Programa de Substituição Competitiva de Importações (PSCI) PERFIL DE PRODUTO MERCADO BRASILEIRO PARA FORNOS DE PADARIA, PASTELARIA OU PARA A INDÚSTRIA DE BOLACHAS E BISCOITOS, NÃO ELÉTRICOS, PERUANOS (NCM: 8417.20.00) setembro/2008. 2 MERCADO BRASILEIRO PARA FORNOS DE PADARIA, PASTELARIA OU PARA A INDÚSTRIA DE BOLACHAS E BISCOITOS, NÃO ELÉTRICOS (NCM: 8417.20.00) Identificação do produto Fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos, não elétricos, de acordo com informações constantes na Tarifa Externa Comum (TEC)11compreendem o seguinte código da Nomenclatura Comum do MERCOSUL • NCM: 8417.90.00 – Fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos. Ex-Tarifário 001 - Fornos automáticos e contínuos, com banda de assamento de pedras, conjunto de queimadores por chama direta, sistema de convecção e utilização de gás natural, com coletores para vapor e fumaça, esteiras de entrada e saída fabricadas em malha metálica, com temperatura e velocidade controladas por controlador lógico programável (CLP) Ex-Tarifário 708 - Forno modular a túnel, por convecção indireta, a gás. Com exclusão dos fornos de aquecimento elétrico, esta classificação abrange todos os fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos, constituídos por câmaras fechadas nas quais se obtêm temperaturas relativamente elevadas, concentrando-se o calor proveniente de uma fornalha, interior ou exterior, com a finalidade de submeter a tratamento térmico (cozimento), diversos produtos dispostos, quer na soleira do forno, quer em cadinhos, tabuleiros, etc. Existe dois ex-tarifários relacionados ao produto NCM 8417.90.00. O regime dos ex-tarifários está regulamentado pela Resolução Camex n.º 35 de 22 de novembro de 2006, que explicita os requisitos e procedimentos para sua aplicação.(ver “Tratamento tarifário e Tratamento Administrativo”) Características gerais do mercado No que se refere ao comércio internacional, conforme estatísticas da UNCTAD/ITC/Trademap22, observa-se que as exportações mundiais de fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos expandiram, em média, entre 2003 e 2006, 18,3% ao ano, totalizando em 2006 US$ 384 milhões, ou 26,2% em relação ao mesmo período de 2005. Regionalmente, as vendas globais do produto foram originárias principalmente da Europa, responsável por 77,6% do total exportado; e da Ásia, responsável por 22%. Os Estados Unidos responderam por 6,5%, a África por 3 0,4% e a Oceania por 0,1%. Individualmente, as vendas mundiais apresentaram lista de 93 países fornecedores em 2006, entretanto os 20 primeiros mercados, somados, representaram mais de 90% do total. Em 2006, destacaram-se os seguintes países exportadores da mercadoria: Itália (26,6%); Alemanha (17,1%); Estados Unidos (6,5%); França (6,2%); Dinamarca (4,2%); República Tcheca (3,8%); China (3,8%); Luxemburgo (3,5%); Suécia (3,1%); Espanha (3,7%); Japão (2,0%); Reino Unido (1,7%) e Países Baixos (1,7%). O Brasil ficou com a 24ª posição, com 0,6% das vendas naquele ano. O Peru ficou se classificou na 49ª posição, com total de US$ 253 mil, ou 0,1% do total exportado pelo mundo. Os mercados consumidores de fornos de padaria peruanos, em 2006, foram: Equador, com o valor de US$ 96 mil, ou 37,9% do total exportado pelo Peru; Estados Unidos, com US$ 86 mil, ou 33,6%; Venezuela, com US$ 27 mil, ou 10,7%; Bolívia, com US$ 26 mil, ou 10,3%; Colômbia, com US$ 10 mil, ou 3,9%; e Espanha, com US$ 10 mil, ou 3,9% Exportações Peruanas – 2002 a 2006 Produto: 8417.20.00 - Fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos, não elétricos (US$ mil) Países 2002 2003 2004 2005 2006 Equador Estados Unidos Venezuela Bolívia Colômbia Espanha Costa Rica Panamá Chile 164 0 0 14 23 0 13 0 8 244 10 0 24 13 0 0 0 9 108 40 19 2 6 0 0 10 17 111 2 3 15 7 0 14 9 7 96 85 27 26 10 10 0 0 0 TOTAL 221 299 202 169 253 Fonte: ITC/COMTRADE – acesso em 09/2008. Pelo lado das importações mundiais3, o crescimento médio verificado entre 2003 e 2006 foi de cerca de 14,3% ao ano, quando passaram de US$ 209,3 milhões em 2003 para US$ 312,2 em 2006. Foram listados em 2006 o total de 182 países compradores, sendo a União Européia o principal mercado comprador, responsável por 41%. Naquele ano, destacaram-se: Espanha (6,4% do total); Romênia (5,8%); Rússia (5,4%); Reino Unido (4,5%); França (4,2%); Rep. Eslovaca Itália (3,2%); México (3,2%); Estado Unidos (3,2%), Bélgica (3,0%); e Polônia (2,9). O Brasil ocupou a 51ª posição, totalizando US$ 1,4 milhão, absorvendo cerca de 0,4% do total da demanda mundial. 4 Exportadores mundiais, 2006 Importadores mundiais, 2006 (US$ milhões) País Valor Itália Alemanha Estados Unidos França Dinamarca Rep. Tcheca China Luxemburgo Suécia Espanha Japão Reino Unido Países Baixos Brasil Peru 102,2 65,8 25,1 23,7 16,0 14,6 14,5 13,4 11,8 10,5 7,5 6,5 6,4 26,6% 17,1% 6,5% 6,2% 4,2% 3,8% 3,8% 3,5% 3,1% 2,7% 2,0% 1,7% 1,7% 2,2 0,3 0,6% 0,1% 320,5 63,5 384,0 83,5% 16,5% 100,0% 24º 49º Total Demais países Total Part.% (US$ milhões) País Valor Espanha Romênia Rússia Reino Unido França Eslováquia México Estados Unidos Bélgica Polônia Ucrânia Canadá Indonésia Brasil 51º Total Demais países Total Part.% 19,9 18,1 17,0 14,1 12,6 10,1 10,0 10,0 9,3 9,1 8,0 7,1 6,9 6,4% 5,8% 5,4% 4,5% 4,0% 3,2% 3,2% 3,2% 3,0% 2,9% 2,6% 2,3% 2,2% 1,4 0,5% 153,3 49,10% 158,9 50,9% 312,2 100,0% Fonte: UNCTAD/ITC/Trademap. Perfil do mercado brasileiro O mercado para fornos para panificação no Brasil é um segmento que se amplia a cada dia, composto por mais de 52 mil panificadoras em todo o país está entre os seis maiores segmentos industriais, os dados são da Associação Brasileira da Indústria da Panificação - ABIP4. Em 2007 as vendas de panificados cresceram 13,25% em média, proporcionando um faturamento anual em torno de R$ 39,6 bilhões, destes, cerca de R$ 17,8 bilhões são de produção própria. São mais de 50 mil micro e pequenas empresas (96,3% das padarias brasileiras), e atendem em média 40 milhões de clientes por dia (21,5% da população nacional). O setor gera 600 mil empregos diretos e 1,5 milhão indiretos. A participação da panificação na indústria de produtos alimentares é de 36,2%, e na indústria de transformação representa 7% do total. No que se refere às exportações, as estatísticas do MDIC/SECEX/AliceWeb5, indicam que no decênio 1998-2007, muito embora a média anual apresente crescimento da ordem de 7,9%, as exportações brasileiras apresentaram-se bastante instáveis, alternado sucessivas quedas e expressivos crescimentos. Por exemplo: em 1998 houve crescimento da ordem de 111%, em comparação com o ano anterior. A partir de 1998, uma sucessão de quedas se mostrou evidente, atingindo 37% em 2002, em comparação com 2001; e 29% em 2003, comparando com 2002. O maior crescimento se verificou em 2004, ano em que alcançou os 206%. Em 2006 houve retração do mercado exportador e as vendas cresceram apenas 3%, retornando em 2007 com alta de 67%. Em valores, nos dez anos as 5 exportações evoluíram de US$ 1,8 milhão em 1998 para US$ 3,7 milhões em 2007, ano em que as vendas atingiram o melhor desempenho As exportações, concentradas em 11 mercados consumidores, responsáveis por 84,5% do total, foram destinadas principalmente à Áustria que absorveu 21,4%l, seguida do México com 8,5%. Alguns países da América do Sul absorveram, juntos, 36,7%, dentre eles os principais foram: Chile, com 8,5%; Uruguai, com 7,9%; Venezuela, com 6,0%; Colômbia, com 5,7%; Paraguai, com 5,3% e; Bolívia, com 3,4%. Outros países também se destacaram, como: El Salvador, com 7,2%; Angola, com 5,8% e Guatemala, com 4,5%. Exportações brasileiras, 1998-2007 (US$ mil) Ano 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Valor 1.891,7 1.472,8 1.155,7 2.035,0 1.278,3 907,4 2.780,7 2.161,3 2.232,0 3.744,8 Var. % 111,8% -22,1% -21,5% 76,1% -37,2% -29,0% 206,5% 22,3% 3,3% 67,9% Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb. Perfil das importações6 As importações brasileiras de fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos, não elétricos, representaram, em 2007, apenas 0,01% do total das compras brasileiras. O decênio de 1998-2007 foi marcado por crescimento médio da ordem de 3,6% ao ano, e sucessivos déficits, em valores, o volume importado passou de US$ 5,3 milhões, em 1998, para US$ 7,2 milhões, em 2007. Entretanto, constata-se que as maiores quedas, em comparação com o ano anterior, aconteceram em 2002 e 2005, quando as compras retraíram, respectivamente, a 87% e 57%. Por outro lado houve excepcional incremento das importações em 2003 e 2007, com crescimento de 554% em 2003, com relação a 2002; e 434% em 2007 em comparação a 2006. Importações brasileiras, 1998-2007 (US$ mil) Ano 1998 1999 2000 Valor 5.236,4 2.726,2 3.486,1 Var. % % -47,9% 27,9% 6 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 3.049,5 368,1 2.409,2 2.360,9 992,3 1.351,2 7.227,0 -12,5% -87,9% 554,5% -2,0% -57,9% 36,2% 434,9% Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb. Principais países fornecedores7 De acordo com as estatísticas do MDIC/SECEX/AliceWeb, a origem da importação brasileira revela-se bastante concentrada. Em 2007, o Brasil teve apenas seis mercados fornecedores. Em números, verifica-se que os principais foram os países da União Européia, responsáveis por 86,9% do total das compras, seguidos pela Argentina com 12,6%, e pelo Líbano, responsável por com 0,6%. Os países da União Européia foram: Alemanha, Reino Unido, Itália, Dinamarca e Países Baixos. A análise das estatísticas revela, também, variação anual acelerada das exportações de alguns dos fornecedoras do Brasil, nos últimos três anos (20052007). Como é o caso, por exemplo, da Alemanha (148,9%); do Reino Unido (2006-2007) (236,7%); e da Itália (162,9%). Outros perderam mercado participativo, como a França, Espanha, Taiwan e principalmente os Estados Unidos da América. Não há registro, nos últimos três anos, de participação peruana no fornecimento de fornos de padaria ao Brasil. Importações brasileiras, por principais países de origem, 2005-2007 Países 2005 Alemanha Reino Unido Itália Argentina Dinamarca Países Baixos Líbano México França Espanha Taiwan Estados Unidos Peru Subtotal Total 381,0 0,0 163,0 348,0 0,0 0,0 0,0 0,0 14,0 4,0 1,0 81,0 0,0 992,0 992,0 Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb. Part.% 2006 Part.% 38,4% 247,0 18,3% 0,0% 266,0 19,7% 16,4% 41,0 3,0% 35,1% 360,0 26,6% 0,0% 405,0 30,0% 0,0% 0,0 0,0% 0,0% 0,0 0,0% 0,0% 24,0 1,8% 1,4% 8,0 0,6% 0,4% 0,0 0,0% 0,1% 0,0 0,0% 8,2% 0,0 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% 1.351,0 100,0% 100,0% 1.351,0 100,0% 2007 Part.% 2.361,0 1.135,0 1.127,0 909,0 879,0 775,0 41,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 32,7% 15,7% 15,6% 12,6% 12,2% 10,7% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 7.227,0 7.227,0 7 Questões logísticas8 As importações brasileiras de fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos (NCM 8417.20.00), em 2007, foram absorvidas em grande parte pelos estados de São Paulo, responsável pela entrada de 55,7% do total; Rio de Janeiro, por 16,3%; Pernambuco, por 14,1%; Minas Gerais, por 13,8% e Rio Grande do Sul, por 0,1%. Importações brasileiras de fornos de padaria, por Estado da Federação, 2007 NCM- 8417.20.00 Estado Valor São Paulo Rio de Janeiro Pernambuco Minas Gerais Rio Grande do Sul 4.023,9 1.175,9 1.017,8 999,1 10,3 Subtotal Total (US$ mil) Part.% 55,7% 16,3% 14,1% 13,8% 0,1% 7.227,0 100,0% 7.227,0 100,0% Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb. Os modais de transporte utilizados na importação brasileira de fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos (NCM 8417.20.00), em 2007, foram o marítimo (86,8%), rodoviário (12,5%) e aéreo (0,7%). A carga marítima foi desembarcada nos portos de Santos - SP (65,0%), e Rio de Janeiro - RJ (35,0%). No modal rodoviário, foi utilizada a rodovia de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Por último, no modal aéreo, foram desembarcadas no aeroporto internacional de São Paulo – SP. Tratamento Tarifário9 A alíquota do imposto de importação constante da Tarifa Externa Comum (TEC) para os fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos (NCM 841720.00.00) é de 14% ad valorem. Porém, quando adquiridas do mercado peruano, os fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos são beneficiadas pelas preferências outorgadas pelo Brasil ao Peru, no âmbito do Acordo de Complementação Econômica nº 58. Nos termos do ACE 58, os fornos fazem jus a margem preferencial de 85% o que, na prática, reduz o imposto de importação a 2,1%, desde que observados os requisitos específicos de origem. O ACE 58 foi firmado entre o Mercosul e o Peru, em 30/11/05, e incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro mediante o Decreto nº 5.651, de 30/12/05. Por outro lado, atendendo a gestões específicas do setor produtivo brasileiro, a Câmara de Comércio Exterior (Camex)10 incluiu os fornos destacados no subitem 8417.20.00 no regime de ex-tarifário e, por conseguinte, reduziu 8 temporariamente – até 31/12/08 – a alíquota do imposto de importação da TEC para 2%. No que tange ao produto importado do Peru, que venha a fazer uso do regime ex-tarifário e também das concessões outorgadas no âmbito do ACE 58, o imposto de importação será, portanto, reduzido a 0,3%, com vigência até 31/12/08. Para tanto, é necessária a comprovação de origem, nos termos do Acordo de Complementação Econômica nº 58. O regime de ex-tarifário é um mecanismo para redução de custo na aquisição de bens de capital (BK) e de informática e telecomunicação (BIT). O extarifário consiste na redução temporária do imposto de importação desses bens (assinalados como BK e BIT, na Tarifa Externa Comum do Mercosul), desde que não haja a produção nacional ou similar do bem importado. O regime Ex- tarifário pode contemplar, ainda, também por prazo determinado, a redução específica da alíquota do IPI. A concessão do regime é efetivada por meio de Resolução da Camex, após parecer do Comitê de Análise de Ex-Tarifários. Informações específicas sobre o assunto poderão ser obtidas no endereço eletrônico transcrito a seguir: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2&menu=1171&refr=338 O interessado em fazer uso das alternativas previstas no regime de extarifário deve verificar, com atenção, se a descrição de seu produto está realmente idêntica à aquela explicitada na Resolução Camex que lhe diz respeito. O interessado poderá também, desde que o produto de seu interesse não tenha produção nem similar nacional, pleitear a concessão de ex-tarifário específico de seu interesse, sendo que a solicitação em apreço deverá seguir os trâmites estabelecidos pela Camex e ser submetida previamente ao Comitê de Análise de Ex-Tarifários. O Comitê de Análise deverá se manifestar em prazo de 90 a 120 dias sobre o acolhimento ou não do pleito. Em caso positivo, a pertinente Resolução Camex é publicada no Diário Oficial da União – DOU (www.in.gov.br). Em resumo, o ex-tarifário é uma exceção temporária à Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) e visa a impactar a atividade industrial, por meio da modernização de determinados segmentos produtivos. Trata-se, portanto, de um instrumento de estímulo ao investimento na instalação, ampliação e modernização de plantas produtivas do País, que reduz, temporariamente, o imposto de importação sobre produtos específicos, quando não houver produção nacional ou similar do bem importado na produção da indústria nacional. Ainda no plano tarifário e segundo o Decreto 6.006, de 28/12/06, os fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos importados não são onerados pela incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Entretanto, de acordo com o artigo 8º, da Lei 10865, de 30/4/04, por ocasião de sua importação as máquinas em apreço são, ainda tributadas pela incidência da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) ao nível de 7,6%, e pela contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e para o de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), de 1,65%. Tributos aplicáveis à importação de fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos Vigência até 31/12/08 9 Discriminação Alíquotas Imposto de Importação – TEC 14% Imposto de importação quando originário do Peru: margem de preferência de 85% (ACE-58) 2,1% Imposto de Importação no Regime de Ex-Tarifário 2% Imposto de importação, quando originário do Peru: margem de preferência de 85% (ACE-58) 0,3% Ver convênio de redução de base de cálculo (Convênio ICMS 91) ICMS IPI 0% PIS/Pasep Cofins 1,65% 7,6% Fonte: TecWeb 2008. Acesso em 01/9/08. Disponível em www.infoconsult.com.br. Ainda com referência ao tratamento tarifário do produto, cumpre mencionar a existência do ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O ICMS é tributo de competência reservada constitucionalmente às Unidades da Federação (UF) e ao Distrito Federal (DF). Incide sobre operações de circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual, intermunicipal ou de comunicação, ainda que a operação ou a prestação se inicie no exterior. A regra é no sentido de que as operações de importação sejam tributadas pela incidência do imposto em questão. As alíquotas do ICMS variam, normalmente, de zero a 25%. Ainda sobre o ICMS, existem, contudo, exceções ao princípio geral. Deste modo, pode ocorrer a não-incidência, isenção, diferimento, suspensão ou redução de base de cálculo, em função da seletividade do produto ou serviço, seletividade esta que serve de parâmetro para a adoção de alíquotas diferenciadas. Na eventualidade de que a mercadoria adquirida do exterior seja amparada por algum tratamento diferenciado, o importador deverá apresentar à repartição alfandegária competente, a Declaração de Exoneração do ICMS na entrada de mercadoria estrangeira. No caso específico dos fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos (NCM 8417.20.00.), o produto é contemplado com redução de base de cálculo, em função do Convênio ICMS 91 (que incorpora disposições do Convênio ICMS 52, de 1991), publicado no Diário Oficial da União (DOU) de 08/7/08. Nessas condições e até 31/12/08, fica reduzida a base de cálculo do ICMS na importação, de forma que a carga tributária seja equivalente a 8,80%. Ainda de acordo com o referido Convênio, fica reduzida, também até 31/12/08, a base de cálculo do ICMS, de maneira que a carga tributária seja equivalente aos percentuais indicados a seguir, nas operações interestaduais: 10 • • nas operações de saída dos Estados das Regiões Sul e Sudeste, exclusive o Estado do Espírito Santo, com destino aos Estados das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ou ao Estado do Espírito Santo: 5,14%; nas demais operações interestaduais: 8,80%. O importador interessado em fazer uso das disposições estipuladas no âmbito do Convênio ICMS 91, de 08/7/08 deverá, entretanto, certificar-se do efetivo tratamento aplicado ao produto de seu interesse. Desse modo, deverá buscar informações atualizadas sobre o ICMS em seu Estado ou em outro de interesse, de modo a não ser surpreendido por eventuais mudanças de cunho tributário, que poderão onerar ainda mais a operação em tela. Tratamento Administrativo11 O tratamento administrativo das importações brasileiras está contemplado na Portaria Secex nº 36, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 26/11/07. De acordo com o normativo em apreço as importações brasileiras compreendem as seguintes modalidades: a) importações dispensadas de Licenciamento; b) importações sujeitas a Licenciamento Automático; e c) importações sujeitas a Licenciamento Não Automático. Como regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, devendo os importadores tão-somente providenciar o registro da Declaração de Importação (DI) no Siscomex12, com o objetivo de dar início aos procedimentos de Despacho Aduaneiro junto à unidade local da Receita Federal do Brasil (RFB). No caso específico dos fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos, as operações de importação estão dispensadas de Licenciamento, o que torna mais ágil o processo de aquisição da mercadoria no exterior. Informações mais abrangentes sobre o tratamento administrativo e tarifário aplicável na importação dos fornos sob análise poderão ser obtidas na página eletrônica da empresa Infoconsult Informática Ltda. no endereço relacionado a seguir: www.infoconsult.com.br. Empresas peruanas exportadoras13 Empresários brasileiros interessados em fazer negócios com o Peru poderão ter acesso a informações e eventuais listas de exportadores peruanos no sítio de promoção comercial “Comisión para la Promoción de Exportaciones – Prompex” (http://www.prompex.gob.pe)13. Por sua importância relaciona-se, a seguir, lista de exportadores peruanos de fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos, obtida no site da Prompex: 11 Empresas peruanas exportadoras de fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos Industrial Tools S.A.C. (Nova) Dirección Av. Salaverry N°.1041 - Jesus Maria Teléfono 511 -+51 1 326 0219 Fax 511 -+51 1 326 3190 Ciudad LIMA\LIMA\ATE e-mail [email protected] website http://www.nova.com.pe Ruiz Sanchez Heriberto Dirección PSJ MARZANO 190 Teléfono 511 -4737450; 511 -3233468 Fax 511 -4737450 Ciudad LIMA\LIMA\LA VICTORIA e-mail [email protected] Empresas brasileiras importadoras14 Com referência ao universo de firmas importadoras dos produtos em questão, relaciona-se, a seguir, listagem recebida do MDIC contendo rol das 13 empresas brasileiras importadoras de fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos, para o ano de 2007, listadas em ordem decrescente, por faixa de valor importado, obedecendo o seguinte critério: 04 empresas na faixa de valor entre US$ 1 milhão até US$ 10 milhões; e 9 empresas na faixa de valor até US$ 1 milhão. O MDIC poderá disponibilizar listagem contendo endereço completo das firmas relacionadas. Dispõe, ainda, de relação exaustiva de empresas brasileiras importadoras por país de origem ou por Estados importadores. Estão disponíveis relações completas desde o ano de 2001, no seguinte endereço eletrônico: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=603 Empresas brasileiras importadoras de fornos de padaria, pastelaria ou para a indústria de bolachas e biscoitos, não elétricos (NCM 8417.20.00) NOME DA EMPRESA IMPORTADORA WICKBOLD & NOSSO PAO INDUSTRIAS ALIMENTICIAS LTDA INDUSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTICIOS PIRAQUE S A INDUSTRIA DE ALIMENTOS BOMGOSTO LTDA ENGEFOOD - EQUIPAMENTOS, ENGENHARIA E REPRESENTACOES LT PANDURATA ALIMENTOS LTDA BIMBO DO BRASIL LTDA INDUSTRIA E COMÉRCIO JOSE DE PAULA LTDA CEP CIDADE UF 09950370 DIADEMA SP 21360060 RIO DE JANEIRO RJ JABOATAO DOS GUARARAPES PE 54345160 09520040 S. CAETANO DO SUL SP 37640000 EXTREMA 05560900 SAO PAULO 36083020 JUIZ DE FORA MG SP MG 12 NOME DA EMPRESA IMPORTADORA PITA-BREAD INDUSTRIA DE PANIFICACAO LTDA TENDA ARABE 1001 ALIMENTOS LTDA H.M.T. COMERCIAL LTDA TUPASY DO BRASIL COMERCIAL E IMPORTADORA LTDA – EPP ROCHEMAQ COMÉRCIO DE MAQUINAS PARA PANIFICACAO LTDA ROFRED - COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA CEP 12953162 25213010 02341001 CIDADE ATIBAIA DUQUE DE CAXIAS SAO PAULO UF SP RJ SP 02405080 SAO PAULO SP 91030320 PORTO ALEGRE RS 91040621 PORTO ALEGRE RS Fonte: MDIC/SECEX. Feiras e exposições da Setor de Panificação em 200815 Em vista de sua capacidade no sentido de alavancar vendas e contatos empresariais, o setor de feiras tem mostrado contínua expansão tanto no Brasil quanto em terceiros países. Informações específicas sobre feiras e eventos promocionais diversos poderão ser obtidas na página da BrazilTradeNet, do MDIC e da ABIP16 – Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria. Nesse sentido relaciona-se, a seguir, listagem não exaustiva de feiras e eventos direcionados ao setor de panificação, que poderá ser de interesse: Fispal Tecnologia – Feira de Embalagens e Processos da Indústria Alimentícia Data: 03-06 de junho Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo - SP Fispal Food Service – Feira Internacional de Produtos e Serviços Fora do Lar Data: 23-26 de junho Local: Pavilhão de Exposições Expo Center Norte São Paulo - SP Fites Mercosul 2008-Feira Internacional de Sorvetes confeitaria e Chocolates Data: 16-19 junho Local: Pavilhão de exposições do Expo Center Norte São Paulo – SP V Encontro Nacional das Padarias do Propan – Empresas Destaque Propan 2007 Data: 02 a 04 de julho de 2008 Local: Expominas Belo Horizonte - MG IV Encontro Motasa de Panificação e Confeitaria Mini-feira e Palestras do Setor de Padarias e Confeitarias, novidades, tendências e casos de sucessos Data: 06 de agosto Local: Centro de Convenções da Fiergs Porto Alegre – Rio Grande do Sul – RS. Expoagas – Associação Gaúcha de Supermercados - 2008 Data: 19-21 de agosto Local: Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul Porto Alegre – Rio Grande do Sul – RS. Fepal 2008 – Feira de Panificação e Alimentação Data: 26 a 28 de setembro Local: Centro de Eventos de Canelas Canelas – Rio Grande do Sul – RS. 13 Fispal Nordeste – Feira da Alimentação Data: 28-31 de outubro Local: Centro de Exposições de Olinda Olinda – Pernambuco – PE. Endereços úteis Dentre outros, poderão ser de interesse os seguintes endereços, cujos dados completos encontram-se disponíveis no sítio do Ministério das Relações Exteriores (http://www.mre.gov.br): Embaixada da República Argentina em Brasília SHIS – QL 02, conj. 1, casa 19 CEP: 70442-900 – Brasília – Distrito Federal Telefone: (61) 3364-7607 - Fax: (61) 3364-7666 Site: www.embarg.org.br E-mail: [email protected] Expediente: segunda a sexta-feira – 10 às 13h e das 14 às 18h Consulados da Argentina no Brasil: Consulado-Geral em São Paulo - SP Tel.: (0055-11) 3897-9522 - Fax: (0055-11) 3082-8019 E-mail: [email protected] Consulado-Geral no Rio de Janeiro - RJ Tels.: (0055-21) 2553-1646/1459/1569 E-mail: [email protected] - Fax: (0055-21) 2552-4191 Consulado-Geral em Porto Alegre - Rio Grande do Sul Tel.: (0055-51) 3321-1360 - Fax: (0055-51) 3228-6354 E-mail: [email protected] Consulado em Uruguaiana – Rio Grande do Sul Tel.:(0055-55) 412-4605 - Fax: (0055-55) 412-1925 E-mail: [email protected] Consulado em Foz do Iguaçu - Paraná Tel.: (0055-45) 574-2969 - Fax: (0055-45) 574-2877 Consulado em Curitiba - Paraná Tel.: (0055-41) 222-9589/0799 - Fax: (0055-41) 223-1216 E-mail: [email protected] Consulado em Salvador - Bahia Tel.: (0055-71) 241-4863 - Fax: (0055-71) 241-4862 E-mail: [email protected] Consulado em Belo Horizonte – Minas Gerais 14 Tel.: (0055-31) 3281-5288 E-mail: [email protected] Site: http://www.consuladoargentinobh.org.br Consulado em Recife - Pernambuco Tel.: (0055-81) 3327-1451 / 3327-1450 - Fax: (0055-81) 3327-1450 E-mail: [email protected] Consulado em Florianópolis – Santa Catarina Tel.: (0055-48) 224-2841/5666 - Fax: (0055-48) 216-8903 E-mail: [email protected] Embaixada do Brasil em Buenos Aires - Argentina Tel.: (5411) 4515-2400 (Geral) Fax : (5411) 4515-2401 (Geral) E-mail : [email protected] http://www.brasil.org.ar/ Consulados brasileiros na Argentina: Consulado-Geral em Buenos Aires Tel.: (5411) 4515-6500 - Fax: (5411) 4508-6520 E-mail: [email protected] Consulado-Geral em Córdoba Tel.: (54351) 468-5919/ 468-5812 - Fax: (54-351) 468-5539 E-mail: [email protected] Vice-Consulado em Paso de Los Libres Tel.: (03772) 42-5441/ 42-5444 - Fax: (03772) 42-5441 E-mail: [email protected] Vice-Consulado em Puerto Iguazu Tel./Fax: (03757) 42-1348 Outros endereços Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) (http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/inicial/index.php) Ministério das Relações Exteriores (http://www.mre.gov.br/) BrazilTradeNet (http://www.braziltradenet.gov.br/) Receita Federal (http://www.receita.fazenda.gov.br) PROPAN - Programa de Apoio a Panificação 15 (http://www.propan.com.br) ABIEPAN – Associação Brasileira das Indústrias e Equipamentos para a Panificação, Biscoitos e Massas Alimentícias (http://www.abiepan.org.br) ABIP - Associação Brasileira da Industria de Panificação e Confeitaria. (http://www.abip.org.br) AMIPÃO – Associação Mineira da Indústria da Panificação. (www.amipao.com.br) 16 1 2 3 4 5 Tarifa Externa Comum - TecWin 2008 - Acesso em 12/8/08. A Tarifa Externa Comum (TEC) foi implantada no Brasil pelo Decreto 1343/94. A TecWin é a versão eletrônica da TEC, que contempla o tratamento tarifário e administrativo aplicado às importações brasileiras. É atualizada diariamente via Internet e está disponível em www.aduaneiras.com.br. A informação também está disponível na TecWeb, no site www.infoconsult.com.br. O Trademap é uma ferramenta de análise de mercados, cobrindo 5.300 produtos e 180 países. É desenvolvido pela Seção de Análise de Mercados do International Trade Centre (ITC), da UNCTAD/OMC. Disponível na BrazilTradeNet (www.braziltradenet.gov.br) – Acesso em 08/2008. O Trademap também está disponível, em inglês, no sítio do ITC (www.intracen.org). Idem, Trademap – acesso em 08/2008 ABIP-Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria, acesso em 09/2008 http://www.abip.org.br/ AliceWeb – acesso em 08/2008. AliceWeb, idem. 7 AliceWeb, idem. 8 AliceWeb, idem. 9 TecWeb – acesso em 21/8/08. 10 A Câmara de Comércio Exterior - Camex, é órgão integrante do Conselho de Governo da República Federativa do Brasil e tem por objetivo a formulação, adoção, implementação e a coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo. A Camex é integrada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que a preside; pelos Ministros Chefe da Casa Civil; das Relações Exteriores (MRE); da Fazenda (MF); da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Informações específicas sobre análise e concessão de ex-tarifários poderão ser obtidas na página da Camex, no site do MDIC, no seguinte endereço eletrônico: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2&menu=1174 11 TecWeb – acesso em 21/8/08. 12 Siscomex: Sistema Integrado de Comércio Exterior, O Sistema Integrado de Comércio Exterior é a sistemática administrativa do comércio exterior brasileiro, que integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior – SECEX, da Receita Federal do Brasil – RFB e do Banco Central do Brasil – BACEN, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das operações de comércio exterior brasileiras. 13 Prompex - La Comisión de Promoción del Perú para la Exportación y el Turismo – acesso em 08/2008. 14 MDIC/SECEX – Relação de empresas importadoras recebida em 08/2008. 15 PadariaOnLine – acesso em 09/2008 http://www.padariaonline.com.br/principal.php?id_menu=inicial 16 ABIP- Associação Brasileira da Indústria de Panificação, acesso em 09/2008 http://www.abip.org.br/ 6