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BINÔMIO DO SÉCULO: ÁGUA E SOLO A Fundação Bunge completa, neste ano, seis décadas de existência incentivando o desenvolvimento das Ciências, Letras e Artes brasileiras. Sucessora da Fundação Moinho Santista, quando o Grupo Industrial Santista completou 50 anos de vida (em 1955), os seus acionistas decidiram comemorar o evento constituindo uma Fundação com o objetivo de incentivar o desenvolvimento dessas três relevantes áreas do saber. São 60 anos de incentivo e reconhecimento àqueles que exploram novas possibilidades para proporcionar melhores condições de vida à comunidade. O prêmio é inovador ao reconhecer o mérito dos profissionais que contribuem para o desenvolvimento, além de estimular novos talentos. No ano do seu 60º aniversário, o Conselho da Fundação escolheu como áreas do incentivo a recuperação de solos degradados para a agricultura, na área de ciências agrárias, e saneamento básico e manejo de água, na área de ciências biológicas, ecológicas e da saúde. Na primeira das áreas, foram contemplados profissionais que dedicaram vida e obra ou desenvolvem projetos que contribuem para a expansão e consolidação do agronegócio de forma sustentável, conservando mais e desmatando menos. Água e solo compõem o binômio da sustentabilidade, indispensáveis à vida das comunidades. Tais temas estão no centro dos debates e interligam com outro fundamental o desmatamento do cerrado, que é indispensável para oito das 12 bacias hidrográficas brasileiras. Desmatá-­‐lo pode significar fechar a torneira da água, como advertiu uma das maiores especialistas do ramo, a cientista Mercedes Bustamante, em recente matéria publicada no jornal Valor (21/7/15). O cerrado já perdeu mais da metade da cobertura original e hoje produz emissões de gases de efeito estufa equivalentes às da Amazônia. Como bem define a Professora da Universidade de Brasília: “É uma floresta de cabeça para baixo”. Em saneamento básico e manejo de água, foram premiados pesquisadores que se ocupam em trazer assunto tão relevante para o centro dos debates, notadamente, neste ano de crise hídrica. [Digite texto]
O Prêmio Fundação Bunge agracia duas personalidades pelo conjunto de seus trabalhos e dois jovens talentos de até 35 anos que se destacam em seus campos de atuação. O processo de escolha dos ramos de atividade e dos contemplados é conduzido com extremo rigor. Não há inscrições e sim indicações para o prêmio que contempla seis áreas do conhecimento humano: ciências biológicas, ecológicas e da saúde; ciências exatas e tecnológicas; ciências agrárias; ciências humanas e sociais; letras e arte. Para concorrer ao prêmio, os candidatos são indicados pelas principais universidades e entidades culturais e científicas do país. A partir das indicações, as comissões técnicas integradas por especialistas nacionais e internacionais escolhem os jovens premiados e selecionam os que concorrerão na categoria Vida e Obra. O grande júri, formado por reitores e representantes de instituições científicas e culturais, recebe os pareceres das comissões técnicas e, por votação secreta, escolhe os premiados. O evento ocorre no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. A última etapa do prêmio está marcada para 30 de setembro, no salão nobre do Palácio dos Bandeirantes, quando o governador do estado de São Paulo, que é o presidente honorário da Fundação Bunge, homenageia os contemplados com a entrega solene dos prêmios. Neste ano, o grande júri, presidido pelo desembargador José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, escolheu para receber os prêmios – na área de recuperação de solos degradados para a agricultura, a professora Marlene Cristina Alves, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, na categoria Vida e Obra: e o jovem Diego Antonio França de Freitas, da Universidade Federal de Viçosa, na categoria Juventude. No ramo de saneamento básico e manejo de água, o professor José Fernando Thomé Jucá, da Universidade Federal de Pernambuco, na categoria Vida e Obra; e Dulce Buchala Bicca Rodrigues, graduada pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, na categoria Juventude. Somar talentos para construir novos caminhos é a missão dessa meritória Instituição com 60 anos ininterruptos de incentivo ao desenvolvimento do País. [Digite texto]
(Jornal Correio Braziliense, 19/08/2015.) 
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