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OS NOVOS PRINCÍPIOS
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Evitar os riscos
Avaliar os riscos que não possam ser evitados
Combater o risco na origem
Adaptar o trabalho ao homem
Ter em conta o estádio de evolução da técnica
Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo
ou menos perigoso
• Planificar a prevenção
• Dar prioridade ás medidas de prevenção colectiva
• Dar instruções adequadas aos trabalhadores
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PREVENÇÃO DOS RISCOS
Há, fundamentalmente quatro processos para fazer prevenção de riscos para a saúde:
R
H
limitar / eliminar o risco
1
R
H
envolver o risco
2
R
H
afastar o homem
3
R
H
proteger o homem
4
1 e 2- MEDIDAS CONSTRUTIVAS OU DE ENGENHARIA (MÁQUINAS)
3- MEDIDAS ORGANIZACIONAIS ( SISTEMA: HOMEM-MÁQUINAAMBIENTE)
4- MEDIDAS INDIVIDUAIS (HOMEM)
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AVALIAÇÃO DE RISCOS
Uma Avaliação de Riscos é um exame sistemático de
todos os aspectos do trabalho, com o objectivo de:
 apurar o que poderá provocar danos
 possibilitar a eliminação dos perigos
 adoptar medidas preventivas ou de protecção
 controlar os riscos
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AVALIAÇÃO DE RISCOS- Definições
PERIGO – conjunto de condições inerentes ao
manuseamento ou operação de um produto ou sistema
capazes de iniciar uma sequência de acontecimentos
geradores de um acidente
RISCO – probabilidade de ocorrência de um
acontecimento não desejado
SEGURANÇA- probabilidade de não ocorrência de um
acontecimento indesejado
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AVALIAÇÃO DE RISCOS- Definições
AVALIAÇÃO DO RISCO – é o processo de avaliar o
risco para a saúde e segurança dos trabalhadores no
trabalho decorrente das circunstâncias em que o perigo
ocorre no local de trabalho
QUANTIFICAÇÃO DO RISCO – é a estimativa da
probabilidade de realização de um acontecimento
indesejado e das consequências das possíveis sequências
de acidentes
GESTÃO DO RISCO – método de actuação, no
sentido de eliminar ou minimizar a probabilidade de
concretização de um acontecimento indesejado ou
minorar as suas consequências
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AVALIAÇÃO DE RISCOS
Fases da avaliação de riscos:
 Identificação dos perigos
- caracterização dos locais e processos de trabalho
- caracterização dos recursos humanos e respectivas actividades
- caracterização dos agentes
- grupos de exposição homogénea
Estimativa do risco em causa – Qualitativa/ Quantitativa
- classificação da exposição
- classificação dos efeitos nocivos para a saúde
- ordenação dos riscos
Avaliação Quantitativa do Risco
- estratégia de amostragem
- amostragem
- interpretação dos resultados
(continua)
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AVALIAÇÃO DE RISCOS
 Valorização do risco
- hierarquização dos riscos
- comparação com valores de referência
 Relatório e Recomendações
 Controlo do risco (medidas correctivas e medidas preventivas)
- engenharia
- práticas de trabalhos adequados
- EPI´s
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CRITÉRIOS PARA A AVALIAÇÃO DE RISCOS
 Disposições legais
 Normas e directrizes constantes de publicações (orientações
técnicas nacionais, códigos de boa prática, guias de fabricantes,
normas de associações industriais, etc. )
 Princípios de hierarquia de prevenção de riscos
- evitar riscos
- substituir elementos perigosos por outros não
perigosos/menos perigosos
- combater riscos na fonte
- aplicar medidas de protecção colectiva
- adaptação ao progresso técnico
- procurar melhorar o nível de protecção
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AVALIAÇÃO DE RISCOS
RISCO = FREQUÊNCIA x GRAVIDADE
O Risco é função da :
frequência de ocorrência
gravidade das consequências
Pode-se reduzir a dimensão e minimizar a possibilidade de ocorrência de
um acidente:
- minimizando o potencial de risco, limitando as quantidades de
agentes perigosos envolvidos;
- minimizando a probabilidade de ocorrência do acidente,
exercendo adequada vigilância e controlo durante a laboração;
- reduzindo a população exposta, através de uma política adequada de
localização dos locais de trabalho;
- minimizando as eventuais consequências, implementando
procedimentos de emergência e informação das populações sobre os perigos a
que se encontram expostas.
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MÉTODOS DE ANÁLISE DE RISCO
1- Métodos Qualitativos:
- descrevem as situações perigosas e as medidas de segurança
- identificam as conjugações de acontecimentos que podem gerar uma
situação perigosa e as formas de a evitar
 são descritivos:
- listas de verificação
- tabelas de reacções quimicas perigosas
- fluxogramas
- planos de sinalização
 forma de árvore lógica:
- “causa-efeito”: definem-se as consequências possiveis, a partir de
um acontecimento inicial
- “efeito-causa” : analisam-se os factos a partir de um
acontecimento final
(continua)
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MÉTODOS DE ANÁLISE DE RISCO
2- Métodos Quantitativos - permitem quantificar o risco
São métodos quantitativos:
 métodos estatísticos
- índices de frequência (If) e de gravidade (Ig)
- índices de fiabilidade
- taxas médias de falha, etc..
 métodos matemáticos
- modelos de falhas
- modelo de difusão de nuvens de gás, etc..
 métodos pontuais
- Gretener
- Hazop
- Jam, etc..
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PRINCIPAIS TIPOS DE RISCO
 MECÂNICOS
São os riscos relacionados com o movimento de máquinas,
ferramentas e instrumentos de trabalho
 ILUMINAÇÃO
A qual sendo insuficiente, excessiva ou inadequada pode originar
acidentes ou afecções na visão
 RUÍDO
O Ruído a partir de um determinado nível torna-se incómodo,
torna-se num obstáculo à comunicação e contribui para o
aumento da fadiga, podendo provocar alterações no sistema
nervoso e mesmo traumatismo auditivo
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PRINCIPAIS TIPOS DE RISCO
 ELÉCTRICOS
Sendo a electricidade uma forma de energia essencial a qualquer
empresa, para a iluminação ou alimentação de equipamentos,
constitui um risco sempre presente; este risco pode causar lesões
ou a morte por choque eléctrico ou queimadura
 TÉRMICO E DE HUMIDADE EXCESSIVA
O calor provoca desgaste e fadiga excessivos, cefaleias,
taquicardia, astenia e dificuldades de concentração, consumo
anormal de alimentos.
Por seu lado o frio leva por vezes ao “choque térmico”,
queimaduras e ulcerações nas extremidades. A humidade agrava
os sintomas e torna mais difícil suportar as condições ambiente
 VIBRAÇÕES
Resultantes das trepidações de equipamentos mal protegidos,
ajustados ou afinados, provocam afecções da coluna, dificuldades
respiratórias, alterações do sistema nervoso, ósseo e articular
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PRINCIPAIS TIPOS DE RISCO
 RADIAÇÕES
Emanadas por equipamentos de Raio X, utilizados industrialmente
para controlo de soldadura ou para actividades médicas, écrans de
televisão, etc
 INCÊNDIO
Resultante da existência de matérias primas, produtos acabados
ou subsidiários com características combustíveis (que ardem) ou
comburentes (que alimentam a combustão), perto de locais onde
há uma chama livre, trabalhos de manutenção, ou máquinas
desenvolvendo calor pelo atrito, é um factor a considerar

RISCOS
PROVOCADOS
POR
MATERIAIS
E
SUBSTÂNCIAS
São os Riscos resultantes do contacto ou inalação de fuidos, gases,
névoas, fumos e poeiras tendo um efeito nocivo, tóxico, corrosivo
e/ou irritante
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PRINCIPAIS TIPOS DE RISCO
 RISCOS BIOLÓGICOS
São riscos característicos de locais como hospitais, indústria
alimentar, matadouros que podem provocar doenças infecciosas
 RISCOS PROVOCADOS POR FACTORES
ERGONÓMICOS
- São os efeitos fisiológicos que resultam de posturas defeituosas,
de esforços excessivos ou repetitivos;
- são os efeitos psico-fisiológicos provocados por uma sobrecarga
psiquica, stress, etc., devidos à operação, vigilância ou manutenção
de máquinas
COMBINAÇÃO DE RISCOS
Alguns riscos que, quando isolados parecem menores, podem
originar um risco maior quando combinados uns com os outros
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PRINCIPAIS TIPOS DE RISCO
 ANSIEDADE E STRESS
Este é o tipo de risco cada vez mais comum. É resultado de ritmos
de trabalho que não têm em conta as características do homem,
monotonia das tarefas, competição excessiva, e dando origem à
fadiga, a eventuais acidentes e doenças profissionais, quando o seu
efeito é prolongado no tempo
 RAZÕES PSICOSSOCIOLÓGICAS
Constituem este tipo de risco a inadaptação à equipa de trabalho, à
organização, à cultura ou aos hábitos, problemas familiares ou
sociais que perturbem o estado emocional do trabalhador podem
levar à ocorrência de acidentes de trabalho ou de doenças
profissionais
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PRINCIPAIS TIPOS DE RISCO
 IDADE
Com as consequentes tendências, entre os mais jovens, para sobvalorizar os riscos e entre os mais idosos, para a diminuição de
capacidades, nomeadamente a visão, audição e reflexos,
constituem causas de riscos acrescidos
 NEGLIGÊNCIA E IMPRUDÊNCIA
Resultando de atitudes de desprezo pelos riscos, são causas
frequentes de acidentes
 PREPARAÇÃO TÉCNICA INSUFICIENTE
O desconhecimento, mesmo que parcial, da forma adequada de
utilização e controlo de cada instrumento, máquina ou ferramenta,
é igualmente um factor de risco
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AGENTES CAUSADORES DE RISCOS
RUÍDO
AGENTES FÍSICOS
ILUMINAÇÃO
CONDIÇÕES TÉRMICAS
RADIAÇÕES
VIBRAÇÕES
AGENTES
BIOLÓGICOS
FUNGOS
AGENTES SÓLIDOS (poeiras,fibras,fumos)
VÍRUS
BACTÉRIAS
FACTORES
ERGONÓMICOS
QUIMICOS LIQUIDOS (aerossóis)
GASOSOS (gases, vapores)
ENGENHARIA HUMANA
FACTORES
PSICOLÓGICOS
PSICOLOGIA DO TRABALHO
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CATEGORIAS DO RISCO
 I - DESPREZÍVEL
A falha não trará degradação maior ao sistema nem irá produzir
dano ou lesão
 II - MARGINAL
A falha degradará o sistema em certa extensão, mas sem produzir
danos maiores ou lesões, podendo ser controlada
 III - CRÍTICA
A falha degradará o sistema, causando lesões, danos substanciais.
Necessita correcção imediata
 IV - CATASTRÓFICA
A falha produzirá grave degradação do sistema, resultando perda
total, lesões ou morte
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ÁRVORE DE CAUSAS (EFEITO-CAUSA)
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ACIDENTE
(Queimaduras de 2º e 3º grau nas pernas do operário
Tentativa de apagar
as chamas com os pés
Inicio de incêndio
Existência de produto
inflamável
Uso do mesmo
Recipiente para
Óleo e gasolina
Desconhece-se
a perigosidade
da gasolina
O operário não tem informação sobre os riscos e medidas
a tomar em operações com
produtos inflamáveis
Existência de
particulas incandescentes
Fogo localizado
operário actua
instintivamente
Não é utilizado extintor para
apagar chamas nas calças
Único Extintor
Encontra-se no
Outro extremo
Nº de extintores
insuficiente
Operação de
rebarbagem junto
ao local de
mudança de óleo
O operário de
rebarbagem desconhece a existência de
liquido inflamável
Desconhecimento
da toxicidade do
agente extintor
Os operários não
possuem formação
sobre utilização de
extintores
A oficina não tem
delimitadas, áreas
com operações de risco
Deficiente Organização
(coexistência de riscos)
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TABELA
(CAUSA-EFEITO)
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS
Identificação: Sistema de vôo de Dédalo
CAUSA
Radiação Solar
RISCO
EFEITO
Voar demasiado
alto
•Cera que une as
penas derrete.
Subsistema: Asas
CATEGORIA
RISCO
IV
* Queda no
mar
Humidade
Voar junto à
água
* Aumento de
peso por absorção de água.
* Queda no
mar
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MEDIDAS
*Advertir
contra voo alto.
* Rígida
supervisão
IV
*Advertir
contra voo
baixo
* Rígida
supervisão
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PRINCIPAIS ÍNDICES ESTATÍSTICOS
 ÍNDICE DE FREQUÊNCIA – representa o número de acidentes com
baixa por milhão de horas-homem trabalhadas
IF =
Nº de acidentes com baixa x 106
Nº de horas-homens trabalhadas
 ÍNDICE DE GRAVIDADE – representa o número de dias úteis
perdidos por mil horas-homem trabalhadas
IG =
Nº de dias (úteis) perdidos x 103
Nº de horas-homens trabalhadas
 ÍNDICE DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE – representa o número
de dias úteis perdidos, em média, por acidente
IAG =
IG
IF
x 10 3
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Equipamentos de protecção individual e colectiva