Setubalense (O)
ID: 26123568
27-07-2009
Tiragem: 6300
Pág: 7
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: +2 por Semana
Área: 26,87 x 7,53 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
Margem Sul
Fonseca Ferreira quer “mão firme” para ordenamento do território
Fonseca Ferreira, presidente da
Comissão de Coordenação de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) defende a necessidade de “mão firme” no ordenamento do território na margem Sul do Tejo para
que investimentos como o novo
aeroporto não tenham efeitos
perversos.
“O que se pretende”, com a revisão
do Plano Regional de Ordenamento do
Território da Área Metropolitana de
Lisboa (PROTAML), “é acolher, e bem,
o aeroporto e os outros investimentos
na margem Sul, mas este é um território muito delicado em aspectos ambientais de ordenamento do território”, disse à agência Lusa Fonseca Ferreira, lembrando as questões do montado, do aquífero e os corredores ecológicos.
“São investimentos que vêm por
bem, para criar riqueza e emprego,
mas é preciso uma mão muito firme
em termos de ordenamento do terri-
tório e em termos ambientais, para
que não tenham efeitos perversos e
não se passe na margem Sul do Tejo o
que se tem passado no resto do país e
na margem Norte com o desordenamento urbano”, acrescentou.
Fonseca Ferreira apontou a mudança do aeroporto da margem Norte para a margem Sul do Tejo como
“a principal razão de alteração do
PROT”, realçando que, se não tivesse havido essa alteração, o actual
Plano Regional, aprovado em 2002,
“estaria perfeitamente em vigor
mais uns anos”.
Para Fonseca Ferreira, esta mudança, aliada “a outros grandes investimentos, particularmente para a
península de Setúbal, como é o caso
da Plataforma Logística do Poceirão,
da Alta Velocidade e do turismo”, vai
introduzir “profundas alterações na
Área Metropolitana de Lisboa, particularmente na relação margem
Norte/margem Sul, fazendo com que
a margem Sul passe a crescer a um
ritmo superior ao que tem crescido
e seguramente invertendo progres-
sivamente aquilo que é uma relação
desigual entre ambas”.
Para o responsável pela CCDRLVT,
entidade que coordena a revisão do
PROTAML, é essencial que o crescimento na margem Sul “se passe a dar
de forma polarizada e não dispersa”.
Em termos de calendário, explicou, o “prazo combinado entre a
CCDRLVT, o Governo e a Junta Metropolitana é fazer o inquérito público em Novembro e Dezembro e o
PROT estar aprovado em Janeiro de
2010”.
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