Compactação dos Solos Introdução Processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de seus vazios e, assim, aumentar sua resistência, tornando-o mais estável. Operação e Observação Simples; De grande importância pelo seus efeitos sobre a estabilização de maciços terrosos; Relaciona-se com os problemas de pavimentação e barragens de terra; Visa melhorar suas características de resistências, bem como permeabilidade, compressibilidade e absorção de água; Compactação ≠ Adensamento AR H20 Curvas de Compactação O aumento do peso específico de um solo depende da energia dispendida e do teor de umidade do solo. Quando se realiza a compactação de um solo, sob diferentes condições de umidade e para uma determinada energia de compactação, a curva de variação dos pesos específicos g, em função da umidade h, tem aspecto como: Curva de Compactacao Para fins práticos: gs = g / (1 + h) Curvas de Compactacao Curvas de Compactacao g = d [(1+h)/(1+e)] ga Se estiver saturado: e = hd Assim, a umidade necessária para saturar um solo é: h = (ga/gs – 1/d) Ensaios Ensaio Proctor Compacta-se a amostra dentro de um recipiente cilíndrico, com aprox. 1000 cm³, em 3 camadas sucessivas, sob a ação de 25 golpes de um soquete, pesando 2,5 kg, caindo de 30 cm de altura. Repete-se para vários h, determinando-se, para cada um deles, o gs. Com valores obtidos traça-se a curva gs = f(h), de onde, se obterá hot e gs,max. A energia de compactação desse ensaio é de aprox. 6 kg·cm/cm³. E = PhNn/V Ensaios Ensaio Modificado de Proctor Tendo em vista o maior peso dos equipamentos atualmente, tornou-se necessário alterar as condições de ensaio. Amostra compactada no mesmo molde, com 5 camadas, 25 golpes, peso de 4,5 kg, altura de queda de 45 cm, energia de 25 kg·cm/cm³. Ensaios Ao crescer o esforço de compactação, o gs,max cresce e a hot decresce ligeiramente. Curvas de Resistência É comum traçar, também, em função da umidade, a curva de variação da resistência que apresenta o material compactado; e.g., sua resistência à penetração de uma agulha padrão. Índice de resistência decresce quando aumenta o teor de umidade. A medida é feita, em geral, pela Agulha de Proctor. Agulha de Proctor Permite, por meio de um dinamômetro, medir o esforço necessário para cravar no solo ou no corpo de prova dentro do cilindro de Proctor, uma agulha padronizada. Observação: Melhor compactar o solo com umidade hot, pois se for h1 < hot, quando saturado, ele passa para uma umidade maior e sua resistência se tornaria nula. Curva de Resistência r1 r2 Compactação de Campo A passagem, pura e simplesmente, de um rolo compactador na superfície do aterro lançado, não resolve o problema, pois esse só compacta uma camada relativamente fina. Assim, impõe-se a compactação dos aterros por camadas. Principais Compressores Rolo liso: Tem a vantagem de que a superfície de contato com o solo é pequena e, portanto, a compressão atinge pequenas profundidades. Nos solos moles afundam demasiadamente, o que dificulta a tração. São indicados somente para a compactação de pedregulhos, areias, pedra britada, lançadas em camadas de não mais de 15 cm. Principais Compressores Rolo pneumático: É caracterizado pela pressão de área de contato com o solo, as quais dependem da pressão de enchimento dos pneus e do peso do compressor. É indicado para solos de granulação fina arenosa. Tem o inconveniente de deixar superfícies lisas entre as camadas. Então será necessário escarificar a superfície de contato entre as mesmas. Principais Compressores Rolo pé-de-carneiro: principal vantagem é o entrosamento perfeito entre as camadas compactadas e o pisoteamento do solo de cada camada resultando numa entrosagem de torrões de solo. Vibradores: Ótimos para compactar areias (os pé-de-carneiro ou pneumático não são eficientes). Camadas de 15 cm. Principais Compressores Principais Compressores Controle de Compactação Para verificar se a compactação está sendo feita devidamente, deve-se determinar sistematicamente h e gs do material. Para esse controle pode ser utilizado o “speedy” na determinação da umidade, e o processo do “frasco de areia” na determinação do peso específico. (pág. 43) Controle de Compactação Grau de compactação: Gc = [gs(campo)/gs,max(lab)] 100 Não atingida a compactação desejada, revolve e recompacta. Razão de compactação (não normalizado): CR(%) = [(gs - gs,min)/( gs,max - gs,min)] 100 Grau de empolamento = (gs,max/gs,nat) Deve-se realizar um grande número de ensaios e depois analisá-los estatisticamente. Ensaio Califórnia Ensaio de grande valor na técnica rodoviária. É a base do conhecido método de dimensionamento de pavimentos flexíveis, introduzido por Porter em 1929. Ensaio Califórnia (Seqüência) Determinação da hot e do gs,max Determinação das propriedades expansivas do material Determinação do I.S.C. Ensaio Califórnia Num molde de cilindro com aprox. diâmetro = 15 cm, altura = 17,5 cm, colarinho de 5 cm. Como fundo falso usase um “disco espaçador”. Ensaio de compactação: Com o material que passa na peneira de 191,1 mm realiza-se o ensaio: 55 golpes, peso de 4,5 kg, H = 45 cm. Determina-se hot e gs,max. Ensaio Califórnia Ensaio de expansão: É feita moldando-se um corpo de prova com umidade ótima. Sobre a amostra coloca-se um papel filtro e, acima deste, um disco perfurado, munido de uma haste ajustável, com sobrecarga de discos anulares (equivalente ao peso do pavimento) a qual não deverá ser inferior a 4,5 kg. A seguir imerge-se o cilindro com a amostra compactada, junto com o disco e a sobrecarga, dentro de um depósito cheio de água, durante 4 dias, ou menos se o material não for coesivo. Sobre a haste coloca-se um extensômetro. Cada 24 horas, durante 4 dias, fazem-se leituras. Considera-se que os subleitos bons tenham expansões < 3%, os materiais para sub-bases < 2% e para bases < 1%. Determinação do I.S.C. Preparam-se 3 corpos de prova a hot: 55, 26 e 12 golpes; determinam-se h umidades e gs Satura-se cada uma durante 4 dias, para reproduzir condição desfavorável Mede-se as resistências à penetração de cada uma com um pistão de D = 5 cm com v = 1,25 mm/min. Ensaio Califórnia Traça-se a curva pressão-penetração As pressões, assim obtidas, expressas em % das “pressões padrões”, denomina-se I.S.C. Estas pressões padrões, que correspondem à resistência que apresenta a pedra britada, são as reproduzidas no Quadro 2. Ensaio Califórnia Quadro 2 Penetração Pressão padrão mm pol kg/cm² lb/pol² 2,54 5,08 7,62 10,16 12,70 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 70 105 133 161 182 1.000 1.500 1.900 2.300 2.600 Geralmente o I.S.C. empregado no projeto de pavimentos flexíveis é o que corresponde à penetração de 0,1”, a menos que o índice para 0,2” seja maior, caso em que este será dotado. Assim, se chamarmos de p a pressão determinada para a penetração 0,1”, o índice de suporte será: I.S.C. = (p/70) 100 Ensaio Califórnia Com os índices obtidos para 55, 26 e 12 golpes, traça-se a curva “peso específico seco – I.S.C.” O valor do I.S.C. final, para cálculos posteriores, será o correspondente a 95% do peso específico máximo, obtido anteriormente. Espessura de Pavimento Segundo o método do Corpo de Engenharia dos EUA, resultante da experiência e de considerações teóricas, a espessura de um pavimento flexível para pistas de aeroportos e da por: 1 1 e P 8 , 1 CBR p e = espessura do pavimento, em polegadas P = pressão de inflação dos pneus, em lb/pol2 p = carga da roda simples, em libras CBR ou ISC = índice de suporte do subleito Japão Japão Japão Japão Japão