Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância Epidemiológica
Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde
Gerência Técnica de Alerta, Monitoramento e Operações de Resposta de
Saúde
ANTRAZ/CARBÚNCULO
Brasília, DF
2011
2011. Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde, 1ª Edição/2011.
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Elaboração, edição e distribuição
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância Epidemiológica
Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde
Gerência Técnica de Alerta, Monitoramento e Operações de Resposta de Saúde
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Brasil. Ministério da Saúde. Brasília. ANTRAZ/CARBÚNCULO. Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, Gerência Técnica
de Alerta, Monitoramento e Operações de Resposta de Saúde, 2011. 1ª ed. p. 22.
Ministro da Saúde
Alexandre Rocha Santos Padilha
Secretário de Vigilância em Saúde
Jarbas Barbosa da Silva Júnior
Diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica
Carla Magda Domingues
Coordenador do Centro de Informações Estratégicas e Respostas em
Vigilância em Saúde
George Santiago Dimech
Gerente da Gerência Técnica de Alerta, Monitoramento e Operações de
Resposta de Saúde
Wender Antonio de Oliveira
Responsável Técnico
Wender Antonio de Oliveira
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 5
2.
ASPECTOS CLÍNICOS ........................................................................................................................... 5
3.
AGENTE CAUSAL................................................................................................................................. 7
4.
FORMAS DE CONTÁGIO ...................................................................................................................... 7
5.
PATOGENICIDADE .............................................................................................................................. 8
6.
COMPLICAÇÕES .................................................................................................................................. 9
7.
DIAGNÓSTICO .................................................................................................................................... 9
8.
TRATAMENTO ...................................................................................................................................10
9.
DEFINIÇÃO DE CASO – SUSPEITO, CONFIRMADO, DESCARTADO – CDC/OMS ....................................10
10.
MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA .........................................................................................................11
11.
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................................22
5
1.
INTRODUÇÃO
É uma infecção bacteriana zoonótica dos herbívoros – vacas, ovelhas,
cabras, cavalos, elefantes, búfalos – que acidentalmente se transmite ao homem,
causada pelo Bacillus anthracis. Geralmente se adquire através do contato com
os animais infectados, ou por intermédio de produtos de origem animal
contaminados, tais como pelos, couros, restos ósseos, etc.
Os primeiros casos de antraz em humanos, ocasionados pela liberação
intencional de esporas de Bacillus anthracis, ocorreram pelo sistema postal dos
EUA que gerou pânico e terror na população geral, quando em outubro de 2001,
o Centers for Disease Control – CDC confirmou 18 casos de antraz associados à
liberação intencional das esporas. Do total de casos, 11 foram pela forma
inalatória e 7 foram na forma cutânea. Dos casos de antraz por inalação, cinco
pacientes morreram.
Os eventos subsequentes de bioterrorismo ocorridos na Arábia Saudita,
Indonésia, Turquia e mais recentemente na Espanha e Inglaterra são lembranças
contínuas da nossa fragilidade e do risco que futuros ataques terroristas podem
perpetrar-se através da liberação intencional de agentes biológicos.
2.
ASPECTOS CLÍNICOS
Os sinais dos sintomas de antraz são diferentes dependendo do tipo da
doença:

Cutânea: O período de incubação do antraz na forma cutânea é de
um dia. O primeiro sintoma é uma pequena pápula que se
transforma em uma vesícula. A vesícula então se transforma em
uma úlcera de pele com uma área preta no centro no período de 10
a 70 dias da lesão inicial. A pápula, vesícula e úlcera não doem.
6

Orofaríngea: O período de incubação geralmente é de 1 a 7 dias.
Na fase inicial os primeiros sinais e sintomas são febre, pescoço
unilateral ou bilateralmente marcado por inchaço causado pela
linfoadenopatia regional, severa dor de garganta e disfagia, úlceras
na base da língua, inicialmente edemaciada e hiperemiada. Na fase
tardia, as úlceras podem evoluir para necrose. O edema também
pode ser grave o suficiente para comprometer as vias aéreas.

Gastrointestinais: O período de incubação geralmente é de 1 a 7
dias. Na fase inicial os primeiros sintomas são náuseas, vômitos,
anorexia, febre evoluindo com dor abdominal grave, hematêmese e
diarréia sanguinolenta. Na fase tardia, geralmente 2 a 4 dias após o
início dos sintomas, a ascite se desenvolve à medida em que
diminui a dor abdominal. Choque à morte dentro de 2 a 5 dias do
início da doença.

Inalatória: O período de incubação geralmente é de menos de uma
semana, podendo se prolongar por dois meses. Na fase inicial os
primeiros sintomas de inalação de antraz são sintomas não
específicos como febre baixa, tosse seca, mal estar, fadiga, mialgia,
sudorese
profunda,
manifestações no
desconforto
trato
respiratório
respiratório
superior).
(são
Nos
raras
as
achados
radiológicos: alargamento do mediastino, derrame pleural e
infiltrados. Na fase tardia, geralmente de 1 a 5 dias do início dos
sintomas, pode ser precedido por 1 a 3 dias de melhora com início
abrupto de febre alta e problemas respiratórios graves (dispnéia,
estridor e cianose). Choque à morte dentro de 24 a 36 horas.
Na maioria dos casos, o tratamento precoce com antibióticos pode curar o
antraz cutâneo. Mesmo não sendo tratado, 80% das pessoas infectadas pelo
antraz cutâneo não morrem. O antraz gastrointestinal é mais grave porque, entre
um quarto e mais da metade dos casos, levam à morte. A inalação de antraz é
muito mais grave.
7
3.
AGENTE CAUSAL
O Bacillus anthracis é um bacilo esporulado, gram-positivo. Seu nome
origina da palavra grega anthrakis (carvão), devido a cor negra das lesões que
produzem na pele.
Atenção:
A bactéria não poderia se desenvolver em ambiente como salas, escritórios
etc., porque está em forma de esporos. Para que o esporo de antraz se
reproduza, é preciso que invada um organismo vivo, penetrando por algum
ferimento da pele, sendo inalado ou ingerido por uma pessoa. Entretanto,
como umas das características desta bactéria é produzir esporos (órgãos
reprodutores) ela pode durar muitos anos no meio ambiente até encontrar
um organismo para infectar.
4.
FORMAS DE CONTÁGIO
Como mencionado anteriormente, o Antraz pode apresentar-se de três formas
clínicas: cutânea, gastrointestinal e pulmonar (Figura 1). Se o sistema de defesa
falhar e não contiver a infecção no início, a bactéria pode penetrar no sistema
linfático e começar a se multiplicar. Consequentemente, a bacilemia e a
concentração de toxinas na circulação aumentam rapidamente, cursando com febre,
coma e morte dentro de poucas horas. No período que antecede ao óbito, ocorre um
aumento dramático do número de bactérias (LEVY, 2004).
8
Figura 1 - Formas clínicas.
5.
PATOGENICIDADE
Após entrar no organismo, o bacilo se prolifera, em seguida torna-se
resistente à fagocitose leucocítica, devido a uma ação capsular, acumulando-se nas
lesões (DIXON et al., 1999). A toxina da bactéria é composta por três tipos de
proteínas que agem sinergicamente: FE fator edema (fator I), AP antígeno protetor
(fator II) e FL fator letal (fator III). O fator III, sozinho ou combinado com o fator I não
é tóxico, mas quando combinado com o fator II torna-se tóxico. Os níveis destes
fatores são proporcionais à quantidade de bactérias presentes (SPARRENBERGER
et al., 2003). A produção destes agentes responsáveis pela toxidade é favorecida
pelo ambiente interno do hospedeiro, quente e rico em bicarbonato (SIRARD;
MOCK; FOUET, 1994).
9
6.
COMPLICAÇÕES
O envolvimento das meninges é uma complicação rara do antraz. A porta de
entrada mais comum é a pele. A bactéria pode se disseminar para o sistema
nervoso central através de disseminação hematogênica ou linfática. Meningite por
antraz é quase sempre fatal. A morte ocorre de um a seis dias após o início da
doença, mesmo com a realização de terapia intensiva com antibiótico. Além dos
sintomas meníngeos e rigidez de nuca, os pacientes apresentam febre, fadiga,
mialgia, cefaléia, náusea, vômitos, e algumas vezes agitação, convulsões e delírio.
Os sintomas iniciais são seguidos por rápida degeneração neurológica e
morte. Os achados encontrados na patologia são meningite hemorrágica, edema
extenso,
infiltrado
inflamatório
e
numerosas
bactérias
gram-positivas
na
leptomeninge. O líquido cefalorraquidiano é frequentemente sanguinolento e contem
bacilos gram-positivos.
7.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico laboratorial pode ser feito através de testes bacteriológicos,
sorológicos e imunológicos. Testes bacteriológicos e culturas do líquido ascítico,
derrames pleurais, líquido cefalorraquidiano (no caso de meningite) e fluído
cuidadosamente retirado pela expressão da escara, (embora esse último não seja
recomendado, pois pode causar a disseminação do patógeno) podem ser feitos.
Os indicadores mais confiáveis são os títulos de anticorpos contra os
antígenos de proteção e contra os componentes da cápsula. Outros exames que
podem
ser
realizados
para
o
diagnóstico
são
o
Western-Blott
e
a
Microhemaglutinação. Ambos podem ser realizados em conjunto com ELISA, o que
aumenta a sensibilidade do exame, ou individualmente, pois têm resultados
semelhantes aos obtidos pelo ELISA.
O teste cutâneo para antraz consiste na injeção intradérmica de um extrato
comercial de cepas atenuadas de Bacillus anthracis. Esse teste está disponível para
o diagnóstico de casos agudos ou prévios de antraz. Este teste diagnosticou 82%
dos casos em 1 a 3 dias a partir do inicio dos sintomas e 99% dos casos no final da
10
quarta semana. O teste cutâneo e as novas técnicas diagnósticas, como o PCR,
podem ser muito úteis na clínica, pois o diagnóstico precoce de antraz é crucial.
8.
TRATAMENTO
Os antibióticos são usados para tratar todos os tipos de antraz. A identificação
precoce e o tratamento são importantes.
8.1. PREVENÇÃO APÓS A EXPOSIÇÃO
O tratamento é diferente para uma pessoa que está exposta ao antraz, mas
ainda não está doente. O tratamento consiste na utilização de antibióticos (como a
ciprofloxacina, levofloxacina, a doxiciclina ou a penicilina).
8.2. TRATAMENTO APÓS A INFECÇÃO
O tratamento é geralmente um curso de 60 dias de antibióticos. O sucesso
depende do tipo de antraz e em quanto tempo o tratamento começa.
Existe uma vacina para prevenir o antraz, mas ela ainda não está disponível
para o público em geral. Quaisquer pessoas passíveis de serem expostas ao antraz,
incluindo alguns membros das forças armadas dos EUA, trabalhadores de
laboratórios e trabalhadores que podem entrar ou reentrar em áreas contaminadas,
podem receber a vacina. Além disso, no caso de um ataque com antraz como uma
arma química, todas as pessoas expostas receberiam a vacina.
9.
DEFINIÇÃO
DE
CASO
–
SUSPEITO,
CONFIRMADO,
DESCARTADO – CDC/OMS
Um único caso suspeito de antraz deve ser notificado à OMS no âmbito do
RSI (2005).
9.1. Caso suspeito
Um caso suspeito de antraz em humanos pode ser definido como:

Um caso clinicamente compatível com a doença sem isolamento do
Bacillus anthracis e sem diagnóstico alternativo, mas com evidência
laboratorial do Bacillus anthracis de um laboratório de apoio;
Ou,

Caso clinicamente/ epidemiologicamente compatível com antraz
ligados à uma exposição ambiental confirmada (produto de origem
11
animal infectados, fômites contaminados e/ ou outras fontes).
9.2. Caso confirmado
Um caso confirmado de antraz em humanos pode ser definido como:
Um caso clinicamente compatível com a forma cutânea, inalatória ou
gastrointestinal da doença confirmada laboratorialmente por:

Isolamento do B. anthracis a partir de um tecido afetado
Ou,

Evidências laboratoriais de infecção pelo B. anthracis baseada em
pelo menos dois testes em laboratórios de apoio.
Nota: pode não ser possível demonstrar B. anthracis em espécimes
clínicos, caso o paciente tenha sido tratados com agentes antimicrobianos.
10.
MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA
A. Protocolo de coleta, acondicionamento e embalagem de material
suspeito de conter Bacillus anthracis, captado em ambiente não laboratorial,
objetivando análise diagnóstica.
As orientações disponibilizadas buscam atribuir segurança aos manipuladores
de materiais suspeitos de contaminação com o agente bacteriano no momento da
coleta, quando ocorrer em ambientes diversos do Laboratório de Microbiologia
(veículos para transporte coletivo ou não, salas de vivência individual ou coletiva de
modo geral, depósitos, sanitários, escritórios, salas de motores de equipamentos de
refrigeração, dentre outros).
Normalmente, os materiais suspeitos são remetidos ao destinatário dentro de
envelopes de correspondência postal. Outras vezes os pós a serem coletados estão
espalhados no ambiente (bancadas, mesas, pias, etc.).
B. Quem deve coletar
Todo profissional de saúde poderá proceder à coleta, desde que sigam
criteriosamente, as indicações de biossegurança.
12
C. Quantidade por amostra
Como as quantidades de material suspeito encontradas são variáveis, deve
ser coletado o maior volume possível.
D. Materiais para coleta
Serão necessários instrumentais e acessórios que podem ser, não
convencionais para tal coleta.
Abaixo, indicações de instrumentais e acessórios
improvisados, não convencionais, que podem ser utilizados alternativamente por
serem encontrados próximo ao local da coleta:

Sacos plásticos limpos para 5 litros de capacidade ou mais, ou
sacos plásticos de supermercado. Usar 3 sacos introduzindo um
dentro do outro;

Espetos de bambu tipo “churrasquinho”, ou pedaços de arame com
mais ou menos 20-30 cm, ou colher dupla do tipo para servir
salada, ou pregadores de roupa ou, ainda, um alicate;

Detergente líquido usado em cozinha;

Gaze cirúrgica, algodão hidrófilo, lenço de algodão para uso no
rosto, folhas de papel para impressora, pincel de pêlo, espátula de
madeira ou metálica,

Desinfetante tipo “Lisoform®” ou solução de formaldeído a 37%,
hipoclorito de cálcio com 2,5% de cloro ativo, ou de sódio a 2,5% de
cloro ativo, ou álcool etílico a 92,8º INPM;

Fita adesiva tipo “durex” ou barbante;

Luvas de borracha de uso em cozinha;

Baldes de plástico (2, no mínimo).
E. Procedimentos de coleta
As diretrizes abaixo relacionadas deverão ser implementadas de acordo com
a magnitude do evento:
1. Procedimentos básicos para qualquer pessoa que localize um material
suspeito de contaminação por Bacillus Anthracis
13

Não tocar, não agitar, não tentar limpar ou recolher o material
suspeito;

Não espirrar, não tossir, não olhar muito próximo, não cheirar e não
provar;

Desligar aparelhos de climatização, condicionadores, exaustores e
ventiladores de ar;

Fechar janelas e portas, sair do local, mantendo o mesmo isolado e
não permitir a entrada de pessoas;

Contatar a Secretaria de Saúde do Estado ou a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária quando tratar-se de ocorrências em áreas de
terminais aquaviários, portos organizados, aeroportos, estações e
passagens de fronteiras e terminais alfandegários.
2. Recomendações importantes em caso de contato com o material
suspeito de contaminação por Bacillus Anthracis

Não esfregar as mãos antes de molhá-las;

Lavar imediatamente as mãos com água corrente, abundante, e
sabão;

Não escovar as mãos durante a lavagem;

Procurar imediatamente orientação em uma unidade de saúde.
3. Procedimentos
relacionados
à
coleta,
acondicionamento,
transporte
e
descontaminação do material suspeito por Bacillus anthracis:
a) Cuidados gerais:
Os profissionais que irão executar esses procedimentos deverão atender aos
seguintes requisitos:

Não
serem
portadores
de
ferimentos,
queimaduras
ou
imunodeprimidos;

Não deverão usar relógios e adereços (anéis, brincos, colares,
entre outros);

Usar os equipamentos de proteção individual (EPI) preconizados de
acordo com o tipo de exposição;
14

Usar respiradores alternativos e cuidados especiais quando
portadores de pêlos faciais (barba, bigode e costeletas);

Realizar higiene pessoal completa: banho com água corrente,
abundante, e sabão, após os procedimentos.

Verificar se os procedimentos básicos (item E1) foram adotados
corretamente, se não, adotá-los;

Avaliar a situação da área suspeita de contaminação;

Proceder a demarcação da área a ser descontaminada com
material desinfetante;

Adotar
estratégias
específicas
relacionadas
para
a
coleta,
transporte e descontaminação, descritas adiante.
b) Tipo de exposição:
No caso do material suspeito se apresentar contido (em envelope, caixa, ou
em qualquer outro recipiente) não havendo indícios de contaminação aparente do
meio externo, orienta-se, para quem o coletar os seguintes equipamentos:

Usar máscara de proteção facial, tipo respirador facial filtrante n95,
novo, com válvula de exalação;

Usar óculos de proteção ou protetor facial;

Usar luvas descartáveis de látex, não estéril (tipo 1);

Usar avental descartável não de tecido, mangas compridas, punho
em malha ou elástico, gramatura 50g/m2;

Usar pró-pé.
No caso do material suspeito se apresentar exposto, de forma residual e
localizada, em ambientes não expostos ou expostos a correntes de ar e desprovidos
ou com presença, porém sem funcionamento, de sistema climatizado (condicionador
de ambiente, exaustor ou ventilador de ar), orienta-se, para quem o coletar e
recolher, se for o caso, usar os seguintes equipamentos:

Macacão descartável em não tecido ou tyvek, com capuz;

Luvas de borracha nitrílica descartável, não estéril (tipo 2) ou luvas
emborrachadas (tipo 3) sobreposta a uma de látex descartável (tipo
1);
15

Máscara de proteção facial;

Óculos de proteção ou protetor facial;

Bota de borracha.

No caso do material suspeito apresentar indicativo de suspensão ou
dispersão no ambiente, orienta-se para quem coletar e recolher,
usar os seguintes equipamentos:

Macacão emborrachado ou de pvc, com capuz e elástico;

Luvas de borracha nitrílica (tipo 2), tendo-se o cuidado de calçar
antes, luvas de látex (tipo 1);

Botas de borracha;

Respirador facial inteiro, equipado com duplo cartucho com filtros
n100, p100 ou r100.
4. Coleta e acondicionamento do material suspeito:

Coletar o material suspeito e colocá-lo em embalagem plástica, com
fechamento hermético, lacrar, rotular adequadamente e incluir as
inscrições “RISCO BIOLÓGICO”. Acondicionar em embalagens
específicas (kit) para transporte de amostras infecciosas conforme
disposto na Portaria do Ministério da Saúde nº 472, de 9 de março
de 2009 e preencher termo legal ou formulário próprio para
encaminhamento da amostra para o laboratório.

Encaminhar para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN)
da Unidade Federada;

Deverão ser adotadas medidas junto às instituições públicas e
privadas envolvidas no transporte de cargas, para o rápido envio da
remessa.
OBSERVAÇÃO
a) Caso
haja
necessidade
de
encaminhamento
da(s)
amostra(s)
para
Laboratório de Referência, caberá ao LACEN receptor proceder ao envio, de
acordo com o fluxo de amostras não biológicas e biológicas definido pela
CGLAB/SVS/MS.
16
b) As amostras não biológicas recebidas e processadas pelos laboratórios não
deverão ser descartadas após as análises. Todos os componentes
(envelopes, caixas, conteúdo, etc.) deverão ser devidamente acondicionados
e guardados em local seguro para análise criminal quando solicitadas por
autoridade competente.
5. Descontaminação
O
procedimento
de
descontaminação
deverá
ser
executado,
preferencialmente, pela mesma equipe de coleta e recolhimento do material
suspeito, utilizando os equipamentos de proteção individual recomendados na
Tabela 1.
Com base no disposto no documento “Guidelines for Surveillance and
Control of Anthrax in Human and Animals”, 3ª edição da Organização
Mundial
de
Saúde
(WHO/EMC/ZDI/98.6),
orienta-se
o
emprego
dos
procedimentos de descontaminação a seguir:
5.1. Descontaminação de Superfícies
5.1.1. Recomendação do método:

Material suspeito se apresenta contido (em envelope, caixa, ou em
qualquer outro recipiente) não havendo indícios de contaminação
aparente da área onde esse se encontrava disposto;

Material suspeito se apresentar exposto, de forma residual e
localizada, em ambientes não expostos a correntes de ar e
desprovidos ou com presença, porém sem funcionamento, de
sistema climatizado (condicionador de ambiente, exaustor ou
ventilador de ar), orienta-se, para quem o coletar e recolher, se for o
caso, os seguintes equipamentos:
5.1.2. Etapas do método:
a) Desinfecção Preliminar:
17

Cobrir o material suspeito com papel toalha ou a área onde este se
encontrava;

Colocar a solução desinfetante de hipoclorito de sódio a 1%, ou
formaldeído a 10%, ou glutaraldeído a 4%; na quantidade de 1 a 1,5
l/m2 de área atingida, embebendo todo o papel toalha (grupo A);

Deixar em contato por 2 horas;

Remover os papéis toalha, o resíduo do material suspeito e o
excesso da solução desinfetante utilizando papel toalha;

Acondicionar os papéis toalha utilizados em sacos plásticos de cor
branca leitosa com símbolo de risco biológico;

Lacrar os sacos plásticos de forma a não permitir o derramamento
de seu conteúdo, mesmo se virados para baixo. Uma vez fechados,
precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou destino
final do resíduo biológico (aterro sanitário ou incineração).
5.1.3. Limpeza:

Esfregar pano limpo ou escova embebidos em água quente sobre
as superfícies, com vistas à retirada dos resíduos;

Secar, preferencialmente, com papel toalha e promover seu
descarte como resíduo biológico;

Acondicionar os papéis toalha em sacos plásticos de cor branca
leitosa com símbolo de risco biológico; e

Lacrar os sacos plásticos de forma a não permitir o derramamento
de seu conteúdo, mesmo se virados para baixo. Uma vez fechados,
precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou destino
final do resíduo biológico.
5.2. Desinfecção Final:

Aplicar a solução desinfetante de formaldeído a 10%, ou
glutaraldeído a 4% ou peróxido de hidrogênio a 3% (grupo B, anexo
II) na proporção de 500 ml/m2 de área atingida, com tempo de
contato de 2 horas;

Retirar todo o excesso da solução desinfetante com papel toalha;
18

Acondicionar os papéis toalha em sacos plásticos de cor branca
leitosa com símbolo de risco biológico;

Lacrar os sacos plásticos de forma a não permitir o derramamento
de seu conteúdo, mesmo se virados para baixo. Uma vez fechados,
precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou destino
final do resíduo biológico.
5.3. Descontaminação de ambientes (Fumigação)
É recomendado para os casos em que o material suspeito de contaminação
por Bacillus anthracis foi submetido à suspensão ou dispersão no ambiente.

Estimar o volume da área a ser tratada; e

Antes de iniciar o procedimento de fumigação o ambiente deverá
ser preparado, com a vedação (material adesivo/ fita) de portas,
janelas, frestas ou quaisquer outras fontes de circulação de ar.
5.3.1. Fumigação com equipamento específico

Os ambientes podem ser fumigados por aquecimento da solução
desinfetante;

Para cada 25-30 m³, utilizar uma solução de 4 litros de água
contendo 400 ml de formaldeído a 10% a ser aplicada por
equipamento de fumigação (Grupo C, Anexo II);

O tempo de fumigação deverá ser realizado de acordo com as
especificações estabelecidas do fabricante do aparelho fumigador
elétrico;

A descontaminação completa por fumigação do ambiente exposto
ao material suspeito deverá ocorrer, por um período de 12 horas,
em temperatura acima de 18ºC e com umidade relativa superior a
70%;

O ambiente somente poderá ser aberto após 12 horas do início da
fumigação, quando deverá ser retirado o material utilizado para a
vedação e submetido complementarmente à limpeza e desinfecção
19
da área.
Recomenda-se como produtos de desinfecção de
mobiliários e equipamentos o álcool 70%, por 10 minutos (em 3
aplicações) e para teto, piso e paredes o hipoclorito de sódio a 1%
por 10 minutos ou formulações pertencentes à categoria de
desinfetantes hospitalares registrados na ANVISA cuja diluição e
tempo de exposição deverá atender as especificações de
rotulagem.
5.4. Descontaminação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e
outros materiais

Os EPI não descartáveis utilizados nas etapas de coleta,
recolhimento e descontaminação, após o uso deverão ser
submetidos a processo de descontaminação com produtos do
Grupo D (anexo II), caso tolerem os tratamentos recomendados ou
submetidos à esterilização por calor úmido a 121ºC por 30 minutos;

Os EPI descartáveis deverão ser colocados em sacos plásticos
autoclaváveis, lacrados e submetidos à esterilização por calor
úmido a 121ºC por 30 minutos para posterior descarte;

Equipamentos e outros materiais diversos utilizados na coleta
(Tabela 1), recolhimento e descontaminação tais como panos,
roupas, utensílios, escovas, espátulas, etc, deverão, sempre que
possível, ser incinerados ou submetidos à esterilização por calor
úmido a 121ºC por 30 minutos. Os que não puderem ser
autoclavados, ou deverão ser imersos em formaldeído com
concentração e tempo de exposição indicada no Grupo D (Anexo
II), ou fumigados.
Tabela 1 - Equipamentos de Proteção Individual
EPI
ESPECIFICAÇÃO
Descartável, com mangas compridas, punho em malha
Avental
ou elástico, gramatura 50 g/m2, resistente a esterilização
por calor úmido, rasgos e tração, alta drapeabilidade,
hipoalergênico, não inflamável, possui 90% de eficiência
20
na filtração de bactérias.
Botas de borracha
Tipo 1
Tipo 2
Luvas
Tipo 3
Confeccionadas em borracha natural resistente a
agentes químicos.
Confeccionada em látex, descartável, não estéril.
Confeccionada em borracha nitrílica, descartável, não
estéril.
Confeccionada em borracha, resistente a agentes
químicos, com característica antiderrapante.
Descartável, com mangas compridas, confeccionado
em material não tecido, gramatura 60 g/m2, punho de
Não
malha ou elástico, com capuz contendo ajustes ao redor
tecido
da face, resistente a tração e rasgos, alta drapeabilidade,
com capuz hipoalergênico, não inflamável, possuindo 90 % de
eficiência na filtração de bactérias. Abertura frontal por
zíper ou velcro.
Descartável, com mangas compridas, confeccionado
Tyvek
Macac
ão
em Tyvek, punho de malha ou elástico, com capuz
com capuz contendo ajustes ao redor da face, resistente a tração e
rasgos com abertura frontal por zíper ou velcro.
Com mangas compridas, confeccionado em borracha
Nitrílico nitrílica, ajustes no punho e no capuz ao redor da face,
com capuz resistente a agentes químicos, a tração e rasgos, com
abertura frontal por zíper ou velcro.
Emborr
achado
com capuz
Com
mangas
compridas,
confeccionado
em
poliuretano/PVC, ajustes no punho e no capuz ao redor da
face, resistente a agentes químicos, a tração e rasgos,
com abertura frontal por zíper ou velcro.
Tipo respirador, para partículas, sem manutenção, N95,
com eficácia na filtração de 95% de partículas de até 0,3
Máscara
proteção facial
de (usada para tuberculose); Poderá ser adquirida com
válvula especial para facilitar a respiração ou não.
Obs: essa máscara, dependendo de suas condições de
conservação, poderá ser reutilizada.
21
Flexível, em PVC, incolor, leve, com adaptação perfeita
Óculos
de
proteção
ao nariz para conforto em uso prolongado; com lentes em
policarbonato, resistente a impactos, anti-embassante,
contra riscos e proteção anti UV. Pode ser usado em
combinação a óculos com lentes de prescrição.
Com ampla proteção lateral, com ajustes de tensão para
posicionamento do visor. Visor em policarbonato, incolor,
Protetor facial
que fornece proteção a impacto e resistência a calor, antiembassante. Pode ser usado em combinação a óculos
com lentes de prescrição e óculos de proteção.
Protetor
para
barba
Descartável, confeccionado em polipoprileno, com
ajustes em elástico.
Confeccionado em silicone, com ajustes de tensão para
posicionamento
na
face.
Visor
com
lentes
em
policarbonato, que fornece proteção a impactos, antiRespirador
facial
inteiro
embassante. Equipado com duplo cartucho contendo
filtros N100, P100 ou R100, que oferecem uma eficácia de
99,97% na filtração de partículas com 0,3 (o esporo do
Bacillus anthracis tem diâmetro de 2 a 6).
6. Grupos de Produtos Desinfetantes
6.1.
Grupo A

Hipoclorito de Sódio - (agente químico de escolha excetuando
superfícies de corrosão e na presença de material orgânico)

Concentração recomendada: 1% [10.000 ppm (mg/ L)] de cloro
ativo

Preparo da solução para um volume de 10 litros: colocar 1 litro de
solução de hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) e
completar com água.

Tempo de exposição: 1 hora

Formaldeído a 10 %

Tempo de exposição: 2 horas
22
6.2.
6.3.
6.4.

Glutaraldeído a 4 % (pH de 8 – 8,5)

Tempo de exposição: 2 horas
Grupo B

Formaldeído a 10 %

Tempo de exposição: 2 horas

Glutaraldeído a 4 % (pH de 8 – 8,5)

Tempo de exposição: 2 horas

Peróxido de hidrogênio a 3%

Tempo de exposição: 2 horas

Ácido peracético a 1% (agente químico corrosivo para superfícies)

Tempo de exposição: 2 horas
Grupo C (fumigação)

Formaldeído a 10%

Tempo de exposição – 12 horas
Grupo D

Hipoclorito de sódio a 0.5%

Concentração recomendada: 0.5 % [5.000 ppm (mg/ L)] de cloro
ativo

Preparo da solução para um volume de 10 litros: colocar 500 mL de
solução de hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) e
completar com água.
11.

Tempo de exposição: 2 horas

Formaldeído a 4 %

Tempo de exposição: acima de 8 horas

Glutaraldeído a 2% (pH de 8 – 8,5)
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