Asensi, Giselli Fernandes. PRODUÇÃO DE UMA VACINA VIVA UTILIZANDO
Lactococcus lactis COMO VETOR PARA IMUNIZAÇÃO ORAL COM SEB
RECOMBINANTE CONTRA INFECÇÃO LETAL POR Staphylococcus aureus. Rio de
Janeiro, 2011. Tese (Doutorado em Ciência de Alimentos). Instituto de Química.
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Os genes rsea e rseb de Staphylococcus aureus foram clonados, separadamente, em
pxylSEC:nuc e pxylCYT:nuc para obter a expressão destas proteínas na forma secretada e
citoplasmática, respectivamente. Foi avaliado se a imunização com rSEB expresso em
Lactococus lactis poderia proteger camundongos C57B/6 contra a infecção letal provocada
por S.aureus. Também foi avaliado se a utilização de IL-12 murina como adjuvante da
vacina viva potencializaria a imunização. Foram efetuados 3 experimentos de imunização
oral com 109UFC de L. lactis pxylSEC:rseb ou L.lactis pxylCYT:rseb, na ausência ou
presença de 109 UFC L.lactis pnisSEC:IL-12. Fezes e sangue foram coletados para serem
analisados por ELISA quanto a produção de IgA e IgG anti-rSEB, respectivamente. Os
animais vacinados com a cepa que produz rSEB no citoplasma produziram IgA anti-rSEB
específica quando comparados com o grupo controle PBS. O grupo vacinado com L. lactis
pxylSEC:rseb apresentou níveis significativos de IgA anti-rSEB, em 2 dos 3 experimentos.
O aumento da resposta imunológica específica e sistêmica, determinada pela dosagem de
IgG, não foi significativa em 2 dos 3 experimentos, seja para o grupo que recebeu L.lactis
pxylCYT:rseb ou L.lactis pxylSEC:rseb. Foi detectada resposta específica significativa de
IgG anti-rSEB no soro dos animais imunizados pela via intragástrica com as duas cepas
recombinantes, L.lactis pxylSEC:rseb e L.lactis pxylCYT:rseb, quando comparados com os
grupos controles, quando foi utilizada L. lactis pnisSEC:IL-12. A detecção de IgG antirSEB demonstrou que, provavelmente, os camundongos apresentaram resposta imune
sistêmica ao antígeno em função da utilização do adjuvante. O desafio intraperitonial foi
feito com concentrações diferentes nos 3 experimentos, isto porque foi feito um ajuste
considerando o peso dos animais. Foram utilizados 7x108UFC, 109UFC ou 5x108UFC (1º,
2º e 3ºexperimento, respectivamente) de uma cultura de células viáveis de S. aureus
ATCC14458, cepa produtora de SEB. A resposta imune celular foi avaliada pela
enumeração de S. aureus/g de baço dos animais imunizados em relação ao controle. Nos 3
experimentos efetuados tanto o grupo imunizado com L. lactis pxylSEC:rseb quanto o que
foi imunizado com L. lactis pxylCYT:rseb mostraram redução significativa na enumeração
de S. aureus e a administração de L. lactis pnisSEC:IL-12 em conjunto com as cepas
transformadas com os vetores que possibilitavam a expressão secretada e extracelular de
rSEB não exerceu papel importante neste tipo de resposta. Nos 3 experimentos, o grupo
imunizado com L. lactis pxylCYT:rseb obteve percentuais de sobrevivência maiores
(100%, 40% e 100%, no 1º, 2º e 3ºexperimento, respectivamente) do que os animais
imunizados com L. lactis pxylSEC:rseb (70%, 20% e 90%, no 1º, 2º e 3ºexperimento,
respectivamente). Os percentuais de sobrevivência na presença e ausência de L. lactis
pnisSEC:IL-12 foram os mesmos.
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