Ampliação do tempo escolar e formação integral: uma construção possível? Lígia Martha C. da Costa Coelho (ANFOPE/RJ) (UNIRIO) 1. Contexto(s), texto e tema natureza,finalidade,contexto(s) Ampliação do tempo escolar LDB, PNE, PDE(Mais Educação) FUNDEB Conferência Nacional da Educação Básica 1.1. Documento Base: Onde está a ampliação do tempo escolar? Emendas incorporadas Propostas vinculadas aos eixos Recomendações, encaminhamentos Três partes Eixo IV – Inclusão e diversidade na educação básica Tempo ampliado e escola Infra-estrutura Horário e funcionamento Organização do trabalho e currículo Profissionais da educação 2.Para além do texto – contexto(s) e perspectiva(s) da ampliação do tempo na escola (1) (2) (3) Pressupostos: Falar de tempo na instituição escolar significa (re)pensar as concepções de educação e de sociedade que lhe são subjacentes. Defender a ampliação do tempo escolar em uma concepção emancipadora pressupõe um conjunto de práticas curriculares que se concentrem na formação integral e na centralidade da escola. Discutir a ampliação da jornada escolar compreende discutir, também, a organização do trabalho dos profissionais da educação. 2.1.Tempo na instituição escolar, concepções de educação e de sociedade (1) Qual concepção de educação e de sociedade? Importância do “tempo de permanência do estudante na escola” (p.15) Eixo IV – Inclusão e diversidade na educação básica / Eixo II – Democratização da gestão e qualidade social da educação Função social da escola 2.2.Ampliação do tempo escolar e práticas curriculares: a formação integral e a centralidade da escola Formação integral e Centralidade da escola “os sistemas e as escolas devem debater (...) o currículo, o tempo e o espaço formativo, com a escola de tempo integral, de modo que possa valorizar, resgatar e respeitar as várias manifestações culturais em cada comunidade” (p.17) Repensar “os espaços educativos, utilizando outros espaços sociais (dentro e fora da escola), para promover a educação integral do educando” (p.128) Nos dois casos emerge a visão de que a escola precisa se abrir para o mundo que a cerca (currículo, organização do trabalho escolar) – o mundo das culturas que compõem o seu entorno e o dos espaços que, não lhe pertencendo fisicamente, a ela se associam pedagogicamente 2.2.Ampliação do tempo escolar e práticas curriculares: a formação integral e a centralidade da escola Turnos “...o atendimento extra turno aos estudantes que necessitam de maior apoio...” (p.36) “criar unanimidade à escola em tempo integral, contemplando conhecimentos clássicos e projetos culturais vinculados ao mundo do trabalho, contraturno. Espaço de formação integral” (p.73) “...necessidade de adoção imediata da escola de tempo integral, através do aumento da jornada escolar de um turno para tempo integral” (p.128) Condições físicas do espaço escolar “construção de estruturas adequadas nas escolas, como quadras de esporte, laboratórios, bibliotecas, salas alternativas para implantação do turno integral” (p.136) 2.3.Ampliação do tempo escolar e organização do trabalho dos profissionais da educação: outro desafio Dedicação a uma mesma rede / escola, com salário compatível. Proposições Momentos de planejamento coletivo, de pesquisa e de avaliação do trabalho educativo. Educadores sociais, educação não-formal: aproximações 3.Ampliação do tempo escolar : o que destacar? (1) (2) (3) (4) (5) (6) Eixo em que se encontra. Possibilidades de organização do tempo (turno único, contraturno) Profissionais da educação e condições objetivas de trabalho. Financiamento e repasses. Quais critérios? Centralidade das instituições formais de ensino. Formação integral. Ampliação do tempo escolar e formação integral: uma construção possível? Formação integral não se limita aos denominados conteúdos escolares tradicionais, mas também não os renega e, junto a eles procura, em outras formas de conhecer, possibilidades do aluno se encontrar como ser humano no mundo que o cerca; como cidadão na sociedade e como profissional no mundo do trabalho. Pensar em construir essa formação integral/educação integral significa instituir um espaço que a contemple – intencionalmente. Esse espaço é a escola. Propor formação integral/educação integral, na escola, pressupõe tempo(s) qualitativo(s) e significativo(s), pedagogicamente falando. Por que não pensar, então, na ampliação do tempo escolar?