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AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA
GLOBAL E FINAL DE UMA ESCOLA MUNICIPAL E
PARTICULAR EM CRIANÇAS DE TRÊS E QUATRO ANOS.
SILVA, Juara Zen da1
CALONEGO, Chaiane2
BAGNARA, Ivan Carlos3
[email protected]
RESUMO: Desde o nascimento, o ser humano interage com o ambiente através do movimento.
O indivíduo está em constantes mudanças e é por meio dela que adquire o controle dos
movimentos bem como de seu próprio corpo. Este estudo teve como objetivo analisar o nível
de desenvolvimento motor (coordenação motora global e fina) e comparar os resultados de
acordo com os níveis da Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) proposto por Rosa Neto
(2002), em crianças com idades entre três e quatro anos, de escolas municipal e particular da
cidade de Erechim – RS. Trata-se de um instrumento composto por diversas baterias de testes
para avaliar o desenvolvimento motor de crianças de dois a onze anos de idade, onde a ordem
de sua aplicação é baseada nas idades cronológicas, aumentando gradativamente o nível de
dificuldade das tarefas juntamente com a idade. De caráter quanti-qualitativa, de forma
descritiva exploratória, a investigação teve como instrumento de coleta de dados a EDM. Os
resultados obtidos na realização desse estudo foram positivos, em relação a IMMF escola
particular obteve resultado negativo sendo -2,4 meses em relação a IC das crianças que
realizaram os testes, já na IMMG ficou com média de 58,3 meses, sendo que, na escola
municipal o resultado foi de 60,9, obtendo uma diferença de 2,6 meses, superior na escola
municipal quando comparada com a escola particular. Portanto, os resultados aqui encontrados
sugerem que as crianças, em sua maioria, possuem o nível de desenvolvimento motor próximo
ou maior que sua idade cronológica, como ocorreu nos testes de IMMG e IMMF realizados.
Palavras-chave: Educação Infantil, Coordenação motora, Escola.
1
Autora. Pós-Graduanda em Fisiologia do Exercício - Faculdades IDEAU.
Co-autora. Professora de Educação Física - UFPEL.
3
Orientador. Doutorando em Educação nas Ciências – UNIJUI. Professor do curso de Educação Física da
Faculdade IDEAU.
2
2
ABSTRACT: From birth, humans interact with the environment through movement. The
individual is constantly changing and it is through it that acquires control of movements as well
as your own body. This study aimed to analyze the level of motor development ( global and fine
motor coordination ) and compare the results according to levels of Motor Development Scale (
EDM ) proposed by Rosa Neto (2002 ), in children aged three and four years of municipal and
private schools in Erechim - RS. It is an instrument composed of several batteries of tests to
assess children two to eleven years of age, where the order of their application is based on
chronological age, gradually increasing the level of difficulty of the tasks motor development
along with age. Character of quantitative and qualitative, exploratory descriptive way, the
investigation had as instrument to collect data to EDM. The results obtained from this study
were positive, compared to IMMF private school had negative results being -2.4 months on IC
children who performed the tests, was already in IMMG with a mean of 58.3 months, and in the
school hall the result was 60.9, yielding a difference of 2.6 months in the top public school
compared to private school. Therefore, our findings suggest that children, in their majority, have
the level of motor development near or greater than their chronological age, as occurred in the
IMMG and IMMF tests.
Keywords: Childhood Education, Motor coordination, School.
1 INTRODUÇÃO
Desde o nascimento o indivíduo interage no meio em que vive através
do movimento, desenvolvendo ao longo do tempo cada vez mais o controle de
seu próprio corpo adquirindo maior segurança e confiança no ambiente que o
cerca, sendo assim a coordenação motora torna-se de suma importância no
desenvolvimento da criança. Esse sendo algo que se inicia na concepção e
cessa somente na morte. (GALLAHUE e OZMUN, 2005).
A motricidade global é a colocação de ação simultânea de grupos
musculares diferentes, com vista à execução de movimentos voluntários mais
ou menos complexos. Compreende movimentos com membros inferiores e
superiores ao mesmo tempo (BAGNARA, 2011), a motricidade fina é
considerada como a capacidade de controlar pequenos músculos para
exercícios refinados como recorte, perfuração, colagem, encaixes, dentre
outros. Envolve a coordenação viso-motora ou oculomotora, a coordenação
viso-manual ou oculomanual e a coordenação musculofacial (ROSA NETO,
2002).
O
desenvolvimento
psicomotor
proporciona
à
criança
algumas
capacidades básicas para desenvolver um bom repertório de movimentos,
capaz de aprimorar e aperfeiçoar as habilidades motoras básicas, auxiliando na
3
aprendizagem escolar. Oliveira (1997) enfatiza que as habilidades motoras
auxiliam
e
capacitam
a
criança
para uma
melhor assimilação
das
aprendizagens escolares, pois se caracteriza por uma educação que utiliza o
movimento para atingir outros aspectos formadores do ser integral.
A educação infantil é o primeiro e decisivo passo para se atingir a
continuidade no ensino com produção e eficiência desejáveis. Tem como
objetivo principal o desenvolvimento da atividade global que é caracterizado
pelo prolongamento de experiências de movimentos básicos, facilitando a
escolaridade da criança e incorporando-se diretamente em outras fases do
desenvolvimento ao longo da vida (NANNI, 1998).
Diversos fatores podem interferir no processo do desenvolvimento
motor. A intervenção adequada pode ser benéfica para prevenir, minimizar ou
até mesmo reverter um possível atraso no desenvolvimento. Um bom
desenvolvimento psicomotor proporciona à criança algumas capacidades
básicas para desenvolver um bom repertório de movimentos capaz de
aprimorar e aperfeiçoar as habilidades motoras básicas, auxiliando na
aprendizagem escolar. Oliveira (1997) enfatiza que a psicomotricidade auxilia e
capacita a criança para uma melhor assimilação das aprendizagens escolares,
pois se caracteriza por uma educação que utiliza o movimento para atingir
outros aspectos formadores do ser integral.
Pela admiração e paixão que temos pela educação física e educação
infantil, é que nos propusemos realizar este estudo, buscando referências
teóricas e práticas que possam comprovar a importância do desenvolvimento
infantil em aspectos motores.
Dessa maneira, ao entender a relação da idade da criança com as
características psicomotoras da fase em que se encontram, constitui-se de
importância
ímpar
para
melhor
acompanhamento
e
possibilidade
de
intervenção para auxiliar nos diversos fatores influenciadores da evolução
motora e cognitiva, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento
integral do ser humano.
Portanto, acreditamos que o professor de educação física precisa estar
preparado no que tange à avaliação motora da criança, para que assim possa
detectar possíveis problemas de ordem motora, que estarão da mesma forma
4
interferindo em outros aspectos, sendo um deles a aprendizagem escolar.
Tanto melhoras na aprendizagem e evolução motora como na aprendizagem
de âmbito escolar podem influenciar e contribuir significativamente para uma
melhor qualidade de vida da criança.
Neste estudo foram avaliadas as coordenações motoras global e fina
através do teste proposto por Rosa Neto (2002), comparando os resultados
obtidos entre um escola municipal e uma escola particular na cidade de
Erechim-RS.
2 METODOLOGIA
Em relação à forma de abordagem da pesquisa é caracterizada por
pesquisa
quantitativa,
de forma descritiva
exploratória.
As pesquisas
quantitativas caracterizam-se tanto nas modalidades de coleta de informações
quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais
simples, como percentual, às mais complexas como uma análise de regressão
(RICHARDSON, 1999).
Rosa Neto (2002) propõe uma Escala de Desenvolvimento Motor - EDM.
Trata-se de instrumento composto por diversas baterias de testes para avaliar
o desenvolvimento motor de crianças de 2 a 11 anos de idade, onde a ordem
de
sua
aplicação
é
baseada
nas
idades
cronológicas,
aumentando
gradativamente o nível de dificuldade das tarefas juntamente com a idade.
Os testes aplicados para cada idade cronológica foram os seguintes:
Coordenação motora fina - empilhar cubos formando uma torre (2 anos),
construir uma ponte com 3 cubos (3 anos), enfiar a linha na agulha (4 anos),
fazer um nó simples em um lápis (5 anos), traçar com um lápis uma linha
contínua do início ao fim de um labirinto (6 anos), fazer uma bolinha compacta
com um pedaço de papel de seda (7 anos), com a ponta do polegar tocar com
a máxima velocidade os dedos da mão, um após o outro, sem repetir a
sequência (8 anos);
Coordenação motora global - subir sobre um banco de 20 cm (2 anos),
saltar sobre uma corda estendida sobre o solo (3 anos), saltar no mesmo lugar
(4 anos), saltar uma fita elástica na altura de 20cm (5 anos), caminhar sobre
uma linha (6 anos), saltar por um percurso retilíneo num pé só (7 anos), saltar
5
uma fita elástica na altura de 40cm (8 anos);
Esses testes foram aplicados em treze crianças da escola municipal e
onze crianças na escola particular, sendo computado da seguinte forma: 1
ponto para a realização do teste com sucesso, ½ ponto para a realização de
forma incompleta ou seja, o teste é aplicado por três vezes e a caso a criança
erre somente uma vez o teste é caracterizado como ½ e 0 se a criança não
conseguiu realizar o teste em nenhuma oportunidade.
Para definir a classificação do testado, é realizado um cálculo, onde se
compara a idade cronológica com a idade motora em meses. Para expressar a
idade cronológica simplesmente calcula-se a idade do testado e a mesma é
expressa em meses. Para o cálculo da idade motora, multiplica-se o número de
testes ultrapassados pelo testado sendo 12 meses para 1 ponto e 6 meses
para ½ ponto.
A avaliação foi realizada nas escolas em uma sala de aula individual no
período de julho a agosto de 2013.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao aplicar os testes de coordenação motora global, que avalia a
destreza que envolve contrações dos grandes músculos corporais quando este
está normalmente em movimento, obtivemos os seguintes resultados: na
escola particular os resultados foram positivos, somente duas crianças
demonstraram maior dificuldade na realização dos testes de três e quatro anos,
os demais estão dentro da idade motora sugerida pela escala do
desenvolvimento motor (coordenação motora). Já na escola municipal o
resultado foi superior, pois somente uma criança teve dificuldade na realização
dos testes de três e quatro anos.
Le Boulch (1981), afirma que a coordenação motora fina é a destreza de
controlar pequenos músculos que contém movimentos mais detalhados como
pegar, escrever, recortar, entre outros, em relação a realização dos testes
para a coordenação motora fina dos indivíduos da escola particular somente
uma criança apresentou dificuldade, assim como na escola municipal onde o
resultado foi o mesmo.
6
Durante a realização deste estudo, os dados permitiram mapear o nível
de desenvolvimento motor e estabelecer uma espécie de perfil de
desenvolvimento em que as crianças das duas escolas se encontram, além de
identificar onde se destacam e onde possuem maiores dificuldades. Ainda,
permitem fazer comparações entre essas escolas bem como, entre as idades
estudadas e os sexos, estabelecendo uma espécie de padronização sequencial
do desenvolvimento.
Tabela 1: Nível de Desenvolvimento Motor das crianças da Escola Municipal
Ind.
Sexo
IC (meses)
IMMF IMMG
IMG
Classificação Final
1
M
46
48
60
53
Normal alto
2
M
48
48
72
65
Normal superior
3
F
50
48
60
52
Normal médio
4
M
41
48
54
48
Normal alto
5
F
51
48
48
48
Normal médio
6
M
50
48
60
49
Normal médio
7
M
48
48
60
50
Normal médio
8
M
48
48
60
41
Normal baixo
9
F
42
48
66
50
Normal alto
10
F
42
48
72
47
Normal alto
11
F
48
48
72
54
Normal alto
12
F
48
48
78
52
Normal médio
13
F
40
42
30
39
Normal médio
Média
--
46,3
47,5
60,9
49,8
Normal médio
Fonte: Dados coletados pelos autores, 2013.
Com base nos dados apresentados, podemos destacar que a IMG das
crianças da escola municipal apresenta-se superior a IC, sendo que este foi
obtido através da soma dos resultados positivos obtidos nas provas motoras
expressas em meses (ROSA NETO, 2002). Apesar da pouca diferença do
resultado obtido entre a IMG e a IC (+ 3,5 meses), sugere que a escola
municipal
trabalha
atividades
motoras
necessárias
para
o
seu
7
desenvolvimento.
A Tabela 1 nos mostra que os indivíduos do sexo masculino tiveram um
bom desempenho, sendo um "normal superior, dois "normal alto", dois
apresentando "normal médio" e somente um obteve o resultado em "normal
baixo". Já os resultados obtidos pelas meninas foram os seguintes: três
meninas obtiveram resultado "normal alto" e quatro apresentaram os resultados
sendo "normal médio".
Assim a escola municipal onde foram realizados os testes, obteve como
média final "normal médio", demonstrando a importância em realizar atividades
motoras tanto na escola, em casa, na rua, as crianças estão brincando e
desenvolvendo-se como afirma Neto et al. (2004), pois as experiências motoras
devem estar presentes no cotidiano das crianças e são representadas por
qualquer atividade corporal realizada em casa, na escola e nas brincadeiras.
Tabela 2: Nível de Desenvolvimento Motor das crianças da Escola Particular
Ind.
Sexo
IC (meses)
IMMF IMMG
IMG
Classificação Final
1
F
47
48
66
59
Superior
2
F
48
48
54
59
Superior
3
F
54
48
72
56
Normal médio
4
M
51
48
60
59
Normal alto
5
M
46
42
54
47
Normal médio
6
F
46
48
48
53
Normal alto
7
F
48
48
54
56
Normal alto
8
M
51
48
60
55
Normal médio
9
F
53
48
60
57
Normal médio
10
F
53
48
60
54
Normal médio
11
M
51
48
54
55
Normal médio
Média
--
49,8
47,4
58,3
55,4
Normal médio
Fonte: Dados coletados pelos autores, 2013.
Com base na Tabela 2, com os resultados obtidos na escola particular
podemos destacar que a IMG apresenta-se superior a IC expressas em meses,
8
sendo que a diferença da IMG e a IC é de + 5,6 meses, o que evidencia que a
escola particular desenvolve atividades motoras para o desenvolvimento das
crianças.
A Tabela 2 também nos mostra que os indivíduos do sexo masculino
tiveram um bom desempenho, sendo um "normal alto" e três "normal médio".
Os resultados obtidos pelas meninas foram os seguintes: duas meninas
obtiveram resultado "superior", dois "normal alto" e três "normal médio".
Até o momento em nosso estudo são semelhantes ao estudo de
Fonseca et al. (2008) realizado com 34 crianças matriculadas em uma escola
particular de educação infantil e ensino fundamental da cidade de Curitiba/ PR,
onde os avaliados foram classificados entre “normal baixo” e “muito superior”.
Sendo assim, observou-se que, em relação às duas tabelas, houve uma
diferença de 5,6 meses na comparação do IMG da escola particular com a
escola municipal, porém, com este resultado, deve-se levar em consideração
que a IC da escola particular também é maior.
É importante destacar que, durante a aplicação dos testes na escola
municipal e particular, um fator foi levado em conta, primeiramente, as
crianças, logo ao chegar à escola, antes de iniciar com a aplicação, tomavam
seu café da manhã e, após cerca de trinta a quarenta minutos eram iniciados
os testes individuais evitando assim alteração por conta do cansaço ou fome
por parte de algumas crianças.
Após essa breve análise das tabelas gerais da comparação da escola
particular com a escola municipal, abordaremos através do Gráfico os
resultados de: motricidade fina e global e idade motora geral. No Gráfico 1
podemos verificar a diferença nos resultados dos testes aplicados na escola
particular e municipal.
Gráfico1: Demonstrativo da comparação entre as escolas e os testes da EDM.
9
80
60
Escola Particular
40
Escola Municipal
20
0
IC
IMMF
IMMG
IMG
Escola
Particular
49,8
47,4
58,3
55,4
Escola
Municipal
46,3
47,5
60,9
49,8
Conforme o Gráfico 1, podemos verificar que a IC dos indivíduos da
escola particular está em 49,8 dado em meses, e a escola municipal fica em
46,3 meses. Esses dados nos mostram que, a IC dos indivíduos da escola
particular está acima da escola municipal, sendo que, este resultado deve ser
levado em conta nas diferenças que surgiram nos resultados obtidos nos
demais testes realizados, bem como o número de indivíduos participantes, pois
na escola particular foram avaliados onze e na escola municipal treze crianças.
A IMMF, que diz respeito à destreza de controlar pequenos músculos
que contém movimentos mais detalhados como pegar, escrever, recortar, etc.
dos indivíduos da escola particular ficou em 47,4 meses e da escola municipal
está em 47,5 onde, apesar da pouca diferença e do levantamento feito em
relação à IC dos indivíduos das duas escolas, os resultados mostram que, a
IMMF da escola municipal é superior ao da escola particular.
Neste sentido, Fonseca et al. (2008) considera a motricidade fina como
um dos fatores mais importantes para a aprendizagem no contexto escolar,
pelo fato de a mão ser um órgão de adaptação e relação com o meio. Assim,
podemos
sugerir
que
as
crianças
acima
relacionadas
estão
ainda
desenvolvendo as habilidades da motricidade fina e que seu amadurecimento
estará mais próximo do completo, ou definido quando completarem seis ou
sete anos de idade segundo o que ressalta o autor.
Ao aplicar os testes de IMMG, que avalia a destreza que envolve
10
contrações dos grandes músculos corporais quando este está normalmente em
movimento, obtivemos os seguintes resultados: na escola particular a IMMG
ficou em 58,3 meses, já na escola municipal o resultado foi de 60,9, obtendo
uma diferença de 2,6 meses em relação à escola municipal para a escola
particular.
Na IMG os resultados obtidos na aplicação dos testes foram: na escola
particular a IMG ficou em 55,4 meses, já na escola municipal o resultado foi de
49,8 meses, sendo uma diferença final de +5,6 da escola particular para
a municipal, lembrando que, como dito anteriormente, deve-se levar em conta
a diferença na IC entre as escolas, o que sugere que a diferença real
entre elas é de apenas +2,1 meses pró escola particular.
Na realização dos testes de desenvolvimento motor podemos observar e
identificar que a maioria das crianças de três e quatro anos possui sua idade
motora dentro dos parâmetros estipulados por Rosa Neto (2002) na aplicação
dos testes.
3 CONCLUSÃO
Ao findar nossa pesquisa, obtivemos os seguintes resultados: na escola
particular a IMMG (Idade Motora Motricidade Global) ficou com média de 58,3
meses, já na escola municipal o resultado foi de 60,9, obtendo uma diferença
de 2,6 meses, superior na escola municipal quando comparada com a escola
particular.
Os resultados obtidos nos testes de IMMF (Idade Motora Motricidade
Fina) foram os seguintes: na escola particular ficou em 47,4 meses e da escola
municipal está em 47,5 onde, apesar da pouca diferença e do levantamento
feito em relação a IC dos indivíduos das duas escolas, os resultados mostram
que, a IMMF da escola municipal é superior ao da escola particular, levando
em consideração que a IC dos indivíduos da escola particular está em 49,8
dado em meses, e a escola municipal fica em 46,3 meses. Esses dados nos
mostram que, a IC dos indivíduos da escola particular está acima da escola
municipal, dessa forma evidenciando ainda mais a superioridade do teste para
as crianças da escola municipal.
Sendo assim, as aulas de educação física na educação infantil devem
11
ser bem elaboradas, estruturadas e orientadas, criando ambientes agradáveis
onde proporcionem vários estímulos e para que a criança possa brincar e
aprender ao mesmo tempo, assim como ressaltam os estudiosos desta área,
pois os aspectos motrizes, no desenvolvimento infantil, não devem ser
descuidados, mas sim encorajados e estimulados através de uma intervenção
pedagógica competente (FERREIRA NETO, 1995).
Baseado na aplicação dos testes, conclui-se que a escola municipal
obteve melhores resultados comparada com a escola particular, porém a
diferença foi pequena, sendo assim, leva-nos a refletir sobre a importância das
atividades motoras incluídas em seu dia-a-dia.
Estudos sobre o desenvolvimento da motricidade infantil são realizados
com o objetivo de conhecer o perfil motor das crianças e de poder estabelecer
instrumentos de confiança para avaliar e analisar o desenvolvimento de alunos
em diferentes etapas do seu desenvolvimento e poder interferir em processos
de desenvolvimento que estejam sofrendo problemas.
REFERËNCIAS
BAGNARA, Ivan Carlos. Apostila: Psicomotricidade. Getúlio Vargas, 2011.
FERREIRA NETO, Carlos Alberto. Motricidade e Jogo na Infância. Rio de
Janeiro: Sprint, 1995.
FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem. Porto
Alegre: Artmed, 2008.
GALLAHUE, D.L.; OZMUN, J.C.Compreendendo o Desenvolvimento Motor:
bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005.
LE BOULCH, J. Educação Psicomotora. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 1981.
NANNI, D. Dança Educação: Pré-escola à Universidade. 2.ed. Rio de
Janeiro: Sprint, 1998.
12
NETO, A. S. et. al. Relação Entre Fatores Ambientais e Habilidades
Motoras Básicas em Crianças de 6 e 7 Anos. Revista Mackenzie de
Educação Física e Esporte, v.3, n.3, 2004.
OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: Educação e reeducação
num enfoque Psicopedagógico. 9. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro. 1997.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 1999.
ROSA NETO, Francisco. Manual de Avaliação Motora. Porto Alegre: Artmed
Editora, 2002.
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avaliação e comparação da coordenação