ESCOLA DE ENGENHARIA
Segurança no Trabalho
Fatores Humanos no trabalho.
Prof: J. L. Tepedino
Março/2006
Alunos:
Riane de Carvalho Sant’Anna
Rodolfo Francisco dos Santos
Tiago Fiorese
Volnei Giroud
Wallace Avelar
02373220
01360779
01369407
01362526
Veremos a seguir em que as características
do organismo humano podem afetar no
trabalho e como elas podem afetar à
segurança do trabalhador.
Analisaremos fatores como ritmo circadiano,
a influência da alimentação, sono etc.
Ritmo circadiano
período de um dia (daí o nome circadiano) em
que ocorrem oscilações fisiológicas nos seres
humanos. Vale aqui lembrar seu impacto na
produção do trabalhador, bem como a tentativa
do organismo em compatibilizar com o outro
“relógio” que regula o sono.
Matutinos ou Vespertinos – “classificação”
de cada indivíduo referente ao período em
que seu corpo trabalha sob melhor forma.
Alimentação e ritmo biológico – o impacto
da alimentação sobre o ritmo biológico.
Início da atividade – necessidade de préaquecimento e digestão antes de grandes
esforços.
O sono e suas fases – Como já fora dito o
relógio que regula o sono pode entrar em
conflito com o que regula as funções
fisiológicas. Neste momento pode o
indivíduo fazer uso de substâncias
estimulantes como fumo, cafeína e álcool.
Durante o sono temos uma sucessão de
quatro fases: adormecimento, sono
superficial, sono profundo e REM – rapid
eye moviment.
Somente quando há a repetição de
algumas fases REM é que o sono é
considerado de boa qualidade.
Conhecimento, aprendizagem e
treinamento
O conhecimento é a operação da
informação. Se divide em conhecimento
declarativo – fatos figuras e sentimentos e
conhecimento operacional – o quê
sabemos fazer.
Todas as empresas e principalmente
aquelas empresas classificadas como de
conhecimentos intensivos utilizam-se
muito de gestão de conhecimento que lida
com a aquisição, armazenamento e
recuperação das informações e passa por
três etapas denominadas como: aquisição,
recuperação e personalização.
Comunicação no grupo de trabalho e sua
importância.
Aprendizagem por processo exploratório –
tentativas e erros – ajuda na fixação do
conhecimento.
Modelos mentais – caso isso seja levado
em consideração o aprendizado por
exploração pode ser mais rápido – maior
eficiência.
Adaptação e treinamento – um novato, no
qual o organismo ainda não está
acostumado a tarefa, fará a mesma com
mais dificuldade que um uma pessoa mais
experiente, dificuldade esta que tenderá a
diminuir com o tempo.
Curva de aprendizagem e suas fases – em
geral com 50 a 100 ciclos o tempo pode
chegar a metade ou a 1/3 do tempo inicial.
Fase 1 – aprendizagem da seqüência da
atividade.
Fase 2 – ajuste dos canais sensoriais.
Fase 3 – ajuste dos padrões motores.
Fase 4 – redução da atenção consciente.
Controle por exceção.
Fadiga – efeito de um trabalho continuado
que provoca uma redução reversível da
capacidade do organismo e uma
degradação qualitativa desse trabalho.
Conseqüências da fadiga – entre outras
conseqüências podemos citar: aumento de
erros, perda de padrões de precisão e
segurança, força, velocidade e precisão.
A sobrecarga ocorre quando as solicitações
feitas sobre o indivíduo excedem a
capacidade de resposta do mesmo
Fatores fisiológicos da fadiga – reversível
desde que não ultrapasse certos limites e
chegue a um tipo de fadiga chamada de
crônica, que neste caso deve receber
tratamento médico.
Fatores psicológicos da fadiga – sintomas
mais dispersos e amplos como: cansaço
geral, aumento da irritabilidade
desinteresse etc. Tem um componente
emocional.
Diferenças individuas para a fadiga – a
fadiga muscular pode ser medida
objetivamente por um aparelho chamado
de Ergógrafo de Mosso. A partir de
resultados desse aparelho chegou-se às
seguintes conclusões:
1ª - Perfil individual
2ª - Máximo controlado
3ª - Tipos característicos
Fadiga e produtividade industrial – a fadiga
é um dos principais fatores que diminuem a
produtividade, estudos mostram que a
jornada de trabalho deve ser no máximo de
8,5 horas e que após esse máximo não há
aumento de produtividade e os erros
aumentam.
Pausas no trabalho – para trabalhos que
exigem atividade física pesada ou em
ambientes desfavoráveis devem ser
proporcionadas pausas durante a jornada
de trabalho.
Monotonia – sobrepõe-se a fadiga e pode
piorá-la. É uma reação do organismo a um
ambiente uniforme e/ou pobre em
estímulos. Tem como conseqüência a
diminuição de atenção e aumento do tempo
de reação. A vigilância diminui.
Já a motivação pode agir aliviando à
fadiga.
Fatores fisiológicos da monotonia – para se
proteger o organismo tende a não perceber
excitações constantes, desligando-se
delas. A partir daí o organismo fica mais
suscetível a erro quando se trata da
atividade monótona. É como se atrofiasse o
homem.
Fatores Psicológicos da monotonia – para
trabalhos que não correspondam às
capacidades e preferências da pessoa será
executado com menor interesse,
satisfação,motivação e pior rendimento. Ou
seja, psicologicamente falando, as pessoas
precisam estar se sentindo evoluir.
Motivação
“decisão de trabalhar”. Ânimo, garra,
determinação, impulso. O algo mais que
pode mudar tudo.
Tarefas motivadoras – São aquelas que
estabelecem metas, desafiam o
indivíduo, informam o mesmo de como
está sua performance e o recompensam.
(Métodos de motivação – Estabelecer
metas, Desafiar, informar e recompensar.
Teorias de conteúdo em motivação –
teorias que procuram determinar as
necessidades que motivam uma pessoa ou
a classe de motivos que ela procura agir.
Mais conhecidas: Maslow e Alderfer.
Teoria de Maslow – as pessoas são motivadas a
alcançar ou manter certas necessidades
relacionadas com o bem estar físico intelectual e
social.
Níveis da teoria de Maslow
Nível 1 – necessidades fisiológicas
Nível 2 – necessidade de segurança
Nível 3 – necessidade de aceitação
Nível 4 – necessidade de ego
Nível 5 – necessidade de auto-realização
*Níveis hierarquizados.
Teoria de Alderfer
Parecida com a de Maslow, porém mais
simples.
Níveis da teoria de Alderfer
Nível 1 – necessidades básicas
Nível 2 – necessidade de relacionamento
Nível 3 – Necessidades de crescimento
Tanto a teria de Maslow quanto a Alderfer
são bastante questionáveis devido a
hierarquização, o que não seria igual para
todos os indivíduos.
Estudo de Herzberg – estudo que procurou
identificar conteúdos motivadores no
trabalho. Foram chamados de causas de
satisfação e são: realização
reconhecimento, pela realização, o trabalho
em si, responsabilidade, avanço e
crescimento.
Já as que causam insatisfação são: Política
e administração da empresa, supervisão,
relacionamento com o superior, condições
de trabalho, salário, relacionamento com os
colegas, vida pessoal relacionamento com
os subordinados, status e segurança.
Porém só considerou o ambiente de
trabalho o que gerou críticas.
Importância da motivação – Um trabalhador
motivado produz mais e melhor.
Os principais fatores de motivação são:
salário e o reconhecimento.
Influências do sexo idade e deficiências
físicas.
Trabalho feminino – acarretou em algumas
mudanças em vários setores da industria,
como no automobilístico que a partir da
década de 50 passou a não mais pensar
apenas nos carros só para homens.
Características femininas no trabalho:
- Antropometria
- Capacidade física
- Menstruação
Processo de envelhecimento – tem sido
mais estudado desde que a natalidade
diminuiu (principalmente na Europa) e a
expectativa de vida aumentou. Afeta várias
funções fisiológicas como:
- Antropometria
- Força muscular
- Processos cognitivos
- Visão
- Audição
Senilidade e trabalho – pode-se dizer que
há um mecanismo de compensação: uma
vez que há a redução da capacidade de
receber e processar informações surge
uma tendência de estreitar o campo de
interesse e ignorar certos eventos. Isso
pode contribuir para reduzir a dispersão e
aumentar a concentração e confiabilidade
nos resultados.
Pessoa portadoras de deficiências físicas –
são aquelas que por algum motivo não
podem exercer as suas aptidões físicas.
Podem ser classificadas como:
- Os que dependem de cadeira de rodas
- Os que usam pernas mecânicas, muletas
ou bengalas
- os que são parcial ou completamente
cegos
-os que são parcial ou completamente
surdos
- os que têm lesões no sistema nervoso
central
- As diversas deficiências provocadas pela
idade avançada
Análise da deficiência física – um deficiente
não pode ser comparado apenas com uma
pessoa não-deficiente da qual se subtraiu
alguma habilidade. Um cego por exemplo,
pode ter sua percepção auditiva aguçada.
Em cada caso as deficiências devem ser
objeto de exame médico para que se
recomende as técnicas de reabilitação
adequadas.
Nas indústrias também podem ser feitas
adaptações para que haja o
aproveitamento de pessoas deficientes de
modo a transforma-las em trabalhadores
tão produtivos quanto os não-deficientes.
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Influências do sexo idade e deficiências físicas.