morte Quase
Instantânea
Maria Matos Teatro Municipal | 21h30
15 NOV
Prémios De Cinema Para Filmes Sobre Arte | 2.ª Edição
Museu Colecção Berardo
www.tempsdimages-portugal.com
Patrícia Portela&Christoph de boeck | Audiomenus
2 – O Chiado de Acácio
Mnac – Museu do Chiado| 16h00
Lúcia Sigalho [outros encontros]
MM Café - Maria Matos Teatro Municipal | 18h30
Lúcia Sigalho | E a Mulher Teve Morte Quase
Instantânea
Maria Matos Teatro Municipal | 21h30
Prémios De Cinema Para Filmes Sobre Arte
[cerimónia de entrega de prémios]
Mar Adentro Café | 23h00
16 NOV
Lúcia Sigalho | E a Mulher Teve Morte Quase
Instantânea
Maria Matos Teatro Municipal | 21h30
17 NOV
Lúcia Sigalho | E a Mulher Teve Morte Quase
Instantânea
Maria Matos Teatro Municipal | 21h30
Rafael Alvarez | Long Distance Call
Negócio | 21h30*
18 NOV
Gustavo Ciríaco | Nada. Vamos ver.
Culturgest | 21h30*
Rafael Alvarez | Long Distance Call
Negócio | 21h30
19 NOV
Michel Schweizer e Dany Robert-Dufour e
Jean-pierre Lebrun [outros encontros]
Espaço Alkantara | 18h30
Gustavo Ciríaco | Nada. Vamos ver.
Culturgest | 21h30
PROGRAMADORES:
20 NOV
Patrícia Portela&Christoph de boeck| Audiomenus
2 – O Chiado de Acácio
Mnac – Museu do Chiado| 16h00
Wallenstein | Mark Deputter | Pedro Lapa | Pierre Marie Goulet | Teresa Garcia | Isabel
Tânia Carvalho + Vera Suchánková | Der Mann Ist
verrückt
Culturgest | 21h30*
Direcção António Câmara Manuel em colaboração com Jean-François Chougnet |
21 NOV
Patrícia Portela&Christoph de boeck| Audiomenus
2 – O Chiado de Acácio
Mnac – Museu do Chiado| 16h00
António Câmara Manuel | Alberto Magno | Gil Mendo | Luísa Taveira | Madalena
Carlos | Ricardo Matos Cabo
Consultadoria Artística Irit Batsry | Coordenação de Produção Rajele Jain | Produção
Executiva Sérgio Parreira | Assistente de Produção Hélder Gomes | Coordenação de
Comunicação Tânia Guerreiro | Assessoria de imprensa Sara Goulart | Design Maria
José Peyroteo | Estagiária Design Jeannine Marques Crepon | Produção e Revisão
de Textos Rui Campos Leitão | Consultoria Técnica Alexandre Coelho | Direcção
Michel Schweizer | Bleib Opus #3
Maria Matos Teatro Municipal | 21h30
Financeira Paula Caruço | Vídeos divulgação Maile Colbert | Help Desk Pedro Joel
Tânia Carvalho + Vera Suchánková | Der Mann Ist
verrückt
Culturgest | 19h00
Prémios de Cinema | Direcção e Programação Rajele Jain
22 NOV
Patrícia Portela&Christoph de boeck | Audiomenus
2 – O Chiado de Acácio
Mnac – Museu do Chiado| 16h00
Agradecimentos: Ami Daisy, António Rodrigues, António Vilela, Carla Ruiz, Carlos Dias,
Michel Schweizer | Bleib Opus #3
Maria Matos Teatro Municipal | 21h30
* Após a sessão conversa com artistas e Mónica Guerreiro
Coordenação ARTE | Frédérique Champs e Angélique Oussedik
Catarina Saraiva, Cláudia Belchior, Cristina Martins, Delfim Sardo, Elsa Aleluia, Fátima
Ramos, Francisco Camacho, Gisela Telles Ribeiro, Jacinto Lageira, Joana Câmara
Manuel, João Gata, João Manuel de Oliveira, Jonas Omberg, Juan Goldin, Kazike, Lara
Morbey, Luísa Ramos, Lorenzo Deho, Maria Antónia Câmara Manuel, Maria Antónia
Linhares, Zé Branco, Maria José Camecelha, Maria José Ribeiro, Maria Schiappa, Mário
infos úteis
Rei, Patrícia Brito, Patricia Henriques, Patrícia Silva, Tierry Bert, Paulo Seabra, Pedro Joel,
DUPLACENA | FESTIVAL TEMPS D’IMAGES
tel: 213 230 074 | [email protected]
www.duplacena.com
MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL
bilheteira: 218 438 801 | [email protected]
www.teatromariamatos.egeac.pt
CAM
tel: 217 823 474 | [email protected]
www.camjap.gulbenkian.pt
MNAC – MUSEU DO CHIADO
bilheteira: 213 432 148 | [email protected]
www.museudochiado-ipmuseus.pt
CCB
bilheteira: 213 612 560 | [email protected]
www.ccb.pt
MUSEU COLECÇÃO BERARDO
tel: 213 612 878 | [email protected]
www.museuberardo.com
CINEMATECA PORTUGUESA
bilheteira: 213 596 200 | [email protected]
www.cinemateca.pt
#24-RENTAGALLERY
[email protected]
CULTURGEST
bilheteira: 217 905 155 | [email protected]
www.culturgest.pt
EIRA 33
tel: 213 530 931 | [email protected]
http://eira33.blogspot.com
ESPAÇO ALKANTARA
tel: 213 152 267 | [email protected]
www.alkantara.pt
64
| temps d’images portugal 2009
SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL
bilheteira: 213 257 650 | [email protected]
www.teatrosaoluiz.pt
MAR ADENTRO CAFÉ – Ponto de Encontro
Rua do Alecrim, 35 | Lisboa
tel: 213 469 158 | [email protected]
NEGÓCIO
tel: 213 430 205 | [email protected]
www.zedosbois.org
Ricardo Custódio, Roger Teboul, Rui Vau, Liliana Coutinho, Paula Pereira, Rafael Alvarez,
Sofia Campos, Sara Vizinho, Zambeze / Fundação Moranguinho.
DEDICADO A
Jean-André Fieschi
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INICIATIVA
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David Claerbout
Jesper Just
Luciana Fina | Hors Sujet portrait
Elsa Aleluia | Che Cosa
Rafael Alvarez | Long Distance Call
acto
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