FADIGA
Entender a fadiga e suas causas é importante para encontrar soluções de como enfrentar essa
situação.
A fadiga relacionada ao câncer (FRC) inclui a sensação de cansaço, a lentidão mental e a ausência
de recuperação emocional. Todos os tipos de tratamento do câncer produzem fadiga, variando de
intensidade conforme o esquema terapêutico e a condição clínica do paciente.
Em comparação com a fadiga comum, que é aliviada pelo sono e repouso, a FRC é arrasadora e
persistente, provoca cansaço independente de quanto a pessoa descanse.
Os pacientes descrevem-se cansados demais para fazer qualquer coisa, incapazes de se
concentrar, o que leva ao desânimo ou até mesmo à depressão. Devido à semelhança de alguns
sintomas, é importante a avaliação da psicologia para diferenciar depressão de fadiga.
Os sintomas associados à fadiga podem ser relacionados:
• Diretamente à doença, quando, por exemplo, o paciente apresenta dor, tosse, falta de ar,
emagrecimento;
• É importante reforçar que a DOR é um evento onde o organismo utiliza muita energia, então o
manejo adequado da dor alivia também esse cansaço.
• Ao tratamento (cirurgia, quimioterapia e radioterapia), que devido aos efeitos colaterais, pode
provocar dificuldades de alimentação, desidratação, anemia, entre outros.
• Ao uso de medicações concomitantes ao tratamento, como antidepressivos, antialérgicos,
analgésico e antieméticos, que podem causar alterações no sono e no estado de atenção.
Contudo, a fadiga é o sintoma mais prevalente no tratamento oncológico e representa um grande
desafio para o paciente, sua família e a equipe multiprofissional. Compreender de que forma esse
sintoma prejudica o dia a dia e realizar uma avaliação detalhada do paciente, permite traçar um
plano personalizado para contornar as dificuldades e facilitar o enfrentamento desse problema.
Dicas para controlar a fadiga:
• Priorizar atividades, identificando as essenciais;
• Delegar algumas atividades para pessoas próximas (como realizar compras no supermercado,
cozinhar e congelar os alimentos já em porções para o consumo);
FADIGA - Mirian Zetermann - Enfermeira CliniOnco (03-08-2010)
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• Trabalhar menos horas por dia ou planejar um esquema de trabalho diferente (com intervalos ou
em outra função);
• Descobrir formas diferentes de realizar as atividades, como por exemplo: acrescentar um assento
elevado no banheiro, usar cadeira de rodas se estiver difícil para caminhar, sentar em vez de ficar
em pé para realizar tarefas repetitivas;
• Preferir alimentação saudável e equilibrada, inserindo complementos alimentares se necessário. A
avaliação e acompanhamento da nutricionista são essenciais para este tratamento;
• Ingerir bastante líquidos durante o dia;
• Praticar exercícios físicos adequados como caminhadas, yoga, alongamentos, exercícios que
trabalhem a respiração. O fisioterapeuta pode ser consultado para orientações sobre as atividades
mais indicadas;
• Realizar "sonecas" de no máximo uma hora durante o dia para não interferir no sono da noite;
• Dormir pelo menos oito horas seguidas todas as noites;
• Evitar ruídos e claridade quando for deitar para dormir (desligar rádio, televisão, fechar janelas);
• Realizar atividades de lazer em geral, proporcionando bem estar à mente e ao corpo (leituras,
trabalhos manuais);
• Trocar experiências com outros pacientes. Participar dos grupos de apoio pode trazer grande
benefício (Conheça os Grupos da Clinionco!);
• Escrever um diário onde fiquem registradas todas as sensações durante o tratamento e quais
intervenções foram eficientes para melhorar. Este relato pode ajudar o médico e a equipe no
planejamento do cuidado.
• A fadiga, assim como qualquer outro evento que ocorra durante o tratamento, requer estratégias
físicas, emocionais e sociais para o seu enfrentamento. No entanto, é possível, com a ajuda e
participação de todos, SUPERAR essa situação.
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