Cliente: Itaú Cultural Veículo: Artref.com.br Data: 21/10/2011 Página: 01 Seção: Home Cliente: Itaú Cultural Veículo: Artref.com.br Data: 21/10/2011 Página: 02 Seção: Home 21/10/2011 15:10 Mostra no Itaú Cultural traz reflexão de cinco curadores sobre a arte em produção nesta década Quem são os curadores? Fernando Cocchiarale, Lauro Cavalcanti, Moacir dos Anjos, Paulo Herkenhoff e Tadeu Chiarelli O que vai ter na exposição? Fernando Cocchiarale, Lauro Cavalcanti, Moacir dos Anjos, Paulo Herkenhoff e Tadeu Chiarelli debatem,na exposição Caos e Efeito, temas que a arte contemporânea deve refletir ao longo desta década recém-iniciada; escolhidos entre os 10 que realizaram mais mostras na década passada segundo pesquisa do instituto, curadores selecionaram cerca de 160 obras de 81 artistas É um bom programa? Os curadores escolhidos são ótimos, com exposições muito importantes em suas carreiras. Recomendo! A galeria é conceituada? O Itaú Cultural tem promovido ótimas exposições gratuitamente, além de ser um dos mais inportantes centros culturais do país. Quantas obras serão expostas? 160 obras Até quando? Até 23 de dezembro Mostra no Itaú Cultural traz reflexão de cinco curadores sobre a arte em produção nesta década Um caleidoscópio abrangente da produção artística nacional atual faz uma reflexão sobre ideias e temas que já se destacam e devem permear a década recém-iniciada (2011 a 2020) na arte contemporânea. Trata-se da mostra Caos e Efeito, que abre no Itaú Cultural no sábado dia 22 com um coquetel para convidados e permanece em cartaz de 23 de outubro a 23 de dezembro. Ela traz a visão de cinco dos mais atuantes curadores do país: Fernando Cocchiarale, Lauro Cavalcanti, Moacir dos Anjos, Paulo Herkenhoff e Tadeu Chiarelli, que escolheram livremente os temas e selecionaram um total aproximado de 160 obras de mais de 80 artistas. O núcleo de Artes Visuais e Acervo do instituto identificou estes curadores entre os 10 profissionais do segmento que mais realizaram exposições na década anterior (2001 a 2010), a partir de uma extensa Cliente: Itaú Cultural Veículo: Artref.com.br Data: 21/10/2011 Página: 03 Seção: Home mostras compiladas naquele período. “Assim, os que mais trabalharam temas pertinentes ao debate na década passada refletem, agora, sobre a década que se inicia explorando temas que surgem como pontos de reflexão e inflexão nos próximos anos”, observa Eduardo Saron, diretor da instituição. Com abordagens distintas e, ao mesmo tempo, complementares e com museografia de Pedro Mendes da Rocha, Caos e Efeito se distribui ao longo dos três pisos expositivos do instituto em nichos específicos de cada curador. Dividem o mezanino Moacir dos Anjos e Tadeu Chiarelli, respectivamente com os temas As Ruas e As Bobagens e Projetar o Passado; Recuperar o Futuro. No primeiro subsolo, figuram Fernando Cocchiarale, com Cavalo de Tróia, e Lauro Cavalcanti, com Eu Como Eu. No segundo subsolo, com classificação indicativa de 18 anos, está o espaço idealizado por Paulo Herkenhoff cujo tema é Contrapensamento Selvagem. Propostas curatoriais Fotografia, pintura, instalação, vídeo, texto, colagem, escultura. Todo gênero e tipo de suporte se encontram nesta exposição composta de cinco segmentos que possuem autonomia e cujos diálogos surgem naturalmente. “Os cinco falam, desde perspectivas diferentes, de um mesmo país e de aspectos do Brasil que talvez precisem ter ainda mais visibilidade nos anos a seguir, o que não se confunde com fazer previsões”, observa Moacir dos Anjos. Ele assina As Ruas e As Bobagens, em co-curadoria com Kiki Mazzucchelli, onde enfatiza a importância do cotidiano na produção contemporânea brasileira. São trabalhos com ênfase no dia-a-dia urbano e naquilo que se passa na rua e no âmbito do público. “Elegemos a série de trabalhos nomeados Espaços Imantados (1968), de Lygia Pape, como o elemento nuclear e organizador desse segmento da mostra. Os demais trabalhos são todos do final da década de 2000”, conta o curador. Como ele explica, não se trata de ilustrações ou atualizações do trabalho de Lygia, mas sim de trabalhos que afirmam as diversas maneiras em que o impulso por olhar e entender a potência transformadora do cotidiano está presente na atual produção contemporânea no país. Entre os artistas selecionados por ele e Mazzucchelli estão Alexandre da Cunha, Jarbas Lopes/Tetine, Marepe, Paulo Nazaré, Renata Lucas, RivaneNeuenschwander, o sueco residente no BrasilRunoLagomarsino, Sara Ramo e Waléria Américo. Tadeu Chiarelli, por sua vez, trabalha com dois assistentes curatoriais, Luiza Proença e Roberto Winter. Em Projetar o Passado; Recuperar o Futuro, eles reúnem obras de artistas em cujos trabalhos as diferenças entre obra e documento tendem a desaparecer. “Criam estratégias ficcionais para documentos e estratégias documentais para documentação, sugerindo a consolidação de uma sensibilidade que dá seus primeiros passos a partir das décadas de 1960 e 1970, mas que parece mais forte na última década”, observa o curador. Chiarelli e seus assistentes procuram, assim, flagrar como artistas brasileiros atuam em relação ao passado, elaborando fatos da história coletiva e/ou individual. Por meio de procedimentos em que fato e ficção muitas vezes se confundem, adensados quase sempre pela matéria do sonho e do pesadelo, chamam a atenção para o modo como a nova geração expressa outra subjetividade moldada por meio das novas tecnologias da produção de imagens e das técnicas tradicionais. Entre eles, Alexandre Vogler, com o seu guache sobre puzzle Pintura de Retoque – Manhattan, e a estilização de cartaz lambe-lambe Procuro-me, de Lenora Barros. Cliente: Itaú Cultural Veículo: Artref.com.br Data: 21/10/2011 Página: 04 Seção: Home Para Fernando Cocchiarale, que assina Cavalo de Tróia em co-curadoria com Pedro França, as obras e artistas escolhidos fazem um contraponto à espetacularização crescente de segmentos da produção e das instâncias de exibição da arte. Ele e França trabalham a ideia de que a noção de objeto artístico como ponto de chegada do processo de trabalho do artista confere às obras a dupla função estéticocontemplativa e mercadológica. "Essa noção, gestada a partir do século XVIII vem sendo questionada pela produção contemporânea em geral, e por aquelas tendências que desde a segunda metade do século XX enfatizam a crítica dos processos de concepção, produção da obra e sua inserção no sistema de arte", observa. Os dois procuram documentar, desta maneira, a trajetória histórica das primeiras manifestações dessa tendência na arte brasileira por meio de textos e de obras. Nas palavras de Cocchiarale: “Consideramos como antecedentes históricos dos artistas escolhidos pela curadoria para essa mostra (Alice Miceli, Alumbramento, André Severo e Maria Helena Bernardes, Cadu, Felipe Kaizer e Eduardo Berliner, Ducha, Fabiano Gonper, Franz Manata e Saulo Laudares, Graziela Kunsch, Matheus Leston e Michel Groisman) as experiências do Grupo Rex (São Paulo,1966-67); da dupla formada por Daniel Santiago & Paulo Bruscky (Recife,c. 1970); do grupo (sem nome)integrado por Anna Bella Geiger e alguns de seus ex alunos (Rio de Janeiro,1973-75), e do Grupo Nervo Óptico (Porto Alegre 1976-1978), razão pelas quais incluímos documentação a respeito desses grupos e os trabalhos de alguns de seus artistas (Anna Bella Geiger, Daniel Santiago, Letícia Parente, Nelson Leirner e Paulo Bruscky). As obras de Eu Como Eu, de Lauro Cavalcanti em co-curadoria com Felipe Scovino, apontam para a diversidade e amplitude da arte produzida no país e para a forma como o conceito de nacional é gerado, identificado, percebido, mobilizado e anulado no circuito de arte. “Não há folclore ou exotismo justamente porque o que o espectador espera, pensa ou imagina do Brasil, está muito longe das experiências evocadas por essas obras”, conta. Cavalcanti e Scovinopartem do pressuposto de que a arte contemporânea se redefine com o apagamento de rígidas fronteiras nacionais. Assim, fazem um exame de como, a partir dos anos 1920, uma identidade visual foi construída e percebida dentro e fora do país, questionando como a arte produzida hoje acompanha e deve acompanhar essas mudanças nesta primeira década do século XXI. Entre as obras, Oriente Ocidente (1972), de Antonio Dias, Caro Barato, de Chacal, e Vila Normanda, escultura de João Loureiro. Paulo Herkenhoff trabalha em co-curadoria com Cayo Honorato, Clarissa Diniz e Orlando Maneschy.Contra-pensamento Selvagem, a sua montagem expositiva, tem foco sobre regiões, artistas e linguagens que, de algum modo, não estão no centro do sistema de poder sobre a arte. “O ponto de partida é o anti-cubo branco: a estética do comércio informal, o improviso, delinquências estéticas e conceituais que oscilam entre classificação e caos”, explica o curador. De acordo com ele, para que o esforço curatorial esteja mais próximo da arte com que trabalha, a montagem rejeita a forma histórica de instalação da exposição. O lugar do visitante é no meio da arte com um mínimo possível das mediações de poder. Entre os artistas selecionados por eles, estão Yuri Firmeza, Jonnata Doll, Miguel Bezerra, Berna Reale e Thiago Martins de Melo. Cliente: Itaú Cultural Veículo: Artref.com.br Data: 21/10/2011 Página: 05 Seção: Home Cidade: São Paulo Estado: São Paulo Endereço: Itaú Cultural | Av. Paulista, 149, estação Brigadeiro do Metrô Inicio: 23/10/2011 Fim: 23/12/2011 Horário: De terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h | Sábs. doms. e feriados, das 11h às 20 Preço: Gratuito Telefone: 11. 2168-1776/1777 Site www.itaucultural.org.br | www.facebook.com/itaucultural