• TANATOLOGIA FORENSE
TANATOLOGIA
ESTUDO DOS SINAIS QUE SE
RELACIONAM COM A MORTE
ROBERTO BLANCO
• TANATOPSIA
• EXAME DO CADÁVER.
• AUTÓPSIA.
• NECROPSIA.
•
ROBERTO BLANCO
1
2
• O ENCÉFALO É FORMADO POR:
CÉREBRO:
A região que tem consciência e vontade.
CEREBELO:
Que controla o equilíbrio e a coordenação
motora.
• PONTE OU PROTUBERÂNCIA:
• Possui importantes centros nervosos.
• BULBO: contém os centros cardiorrespiratórios.
•
•
•
•
MORTE ENCEFÁLICA – LEI 9434/97
ALÉM DA MORTE CEREBRAL
É INDISPENSÁVEL QUE OCORRA
A MORTE DO TRONCO ENCEFÁLICO,
ENCEFÁLICO
OU TRONCO CEREBRAL,
ISTO É,
MORTE DA PONTE E DO BULBO, SEDE DOS
CENTROS CARDIORRESPIRATÓRIOS
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MORTE ENCEFÁLICA
E TRONCO ENCEFÁLICO
DIAGNÓSTICO DE MORTE NA RUA
MORTE CARDÍACA
AUSÊNCIA DE SINAIS
DE CIRCULAÇÃO
E DE RESPIRAÇÃO
VERIFICAÇÃO
DOS PULSOS ARTERIAIS
E DOS MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS
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PERINECROSCOPIA
ART. 6º I CPP:
TENTAR MÁXIMA PRESERVAÇÃO DO LOCAL.
PERITO CRIMINAL.
NO RJ TAMBÉM PERITO LEGISTA
EXAME DE CORPO DE DELITO: 158 CPP
PERPETUAR A MATERIALIDADE DO DELITO.
LEGISTA PODE SER REQUISITADO!
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• SINAIS CONSECUTIVOS DE MORTE
• EVAPORAÇÃO TEGUMENTAR
• FENÔMENOS OCULARES
SINAIS OCULARES DE MORTE
MANCHA NEGRA OCULAR:
LARCHER SOMMER
LARCHER-SOMMER
TELA ALBUMINÓIDE OU VISCOSA:
STENON-LOUIS
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• MANCHA NEGRA OCULAR
DE LARCHER-SOMMER
• TRANSPARÊNCIA DA ESCLERÓTICA
REVELANDO A CORÓIDE SUBJACENTE
SUBJACENTE.
• DECORRE DA DESIDRATAÇÃO OCULAR.
• APARECE EM TORNO DE
3 A 5 HORAS APÓS A MORTE.
• VARIA COM AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS.
TELA VISCOSA DE STENON-LOUIS
RESTOS CELULARES
CELULARES, PROTEÍNAS E
RESÍDUOS QUE SE DEPOSITAM NA
SUPERFÍCIE OCULAR TORNANDO A
CÓRNEA MENOS TRANSPARENTE.
RESFRIAMENTO CADAVÉRICO
ALGOR MORTIS
FENÔMENO FÍSICO DECORRENTE DO
FLUXO DE TEMPERATURA ENTRE
O CADÁVER E O AMBIENTE.
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DISSIPAÇÃO DO CALOR
Ç
CONDUÇÃO.
CONVECÇÃO.
EVAPORAÇÃO.
IRRADIAÇÃO.
• RESFRIAMENTO CADAVÉRICO
ALGOR MORTIS
• A CAMADA DE GORDURA SUBCUTÂNEA
Í
à DO
RETARDA O INÍCIO
DA PERCEPÇÃO
RESFRIAMENTO CADAVÉRICO.
• TEMPERATURA RETAL COM TERMÔMETRO
DE TEMPERATURA MÍNIMA.
RIGIDEZ CADAVÉRICA
RIGOR MORTIS
FENÔMENO QUÍMICO
DECORRENTE DAS REAÇÕES
ENTRE AS
PROTEÍNAS MUSCULARES
E OS LÍQUIDOS CADAVÉRICOS
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SENTIDO DA RIGIDEZ:
CÉFALO-CAUDAL
OU
CRÂNIO –PODÁLICO
PODÁLICO.
LEI DE NYSTEN-SOMMER-LARCHER
MASSAS MUSCULARES MENORES
ENDURECEM PRIMEIRO QUE AS MASSAS
MUSCULARES MAIORES.
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RIGIDEZ CADAVÉRICA
ACTINA + MIOSINA + TROPONINA +
TROPOMIOSINA + CÁLCIO + ATP =
CONTRAÇÃO
Ç
E RELAXAMENTO MUSCULAR.
APÓS A MORTE FALTA:
OXIGÊNIO, ENERGIA (ATP) E CÁLCIO.
HÁ EXCESSO DE ÍONS H+ (ÁCIDOS).
AS PROTEÍNAS PERMANECEM COMO
ESTAVAM NO MOMENTO DA MORTE.
SENTIDO CRÂNIO-PODÁLICO
OU CÉFALO-CAUDAL
A RIGIDEZ CADAVÉRICA PROPAGA-SE DA
CABEÇA
Ç PARA OS PÉS.
PERCEPTÍVEL APÓS DUAS HORAS
E GENERALIZA-SE
DE SEIS A OITO HORAS.
• RIGIDEZ CADAVÉRICA
• LEI DE NYSTEN‐SOMMER‐LARCHER.
• A RIGIDEZ É NOTÁVEL NAS A RIGIDEZ É NOTÁVEL NAS
MASSAS MUSCULARES MENORES E DEPOIS NAS MASSAS MUSCULARES MAIORES
RIGIDEZ CADAVÉRICA PRECOCE
MORTES VIOLENTAS ACOMPANHADAS DE
INTENSA LUTA OU CASOS DE MORTES
CAUSADAS POR ASFIXIA MECÂNICA
PODEM ACELERAR O CURSO
DA RIGIDEZ CADAVÉRICA.
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QUÍMICA DA RIGIDEZ CADAVÉRICA
REDUÇÃO DA ENERGIA (ATP) POR FALTA DE OXIGÊNIO.
POR FALTA DE OXIGÊNIO.
ACIDIFICAÇÃO DOS TECIDOS.
AUMENTO DO ÁCIDO LÁTICO.
COAGULAÇÃO DAS PROTEÍNAS MUSCULARES:
ACTINA + TROPONINA + TROPOMIOSINA + MIOSINA + CALCIO
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SINAL DE DEVERGIE
NÃO É RIGIDEZ CADAVÉRICA
RETRAÇÃO DA MUSCULATURA PROVOCADA
PELO CALOR DO FOGO.
ESPASMO CADAVÉRICO
RIGIDEZ MUSCULAR INSTANTÂNEA
APÓS A MORTE
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LIVORES CADAVÉRICOS
LIVOR MORTIS
SÃO MANCHAS ARROXEADAS RESULTANTES
DO ACÚMULO DE SANGUE
NO INTERIOR DOS VASOS SANGUÍNEOS
NAS REGIÕES DE MAIOR DECLIVE DO
CADÁVER.
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• LIVOR OU EQUIMOSE?
• TÉCNICA DE BONNET: INCISÃO NA PELE.
• OBSERVAR OS TECIDOS SUBJACENTES.
SUBJACENTES
• PONTILHADO SANGUINOLENTO SAINDO
DOS VASOS? É LIVOR.
• HÁ INFILTRAÇÃO HEMORRÁGICA?
• É EQUIMOSE.
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FENÔMENOS CONSERVADORES
MUMIFICAÇÃO.
Ç
OU ADIPOCERA;;
SAPONIFICAÇÃO
CORIFICAÇÃO.
PETRIFICAÇÃO/FOSSILIZAÇÃO.
CONGELAMENTO (CRIOGENIA).
PLASTINAÇÃO.
FENÔMENOS CONSERVADORES NATURAIS
COMEÇAM A SE INSTALAR DOIS OU MAIS
MESES DA MORTE.
OCORRE O INÍCIO DA PUTREFAÇÃO E CERCA
DE DOIS MESES APÓS OCORRE UMA
MUDANÇA NAS CONDIÇÕES
AMBIENTAIS DO PRÓPRIO CADÁVER,
DAÍ, OUTROS FENÔMENOS APARECEM.
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MUMIFICAÇÃO
AMBIENTE POUCO AREJADO.
SECO E QUENTE.
COM A ACENTUADA PERDA DE LÍQUIDOS.
CESSA A PROLIFERAÇÃO BACTERIANA.
• SAPONIFICAÇÃO OU ADIPOCERA
• ADIPOCERA = CERA DE GORDURA.
• GORDURA = ÁCIDO GRAXO + GLICEROL
GLICEROL.
• ÁCIDO GRAXO + METAIS = SABÃO, CERA.
• SAPONIFICAR É RECOBRIR O CADÁVER, NO
TODO OU EM PARTE, POR MATERIAL
GORDUROSO, PARECENDO CERA,
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• ESSA CAPA DE CERA, TIPO SABÃO, COM
ASPECTO DE QUEIJO RANÇOSO,
DIFICULTA A MARCHA DA PUTREFAÇÃO.
Ã
OCORRE EM AMBIENTES
QUENTES E ÚMIDOS.
CORIFICAÇÃO
TIPO DE MUMIFICAÇÃO QUE OCORRE EM
CADÁVERES Q
QUE PERMANECEM EM URNAS
LACRADAS E FORRADAS
COM ZINCO.
OS TECIDOS PARECEM COURO.
• PLASTINAÇÃO
• RESINAS SINTÉTICAS SUBSTITUEM OS
TECIDOS ORGÂNICOS CORPORAIS.
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FENÔMENOS TRANSFORMADORES
DESTRUIDORES
Ó
AUTÓLISE
PUTREFAÇÃO
MACERAÇÃO
AUTÓLISE
APÓS CUMPRIR O SEU CICLO VITAL,
DEIXANDO DE TER UTILIDADE PARA O
ORGANISMO A CÉLULA LIBERA AS ENZIMAS
ORGANISMO,
DOS SEUS LISOSSOMOS (ESTÔMAGOS
CELULARES) E SOFRE AUTODESTRUIÇÃO.
OS RESÍDUOS CELULARES SERVEM DE
ALIMENTO PARA AS DEMAIS CÉLULAS DA
REGIÃO.
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• MACERAÇÃO FETAL
• DESTRUIÇÃO DOS TECIDOS MOLES DO
FETO PELA AÇÃO DO LÍQUIDO AMNIÓTICO.
• SINAIS DE MACERAÇÃO PRESENTES?
• PELO MENOS 24 HORAS DE MORTE.
• CAVALGAMENTO DOS OSSOS DO CRÂNIO?
• PELO MENOS SETE DIAS DE MORTE.
CLASSIFICAÇÃO DE LAUGLEY
GRAU ZERO – ATÉ 8 HORAS – PEQUENAS
BOLHAS ESPARSAS NA EPIDERME.
GRAU 1 - DE 8 A 24 HORAS – BOLHAS
AGRUPADAS E INÍCIO DO DESTACAMENTO
DA EPIDERME.
GRAU 2 – DE 24 A 48 HORAS – ACENTUADO
DESTACAMENTO DA EPIDERME E LÍQUIDO
AVERMELHADO NAS CAVIDADES.
GRAU 3 – DE 48 HORAS EM DIANTE – AS
ALTERAÇÕES ANTERIORES E LÍQUIDO
ACASTANHADO NAS CAVIDADES
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SINAL DE SPALDING
QUANDO SE OBSERVA O CAVALGAMENTO
DOS OSSOS DO CRÂNIO, EM RAZÃO DA
MACERAÇÃO DAS MEMBRANAS INTERSUTURAIS A MORTE OCORREU
HÁ MAIS DE SETE DIAS.
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• PUTREFAÇÃO
• FASE CROMÁTICA OU DE COLORAÇÃO
• FASE ENFISEMATOSA OU DE GASEIFICAÇÃO
• FASE REDUTORA OU DE COLIQUAÇÃO
• FASE DE ESQUELETIZAÇÃO
INÍCIO DA PUTREFAÇÃO
MANCHA VERDE DE BROUARDEL:
REAÇÃO
Ç
DO H2S + HEMOGLOBINA =
SULFOXI-META-HEMOGLOBINA.
NO ABDÔMEM: LOCAL MAIS COMUM
AO REDOR DOS ORIFÍCIOS NATURAIS:
NOS FETOS (NATIMORTOS).
NA CABEÇA, NO PESCOÇO E NA
PARTE ALTA DO TÓRAX:
NOS AFOGADOS VERDADEIROS OU AZUIS.
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PUTREFAÇÃO
FASE ENFISEMATOSA
OU
FASE DE GASEIFICAÇÃO
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GÁS DO VIVO NO MORTO
GÁS SULFÍDRICO – H2S (ENXÔFRE)
REAGE COM A HEMOGLOBINA
ORIGINANDO COR ESVERDEADA.
FORMA A MANCHA VERDE ABDOMINAL
SULFO-METOXI-HEMOGLOBINA OU
SULFOXI-HEMOGLOBINA
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PUTREFAÇÃO - FASE DE COLIQUAÇÃO
DISSOLUÇÃO DOS TECIDOS MOLES.
AS VÍSCERAS PERDEM SUAS CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS.
MORFOLÓGICAS
EXPOSIÇÃO DO ESQUELETO.
PODE SER LOCAL OU GERAL.
PODE ESTAR PRESENTE AO LADO
DAS OUTRAS FASES.
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• ENTOMOLOGIA FORENSE
PUTREFAÇÃO - FASE DE ESQUELETIZAÇÃO
EXPOSIÇÃO DO ESQUELETO.
PODE SER PARCIAL OU TOTAL.
PODE ESTAR PRESENTE COM AS
OUTRAS FASES DA PUTREFAÇÃO.
CUIDADO COM A FAUNA CADAVÉRICA.
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• EXUMAÇÕES:
ANOS
• ADMINISTRATIVAS: EM TRÊS ANOS.
• JUDICIAIS: A QUALQUER TEMPO.
• ARQUEOLÓGICAS
• TIPOS DE MORTE
• MORTE NATURAL – CAUSAS INTERNAS
• MORTE VIOLENTA – CAUSAS EXTERNAS
• MORTE SUSPEITA – CAUSAS
DESCONHECIDAS
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• MORTE NATURAL ASSISTIDA – MÉDICO
ASSISTENTE FORNECE D.O.
• MORTE NATURAL NÃO ASSISTIDA - SVO
• MORTE VIOLENTA – SUICÍDIO - IML
• MORTE VIOLENTA – ACIDENTE - IML
• MORTE VIOLENTA – CRIME - IML
MORTE SÚBITA
• NÃO PODE SER VIOLENTA
• TEM QUE SER NATURAL
• TEM QUE SER INESPERADA
• PODE SER FULMINANTE
• PODE SER AGÔNICA
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• NECROSE
• MILHARES DE CÉLULAS MORREM EM
DECORRÊNCIA DE ALGUM TRAUMA OU
DOENÇA QUE COMPROMETA O
ORGANISMO.
• A NECROSE PODE ATINGIR MEMBROS E
ÓRGÃOS, NO TODO OU EM PARTE.
• HÁ REAÇÃO INFLAMATÓRIA.
28
•
•
•
•
•
•
•
•
INFILTRAÇÃO HEMORRÁGICA NAS LESÕES.
COAGULAÇÃO DO SANGUE NAS LESÕES.
RETRAÇÃO DOS TECIDOS SECCIONADOS.
ESCORIAÇÕES
CROSTA NAS ESCORIAÇÕES.
ESPECTRO EQUIMÓTICO NAS EQUIMOSES.
CICATRIZ NAS FERIDAS.
CALO NOS OSSOS FRATURADOS.
MOSAICO SANGUINOLENTO NOS PULMÕES.
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NA ÁRVORE RESPIRATÓRIA, RESÍDUOS DE
SÓLIDOS PULVERULENTOS:SOTERRAMENTO
NO SANGUE DOS ÁTRIOS, ALTERAÇÃO DA
DENSIDADE EM AFOGAMENTOS
DENSIDADE,
AFOGAMENTOS.
NA MEDULA ÓSSEA DO FÊMUR, ALGAS
DIATOMÁCEAS, EM AFOGAMENTOS.
MUCOSA RESPIRATÓRIA DE CARBONIZADOS
COM FULIGEM: SINAL DE MONTALTI.
MORTES FETAIS
1 - PREMATURAS – MENOS DE 500 g. MENOS DE 5
MESES E MENOS DE 25 cm.
2 - INTERMEDIÁRIAS – MENOS DE 1000 g.
MENOS DE 6 MESES
MESES. MENOS DE 35 cm
cm.
3 - TARDIAS – MAIS DE 1000 g.
MAIS DE SEIS MESES, MAIS DE 35 cm.
DECLARAÇÃO DE ÓBITO OBRIGATÓRIA?
CFM 1.601/00 X CFM 1779/2006.
• FÓRMULA DE HAASE
• ATÉ O 5º MÊS DE VIDA INTRA‐UTERINA A IDADE FETAL É A RAIZ QUADRADA DA
IDADE FETAL É A RAIZ QUADRADA DA ESTATURA: 4 cm = 2 meses; 9 cm = 3 meses;
• 16 cm = 4 meses; 25 cm = 5 meses. • DAÍ EM DIANTE DIVIDIR A ESTATURA POR 5,6.
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NORMAS E MANUAIS TÉCNICOS - CFM
EM CASO DE MORTE FETAL, OS MÉDICOS
QUE PRESTARAM ASSISTÊNCIA À MÃE
FICAM OBRIGADOS A FORNECER A
DECLARAÇÃO DE ÓBITO QUANDO: A
GESTAÇÃO TIVER:
QUANDO A GESTAÇÃO TIVER:
DURAÇÃO IGUAL OU
SUPERIOR A 20 SEMANAS (5 MESES);
O FETO PESAR MAIS DE 500 g;
ESTATURA IGUAL OU SUPERIOR A 25 cm.
32
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