Distribuição Gratuita
Ano VI - n° 70 - Agosto de 2009
www.cotripal.com.br
Atualidades
Treinamento
para salvar
vidas
Nova gripe
preocupa
população
Entrevista com
o presidente
da CCGL
Frutas
cítricas na
alimentação
Editorial
O Brasil sob um olhar cooperativista
O 3º Fórum do Cooperativismo,
realizado no último mês de Julho em
Lajeado-RS, promovido pela Unimed Vales
do Taquari e Rio Pardo, trouxe não
somente reflexões a respeito do cooperativismo gaúcho mas, também, inquietações
sobre o cenário socioeconômico nacional.
Dentre os temas abordados, as
discussões em torno da necessidade de
planejamento estratégico deixaram claro
que a profissionalização da gestão é
essencial à sobrevivência de qualquer empreendimento hoje em dia. Isso chama
atenção para um problema cultural enfrentado no Brasil, já que muito empresário –
seja de pequeno ou grande porte – ainda
não se conscientizou da indispensabilidade de metodologias gerenciais para o
sucesso de seus negócios.
Outro assunto importante trouxe
ao debate a legislação ambiental e seus
dilemas. Se aplicada com rigor, segundo
estudos da Federação das Cooperativas
Agropecuárias do Rio Grande do Sul –
FecoAgro-RS, haverá uma considerável
redução na produção de alimentos com
consequente encolhimento de empregos,
renda e do próprio Produto Interno Bruto – PIB.
Isso porque, em nosso país, a mentalidade da maioria dos legisladores ainda funciona com a mecânica apequenada de quem só
calcula números de urna. Ora, o dever de
nossos representantes é avaliar as consequências e legislar pelo bem da coletividade. Neste
caso, tornou-se imperioso encontrar um ponto
de equilíbrio entre a preservação ambiental e o
desenvolvimento socioeconômico nacional.
Basta bom-senso para concluir que a balança
não pode pender para lado nenhum – do
contrário, compromete-se o futuro da nação.
Ainda no mesmo fórum, uma questão
tributária preocupou profundamente os participantes: o Ato Cooperativo. Resumidamente,
trata-se de um mecanismo jurídico que evita o
recolhimento duplicado do Imposto de Renda
sobre a produção de quem opera cooperativamente.
A tentativa do governo de mexer nisso
é mais uma demonstração de que a classe política não tem disposição alguma de moralizar
seus próprios atos, enxugando o custo da máquina pública e combatendo, de fato, a corrupção. Ao contrário, prevalece a estratégia suicida de aumentar a carga tributária sobre quem
produz. Estratégia nada inteligente, diga-se de
passagem. Pois, a continuar assim, chegará
um momento em que se tornará inviável a
atividade justamente daqueles que geram a riqueza necessária para sustentar a economia.
Queira Deus o cooperativismo sobrepuje os obstáculos que a ele se impõem e
sua mentalidade contagie a sociedade
brasileira. Isso de tal modo que entre em nossa veia cultural a ideia simples, mas poderosa,
da ajuda-mútua como fórmula do sucesso.
Porque o êxito de uma coletividade depende
do comprometimento e empenho de cada um
de seus integrantes com o desenvolvimento
sustentável. Depende de estratégias que
recompensem cada um conforme o seu mérito, em vez de sugar o cidadão produtivo para
suprir o parasita social. Depende, por fim, de
uma velha máxima que ficou esquecida,
embora paire diariamente sobre nossa cabeça: onde existe ordem, há progresso.
Mercado agrícola
TRIGO
SOJA
O mercado segue estagnado. Moinhos continuam comprando
lentamente. Os fatores negativos do mercado foram: a cotação
internacional em queda e o estoque excedente em bom volume no
estado gaúcho. Mesmo com a Conab efetuando leilões de PEP
para as regiões Norte e Nordeste, o mercado não está conseguindo reagir. O preço pago ao produtor caiu de R$ 24 para R$ 22 a
saca.
MILHO
O mercado da soja na Bolsa de Chicago oscilou entre US$ 11,60 e
US$ 9,76 por bushel. Os principais fatores dessa baixa foram: o
aumento de área de plantio nos Estados Unidos; o clima e
desenvolvimento favoráveis da lavoura norte-americana; o
aumento de área na Argentina; e notícias de maior exigência do
órgão de Controle dos Mercados Futuros de Commodities para
inibir a ação dos especuladores. Rumores de que a China
diminuirá o ritmo de compras também deixaram o mercado ainda
mais volátil. O dólar oscilou para baixo, caindo de R$ 2 para R$
1,90. O preço do dia caiu de R$ 47 para R$ 41 a saca.
O preço do milho continua em queda, cotado a R$ 16,50 a saca.
Houve redução na Bolsa de Chicago devido ao aumento de área
nos Estados Unidos; a desvalorização do dólar também forçou a
cotação para baixo; o preço da exportação menor que o Mercado
Interno foi outro fator; além disso tudo, as ofertas do Centro-Oeste
e Paraná e a venda dos estoques públicos pela Conab influenciaram negativamente na cotação do cereal.
A alta nesse período não foi significativa. Os produtores receberam, em média, R$ 0,58 pelo litro do leite entregue em junho –
valor que teve acréscimo de apenas R$ 0,01. A tendência é de que
os preços se mantenham, em virtude do crescimento das
pastagens e consequente aumento da oferta no varejo.
LEITE
Referente a julho de 2009
INFORMATIVO ATUALIDADES COTRIPAL
02
COTRIPAL AGROPECUÁRIA COOPERATIVA
Rua Herrmann Meyer, 237 - Centro - CEP: 98280-000 - Panambi/RS
Fone: (55) 3375 - 9000 - Fax: (55) 3375 - 9088
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CONSELHO FISCAL
Carlos André Schmid, Elton Trennepohl,
Loreno Ingomar Brönstrup, Lírio Franken,
Daniel Strobel e Ilário Bruno Ohlweiler.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente: Germano Döwich
Vice-Presidente: Dair Jorge Pfeifer
Conselheiros: Germano Becker, Darci Witzke,
Elmo Pedro Von Mühlen, Manfredo Adler, Ivo Linassi, Jeferson
Fensterseifer, Eliseu Dessbesell, Davi Keller e Delmar Schmidt.
EXPEDIENTE
Comunicação e Marketing Cotripal
Agosto 2009
DESIGN GRÁFICO
Charlei Haas e Valdoir do Amaral
JORNALISTA RESPONSÁVEL
Tamar Mirella P. Santos - Mtb/RS 13153
Fabiana de Moraes - Mtb/RS 9708
IMPRESSÃO
Kunde Indústrias Gráficas Ltda
Tiragem: 5.000 exemplares
CONTATO
MKT Cotripal - Fone:(55) 3375 9061
Email: [email protected]
Prata da casa
“Ser agricultor é motivo de orgulho”
Ele conhece bem as principais culturas: soja, trigo e milho. Numa bela propriedade na
linha 32 Norte, interior de Ajuricaba, divide com seu filho a lida diária nos 170 hectares
de terra. De família italiana, Neri Domingos Bortolini nasceu e cresceu nessa região,
de onde não pretende sair tão cedo.
Nas horas vagas – que não são muitas –, aproveita a companhia da sua esposa e
familiares para, entre uma conversa e outra, degustar um bom vinho e, é claro, como
um legítimo italiano, de fabricação própria. Esse associado da Cotripal ganha
destaque como prata da casa desse mês.
Nome: Neri Domingos Bortolini.
Esposa: Dulce Maria Bortolini.
Filhos: Ângela Cristina Pomarenki, 29;
Leandro, 25; Angélica, 18 e Alessandra, 15
anos.
Netos: Larissa, 5 anos.
Função: Agricultor. Sou filho de agricultores
e aos 12 anos resolvi seguir a mesma
profissão dos meus pais. Há 23 anos, com
muito orgulho, já sou associado da Cotripal.
Atualidades: Como você define sua
personalidade?
Neri: Me considero uma pessoa forte. Não
costumo desanimar com as adversidades da
vida. Sou trabalhador, honesto e solidário.
Sigo uma filosofia: é preciso ser amigo para
ter amigos.
Atualidades: Você se considera religioso?
Neri: Sou católico. Deus é minha fortaleza.
Nele encontro forças para tocar a vida e
manter minha família sempre unida. Os ensinamentos que Deus nos deixou estão presentes no nosso dia a dia e em nossas rezas.
Atualidades: Falando em família, o que a
sua representa para você?
Neri: Valorizo cada minuto que passo ao lado
da esposa e dos filhos. Eles são pessoas
especiais, queridas e motivo de imensa
felicidade. Faço tudo pensando neles,
buscando dar o melhor de mim. É muito
valorosa a relação que tenho com eles.
Atualidades: 23 anos ao lado da Cotripal.
O que isso representa?
Neri: Respeito, consideração, dedicação,
carinho, auxílio e muito mais... É isso que a
Cooperativa representa na vida da minha
família. Nesses anos todos, mesmo em
épocas difíceis – com quedas na agricultura –
não houve situações em que a Cotripal não
ficasse ao meu lado, me dando suporte. A
Cooperativa é uma empresa completa que só
acrescenta coisas boas na vida dos associados, clientes e comunidade.
Atualidades: Noto que você é uma pessoa
realizada profissionalmente. Tem algum
segredo para isso?
Neri: Não existe nenhuma fórmula mágica
para isso. Todas as pessoas são capazes de
se realizar profissionalmente e o segredo
está em fazer com amor. O trabalho edifica o
homem – já dizia o velho ditado –, ainda mais
quando a gente faz o que gosta. Ser agricultor é motivo de orgulho para mim. A agricultura já me proporcionou muita coisa e vai
continuar me dando mais. Enquanto eu tiver
saúde, vou permanecer firme na lida.
Atualidades: E suas realizações pessoais,
quais são?
Neri: A família em primeiro lugar. Amo minha
esposa e meus filhos acima de tudo. Com
eles aprendi muita coisa e a cada dia aprendo
mais. Sou realizado também por já ser
“vovô”, mas quero que meus outros filhos me
deem muito mais netos também. Para mim,
casa feliz é aquela cheia de crianças ao redor
da gente.
Atualidades: Você já realizou muita coisa
em sua vida. Tem algum sonho daqui para
frente?
Neri: Sempre terei. Deus é bondoso nos
dando o privilégio de sonhar. Tenho trabalho,
família e bens materiais. Agora meu sonho é
que meus filhos possam ter saúde e felicidade nas famílias que constituírem, e, é claro,
enchendo minha casa de netinhos.
Atualidades: Que mensagem você quer
deixar para o leitor?
Neri: A pessoa deve permanecer firme,
mesmo que as intempéries da vida abalem
um pouco as estruturas. Permanecer com
esperança e fé é muito importante. Depois da
tempestade vem sempre a bonança. Não há
jeito melhor de aprender as lições da vida do
que vivendo. Me mantenho nesse propósito,
foi assim que me criei e eduquei meus filhos.
Agosto 2009
03
Cursos
Gestão Rural
Entre os dias 2 e 3 de julho, aconteceu na linha Brasil,
em Panambi, o curso de Gestão Rural, nível básico, oferecido
pelo Senar em parceria com o Sindicato Rural de Panambi,
Sicredi e Cotripal. O evento contou com a participação de
produtores rurais do núcleo de jovens Unidos do Progresso. No
programa, foram abordados temas como política agrícola,
planejamento e gerenciamento, matemática financeira, estratégias de comercialização, entre outros. De acordo com o instrutor,
Kurt Knebelkamp, “a área de abrangência da Cooperativa
disponibiliza um forte potencial para a agropecuária, já que
possui terra, água, sol e tecnologia. No entanto, só isso não é o
suficiente. É necessário haver também uma gestão forte,
competente e eficaz", explica.
Podas
Tipos de podas, formas de cada árvore, ferramentas
utilizadas, épocas e técnicas foram os assuntos abordados durante o
curso de Fruticultura – tecnologia de poda, realizado pelo Senar em
parceria com a Cotripal,Sicredi e Sindicato Rural nos dias 9, 10 e 11
de julho. A programação foi desenvolvida nas linhas Morengaba e
Jacicema. O instrutor, Vinício Fonseca, ressaltou que o aprendizado
ajuda a corrigir erros, acrescenta novos conhecimentos e contribui
para que o produtor obtenha um pomar com maior produtividade.
Escola móvel da AGAS ministrou
cursos na Cotripal
O projeto itinerante De Olho no Futuro – Seu Veículo de Capacitação
Profissional, da Associação Gaúcha de Supermercados – AGAS, trouxe para
Panambi, entre os dias 6 e 9 de julho, diversos cursos de capacitação para os
colaboradores dos supermercados Cotripal. Montada sobre um caminhãocarreta, e viabilizado pela Oniz Distribuidora e pela VisaNet Brasil, a escola
móvel do projeto é equipada com maquinário de panificação e açougue, o que
permite a realização de aulas práticas para turmas de até 50 alunos.
Em Panambi, a carreta permaneceu no estacionamento do
Supermercado e qualificou 250 pessoas com seis cursos, entre eles, reposição e
merchandising, prevenção de perdas, operação de checkout e empacotamento
de mercadorias. Segundo a analista de Recursos Humanos, Cristina Lasch dos
Santos, “a busca pela excelência em todos os segmentos é uma preocupação
constante da Cotripal. Todos os treinamentos realizados procuraram aprofundar
técnicas específicas profissionalizando o colaborador, gerando assim a melhora
dos serviços oferecidos pela cooperativa”.
A comunidade também foi beneficiada com a carreta-escola, pois,
segundo Cristina, os cursos eram abertos para colaboradores de outros
estabelecimentos comerciais, como também àqueles que buscavam qualificação para o mercado de trabalho.
04
Agosto 2009
Comunidade
Promoção Farinhas e Massas Orquídea
agita o Supermercado Cotripal
Corre-corre geral pelos corredores dos supermercados Cotripal de Panambi, Condor, Pejuçara e Santa Bárbara do Sul
3, 2, 1... Foi dada a largada para uma corrida
maluca pelo Supermercado. A promoção “Carrinho
premiado”, organizada pela empresa Farinhas e Massas
Orquídea, em parceria com a Cooperativa, fez as
ganhadoras acelerarem os carrinhos de compras nos
dias 16 e 17 de julho.
Participou da promoção quem adquiriu
qualquer produto da marca Orquídea nos supermercados da Cotripal e preencheu devidamente o cupom de
participação. O sorteio, no dia 10 de julho, contemplou
Reni Jungbeck – Condor, Isaura Parussolo – Pejuçara,
Dulce Caleffi – Santa Bárbara do Sul, Mariane Schaeffer
e Isolde Müller – Panambi.
No Supermercado de sua cidade, cada uma
delas teve três minutos para colocar no carrinho todos os
produtos que conseguisse. A correria foi grande. Todos
pararam para acompanhar. Houve torcida e até palpite
sobre o que as felizardas deviam pegar. No fim, elas
puderam levar o carrinho cheio para casa, com tudo
pago pela Orquídea.
O evento inusitado, que animou as contempladas e a todos que puderam assistir, contou com a
presença do supervisor de vendas Orquídea, Valderes
Conte, do coordenador de merchandising, Humberto
Carbone e do representante comercial, Daylton Ponsi.
Agosto 2009
05
Visitas
Cotripal promove viagem de conhecimento a associados
Viagem a Rio Grande acontece anualmente e possibilita informação e desenvolvimento
Aprendizagem e integração marcaram a visita dos
associados da Cotripal a Rio Grande. A viagem aconteceu nos
dias 9 e 10 de julho, com mais de 40 pessoas. No roteiro, paradas
na indústria de fertilizantes Yara Brasil, nos terminais Termasa e
Tergrasa, no complexo portuário da cidade gaúcha de Rio
Grande e na Inducal, empresa de calcário, no município de
Caçapava do Sul.
O objetivo da viagem é mostrar ao produtor os principais caminhos por onde passa sua produção durante a comercialização, bem como o local de onde provêm alguns dos insumos
usados na lavoura. O conhecimento desses procedimentos
amplia a visão de mercado e a compreensão dos processos
agrícolas no país. “Além disso, os participantes podem conhecer
novos lugares, com paisagens e culturas diferentes e fazer
novas amizades”, destaca o coordenador do grupo, Udo Konrad.
Cotripal visita unidades de sementes da Pionner
O presidente da Cotripal, Germano Döwich e o gerente
técnico, Eugenio Osvaldo Pott, estiveram em Brasília, nos dias 14 e
15 de julho, a convite da Pionner. Eles visitaram as unidades de
sementes de soja, em Planaltina, no Distrito Federal, e milho, em
Formosa, já no estado de Goiás.
A Pioneer possui várias estações de pesquisa em todo o
Brasil, atuando no melhoramento genético em variedades de soja,
híbridos de milho e sorgo com tecnologia de ponta.
De acordo com Eugenio, a visita teve o objetivo de conhe-
cer as tecnologias empregadas na produção das sementes. Segundo ele, “a Pionner vem focando sua pesquisa em sementes de alta
qualidade e sanidade – fatores essenciais para uma boa safra”.
O presidente, Germano Döwich, observou a importância
de conhecer a estrutura de uma empresa parceira da Cooperativa.
“Isso é de grande valor, pois a semente carrega todo o potencial de
uma produção agrícola. Precisamos, portanto, dar toda atenção
para esse produto e sempre oferecer o melhor ao nosso produtor
associado”, ressalta.
Conselheiros e líderes de núcleo conhecem a
indústria de leite da CCGL
A Cotripal levou no dia 10 de julho
cerca de 50 associados, entre conselheiros,
líderes de núcleo e diretores para visitar a
Cooperativa Central Gaúcha Ltda – CCGL . O
objetivo foi conhecer esse importante empreendimento no setor leiteiro do qual a Cotripal
faz parte. Os visitantes puderam acompanhar todo o processo de fabricação do leite
em pó, como, também, ficaram a par das
pesquisas realizadas pela CCGL-TEC/Fundacep na área de grãos e forrageiras.
O grupo foi recebido pelo próprio
presidente da empresa, Caio Vianna, que fez
uma apresentação geral, passando por
tópicos como sua origem e evolução,
mercados de atuação, serviços e produtos
oferecidos, estrutura física e resultados
financeiros. A capacidade atual da indústria é
de um milhão de litros diários, porém, devido
ao período de entressafra, ela está operando
com 60% da sua capacidade.
Quanto às perspectivas de mercado para o setor lácteo, Caio apontou grandes
espaços para o Brasil e principalmente para o
Rio Grande do Sul diante da estagnação da
produção em países da União Europeia,
Austrália, Nova Zelândia e Argentina. Ele
também analisou cenários de preços internacionais para o leite, prevendo um reposicio-
06
Agosto 2009
namento que deverá manter os valores em
patamares médios. Ainda falou do projeto da
CCGL, detalhando as responsabilidades que
são assumidas pela indústria, pelas cooperativas filiadas e pelos produtores.
A pesquisadora da CCGL TEC/Fundacep, Teresinha Roversi, falou aos visitantes sobre as cultivares de soja que estão
sendo desenvolvidas. Ela ressaltou que o
foco de todo o trabalho está voltado para
rentabilidade e produção com baixo custo.
Além disso, o grupo conheceu a
experiência que está se desenvolvendo ali
com um tambo experimental de leite, onde
são geradas e testadas tecnologias para
serem repassadas aos produtores através
das cooperativas associadas.
O presidente da Cotripal Germano
Döwich, que acompanhou o grupo, destacou
a importância de oferecer à liderança da
Cooperativa, representada por conselheiros
e líderes de núcleo, informações a respeito
da CCGL e da Fundacep. “A indústria láctea e
a fundação de pesquisa que temos aqui são
extensões dos negócios da Cotripal.
Portanto, é essencial que nossos líderes
conheçam os processos, estejam a par das
perspectivas de mercado e tenham uma ideia
clara a respeito das oportunidades que tudo
isso proporciona para o nosso produtor
associado. E, falando especificamente sobre
leite, este produto representa uma fonte de
renda importante para muitas famílias de
associados – daí, precisamos estar atentos
nas possibilidades de incrementar cada vez
mais essa renda.”
Entrevista
Preço do leite longa vida
sobe na gôndola dos
supermercados
Em contraponto, esse aumento não chegou ao bolso
do produtor leiteiro
O preço do leite longa vida quase dobrou nas prateleiras
dos supermercados este ano. O principal motivo foi a coincidência de problemas durante a entressafra brasileira – período entre
a segunda quinzena de maio e a última de junho, no qual
acontece a transição das pastagens de verão e inverno.
Embora nessa época o pasto normalmente diminua,
reduzindo a produção de leite, o quadro se agravou nos últimos
meses em função da estiagem na região Sul – o que reduziu
ainda mais a pastagem – e das chuvas fortes do Norte – o que
prejudicou a captação do produto. Em entrevista ao Atualidades
Cotripal, o presidente da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. –
CCGL, Caio Vianna, fez uma breve análise do comportamento do
mercado lácteo no cenário mundial e deu dicas interessantes aos
consumidores desse produto.
Atualidades – Qual é a atual situação do
mercado lácteo no Brasil e no mundo?
Caio – O mercado lácteo vem operando com
preços elevados nos últimos meses,
principalmente no produto longa vida. No
Brasil, isso aconteceu em virtude da estiagem na região Sul e da política do governo
que segurou as importações de países como
Uruguai e Argentina – onde os valores
praticados são inferiores aos nossos. Para
entender melhor, nos países europeus,
Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália,
o produtor recebe um valor inferior ao pago
para o brasileiro. Isso faz com que os seus
produtos sejam oferecidos a outros países
com preços “melhores” para compra – ou
seja, como vivemos num mundo globalizado, é certo que o governo não pode barrar as
importações por muito tempo. Mas, passado
o período de entressafra, a perspectiva é de
queda nos preços nas gôndolas.
Atualidades – Por que a alta de preço na
gôndola não dá retorno ao bolso do
produtor?
Caio – Realmente o preço do leite longa vida
teve uma alta significativa. A questão, neste
caso, é econômica, ou seja, a indústria sempre passa por períodos onde trabalha com
prejuízos – geralmente quando a demanda
de produtos é alta e os preços estão em
queda. Agora, quando a oferta da matériaprima é pouca, ocorre o inverso: a prática de
valores fica acima do normal. Na verdade
tudo gira em função da oferta e da procura.
É importante compreender que o mercado
de leite é cíclico e tem altos e baixos. O atual
momento é desafiador e, realmente,
demanda mais cuidados. Por isso procuramos alertar o produtor quanto à importância
de administrar bem os custos em épocas
difíceis. A ideia é produzir com a melhor
qualidade possível, mas com custos baixos.
Dessa forma, nos períodos de preços altos
no mercado ele poderá ganhar mais e,
quando não, diminuirá os prejuízos,
conseguindo manter a rentabilidade na
propriedade. Hoje em dia, tudo depende de
planejamento estratégico.
Atualidades – E o consumidor? Como
pode driblar os preços altos sem deixar
de consumir leite?
Caio – Só por curiosidade, é interessante
informar que as regiões Norte e Nordeste do
Brasil possuem o hábito de consumir mais
leite em pó do que longa vida por pura
praticidade – ele não sofre deterioração, é
mais fácil de guardar e se conserva por mais
tempo, mesmo quando aberto. Outro
detalhe: se o consumidor prestou atenção,
percebeu que há poucos dias o leite em pó
estava sendo vendido nos supermercados a
R$ 10 o quilo. Nessas circunstâncias, quem
optou pela compra desse produto saiu
ganhando – levou para casa um litro de leite
por apenas R$ 1,20. Conclusão: devido ao
hábito de tomar leite fluido, principalmente
na região Sul, as pessoas ainda não se
deram conta de que podem ter vantagens
com o leite em pó.
Atualidades – Mas o leite em pó mantém a
mesma qualidade do produto fluido?
Caio – Com certeza. E em se tratando de
CCGL, o nosso leite em pó é o único do
Brasil processado pelo sistema MVR –
Mechanical Vapor Recompressor – que
permite menor temperatura no processamento do produto (em torno de 80°C,
enquanto outros sistemas operam com 120º
C). Isso garante qualidade microbiológica e
evita modificações químicas, ou seja,
mantém a qualidade nutricional quase na
integralidade, sem perder o sabor do leite.
Por isso, a troca do leite longa vida pelo em
pó pode ser feita sem nenhum prejuízo
nutricional, uma vez que ele nada mais é do
que leite desidratado. Ele pode, inclusive,
apresentar-se com diferentes teores de
gordura – integral, semi-desnatado ou
desnatado – e o melhor: com longevidade
estendida.
Agosto 2009
07
Especial
25 de julho: dia celebra a importância
de imigrantes, colonos e motoristas no
desenvolvimento do Brasil
A data foi comemorada na área de abrangência da Cotripal por várias comunidades, mantendo firme a consciência
da importância dessa gente aguerrida na história e no dia a dia do país.
Feriado em Panambi e Condor, o dia 25 de Julho foi
celebrado para destacar o papel fundamental que imigrantes,
colonos e motoristas sempre tiveram na construção do país. A
primeira solenidade aconteceu na linha Ramada, em Condor, no dia
19, quando a comunidade local realizou uma confraternização para
marcar a data e prestou homenagem a pessoas que representaram
cada uma das três categorias. O mesmo aconteceu no dia 25 em
linha Maraney, Panambi, e na cidade de Condor. Já no dia 26, os
motoristas fizeram um bonito desfile pelas ruas de Panambi,
demonstrando toda força dessa profissão que literalmente carrega o
progresso da nação.
08
Agosto 2009
A programação dos eventos proporcionou ao público
momentos de lazer e cultura, com gastronomia típica e exposição de
artesanato. O presidente da Cotripal, Germano Döwich, que
acompanhou os festejos em linha Maraney disse que “a data merece
ser lembrada e é mais uma oportunidade de demonstrar todo o nosso
respeito e reconhecimento ao valor dessas categorias”. Para o vicepresidente, Dair Jorge Pfeifer, que esteve presente em Condor,
“comemorar o 25 de Julho valoriza a nossa história, fazendo com que
as novas gerações mantenham a memória de suas raízes e compreendam sua própria identidade”.
Pessoas e entidades homenageadas
Linha Maraney
- Imigrante: Ivo Windmöller
- Colono: Osvino Ohlweiler
- Motorista: Kurt Hugo Lohmann
Linha Ramada
- Imigrante: Elio Cord
- Colono: João Schmidt
- Motorista: Elio Wendland
Condor
- Sindicato Rural
- Sindicato dos Trabalhadores Rurais
- Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
Agosto 2009
09
Jovem aprendiz
Eles também se preocupam com o meio ambiente!
A preservação do meio ambiente e a consciência de todos nessa causa é preocupação cada vez maior em todo o mundo.
No Programa Jovem Aprendiz Cotripal não é diferente.
As aulas do Programa Jovem Aprendiz da Cotripal continuam “a todo vapor”.
Todos os dias, mais conhecimento é agregado aos 56 jovens participantes, divididos em
duas turmas nos períodos de manhã e tarde.
Os professores sempre buscam formas
inteligentes e criativas de envolver os alunos
fazendo com que as disciplinas sejam
aprendidas de maneira eficaz.
A professora de Meio Ambiente e
Ecologia, Alice Molz Freitas, é um exemplo
disso. Durante sua aula, ela desafiou os
aprendizes a elaborar projetos de melhoria
ambiental, que levassem em consideração os
10
Junho 2009
problemas mais evidentes em nossa sociedade. Cada grupo ficou responsável por
pesquisar, criar, fazer contatos com entidades
e o que mais fosse preciso para viabilizar o
projeto. Por fim, todos tiveram que apresentar
os resultados para o restante da classe.
“Fiquei surpresa com a originalidade deles.
Além de mostrar muita receptividade, apresentaram materiais incríveis. Estão todos de
parabéns”, a professora comenta com um
sorriso satisfeito.
Os projetos abordaram temas como
separação, coleta seletiva e reciclagem. Os
aprendizes fizeram brinquedos reciclados
com garrafa pet, caixa de leite, embalagens e
sucatas; confeccionaram poltronas e pufes
com garrafa pet; reciclaram papel; fizeram
teatro em escolas de Panambi e Condor com
fantoches (feitos de material reciclado);
plantaram árvores nativas; organizaram lixeiras seletivas; e ainda fabricaram sabão
reutilizando óleo de cozinha.
Iniciativas como essa geram impacto e ajudam a nos conscientizar que
existem alternativas aos problemas ambientais. Basta boa vontade e um pouco de
criatividade para encontrar as soluções de
que necessitamos.
Eventos
Cotripal e Vinícola Aurora promovem
agradável noite de degustação de vinhos
Mais um Curso de Degustação de Vinhos foi promovido com
sucesso pela Cotripal. Desta vez, em parceria com a Cooperativa
Vinícola Aurora. O evento, realizado no dia 8 de julho, nas dependências da Afucopal, contou com o acompanhamento dos produtos do
Frigorífico, Fruteira e Padaria Cotripal. Além destes, a parceria com a
empresa Laticínios São João incrementou o cardápio da noite, deixando-o ainda mais saboroso.
A Vinícola Aurora é conhecida e respeitada em toda a América
do Sul pela variedade e requinte de seus vinhos e espumantes. Os
produtos foram apresentados aos convidados pelo enólogo André
Peres Júnior. Ele abriu o programa exibindo um belo institucional com o
histórico da vinícola. Na sequência, falou das variedades, fatores
determinantes para qualidade, tipos de taças e temperaturas ideais.
Cada explicação foi acompanhada pela degustação do produto sobre o
qual o enólogo discorreu, o que ajudou a tornar o assunto bastante claro
e agradável.
Alessio Hess, supervisor do Supermercado Panambi, se
mostrou muito satisfeito com o evento: “São vinhos que nós temos
disponíveis ao público em nossas gôndolas e, por isso, é importante que
as pessoas conheçam as diferenças entre uma e outra variedade, pois
isso ajuda na hora da escolha na compra. É mais uma forma, portanto,
de servirmos bem o nosso cliente”.
Cotripal presente no 3º Fórum de Cooperativismo
Evento reuniu mais de uma centena de participantes em Lajeado
O gerente de Comunicação e Marketing da Cotripal,
Marco André Regis, foi um dos palestrantes, no dia 16 de julho, do
3º Fórum de Cooperativismo, que aconteceu no município de
Lajeado, promovido pela Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo. O
evento reuniu gestores e representantes de cooperativas de todo o
estado, objetivando comemorar o Dia Internacional do
Cooperativismo e possibilitar a troca de experiências entre as
cooperativas gaúchas.
O assunto abordado por Marco André foi “Planejamento
estratégico em cooperativas”, ele destacou que, no ambiente atual
de mercado, é preciso fazer uso de ferramentas modernas de
gestão a fim de beneficiar o associado. “Uma cooperativa sempre
será importante se souber articular o coletivo para suprir necessidades individuais – ou seja, manter o foco no associado. Isso
beneficia tanto o cooperativado quanto a sociedade ao redor, pois
gera riqueza, emprego e desenvolvimento”.
O presidente da Cotripal, Germano Döwich, também
participou do evento. Segundo ele, “os debates foram importantes,
pois tocaram em assuntos que ultrapassaram as fronteiras do
cooperativismo gaúcho, abordando também o cenário nacional
como um todo. A participação da Cotripal em eventos dessa
natureza nos coloca como agentes nos processos de mudança em
vez de ficarmos como espectadores só aguardando para ver o que
acontece”.
Agosto 2009
11
Saúde
Segurança do trabalho
Novos cipeiros recebem treinamento
Eleitos no último dia 30 de junho, os integrantes
da comissão responsável pela prevenção de
acidentes de trabalho foram orientados sobre
suas atribuições
Em toda a Cotripal existem oito
Cipas, totalizando 94 cipeiros. O que é
Cipa? A sigla de “Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes” se refere ao grupo
de colaboradores responsável por prevenir
acidentes e possíveis doenças decorrentes
do trabalho, buscando, ainda, melhorar a
qualidade de vida de todo o quadro
funcional.
As atividades da Cipa, por sua vez,
recebem apoio do Serviço Especializado
em Segurança e Medicina do Trabalho –
Sesmt. Trata-se de um departamento que
se dedica exclusivamente aos cuidados
necessários para garantir o máximo de
segurança nos ambientes da empresa.
Responsável pelo Sesmt, o engenheiro de segurança do trabalho Rogério
Cristiano Franco descreve a rotina dos
cipeiros como “uma prática de 'olho clínico'.
Eles são treinados para fazer controle,
investigar e, principalmente, prevenir
possíveis acidentes nos locais de trabalho.
Equipamentos de Proteção Individual – EPIs
Os equipamentos de proteção constituem uma forma básica de
garantia de segurança. Indispensáveis, eles são obrigatórios nos
ambientes de trabalho, variando de acordo com as atividades de cada
profissional. Uma das funções da Cipa é justamente alertar os colaboradores para que sempre utilizem os equipamentos fornecidos pela empresa.
Na lavoura não é diferente. Há roupas adequadas para lidar com
substâncias químicas destinadas à pulverização, por exemplo, que jamais
devem ser esquecidas.
Em casa, o uso de luvas e botinas de borracha pode até ser
considerado incômodo, mas deve se tornar um hábito saudável para
qualquer pessoa que lide com produtos de limpeza, bem como a utilização
de luvas térmicas para manipular objetos aquecidos e outros acessórios
que proporcionem segurança.
Nenhum cuidado é dispensável quando se trata de vida e saúde.
12
Agosto 2009
Isso porque a maioria dos problemas não
surge de uma hora para outra. Quase
sempre há sinais indicando que algo está
errado. E a missão do cipeiro é identificar o
risco antes que alguma coisa aconteça”.
Rogério ainda destaca que “é
imprescindível capacitar o cipeiro a fim de
que ele desenvolva a atenção necessária
para cumprir sua tarefa”. Assim, o primeiro
treinamento desse grupo aconteceu nos
dias 23 e 28 de julho – havendo um dia de
aula teórica e outro de vivência prática, com
visitas a diversos estabelecimentos da
Cooperativa.
O Sesmt promove anualmente
vários cursos e eventos objetivando a
conscientização e qualificação tanto de
cipeiros quanto de colaboradores em
questões de segurança. O principal deles é
a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho – Sipat, que mobiliza
a totalidade do quadro funcional em torno do
tema.
Dicas para agir com segurança
“A gente precisa observar que acidentes não acontecem só nos locais de trabalho, mas
também na rua e até mesmo dentro de casa. É importante que todos tenham consciência
disso e procurem agir com segurança”, aconselha Rogério Franco.
Em casa
- Na cozinha é preciso verificar se o botijão de gás não está vazando ou a mangueira furada.
Muito cuidado com o fogo do próprio fogão ou até mesmo de fósforos e isqueiros,
mantendo-os longe do alcance das crianças. Ao cozinhar, jamais deixar os cabos das
panelas virados para fora do fogão, pois isso evita que alguém esbarre e se queime com o
conteúdo.
- Os medicamentos devem ser mantidos em local seguro – principalmente, fora do alcance
das crianças. Isso evita o risco de overdose ou intoxicação por ingestão acidental de
remédio.
- No jardim, se for cortar grama, por exemplo, é necessário verificar a fiação da máquina
para evitar choques elétricos e usar sempre um calçado adequado para esse tipo de
serviço.
Na zona rural
- Os produtores devem ficar atentos à manutenção e uso adequado das suas máquinas –
colheitadeiras, plantadeiras e tratores. Se operadas de forma inadequada podem
provocar acidentes fatais.
- Quanto ao uso de produtos químicos e agrotóxicos, os agricultores precisam tomar todas
as medidas de segurança para se precaver contra contaminações e intoxicações.
Curiosidade
Segundo a Previdência Social, a cada ano pelo menos três mil brasileiros
morrem vítimas de acidentes de trabalho. O setor que concentra mais casos é o
da construção civil e a principal causa é a falta do uso dos EPIs – o que gera um
aumento de 60% de mortes no setor.
Detec
Manejo de doenças na cultura do trigo
“O controle das doenças não aumenta a produção do trigo,
mas preserva o potencial de produção da lavoura.”
A afirmação partiu do doutor Carlos Alberto Forcelini, da Universidade de Passo Fundo, que
durante treinamento realizado pela Cotripal destacou o manejo correto para prevenção de
doenças na cultura do trigo. Ele alertou sobre as principais medidas a serem tomadas pelo
produtor para fiscalizar esses males e auxiliar no controle durante todo o período da planta.
Que medidas o produtor deve adotar para
proteger o potencial da lavoura de trigo?
Forcelini: Para que o trigo tenha boa produtividade e o produtor desfrute da melhor colheita
possível, o cereal precisa ter espigas grandes –
cheias de grãos. O momento em que a planta
define essa característica acontece logo após o
perfilhamento, ou seja, quando o trigo começa
a se alongar. Nesse período é muito importante
que a planta esteja bem nutrida e adubada –
adubação de cobertura – e que as doenças
estejam sob controle. Só assim o cereal terá
um potencial de produção alto. Então, tudo o
que o produtor deve fazer daí para frente é
manter esse potencial até o momento da
colheita. E se o clima colaborar – com pouca
incidência de chuvas, granizo e até mesmo
geadas – ele colherá, com certeza, uma boa
safra de trigo.
Com quais doenças o produtor deve se
preocupar quando há excesso de umidade
na lavoura?
Forcelini: A folha molhada na lavoura de trigo é
uma porta de entrada para as doenças na
planta, principalmente ferrugens, manchas
foliares e a giberela – que pode aparecer mais
tarde na espiga. Não é bom que aconteça alta
incidência de chuva durante o desenvolvimento do cereal, mas é melhor que ocorra no
período atual do que mais tarde, na floração.
O que é, como se instala e qual o período da
giberela?
Forcelini: A giberela é uma doença ligada
diretamente à ocorrência de chuva na floração.
O fungo que causa essa doença, ao se infiltrar
nos tecidos da planta, libera micotoxinas que a
enfraquecem e deixam o grão doente,
impossibilitando o aproveitamento após a
colheita.
Quais os problemas causados pelas
micotoxinas liberadas pela giberela na
planta?
Forcelini: As micotoxinas deixam o grão
murcho, o que causa quebra no rendimento
esperado, impossibilitando, assim, sua boa
qualidade. O maior dano é que o trigo, nessa
condição, não pode ser usado para fabricação
de farinha – para consumo humano – nem para
ração animal. Portanto, é importante reforçar
que o controle da giberela não serve só para
preservar a produção do trigo, mas, principalmente, para obter um grão de qualidade que
não acabe se tornando um alimento com altos
teores de micotoxina.
Como proteger o trigo dessa doença?
Forcelini: Para evitar a giberela, é recomendável que o produtor realize a aplicação do fungicida um ou dois dias antes da chuva. Dessa
forma, a espiga fica protegida e a doença com
menos chance de se estabelecer. Como diz
aquele velho ditado: “é melhor prevenir do que
remediar”, pois fica difícil reverter o quadro
após a doença se instalar na espiga.
Qual o período de intervalo entre as
aplicações de fungicida?
Forcelini: Através de estudos feitos na
Universidade de Passo Fundo, constatamos
que, no caso de doenças foliares em variedades mais produtivas e mais suscetíveis a
doenças, o intervalo pode variar de 18 a 20 dias
no máximo. Ao fazermos intervalos muito
longos, damos chance para o surgimento das
doenças.
Presença de giberela na espigueta
Anote aí!
- Rotação de culturas + tratamento de semente = ótimo começo.
- Garantia de boa produtividade = trigo com 3 a 4 folhas sadias por perfilho.
- Aplicar o fungicida preventivamente ou nos primeiros sintomas é um bom negócio.
- Se a meteorologia marcar chuva, aplicar antes.
- Entre uma aplicação e outra, o intervalo máximo é de 20 dias.
- Melhor controle é com fungicidas a base de triazol + estrobilurina.
14
Agosto 2009
CULTIVARES DE SOJA SAFRA 2008/09
0
10
20
30
40
50
60
sacos / ha
70
66,88
APOLLO
57,40
60,05
BRS-246
51,77
59,25
TITAN
46,42
55,32
56,80
54,42
FPS URANO
NA-4823
48,00
BRS-TAURA
53,85
50,52
CD-239
53,52
49,65
52,97
50,95
FUNDACEP-55
52,82
BRS-CHARRUA
47,84
52,82
FUNDACEP-59
46,65
51,62
49,30
51,37
FUNDACEP-53
CD-226
43,89
50,54
TMG 4001
44,95
50,11
BMX-POTENCIA
43,77
48,90
NA-4990
36,77
48,77
CD-219
44,56
48,77
FUNDACEP-58
44,95
48,76
CD-235
43,38
47,93
47,30
BRS-243
47,88
44,54
47,74
50,21
47,32
CD-214
IMPACTO
NA-5909
38,62
46,73
CD-231
Com fungicida Sem fungicida
42,52
46,59
46,45
44,02
FUNDACEP-57
NA-7321
40,86
43,98
45,98
41,29
39,23
CD-225
CD-213
Data de plantio: 14/11/2008
Adubação: 200 kg/ha da fórmula 2-20-30
Aplicação de fungicida: 2 aplicações nas
cultivares mais precoces e 3 nas mais tardias.
Aplicação de inseticida: 3 aplicações
em todas as cultivares.
Data da colheita: 19/03/09 a 28/04/09
36,17
38,60
CD-233
0
10
20
30
40
50
60
70
Agosto 2009
15
Agenda
Cursos
Manejo da ordenha e qualidade do leite
Promoção: Senar, Sindicato Rural de Panambi, Sicredi e
Cotripal
Nutrição do gado leiteiro
Promoção: Senar, Sindicato Rural de Panambi, Sicredi e
Cotripal
Período: 3 a 5 de agosto
Local: Linha Colônia Cash – Núcleo Otimismo
Período: 17 a 19 de agosto
Local: Linha Ocearu – Núcleo Sempre Avante
Período: 6 a 8 de agosto
Local: Linha Zepelin – Núcleo Cogitando o Futuro
Período: 20 a 22 de agosto
Local: Linha 29 – Núcleo Força da Terra – Ajuricaba
Processamento de peixes
Promoção: Senar, Sindicato Rural de Panambi, Sicredi e
Cotripal
Implementos para silagem e fenação
Promoção: Senar, Sindicato Rural de Panambi, Sicredi e
Cotripal
Período: 24 e 25 de agosto
Local: Linha Colônia Cash – Núcleo Otimismo
Período: 5 e 6 de agosto
Local: Linha Maranei – Núcleo Unidos do Campo
Período: 7 e 8 de agosto
Local: Linha Iriapira I – Núcleo Boa Amizade
Eletricista rural
Promoção: Senar, Sindicato Rural de Panambi, Sicredi e
Cotripal
Período: 3 a 5 de agosto
Local: Linha 29 – Ajuricaba – Núcleo Força da Terra
Evento
Jantar baile Dia dos Pais
Dia: 8 de agosto - 21 horas
Local: Afucopal, com animação de Fernando & Motta
Homenagem
38 anos de dedicação
Joel Batista se aposenta com quase quatro décadas de empenho cooperativista
A Cotripal, desde a época de seus fundadores, busca realizar o ideal
de união, trabalho e desenvolvimento mútuo. Isso pôde ser uma realidade
constante em sua história graças à atuação de pessoas que, seja no papel de
associado ou colaborador, sempre arregaçaram as mangas sem medir
esforços.
Dos 66 anos de Joel Malheiros Batista, 38 foram dedicados à
Cotripal. Quando foi contratado, se tornou o primeiro colaborador do setor de
Recursos Humanos da Cooperativa – na época ainda conhecido como
Departamento de Pessoal. Atualmente, ocupava o cargo de encarregado do
RH e responsável pelos vigilantes. Nessa trajetória, ele fez amizades que, com
certeza, levará para a vida inteira.
Mesmo aposentado há alguns anos, Joel não achava que era hora de
parar com sua atividade profissional. Mas o tempo foi passando e o sentimento
de dever cumprido o levou à difícil decisão de encerrar suas atividades em abril
deste ano. Chegou o momento de aproveitar também o outro lado da vida –
maiores oportunidades de lazer, de passar mais tempo ao lado da família, de
transcorrer os dias sem a pressa do corre-corre profissional.
Dos colegas de trabalho ele leva o sentimento de carinho, amizade e
consideração. Da Cotripal, a gratidão pelos anos dedicados e o desejo de
muitas felicidades.
Vende-se
Propriedade rural – “porteira fechada”
v
Área: 82,2 ha – Benfeitorias: 3 galpões e 3 casas
Parreiral: 1200 plantas de uva – Semoventes: 23 vacas, 8
terneiros, 12 sobre ano – Tambo: resfriador e ordenha
v
Máquinas e implementos:
- Massey Ferguson 290 – ano 1984
- New Holland 7630 – ano 2003
- Plantadeira Metasa 9 linhas soja – ano 2003
- Colheitadeira SLC1000 – ano 1978
- Caminhão Chevrolet – ano 1980
- Pulverizador Montana com comando e marcador – ano 1999
- Semeadeira Fankauser 15.7 – ano 1993
v
Outros:
- Tanque diesel 3000 litros
- 2 carretas agrícolas 4 t e 5 t
- 1 grade 32 discos
- 1 arado terraceador
- 1 roçadeira Jan 180
- 1 tratador de semente Bandeirante – polietileno
- 2 açudes grandes
Localização e contato:
Linha Jacicema – Telefone: (55) 9962-7621 / 9603-0114
Caminhão Chevrolet D-60 – ano 1979
Trator Massey Ferguson 95x – ano 1977
Com comando duplo e direção hidráulica
Telefone: (55) 9122-6677
Caminhão Mercedes 1113 / truck – ano 1971
Excelente estado
Telefone: (55) 9948-2824
3 vacas mestiças/gir – mansas de canga
Telefone: (55) 9168-5921
800 tramas de cerca
2 rolos de arame liso
Telefone: (55) 9901-0429
Santana 1.8 – ano 1987
Ótimo estado
Telefone: (55) 9622-0799 / 9972-0444
Colheitadeira SLC 6200 – ano 1984
Com cabine
Telefone: (55) 9146-5668
6 vacas holandesas
Resfriador a granel com transferidor
Telefone: (55) 9923-7063
Palio EX - ano 1998
2P, 4 pneus novos, limpador, desembaçador, ar-quente
IPVA 2009 pago
Telefone: (55) 9171-5958
Moto CBX 200 Strada – ano 1997
Telefone: (55) 9963-9927
S10 – Cabine Dupla / ano 2001 – cor branca
Motor 2.8 diesel, completa, 4x2
Telefone: (55) 9631-3970
Moto Titan Es 150cc – ano 2007
Telefone: (55) 9126-8832
Pulverizador Jacto / 600 litros
Com marcador de linha, 12 m de barra
Motor monofásico 3cc
Baixa rotação, marca Eberle
Telefone: (55) 9145-2167
Gol – ano 2001
4P, direção, ar quente, trava e alarme
Telefone: (55) 9126-8832
Automotriz Massey Ferguson 310
Telefone: (55) 9146-5555 / 9115-2198
Abril 2009
13
Caminhão Chevrolet D-68 – ano 1970
Colheitadeira Ideal 1175 – ano 1980
Ambos em bom estado
Telefone: (55) 9917-8004
Agosto 2009
17
Dia de lembrar
de quem nunca
se esquece de nós!
Dia dos Pais
homenagem:
juntos somos mais
precipitação (mm)
Média pluviométrica/julho
240
220
202
200
180
188
173
162
160
168
152
165
174
181
150
140
120
100
80
60
40
20
0
Panambi
Condor
Belizário
Esquina Beck Mambuca
Gramado
Pejuçara
Capão Alto
S. Bárbara
Ajuricaba
Dia de Campo Cotripal
e
d
s
a
r
Cultu o 2009
invern
Local: Campo Experimental Cotripal
BR 158 - km 133 - Condor
Dias: 6 e 7 de outubro
Horário: 14 horas
Inscrições: até o dia 1º de outubro
- Nos pontos de atendimento da
Cotripal e líderes de núcleos
- Para ônibus, necessita-se o número
da identidade na inscrição
Agosto 2009
21
Indústria
Ração para gado leiteiro: é a vez da linhaça
Produtores usam linhaça como complemento alimentar para o gado leiteiro.
Prática enriquece o leite e a carne em ômega-3.
Nos últimos anos, a linhaça vem se
tornando destaque em noticiários de TV,
jornais e revistas. Há muitos estudos em
volta dessa semente considerada um
alimento funcional de grande importância
para o consumo humano. Além de conter os
nutrientes básicos – carboidratos, proteínas,
gorduras e fibras –, é uma rica fonte do ácido
graxo ômega-3.
Pesquisas apontam que a suplementação com ômega-3 traz muitos benefícios para saúde. Dentre eles, pode-se
destacar: a prevenção de doenças cardíacas e cancerosas; o estímulo no organismo
de ações anti-inflamatórias; e a melhora na
performance do cérebro, aumentando o desempenho na concentração e na memória.
A ideia de incluir essa semente
também na alimentação do gado leiteiro
surgiu do fazendeiro francês Jean-Pierre
Pasquet. Ele notou que a manteiga produzida em sua propriedade no inverno era muito
diferente da feita em outras épocas do ano.
Curioso, pediu auxílio para um agrônomo
que constatou que o leite das vacas
passava, naquele momento, por uma
carência do ácido graxo.
O pasto é rico em ômega-3, mas no
inverno, como o gado vive confinado, alimentado somente com ração que, muitas
vezes, pode não ser tão completa, acaba
ocorrendo falta de nutrientes no organismo,
o que provoca má qualidade do leite e da
carne.
Com o auxílio de agrônomos e
pesquisadores, Pasquet inseriu na dieta dos
animais um preparado à base de grãos de
linhaça. Isso bastou para que em pouco
tempo o produtor notasse o resultado.
Segundo ele, além da carne e do leite se
tornarem mais saudáveis, até o pelo das
vacas ficou mais brilhante e macio.
Fábrica de Rações Cotripal – pioneira no
uso de linhaça em suas composições
Desde 1982, a Fábrica de Rações
Cotripal é referência de qualidade comprovada na composição de produtos, nos
cuidados durante a produção, na atenção
especial dedicada aos associados da
Cooperativa e na garantia de bons resultados na produtividade.
Segundo o supervisor da Fábrica,
André Luersen, “as rações desenvolvidas
pela Cotripal são indicadas para alimentação de bovinos, aves e suínos. São compostas por fontes protéicas e energéticas bem
formuladas e enriquecidas com vitaminas”.
As matérias-primas utilizadas são:
milho, cevada, trigo inferior, triticale e
triguilho, enriquecidos com farelo de soja, de
linhaça e de trigo, casca de soja, fosfato
bicálcico, farinha de concha de ostra,
minerais, vitaminas e aditivos. O mix de
produtos totaliza 22 opções diferentes.
De acordo com André, “a ciência se
encarrega de pesquisar e comprovar a
eficácia, o emprego e as funções dos
alimentos existentes no mundo. Nós, como
empresa, temos a obrigação de fazer bom
uso dessas informações e fabricar um
produto de qualidade, que supra as
necessidades nutricionais do plantel do
nosso cliente”.
A Fábrica de Rações Cotripal,
preocupada em oferecer sempre a melhor
qualidade em seus produtos, sabe da
importância da linhaça para a saúde. Por
este motivo, usa o farelo do grão como um
complemento importante – que não pode
faltar na fórmula das rações.
Agosto 2009
19
Aconteceu
Citricultura
como alternativa de renda
Tema foi debatido no 16º Ciclo de Palestras sobre
Citricultura do RS
O evento aconteceu no município de Veranópolis, nos
dias 1º e 2 de julho, e discutiu a situação atual da citricultura no Rio
Grande do Sul, abordando os aspectos técnicos relacionados à
cultura com objetivo de difundir novas tecnologias em solo gaúcho.
A Cotripal esteve presente através dos técnicos do Detec Otávio
Zillmer e Gilson Trindade, responsáveis pelo trabalho realizado com
citros na área de abrangência da Cooperativa.
Durante o ciclo, os participantes acompanharam diversos painéis temáticos
relativos à adubação e manejo de solo, tratamentos fitossanitários, produção e comercialização de frutas cítricas. Também realizaram visitas técnicas a pomares do município constatando
que, atualmente, os citros se adaptam a praticamente todos os tipos de solo – sobretudo a laranja e
a bergamota.
Os produtores de Veranópolis têm nas frutas e citros a
principal atividade comercial. Conforme Gilson, o município é
formado por morros, rios e baixadas, exatamente como algumas
áreas de abrangência da Cotripal – principalmente a região de
Panambi, que está situada no zoneamento agroclimático do Rio
Grande do Sul como região apta para o cultivo dos citros, com
recomendação de uso de porta-enxertos – trifoliato – tolerantes a
geadas.
“Nas visitas técnicas aos pomares, observamos
características muito semelhantes e acreditamos ser possível
investir mais nessa cultura aqui, obtendo bons retornos”,
salienta.
A Associação de Fruticultores de Panambi – Frutipan,
que também esteve presente no evento e para quem a Cotripal
presta assessoria técnica, é um exemplo concreto disso.
Recentemente, inclusive, recebeu a concessão dos registros de
inspeção federal junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento – MAPA, o que significa que o suco produzido
pela associação pode, agora, ser comercializado em qualquer
parte do território nacional. “Foi um grande passo”, Gilson
comenta satisfeito.
O técnico Gilson Trindade observa, ainda, que a
citricultura ocupa uma área de aproximadamente 30 mil
hectares no estado, envolvendo cerca de 13 mil agricultores,
com uma produção de 430 mil toneladas por ano. “Por se tratar
de uma cultura perene – de ciclo longo – não há como
substituí-la, como fazemos com a soja que é uma cultura
sazonal. Quem deseja investir em citros deve estabelecer,
primeiramente, um bom planejamento inicial, porque o pomar
ficará produzindo por mais de 20 anos”, destaca.
Nesse cenário, a fruticultura – especialmente a
citricultura – aparece como uma possibilidade concreta de
promoção do desenvolvimento econômico e social da família
rural. Se colocada em primeiro lugar na propriedade e for bem
conduzida tecnologicamente, pode desempenhar um
importante papel na geração de renda.
20
Agosto 2009
Frutas sem sementes como tendência no mercado futuro: uma das
novidades apresentadas no Ciclo de Palestras
Dicas para implantação da cultura
Antes de qualquer coisa, é necessário formar quebra-ventos com ciprestes para fazer
a proteção fitossanitária do pomar.
É imprescindível pesquisar o solo onde se pretende investir. Por ser uma cultura
perene, a citricultura requer uma boa análise.
Baseado na análise, a adubação deve vir logo em seguida.
Fazer cobertura verde, ou seja, plantar culturas alternativas supre o solo com
nutrientes e palhada.
O melhor período para plantio começa no final de julho e termina no início de
setembro.
Não se deve investir na citricultura sem antes passar por treinamentos e adquirir
experiência.
Bom saber
Nova gripe preocupa
Cuidados básicos de higiene são fundamentais à prevenção
Nos últimos dias, o número de pessoas infectadas com a
nova gripe no Brasil cresceu de forma assustadora, principalmente no
Rio Grande do Sul. E a tendência, segundo especialistas, é que a
quantidade aumente ainda mais nas próximas semanas, devido às
temperaturas baixas. Os médicos, porém, são categóricos ao afirmar
que a população não precisa entrar em pânico. Em média, para cada
caso de gripe A (H1N1), outros dez mil de gripe comum são registrados, segundo números do Ministério da Saúde.
De acordo com o médico Itacir da Rocha, cuidados básicos
de higiene podem ajudar a prevenir o contágio. "O vírus só passa de
uma pessoa para outra quando há contato de mucosas. Exemplo
disso é quando alguém infectado espirra e passa a mão numa
maçaneta. Caso outra pessoa passe a mão imediatamente após o ato
e leve sua mão à boca, por exemplo, passa a estar infectado. Beijo
em pessoas contaminadas também pode transmitir o H1N1",
explica. Para evitar que esse contato aconteça, lavar as mãos
várias vezes ao dia é essencial.
Os sintomas da nova gripe são bem semelhantes aos da
gripe comum, já que ambas são causadas por tipos do vírus
influenza: febre repentina, coriza, tosse e dores – na cabeça,
nas articulações e musculares. Todavia, na nova gripe pode
ocorrer também náuseas, vômito e diarreia. Tanto na gripe
comum quanto no tipo A, a taxa de mortalidade é a mesma:
0,5%.
Quanto às máscaras, segundo Itacir, “elas são
indicadas só para profissionais da saúde e pessoas já
doentes”. E ele alerta: “utilizar os medicamentos como o
antiviral Tamiflu sem necessidade e orientação médica
pode acarretar resistência ao medicamento”.
Pessoas que compõem o grupo de risco
São considerados pertencentes ao grupo de risco
crianças com menos de dois anos, idosos, grávidas,
pacientes com doenças crônicas (hipertensão,
diabetes, obesidade mórbida), doenças pulmonares e
com sistema imunológico deprimido.
Para tirar dúvidas sobre a gripe A, o Ministério da
Saúde disponibiliza o telefone 0800-61-1997
Saiba mais...
Qual o medicamento usado para Gripe A?
É o Tamiflu, produzido pelo laboratório Roche com a substância
oseltamivir. Sua ação é de bloquear a disseminação do vírus no
organismo.
Ele está à venda nas farmácias?
Não. O Ministério da Saúde solicitou ao laboratório que retirasse
o produto das farmácias e hospitais particulares para evitar a
automedicação. Os estados estão recebendo as doses para
tratar casos que chegam a postos de saúde e hospitais públicos.
Qual é o risco de tomar Tamiflu sem prescrição médica?
O consumo do antiviral sem prescrição médica é arriscado, pois
ele pode tornar a pessoa resistente à droga. Além disso, o uso
inadequado possibilita insônia, náusea, bronquite, vômito e vertigem. Tomá-lo sem receita pode mascarar ou atenuar sintomas.
Como é o tratamento da gripe A?
Médicos têm usado o Tamiflu por se tratar de um vírus novo. O
tratamento deve começar em, no máximo, 48 horas após o início
dos sintomas. Depois desse período, só é possível usar
remédios para aliviar os sintomas e esperar pelo fim do ciclo do
vírus. Ele tem o ciclo de uma gripe comum e também está sujeito
a complicações.
Há risco de faltar o medicamento no país?
O laboratório Roche tem atendido aos pedidos dos governos de
vários países do mundo, equivalentes a 220 milhões de kits de
tratamento de Tamiflu. Muitos deles, como o Brasil, já têm um
estoque de segurança. Há estoques regionais mantidos pela
Organização Mundial da Saúde – OMS, em diversas localidades
no mundo a fim de distribuir a medicação de acordo com a
necessidade.
Agosto 2009
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Saúde
O consumo
de frutas
cítricas
fortalece
o sistema
imunológico
Quem busca melhor qualidade de vida deve pensar em prevenção de
doença, em vez de tratamento. Neste caso, os citros têm lugar
indispensável numa dieta equilibrada que busca fortalecer a
resistência do organismo a diversos males.
“As frutas cítricas não agem no combate de doenças, mas,
se consumidas com frequência, fortalecem o sistema imunológico”.
Quem afirma é a nutricionista da Cotripal, Débora Schmidt Linn, ao
explicar que os citros são ricos em vitaminas e sais minerais
benéficos à saúde humana e, por isso, devem ser alimentos
indispensáveis no dia a dia das pessoas.
Segundo a recomendação da Organização Mundial de
Saúde – OMS, todo indivíduo deve ingerir de 400 a 800 gramas de
frutas, verduras e legumes por dia. Pode até parecer inviável, mas a
nutricionista salienta que para suprir essa demanda basta incluir uma
fruta no café da manhã, salada ou verdura cozida no almoço e jantar,
uma fruta na sobremesa ou no lanche da tarde. A ingestão desses
alimentos reduz o risco de doenças crônicas – principalmente as
cardiovasculares.
A laranja é um bom exemplo de fruta cítrica que pode ser
adicionada às refeições diárias. Ela é rica em vitaminas A e C, que
atuam como antioxidante e ajudam na síntese do colágeno da pele.
Além disso, é uma excelente fonte de cálcio, fósforo, fibras e sais
minerais, auxiliando no fortalecimento da estrutura óssea, na
absorção da glicose, no funcionamento intestinal e na neutralização
do ácido úrico.
Débora alerta que as pessoas que fazem dieta de restrição
calórica não devem ingerir o suco. Para um único copo são necessárias quatro laranjas, o que eleva muito o valor calórico. O melhor é
comer uma porção – até porque, em estado natural, a fruta fornece
fibras e é mais gostosa.
As fibras presentes tanto na casca quanto no bagaço dos
citros ajudam na redução do colesterol e também melhoram o
funcionamento do intestino.
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Agosto 2009
Diferentes tipos de laranja
Laranja-lima: leve, pouco ácida e doce. Contribui para a
boa digestão.
Laranja-pêra: ácida, combina bastante com pratos
salgados. Atenua a pimenta e serve para balancear
alimentos gordurosos.
Laranja kinkan: pequena e azeda, é mais usada em doces,
compotas e geléias. Nesse caso, a polpa e a casca são
aproveitadas.
Laranja-de-umbigo: consistente e firme, é a melhor
laranja para comer à mesa, usando garfo e faca.
Dica
Como ralar a casca de frutas cítricas. Comece lavando e
secando a fruta muito bem. Envolva o lado mais fino do
ralador com filme plástico PVC – aquele onde a casca
ralada ficará armazenada. Desse modo, os pedaços
ralados não grudam no ralador e, sim, no filme plástico – o
que facilita o manuseio. Esfregue a fruta com delicadeza,
para retirar apenas a parte colorida, sem atingir o bagaço.
Ainda existe a alternativa de deslizar o raspador de frutas
sobre a casca para retirar fatias finas em vez de ralar.
Culinária
Biscoitinhos amanteigados
Ingredientes
4 xícaras de farinha de trigo
3 colheres de fermento em pó
½ colher (chá) de sal
200 gramas de manteiga ou margarina
1 xícara de açúcar
1 ovo
1 colher (chá) de raspa de laranja
Modo de preparo
Peneire a farinha com o fermento e o sal – reserve. Bata a manteiga com o
açúcar até ficar cremosa. Junte o ovo e a raspa de laranja até misturar bem.
Acrescente a farinha reservada, amassando até obter uma massa homogênea. Faça pequenas bolas enrolando-as com as mãos enfarinhadas e
coloque-as em tabuleiro sem ser untado. Asse em forno com calor moderado
por 10 a 15 minutos.
Bolo de laranja com bagaço
Ingredientes
9 colheres de sopa de laranja,
com o bagaço, picadas
150 gramas de margarina
4 claras batidas em neve
100 ml de suco de laranja
2 xícaras niveladas de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
Modo de preparo
Bata as claras em neve e reserve. No liquidificador, coloque o
bagaço picado, a margarina, o suco de laranja e o açúcar misturando
até formar um creme. Na batedeira adicione o creme e a farinha de
trigo mexendo delicadamente. Adicione as claras em neve e o
fermento em pó. Coloque para assar no forno, pré-aquecido por
aproximadamente 25 minutos em temperatura média.
Casquinha de laranja
Ingredientes
5 laranjas grandes
1 quilo de açúcar
½ litro de água
Modo de preparo
Descasque as laranjas e corte a casca em tiras. Em seguida
coloque água bem quente. Depois de ferver, escorra e leve
novamente ao fogo. Quando ferver, troque a água. São
necessárias três fervuras para tirar o gosto amargo da casca.
Depois, deixe escorrer e leve ao fogo por cerca de 15 minutos.
Para chegar ao ponto, a calda deve borbulhar bastante.
Escorra. Use bastante açúcar refinado para cristalizar o doce.
Deixe esfriar e pode servir.
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PLANO SAFRA-2009
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