JORNAL DA
associação
médica
Fevereiro/Março 2014 • Página 19
CULTURA
Espaços urbanos
abrilhantam exposição
do
O que estou len
Fotos: Alexandre Guzanshe
Reprodução
Até o final de março, Marcelo
Assis de Paula traz ao Espaço Cultural Otto Cirne a mostra ‘Sereníssima e outros espaços urbanos’. O
título é uma alusão à Sereníssima
República de Veneza, na Itália, e a
outros territórios urbanísticos que
o autor das obras visitou e admirou
em diversas viagens pelo mundo.
Na técnica óleo sobre tela, pinturas figurativas esboçam a contemporaneidade de lugares como
China, Londres, Paris e Veneza, esta
última visitada quase anualmente
pelo pintor. Em dimensões variadas, os quadros retomam o realismo que, na primeira metade do século, segundo o artista, deu lugar
ao abstrato.
Graduado em economia, Assis
revela que a fascinação pela pintura surgiu aos dez anos de idade,
mas somente em 1998, já com
doutorado, começou a pintar de maneira autodidata. “A princípio, pintava somente paisagens rurais, depois desenvolvi outros desenhos em minhas telas.”
Tornou-se PHD e decidiu conciliar arte e
economia: “Em 2002, arrisquei-me e procurei
a Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, onde pude apreciar o
trabalho de Mário Zavagli. Apresentei minhas
produções e consegui cursar matérias eletivas
do nível de graduação, o que foi uma excelente experiência de aprendizado”, explicou.
Marcelo Assis de Paula conta que, no curso, aprendeu sobre técnicas em arquitetura,
o que o incentivou a pintar áreas urbanas:
“Na UFMG, tive um grande ambiente intelectual para discutir com pessoas extremamente qualificadas o processo de produção
artística”. Suas peças são produzidas em casa
e ele diz que é um trabalho árduo que demanda tempo.
“Sou um artista viajante!” Assim se define
o economista que transcende nas telas suas
impressões sobre as paisagens de centros urbanos. “Pintei algumas cidades, mas gosto de
destacar Veneza. Sua luminosidade define
bem as cores de cada local. Ela me inspira
pela sua singularidade; não há paralelo no
mundo para essa cidade. Considero-a um pa-
Urologista
José e seus irmãos
Thomas Mann (Nova Fronteira)
“Uma viagem ao
início dos tempos
mostrando o amor a
vida, o respeito, a
hierarquia, a paciência, humildade e fé
entre José e seus irmãos. Proporciona o
conhecimento inebriante das diversas culturas dos povos daquela
época, de muitos anos antes de Cristo.”
Sandra Maria Melo
Carvalhais
Psiquiatra
raíso para o pintor.” Os outros lugares que o
atraem são os grandes centros financeiros.
O economista e pintor acredita não ter
um estilo definido. “Acho difícil essas classificações engessadas, pois elas mudam muito.
Mas talvez eu me enquadre no hiper-realismo: quando olhamos de longe vemos a realidade e de perto são pequenos fragmentos.
Embora nesta exposição eu apresente quadros mais figurativos.”
Além de Mário Zavagli, Assis admira o
brasileiro Sérgio Telles, os italianos Canaletto,
Emma Ciardi, Giovanni Bellini, Giorgione, Ticiano, o inglês John Constable, o alemão Lucian Freud, e o americano Edward Hopper,
que considera ter uma pintura com linguagem figurativa muito forte.
‘Sereníssima e outros espaços urbanos’ fica
aberta à visitação até o final do mês de março.
O Espaço Cultural Otto Cirne está localizado
no hall de entrada da AMMG e é destinado à
exposição de obras de arte de autoria de associados e seus dependentes. Médicos não associados e artistas não médicos podem utilizar
o espaço, dependendo da disponibilidade na
agenda. Interessados devem entrar em contato
com a Assessoria de Comunicação da AMMG,
através do telefone (31) 3247 1608 ou e-mail
[email protected].
AMM recebe novo membro
No dia 1º de abril, a Academia Mineira de Medicina (AMM) recebe mais um
Membro Honorário. O novo integrante
será o cardiologista Roberto Luiz D’Ávila.
Cleidismar Rosa
Pires
A solenidade acontece às 20h, no Teatro
Oromar Moreira, sede da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG). Mais informações pelo telefone (31) 3247 1606.
A gata do Rio Nilo – uma
história em seus estilos
Lia Neiva (Editora Globo)
“O inovador do livro
está na forma: os personagens encenam uma única
história que transcorre em
diferentes ocasiões, cada
uma delas escritas em um
estilo de época, do barroco
ao pós-modernismo, discorrendo sobre as paixões
humanas na linguagem própria de cada estilo.”
Rogério de Almeida
Tárcia
Oftalmologista
Travesuras de la niña mala
Mário Vargas Llosa (Alfaguara)
“Narra o encontro de uma sádica com um masoquista. A conturbada história de amor revela o
íntimo dos personagens, dominando a vida do protagonista
Ricardo, desde a sua adolescência em Lima, até sua vida adulta em Paris, nos
dando a dimensão exata do quão envolvente é a leitura.”
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