VIII Congresso Mineiro de Nefrologia
I Encontro Interestadual de Nefrologia (MG, RJ, ES)
Ouro Preto, 22 a 25 de abril de 2009
Benefícios do Exercício Físico na População Geral




Redução da
ansiedade, do
estresse e da
depressão.
Controle do peso.
Redução do risco
cardiovascular.
Manutensão da
condição
osteomioarticular.

Associação entre
capacidade funcional e
estilo de vida
fisicamente ativo é
mais evidente em
idosos e indivíduos
com doenças crônicas.
American College of Sports Medicine (1978 / 1990)
# Orientações para o exercício que serviram de base
para a maioria das recomendações relativas à atividade
física para o público em geral.
Medicine & Science in Sports & Exercise. 26(6):649-660, June 1994.
HASKELL, WILLIAM L.
JOINT POSITION STATEMENT
# 1997 – ADA/ACSM Joint Statement: Diabetes Mellitus
ACSM / POSITION STAND
# 1994 – Exercise for Patients with Coronary Artery Disease
# 1998 – The Recommended Quantity and Quality of Exercise for
Developing and Maintaining Cardiorespiratory and Muscular Fitness, and
Flexibility in Healthy Adults; Exercise and Physical Activity for Older Adults.
# 2000 – Exercise and Type 2 Diabetes
# 2004 – Exercise & Hypertension; Physical Activity & Bone Health.
# 2007 – Exercise and Acute Cardiovascular Events: Placing the Risks
into Perspective
# 2009 – Appropriate Physical Activity Intervention Strategies for Weight
Loss and Prevention of Weight Regain for Adults; Progression Models in
Resistance Training for Healthy Adults
“Recomendamos que:
1. Os profissionais da área de saúde devem combater o sedentarismo,
incluindo em sua anamnese questionamentos específicos sobre atividade
física regular, desportiva ou não, conscientizando as pessoas a esse
respeito e estimulando o incremento da atividade física, através de atividades
informais e formais;
2. Os governos, em seus diversos níveis, devem considerar a atividade
física como questão fundamental de saúde pública, divulgando as
informações relevantes a seu respeito e implementando programas para uma
prática orientada.
3. As entidades profissionais e científicas e os meios de comunicação, enfim
as forças organizadas da sociedade, devem contribuir para a redução
da incidência do sedentarismo e a massificação da prática orientada de
Exercícios físicos.”
Rev Bras Med Esport _ Vol. 2, Nº 4 – Out/Dez, 1996
SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO ESPORTE
Doença Renal Crônica & Capacidade Funcional:
influência física, psicológica e sócio-econômica.
Diminuição da capacidade funcional
Baixa tolerância ao exercício
Dificuldade nas AVDs
Doenças CV
Anemia
Fraqueza muscular
SEDENTARISMO
Painter et al. Nephron 42:47-51, 1986
Kouidi et al. Nephrol Dial Transplant 13:685-99, 1998
Painter et al. Am J Kidney Dis 39:257-65, 2002
Sietsema et al. Am J Kidney Dis 39: 76-85, 2002
Brasil: pacientes em tratamento dialítico por ano
80000
70000
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0
jan/00
jan/01
jan/02
jan/03
jan/04
jan/05
jan/06
jan/07
Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia – Janeiro, 2007
DRC - MAIOR PROBABILIDADE DE ÓBITO DO
QUE DE CHEGAR À TRS.
DCV - PRINCIPAISCAUSAS DE MORTE NA DRC
Morbimortalidade na Doença Renal Crônica
Mortalidade cardiovascular em relação à Função Renal
Pacientes renais crônicos:
• redução da capacidade funcional ↔ uremia, anemia,
fraqueza muscular, sedentarismo, desnutrição, entre outros.
Pacientes em HD possuem um valor médio de 64% do
VO2 máx da média de indivíduos sadios, sedentários e
da mesma faixa etária.
Painter et al, 1986.
A mortalidade aumenta quando o VO2 máx atinge valores
menores do que 17,5mL/kg/min.
Sietsema et al, 2004.
Decreased survival among sedentary patients undergoing dialysis:
results from the dialysis morbidity and mortality study wave 2.
Proporção cumulativa de sobrevivência
1,00
0,95
0,90
Ativos (n=1181)
0,85
Sedentários (n=653)
0,80
0,75
0,70
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
Tempo (dias)
O’Hare et al. Am J Kidney Dis 41:447-54, 2003
RCPM na nefropatia crônica
(inclusive para pacientes submetidos a programa de diálise)
recomendação de grau B, evidência de nível 3
Proporciona a redução da pressão arterial sistólica, aumento da
capacidade física e redução do custo do tratamento.
Contribui para retardar e/ou reduzir problemas secundários à
coronariopatia, hipertensão arterial sistêmica e insuficiência cardíaca.
Para pacientes em diálise, melhora a função cardiovascular, a capacidade
física, a qualidade de vida e a eficiência da diálise, diminuindo o tempo de
remoção de fosfato durante a diálise.
 Reduz a mortalidade.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Vol. 86, Nº 1 – Jan, 2005
Exercise and chronic kidney disease: current recommendations.
Johansen KL
Sports Med. 2005; 35 (6) :485-99
As evidências sugerem que o exercício aeróbico pode melhorar
o controle da pressão arterial, o perfil lipídico, a saúde mental
e o desempenho físico.
O impacto sobre a sobrevida e a hospitalização não foi determinada.
Exercícios de resistência: aumento da massa muscular e melhora da
força e da função muscular.
Para pacientes em hemodiálise, a incorporação do exercício à sessão
pode aumentar a aderência e a tolerância ao programa de exercícios.
 US Surgeon General's: portadores de DRC devem ser encorajados a
participar na atividade física moderada, com intervenções de treinamento
de força e exercício aeróbico.
The National Kidney Foundation
Staying Fit With Kidney Disease
Physical fitness is very important in today's world. Everyone
is enjoying the benefits of greater strength and feeling better.
Exercise keeps your body strong and healthy.
Posso fazer ginástica?
Sim. Pacientes que se exercitam são mais fortes.
• Tipo de exercício?
• Tempo e Frequência?
Começar devagar e progredir gradualmente, permitindo que o
corpo se adapte ao aumento dos níveis de atividade.
Benefícios de um programa de exercícios para
portadores de DRC
Redução dos níveis pressóricos
Aumento da capacidade funcional
Melhora da qualidade de vida
Melhora da qualidade de diálise
Melhora da anemia
Melhora da função cardíaca
Ganho de força muscular
Kouidi et al. Nephrol Dial Transplant 13:685-99, 1998
Deligiannis et al. Int J Cardiol 70:253-66, 1999
Painter et al. Am J Kidney Dis 39:257-65, 2002
Anderson et al. Ren Fail 26:539-44, 2004
Cheema et al. Am J Kidney Dis 45:912-6, 2005
Reboredo et al, 2007.
Treinamento Aeróbico Durante Hemodiálise.
Desenho do Trabalho:
• AVALIAÇÃO MÉDICA E FISIOTERAPÊUTICA
• ELETROCARDIOGRAMA
• ECOCARDIOGRAMA
PRÉ: n=18
MAPA
TC6M
TCPE
Laboratório
INTERVENÇÃO
12 SEMANAS DE TREINAMENTO AERÓBICO
 alongamentos de MMII/aquecimento
 30 minutos de condicionamento
 resfriamento/alongamento de MMII
PÓS: n=14
MAPA
TC6M
TCPE
Laboratório
RESULTADOS
Tempo em minutos
Tempo de duração das sessões de treinamento
12ª SEMANA
33,0 ± 4,22 min*
1ª SEMANA
21,3 ± 9,19 min
* p < 0,05 versus pré-treinamento aeróbico.
Diane M.N. Henrique, 2009.
RESULTADOS:
TC6M – distância percorrida e percepçao do esforço
600
500
555 ± 105,8 m*
509 ± 91,9 m
400
Distância (m)
300
Percepção de esforço pela
escala de Borg
200
100
12 ± 1,5
12 ± 1,1
Pré-TA
Pós-TA
0
* p < 0,05 versus pré-treinamento aeróbico.
Diane M.N. Henrique, 2009.
RESULTADOS:
Redução da PA nas 24 horas após treinamento.
200
180
*
151 ± 18,4
143 ± 14,7
mmHg
160
140
120
*
95 ± 10,5
100
91 ± 9,6
80
60
PAS
PAD
PRÉ-TREINAMENTO
* p < 0,05 versus pré-treinamento
Inicial
PAS
PAD
PÓS-TREINAMENTO
Final
Diane M.N. Henrique, 2009.
RESULTADOS
Aumento dos descensos pressóricos no sono após o treinamento
Descenso pressórico no sono
Pré-TA
Pós-TA
Descenso sistólico (%)
0,3 ± 7,81
3,2 ± 9,33*
Descenso diastólico (%)
2,2 ± 9,15
5,3 ± 10,70*
Diane M.N. Henrique, 2009.
RESULTADOS
Consumo de oxigênio nos primeiro e segundo limiares ventilatórios
e pico de consumo de oxigênio pré e pós-treinamento aeróbico
30,0
20,0
10,0
0,0
Pré1ºtreinamento
TESTE
Pós2ºtreinamento
TESTE
1º limiar
2 º limiar
VO2pico
16,2
19,4
20,7
16,0
19,0
21,3
Diane M.N. Henrique, 2009.
RESULTADOS
Variáveis laboratoriais
Hemoglobina (g/dL)
Hematócrito (%)
Ferro (μg/dL)
Ferritina (ng/mL)
IST (%)
Ureia pré-diálise (mg/dL)
Ureia pós-diálise (mg/dL)
Kt/V
Creatinina (mg/dL)
Fósforo (mg/dL)
Potássio (mEq/L)
Cálcio (mg/dL)
Albumina (g/dL)
Colesterol total (mg/dL)
HDL (mg/dL)
LDL (mg/dL)
Triglicérides (mg/dL)
Pré-TA
Pos-TA
10,8 ± 1,20
32,8 ± 3,57
85,9 ± 46,26
590,0 ± 305,08
26,1 ± 11,96
128,4 ± 33,54
37,1 ± 10,40
1,5 ± 0,18
11,0 ± 1,69
5,6 ± 1,08
4,9 ± 0,54
9,3 ± 1,34
3,9 ± 0,37
160,2 ± 48
45,1 ± 18,54
95,8 ± 37,96
96,6 ± 35,17
11,6 ± 0,81*
35,2 ± 2,76*
66,8 ± 39,48
675,0 ± 299,83
28,0 ± 11,69
126,4 ± 38,54
32,6 ± 11,84
1,7 ± 0,44
10,3 ± 1,88*
5,3 ± 0,76
5,2 ± 0,63
9,5 ± 0,93
3,9 ± 0,55
170,1 ± 46,78
45,4 ± 19,04
104,4 ± 28,67
127,0 ± 54,56*
Diane M.N. Henrique, 2009.
CONCLUSÕES:
➔ Melhora FUNCIONAL
➔ Melhor CONTROLE PRESSÓRICO
➔ Melhora da ANEMIA
Houve boa aderência ao programa e a
realização dos exercícios foi segura.
Diane M.N. Henrique, 2009.
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Benefícios do Exercício físico em portadores de DRC. Diane