Paixão por Jesus
Dr. Jack Deere
A maioria dos Cristãos pode dizer a você qual é o maior de todos os mandamentos - amar a Deus com todo
o seu coração, e mente (Mt 22:36-40). Todos nós sabemos que este é o maior mandamento. Mas nós
realmente levamos ele a sério?. É tão fácil pensar que nós estamos amando Jesus quando de fato estamos
amando alguma coisa mais.
Quando eu me converti a 17 anos atrás, eu não tinha qualquer espécie de religiosidade ou base de Igreja.
Imediatamente eu amei o Senhor Jesus. Comecei a devorar a Sua palavra. Falava com Ele constantemente.
Eu testemunhava a cada um dos meus amigos não Cristãos - uma vez e outra vez. Eu era tão extremamente
zeloso que perdi completamente a amizade de dois de meus amigos. Esta perda não me afetou muito
porque eu estava tão cheio de amor pelo Senhor que nada mais realmente importava. Eu também amei
minha nova Igreja. De fato, toda as vezes que as portas do local de reunião se abriam eu estava presente.
Depois de cerca de 1 ano, a paixão original que eu tinha pelo Senhor Jesus começou a enfraquecer um
pouco. Eu não posso apontar o dia ou a hora quando isto aconteceu, nem eu posso dar a razão disto, mas
alguma coisa estava definitivamente diferente. A paixão que eu tive por Jesus tinha, com certeza, sutilmente
sido transferida para a minha denominação.
Em nossa igreja nós falávamos muito, e com muito orgulho, à respeito de nossa denominação. Tornou-se
difícil para mim compreender porque todo verdadeiro cristão não queria fazer parte da minha denominação.
Eu também me lembro pensando que minha igreja era talvez a melhor igreja dentre todas as denominações.
Eu não penso que eu sempre amava em demasia a minha denominação e a minha igreja. O problema era
que amava Jesus muito pouco em comparação com minha igreja. Engano como esse ocorre lentamente e
é tão sutil que é quase impossível perceber o instante em que somos enlaçados por ele. Eventualmente eu
me arrependi de colocar minha igreja à frente de Jesus. A fria auto-justiça me deixava e eu sentia o meu
amor por Jesus refrescar.
Mais tarde eu tive que me desviar outra vez da questão de cultivar paixão pelo Senhor Jesus. No processo
de obter treinamento teológico e me tornar um professor de seminário, eu desenvolvi uma intensa paixão
por um preciso estudo da Palavra de Deus. Antes que eu percebesse, aconteceu de novo. Eu me achei
amando mais a Bíblia do que o Autor da Bíblia. Eu fui preso neste laço por mais anos do que gostaria de
lembrar. Outra vez o problema não era amar demasiado a Bíblia. Era que eu amava a Jesus muito pouco
em comparação com a Bíblia. Eu tinha colocado a Bíblia acima do Senhor Jesus, assim como os Fariseus
tinham colocado a lei e suas tradições acima de Deus. É possível cometer este tipo de engano em quase
todas as coisas. Nós podemos colocar as pessoas ou mesmo várias formas de ministério - testemunho,
cuidar dos pobres, orar pelos doentes, etc. - acima do Senhor Jesus Cristo. Eu tenho visto freqüentemente
as pessoas confundirem amor a Jesus com fazer coisas. É até possível amar a vida Cristã mais do que
Jesus. Existe um sentido de segurança e propósito que vem de estarmos cercados por Cristãos e termos
um estilo de vida que nossos amigos aprovam. A Comunhão Cristã é maravilhosa mas alguns têm mais
afeição por ela do que por Jesus mesmo.
Cultivando paixão
Mais do que qualquer outra coisa, paixão pelo Filho de Deus tem que ser guardada e cultivada , caso
contrário ela será perdida. Eu acho que quase todas as boas coisas da minha vida estão prontas para
competir com meu tempo e intimidade com o Filho de Deus.
Eu tenho orado uma oração que tem feito mais para gerar paixão em meu coração pelo Senhor Jesus do
que qualquer outra coisa que eu tenha feito antes. Esta oração se encontra dentro do que talvez seja a
maior oração em toda a Bíblia. Me refiro a oração sacerdotal do Senhor Jesus em João 17. Eu tenho
tornado o último verso em minha própria oração pessoal: “E eu tenho declarado a eles Seu nome, e ainda
o declararei. tal que o amor com que me amastes esteja neles, e eu neles.”(Jo 17:26)
Jesus disse que Ele tinha declarado o nome do Pai aos Seus discípulos, isto é, Ele mostrou a eles como
o Pai era. Ele fez isto com propósito futuro. Jesus queria que seus discípulos amassem a Ele como Seu
Pai celestial O amou. Ele queria que o amor que o Pai tem por Ele estivesse em Seus discípulos. Eu li
estes versos muitas vezes antes que eu realmente compreendesse ele. A primeira vez que compreendi o
que Jesus queria dizer tive dificuldade para crer. Como eu posso amar Jesus como Deus o Pai ama Seu
próprio Filho? Naturalmente ninguém pode amar alguém com a mesma intensidade ou qualidade que
Deus ama eles. Mas, por outro lado, nem também nós podemos ser santos como Deus, todavia Deus nos
diz “Sede santos como Eu sou Santo.” É através do poder do Espírito Santo em nós que podemos caminhar
em santidade. Por aquele mesmo poder, nós podemos viver nossas vidas com uma paixão que nos
consume pelo Senhor Jesus. O Pai ama o Filho mais do que qualquer pessoa ou coisa. Ele é devotado ao
Filho. Seus olhos nunca deixam o filho. Tudo o que o Pai faz é para o Filho. Jesus orou para que pudéssemos
ser guiados por esta mesma paixão que possui um único olhar.
Basta apenas obedecer?
Algumas pessoas minimizam a nossa necessidade de paixão por Jesus. Eles dizem que nossos sentimentos
não são realmente importantes desde que caminhemos em obediência. Obediência é maravilhosa, mas o
problema com esta definição é que você pode fazer as coisas certas sem amar, em demasia, o Filho de
Deus. Alguém pode obedecer seu pai por recompensa ou temor ao castigo, e de fato não gosta ou ama
bastante seu pai. Um marido pode ser fiel e bondoso provedor para sua esposa sem ter muito amor ou
paixão por ela. Que esposa gostaria de uma relação assim estabelecida? Por que pensamos que Deus
estaria desejoso de estabelecer uma obediência que não é acompanhada por uma paixão que nos consume
pelo Seu Filho? Afinal de contas, não é o maior mandamento amar ao Senhor com todo o nosso coração,
alma, mente e força?.
Se você olhar nos heróis da nossa fé, você encontrará homens e mulheres que não apenas eram cheios
de boas obras mas também eram consumidos pela paixão por Deus. O apóstolo Paulo era tão consumido
pela sua afeição pelo Senhor Jesus que chegou ao ponto em sua vida onde, para ele, viver significava Cristo
- “Para mim o viver é Cristo. “Fp 1:21. Esta espécie de completa devoção é vista não somente nos
apóstolos.
Maria, a irmã de Marta, tinha esta espécie de paixão por Jesus. Ela não era um apóstolo ou líder, mas o
Filho de Deus tinha grande proeminência em seu coração. Quando Jesus estava por perto ela não poderia
pensar em alimento ou qualquer outra necessidade da vida. Tudo o que ela queria era sentar aos pés de
Jesus e ouvi-lo (Lc 10:38s). Por outro lado, Jesus amava estar próximo de Maria. Quando se aproximava
o tempo da Sua última Páscoa, e Ele sabia que tinha somente seis dias antes da cruz, onde você pensa
que Ele escolheu gastar aqueles seis dias? Ele foi à casa de Maria (Jo 12:1s). Não é difícil de ver o que o
conduziu a casa de Maria. Enquanto estava lá, na presença de todos os discípulos, Maria trouxe uma jarra
de perfume caríssimo. Este perfume representava as economias de sua vida ou dote de casamento. Ela
quebrou o vaso e derramou sobre Jesus. Ela despedaçou o sua maior possessão sobre o Senhor Jesus.
Ela fez isto pela sua extravagante afeição por Jesus. Ela estava derramando sua vida inteira sobre o
Senhor. Não existia mediocridade em seus sentimentos por Ele. Ela era uma mulher consumida por uma
paixão santa pelo Senhor Jesus.
Paixão move Jesus
Contudo, esta1 paixão, é uma espada que corta de ambos os lados. Jesus também tinha grande afeição
por Maria. Quando Lázaro, o irmão de Maria, morreu, Jesus foi a casa deles quatro dias depois. Marta foi
a primeira a ir ao Senhor Jesus. Ela disse a Ele, “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria
morrido. “Jesus respondeu a Marta dando um dos maiores ensinos teológicos em toda a Palavra de Deus:
“Eu sou a ressurreição e a vida.”. Quando Maria encontrou Jesus, alguns instantes depois, ela disse
exatamente as mesmas palavras de Marta: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
“Contudo, quando Maria disse estas palavras, Jesus chorou e então caminhou para a tumba e ressuscitou
ao irmão de Maria que estava morto. Uma pessoa como Marta pode receber um grande ensino teológico de
Jesus. Uma pessoa como Maria pode quebrantar Seu coração e movê-lo a ressuscitar alguém dentre os
mortos. As pessoas que têm a paixão de Maria pelo Senhor Jesus podem movê-lo de uma forma que os
outros não podem. Como você pode obter esta espécie de amor apaixonado por Jesus?
Tempo para conhecê-lo
Existem três coisas simples mas indispensáveis que nós devemos fazer. Em primeiro lugar, não podemos
amar alguém que nós não conhecemos. Portanto, nós devemos reservar um tempo para conhecer o
Senhor Jesus Cristo. Se nós não gastarmos tempo meditando em Sua palavra, falando com Ele, e ouvindo
a Ele, nunca faremos progresso em adquirir paixão por Ele.
Nós devemos reservar tempo regular para meditação pessoal nas escrituras e para oração. Nunca devemos
permitir que este tempo se torne mecânico e ritualístico. Devemos lembrar que é possível ler a Bíblia como
os Fariseus e nunca ouvir a voz de Deus ( João 5:37). É possível permitir que o nosso tempo de oração se
degenere em nada mais do que apresentar uma lista de supermercado para Deus.
Em nosso tempo regular de meditação pessoal devemos ter em mente que o propósito é encontrar com
uma Pessoal real. Esta pessoa fala, guia, encoraja, revela, convence, censura, se revela, se esconde, fica
irado, pode ser magoado, e pode se regozijar. Neste encontro podemos provocar a Sua ira ou elegrá-Lo. A
Bíblia nos ensina muitas coisas à respeito do Deus com quem temos de nos relacionar.
Nós somos ensinados no início de nossa conversão à respeito da importância de gastar tempo com Ele. O
problema não é que nós não sabemos isto, mas que nós não praticamos.
Remover as barreiras
A segunda coisa que é absolutamente essencial é remover as barreiras entre nós e o Senhor Jesus.
Nossos pecados criam uma barreira entre nós e Jesus de tal forma que não podemos ir à Sua presença e
crescer em nosso amor e conhecimento dele. Essas barreiras são removidas quando nós confessamos os
nossos pecados e Deus nos perdoa. Uma dos mais importantes ensinos sobre o perdão é encontrado em
I Jo 1:9: “Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça.” Todos nós conhecemos este texto, mas com muita freqüência não cremos
nele. Vivemos cheios de pecado sob condenação e culpa. Muito de nós confessamos os pecados e nunca
nos sentimos perdoados porque nós não confiamos de fato no poder do Seu sangue para perdoar aqueles
pecados. Nunca seremos santos o suficiente, bastantes disciplinados, ou bastante qualquer outra coisa,
para merecer ir à Sua presença, à parte do sangue do Seu Filho. Nossas boas obras, vidas reformadas, e
melhores intenções nunca nos livrarão da culpa do pecado. A única coisa que o Pai nos tem dado para nos
livrar do pecado e da culpa é o sangue do Seu Filho.
Pedir por paixão
A terceira coisa que devemos fazer para adquirir paixão pelo Filho de Deus é consistentemente pedir por
ela, lutar por ela em oração. É aqui que entra Jo 17:26. Como eu disse anteriormente, eu tenho parafraseado
Jo 17:26 e colocado em minha própria oração pessoal. Eu oro assim: “Pai, concede-me uma porção do
Espírito Santo para amar o Filho de Deus como você ama Ele. “Eu oro esta oração quando me levanto; oro
durante o dia quando minha mente divaga; oro quando vou dormir à noite. Meu coração tem sido capturado
por esta oração. Quando eu oro desta forma, eu confesso a Deus que se Ele não me concede uma atuação
do Espírito Santo na minha vida, nunca vou adquirir paixão pelo Seu Filho. Estou confessando a Ele que
minha bondade, minha disciplina, meu conhecimento da Palavra, embora sejam coisas boas, são
insuficientes para produzir paixão pelo Filho de Deus. Eu posso mudar minha mente, mas somente o
Espírito Santo pode mudar meu coração. É tarefa do Espírito Santo “porque o amor de Deus está derramado
em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”(Rm 5:5). Amor divino só pode ser divinamente
impartido.
A maior parte da minha vida cristã eu tenho feito o mesmo engano, vez após vez. Eu coloco minha
confiança na minha disciplina, em minhas boas intenções, em meu conhecimento das escrituras, a fim de
produzir amor por Deus. Quando ajo assim, sempre termino em legalismo e auto-justiça. Um dia o Senhor
interrompeu tudo isto. Ele me disse, “Se você mesmo me ouvir dizer, ‘Fizestes bem, servo bom e fiel,’ não
será porque você é um bom seguidor, será porque meu Filho é um bom líder. Coloque sua confiança em
Sua habilidade para liderar, não em sua habilidade para seguir. “
Esta revelação divina partiu meu coração. Eu percebi porque a paixão revestida de legalismo e auto-justiça
era capaz de consistentemente obter tal fortaleza em minha vida. Eu não estou dizendo que não devemos
nos disciplinar, ou conhecer a Bíblia, ou ter bom comportamento - nós devemos. Nem eu quero dizer que
nós devemos ser passivos e simplesmente deixar Deus fazer tudo. Estou falando à respeito de nossa
atitude e confiança. Nós devemos fazer as coisas certas mas nunca colocar nossa confiança na nossa
habilidade para fazer coisas. Nossos corações são incrivelmente inclinados ao engano ( Jeremias 17:9) e
nossos pés igualmente inclinados ao desvio do caminho da justiça ( Rm 3:10). À luz disso, como podemos
confiar em nossa habilidade para seguir Jesus?
Eu tenho percebido que a paixão pelo Filho de Deus não pode vir por ouvir falar dela. Vem porque Ele dá ela
como Seu maior e mais gracioso dom. E afinal, não é desta forma que as grandes coisas vem a nós, como
dons? Tiago diz, “Vocês não tem porque vocês não pedem.”(Tg 4:2) Os maiores dons que Deus pode nos
dar, são nosso por pedirmos. Eu encorajo você, de hoje em diante, a gastar mais tempo em sua vida de
oração pedindo a Deus para conceder a você paixão pelo Filho de Deus do que pedir por qualquer outra
coisa. A nossa confiança deve estar sempre no desejo e habilidade de Deus para nos impartir paixão pelo
Seu Filho.
Se você começar a orar esta oração de forma regular, a paixão pelo Filho de Deus começará a permear ser
coração. Pode levar meses, ou anos, antes que você note uma diferença significante. De fato, você
provavelmente nunca será capaz de apontar o dia ou a hora quando você começou a ser consumido com
paixão pelo Filho de Deus, mas outros notarão. Eles dirão que você está mudado; que você é diferente.
Eles dirão que existe uma bondade, uma gentileza em você que eles não tinham notado antes. Existe uma
qualidade contagiosa em seu amor pelo Filho de Deus que não parecia estar lá antes, e eles vão querer
saber o que você tem feito.
Não seja passivo à respeito de adquirir paixão pelo Filho de Deus. Faça ela o objetivo de sua vida. Coloque
seus olhos sobre o Filho de Deus e deixe eles lá (Hb 12:1), e você se tornará como Ele. Você se verá
caindo em amor por Ele quando você pedir a Deus, dia após dia, para consumir você com paixão pelo Seu
glorioso Filho. E aquela paixão, quando começar a ocupar seu coração, conquistará uma centena de
pecados em sua vida. Você começará a amar o que Ele ama e a odiar o que Ele odeia.
O melhor amigo de Jesus
Entre as mulheres da Bíblia, Eu penso que Maria é uma que mais exemplifica esta paixão pelo Filho de
Deus. Entre os homens, poderia ter sido o apóstolo João. João é chamado “o discípulo a quem Jesus
amava. “A Bíblia Viva refere a João como “O amigo mais próximo de Jesus.” (Jo 13:23).Esta é uma grande
tradução. Eu gosto dela. João foi sempre um dos três discípulos a quem foi permitido estar mais próximo,
mas dos três, ele era o mais próximo de Jesus e todos sabiam disso.
Quando Jesus estava pendurado na cruz, Ele olhou um universo onde parecia que todo traço visível de
Deus tinha desaparecido. Todos, menos um, dos seus discípulos tinham deserdado Ele. Somente João e
quatro mulheres permaneciam aos pés da cruz. Jesus olhou para baixo e viu sua mãe. Quem tomaria
conta dela agora? Seus irmãos na carne? Os apóstolos? Não, todos o tinham deserdado. É quando Ele
olha em João e diz em Seu espírito, “João, ninguém mais cuidaria da minha mãe. “Então, fortemente, para
todos poderem ouvir, Ele disse, “Mulher, eis ai seu filho. “E então a João, Eis ai sua mãe.”(Jo 19:26,27).
João era realmente o melhor amigo de Jesus. Mas João não tem que ser o único que é seu melhor amigo.
Todos nós temos somente uma breve hora sobre a terra e então estaremos diante do Senhor Jesus para
dar conta de nossas vidas. Pôr que não ser como Maria e escolher a melhor parte, a única coisa necessária,
tal que possamos estar diante dele em confiança naquele dia? O coração do Senhor é grande bastante
para acomodar, muitas, muitas outras Marias. Pôr que você iria escolher algo menor do que isto?.
Dr. Jack Deere ensinou no seminário teológico de Dallas por 11 anos, então serviu como pastor associado na
Vineyard Christian Fellowship in Anaheim, Califórnia. Quando na Califórnia, viajou com John Wimber e Paul
Cain em uma conferencia ministerial.
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1 - Seguindo a Cristo