Editorial
Um caminho de força e união
Por volta de 1820,
grandes crises assolaram os
países europeus, motivadas por
uma série de fatores, principalmente pela troca do trabalho
braçal por máquinas. Isso
conseqüentemente diminuiu a
oferta de trabalho nas indústrias e na agropecuária.
Surgiu nessa época a
proposta de sair da terra natal
em procura de melhores
condições de vida em outras regiões do mundo. Iniciou,
então, a imigração para os continentes africano e
americano, principalmente. Para a América do Sul houve
imigrações de todas as nações européias. No Brasil, mais
precisamente no Rio Grande do Sul, chegaram os
primeiros imigrantes alemães em 1824 e se instalaram
na Real Feitoria do Linho Cânhamo, hoje São Leopoldo.
Trouxeram de sua pátria a vontade de trabalhar e de
vencer.
Muitas lutas foram necessárias para que os
ideais desse povo se concretizasse. União e perseverança
foram necessárias para enfrentar as dificuldades. A
filosofia da cooperação, esses pioneiros já traziam em
sua bagagem. E assim, após o surgimento do
cooperativismo na Inglaterra em 1844, este movimento
chegou ao Brasil por volta de 1900. Já em 1902, surgia o
movimento cooperativista com a criação da primeira
Cooperativa de Crédito (Caixa Rural) no município de
Nova Petrópolis, na localidade chamada Linha Imperial.
Um ano mais tarde, em 1903, este movimento chegou a
Panambi com o surgimento da Genossenschaft,
(Sociedade Agrícola), que teve a sua duração até por
volta de 1927.
Outras cooperativas agrícolas surgiram nessa
época, na região. Elas duraram determinado tempo e
depois desapareceram. Entre estas podemos citar a
Cooperativa Mista de Mambuca e a Cooperativa de Banha
de Cruz Alta. Efetivamente, o cooperativismo se instalou
em Panambi em 1931, com a criação da Caixa Rural
(Spar und Darlenkasse), hoje Sicredi Panambi e Condor.
Em 1957, foi criada a Cooperativa Tritícola Panambi Ltda
- Cotripal, por 29 agricultores, todos triticultores, em
sua grande maioria imigrantes ou descendentes de
imigrantes europeus.
Cabe salientar que em virtude da necessidade
do trabalho em conjunto, estes agricultores se uniram
para facilitar o comércio de seus produtos agrícolas.
Aliás, é notório que sempre em época de “crise” existe o
surgimento de propostas que “criam “ soluções.
No dia 25 de julho, comemoramos 181 anos de
imigração alemã no Rio Grande do Sul. Na mesma data,
festejamos também o Dia do Colono e Motorista. Nossa
homenagem, portanto, a estas três classes laboriosas
que tanto progresso trazem para nossa região.
Por Lauro Wanderer
Assessor de Comunicação da Cotripal
Alternativa que dá lucro
Criatividade na hora de vender os
produtos coloniais não faltam ao produtor, Nilton
Mittanck, da Linha Iriapiria I.
Ele percorre as ruas da cidade de Panambi,
gritando e cantando os produtos que vende.
“Faço muito barulho para chamar a atenção e
funciona. As pessoas correm para ver o que está
acontecendo e aí ofereço meus produtos”, conta
o produtor que, em um só dia, faturou mais de
R$150,00, vendendo mandioca, abóbora,
batata-doce e milho verde.
“Planto três hectares e não tenho do que
reclamar. O pequeno agricultor precisa se
organizar e plantar outras culturas, além de soja
e trigo para garantir o seu ganho,” completa
Mittanck.
INFORMATIVO ATUALIDADES COTRIPAL
COOPERATIVA TRITÍCOLA PANAMBI LTDA
Rua Herrmann Meyer, 237 - Centro CEP: 98280-000 Panambi-RS
Fone: (55) 3375 - 9000 Fax: (55) 3375 - 9088
www.cotripal.com.br
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente: Gerhardo Strobel
Vice-Presidente: Arlindo Tonel Costa Beber
Conselheiros: Romeo Wentz, Ricardo Severo Malheiros,
Dair Jorge Pfeifer, Selmiro Armindo Schneider, Germano Döwich,
Edgar Ivo Brönstrup e Adenir Carlos Soldera
CONSELHO FISCAL
Ilmo Springer, Ari Scholten, Lauri Springer, Elton Trennepohl,
Delmar Schmidt e Auri Lohmann
COMISSÃO ORGANIZADORA
Analice Malheiros Oliveira, Elmo Kläsener, Ilmo Roque Watthier, Inácio Brust,
Lauro Wanderer, Marco André Regis e Monica Schlieck Heinrichs
DESIGN GRÁFICO
Analice Malheiros Oliveira e Monica Schlieck Heinrichs
REDAÇÃO
Monica Schlieck Heinrichs e Tamar Mirella P. Santos
JORNALISTA RESPONSÁVEL
Monica Schlieck Heinrichs - Mtb 9766
IMPRESSÃO
Kunde Indústrias Gráficas Ltda - Tiragem: 4.000 exemplares
02
Atualidades
Julho de 2005
Cotripal
Embalagens vazias de herbicidas com óleo diesel: mistura perigosa
A legislação é clara quando se trata de assuntos
referentes à entrega de embalagens fitossanitárias em
depósitos específicos para tal finalidade. Mesmo assim,
ainda existem alguns agricultores que continuam dando
outros fins para essas embalagens, sem saber do prejuízo
que podem estar causando para si mesmos.
Os maiores registros de problemas são aqueles
referentes à utilização de embalagens vazias de herbicidas
para transporte do óleo diesel. Mesmo lavando diversas
vezes as embalagens, alguns resíduos sempre ficam nas
microvilosidades do plástico, o que é suficiente para
desencadear uma reação química ao entrar em contato
com o combustível.
A reação química é responsável pela criação de
uma substância aderente e pegajosa que entope e
“tranca” a bomba injetora, bicos injetores e o motor.
Existem registros de que o óleo diesel, transportado em
baldes ou bombonas, chegou a fundir motores que ficaram
completamente trancados, gerando prejuízos econômicos
para o produtor.
É importante informar que existem tanques e
bombas específicas para isso e este é mais um motivo para
entregar as embalagens vazias e devidamente lavadas e
furadas no mesmo local onde foram compradas. Segundo a
legislação, não existe a possibilidade de reutilização de
embalagens vazias. Portanto, nada mais correto do que
atender a lei em vigor.
Departamento Técnico Agronômico da Cotripal - DETEC
Cotripal realiza Curso de Degustação de Vinhos em Santa Bárbara do Sul
Pela primeira
vez, em Santa Bárbara do Sul, a Cotripal promoveu, no
dia 23 de junho, um
curso de degustação
de vinhos. O evento
foi realizado nas
Colaboradores da Cotripal juntamente com
dependências do
representantes da Cordelier
Portal Bier e contou
com o acompanhamento de produtos do frigorífico e da
padaria Cotripal.
A promoção foi oferecida pela Vinícola Cordelier,
localizada no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves,
lugar tradicional no estado pela grande variedade de
Cotripal e Filtros Fram
promovem palestra
Os colaboradores da Cotripal, atuantes no
segmento de compra e venda de peças, participaram, na
noite do dia 14 de junho, de uma palestra com João Maria,
da empresa Santos, Penedo & Cia, representante na área
de filtros de ar, óleo, cabine e combustível. Acompanhando
o palestrante, estava também, o vendedor Sérgio
Palmeiro.
Durante a palestra, realizada no auditório das lojas
de Panambi, foram apresentadas as principais informações
técnicas sobre cada tipo de filtro, além de demonstrações
sobre como trocar os filtros e os problemas que podem
ocorrer caso estes não sejam trocados.
Segundo João, os problemas decorrentes da não
verificação dos
filtros podem
ocasionar “menos
rendimento no
carro, aquecimento no motor,
maior consumo de
combustível e
ainda problemas
na mecânica do
Aproximadamente 35 pessoas participaram
veículo.”
do evento
vinhos. O enólogo da Cordelier, André Donatti,
apresentou aos participantes a história da Vinícola, os
fatores que determinam a qualidade do vinho, além
dos tipos de vinhos, taças e temperaturas ideais.
O encerramento se deu com o sorteio de
vinhos entre os convidados. As variedades apresentadas durante o
curso estão disponíveis nos supermercados da
Cotripal, a qual
agradece a participação de todos
no evento.
Descontração e animação dos participantes
marcaram o evento
Cotripal promove Curso de
Cobertura de Chocolates
Em parceria com a empresa Chocolates Garoto,
a Cotripal promoveu, no dia de 17 de junho, o Curso de
Cobertura de Chocolates, ministrado pela técnica da
Garoto, Monica Kinzel.
Durante a aula, a técnica apresentou a melhor
maneira de utilizar as Coberturas Garoto e obter uma
boa qualidade nos produtos. As participantes tiveram a
oportunidade de conhecer técnicas de confecção de
trufas, trufados, recheios e cobertura de bolos, além de
dicas essenciais na hora da preparação.
Participaram do curso 35 pessoas
Toda a linha de chocolates
para culinária, da Garoto,
são encontrados nos
supermercados Cotripal
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Julho de 2005
Atualidades
Especial
Mãos corajosas
O trabalho braçal e a determinação era tudo o que a maioria dos imigrantes, colonos e motoristas tinham para
construir a sua vida e sustentar suas famílias. Muitos caminhos difíceis foram percorridos por esses pioneiros até
a chegada do progresso. Neste mês, quando comemoramos o Dia 25 de Julho - Dia do Imigrante, Colono e Motorista,
a Cotripal estende a sua homenagem a esses guerreiros, aos seus descendentes e familiares.
Com os resultados do trabalho, ele adquiriu
trator e outros equipamentos agrícolas. O sonho de
construir uma casa confortável, com um cômodo para
cada filho foi realizado: “Eu, a esposa e os filhos erguemos a casa com nossas mãos. Tudo foi feito com
muita dedicação. Estou satisfeito com o que conquistei.
Hoje trabalho bem menos, chegou a hora de ter uma
vida mais tranqüila”.
Imigrante
Colono
Anselmo
Kerschner
Descendente de imigrantes alemães, Anselmo
Kerschner, 73 anos, nasceu em Taquara, mas ainda
criança foi morar com a família na região de Erechim. A
viagem feita de carroça, puxada por nove cavalos,
demorou 21 dias. “Parecia que a gente não ia chegar
nunca. Tudo era novidade para nós. Um fato engraçado
ocorreu no trajeto: sentimos um cheiro muito esquisito
e de repente avistamos um automóvel. Ficamos
impressionados porque não entendíamos como uma
‘coisa’ podia estar rodando sem ser puxada por bois ou
cavalos. Durante toda a viagem enxergamos dois
carros de passeio e um caminhão. Nos sentimos
importantes, pois quase ninguém tinha esse privilégio,”
relembra.
No ano de 1952, com 20 anos de idade, migrou
para Panambi, onde iniciou a vida trabalhando em
olaria e plantando para os vizinhos.
Em uma das propriedades em que prestou
serviço, recebeu uma pequena casa de madeira, que
serviu de moradia durante um ano. “No ano seguinte
arrendei um pedaço de terra. Com muito trabalho e a
ajuda de muitos produtores da localidade, consegui
fazer a minha própria colheita. A compra do primeiro
pedaço de terra foi feita no outro ano.” Com o incentivo
dos amigos, comprei seis hectares de terra, onde havia
uma escola que estava desativada há dez anos. A área
pertencia a uma associação de pais, que facilitou a
compra. Financiei uma parte na Caixa Rural (Sicredi) e
o restante negociei em várias parcelas com os
proprietários,” relata Kerschner.
Em pouco tempo, Anselmo retirou a casa de
madeira de onde morava e a instalou em sua
propriedade. Mandioca, milho, soja e diversas outras
culturas foram plantadas. Há muitos anos, iniciou a
criação de suínos e ainda hoje continua com essa
atividade.
Benno
Deckert
Cultivar a terra e morar no meio rural sempre foi
o desejo do colono Benno Deckert, de 79 anos. “Posso
me considerar colono desde o dia em que nasci. Pois eu
já morava no interior e cresci acompanhando tudo o
que meu pai fazia e assim, fui me interessando em
plantar e criar uns bichinhos. Quando adulto, ainda
morando em casa, comecei a tomar conta de muita
coisa na propriedade para ajudar a família. Em 1947
casei e ficamos um ano na casa de meus pais. Fiz umas
economias e no ano seguinte consegui ter a minha
terrinha,” destaca.
Quando chegou na propriedade de 24 hectares,
que adquiriu há 56 anos, Benno conta que ele e a
mulher Anilda só trouxeram uma novilha, uma vaca e
algumas galinhas. Logo conseguiram uma junta de bois
e também começaram a criar suínos. O trabalho era
todo manual, demorado e muito cansativo,” salienta.
O primeiro plantio de milho foi realizado em
1962. “Tive que adubar a terra e a semente foi
comprada em Cruz Alta. A safra foi muito boa,
colhemos 72 carroçadas de milho.”
Quatro anos depois, em 1966 fez o primeiro
plantio de trigo. “Naquela época o trigo tinha valor e
dava lucro. Hoje se gasta muito para fazer a lavoura e
quase não se recebe nada na venda,” enfatiza. Nesse
ano, também adquiriu um trator e uma trilhadeira e,
juntamente com os filhos, começou a prestar serviço
04
Atualidades
Julho de 2005
aos moradores da localidade. “Quase ninguém tinha
máquinas, por isso aproveitamos para lavrar as
lavouras dos outros colonos e conseguimos um bom
dinheiro,” salienta Benno.
Em 1972 começou a plantar soja, apesar de ter
pouca comercialização, utilizava o produto para tratar
os animais. Nos anos seguintes intensificou a criação
de porcos e com a venda dos mesmos, comprou mais
43 hectares. O leite produzido virava queijo e este era
trocado nas casas comerciais da localidade e região por
outros alimentos.
Com muito trabalho, esforço e ajuda dos filhos,
os resultados foram melhorando e os investimentos
continuaram. A frota de máquinas agrícolas aumentou
no ano de 1978, quando a família comprou outro trator,
uma automotriz e também um caminhão.
A diversificação de atividades também sempre
esteve presente no gerenciamento da propriedade. No
início dos anos de 1980, com incentivo da mulher
Anilda, ele investiu na produção leiteira. Hoje possui
20 novilhas e um plantel de 48 vacas, das quais, 38
estão em lactação. “Nossos netos fizeram faculdade,
construímos um estábulo novo, compramos um
resfriador e um carro, com o lucro do leite.
Continuamos plantando soja e milho, mas o leite é o
que garante uma renda fixa. Se a gente faz uma conta,
sabe que vai ter como pagar,” destaca.
Sobre a profissão de colono diz que: “É muito
bom viver da terra. Começaria minha vida novamente
como colono.”
No ano de 1974, já residindo na Linha
Morengaba, Panambi, Balduino vendeu a caminhonete
e adquiriu uma Kombi zero km, que serviu para
transportar produtos agrícolas para a cidade, onde
participava de feiras: “Por 20 anos fui feirante e uma
vez por semana, com sol ou chuva, vinha para a cidade
com a Kombi lotada”. Apesar de enfrentar barro e
poeira nas estradas que percorria, diz que não tem do
que reclamar. Ainda com a Kombi viajou várias vezes
para o Mato Grosso do Sul e para Góias, onde residem
seus filhos. “Foram viagens demoradas, mas muito
tranqüilas. Nunca aconteceu nenhum acidente ou
problema no carro, sempre fui muito cauteloso” explica
Hoffmann.
Mais tarde, quando parou com as atividades de
feirante, se desfez da Kombi e comprou um carro de
passeio: “Com meus 87 anos ainda dirijo por aí. Só não
faço viagens longas. Sou motorista e vou continuar,
enquanto eu tiver saúde.”
Cotripal lança o 5º Concurso
de Produção Coletiva de Textos
Motorista
Balduino
Hoffmann
Com 47 anos de experiência ao volante, o
motorista Balduino Hoffmann se sente muito satisfeito
e realizado por exercer essa profissão. Para ele - que
iniciou as atividades, em 1942, na Linha Entre Rios,
com uma caminhonete, transportando amigos,
vizinhos e familiares para festas, bailes e jogos - não
havia rotina. “É muito bonito trabalhar como motorista.
É uma função que não enjoa porque a gente está
sempre de lá pra cá, conhece muitas pessoas e faz
muitas amizades. Eu me diverti muito, pois quando
levava o pessoal para os eventos, também
participava,” relata.
O Projeto Cooperativismo nas Escolas está
promovendo a 5ª edição do Concurso de Produção
Coletiva de Textos, com o tema “Em cooperação
faremos um mundo melhor”, que se justifica
pela necessidade de se trabalhar a cooperação e a
solidariedade no meio educacional.
O lançamento aconteceu no dia 04 de julho,
na EMEF Bom Pastor, de Panambi, e contou com a
presença de alunos da Educação Infantil, do Ensino
Funda-mental, além de professores, do vicepresidente da Cotripal, Arlindo Tonel Costa Beber e
de integrantes do Departamento de Comunicação e
Marketing da Cooperativa.
Segundo o responsável pelo Projeto
Cooperativismo nas Escolas, Ilmo Roque Watthier,
essas atitudes contribuem para a transformação do
mundo. “A cooperação não é apenas um valor ético,
mas uma condição essencial para a vida na
sociedade humana. Desenvolver esses hábitos nas
crianças é uma forma de crescimento.”
Podem participar do concurso, alunos de
Educação Infantil e Ensino Fundamental. Os
participantes concorrem a prêmios para suas
escolas.
05
Julho de 2005
Atualidades
Agropecuária
Tuberculose, Brucelose e os riscos à saúde pública
Tuberculose
Existem dois agentes transmissores da
Tuberculose: o humano (Mycobacterium
tuberculosis) e o bovino (Mycobacterium bovis).
O conhecimento deste fato é importante para o
criador, porque pode haver contaminação
cruzada entre o homem e o bovino.
A tuberculose humana, causada por M. tuberculosis, pode sensibilizar os bovinos, embora
estes não adoeçam. Por esse motivo, quando se
realizam testes nos rebanhos, muitas vezes, os
animais apresentam reação positiva ao teste
parecendo estarem doentes de Tuberculose
quando, na verdade, não estão.
Produtores leiteiros que trabalham com
rebanhos também podem se contaminar com o
M.bovis, ou seja, o bovino doente pode
contaminar o ser humano. Nesse caso, o agente
causador se propaga pela ingestão do leite,
muitas vezes tomado no próprio curral ou “in
natura”. O produtor contamina-se via oral, pelo
canal digestivo e a doença instala-se, posteriormente, no rim.
Então o leite é impróprio para o consumo?
Não! Mas, antes, precisa ser fervido a 100ºC (e
não apenas a 60 - 70ºC, quando começa a “subir”
na leiteira), o suficiente para que o M. bovis seja
inativado.
Brucelose
Diferente da Tuberculose, a Brucelose
apresenta os mesmos sintomas nos animais e nos
homens, sendo responsável por abortos e
orquites (inflamação nos testículos). Não existem
lesões de Brucelose via carne, os bovinos podem
ser abatidos normalmente, mas, assim como na
tuberculose, deve-se ter o devido cuidado com a
fervura do leite.
Contra a Brucelose, existe vacina que deve
ser aplicada somente em bezerras fêmeas com
idade entre 3 e 6 meses. Para comprovar a sua
vacinação, elas são marcadas na face esquerda
com ferro quente.
Conscientização
O Governo Federal desenvolveu o
Programa Nacional de Controle e Erradicação de
Tuberculose e Brucelose Animal. Este programa
prevê uma série de testes realizados nas
propriedades, até considerá-la negativa para
estas zoonoses. No momento em que essa
propriedade é certificada “livre”, recebe um selo
de qualidade fornecido pelo governo.
Atualmente, existe também a Instrução
Normativa 51, que prevê a qualidade do leite e,
entre outros itens, a ausência de Tuberculose e
Brucelose. O produtor que vende o leite para a
Elegê (Avipal) já recebeu na nota do leite, um
recado que diz que os testes para essas doenças
estão vencidos. Isso porque, desde 1998, a
grande maioria dos produtores da região, não
mais os realizou em seus rebanhos.
A Assistência Veterinária da Cotripal está
disponibilizando a realização destes testes, assim
como realiza os demais serviços solicitados pelo
produtor associado. Os interessados podem se
reunir em grupos de três ou quatro produtores,
para diminuir os custos da corrida, e solicitar a
realização dos testes. É importante frisar que, a
presença dessas doenças não é mais tão intensa
em nosso meio, como já foi em anos passados.
Importante
O produtor deve estar sempre atento à
mudanças na sua saúde.
No caso de existirem animais doentes
no rebanho, o mais indicado para o indivíduo
é dirigir-se a um Posto de Saúde para realizar
um exame de Tuberculose, porque, embora
sejamos vacinados durante a infância (BCG)
contra esta doença, não estamos totalmente
protegidos.
Durante esse exame no Posto de
Saúde, é solicitado um teste do escarro
pulmonar, que mostra se a pessoa tem ou não
o M. tuberculosis, a Tuberculose humana.
Porém, o teste do escarro não consegue
detectar a Tuberculose animal, porque esta
se instala no rim, sendo necessário outro tipo
de exame.
Para isso, existem profissionais nos
Postos de Saúde que podem prestar mais
informações relacionadas aos sintomas
provenientes da tuberculose bovina e
humana, ajudando as pessoas a detectarem
se realmente tem ou não, essas
enfermidades.
O importante mesmo é a prevenção!
Veterinárias: Anelise Döwich Decian, Inge Martha
Dörr Rossi e Margit Heringer
O setor de Assistência Veterinária Cotripal atende
pelo telefone 3375 9089
ou pessoalmente, nas Lojas Cotripal de Panambi
06
Atualidades
Julho de 2005
Aconteceu
Cotripal realiza promoção com a
participação de Fritz e Frida
O Supermercado Cotripal de Panambi,
em parceria com a Fröhlich de Ivoti/RS,
realizou, no dia 17 de junho, uma promoção
com a participação dos bonecos Fritz e Frida. Na
compra de cinco produtos da marca Fritz &
Frida, os clientes receberam um cupom para
participar do jogo “Dado da Alegria”, através do
qual concorreram a diversos brindes, como
camisetas, livros de receitas, bolas coloridas,
produtos de lançamento, entre outros.
Os mascotes brincaram com a criançada e
também divertiram o público adulto.
Afucopal conquista o 3º lugar no
Futsal Inter-Firmas de Santa
Bárbara do Sul
Participando pela primeira vez do
Campeonato Municipal de Futsal Inter-Firmas
de Santa Bárbara do Sul, a equipe da Associação dos Funcionários da Cotripal - Afucopal conquistou o terceiro lugar e, juntamente
com a Câmara de Vereadores do Município,
recebeu o Troféu Disciplina.
A final do campeonato aconteceu no dia
10 de junho, no Ginásio Municipal de esportes
Dr. Mário Brum. O evento foi organizado pela
Prefeitura Municipal de Santa Bárbara do Sul e
Conselho Municipal de Desportos.
A Câmara Municipal de Vereadores foi a
Campeã, em 2º lugar ficou a Prefeitura
Municipal e a 4ª colocação foi conquistada pela
Fortifol.
Equipe de Futsal da Cotripal
Comemorações Juninas na Cotripal
Os dias 24 e 25 de julho marcaram os festejos juninos na Cotripal com música, apresentação
de quadrilhas, pintura no rosto e distribuição de pipoca para a criançada. As atividades iniciaram na
sexta-feira, no supermercado de Pejuçara, com apresentação de quadrilha, da EMEF Pejuçara.
Também na sexta-feira, no supermercado de Panambi, a quadrilha da catequese da Igreja
Católica São João Batista fez a sua apresentação. No sábado, foi a vez das quadrilhas da EEEF Poncho
Verde e da Juventude Católica São João Batista - JUCASB.
Os pequeninos que circularam pelo supermercado receberam pintura no rosto à moda caipira e
pipoca.
Escola Poncho Verde
Escola
Pejuçara
Pintura à
moda caipira
Jucasb
Catequese da Igreja
São João Batista
07
Julho de 2005
Atualidades
Cooperativismo
A história do Cooperativismo no mundo
Comemorado no primeiro sábado de julho, o Dia Mundial do Cooperativismo foi instituído pela
Aliança Cooperativista Internacional, com o objetivo de comemorar a integração
de todos os povos ligados pela cooperação.
Há 161 anos, em plena Revolução
Industrial, 28 tecelões de Rochdale, povoado da
Inglaterra, fundavam a primeira cooperativa.
Explorados na venda de alimentos e roupas no
comércio local, os artesões montaram um
armazém próprio. Entre os 28 tecelões, é
importante frisar a participação de uma mulher, o
que conferiu ao cooperativismo a expressão
legítima de igualdade entre homens e mulheres.
Naquele tempo, imigrantes italianos e
alemães desembarcaram no Brasil, trazendo
experiências e aprendizados desse sistema
cooperativo. E foi assim que, em 1902, os
cooperativados viram surgir no sul do país, a
primeira Cooperativa de Crédito Rural no Brasil
(atual Sicredi). Adotando o modelo Raiffeisen com forte preocupação moral e sem distribuição
de sobras aos associados, essa cooperativa
atendia os agricultores da região e é a mais antiga
ainda em funcionamento.
A primeira lei do país a tratar especificamente sobre o cooperativismo, definiu as cooperativas como sociedades de pessoas e não de
capital. E em meio ao crescimento do setor, o
cooperativismo chegou a Panambi, pelas mãos do
Pastor Herrmann Faulhaber que fundou, em
parceria com os agricultores locais, uma
Sociedade Agrícola denominada Genossenchaft.
Mais tarde, em setembro de 1957, um
grupo de 29 agricultores, que acreditavam no
modelo cooperativo, fundaram a Cotripal. Voltada
para o ramo agropecuário, a instituição envolve
também hoje, atividades no varejo, na indústria e
na prestação de serviços.
Ela é uma, entre as milhares de cooperativas espalhadas pelo mundo que, juntas, conquistaram espaço próprio e definiram uma nova
forma de pensar o homem, o trabalho e o desenvolvimento social. Sempre de mãos dadas, como
pede o cooperativismo.
Entrada Franca
08
Atualidades
Julho de 2005
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