Boletim 52 – 18 de novembro de 2010
Companheiro morre de mal súbito no interior da Regap
Richard Landmann era supervisor e inspetor na montagem de equipamentos
Na manhã desta quarta-feira, 17, o companheiro
Richard Landmann, suíço, de 44 anos, veio a falecer no
interior da Regap vítima de um mal súbito. O funcionário foi
sorrido por um brigadista que prestou os primeiros
socorros. Logo em seguida pela equipe de socorristas que
atuam na área do IERG, e posteriormente, removido de
ambulância para o posto de saúde da refinaria .
Landmann estava trabalhando temporariamente
na Regap como supervisor e inspetor na montagem
de equipamentos no setor de Engenharia Planta de
Gasolina. Ele era empregado da Elliot, empresa
prestadora de serviços do Sistema Petrobrás.
Palestra na AMBEP contou com a presença “ilustre” dos ex-gerentes
da Regap, fura greves e a oposição tocha de Minas Gerais (PSTU/PSOL)
Seria cômico se não fosse trágico. A
palestra dos conselheiros eleitos da
Petros na sede da AMBEP reuniu
personalidades conhecidas da categoria
petroleira. Vejam quem estava lá.
Ronaldo Tedesco - PSTU/Caxias
derrotado nas eleições do
Sindipetro/Caxias - e o Doutor (como é
chamado pelos seus aliados do PSTU)
Yvan Barreto, que foi gerente da RLAM
durante a ditadura militar, aquele que
com apenas 11 anos de contribuição
no Plano Petros aposentou como
gerente.
O Sr. Wagner Paulino também deu o
ar da graça. Lembram dele? É um dos
que participou das demissões dos
petroleiros em 94, e que também, esteve
à frente da gerência na REVAP
(Refinaria Vale do Paraíba) em São José
dos Campos quando houve o acidente
que matou 13 trabalhadores, sendo 11
próprios e dois terceirizados.
Aqui na Regap gritava com seus
subordinados, ameaçava quem entrava
na justiça contra a Petrobrás/Regap e
quem participava dos movimentos de
greve, além de aplicar punições e
advertências, como balões em caso de
anormalidades operacionais. Era ele
também quem queria cortar o banho dos
operadores e do pessoal da
manutenção. E pior, nos processos dos
companheiros demitidos nas greves de
94/95, ameaçava com demissão quem
testemunhava a favor dos trabalhadores
demitidos por ele.
Na palestra também não podia faltar
o famoso “fura greve” Sr. Golias do antigo
Sedil 1, aquele mesmo, que após furar a
greve na Regap foi indicado pelo gerente
Sr. Wagner Paulino, para ir para a Replan
(Campinas) onde chegou de helicóptero,
recebeu bônus e hora extra para furar
greve e restabelecer a produção na
Replan. Fato vergonhoso para nós
petroleiros de Minas Gerais.
O engenheiro Carlos Rodrigues
Pereira também marcou presença. Ele
é outro que foi para a plataforma
engordar o seu benefício, que na época
era calculado a partir dos últimos 12
meses da parcela variável da Petros.
Daí voltou para o antigo SETUT, onde
ficou “morcegando” em um teste de
viscosidade de óleo na caldeira na U21. Depois aposentou com um
benefício “gordo”, situação
que
contribui para os déficits do nosso
Plano Petros. Agora, o ilustre
engenheiro entrou com um processo de
impeachment contra o presidente Lula
e a presidente eleita Dilma Rousseff
baseado na Lei 9.478/97 (Lei do
Petróleo). Estranho que ele não tenha
entrado com o mesmo processo contra
FHC que é o autor da Lei. É esse ódio
contra Lula e o PT que une a direita
raivosa ao PSTU.
O ex-gerente de RH, Marcio Dayrell
Battittuci, apesar de não ter ido,
também faz parte do bando que
endossava as atrocidades e abusos
cometidos pelo gerente de produção
que agia contra os trabalhadores no
interior da Regap.
Estes ex-gerentes da Regap não
repactuaram o Plano Petros, e hoje, o
maior número de ações judiciais contra o
Plano Petros e a Petrobrás é impetrada
por eles. Além disto, trabalham junto com
a AEPET/AMBEP e sindicatos de
oposição que pregam a desrepactuação,
pois querem todos na mesma “canoa
furada” que eles por interesses
individuais embarcaram não
repactuando.
Repactuação do Plano Petros: aposentado repactuado continua ganhando
A direção do Sindipetro/MG faz aqui um desafio por meio
do atuário da FUP. Queremos que a oposição mostre algum
caso onde quem repactuou perdeu no seu beneficio. Para
nós, a realidade é outra, pois o beneficio foi melhorado e
será ainda mais, através da política de reajuste do salário
mínimo defendido pela CUT e demais centrais sindicais
junto a nova presidente Dilma Rousseff.
O discurso veiculado aos aposentados quanto ao direito
a PLR é vazio e descabido. Quanto a desrepactuação,
somente por meio de ação judicial, assim como, para quem
deseja repactuar. Mas isto caberá a justiça. Todo o resto é
palavra de ordem. Como não têm propostas, a oposição se
põe a vender “lotes na lua”.
Em 2002 a esperança venceu o medo. Em 2010 a verdade
venceu a mentira. E em 2011, vamos continuar avançando
nas conquistas.
Diretoria Colegiada: Adelino, Almeida, Aluízio, Cardoso, Eduardo, Edison, Faria, Francisco Chaltein, Gildo, Huertas, Joaquim, José Carmo, José Maria, Josef,
Julionor, Jurandir, Leopoldino, Luiz Carlos, Mateus, Oliveira, Osvalmir, Poças, Rabelo, Robert, Salvador, Sérgio, Valdemar - Edição: Luana Braga - MG 0015206
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A proposta política dos ex-gerentes
da Regap e a oposição Tocha/MG
A oposição Tocha e os exgerentes da Regap promovem
reuniões frequentes na sede da
AMBEP onde discutem estratégias
para disputarem respectivamente o
Sindipetro/MG e a ASTAP/MG.
Nas última eleição
presidenciável, trabalharam pela
internet e pelo telefone declarando
votos para o candidato tucano José
Serra, cujo objetivo era o de retirar o
pessoal do PT nos cargos da
Petrobrás e da Petros para indicar a
turma deles e do PSDB. Em reuniões
reservadas, deixam claro que
querem demitir os sindicalistas
atuais do PT, e aqui na Regap, os que
foram reintegrados pelo governo
Lula, pois não aceitam estes
companheiros, mesmo sabendo que
alguns deles apóiam a oposição
Tocha.
No que diz respeito a Petros,
querem restabelecer o Plano
Petrobras Vida (PPV), porque nesta
proposta eles sacariam a reserva
matemática e levariam em média até
R$ 1 milhão cada um, garantindo
assim o beneficio pela Constituição
já pago.
Sabemos que estas pessoas são
contra o governo Lula, pois o que
vimos na última eleição foi a disputa
de classes, a parcela dos ricos contra
a parcela dos pobres beneficiados
pelas políticas publicas do governo
Lula.
No fundo, a Petrobrás de hoje não
é diferente da sociedade. Mas a
inveja, principalmente quanto as as
conquistas dos petroleiros impera.. Hoje,
os trabalhadores no regime de turno e
alguns no regime administrativo têm os
mesmos salários destes ex-gerentes.
Por isso não admitem os ganhos e os
benefícios da categoria durante o
governo Lula, daí caem no mesmo
discurso da oposição Tocha/MG. Eles
atacam os dois principais benefícios da
nossa categoria, o Fundo de Pensão e a
AMS (Assistência Médica Supletiva),
que é boa, mas que devemos continuar
reivindicando para melhorar.
Sabemos que a oposição Tocha/MG
é comandada por estes ex-gerentes, e
que são contra todas as conquistas da
categoria. Vejam a nossa campanha
salarial. Pela primeira vez fechamos um
acordo em setembro, o melhor
comparado as outras categorias.
NÃO DEU TEMPO!
Companheiro morre antes de ter caso julgado
Sindipetro PR/SC
José Marcondes da Luz foi uma
das vítimas de acidente de
trabalho durante a limpeza do
vazamento de quatro milhões de
litros de petróleo nos rios Barigui e
Iguaçu, em 2000. Ele fez parte do
batalhão de trabalhadores
contratados às pressas para
retirar o óleo que pintou de preto
dois dos principais rios do Paraná.
A correria para limpar a água e,
assim, minimizar os efeitos
ambientais, apaziguar a
repercussão negativa do caso e
tentar ludibriar o Ibama para
reduzir o valor da multa, causou
prejuízos humanos irreparáveis.
As condições de trabalho
oferecidas aos que encararam a
“bronca” eram muito precárias. Os
equipamentos de proteção
individual, como luva, roupas de
borracha, botina e máscara, não
foram fornecidos a todos. Muitos
se enfiaram no petróleo sem a
mínima segurança necessária
para atuar naquela situação.
Dias após ter trabalhado
imerso em petróleo, em contato
direto com substâncias tóxicas,
José Marcondes, assim como
Juraci Francisco da Silva, ficou
paraplégico. “Quando comecei [a
trabalhar na retirada de óleo],
estava perfeitamente bem”,
contou José em reportagem a
jornal impresso na época. Quando
esteve no rio, sentiu dores de
cabeça e enjoos por causa do forte
cheiro e o nariz sangrava com
frequência. Dois dias depois de
parar de trabalhar, sentiu fortes
dores no peito e nas costas. Foi ao
médico, que lhe receitou catorze
injeções. Chegou a tomar quatro
delas. No dia seguinte, ao tentar
se levantar da cama, as pernas já
não respondiam.
A empresa não solicitou exame
admissional antes do início do
trabalho, o que dificultou ainda
mais o estabelecimento da causa
da doença. A luta pelo
estabelecimento do nexo causal
prossegue até hoje para os dois
casos.
O Sindipetro Paraná e Santa
Catarina sempre foi sensível à
causa das vítimas do trabalho na
limpeza dos rios. Prestou
solidariedade aos acidentados e
colocou sua assessoria jurídica
para trabalhar nos casos.
Infelizmente, a Justiça tardou e
tardou muito para Marcondes. O
contato com as substâncias
tóxicas, além da paralisia, causou
ferimentos e acabou por deformar
seu corpo. Ele não viveu tempo
suficiente para ver seu caso
julgado em definitivo, faleceu no
dia 02 de novembro.
Espera-se que Juraci tenha
melhor sorte, e que os usuários de
toga sejam mais conscientes em
seu caso. Já a Petrobrás lava as
mãos, enquanto os trabalhadores
que se intoxicaram com o óleo
falecem sem ver a justiça se feita.
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