Resumos do 56º Congresso Nacional de Botânica. A vegetação nativa remanescente na bacia do Ribeirão das Anhumas (Campinas, SP) ROSELI BUZANELLI TORRES - INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS - IAC LUIS CARLOS BERNACCI - INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS - IAC MICHELE DE SÁ DECHOUM - SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE - ESPÍRITO SANTO (ES) THIAGO BORGES CONFORTI - FUNDAÇÃO JOSÉ PEDRO DE OLIVEIRA - PMC IVAN CARLOS DE MORAES FERREIRA - INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS - IAC ANA CRISTINA LORANDI - INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS - IAC ANALICE SALINA ESPELETA - INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS - IAC ARIANE SALDANHA DE OLIVEIRA - INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS - IAC EDUARDO L. JOÃO - DEPARTAMENTO DE PARQUES E JARDINS - PMC ANTÔNIO SIMÃO - DEPARTAMENTO DE PARQUES E JARDINS - PMC [email protected] Uma das cinco bacias hidrográficas que compõem o território de Campinas, a do ribeirão das Anhumas encontra-se na região de ocupação urbana mais antiga. O objetivo deste estudo é elaborar o diagnóstico da vegetação nativa remanescente, como subsídio para a implementação de políticas públicas para a recuperação da bacia, particularmente das áreas de preservação permanente. Cerca de 40% da sua área encontra-se densamente urbanizada, principalmente no alto curso, e as várzeas do médio e baixo curso encontram-se ocupadas, principalmente por uma população de baixa renda. Na área rural, sob grande pressão de urbanização, a situação de degradação ambiental também é grande. A amostragem da vegetação vem sendo realizada através de levantamento rápido, utilizando-se 25 pontosquadrante em cada fisionomia de fragmento, amostrando-se as árvores com CAP>/ 10cm. Os dados estão sendo analisados através do programa FITOPAC. A vegetação nativa remanescente ocupa ca. 3% da área da bacia, representada por fragmentos pequenos e isolados, a maioria (25) com área menor do que 10ha, e apenas sete têm entre 10ha e 20ha. O maior fragmento de Campinas (mata de Santa Genebra - 250,36ha) encontra-se apenas parcialmente dentro da bacia. A maioria dos fragmentos são remanescentes da mata estacional semidecídua submontana, cinco são matas paludícolas e um, cerrado. Oito remanescentes encontram-se em bosques públicos. Até o momento foram estudados 15 fragmentos (16 levantamentos), amostrando-se 1.600 indivíduos, 243 espécies e 54 famílias, além de indeterminadas e mortas. Os indivíduos mortos foram mais comuns que os indivíduos de qualquer espécie. Nenhuma espécie ocorreu em todos os fragmentos e Piptadenia gonoacantha (Leguminosae), Trichilia pallida (Meliaceae) e Casearia sylvestris (Flacourtiaceae) foram as mais freqüentes. A borda dos fragmentos encontra-se geralmente bastante perturbada, com a presença de espécies exóticas e cercas e alambrados, agravando os efeitos da fragmentação. Roseli B. Torres1, Luis C. Bernacci1, Michele de S. Dechoum2, Thiago B. Conforti3, Ana Cristina Lorandi4, Analice S. Espeleta5, Ariane S. de Oliveira6, Eduardo L. João7, Antônio Simão7 - 1Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Jardim Botânico – IAC ([email protected] ), 2Secretaria de Meio Ambiente/ES, 3Fundação José Pedro de Oliveira/PMC, 4bolsista de Treinamento Técnico (Fapesp 05/53071-6), 5bolsista de Treinamento Técnico (Fapesp 05/53072-2), 6estagiária, 7Departamento de Parques e Jardins/PMC. Apoio: FAPESP proc. 01/02952-1