5º Congresso Paranaense do
Ambiente Construído
Perspectivas Político-Econômicas
Maurílio Leopoldo Schmitt
Federação das Indústrias do Estado do Paraná
Dados sócio-econômicos (1/3)
• PIB do Brasil cresceu:
– 4,5%de 60 a 80; 0% de 80 a 95; 2,3%de 95-02.
• Contabilidade do crescimento econômico:
– aumento do insumo CAPITAL;
– aumento do insumo TRABALHO;
– aumento da produtividade total dos fatores (influência residual).
• Características do período 80 a 95:
–
–
–
–
–
inflação alta;
baixa relação (X+M)/PIB;
alto grau de intervenção na economia;
sistema fiscal encorajador da informalidade
políticas não visam aumentos de poupança e educação.
Dados sócio-econômicos (2/3)
• Reforma dos anos 90.
–
–
–
–
–
–
Plano Real.
Déficit fiscal.
Reformas estruturais.
Menor intervenção do Estado na economia.
Privatizações.
Diminuição de barreiras ao comércio e investimentos estrangeiros.
• Comparações internacionais.
– Custo de bens de investimentos: EUA 100; BR 180 em 1990; 145
em 1997; 140 em 2004.
Dados sócio-econômicos (3/3)
• Taxa média de investimento (Brasil)
– 1960: 19%
– 1972: 25%
– 1995: 21%
– 2005: 20%
Taxa de Juro Real
% média anual
Taxa de Câmbio
Semi-Fixa
Taxa de Câmbio
Flutuante
SELIC
IPCA
Taxa de Juros Real
1995
1996
1997
1998
53,2
26,9
24,6
28,6
22,4
9,6
5,2
1,7
25,1
15,8
18,4
26,5
21,5
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
25,1
17,3
17,2
19,2
23,2
16,2
19,1
8,9
6,0
7,7
12,5
9,3
7,6
5,7
14,9
10,7
8,8
5,9
12,8
8,0
12,7
10,5
Fonte: Banco Central do Brasil.
Despesas correntes como % do PIB tendem a crescer
elasticamente
Despesas Correntes da União
(% do PIB)
18,0
17,5
17,60*
17,24
17,0
17,21
16,88
16,75
16,5
15,96
16,0
15,78
15,5
15,30
15,03
15,0
14,64
14,44
14,5
14,0
1995
1996
* Estimativa.
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Os Benefícios Previdenciários vêm
crescendo como % do PIB
Benefícios Previdenciários
(% do PIB)
8,0
7,6
7,5
7,1
6,9
7,0
6,5
6,5
6,3
6,0
6,0
6,0
1999
2000
5,8
5,5
5,3
5,4
5,0
5,0
4,5
4,0
1995
1996
1997
1998
2001
2002
2003
2004
2005
Nível de investimentos
DESPESA DO GOVERNO
CENTRAL
O peso dos tributos - Brasil
Fonte: SRF e INSS.
Gastos da União
• Proposta orçamentária 2007
– Aumento de 9,53% (sobre 2006) das despesas
obrigatórias.
– Aumento de 10,35% (sobre 2006) das despesas
discricionárias.
Divisão Federativa da Receita
Tributária
Arrecadação Direta – 2005
União
68,5% = 26,7% do PIB
Estados
25,9% = 10,1% do PIB
Municípios
5,5% = 2,2% do PIB
Receita Disponível – 2005
União
57,8% = 22,5% do PIB
Estados
25,2% = 9,8% do PIB
Municípios
17,1% = 6,7% do PIB
25,9%
5,5%
17,1%
25,2%
FONTE: Fórum Fiscal dos Estados - FGV, Brasília, abril de 2006
57,8%
68,5%
Constatações Internacionais
• Idade de ouro, a partir da queda do Muro de Berlim:
incorporação da Euroásia à economia internacional, na era
da informática sob a hegemonia Americana.
• Analogia com a incorporação das Américas, na revolução
industrial, sob a hegemonia Britânica (1870-1913).
• Risco maior a curto prazo: aquecimento excessivo
impulsionado por juros longos e baixos e prêmios de risco
reduzidos.
• Incógnitas: Irã, Coréia do Norte, terrorismo, petróleo.
Cenário da Economia Mundial
2006
2007
3,5%
2,0%
9,5%
4,9%
9,0%
2,9%
2,5%
1,7%
9,0%
5,1%
6,0%
3,0%
65US$/ba
+8%
+40%
58US$/ba
-5%
-15%
Crescimento
–Estados Unidos
–Zona do Euro
–China
–Mundo
–Comércio Mundial
–Brasil
Preços (alta das commodities)
–Petróleo Bruto
–Agrícolas
–Metálicas
Constatações nacionais
• Dinamismo industrial competitivo é fator-chave para alto
desempenho em matéria de crescimento do PIB e de
participação no comércio mundial
• As condições macroeconômicas são determinantes: taxa de
câmbio efetiva, taxa de juros e condições de financiamento
afetam decisivamente o fluxo de investimentos
• No Brasil condições adversas fizeram a indústria encolher e
perder posição global
• O perfil da nossa indústria é frágil em alta tecnologia e as
atividades de inovação são, em geral, rarefeitas
O verdadeiro problema da
economia nacional
•
A manutenção da atual dinâmica de
aumento dos gastos públicos é incompatível
com a elevação do crescimento econômico.
Despesas crescendo em velocidade superior
às receitas travam o desenvolvimento do País.
Perspectivas para a indústria
• Dificuldades para todos os setores:
• Carga Tributária: não há perspectivas de
redução.
• Juros: ainda longe dos patamares
internacionais.
• Custos: ainda em ascensão.
Perspectivas para a indústria
• Dificuldades para os setores exportadores:
• Câmbio: não há perspectivas de alteração
significativa.
• Demanda internacional: leve declínio do
crescimento mundial (± 4,9% em 2007; ± 5,1%
em 2006).
• Barreiras não-tarifárias: países desenvolvidos
estão aumentando a proteção (suco de laranja –
EUA, p. ex.).
Perspectivas para a indústria
• Dificuldades no setor agro-industrial:
• Agricultura: terceira safra consecutiva
prejudicada pelo clima e redução da
demanda por grãos utilizados na criação de
frangos.
• Frangos: gripe aviária (Pode elevar o
consumo de carne suína).
• Carne Bovina: aftosa.
Perspectivas para a indústria
• Vantagens:
• Agro-indústria: alguns setores com preços
internacionais competitivos e em ascensão:
café, suco de laranja, açúcar (este último pode
provocar aumento de demanda de xarope de
milho).
• Exportações: gêneros com insumos de alto
valor agregado importados têm relativa
vantagem na exportação (setor automotivo).
Perspectivas para a indústria
• Vantagens
• Demanda interna
• Ainda aquecida pela elevação do emprego (3% em
2005 e 5,9% em 2006 – até agosto), massa salarial
real (4,79% em 2005 e 3,5% em 2006 – até
agosto) e principalmente pelo crédito ao
consumidor em abundância (49,93% de aumento
em 2005 e 34,62% em 2006 – até agosto).
• Aumento do salário mínimo, c.m. da tabela do
Imposto de Renda, pacote da construção civil,
expansão de gastos públicos em programas sociais
(bolsa-família), etc.
Perspectivas para a indústria
Fatores estimulantes do consumo no
Brasil em 2006
Aumento do salário-mínimo
Aumento do salário-mínimo do
funcionalismo estadual e municipal
Bolsa-família
Pacote da construção civil
Imposto de renda
Crédito consignado
Total(*)
(*)Exceto
R$
bilhões
16,0
2,0
o crédito consignado, todos os demais fatores são de
política fiscal.
2,3
4,8
2,5
8
35,6
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do PIB