II – São Paulo, 124 (215) Diário Oficial Poder Executivo - Seção I quinta-feira, 13 de novembro de 2014 Geraldo Alckmin - Governador Volume 124 • Número 215 • São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2014 www.imprensaoficial.com.br Palmas para a literatura brasileira Realizado no Museu da Língua Portuguesa, Prêmio São Paulo de Literatura 2014 revela talentos e forma público leitor Nessa edição, os romancistas cariocas ganharam destaque com sete indicações; seguidos por São Paulo (3); Rio Grande do Sul (3); Santa Catarina (3); Minas Gerais (2); Pernambuco (1); e Mato Grosso do Sul (1). Ao todo, 169 livros foram enviados para inscrição e 153 entraram na competição. Do total de inscrições, 67 são de autores veteranos e 86, de estreantes. Todas as obras são ficção no gêne- Peres alcançou mais um prêmio para sua coleção. “É muita emoção para um escritor que tinha como leitores apenas as gavetas e os pendrives”, brinca. O livro O evangelho segundo Hitler (Editora Record), também de Peres, foi o vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2013. FOTOS: GENIVALDO CARVALHO C om um grande show performático de Antônio Nóbrega, o Museu da Língua Portuguesa sediou a edição do Prêmio São Paulo de Literatura 2014, na segunda-feira, dia 10. “A festa é da literatura. Um brinde aos novos talentos e à literatura brasileira contemporânea”, diz o músico pernambucano. Em sua sétima edição, o evento consagra-se o maior do País em valor oferecido aos vencedores: R$ 400 mil no total, dos quais R$ 200 mil vão para o vencedor na categoria Melhor Livro do Ano; e R$ 100 mil para cada vencedor da categoria Melhor Livro do Ano Estreante – um com mais de 40 anos e outro com até 40 anos. Show de Antônio Nóbrega brindou os novos talentos e a literatura brasileira contemporânea ro romance, escritas originalmente em língua portuguesa, com primeira edição mundial no Brasil em 2013. Vencedores – A mesma história vivida de maneiras diferentes por quatro personagens. A trama sobre infidelidade conjugal, narrada em Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, conseguiu conquistar os jurados e a obra tornou-se a grande vencedora na categoria Melhor Livro do Ano. Antônio Carlos Sartini, diretor do Museu da Língua Portuguesa, explica que o evento traz para o leitor as principais publicações da literatura brasileira contemporânea e “ainda revela talentos”. É o caso de dois autores estreantes no gênero romance: o paranaense Marcos Peres, 29 anos, com O evangelho segundo Hitler, entre os autores com menos de 40 anos; e a gaúcha Verônica Stigger, 41 anos, com Opisanie Swiata, entre os escritores com mais de 40. A obra de Verônica retrata o desafio de pai polonês que começa uma viagem à Amazônia, em 1930, para reencontrar seu filho doente em fase terminal. Inspirado no conto Três versões de Judas, do argentino Jorge Luis Borges, Novos leitores – “Mais do que lançar luz sobre a literatura brasileira contemporânea, o Prêmio São Paulo de Literatura propicia o encontro entre autores finalistas e leitores antes da premiação. Nesta edição, os encontros ocorreram entre 13 de setembro e 30 de outubro. É um modo de formar e fidelizar leitores”, afirma Adriana Cybele Ferrari, coordenadora da Unidade de Bibliotecas e Leitura, da Secretaria da Cultura. Foram realizados nove encontros com editores e leitores: quatro na Biblioteca São Paulo, na capital, e cinco no litoral e interior: Praia Grande, Presidente Prudente, Jundiaí, Lençóis Paulista e Birigui. Maria Lúcia Zanelli Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial Show de Antônio Nóbrega brindou os novos talentos e a literatura brasileira contemporânea Um olhar diferenciado O Prêmio São Paulo de Literatura foi criado pelo Governo de São Paulo para valorizar a produção literária, estimular novos autores e incentivar a leitura. Hoje, está entre os prêmios literários de maior visibilidade no País. Também ajuda a divulgar autores e obras que se tornam importantes no cenário internacional. Desde que foi criado, em 2008, 1,1 mil livros concorreram ao prêmio. Nesta edição, uma pequena editora ganhou destaque, a carioca Ouro sobre Azul. Criada pela designer brasileira Ana Ana Luisa Escorel, autora de Anel de vidro Luisa Escorel, em 2004, ficou pela primeira vez entre as finalistas, com Anel de vidro. Entre as editoras tradicionais se destacam a Companhia das Letras, com sete finalistas, e a Cosac Naif, com cinco. Andrea Saad Hossne, uma das curadoras do evento, ressalta a importância dos jurados: “São profissionais de todos os setores ligados à área do livro e da leitura – livreiros, acadêmicos, editores e críticos, que lançam um olhar diferenciado sobre o que está sendo produzido no País”, finaliza. Verônica: premiada por Opisanie Swiata A IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO SA garante a autenticidade deste documento quando visualizado diretamente no portal www.imprensaoficial.com.br quinta-feira, 13 de novembro de 2014 às 02:11:50.