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18 de novembro de 2010
Salvador acolhe Congresso da Aidis em 2012
A presidente da ABES, Cassilda Teixeira de Carvalho, que
chefiou a grande delegação brasileira na República Dominicana, participou de um painel da
ABES em companhia do presidente da Embasa, do presidente
do Dmae de Porto Alegre, Flavio
Presser, e do diretor Nordeste da ABES, Álvaro Menezes.
De volta a Salvador, depois da
festa de lançamento do próximo
congresso da Aidis, na noite do
dia 9 de novembro, a secretária
O grupo brasileiro com Cassilda no Congresso da Aidis em Punta Cana
Eva Chiavon disse que a Bahia
Será em Salvador, em 2012, o próximo contem priorizado a estratégia de ampliar a infragresso da Aidis – Associação Interamericana de
estrutura hídrica e de saneamento para melhoEngenharia Sanitária e Ambiental. O anúncio
rar a qualidade de vida da população baiana. E
foi feito em Punta Cana, na República Dominiacrescentou que a Bahia quer ter participação
cana, durante a realização do 32º Congresso,
ativa no cumprimento das Metas do Milênio esevento bianual da maior entidade de saneamentabelecidas pela ONU, especialmente quanto
to da América Latina e do Caribe. A secretária
à universalização dos serviços básicos de sada Casa Civil do governo baiano, Eva Chiavon,
neamento. “A Bahia tem compromisso com a
que participou em Punta Cana da festa do lanpopulação nesse sentido”, disse a secretária.
çamento do próximo congresso, em companhia do presidente da Embasa, Abelardo OliABES custeia volta de Cuba
veira, falou de sua alegria com a realização de
A presidente Cassilda Teixeira de Carvalho
um evento tão importante na capital da Bahia.
comunicou à representação da Aidis em Cuba
que a ABES vai pagar, durante dois anos, as
cotas de anuidade da organização de saneamento daquele país. Por não dispor de recursos, a representação da Aidis em Cuba estava
ausente das decisões dos grandes colegiados, inclusive da eleição dos presidentes. O
novo presidente da Aidis, eleito para o período 2011/2012, é o colombiano Jorge Triana.
PNQS 2010
Grupo de estudantes do curso de Engenharia Ambiental da Universidade de Santa Cruz do Sul (RS) que foi a
Punta Cana em companhia da professora Lourdes Kist,
do Mestrado em Tecnologia Ambiental
No Grande Teatro do Palácio das Artes, em
Belo Horizonte, a festa da premiação
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meio ambiente
Egito cria florestas com água de reúso
Um programa de cooperação que vem sendo desenvolvido desde 2005 entre o Governo
do Egito e o Agência Norte-Americana para
o Desenvolvimento (Usaid) está permitindo o
reaproveitamento de águas residuais para o
Unep
Terras inservíveis viram florestas com valor econômico
plantio de extensas áreas desérticas com árvores economicamente rentáveis para obten-
ção de madeira e também de outros produtos
agrícolas. Os técnicos americanos do Departamento de Agricultura, em colaboração com
seus colegas do Ministério da Agricultura egípcio, fizeram a seleção das espécies a serem
cultivadas e o estudo para controlar as perdas
de água por percolação (infiltração) profunda.
Na área já plantada – cerca de 70 mil hectares - a irrigação com águas residuais, ricas em nitrogênio e fósforo, está permitindo
crescimento rápido das espécies plantadas,
ao mesmo tempo que protegem os aquíferos
subterrâneos e poupam o Rio Nilo e o Mar Vermelho do despejo de esgotos sem tratamento.
O Nilo fornece quase 97% do abastecimento
de água doce do Egito, um sistema regido por
acordos internacionais de utilização. Como a
demanda de água está crescendo, o Nilo não
será capaz de atendê-la, o que resultou na pesquisa do uso de águas residuais, cuja disponibilidade deve alcançar 14 bilhões de metros
cúbicos nos próximos seis anos. (Fonte: Usaid)
Amazônia, o mais rico ecossistema do mundo
A Floresta Amazônica é o ecossistema
terrestre com maior maior número de espécies no mundo, mas o momento da origem
e da evolução dessa diversidade ainda são
uma questão em debate, afirma um grupo
de cientistas em artigo publicado na última
edição da revista Science. Os estudos, que
se basearam em informações geológicas, filogenéticas e de outra natureza, tiveram a
participação de pesquisadores da Petrobras,
do Instituto de Biologia Universidade Federal de Uberlândia e do Laboratório de Paleontologia da Universidade Federal do Acre.
Nos Andes
Os estudos deram certeza aos pesquisadores de que as raízes dessa biodiversidade têm origem há cerca de 65 mi-
Governo do Amazonas
Cordilheira Andina ajudou a formar a biodiversidade
lhões de anos, e que o lento surgimento
dos Andes foi fator decisivo para isso. Dizem os cientistas que a Cordilheira Andina mudou o clima amazônico, reconfigurando os padrões de drenagem e criando grande afluxo de sedimentos na bacia.
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tecnologia
Pavimento poroso pode evitar enchentes
As grandes enchentes que tanto estragos
causam nas cidades impermeabilizadas pelo asfalto podem estar com os dias contados. Pesquisadores da Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo (Poli/USP)
desenvolveram um novo tipo de pavimento
poroso para absorção e retenção das águas
da chuva, reduzindo os riscos de enchentes. O pavimento também pode ser usado
em rodovias, pois é capaz de evitar a aquaplanagem, fenômeno que ocorre quando
veículos passam sobre uma lâmina d’água
e os pneus perdem o contato com a pista.
“A água infiltrada passa pelas camadas de
revestimento, acumula-se na base do pavimento e sai pelos drenos, reduzindo o impacto
da impermeabilização causado pela pavimentação convencional das ruas e estradas”, explica José Rodolfo Scarati Martins, professor
do Departamento de Engenharia Hidráulica
da Poli e um dos coordenadores do trabalho.
Os pavimentos convencionais são compostos de uma camada de revestimento de
asfalto ou concreto impermeável, uma camada de transição e uma base de material
granular, como pedra britada. A nova técnica da Poli que deu origem ao pavimento permeável é formada, basicamente, por
uma primeira camada de revestimento poroso, uma camada de base que armazena
temporariamente o líquido, uma manta de
borracha para o isolamento da água e uma
série de drenos que permitem que a água
chegue mais rapidamente aos escoadouros naturais, os rios e córregos. Uma base
de pedras de cerca de 30 centímetros retém a água por algumas horas, diminuindo
ainda mais a probabilidade de inundações.
Os pesquisadores desenvolveram dois tipos de pavimentação com a mesma tecnologia. A diferença está na superfície: uma
é feita com blocos de concreto, e outra com
asfalto comum misturado a aditivos. Isto resulta na formação de pequenos orifícios na superfície para a infiltração da água.
“O pavimento capta e armazena a água
antes que ela corra para as bocas de lobo.
É como se a água estivesse sendo lançada
na areia da praia”, disse o professor José Rodolfo. “A inovação está no rearranjo de materiais que já existem no mercado. Trata-se, na
verdade, de uma nova técnica construtiva a
partir de pedras, asfalto poroso e outros materiais já disponíveis comercialmente”, garante.
Segundo ele, a pesquisa desse tipo de sistema de pavimentação tem o objetivo de divulgar e popularizar novas técnicas que sirwoodley wonderworks
Piso poroso acaba com o encharcamento das chuvas
vam como medidas compensatórias ou de
mitigação do impacto da impermeabilização
dos terrenos nas grandes cidades, que causam inundações e outros desastres naturais.
Os experimentos nos laboratórios da Poli apontaram ainda que a capacidade de
amortecimento média do novo pavimento
permeável, considerando eventos de maior
e menor intensidade, é de cerca de 50%.
“Fizemos os testes em um período que
choveu quase 40 dias seguidos no último verão. O asfalto conseguiu aliviar pela metade
os efeitos locais de uma forte chuva”, conta
Martins. “Nossa expectativa é que essa nova
técnica seja consolidada e utilizada em ruas
e estradas para que, assim, seja vista como mais um dos elementos que promovem
a sustentabilidade e evitem acidentes nas
grandes cidades”, explica. (Fonte: Fapesp)
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biossólidos
Usina da Cesan aproveita lodo de esgoto
A Cesan, a companhia de saneamento do Espírito Santo, vai operar dentro de
seis meses uma unidade de gerenciamento de lodo, para transformar o biossólido
em fertilizante. A usina se concretiza depois
que estudos feitos em conjunto pela Cesan e pela Incaper – Instituto de Pesquisa,
Assistência Técnica e Extensão Rural comprovaram a viabilidade do aproveitamento.
Estão sendo investidos R$ 1,8 milhão na implantação da unidade de produção de fertilizantes, situada no município de Serra. Esta unidade irá receber
todo o lodo das estações de tratamento
de esgoto da Região Metropolitana de Vitória, cerca de 3.600 toneladas por ano.
Alívio no aterro
O presidente da Cesan, Paulo Ruy Carnelli, diz que a transformação do biossólido
em fertilizante, além do ganho econômico
para a agricultura do Estado, soluciona o
problema ambiental decorrente do depósito
desse material sólido nos aterros sanitários.
O lodo de esgoto higienizado pode ser aplicado com sucesso nas culturas do café conilon e
arábica, banana, eucalipto, goiaba, seringueira,
cana de açúcar, açaí, palmeira real e abacaxi.
A usina no
município de
Serra produz o
fertilizante que
ajuda na produção
de várias culturas,
especialmente
o café
O lodo é considerado um valioso adubo orgânico e proporciona diversos benefícios, como o fornecimento de nutrientes
para as plantas, o aumento do teor de alguns micronutrientes essenciais, o aumento da capacidade de retenção de água e
uma melhor estruturação do solo pela presença de matéria orgânica. (Fonte: Cesan).
cursos
Oficina sobre desastres provocados pelas chuvas
Estão abertas até o dia 20 (sábado) as inscrições para a “Oficina de Capacitação em
Metodologias Participativas com Enfoque
em Desastres relacionados à Água”, que será realizada no dia 4 de dezembro na cidade
de São Carlos (SP). O objetivo da oficina é
orientar quanto à prevenção e minimização
de danos que as chuvas podem ocasionar
em áreas vulneráveis. O evento, dirigido para agentes públicos, professores do ensino
fundamental e agentes sociais, é coordenado
pelos pesquisadores do Neped - Núcleo de
Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres,
da Ufscar - Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Mais informações podem ser
obtidas pelo e-mail [email protected].
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PNQS 2010
Belo Horizonte fará a festa da premiação
Será no Grande Teatro do Palácio das Artes,
em Belo Horizonte, a cerimônia de premiação
dos vencedores do PNQS – Prêmio Nacional
da Qualidade em Saneamento em 2010. O
anúncio dos agraciados deste ano foi feito no
início do mês na capital mineira pela presidente da ABES, Cassilda Teixeira de Carvalho.
Duas diretorias da Copasa, de Minas Gerais,
levaram o Troféu Platina, nível mais elevado de premiação. Os finalistas da categoria
“Inovação da Gestão em Saneamento” serão
conhecidos na cerimônia de entrega dos prêmios, no dia 29 deste mês, às 20h. O PNQS
destaca as organizações do setor de saneamento brasileiro que apresentaram as melhores práticas gerenciais e os melhores resul-
tados organizacionais no decorrer do ano. A
lista completa dos agraciados com o PNQS
2010 foi divulgada em nossa edição anterior.
meio ambiente
China cresce demais
O relatório anual da WWF sobre a China
diz que a “pegada ecológica” daquele país é
tão grave que exigiria apenas para seu crescimento os recursos de um planeta Terra 1,2
vez maior. O relatório diz que a China tem
de enfrentar, sem ônus para a Terra, seus
problemas de emissões de dióxido de carbono e o acelerado desenvolvimento urbano.
novos sócios
Almir Nunes de Brito Júnior (AL), Ana Carolina Queiroz Gama (AM), Ana Claudia Menegardo
Pires Franco (BA), Andreia Neves Fernandes (RS), Andreia Kimura Palmeira (PA), Bianca Barreto Monteiro (PA), Bruna Yolanda Novaes de Melo Feitosa (PA), Carolina Ielda de Boni (RS),
Cláudia Yukie Nakamura (MG), Daniela da Silva Ferreira (GO), Diuly Cheque (SP), Eduarda de
Oliveira Cunha (PA), Fabiano de Sousa Alves (PA), Fagner Rogerio Correa da Fonseca (PA), Fatima Valeria de Carvalho (SP), Flávia Lissa Nagamati (GO), Fred Augusto Anunciação Silva (BA),
Geisa Medeiros Aragão (PA), Gilza Chagas Maciel (BA), Guilherme Cardoso Vieira (SC), Gyselle
dos Santos Conceição (PA), Irene Pereira Dias (GO), ITT Brasil Eq Bomb e Trat de Ág e Efluente
(SP), José Airton Mendonça de Melo (DF), Juan Martin Carrizo (BA), Júlia Rainho (PR), Kalila
Calil Barreto Couto (BA), Leandro da Motta Alves (DF), Liliana Amaral Féris (RS), Luciana Martins
(SP), Luciano de Oliveira (GO), Luís Vinícius Mundstock Porto de Souza (SC), Marcilio José Gomes (RJ), Natalia Silva Abreu Barreto (PA), Nayara Tays Bezerra Bessa (PA), Nelson Paulo Martins de Queiroz Junior (PA), Neucy Barreto dos Santos (PA), Original Com. e Serviço Ltda. (BA),
Pablo Diego de Assis Gouveia (PA), Patricia Paz Silva (RO), Patricia Tamiris Gama Moura (PA),
Paulo Henrique dos Santos Cabreira (RS), Paulo Roberto Marcelino Junior (GO), Priscila Vulcao
Rodrigues (PA), Renee Camara Chaveiro (GO), Rosemar Borges da Silva Alcântara (GO), Rúbia
Teles Barbosa (GO), Sérgio Soares da Silva (GO), Taiane Lorena Araujo da Silva (PA), Taimara
Sinico de Moraes (SP), Tairo do Vale Fonseca (AL) e Tamires Cristina Souza Nascimento (PA).
EXPEDIENTE
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eletrônico da Associação
Brasileira de Engenharia
Sanitária e Ambiental - ABES,
atualizado semanalmente e
enviado via Internet para todos os
sócios da entidade.
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Cassilda Teixeira de Carvalho
Presidente Nacional da ABES
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