É ISSO MESMO?
Juliano Rodrigues
TARSO GENRO (PT)
VIEIRA DA CUNHA (PDT)
Entrevista a ZH, com trechos destacados no Blog da Rosane
Entrevista ao programa Cena Eleitoral, no site de ZH, no dia 15
Pela primeira vez, o Presídio Central
está sendo esvaziado. Já são mais
de 1,2 mil apenados que foram
No ano passado, o nosso principal
tributo, que é o ICMS, teve um bom
desempenho: cresceu 12%, em termos
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Durante a campanha, Zero
Hora confere, a partir de dados e
estatísticas oficiais, informações
divulgadas por candidatos
em entrevistas, debates e na
propaganda eleitoral.
INDICADORES
É verdade: a informação
do candidato está correta
e corresponde a dados e
estatísticas oficiais.
Não é bem assim: parte
da sentença está correta,
mas há imprecisão no que
está sendo dito.
Não procede: o concorrente está equivocado no
que diz. A afirmação não
tem base em dados oficiais.
É verdade – Em relação aos presos no Presídio
Central, que chegavam a 5,3 mil em dezembro de 2010, houve a redução informada pelo
governador. Segundo dados da Superintendência dos
Serviços Penitenciários (Susepe), a penitenciária tinha, na
quarta-feira, cerca de 4,1 mil detentos.
Em julho, o governo iniciou um processo de transferência dos presos para cadeias da Região Metropolitana.
Desde lá, 500 pessoas foram transferidas. O restante da
redução ocorreu ao longo dos últimos três anos.
Apesar disso, o número atual de presos no Central ainda está além da capacidade da instituição, que é de 1,8
mil. O governador chegou a prometer a desativação do
presídio até o fim do mandato, mas reformou a promessa
e disse que, até o fim do ano, “a maior parte dos apenados será transferida” para casas prisionais que estão em
construção. Em Canoas, um complexo penitenciário está
sendo feito para abrigar 2,4 mil condenados.
Não procede – A despesa do Estado não cresceu
20% de 2012 para 2013, como diz o candidato.
Vieira utilizou como base dados do Balanço Geral
do Estado de 2013, referente às despesas naquele ano, e
o projeto de lei do orçamento de 2014, que cita os gastos
de 2012. A partir dessas informações utilizadas pelo trabalhista, o aumento seria de 18%, e não de 20%.
No entanto, há divergências em relação a números do
Relatório Resumido da Execução Orçamentária, da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), que indica
aumento do gasto em 13,8% no período. A explicação
para a diferença é que o relatório da Cage inclui transferências internas entre órgãos públicos (principalmente
do Tesouro para o IPE) e repasses de recursos do caixa do
Estado aos municípios. Ainda assim, se fossem excluídas
essas informações, a despesa teria crescido 15,6%, e não
20%. Já o crescimento da receita de ICMS foi de 13,3%, segundo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária.
A coluna É Isso Mesmo? tem uma versão digital. Veja outros
casos de frases confrontadas com informações oficiais em
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