Caracterização da amilose sob aplicação de campo elétrico externo José Daniel Souza, Nádya Pesce da Silveira Instituto de Química, UFRGS, Grupo de Bio&Macromoléculas INTRODUÇÃO • O amido é um biopolímero formado por dois componentes principais: amilopectina e amilose[1]. • O amido e os seus componentes apresentam uma grande aplicabilidade, tais como: adesivos, agente de liberação controlada de drogas, cosméticos e alimentos, fertilizantes e produtos químicos na agricultura, na indústria de embalagens e papéis e etc. No entanto, várias propriedades dos materiais dependerão do tamanho e da estrutura interna dos seus constituintes[2]. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Raio hidrodinâmico inicial: 49,42 nm; • Resultados em duplicata; Voltagem (V) Rh (nm) • A amilose é um polissacarídeo principalmente linear, constituído de unidades de glicose unidas por ligação glicosídica α- (1→ 4)[3]. 0,1 72,84 ± 2,8 • A amilose, na presença de agentes complexantes orgânicos ou inorgânicos, cristaliza-se em uma forma chamada “V” (hélices simples). Nos cristais, moléculas complexantes podem ser aprisionadas entre as hélices da amilose e/ou dentro da sua cavidade central hidrofóbica[3,4]. 0,2 50,21 ± 5,4 0,5 60, 54 ± 4,8 0,7 52,87 ± 10,7 1,0 55,19 ± 0,91 2,0 47,5 ± 10,6 • Estudos envolvendo partículas em solução sugerem que interações entre as mesmas e o meio solvente, influenciadas pela aplicação de uma força externa, como por exemplo, um campo elétrico, podem ocasionar uma reorganização estrutural[5,6]. A partir desta reorganização estrutural deseja-se obter um melhoramento na aplicabilidade deste polissacarídeo como um receptor de moléculas complexantes. OBJETIVO Analisar o efeito da aplicação de um campo elétrico externo ao biopolímero amilose. Tabela 1: Variação do raio hidrodinâmico com a voltagem aplicada MATERIAIS E MÉTODOS Dissolução da amilose em KOH 0,1 mol.L-1 e agitação por 24 h CONCLUSÕES • O máximo de tensão aplicável são 3V; • A amilose tem seu raio hidrodinâmico maior na menor tensão; AGRADECIMENTOS [1] Pérez, S.; Bertoft, E. Starch/Stärke, 62, 2010, 389-420. [2] J. Szymonska, M. Targosz-Korecka, F. Krok, J. Phys.: Conf. Ser. 146 (2009) No pp. given. [3] Rodrigues, A.; Emeje, M. Carbohydrate Polymers, 87, 2012, 987 – 994. [4] Cardoso, B. M. From rice starch to amylose crystals: alkaline extraction of rice starch, solution properties of amylose and crystal structure of V-amylose inclusion complexes, Porto Alegre: UFRGS, 2007. [5] Tu, Y.; Luo, Y.; Ågren, H.; J. Phys. Chem. 2005, 109, 16730. [6] Giacomelli, F. C.; Riegel, I. C.; Petzhold, C. L.; Silveira, N. P.; Macromolecules, 41, 2008, 2677-2682.